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domingo, 21 de maio de 2023

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Mais um filme da Marvel com esse super-herói que nos quadrinhos sempre foi terceiro escalão dos personagens da editora. Curiosamente no cinema o Homem-Formiga até que deu certo, pelo menos do ponto de vista comercial. Eu considerei os filmes anteriores pelo menos divertidos. E se eu não estou enganado esse é o terceiro filme solo desse herói, o que não deixa de ser algo surpreendente. Eu sou de um tempo onde apenas super-heróis de primeiro time cmo Superman e Batman tinham o privilégio de ganharem trilogias no cinema. Hoje, pelo visto, as coisas andam mais banais. De qualquer forma são os novos tempos onde qualquer coisa com o selo Marvel ganha a aprovação dos grandes estúdios de Hollywood. 

Já sobre o filme não há maiores novidades. O roteiro segue de perto a fórmula dos filmes Marvel, o que vamos convir já virou uma camisa de força das mais embaraçosas para roteiristas que queiram ser mais criativos e originais. A única novidade parcial vem do fato de que o enredo desse novo filme se passa todo em um mundo quântico. Devo dizer que em termos de direção de arte copiaram na cara dura o mundo de Avatar, com resultados menos impressionantes, claro. Também não deixa de ser um pouco decepcionante reencontrar ícones da Hollywood dos anos 80 como Michael Douglas e Michelle Pfeiffer bem envelhecidos, assumindo seus cabelos brancos. Fica um sabor de choque de realidade no ar pois o tempo passou, até mesmo para esses veteranos astros de Hollywood.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (Ant-Man and the Wasp: Quantumania, Estados Unidos, 2023) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jeff Loveness, Stan Lee, Larry Lieber / Elenco: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Jonathan Majors, Bill Murray / Sinopse: O Homem-Formiga é enviado para um mundo quântico dominado por um tirânico e megalomaníaco vilão que tem planos de dominar todos os mundos do multiverso Marvel. 

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de abril de 2022

200 Cigarros

Título no Brasil: 200 Cigarros
Título Original: 200 Cigarettes
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Pictures
Direção: Risa Bramon Garcia
Roteiro: Shana Larsen
Elenco: Kate Hudson, Ben Affleck, Paul Rudd, Christina Ricci, Casey Affleck, Courtney Love, Elvis Costello

Sinopse:
Um grupo de amigos marca de se reunir numa festa de ano novo na casa de um deles em Nova Iorque, no bairro boêmio da cidade, da big apple. No caminho acontecem inúmeras histórias diferentes, onde o filme vai desenvolvendo a personalidade de cada um.

Comentários:
Filme com roteiro em estilo mosaico, vários personagens com várias histórias diferentes para contar. O elo de ligação de tudo é uma festa de ano novo que vai reunir todos eles. O elenco é muito bom, contando com algumas das estrelas jovens de Hollywood. A que se sai melhor é justamente Kate Hudson que tem melhores chances dentro de um roteiro difuso, que muitas vezes parece disperso demais. Ben Affleck não tem a mesma sorte, o espaço dado ao seu papel não é muito expressivo. Estrelas musicais também ganharam seu espaço, entre elas a maluca da Courtney Love e o sóbrio Elvis Costello que prova que também pode atuar bem. No geral é um filme com altos e baixos, mas que no conjunto até que segura bem as pontas. Pontas de cigarro claro, porque todos os personagens aparecem fumando!

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de janeiro de 2022

Ghostbusters: Mais Além

Nessa altura é de se perguntar se a franquia "Os Caça-Fantasmas" ainda tem salvação. Os dois primeiros filmes originais lançados nos anos 80 fizeram sucesso (o segundo bem menos do que o primeiro). Décadas se passaram e lançaram um novo filme, com elenco principal exclusivamente feminino. Não deu muito certo. Agora tentam revitalizar a franquia com um novo filme que faz uma ponte direta com os filmes originais. O maior problema foi superar o fato de que um dos atores principais morreu. Harold Ramis faleceu em 2014. Bom, se o ator morreu, seu personagem também estaria morto na história do filme. E por essa e outras razões que não consigo gostar de continuações tão tardias. Já faz tempo demais. Só os que assistiram aos primeiros filmes vão entender todas as referências. O público jovem atual é outro, completamente diferente.

