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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

O Negócio é Sobreviver

Título no Brasil: O Negócio é Sobreviver
Título Orinal: The Survivors
Ano de Lançamento: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Ritchie
Roteiro: Michael Leeson
Elenco: Walter Matthau, Robin Williams, Jerry Reed

Sinopse:
Depois de ambos terem perdido o emprego, dois estranhos tornam-se amigos improváveis ​​depois de um encontro com um suposto ladrão, que na verdade é um assassino de aluguel que guarda rancor dos dois.

Comentários:
Essa comédia do começo dos anos 80 tem algo bem especial, seu elenco. Reuniram dois comediantes excelentes. O veterano Walter Matthau estava entrando naquele momento em sua última fase, curiosamente um período de bons sucessos comerciais no cinema. Ele aprimorou aquele tipo de personagem que o tornaria inesquecível, a do homem velho, meio rabugento, mas ainda dotado de bons sentimentos, apesar do cinismo sempre presente. Já Robin Williams, ainda no começo da carreira, teve a oportunidade de aprender muito com as dicas do experiente Matthau. Pena que esse foi o único filme que fizeram juntos. Uma dupla de bons atores e excelentes comediantes que deveria ter sido unido em outros filmes. De maneira em geral é uma comédia que me agradou bastante e que até hoje, revista, funciona bem. 

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Retratos de uma Obsessão

Título no Brasil: Retratos de uma Obsessão
Título Original: One Hour Photo
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Mark Romanek
Roteiro: Mark Romanek
Elenco: Robin Williams, Connie Nielsen, Michael Vartan, Dylan Smith, Erin Daniels, Paul Hansen Kim

Sinopse:
Seymour Parrish (Robin Williams) é um técnico que trabalha em uma laboratório de revelação de fotos domésticas que começa a desenvolver uma estranha obsessão por uma família de classe média que revela suas fotos justamente onde no local onde ele trabalha. Solitário e esquisito, seu comportamento vai ficando cada vez mais fora do normal e potencialmente perigoso para essas pessoas.

Comentários:
Quem sempre apreciou os filmes de comédia de Robin Williams realmente teve um choque, um desconforto, quando assistiu a esse filme. Eu tive a oportunidade de ver no cinema e tive essas exatas sensações. O personagem de Robin Williams é um tipo sinistro, esquisitão, que vai se deixando dominar por uma obsessão sombria, com o foco numa típica família de classe média norte-americana, justamente o estilo de vida familiar que ele sempre sonhou um dia ter. Como nunca conseguiu, acabou criando essa bizarra fixação. Algo que Freud provavelmente explicaria. O estranho sobre esse filme é que se olhando para tudo o que aconteceu depois (com o suicídio de Robin Williams) acaba se percebendo que a personalidade verdadeira do ator provavelmente tinha mais a ver com esse tipo de personagem dark do que com seus simpáticos papéis de suas comédias de sucesso. Dizem que por trás de todo comediante e humorista sempre se esconde uma faceta sombria e até mesmo assustadora. Quem poderia pensar ao contrário depois de tudo o que aconteceu com ele? Fica a pergunta no ar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

O Pescador de Ilusões

Título no Brasil: O Pescador de Ilusões
Título Original: The Fisher King
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Richard LaGravenese
Elenco: Jeff Bridges, Robin Williams, Mercedes Ruehl, Adam Bryant, David Hyde Pierce, Lara Harris

Sinopse:
Um radialista comete um erro terrível em seu trabalho. Um ouvinte, seguindo seus conselhos absurdos, comete um massacre contra pessoas inocentes. Deprimido e desesperado, o radialista desiste da carreira, indo viver nas ruas onde encontra um professor que virou mendigo, desiludido com a vida. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Robin Williams).

Comentários:
Excelente drama que venceu duas categorias importantes no Oscar. O ator Robin Williams levou a estatueta por sua atuação. Sua colega em cena, Mercedes Ruehl, também foi premiada. O filme ainda foi indicado nas categorias de melhor direção de arte, trilha sonora original e roteiro. O diretor Terry Gilliam, ex-membro do grupo de humor inglês Monty Python, sempre trouxe um visual diferente aos seus filmes. Também tinha especial capricho pela direção de arte. E aqui todos esses elementos se combinam para contar uma preciosa história de duas pessoas que simplesmente decidiram romper com os valores da sociedade. Eles vivem à margem, como pessoas em situação de rua, já que por motivos diferentes, suas vidas praticamente acabaram após sofrerem decepções no passado. E quando laços sociais se rompem, todo um novo estilo de entender e ver a vida se modifica. Há pequenas doses de humor no filme, aifnal Robin Williams está em cena, porém todos esses momentos, digamos, mais leves, são pontuados também pela melancolia e tristeza reinante entre os personagens. Enfim, considero um filme muito bom, que mereceu todo o reconhecimento que alcançou em seu lançamento original nos anos 90.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Um Conquistador em Apuros

Título no Brasil: Um Conquistador em Apuros
Título Original: Cadillac Man
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Ken Friedman
Elenco: Robin Williams, Tim Robbins, Pamela Reed, Fran Drescher, Zack Norman, Annabella Sciorra

Sinopse:
Você compraria um carro usado de Joey O'Brien (Robin Williams)? Ele é um vendedor esperto de carros que são verdadeiras latas velhas. Agora precisa bater seu próprio recorde, vendendo 12 carros em 3 dias. Só que seus planos vão por água abaixo quando um sequestrador entra na loja onde trabalha.

