terça-feira, 5 de novembro de 2024
Jerry Lewis - O homem por trás do Palhaço
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Amor por Acidente
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
Shirley MacLaine - Minha Doce Gueixa
sexta-feira, 2 de setembro de 2022
Quando os Abutres têm fome
Os Abutres Têm Fome foi um faroeste lançado em 1970, contando em seu elenco principal com os astros Clint Eastwood e Shirley MacLaine. Seus personagens passavam por todas as dificuldades no deserto mexicano. Ela interpretava uma freira que tentava levar a palavra de Cristo para uma região abandonada por Deus, repleta de bandidos, bandoleiros e mal feitores de todos os tipos. Ele interpretava um mercenário, um pistoleiro, que colocava seus dotes de exímio atirador para quem pagasse mais.
A atriz Shirley MacLaine não se deu bem durante as filmagens com o diretor Don Siegel, com quem teve várias brigas e atritos abertamente, na frente de toda a equipe técnica. Depois que as filmagens terminaram ela afirmou que nunca mais queria trabalhar novamente com esse cineasta. Ela sempre foi considerada uma profissional temperamental para se trabalhar e quando um diretor não fazia o que pedia, as coisas poderiam ficar bem tensas nos sets de filmagens.
Poucos percebem isso nos dias de hoje, mas Shirley MacLaine interpreta a protagonista do filme e não Clint Eastwood que surge como apenas coadjuvante dentro do roteiro. Esse foi o último filme da carreira de Clint onde ele atuou como mero coadjuvante, recebendo inclusive um cachê bem menor do que sua parceira no filme. Depois dessa produção Clint Eastwood recusou todos os papíes secundários que lhe foram oferecidos, só atuando a partir daqui como o principal nome do elenco dos filmes em que trabalhou.
Nessa época, Clint tinha alguns planos. Ele queria dirigir filmes, escrever seus próprios roteiros. Além disso, ele estava decidido a fundar sua própria companhia cinematográfica. Certa vez, conversando com um amigo espanhol, ele disse que iria fundar uma empresa para produzir seus próprios filmes. O tal sujeito não ficou muito animado e quis desestimular Clint, dizendo que isso seria um mal passo para ele. Sem perder a piada, Eastwood resolveu chamar sua nova empresa de Malpaso Produtions. Essa empresa, que existe até hoje, transformou o ator e diretor em uma pessoa milionária, uma vez que ele teve todo o controle de seus filmes futuros. De uma coisa é certa, ele não deu um mal passo na carreira, pelo contrário, deu o passo mais do que certo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Dois Amores
Título Original: Two Loves
Ano de Produção: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Charles Walters
Roteiro: Ben Maddow, Sylvia Ashton-Warner
Elenco: Shirley MacLaine, Laurence Harvey, Jack Hawkins. Nobu McCarthy, Ronald Long, Norah Howard
Sinopse:
Anna Vorontosov (Shirley MacLaine) é uma professora americana que é indicada para ensinar numa distante escola rural de uma ilha da Nova Zelândia. Seus alunos, em sua grande maioria, são nativos Maoris. Logo Anna entende que métodos tradicionais de ensino não vão funcionar muito bem com aqueles jovens. Ela então decide inovar, ensinando de uma forma mais livre e clara, o que acaba desapontando as autoridades de ensino, entre eles o inspetor Brit William Abercrombie (Jack Hawkins) que considera seu sistema de ensinar simplesmente desorganizado e caótico! Filme indicado ao Urso de Ouro no Berlim International Film Festival.
Comentários:
Filme por demais interessante mostrando aspectos da vida de uma professorinha que acaba tendo como desafio ensinar um grupo de jovens nativos usando métodos tradicionais de ensino. Ela logo entende que o que funciona para alunos americanos certamente não irá funcionar com aqueles garotos Maoris. O roteiro explora muito bem a dificuldade de tentar unir duas culturas completamente diferentes. Há um contexto histórico que a professora entende ser inadequada para aquele alunado, mas seus superiores não pensam bem assim. Disso nasce o conflito de visões. A crescente amizade entre Anna e Whareparita, de apenas 15 anos, acaba abrindo os olhos dela sobre a real natureza daquela situação. Shirley MacLaine assume seu primeiro papel adulto, deixando a vaidade de lado, assumindo um figurino mais sóbrio e sem glamour. Antes, a atriz havia optado por uma imagem de garota espevitada, muitas vezes até inocentemente apaixonada. Aqui ela realmente muda os rumos de sua carreira em um belo filme, que consegue misturar drama, romance e assuntos relevantes. Muito interessante e mais atual do que nunca!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Os Abutres Têm Fome
Inicialmente o projeto foi desenvolvido pela Universal para ser estrelado pelo casal Richard Burton e Elizabeth Taylor. O problema é que Liz pediu um cachê considerado absurdo pelo estúdio para fazer o filme. Como a Universal não estava disposta a pagar um milhão de dólares para que a atriz interpretasse a freirinha Sara, o filme tomou novos rumos. Saiu Richard Burton e entrou Clint Eastwood, que vinha de uma série de faroestes bem sucedidos ao lado de Sergio Leone. Elizabeth Taylor também foi substituída por Shirley MacLaine, que realmente adorou o roteiro. Penso que foi a escolha ideal, pois dificilmente o público veria Elizabeth Taylor como uma missionária, uma freira, perdida no meio do deserto mexicano. A atriz Shirley MacLaine então assumiu o papel da irmã Sara, que tentando levar a palavra de Cristo aos rincões mais distantes do México acabava ficando no meio do fogo cruzado da guerra que se desenvolvia naquele país.