Na história temos dois adolescentes. São netos do personagem de Ramis. Eles voltam para a velha fazenda isolada e empoeirada onde ele morreu anos atrás. O lugar guarda muitas das coisas que pertenceram aos "Caça-Fantasmas" como as roupas, as armas e a velha ambulância que eles transformaram no carro da trupe. E claro, velhos fantasmas também estão voltando. O filme é interessante até certo momento. Na parte final apela demais para a nostalgia. Praticamente refilmam o final do primeiro filme. Os atores originais retornam para uma participação final. Não escreveram bons diálogos para eles. Nem a cena do pós-crédito com Bill Murray e Sigourney Weaver tem muita graça. Lançado em novembro o filme não se tornou um sucesso. É o que eu afirmei antes. Continuações tardias demais não costumam dar muito certo, nem do ponto de vista comercial e muito menos do artístico. Só sobra uma certa nostalgia melancólica do passado.

Ghostbusters: Mais Além (Ghostbusters: Afterlife, Estados Unidos, 2021) Direção: Jason Reitman / Roteiro: Jason Reitman, Dan Aykroyd / Elenco: Carrie Coon, Mckenna Grace, Paul Rudd, Finn Wolfhard, Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Sigourney Weaver / Sinopse: Décadas após os acontecimentos do primeiro filme os netos adolescentes do caça-fantasmas Egon descobrem as antigas coisas do grupo numa velha casa de fazenda onde vão morar. E na região parece haver uma iminente manifestação sobrenatural prestes a eclodir.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de maio de 2019

Vingadores: Ultimato

Esse filme chegou mais cedo do que eu esperava. Pensei que ainda iria demorar uns dois anos para chegar nas telas. Pelo visto a Marvel tem pressa mesmo, lançando seus filmes em ritmo industrial. De qualquer forma deu certo. A produção já acumulou mais de 2.5 bilhões de dólares nas bilheterias. É o maior sucesso do ano, lutando agora para passar "Avatar" que está ainda na sua frente na lista das maiores bilheterias dos últimos anos. Resta esperar para ver o que vai acontecer nas próximas semanas. Bom, deixando esse aspecto comercial de lado o que mais me intrigava era saber como os roteiristas iriam desfazer o nó do filme anterior, onde muitos personagens importantes tinham virado pó, isso literalmente falando. Confesso que não achei grande coisa a solução encontrada. O roteiro parte para o bom e velho argumento da volta no tempo. A coisa fica tão evidente que os próprios roteiristas colocaram duas piadinhas com "De Volta Para o Futuro", já sabendo de antemão que iriam fazer uma ligação com esse famoso filme dos anos 80. A lógica é muito parecida realmente, apesar do papo furado da física quântica, algo que também já está virando uma muleta narrativa recorrente em roteiros mais recentes.

Assim o resultado, ao meu ver, ficou um pouco prejudicado, pois a viagem no tempo não deixa de ser algo bem manjando no universo pop. A despeito disso porém não posso deixar de admitir que em suas quase 3 horas de duração o filme diverte e funciona muito bem como aquilo que sempre foi, uma mera transposição bem realizada do universo dos quadrinhos para o cinema. Os elementos são bem trabalhados, encaixados na trama. Pode ser que se você perdeu algum filme da Marvel nesses últimos anos venha a se perder com tantas idas e vindas no tempo. Porém isso é o de menos. A estrutura narrativa funciona bem, tem bom ritmo e desenvolvimento.

Não é a maior maravilha cinematográfica do mundo como querem fazer crer alguns fãs de quadrinhos, mas funciona perfeitamente bem. É um produto pop de qualidade. Agora, temos que admitir também que um velho problema se repete aqui. Desde sempre qualquer filme com muitos personagens e muitos atores em cena acaba criando um subaproveitamento deles - tantos dos atores como dos heróis. Isso se repete nesse filme. É tanto super-herói em cena que poucos são desenvolvidos com cuidado. Fica aquela sensação de que muitos são apenas coadjuvantes de luxo. Mesmo assim repito que o filme agrada e diverte. Nesse mundo de tantos heróis da Marvel já está de bom tamanho.

Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, Estados Unidos, 2019) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro:  Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Josh Brolin, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Paul Rudd, Benedict Cumberbatch, Brie Larson, Tom Holland, Chris Pratt, Michael Douglas, Robert Redford, Samuel L. Jackson / Sinopse: Para desfazer o mal causado pelo vilão Thanos, os vingadores decidem voltar no tempo para impedir que ele consiga as Joias do infinito que lhe dará um poder supremo sobre todo o universo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

As Vantagens de Ser Invisível

Durante os anos 80 o introvertido Charlie (Logan Lerman) chega em um novo colégio. Como novato, ele sente dificuldades em se enturmar para fazer novas amizades. A salvação vem com dois alunos que parecem fora do comum, mas logo se mostram bem colegas dele. Ela se chama Sam (Emma Watson) e ele Patrick (Ezra Miller). Juntos acabam formando um grupinho de amigos para atravessar essa fase tão complicada da vida chamada adolescência. Filmes sobre adolescentes americanos sempre são problemáticos. Ou são comédias debiloides ou então fitas de pura vulgaridade, pura desculpa para mostrar jovens seminuas e muita nudez gratuita. Só na década de 1980 é que surgiram bons filmes no gênero, justamente aqueles assinados pelo mestre John Hughes. Talvez por essa razão o enredo de "The Perks of Being a Wallflower" se passe justamente nesse momento histórico.

O diretor Stephen Chbosky obviamente busca uma identificação com aqueles antigos filmes. Cada um dos personagens procura retratar jovens reais e não caricatos, como já estamos acostumados a ver. O drama de Charlie talvez seja o mais complicado de superar. Além da timidez e da falta de jeito com as garotas, ele ainda tem que superar uma série de sintomas que podem indicar o surgimento de algum tipo de problema mental. Para Patrick a situação é ainda mais delicada já que ele é gay e namora às escondidas o principal atleta da escola. Se descobrirem certamente ele passará por uma situação extremamente comprometedora - isso para não dizer perigosa. O diretor  realizou um bom filme, honesto e correto dentro de suas possibilidades. Além disso traz a cultuada (pelo menos entre os adolescentes que gostam de cinema) Emma Watson, aqui tentando se livrar um pouquinho do estigma de ter sido uma das protagonistas da franquia Harry Potter.

As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, Estados Unidos, 2012) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Stephen Chbosky / Roteiro: Stephen Chbosky / Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd, Kate Walsh, Patrick de Ledebur / Sinopse: o filme conta a estória de um adolescente tentando se encaixar numa nova escola, fazendo novas amizades e cultivando outros amigos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Entrega a Domicílio

Todo mundo precisa começar de algum lugar. Não que o ator Paul Rudd seja um comediante excepcional, fora de série, nada disso. Aqui ele está em uma comédia romântica das mais bobinhas. O enredo é bobo, como tudo. Um jovem estudante, pensando estar sendo traído pela namorada, resolve lhe escrever uma carta terminando tudo. Nesse meio tempo ele descobre que está errado, que ela nunca o traiu. A partir daí ele começa uma corrida desesperada para evitar que a carta seja entregue a ela. Mais bobalhão impossível!

É um daqueles filmes bem descartáveis, que só não se torna uma perda completa de tempo por causa, entre outras coisas, da presença da atriz Reese Witherspoon no elenco. Ainda jovem, carismática - naquele estilo garota séria, quase psicótica e obsessiva com perfeição - a Reese salva o filme da ruína total. Provavelmente esse tipo de fita seja uma daquelas que ela hoje em dia deve sentir um pouquinho de vergonha por ter feito. Coisas da vida.

Entrega a Domicílio (Overnight Delivery, Estados Unidos, 1998) Direção: Jason Bloom / Roteiro: Marc Sedaka, Steve Bloom / Elenco: Paul Rudd, Christine Taylor, Reese Witherspoon / Sinopse: A vida de uma garota comum muda completamente quando ela cai em uma armadilha.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de agosto de 2018

Capitão América: Guerra Civil

Bem mais simples do que a saga Guerra Civil dos quadrinhos, esse filme acabou sendo uma espécie de preview do que se viria depois na saga dos vingadores. Para falar a verdade todos os filmes da Marvel caminham juntos o que não deixa de ser um grande e complexo desafio para os roteiristas. Imagine ter que combinar de uma forma ou outra todos os filmes que são lançados de forma avulsa a cada ano. A Marvel acabou criando assim uma fábrica de grandes bilheterias, algo que nem mesmo a DC Comics conseguiu chegar perto. Provavelmente em um futuro próximo o estúdio venha a reunir todos os filmes em um grande box, onde eles finalmente vão fazer mais sentido juntos.