Comentários:
Robin Williams estava colhendo os frutos de sua ótima atuação em "Sociedade dos Poetas Mortos", inclusive com uma justa indicação ao Oscar, quando surgiu nos cinemas esse "Um Conquistador em Apuros". Ninguém entendeu nada. Todos pensavam que ele iria dar uma guinada na carreira depois do sucesso absoluto de "Dead Poets Society", mas ao invés disso ele voltou para o ramo das comédias mais escrachadas. O que levou Robin Williams a fazer esse filme foi algo bem pessoal, conforme ele próprio explicou nas entrevistas de lançamento do filme. Acontece que o pai dele foi vendedor de carros usados. Então Robin Williams decidiu fazer uma espécie de paródia de seu próprio pai no filme. Nos Estados Unidos os vendedores de carros usados são geralmente associados a tipos falastrões, malandros, sujeitos que vivem de vender latas velhas com problemas mecânicos, mas dizendo que são carrões maravilhosos. Para isso é preciso antes de tudo ter muita lábia e isso, como todos sabiam, Robin Williams tinha de sobra pois falava pelos cotovelos. A metralhadora giratória vocal do comediante aliás é o grande atrativo desse filme que em essência tem um roteiro bem fraco. Com Robin Williams porém o interesse do espectador fica sempre em alta. Afinal ele era um sujeito muito carismático e divertido.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de março de 2020

Popeye

Título no Brasil: Popeye
Título Original: Popeye
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Walt Disney Productions
Direção: Robert Altman
Roteiro: Jules Feiffer
Elenco: Robin Williams, Shelley Duvall, Ray Walston, Paul Dooley, Paul L. Smith, Richard Libertini

Sinopse:
Adaptação para o cinema das aventuras do personagem de histórias em quadrinhos chamado Popeye. Ele é um marinheiro apaixonado pela Olivia Palito (Shelley Duvall), mas antes precisa enfrentar as trapaças do vilão Brutus (Paul L. Smith), inimigo de Popeye que também quer a mão de Olivia, sua grande paixão.

Comentários:
Popeye foi criado pelo cartunista E.C. Segar na década de 1920, ou seja, é um personagem antigo que está perto de completar 100 anos de sua criação. Ele sempre foi muito ideal para cartoons, desenhos animados e tirinhas em quadrinhos. Porém adaptar tudo isso para o cinema, em um filme com atores de carne e osso, sempre foi um desafio muito grande. E isso se refletiu ao longo dos anos. Durante décadas esse foi projeto foi adiado justamente por causa desses problemas de adaptação. Porém no começo dos anos 1980 a Disney (que detinha os direitos autorais do personagem) se aliou aos estúdios da Paramount para vencer esse desafio. O resultado podemos conferir nessa produção. OK, Robin Williams era um comediante talentoso e ele sem dúvida é a melhor coisa do filme, mas não há como negar que a coisa toda ficou meio estranha. O mais bizarro é que o diretor Robert Altman preferiu ir para o lado caricatural da coisa e aí... o resultado ficou pior ainda. Aliás quem teve a ideia de colocar Altman para dirigir esse filme? Não havia nome mais inadequado para dirigir um filme como esse do que ele. Diretor de filmes de arte, cults, dirigindo filme sobre Popeye? Não fez o menor sentido. Assim temos um filme que merece aplausos pela coragem dos envolvidos, mas que no final das contas não conseguiu adaptar as aventuras do marinheiro Popeye da forma que todos esperavam. Confirmou-se a velha ideia de que ele era mesmo inadaptável para o cinema.

Pablo Aluísio.

Moscou em Nova York

Título no Brasil: Moscou em Nova York
Título Original: Moscow on the Hudson
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky, Leon Capetanos
Elenco: Robin Williams, Maria Conchita Alonso, Cleavant Derricks, Alejandro Rey, Saveliy Kramarov

Sinopse:
Vladimir Ivanoff (Robin Williams) é um músico russo que vai se apresentar com sua banda em Nova Iorque. Uma vez na América ele decide ficar no país, pedindo asilo político. Só que se adaptar ao novo estilo de vida não se mostrará muito fácil. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - comédia ou musical (Robin Williams).