De um lado o povo mexicano lutando por sua liberdade, em um movimento rebelde conhecido como "Juanistas". Do outro lado as tropas de ocupação da França, tentando transformar o país em mais uma de suas colônias. Clint Eastwood interpretou um pistoleiro chamado Hogan, que era acima de tudo um mercenário, disposto a vender sua "força de trabalho" a quem pagasse mais. Após fazer um trato com um coronel Juarista, ele entrava no conflito ao lado dos rebeldes. O grande objetivo seria tomar uma importante guarnição francesa na região, usando para isso uma passagem secreta entre um monastério católico e o forte francês. Apesar de toda a trama passada nesse contexto histórico da guerra de libertação do México, o fato é que as melhores cenas de todo o filme se desenvolvem na relação entre a doce freira católica Sara (MacLaine) e o durão e rústico Hogan (Eastwood). Um choque de personalidades diferentes que rende ótimos momentos no filme. Eles se encontram por acaso no meio do deserto e o pistoleiro, mesmo sendo um cara de poucos amigos, resolve ajudar a freirinha. Há ótimos diálogos entre eles, o que ajuda a manter o filme interessante. Como não poderia deixar de ser, há toda uma tensão sexual entre os dois embora isso seja, por causa das convicções religiosas dela, algo impossível de acontecer.
Clint Eastwood e Shirley MacLaine estão excepcionalmente bem no filme, mostrando muito entrosamento e amizade em cena. Anos depois a atriz revelaria que ficara encantada com o México (onde o filme foi rodado), pois apesar da população ser extremamente pobre, era também um povo de muita fé e esperança em um país melhor. O diretor Don Siegel, em mais uma parceria com o ator Clint Eastwood, também se revela uma ótima escolha pois conseguiu equilibrar bem um roteiro bem escrito, baseado na amizade conflituosa entre a freira e o bandoleiro, com boas cenas de ação no final do filme. Fica então mais essa dica, "Os Abutres Têm Fome", mais um bom momento de Clint Eastwood no western.
Os Abutres Têm Fome (Two Mules for Sister Sara, Estados Unidos, 1970) Direção: Don Siegel / Roteiro: Budd Boetticher, Albert Maltz / Elenco: Shirley MacLaine, Clint Eastwood, Manuel Fábregas / Sinopse: Pistoleiro e mercenário (Eastwood) encontra com uma freirinha católica (MacLaine) perdida no meio do deserto e resolve lhe ajudar, bem no meio da guerra de libertação do México da invasão colonial francesa. Filme indicado ao Laurel Awards nas categorias de melhor atriz (Shirley MacLaine) e melhor ator (Clint Eastwood).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 15 de maio de 2020
Madame Sousatzka
Título Original: Madame Sousatzka
Ano de Produção: 1988
País: Inglaterra, Canadá
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Shirley MacLaine, Navin Chowdhry, Peggy Ashcroft, Leigh Lawson, Geoffrey Bayldon, Lee Montague
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Bernice Rubens, o filme conta a história da professora de piano Madame Sousatzka (Shirley MacLaine). Austera, rigorosa, disciplinadora e metódica, ela encontra em um novo aluno a possibilidade de ter um grande talento em suas mãos.