Aqui temos o começo dos problemas envolvendo o Capitão América de um lado e o Homem de Ferro do outro. Em torno deles se formam dois grupos rivais de heróis. E a partir daí, como é de praxe nos quadrinhos e nos filmes adaptados, começa um grande quebra pau entre os personagens. Os efeitos especiais obviamente são de última geração, mas o roteiro deixa a desejar. Afirmo isso não apenas em relação aos quadrinhos em si, que trazia dezenas de outros personagens, mas também no desenvolvimento de cada um herói. É claro que edições e mais edições de revistas jamais poderiam ser compiladas de forma satisfatória em apenas um filme de pouco mais de duas horas. Assim, se você conseguir passar por cima dessa impossibilidade técnica, pode até mesmo vir a se divertir com tudo o que acontece na tela. É um típico filme blockbuster de Hollywood com tudo de bom e ruim que isso possa significar.

Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Emily VanCamp / Sinopse: O grupo de super-heróis dos Vingadores racha ao meio quando um tratado internacional é ratificado por centenas de países ao redor do mundo colocando um freio em suas atividades. O Homem de Ferro concorda com as novas medidas, mas o Capitão América se recusa a concordar com ele. Assim duas equipes antagônicas são formadas dentro dos Vingadores e elas logo entram em conflito.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 9 de julho de 2018

The Catcher Was a Spy

É um drama de espionagem e suspense ambientado na II Guerra Mundial. Algo que não esperaria ser estrelado por um ator como Paul Rudd. Logo ele, o Homem-Formiga, sempre com uma piadinha na ponta de língua. Pois é, aqui não existe espaço para o humor. No filme, que é baseado numa história real, somos apresentados ao jogador de beisebol Moe Berg. Já veterano, quase aposentado do esporte, ele começa a procurar por outros caminhos na vida. Acaba sendo recrutado pela OSS, a agência de espionagem dos Estados Unidos antes da criação da CIA. Embora fosse conhecido mais como desportista, Berg também era um intelectual, com várias formações acadêmicas. Também falava vários idiomas, ou seja, era o tipo ideal para se tornar um agente de espionagem do governo americano.

Sua primeira missão acaba sendo uma das mais complicadas. Ele é enviado para a Suíça. Seu objetivo é encontrar e matar um importante cientista alemão que estaria comandando a criação da tão temida bomba atômica nazista. Não espere por nada parecido como James Bond, com muitas cenas de ação e aventura. Como tudo é baseado em fatos reais, a história se desenvolve de forma mais calma e verossímil. Outro aspecto melhor trabalhado pelo roteiro é a própria personalidade do protagonista. Solteirão e culto, havia uma suspeita que ele também fosse gay, algo sutilmente sugerido pelo roteiro quando ele viaja até o Japão e lá encontra um homem em um bar. Como resultado de tudo considerei o filme bom, bem produzido e com boas atuações. Nunca havia visto Paul Rudd em um filme sério, com ares mais dramáticos como esse. Não deixou de ser uma grande surpresa.

The Catcher Was a Spy (Estados Unidos, 2018) Direção: Ben Lewin / Roteiro: Robert Rodat, Nicholas Dawidoff / Elenco: Paul Rudd, Paul Giamatti, Jeff Daniels, Connie Nielsen, Guy Pearce, Tom Wilkinson / Sinopse: O filme conta a história real de um jogador de beixebol e acadêmico que durante os anos 1940 se tornou agente de espionagem do governo americano, tendo como missão executar um importante cientista alemão envolvido no desenvolvimento da primeira bomba atômica do III Reich.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Homem-Formiga e a Vespa

E a Marvel segue lançando seus filmes nos cinemas. Uma das coisas que me surpreendem é o ritmo dos lançamentos. Mal um filme Marvel sai de cartaz e outro já entra no mercado. Com isso o estúdio vai faturando milhões, mas também vai criando uma certa saturação para filmes de super-heróis. Pois bem, esse aqui é o segundo da linha Homem-Formiga. O primeiro até que me agradou, principalmente pelo tom leve e descontraído do personagem. O Homem-Formiga no mundo dos quadrinhos é bem secundário. Ele foi criado há muitos anos, não fez muito sucesso e passou anos sem ser publicado. Agora com a força do cinema tem recebido mais atenção dos leitores de quadrinhos. De minha parte o considero um herdeiro do Sci-fi dos anos 1950, com todos aqueles filmes B com insetos gigantes destruindo as cidades.