Comentários:
Robin Williams foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Ele mereceu esse reconhecimento pois esteve muito bem em cena, dando um lado humano para seu personagem que realmente cativou os críticos. Depois do fracasso comercial do filme "Popeye" ele decidiu tentar novamente, dessa vez com um filme mais convencional. E de fato "Moscou em Nova Iorque" é uma comédia muito boa. Apresenta um roteiro mais sofisticado, mostrando as complicadas situações vividas por um russo que decide abandonar a União Soviética, para viver nos Estados Unidos. E é desse choque cultural que o roteiro tira as melhores situações do filme. Williams está de barba, bem diferente do habitual. Ele cativa o público com seu personagem que ora se apresenta inocente demais para o mundo capitalista ao seu redor, ora como um sonhador que deseja ter um futuro melhor nessa nova nação. Na época em que o filme foi lançado ainda se vivia a guerra fria e esse personagem soviético tão humano acabou cativando o público americano que fez do filme um sucesso de bilheteria. Assim essa produção foi de fato a porta de entrada que Robin Williams vinha esperando para finalmente ser um ator de cinema. Não resta dúvida que o elegante cineasta Paul Mazursky realizou uma bela obra cinematográfica, apesar de suas modestas pretensões.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Morra, Smoochy, Morra

Título no Brasil: Morra, Smoochy, Morra
Título Original: Death to Smoochy
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Adam Resnick
Elenco: Robin Williams, Edward Norton, Danny DeVito, Catherine Keener, Jon Stewart, Pam Ferris

Sinopse:
Popular entre as crianças no passado, Rainbow Randolph (Robin Williams) agora está acabado. Ele se envolveu com apostas, gângsters e todo tipo de negócio sujo. E a imprensa descobriu tudo, destruindo sua carreira. Agora as crianças abraçam outro ídolo infantil, o Smoochy (Edward Norton), o que desperta a fúria de Rainbow!

Comentários:
Robin Williams teve excelentes momentos no cinema durante os anos 80. Só que a partir dos anos 90 as coisas foram parando para ele. Robin teve problemas sérios com cocaína e quase parou de fazer filmes. Ele ainda teve uma pequena sobrevida na carreira, mas também colecionou fracassos comerciais nessa fase. Um desses filmes que naufragaram nas bilheterias foi esse "Morra, Smoochy, Morra". A produção que havia consumido 50 milhões de dólares de custo conseguiu nas bilheterias arrecadar apenas 8 milhões. Um prejuízo e tanto para um filme que ninguém se interessou em ver. E o humor do filme é meio estranho realmente. Robin interpreta um animador infantil de TV chamado Rainbow Randolph. É um sujeitinho estranho. Ao mesmo tempo em que anima as crianças, tem uma vida obscura por trás. Quando ele é trocado por um cara vestido com uma roupa de rinoceronte roxo de nome Smoochy, ele tenta matar o novo ídolo das crianças. Enfim, um roteiro que não se decide entre ser uma comédia meio boba ou um filme barra-pesada sobre inveja e assassinato. A direção ficou com Danny De Vito, o baixinho que todos conhecemos de tantas comédias dos anos 80. Seu trabalho até que não ficou de todo ruim, pois o humor negro do filme tem lá seus bons momentos. O problema é que o público simplesmente não comprou a ideia do filme e aí não teve jeito. Foi prejuízo comercial na certa. Só lamento que um ator tão bom como Edward Norton não tenha tido maior êxito nesse gênero. Como sempre ela está muito bem, trazendo uma ingenuidade bem abobada (e adequada) ao seu personagem.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Uma Noite no Museu

Título no Brasil: Uma Noite no Museu
Título Original: Night at the Museum
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Robert Ben Garant, Thomas Lennon
Elenco: Ben Stiller, Robin Williams, Dick Van Dyke, Carla Gugino, Ricky Gervais, Pierfrancesco Favino

Sinopse:
Larry Daley (Stiller) é contratado para trabalhar de vigia no período noturno de um grande museu de Nova Iorque. O que parecia ser um trabalho normal, como muitos outros, acaba se revelando completamente diferente, com as figuras de cera ganhando vida nas madrugadas.

Comentários:
Dos filmes que assisti com o saudoso Robin Williams esse foi seguramente um dos mais fracos. Não apenas pelo fato dele ter um personagem bem secundário - a do boneco de cera do presidente Teddy Roosevelt que ganha vida - mas também pelo roteiro raso, em uma produção que basicamente se segura apenas nos efeitos digitais. É bem aquele tipo de filme que não tem enredo para contar e que se apóia quase que completamente nos efeitos especiais e mais nada. É verdade que fez sucesso, rendeu mais de 400 milhões de dólares nas bilheterias, porém como custou muito caro acabou não sendo tão lucrativo como o estúdio esperava. Ganhou uma continuação bem pior do que o primeiro filme. Ora, se já não tinha estória nenhuma para contar no filme original, imagine em uma sequência ainda mais vazia e tola. E Ben Stiller, bom, ele continuava sendo o mesmo comediante sem graça, sempre repetindo o papel de bobão do qual construiu toda a sua carreira. Um ator bem chato para falar a verdade. Enfim, apenas a criançada e os adoradores de efeitos especiais realmente curtiram esse filme muito fraquinho.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de agosto de 2017

Hook: A Volta do Capitão Gancho

O ator Dustin Hoffman está fazendo 80 anos nessa semana! Como uma forma de homenagem vamos lembrar dele nessa produção dirigida por Steven Spielberg. Bom, não é segredo para nenhum cinéfilo que Spielberg era apelidado de Peter Pan durante os anos 80, pois ele nunca queria crescer, sempre explorando assuntos infantojuvenis em seus filmes. Assim, como uma espécie de ironia ou piada interna sobre essa fama ele resolveu fazer um filme sobre, isso mesmo... Peter Pan! Agora, filmar mais uma versão da obra de James Matthew Barrie ao estilo tradicional seria banal demais. Com isso em mente Spielberg mandou escrever um roteiro diferente sobre a hipótese de Peter Pan ter finalmente crescido, se tornando um pai de família entediado, suburbano e comum!