Comentários:
A excelente atriz Shirley MacLaine fez muito sucesso nos anos 80 com seus livros de temas espirituais, explorando o além-vida. Ela deu uma pausa nessa sua fase de escritora de sucesso para voltar ao cinema nesse bom filme, com toques dramáticos, mas também com alguns pontuais momentos de bom humor. A personagem que ela interpreta foi um presente. Uma senhora, professora de piano por muitos anos, que mora em uma velha casa, cheia de antigos móveis da era vitoriana, com um clima de decadência pairando no ar. Sua vida sofre uma grande mudança quando ela começa a ensinar piano a um garoto de origem indiana. Ele tem um talento natural, coisa de grandes pianistas. E isso anima a veterana professora, pois ela vê a chance de formar um verdadeiro futuro mestre no mais nobre dos instrumentos musicais. A atriz foi premiada pelo Globo de Ouro por essa atuação inspirada. Só restou mesmo ao cinéfilo assistir ao filme e no final bater palmas por sua brilhante performance.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
O Terceiro Tiro
Pois bem, e qual seria esse problema com Harry? E afinal, quem diabos era Harry?! Ora, Harry era um cadáver abandonado em um bosque. Isso mesmo que você leu. O roteiro se baseava justamente nisso. Um corpo era encontrado sucessivamente por várias pessoas em ocasiões diferentes e todas elas procuravam esconder o fato dos demais. Isso porque nenhum deles tinha exatamente certeza sobre as circunstâncias da morte de Harry e algumas até pensavam ter alguma culpa no cartório sobre isso. Achou tudo muito bizarro? Estranho? Claro que sim. O roteiro brinca de forma até mórbida com a inusitada situação. Quem teria matado Harry? O que levou ele a esse trágico fim? E quem seria o verdadeiro assassino?
Harry acaba sendo encontrado por um garotinho, por sua mãe, pela ex-esposa, por uma jovem e até por um capitão. Todos eles lidando com a situação de uma forma até inesperada, alguns com até uma certa indiferença ao fato do morto estar ali estendido no chão entre as folhas do bosque. O roteiro dessa maneira arma toda uma situação de puro humor negro para divertir o espectador. O velho Hitchcock costumava dizer que “O Terceiro Tiro” era um de seus filmes preferidos. Ele atribuía isso ao fato do argumento ser muito diferente de suas outras produções, com acentuado clima de morbidez cômica, por mais estranho que isso pudesse parecer. Some-se a isso a bela fotografia de Vermont, um dos lugares mais bonitos e pacatos dos EUA e você terá o clima perfeito.
Além de Alfred Hitchcock na direção, outro fato que chama a atenção no filme é a presença da jovem atriz Shirley MacLaine no elenco. Poucos lembram disso, mas esse foi seu primeiro filme! Jovem e bonita, ela interpretava Jennifer Rogers, uma das pessoas que também se deparavam com Harry na floresta! Naquela época ela já demonstrava todo o seu carisma que iria ajudá-la a construir uma das mais marcantes carreiras da história do cinema americano. Enfim, “O Terceiro Tiro” é indicado para os que desejam conhecer um outro lado do mestre do suspense. Seu humor definitivamente não era convencional e nem normal, mas certamente poderia ser considerado bem divertido. Que tal rir um pouco com Alfred Hitchcock?
O Terceiro Tiro (The Trouble with Harry, Estados Unidos, 1955) Direção: Alfred Hitchcock / Roteiro: John Michael Hayes, baseado no livro de Jack Trevor Story / Elenco: Shirley MacLaine, Edmund Gwenn, John Forsythe, Mildred Natwick / Sinopse: O corpo de um sujeito chamado Harry é encontrado em um bosque por várias pessoas. Todas elas o conheciam, mas ninguém queria se comprometer com aquela bizarra descoberta. Todas acabam pensando ter algo a ver com sua morte. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Revelação Feminina (Shirley MacLaine). Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme e Melhor Atriz (Shirley MacLaine).
Pablo Aluísio
domingo, 12 de janeiro de 2020
O Irresistível Forasteiro
O tom do filme não é tão pesado quanto supõe a leitura da sinopse, de fato o clima é bem ameno, leve. A presença da simpática e jovem Shirley MacLaine acentua ainda mais esse aspecto. É divertido ver a atriz nesse que foi um de seus primeiros filmes. Ela está encantadoramente jovial, chegando a entoar uma canção numa cena de festa. Já no lado dos vilões uma curiosidade muito interessante, a presença de Leslie Nielsen na pele do "Coronel". Antes de se consagrar como o comediante de muitos filmes que todos acompanharam anos depois, Nielsen participava de produções como essa, filmes de western com muitos duelos, tiros e ação."O irresistível Forasteiro" foi dirigido pelo veterano George Marshall, um dos cineastas mais produtivos que já passaram por Hollywood, tendo dirigido quase 200 filmes! - um número impensável nos dias atuais. Em mais de 60 anos de carreira dirigiu todos os tipos de filmes. Um verdadeiro recordista do Guinness Book!