Por falar nisso uma das melhores cenas desse novo filme acontece justamente quando o Homem-Formiga se torna um gigante (por causa de uma falha em seu uniforme). Ele andando na baía de San Francisco, com 25 metros de altura, tentando pegar um objeto que está nas mãos do vilão em um barco, é puro cinema de ficção B dos anos 50. Outro ponto que me chamou a atenção foi que o roteiro deu mais espaço para o ator Michael Douglas. Veteranos das telas, um nome importante dentro da indústria, ele merecia mesmo aparecer mais. Paul Rudd por sua vez continua o mesmo. Ele que sempre fez filmes de comédia romântica mantém o mesmo tom, bem ameno. O roteiro desse novo filme porém me soou sem inspiração, sem novidades. Seguindo uma velha fórmula o enredo criado pelos roteiristas não tem criatividade. Sempre que o filme vai caindo no lugar comum eles usam a bengala dos efeitos especiais para que o público não fique entediado. Em suma, um filme mais fraquinho do que o primeiro. Só não se torna ruim por causa de seu estilo vintage.

Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp, Estados Unidos, 2018) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Laurence Fishburne, Michelle Pfeiffer, Evangeline Lilly, Michael Peña  / Sinopse: O cientista Dr. Hank Pym (Michael Douglas) quer trazer sua esposa de volta. Ao se tornar minúscula ela acabou se perdendo no mundo quântico. Para isso Hank precisará da ajuda de Scott Lang (Paul Rudd) que desde o filme anterior se tornou o novo Homem-Formiga.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

As Vantagens de Ser Invísivel

Título no Brasil: As Vantagens de Ser Invísivel
Título Original: The Perks of Being a Wallflower
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky
Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd
  
Sinopse:
Durante os anos 80 o introvertido Charlie (Logan Lerman) chega em um novo colégio. Como novato ele sente dificuldades em se enturmar para fazer novas amizades. A salvação vem com dois alunos que parecem fora do comum, mas logo se mostram bem colegas dele. Ela se chama Sam (Emma Watson) e ele Patrick (Ezra Miller). Juntos acabam formando um grupinho de amigos para atravessar essa fase tão complicada da vida chamada adolescência. 

Comentários:
Filmes sobre adolescentes americanos sempre são problemáticos. Ou são comédias debiloides ou então fitas de pura vulgaridade, pura desculpa para mostrar jovens seminuas e muita nudez gratuita. Só na década de 1980 é que surgiram bons filmes no gênero, justamente aqueles assinados pelo mestre John Hughes. Talvez por essa razão o enredo de "The Perks of Being a Wallflower" se passe justamente nesse momento histórico. O diretor obviamente busca uma identificação com aqueles filmes. Cada um dos personagens procura retratar jovens reais e não caricatos, como já estamos acostumados a ver. O drama de Charlie talvez seja o mais complicado de superar. Além da timidez e da falta de jeito com as garotas ele ainda tem que superar uma série de sintomas que podem indicar o surgimento de algum tipo de problema mental. Para Patrick a situação é ainda mais delicada já que ele é gay e namora às escondidas o principal atleta da escola. Se descobrirem certamente ele passará por uma situação extremamente comprometedora - isso para não dizer perigosa. O diretor e roteirista Stephen Chbosky realizou um bom filme, honesto e correto dentro de suas possibilidades. Além disso traz a cultuada (pelo menos entre os adolescentes) Emma Watson, aqui tentando se livrar um pouco do estigma de ter sido uma das protagonistas da franquia Harry Potter.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de março de 2017

A Razão do Meu Afeto

Título no Brasil: A Razão do Meu Afeto
Título Original: The Object of My Affection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Nicholas Hytner
Roteiro: Wendy Wasserstein
Elenco: Jennifer Aniston, Paul Rudd, Nigel Hawthorne, Kali Rocha, Hayden Panettiere, Alan Alda, Tim Daly
  