A ideia era muito boa mesmo. Para o papel do Peter Pan adulto, Spielberg escalou o comediante Robin Williams, uma ótima escolha. Porém quem acabou roubando o filme para si foi mesmo Hoffman dando vida ao Capitão Hook (o Capitão Gancho na versão em português). Ele não aceita o fato de Peter Pan ter crescido e vai atrás dele, em sua casa! Claro que Dustin Hoffman optou por uma atuação bem caricata, dirigida ao público infantil. Era algo esperado. A produção, também como era de se esperar, é de encher os olhos. O roteiro também vai bem em cima do sentimentalismo, piegas até (marca registrada do diretor), mas sem deixar de lado as cenas divertidas, de pura aventura. Na época do lançamento do filme (eu cheguei a assistir no cinema) fiquei com um pé atrás pela proposta ousada de seu roteiro, mas com o tempo e depois de inúmeras reprises a coisa toda ficou mais fácil de digerir. É um momento interessante da filmografia de Steven Spielberg, porém passa longe de ser um de seus melhores filmes. Hoje em dia vale como nostalgia de um tempo em que o diretor ainda não havia crescido.

Hook: A Volta do Capitão Gancho (Hook, Estados Unidos, 1991) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: James V. Hart, Nick Castle, Malia Scotch Marmo / Elenco: Dustin Hoffman, Robin Williams, Julia Roberts, Bob Hoskins, Maggie Smith, Phil Collins / Sinopse: Peter Pan (Williams) cresceu. Virou pai de família e vive uma vidinha suburbana numa cidade, até que o Capitão Gancho decide trazer ele de volta à Terra do Nunca. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música ("When You're Alone" de John Williams), Melhores Efeitos Especiais (Eric Brevig, Harley Jessup), Melhor Figurino (Anthony Powell) e Melhor Direção de Arte (Norman Garwood, Garrett Lewis). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Dustin Hoffman).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Os Últimos Dias de Robin Williams

Essa é uma série de documentários do canal Discovery que procura revelar o que teria acontecido na morte de famosos, recriando suas últimas horas. Nesse episódio em especial o programa refaz os passos do ator e comediante Robin Williams antes dele se matar enforcado em sua própria casa. Com a certidão de autópsia nas mãos e depoimentos de pessoas que conviveram com Williams, vai se traçando seus últimos momentos e as razões que o levaram a cometer um ato tão extremo de desespero. A primeira impressão que tive foi de melancolia ao saber que aquele comediante com sorriso sempre aberto em seus filmes, que levava humor e diversão a milhões de espectadores, na realidade era um homem deprimido, triste e com vários problemas emocionais e de saúde.

Há mesmo um choque entre a realidade de sua vida e a imagem que o cinema construiu em sua mente por anos e anos. Uma ex-namorada confessa que Robin era um sujeito de personalidade sombria, que sequer gostava muito de estar no meio de seu público. Imaginem, aquele simpático astro de comédias na verdade era uma pessoa soturna, pouco avesso ao contato com outras pessoas. Uma grande surpresa saber de algo assim. O documentário revela como sua carreira havia entrado em declínio e como ele estava com sérios problemas financeiros, isso apesar de ter ganho verdadeiras fortunas em sua carreira em Hollywood. Também mostra que no final ele desenvolveu uma personalidade paranoica, agravada pelo diagnóstico de Mal de Parkinson e demência. Além disso havia o velho problema com a bebida e as drogas. Robin Williams foi viciado em cocaína por longos anos, algo que depois contribuiu para seus inúmeros problemas de saúde numa idade mais avançada. Um triste retrato que demole, em certo sentido, aquela simpática imagem que eu particularmente tinha dele. Assim descobrimos que aquela velha lenda do "Palhaço triste" não é tão lenda como se pensa. Em muitos casos é a pura realidade.

Autopsy: The Last Hours Of  Robin Williams (Estados Unidos, 2014) Direção: Adam Warner / Roteiro: Adam Warner / Elenco: Iain Glen, Alain Robin, Basienka Blake / Sinopse: Documentário do canal Discovery que mostra os últimos dias de vida do comediante Robin Williams. Seus problemas pessoais e o que foi revelado em sua autópsia formam um claro retrato de seus momentos finais, antes de resolver se matar em sua própria casa.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Um Sinal de Esperança

Título no Brasil: Um Sinal de Esperança
Título Original: Jakob the Liar
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, França, Hungria
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Peter Kassovitz
Roteiro: Peter Kassovitz
Elenco: Robin Williams, Alan Arkin, Hannah Taylor Gordon, Éva Igó, Kathleen Gati, Bob Balaban
  
Sinopse:
A história do filme se passa em 1944, na Polônia ocupada por nazistas. A guerra entra em sua fase final e um judeu chamado Jakob (Robin Williams) se torna uma importante fonte de informações para a comunidade judaica aprisionada em um gueto da cidade. Com a censura imposta pelos alemães, a única possibilidade de se saber o que estava acontecendo era um velho rádio usado por Jakob de forma clandestina.