O Irresistível Forasteiro (The Sheepman, EUA, 1958) Direção: George Marshall / Roteiro: William Bowers, James Edward Grant / Elenco: Glenn Ford, Leslie Nielsen, Shirley MacLaine, Mickey Shaughnessy / Sinopse: Jason Sweet (Glenn Ford) é um criador de ovelhas que chega em um vale de terras públicas com seu rebanho mas é hostilizado pelos criadores de gado da região. Esses são liderados pelo chamado "Coronel" (Leslie Nielsen), um antigo pistoleiro que inventou uma nova identidade e se instalou no local.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
Irma la Douce
Certamente não era algo fácil de se realizar. Há estereótipos nesse roteiro que deixariam as feministas de hoje em dia com os cabelos em pé. A personagem Irma La Douce interpretada por Shirley MacLaine é um exemplo. Assim que se liberta das garras de um cafetão que lhe agride sempre que possível, resolve, com muito orgulho, sustentar um novo namorado (justamente o ex-policial vivido por Jack Lemmon). Ela tem grande prazer em lhe comprar coisas caras, mesmo que seja desesperadamente pobre e more em um pequeno cortiço. Nos tempos politicamente corretos em que vivemos, haveria muita má vontade se "Irma la Douce" chegasse hoje em dia aos cinemas.
Deixando essa visão, digamos, sociológica, um pouco de lado, temos que tecer vários elogios para o elenco. Shirley MacLaine ainda estava em seu auge, tanto em termos de simpatia como de beleza. Ela imprime um certo exagero em sua caracterização (que acaba sendo bem-vindo) pois sua personagem está sempre fumando e agindo com uma certa vulgaridade, embora seja no fundo apenas uma mulher que tente levar a vida adiante naquela situação. Ela engana propositalmente seus clientes contando estórias inventadas de um passado de dramas, apenas para ganhar mais alguns trocados no final de seus programas. Vestindo um figurino quase sempre verde, acaba trazendo para sua personagem uma imagem que depois será complicada de esquecer, de tão marcante. Já Jack Lemmon dá vida ao policial Nestor Patou, um sujeito simplório e até ingênuo, que acredita que deve aplicar a lei, mesmo que ela esteja em desuso e seja considerada inconveniente, como no caso das prisões de garotas em sua praça. Aliando o talento da dupla central com a fina ironia de Billy Wilder, temos de fato uma obra bem divertida, com ótimos momentos, apesar de seu tema até mesmo complicado.
Irma la Douce (Irma la Douce, Estados Unidos, 1963) Estúdio: United Artists / Direção: Billy Wilder / Roteiro: Billy Wilder, Alexandre Breffort / Elenco: Jack Lemmon, Shirley MacLaine, Lou Jacobi, Bruce Yarne / Sinopse: Irma la Douce vive nas ruas de Paris. Sua vida muda completamente quando se apaixona por um policial que quer seguir todas as regras à risca. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Shirley MacLaine) e Melhor Fotografia (Joseph LaShelle) e vencedor na categoria de Melhor Canção Original (André Previn). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Shirley MacLaine).
Pablo Aluísio.
Os Amores de Shirley MacLaine
Em recente entrevista a um popular programa de TV nos EUA Shirley MacLaine resolveu contar alguns segredos da elite da capital do cinema mundial. "Eu tive muitos casos amorosos em minha vida, com atores, diretores e produtores famosos. Em Hollywood muita gente dormia com todo mundo. Já cheguei a ir para cama com três homens diferentes numa só noite! Era assim que as coisas aconteciam. Havia muitas festas e muito sexo! Eu já namorei muitos atores famosos, verdadeiros astros das telas". Nas festas após as premiações as trocas de casais era um fato comum relembra a atriz.
Um de seus romances mais famosos e indefinidos foi com o ator Robert Mitchum com o qual contracenou em "Dois na Gangorra". Shirley recorda: "Ele era mais velho do que eu mas eu me apaixonei por ele. Por trás da fachada de sujeito durão havia um coração de ouro. Era uma pessoa muito romântica". Embora gostasse sinceramente de Mitchum acabou se casando com outro homem, o produtor Steve Parker. Isso porém não a impediu de buscar por novos casos amorosos. Seu casamento acabou sendo do tipo aberto pois assim como ela tinha amantes, ele também tinha as suas. "Na minha juventude eu tinha muitos casos e muitas escapadas sexuais. Alguns eram bem famosos mas também eram amantes terríveis, ruins de cama mesmo". Para esses Shirley, por pura educação, evita citar nomes. "Dos meus casos com astros famosos o que mais me marcou foi meu longo relacionamento com Mitchum. Ficamos juntos até o dia de sua morte. Outro que tenho saudades é Yves Montand, uma pessoa muito fina e elegante".