Sinopse:
Nina Borowski (Jennifer Aniston) é uma assistente social que acaba se apaixonando por George Hanson (Paul Rudd). Há alguns problemas nessa paixão. O primeiro é que George pensa ser apenas um amigo dela, inclusive a ponto de morar junto ao seu lado. O outro é que George é gay! Comprometida com outro homem, Nina tenta superar seus sentimentos, mas conforme o tempo passa ela vai ficando cada vez mais apaixonada. Pior do que isso, ela fica grávida do namorado de quem não ama! Filme indicado ao London Critics Circle Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Nigel Hawthorne).

Comentários:
Esse filme é uma das primeiras tentativas de Jennifer Aniston em emplacar no cinema. Ela que vinha estrelando a série de sucesso "Friends" (um dos programas de maior audiência da TV americana), nem precisava de muito esforço para atrair público para seus filmes. "The Object of My Affection" é uma comédia romântica, com pequenas pitadas de drama, mostrando o amor que uma garota acaba sentindo por um homossexual. Amor impossível? Pode ser, só que o roteiro brinca com essa situação até o clímax, que vai surpreender muita gente. Paul Rudd volta para seu tipo habitual, a do "cara legal", papel que quase sempre repete em seus filmes, ano após ano. Até mesmo quando interpreta super-heróis, como aconteceu em "Homem-Formiga" ele não consegue se desligar desse tipo de personagem. Então é isso, um bom filme, até um pouco acima da média dos outros filmes estrelados por  Jennifer Aniston. Simpático e inofensivo vai agradar aos fãs da atriz.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Regras da Vida

Título no Brasil: Regras da Vida
Título Original: The Cider House Rules
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio:  Miramax
Direção: Lasse Hallström
Roteiro: John Irving
Elenco: Tobey Maguire, Charlize Theron, Michael Caine, Paul Rudd, Kieran Culkin, Kathy Baker
  
Sinopse:
Homer Wells (Tobey Maguire) é um órfão, um rapaz que foi abandonado ainda nos primeiros anos de vida. Ele viveu assim toda a sua vida em um orfanato. E foi justamente lá que conheceu o Dr. Wilbur Larch (Michael Caine), um homem bem sábio em suas experiências de vida, que se torna um grande amigo próximo de Wells. Filme premiado pelo Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Caine) e Melhor Roteiro Adaptado (Irving).

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O elenco é ótimo, com vários atores jovens trabalhando ao lado de grandes veteranos (como o sempre excelente Michael Caine). Caine aliás venceu o Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, demonstrando que apesar da idade e dos problemas que enfrentou ao longo da carreira, seu talento continuava intacto. O outro Oscar que "Regras da Vida" levou foi o de Roteiro Adaptado. O roteirista John Irving adaptou para o cinema seu próprio romance, um livro que chamou bastante atenção quando foi lançado originalmente. Em minha opinião a categoria em que ele foi premiado foi equivocada, uma vez que como ele era o autor do livro que deu origem ao roteiro, deveria ser indicado ao prêmio de Melhor roteiro original. Mas enfim, coisas de Hollywood. No mais temos no elenco ainda a linda Charlize Theron (mais bonita do que nunca) e o "Homem-Aranha" Tobey Maguire, aqui tentando se distanciar um pouco da figura do super-herói. No geral é um filme muito bom, que anda injustamente esquecido nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil

Eu já ando um tanto saturado de filmes com super-heróis de quadrinhos. Não é questão de gostar mais da Marvel ou da DC Comics, a questão é outra. Acho que esse gênero já anda sem novidades há tempos. Essas são palavras ao vento porque enquanto os filmes renderem bilhões de dólares eles continuarão a serem produzidos. Cinema é indústria e indústria precisa de receitas e lucros. Tudo bem, nada contra. O cinema comercial precisa existir para que filmes mais artísticos sejam realizados. Pois bem, mesmo com essa opinião formada, diria até má vontade, confesso que ainda consegui me divertir com esse Civil War.