Comentários:
Baseado na novela escrita por Jurek Becker, o filme se concentra em um personagem bem singular, um homem do povo, interpretado por Robin Williams. É de forma em geral um bom filme, valorizado pela sua boa história. Esses guetos que foram criados pelos nazistas, um deles retratado no filme, eram verdadeiras prisões provisórias. Os judeus eram confinados dentro de seus linhas e ficavam em condições sub humanas até o momento em que fossem transportados para campos de extermínio. O gueto mais famoso da história foi o gueto de Varsóvia, mas existiram muitos outros, por toda a Europa. Depois de meses - algumas vezes até anos - limitados a viverem nesses guetos sujos e sem comida, os judeus eram então levados de trem (transportados como gado), para os campos de concentração onde eram finalmente executados sumariamente. Esse é mais um drama pesado na carreira de Robin Williams. Há tentativas tímidas de se fazer um pouco de humor aqui ou acolá, mas como o tema do filme é sobre o holocausto isso é totalmente amenizado. Enfim, um bom filme histórico que merecia inclusive melhor reconhecimento por parte dos festivais de cinema pelo mundo afora, algo que não aconteceu, talvez por puro preconceito por ser uma fita estrelada por um astro do humor de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Amor Além da Vida

Título no Brasil: Amor Além da Vida
Título Original: What Dreams May Come
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Vincent Ward
Roteiro: Ronald Bass
Elenco: Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Max von Sydow, Annabella Sciorra
  
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Richard Matheson o filme "Amor Além da Vida" conta a estória de Chris Nielsen (Robin Williams). Após sua morte em um acidente de carro ele começa a procurar obsessivamente no mundo espiritual por sua esposa, também falecida, após cometer suicídio. Chris, que foi um bom homem em vida, é enviado ao paraíso, mas sua esposa suicida é enviada para outro lugar. Em nome do amor Chris não aceita o destino dela e parte em sua busca. Filme vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse filme é visualmente belíssimo, com cenas extremamente bem feitas (a tal ponto que foi premiado com o Oscar). O enredo se tornou ainda mais interessante após a morte do ator Robin Williams. Como todos sabemos ele se matou após ser diagnosticado com uma doença sem cura. No filme sua esposa é também uma suicida que é punida por seu ato, sendo enviada para um lugar espiritualmente conturbado e doloroso (uma metáfora para o próprio inferno das religiões de origem cristã e judaica). O interessante desse inspirado enredo é que o céu também é retratado sob uma perspectiva bem subjetiva. O personagem de Williams é enviado para lá e o lugar mais se parece com quadros clássicos (ele havia sido um amante das artes plásticas em vida). Embora tenha sido bem criticado em seu lançamento, acusado de entre outras coisas ser superficial e sem conteúdo, o fato é que como obra puramente cinematográfica sempre considerei um filme acima da média. E o seu maior mérito não se resume nas belas imagens que desfilam pela tela. Há todo um complexo repertório subliminar em seu roteiro que merece ser desvendado pelo espectador mais atento. Enfim, um bom romance de natureza sobrenatural, especialmente indicado para pessoas espiritualistas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Uma Babá Quase Perfeita

Título no Brasil: Uma Babá Quase Perfeita
Título Original: Mrs. Doubtfire
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Anne Fine, Randi Mayem Singer
Elenco: Robin Williams, Sally Field, Pierce Brosnan

Sinopse:
Baseado na novela escrita por Anne Fine, "Mrs. Doubtfire" conta a estória de Daniel Hillard (Robin Williams), um ator desempregado que após uma briga com a sua mulher por causa de uma festa de crianças em sua casa, precisa encarar o divórcio e a separação de seus filhos. Sem emprego e lugar onde morar, acaba perdendo a custódia deles na justiça, se contentando em vê-los apenas aos sábados. Procurando por uma solução resolve se candidatar ao cargo de governanta de sua própria casa, pois usando uma maquiagem pesada ele acaba se transformando em uma outra pessoa, a Sra. Doubtfire! Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Robin Williams) e Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Comentários:
Havia um projeto da Fox em realizar uma sequência desse grande sucesso com Robin Williams, que voltaria ao mesmo papel da governanta inglesa Mrs. Doubtfire em 2015. Com a morte trágica do ator tudo foi definitivamente engavetado. Não é para menos, apenas Williams poderia novamente interpretar essa personagem, ainda hoje considerada uma das mais queridas por seus fãs. Como era de praxe na carreira de Robin esse roteiro também procura mesclar comédia com drama, pois no fundo é uma estória envolvendo um pai desesperado em não perder a companhia de seus próprios filhos. Outra boa escolha da produção foi escalar a atriz Sally Field como a esposa de Williams. Talentosa, ela consegue interpretar muito bem seu papel, a de uma mulher bem sucedida na carreira que perde a paciência com as infatilidades de seu marido, um homem adulto que muitas vezes parece não querer crescer nunca! Para piorar tudo no trabalho ela acaba se interessante por um executivo bonitão (interpretado pelo futuro James Bond, Pierce Brosnan). Com a vida em frangalhos só resta a Daniel procurar por uma solução radical e... muito divertida. O filme foi dirigido por Chris Columbus, um cineasta especializado em filmes leves, feitos para toda a família. Ele acabou se dando muito bem com Robin Williams, que aqui mais uma vez teve a chance de desfilar seu repertório de vozes e imitações (principalmente no momento em que realiza uma entrevista de emprego com uma senhora muito sisuda e mal humorada). Assim fica a dica para quem ainda não viu. Já para os saudosistas da carreira do falecido comediante tudo se transformará numa bela sessão nostalgia dos anos 90.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Candidato Aloprado