Mesmo gostando dos dois namorados, MacLaine não diminuiu seu interesse para com o sexo oposto e acabou se tornando bem eclética em suas escolhas, como ela mesma gosta de dizer. Chegou a namorar pessoas bem diferentes entre si, como o comediante Danny Kaye e o ministro das relações exteriores Andrew Peacock. Já em relação a outros atores com quem trabalhou MacLaine desmente qualquer envolvimento amoroso. "Eu achava Jack Lemmon um doce, um amor, mas nunca tive nada com ele realmente". Por ser muito festeira e gostar de embalos MacLaine acabou entrando para o grupinho de Frank Sinatra que ainda contava com Dean Martin e Sammy Davis Jr. "Virei a mascote da turma. Nos divertimos muito naqueles anos". Também cultivou uma longa amizade com a diva Elizabeth Taylor, que classificava como "um amor de pessoa". O único ator que MacLaine diz ter sentido receio em se relacionar em sua longa história em Hollywood foi Jack Nicholson! "Ele realmente é um sujeito perigoso, as mulheres devem ter cuidado com Jack" - completa sorrindo. Hoje em dia MacLaine está sozinha e feliz e diz preferir a companhia de animais de estimação. "Dão menos trabalho do que os homens" finalizou.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Deus Sabe Quanto Amei
O jeito então passa a ser procurar pelo irmão, que não vê há anos. Ele se tornou um comerciante bem sucedido no ramo de joias. Os dois não se dão muito bem, por arestas não aparadas no passado. Porém nem tudo é desilusão e amargura. Dave (o personagem de Sinatra) também acaba conhecendo e se apaixonando pela professora Gwen French (Martha Hyer). Ela resiste, uma vez que o estilo de vida de Dave é tudo o que ela reprova. Completando o quadro de personagens interessantes desse bom drama temos ainda um jogador de cartas inveterado, sempre com um grande chapéu texano na cabeça, interpretado pelo sempre carismático Dean Martin. Enfim, é um drama romântico muito bom, com excelente roteiro. Com mais de duas horas de duração jamais cai no marasmo ou cansa o espectador, pelo contrário, mantém o interesse até o final. Como eu escrevi antes, Frank Sinatra sabia muito bem escolher onde trabalhar em Hollywood. Era um sujeito esperto e inteligente, disso não tenho a menor dúvida.
Deus Sabe Quanto Amei (Some Came Running, Estados Unidos, 1958) Direção: Vincente Minnelli / Roteiro: John Patrick, baseado no romance escrito por James Jones / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Shirley MacLaine, Martha Hyer, Arthur Kennedy / Sinopse: Após prestar o serviço militar, Dave Hirsh (Sinatra) está de volta à sua cidade natal. Ele precisa encontrar algo o que fazer da vida. Ele tem planos de ser um escritor, mas isso ainda não se concretizou. Acaba se apaixonando por uma professora que, mesmo gostando dele, não se entrega à nova paixão. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Shirley MacLaine), melhor ator coadjuvante (Arthur Kennedy), melhor atriz coadjuvante (Martha Hyer), melhor figurino (Walter Plunkett) e melhor música original ("To Love and Be Loved").
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de junho de 2018
Irma la Douce
Título Original: Irma la Douce
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Billy Wilder
Roteiro: Billy Wilder, Alexandre Breffort
Elenco: Jack Lemmon, Shirley MacLaine, Lou Jacobi, Bruce Yarnell
Sinopse:
Irma La Douce (Shirley MacLaine) é uma prostituta das ruas de Paris que acaba tendo sua vida mudada com a chegada de um novo policial no local onde "trabalha". Nestor Patou (Jack Lemmon) é um novato na corporação que segue a lei ao pé da letra. Quando percebe que há um batalhão de mulheres nas ruas esperando seus clientes, decide prender todas elas, causando um verdadeiro rebuliço em seu departamento de polícia. A partir daí, contra todas as previsões, acaba se apaixonando justamente por Irma, que não está disposta a mudar a forma como leva sua "profissão". Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Shirley MacLaine) e Melhor Fotografia (Joseph LaShelle) e vencedor na categoria de Melhor Canção Original (André Previn). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Shirley MacLaine).