Tom Dobbs (Robin Williams) é um comediante, apresentador de talk show, que durante um dos programas solta uma piada dizendo que vai se candidatar à presidência dos Estados Unidos. O que era para ser apenas um comentário divertido porém começa a ganhar a simpatia do público. Milhões de E-mails são enviados à emissora e Dobbs resolve levar mais adiante a sua sátira, se candidatando pra valer ao cargo como candidato independente. Em pouco tempo ele começa a subir de verdade nas pesquisas se tornando um dos favoritos do eleitorado. Muito bem, com esse título nacional o espectador pode vir a pensar que se trata de uma comédia das mais escrachadas, porém não é bem isso. "Man of the Year" ("O Homem do Ano", em tradução literal) certamente usa o humor em seu enredo, porém tenta ao mesmo tempo mostrar aspectos importantes do mundo da política americana. O diretor Barry Levinson, que também assinou o roteiro, tenta emplacar assuntos mais importantes entre as improvisações de Robin Williams.

Um deles é o esgotamento e a saturação da política tradicional, com a bipolaridade que existe nos Estados Unidos (sempre com dois candidatos, um dos republicanos, outro dos democratas), usando cada vez mais discursos padrões e sem novidades. Quando um comediante chega nesse meio e começa a falar algumas verdades, mesmo que sob o verniz do humor, ele logo dispara na preferência do povo. Já conhecemos bem esse tipo de cenário pois o Brasil já elegeu humoristas para cargos públicos. O descontentamento do eleitor acaba virando voto de protesto, dando enormes votações a pessoas que não teriam a menor chance em uma situação comum e normal. Outra questão que é colocada em cena é a eleição via urna eletrônica. No filme o personagem de Robin Williams acaba se beneficiando de erros de programação das máquinas que captam os votos dos eleitores! Isso demonstra que os americanos não estão nem um pouco dispostos a trocar o voto de papel pelo das urnas digitais, como temos no Brasil. E a razão é muito simples de explicar: elas são facilmente burláveis ou então podem ser manipuladas. Assim o roteiro, sem querer, acaba mostrando aspectos que andam muito em voga no Brasil atualmente em termos de política: a saturação completa da política tradicional e seus partidos sem representação, completamente desacreditados e desmoralizados e a sempre presente sombra da manipulação das eleições ao se usar de meios computadorizados para a captação e contagem de votos. Fora isso o que temos é uma boa comédia, nada excepcional e nem extremamente engraçada, mas que pelo menos serve para levantar interessantes tópicos como esses para discussão.

Candidato Aloprado (Man of the Year, EUA, 2006) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Barry Levinson / Elenco: Robin Williams, Christopher Walken, Laura Linney, Jeff Goldblum, Tina Fey, Amy Poehler, Lewis Black, Rick Roberts / Sinopse: Um comediante (Williams) resolve se candidatar à Presidência dos Estados Unidos e descobre que seu modo sincero de falar a verdade acaba conquistando eleitores em todo o país, o tornando favorito para vencer as eleições presidenciais. Filme indicado ao prêmio da Political Film Society. 

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de outubro de 2015

Jack

Outro filme de um grande diretor que de certa maneira foi esquecido com o tempo. "Jack" foi dirigido por Francis Ford Coppola, um dos maiores diretores de cinema da história. O enredo é pueril. Um garoto tem uma estranha síndrome que faz com que seu corpo envelheça quatro vezes mais rápido do que a de um ser humano normal. Assim quando ele finalmente vai para a escola ele está com a aparência de um homem de 40 anos (interpretado por Robin Williams). Coppola optou por fazer uma comédia leve, divertida e nada mais, sem espaço para explorar dramas ou qualquer coisa parecida. O resultado não poderia ser diferente.

Tudo é muito sem importância, nada marcante e sendo bem sincero até chato. É aquele tipo de filme que você levava para casa na época das locadoras VHS e depois de uma semana esquecia completamente, o que é bem anormal em se tratando de um filme assinado por esse excelente diretor. A única coisa que se salva no meio da irrelevância geral é justamente a atuação de Robin Williams que, carismático como sempre, consegue até mesmo convencer o espectador de que ele é na realidade apenas um garotinho preso no corpo de um adulto. Fora isso o filme é tão descartável como um saco de pipocas ou uma lata de Coca-Cola.

Jack (Jack, Estados Unidos, 1996) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: James DeMonaco, Gary Nadeau / Elenco: Robin Williams, Diane Lane, Jennifer Lopez, Fran Drescher, Brian Kerwin / Sinopse: O filme conta a história de um garoto em corpo de adulto. Filme indicado ao Kids' Choice Awards na categoria de Melhor Ator (Robin Williams).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Mundo Segundo Garp

Título no Brasil: O Mundo Segundo Garp
Título Original: The World According to Garp
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Roy Hill
Roteiro: John Irving, Steve Tesich
Elenco: Robin Williams, Glenn Close, John Lithgow, Mary Beth Hurt

Sinopse:
Um jovem escritor esforçado vê sua vida e obra dominadas por sua esposa infiel e sua mãe feminista radical, cujo manifesto de sucesso a transforma em um ícone cultural. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Glenn Close) e melhor ator coadjuvante (John Lithgow). 

Comentários:
Uma das coisas mais tristes que presenciei nessa minha longa vida de cinéfilo foi a morte trágica do Robin Williams. Como era possível um ator como aquele, um comediante nato, um homem que ganhou a vida fazendo os outros rirem, se matar daquela forma? Como disse certa vez o Jô Soares, o suicídio era a ausência completa de humor na vida de uma pessoa. E como era possível um profissional que viveu do humor resolver tirar sua própria vida? Era algo bem triste. Esse filme aqui em questão é da fase primeira da carreira de Robin Williams no cinema. Ele vinha fazendo sucesso na TV, mas no concorrido mundo do cinema ainda não era ninguém relevante. Acabou que esse filme abriu as portas da sétima arte para ele. O resto, como todos já bem sabemos, é história.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sociedade dos Poetas Mortos

Depois de muitos anos tive a oportunidade de rever “Sociedade dos Poetas Mortos”. Esse filme eu tive o privilégio de ver no cinema, ainda na época de seu lançamento, em um dos mais tradicionais cinemas da minha cidade que infelizmente nem existe mais. Na época causou bastante repercussão pois colocava como tema central aquele velho choque de gerações que geralmente acontece na vida de todos nós. Os pais desejam que os filhos sigam por um determinado caminho na vida, abraçando certas profissões, se esquecendo ou ignorando que nesse processo eles estão na verdade soterrando as verdadeiras vocações dos jovens. No filme acompanhamos a rotina de um grupo de estudantes de uma tradicional escola americana. 

A disciplina é rígida e o tempo dos alunos é completamente preenchido com atividades escolares. Quem estudou em instituições de ensino parecidas certamente vai se identificar. No meio de tanto conservadorismo eis que surge um novo professor de inglês e literatura, o nada convencional Sr. Keating (Robin Williams) que logo no primeiro dia de aula incentiva seus alunos a rasgarem as primeiras páginas de um livro de poesia que tenta explicar através de fórmulas tediosas as regras que um bom poeta e escritor deve seguir. O ato extremamente ousado e inovador tenta demonstrar aos estudantes que o mais importante ao se escrever não é seguir velhas fórmulas moribundas mas sim seguir a emoção e o sentimento, acima de tudo. 

A partir desse momento o professor vira uma espécie de mentor de todos aqueles jovens, os incentivando a procurarem por novas experiências, ousarem mais em suas vidas, tanto na escola como fora dela. Um dos alunos, por exemplo, nutre o sonho de se tornar ator, abraçar a carreira de teatro mas isso é completamente reprimido por seus pais que consideram aquilo extremamente indigno de sua família. “Sociedade dos Poetas Mortos” ainda é um belo filme, com mensagem muito relevante e extremamente bem realizada. Provavelmente seja o melhor momento do ator Robin Williams no cinema. Aqui ele deixa o lado mais cômico de lado para abraçar o humanismo, a sensibilidade e o apego às paixões da vida. A expressão “Carpe Diem” (aproveite o dia) acabou virando um lema a ser seguido por todos. Jovens que sonham em realizar seus sonhos, fora do ambiente castrador da escola. Eu me recordo que gostei bastante quando assisti pela primeira vez, ainda na década de 1980 e nessa revisão pude perceber que a produção não envelheceu, ainda continua bastante boa e cativante. No final de tudo a mais importante lição que esse filme deixa é a de que cada um deve seguir seu próprio sonho, sem ligar para a opinião dos outros, até porque sonhos são para serem vividos por quem sonha e não pelos demais. Pais geralmente tentam se realizar através de seus filhos e para isso acabam soterrando os planos de vida dos garotos. Não caia nessa armadilha, trilhe o seu próprio caminho na vida. 