Comentários:
O diretor Billy Wilder conseguiu aqui nesse filme algo bem raro de se alcançar no mundo do cinema. Baseado na peça escrita originalmente por Alexandre Breffort, Wilder conseguiu realizar um filme leve, divertido, em cima de um tema que a priori deveria ser tratado como algo realmente barra pesada. Imagine contar a estória de uma prostituta de rua em Paris, explorada por cafetões violentos, que acaba se apaixonando por um policial e mesmo assim transformar tudo em uma obra com muito bom humor e leveza. Certamente não é algo fácil de se realizar. Há estereótipos nesse roteiro que deixariam as feministas de hoje em dia com os cabelos em pé. A personagem Irma La Douce interpretada por Shirley MacLaine é um exemplo. Assim que se liberta das garras de um cafetão que lhe agride sempre que possível, resolve, com muito orgulho, sustentar um novo namorado (justamente o ex-policial vivido por Jack Lemmon). Ela tem grande prazer em lhe comprar coisas caras, mesmo que seja desesperadamente pobre e more em um cortiço.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de março de 2018
Minha Doce Gueixa
O roteiro se apoia muito (para não dizer totalmente) em uma única piada que é o fato de Shirley MacLaine estar disfarçada de gueixa japonesa enquanto o marido nem desconfia de quem ela seja na verdade. Claro que sob trajes típicos, com o rosto pintado e com os olhos puxados, ela fica bem diferente, porém é preciso uma grande dose de cumplicidade do espectador para acreditar que nem seu próprio marido a reconheça por semanas e semanas. Shirley MacLaine como sempre está uma graça. Sempre a considerei muito bonita, uma atriz diferente que não procurou seguir os passos de ninguém. No mundo de cinema da época onde reinavam loiras exuberantes como Marilyn Monroe, ela surgia nos filmes com cabelos ao estilo "joãozinho", com cara de moleca, sem forçar nenhum tipo de sensualidade artificial. Aqui a maquiagem muito bem feita a transformou numa verdadeira japonesa tradicional, mas nada que pudesse enganar nem o próprio marido. Por isso o enredo bobinho vai se saturando até o final. O que acaba valendo a pena mesmo é a presença sempre carismática de Shirley MacLaine. Fora isso a estorinha hoje soa meio bobinha mesmo. O tempo cobrou seu preço.
Minha Doce Gueixa (My Geisha, Estados Unidos, 1962) Direção: Jack Cardiff / Roteiro: Norman Krasna / Elenco: Shirley MacLaine, Yves Montand, Edward G. Robinson / Sinopse: Lucy Dell (Shirley MacLaine) é uma atriz americana que para participar do novo filme do marido se disfarça de japonesa tradicional, assumindo a identidade de uma gueixa chamada Yoko Mori. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Edith Head).
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de setembro de 2017
A Dama da Madrugada
Título no Brasil: A Dama da Madrugada
Título Original: All in a Night's Work
Ano de Produção: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Joseph Anthony
Roteiro: Edmund Beloin, Maurice Richlin
Elenco: Dean Martin, Shirley MacLaine, Cliff Robertson, Charles Ruggles
Sinopse:
Após a morte de seu tio, um rico dono de empresas de comunicações, o playboy e boa vida Tony Ryder (Dean Martin) se torna seu único herdeiro. Nadando em dinheiro, ele precisa antes abafar algo escandaloso que aconteceu na noite em que seu tio milionário morreu. Segundo as investigações da polícia ele estaria acompanhado de uma mulher misteriosa e todas as pistas levam para uma de suas próprias funcionárias, a jovem Katie Robbins (Shirley MacLaine). Depois que Tony a conhece pessoalmente, ele se convence que ela estaria chantageando a empresa indiretamente, exigindo uma fortuna para se calar sobre tudo o que aconteceu. Seria apenas um mal-entendido ou haveria algum fundo de verdade em todas essas suspeitas?
Comentários:
Esse roteiro foi originalmente escrito para ser estrelado pela atriz Marilyn Monroe, mas acabou sendo recusado por ela que queria naquele momento da carreira queria se livrar de uma vez por todas do velho estigma de somente interpretar personagens loiras e burras. Como era um bom script acabou indo parar na Paramount que convenceu a atriz Shirley MacLaine a fazer o filme. Isso deu um aspecto muito interessante ao quesito atuação pois não era bem do estilo de MacLaine interpretar mocinhas tão tolinhas e bobinhas como essa. Mesmo assim ela acabou se saindo muito bem, até porque Shirley tinha um rosto angelical na época, o que combinava muito bem com o papel que interpretava. Ao seu lado surge o cantor Dean Martin como galã romântico, pero no mucho, que se apaixona perdidamente por ela. Quem escalou Martin foi justamente a atriz pois ela o tinha conhecido no set de filmagens de "Onze Homens e um Segredo". Conversa vai, conversa vem, Dean disse que ambos deveriam trabalhar juntos e quando a oportunidade bateu a porta, Shirley convenceu os produtores a contratarem o cantor que naquela época ainda tentava se firmar em uma carreira solo após o rompimento com Jerry Lewis.
Aliás o produtor desse filme era justamente Hal Wallis, que havia produzido inúmeras fitas da dupla no passado (ele também ficou bem associado a Elvis Presley no cinema pois também produziu vários filmes do Rei do Rock, inclusive o grande sucesso de bilheteria "Feitiço Havaiano", lançado nesse mesmo ano de 1961). Pois bem, o roteiro é o de uma comédia de erros, ou seja, todo o enredo se desenvolve baseando-se na imagem errada que fazem da personagem de Shirley MacLaine. Seu novo padrão (Martin) pensa que ela é na verdade uma chantagista que estaria atrás de dinheiro após se envolver com o falecido tio dele, dono do império de revistas e publicações que herdou. Já para os pais de seu noivo ela teria algo a esconder pois teria dinheiro demais para comprar um fino casaco de peles, apesar de ser apenas uma trabalhadora comum (fato que o roteiro explica tudo, com bom muito bom humor!). Enquanto todos pensam mal dela a verdade pura e simples é que a garota é apenas uma ingênua mocinha que nunca fez mal a ninguém. A grande virtude desse "All in a Night's Work" é que o diretor Joseph Anthony optou por realizar uma comédia ágil, eficiente, com ótimo ritmo e desenvolvimento, além de ter curta duração o que evita o espectador de se aborrecer. Com um humor ligeiro e até inocente (para os padrões atuais) o filme cumpre o que promete, divertir e entreter o espectador, tudo apoiado no grande carisma da dupla central, MacLaine e Martin. Está de bom tamanho.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
O Entardecer de uma Estrela
Título Original: The Evening Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Harling
Roteiro: Larry McMurtry, Robert Harling
Elenco: Shirley MacLaine, Bill Paxton, Juliette Lewis, Jack Nicholson, Miranda Richardson, Ben Johnson, Scott Wolf
Sinopse:
Sequência de "Laços de Ternura". Após a morte de sua filha, Aurora Greenway (Shirley MacLaine) precisa cuidar da criação de seus três netos, jovens adolescentes com problemas de relacionamento, vida e estudos. Mesmo cansada e desiludida do mundo, Aurora ainda consegue encontrar forças para levar adiante nesse novo desafio em sua existência. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Marion Ross).
Comentários:
"Laços de Ternura" é um dos melhores filmes dos anos 80. Consagrado pelos diversos prêmios da academia, o filme segue sendo um drama maravilhoso, mesmo após tantos anos de seu lançamento. É curioso que quatorze anos depois tenha sido produzido essa continuação tardia. Para muitos era algo completamente desnecessário, uma vez que o primeiro filme já se fechava maravilhosamente bem em si mesmo. Algumas histórias não precisam de continuação, isso é um fato. Acontece que o escritor Larry McMurtry escreveu esse romance que basicamente mostrava o que acontecia depois dos fatos mostrados em "Laços de Ternura". A atriz Shirley MacLaine leu o livro e amou. Diante disso ela procurou convencer a Paramount Pictures a realizar uma sequência. Afinal ela tinha mesmo interesse em voltar a interpretar a forte Aurora, pois essa personagem havia lhe dado o único Oscar de sua vida. Convencidos de seus argumentos o estúdio então produziu esse "The Evening Star". Na época de lançamento desse filme muitos se perguntaram se Jack Nicholson também retornaria ao papel do astronauta maluco, o namorado inconsequente de Aurora. Inicialmente Nicholson não mostrou interesse nesse novo filme, mas atendendo a um pedido especial de sua amiga Shirley MacLaine resolveu aparecer em uma pequena ponta (que quase nem foi creditada!). Verdade seja dita, mesmo aparecendo por poucos momentos o bom e velho Jack Nicholson quase roubou o filme inteiro para si. Coisas de gênio. Enfim, mesmo assim temos que reconhecer que esse filme ainda é muito bom, nada comparado com "Laços de Ternura" que é uma obra prima da sétima arte, é verdade, mas ainda assim um ótimo drama sobre netos e a vida.
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de julho de 2016
A Feiticeira
A crítica malhou impiedosamente e o público deixou os cinemas vazios. Hoje, por uma ironia do destino, a Rede Globo está exibindo o filme na Sessão da Tarde. Pois bem, na época de lançamento do filme foi dito que ele seria ao estilo Sessão da Tarde, o que acabou se confirmando. Embora conte também em seu elenco com um dos comediantes mais insuportáveis de todos os tempos (o sem graça Will Ferrell) o filme tem pelo menos um presente para os cinéfilos de plantão: a presença da sempre exuberante Shirley MacLaine. Mito do cinema clássico não merecia ter um abacaxi desses listado em sua maravilhosa filmografia. Mostra que infelizmente nem as deusas da sétima arte estão livres de pagar grandes micos na carreira.