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, Estados Unidos, 1989) Direção: Peter Weir / Roteiro: Tom Schulman / Elenco: Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke, Josh Charles, Gale Hansen, Dylan Kussman, Allelon Ruggiero, James Waterson, Norman Lloyd, Kurtwood Smith / Sinopse: Numa rígida escola tradicional, um professor de inglês tenta incentivar seus alunos a se auto descobrirem, os encorajando a realizarem seus próprios sonhos e projetos de vida. Não tarda para que os métodos pouco convencionais do mestre sejam colocados em dúvida por pais e demais mestres conservadores da escola. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original. Indicado aos Oscars de Mlehor Filme, Direção e Ator (Robin Williams).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Patch Adams

Título no Brasil: Patch Adams - O Amor é Contagioso
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).

Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Jumanji

Título no Brasil: Jumanji
Título Original: Jumanji
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Greg Taylor
Elenco: Robin Williams, Kirsten Dunst, Bonnie Hunt, Bradley Pierce
 
Sinopse:
Dois garotinhos encontram um jogo mágico, capaz de alterar as leis do universo em que conhecemos, os jogando no meio de uma grande e inesquecível aventura! Filme vencedor da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Bonnie Hunt) e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado nas categorias de Melhor Filme de Fantasia, Melhor Ator (Robin Williams) e Melhor Direção (Joe Johnston).

Comentários:
Segue sendo um dos mais queridos filmes da carreira de Robin Williams. Na época de seu lançamento foi acusado de ser uma produção meramente usada como desculpa para um desfile de avançados efeitos especiais de última geração. Na verdade grande parte do impacto do filme realmente é proveniente de seu visual, mas não é só isso que podemos elogiar. A fita pode ser encarada como uma bela tentativa de resgatar o espírito das antigas matinês, onde filmes de aventuras e muita imaginação faziam a festa da garotada que lotava os cinemas nas décadas de 1940 e 1950. Além disso vamos convir que Robin Williams era de fato muito carismático, conseguindo muitas vezes levar um filme apenas mediano nas costas até o fim. Nesse "Jumanji" o roteiro realmente deixa a desejar em certos aspectos, mas nem isso tira seu charme de puro entretenimento. Para o estúdio também foi uma bela aposta pois a produção acabou enveredando para outros produtos, virando livro, álbum de figurinhas, quadrinhos e até um bem sucedido jogo de videogame (ironicamente a indústria de games iria superar a do cinema em faturamento poucos anos depois). De uma forma ou outra o cineasta Joe Johnston procuraria manter o velho espírito em filmes posteriores dele, em especial os bons "Jurassic Park III" (também com farto uso de animais digitais), "Mar de Fogo" (uma aventura ao velho estilo) e "Capitão América: O Primeiro Vingador" (novamente flertando com o mundo dos quadrinhos). Em suma, "Jumanji" é isso mesmo, pura diversão para todas as idades.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Uma Nova Chance Para Amar

Título no Brasil: Uma Nova Chance Para Amar
Título Original: The Face of Love
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Mockingbird Pictures, IFC Films
Direção: Arie Posin
Roteiro: Matthew McDuffie, Arie Posin
Elenco: Annette Bening, Ed Harris, Robin Williams, Jess Weixler

Sinopse:
Nikki Lostrom (Annette Bening) e Garret Mathis (Ed Harris) estão casados há muitos anos, mas ainda continuam tão apaixonados como no dia em que se conheceram. Sua única filha Summer (Jess Weixler) já deixou o ninho e agora eles pretendem viajar e curtir a velhice juntos até que uma tragédia ocorre e Garret morre em um trágico incidente. Sozinha, deprimida, Nikki tentará recuperar sua alegria de viver. Cinco anos após a morte do marido ela finalmente parece reencontrar uma nova chance para amar.

Comentários:
Pequeno filme independente com ótimo elenco que tenta mostrar uma viúva tentando reencontrar o caminho da felicidade. Annette Bening dá um colorido todo especial com sua interpretação. Sua personagem é o pilar de todo o enredo. Tentando buscar alguma motivaçâo ela acaba voltando aos velhos hábitos, como visitar museus e galerias de arte. E é justamente numa dessas visitas que ela acaba encontrando casualmente Tom Young (também interpretado por Ed Harris), um professor de arte que tem uma incrível semelhança com seu marido falecido. A partir daí ela tentará se apaixonar novamente para viver um amor outonal ao lado do novo namorado. Um dos pontos positivos desse filme é explorar um relacionamento adulto entre duas pessoas que estão vivendo momentos semelhantes em sua vida. Nikki, tentando superar a morte do marido de longos anos e Tom, saindo de um casamento complicado. Tudo é realizado com muita elegância e bom gosto, onde os personagens principais desfilam na tela aspectos e detalhes de sua vida pessoal. Annette Bening e Ed Harris estão excelentes. Harris inclusive adota características de um personagem anterior que lhe trouxe muito reconhecimento em "Pollock", a do artista que deseja viver de sua arte. E como brinde ainda temos um dos últimos trabalhos da carreira de Robin Williams, aqui interpretando um vizinho tímido que nutre sentimentos pela personagem de Annette Bening. Em suma, uma produção requintada para todos os que não desistem de amar, independentemente da idade ou situação social.

Pablo Aluísio.