A Feiticeira (Bewitched, Estados Unidos, 2005) Direção: Nora Ephron / Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron / Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine / Sinopse: Jack Wyatt (Ferrell) é um ator fracassado que decide jogar todas as suas fichas na produção de uma nova versão da conhecida série "A Feiticeira". O que ele nem desconfia é que a atriz que contrata tem um poder real, sendo uma verdadeira feiticeira.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de novembro de 2015
O Guarda-Costas e a Primeira Dama
Nada se salva, o roteiro é péssimo, não tem graça e nem razão de ser. O elenco não sabe o que fazer com um material tão ruim. O fracasso comercial praticamente destruiu a carreira do novato diretor Hugh Wilson, que a partir daí foi de mal a pior, tentando emplacar numa carreira morta em seu nascimento, assinando outras porcarias do tipo "Polícia Desmontada" e "De Volta para o Presente" (péssimo filme com o ainda mais péssimo Brendan Fraser). Enfim, desista. Se nunca viu, passe longe. Se perdeu seu precioso tempo vendo isso, os meus sinceros pêsames!
O Guarda-Costas e a Primeira Dama (Guarding Tess, Estados Unidos, 1994) Direção: Hugh Wilson / Roteiro: Hugh Wilson, Pj Torokvei / Elenco: Shirley MacLaine, Nicolas Cage, Austin Pendleton / Sinopse: Um guarda-costas é designado para cuidar da segurança de ninguém menos do que a Primeira-Dama dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de outubro de 2015
A Feiticeira
Título Original: Bewitched
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron
Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine
Sinopse:
Isabel Bigelow (Nicole Kidman) tem poderes especiais mas prefere a todo custo levar uma vida normal. Seus dias de tranquilidade acabam quando ela é escolhida pelo ator decadente Jack Wyatt (Will Ferrell) para ser a nova estrela de um remake da antiga série "A Feiticeira". O que parecia inicialmente uma boa ideia acaba causando uma série de confusões para Isabel, Jack e todos os envolvidos no novo programa.
Comentários:
Eu não sei como um filme dirigido pela talentosa Nora Ephron, estrelada pela gracinha Nicole Kidman e com um material tão simpático como a do antigo seriado cult "A Feiticeira" consegue ser tão ruim! Por falar na série original ela foi um sucesso e tanto, inclusive no Brasil. Ficou no ar de 1964 a 1972 e foi cancelada não por falta de audiência mas sim por puro esgotamento pois não havia mais como levar aquele enredo em frente. Oito temporadas depois e a carismática atriz Elizabeth Montgomery ficou marcada para sempre como a dona de casa e "feiticeira" Samantha Stephens. O projeto de levar a personagem para o cinema durou muitos anos, com idas e vindas até que em 2005 finalmente saiu do papel e... decepcionou todo mundo! Esse filme é muito ruim e credito essa ruindade toda ao sem noção do Will Ferrell! Que sujeito chato, pelo amor de Deus... é complicado de aguentar o mala em cena. Nem o mito Shirley MacLaine conseguiu escapar do buraco negro que é o filme. Desista de ver, caso não tenha assistido. Corra atrás das temporadas da série original que já foram lançadas em DVD nos Estados Unidos e Europa. Esse aqui nem reza braba salva!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Dizem Por Aí...
Título Original: Rumor Has It...
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Ted Griffin
Elenco: Jennifer Aniston, Mark Ruffalo, Shirley MacLaine, Kevin Costner
Sinopse:
Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) é uma garota que descobre por acaso que sua própria família foi a principal fonte de inspiração para o livro e o filme "The Graduate" (A Primeira Noite de um Homem), um clássico do cinema americano dos anos 60. Depois do choque inicial ela decide ir até o fim para descobrir e conhecer todos os envolvidos nessa história.
Comentários:
Pois é, como diz o ditado a vida não está fácil para ninguém... nem para os astros e estrelas do passado. Basta dar uma rápida olhada no elenco dessa comédia romântica para bem entender isso. Shirley MacLaine foi uma das atrizes mais populares dos anos 60. Colecionou prêmios, sucessos e amores. Kevin Costner foi um campeão absoluto de bilheterias no auge de sua carreira. Chegou ao ponto de ganhar os principais prêmios da Academia em obras como "Dança com Lobos". O problema é que Hollywood é uma indústria e como toda atividade comercial o seu passado vale menos do que sua capacidade de gerar lucro. Assim esses dois ícones de ontem viraram coadjuvantes de luxo para estrelinhas de hoje. Quem, em sã consciência, iria dizer que Costner um dia seria uma escada para uma estrelinha de sitcom da TV? Pois é, o mundo dá voltas e esse dia chegou. E o filme em si? Bom, é mais uma comédia romântica que fará a alegria das fãs de Jennifer Aniston! Em poucas palavras: bobinho, inofensivo e despretensioso, tal como o nível cultural de quem adora essa atriz.
Pablo Aluísio.