Não, eu não li nenhuma revista da saga Civil War nos quadrinhos. Sei porém de antemão que a trama desenvolvido foi infinitamente mais complexa, com dezenas de outros personagens que simplesmente foram ignorados no filme. É normal, como condensar uma trama extensa, cheia de detalhes, em apenas uma película cinematográfica de duas horas e meia de duração? É impossível. Por isso os roteiristas passaram a tesoura sem dó. Personagens foram descartados e a longa estória mostrada nos quadrinhos foi reduzida a uma fac-símile, um resumão do que foi usado nas revistas. É o preço a se pagar em toda adaptação, seja em relação a livros, seja em relação a HQs.

Como não sou expert em quadrinhos entrei no cinema sem saber de muita coisa a não ser que os Vingadores iriam rachar ao meio, sendo um grupo formado liderado pelo Homem de Ferro e outro pelo Capitão América. Esse formato de enredo onde os super-heróis acabam quebrando o pau entre si mesmos é indiscutivelmente bem sucedido nas bancas. E isso vale para as duas maiores editoras. Se o Superman pode sair no braço com o Batman, porque a turma da Marvel não pode fazer o mesmo? É uma ideia até muito simplista e diria até boba, coisa de adolescente, mas que no final das contas funciona muito bem. De quebra ainda traz a participação do Homem-Aranha numa canja. Assim tudo se torna mesmo irresistível para quem é fã desses personagens.

Dito isso devo dizer que o roteiro de "Captain America: Civil War" não é nenhuma maravilha e começa muito mal. Há excesso de personagens, situações e subtramas. A primeira meia hora do filme é dispersa demais, pouco objetiva, mal escrita, complicada e confusa (pelo menos para quem nunca leu os gibis). O roteiro se mostra vacilante, mal arranjado e sem rumo a seguir. As coisas só melhoram mesmo quando os roteiristas finalmente resolvem enxugar tudo o que vinha acontecendo de forma um tanto aleatória na trama. Sim, há um tratado internacional que quer colocar freios nos Vingadores. Sim, eles não concordam em assinar ou não o tal tratado e sim, eles quebram o pau por essa razão. Quem diria que uma questão de direito internacional público iria ser o estopim dessa guerra entre eles? O resto é curtir a briga entre Homem de Ferro e Capitão América e todos os demais super-heróis (com a sentida ausência do Hulk no meio da briga!).

Assim o filme se revela um pouco problemático, mas ao mesmo tempo divertido, bem pipoca. As lutas andam cada vez mais bem coreografadas e os efeitos especiais são classe A. Em termos de narrativa a única coisa que achei bem esquisito foi a ausência de um vilão melhor, mais bem resolvido. Filme de super-herói sem um vilão bacana - e igualmente espalhafatoso - quase nunca funciona muito bem. De qualquer maneira se você estiver em busca de pura diversão, daquelas bem escapistas, "Civil War" pode funcionar que é uma beleza. Só não vá esperar por cinema como sétima arte. Aqui o que vale mesmo são os sopapos e a pipoca. Uma overdose pop sem culpas. Todo o resto é mero detalhe secundário.

Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Emily VanCamp / Sinopse: O grupo de super-heróis dos Vingadores racha ao meio quando um tratado internacional é ratificado por centenas de países ao redor do mundo colocando um freio em suas atividades. O Homem de Ferro concorda com as novas medidas, mas o Capitão América se recusa a concordar com ele. Assim duas equipes antagônicas são formadas dentro dos Vingadores e elas logo entram em conflito.

Pablo Aluísio. 

domingo, 13 de março de 2016

Homem-Formiga

No mundo do cinema os quadrinhos viraram a grande febre do momento. Suas adaptações rendem milhões ao redor do mundo e os fãs estão sempre prontos a conferir as novidades nas telas, mesmo que seja de personagens de segundo escalão que quase ninguém conhece. É o caso desse Homem-Formiga. Ele foi criado na década de 60 por Stan Lee, mas nunca realmente chegou a emplacar. Embora tenha tido uma revista mensal ela logo foi cancelada por causa das baixas vendas. Afinal de contas um herói cujo maior poder é se tornar pequeno como uma formiga não era bem algo atrativo para a garotada da época. Depois desse começo ruim o Homem-Formiga acabou sendo incorporado aos Vingadores e por lá ficou anos e anos, aparecendo apenas esporadicamente. Agora com o sucesso que as adaptações de quadrinhos andam fazendo no cinema a Marvel Studios resolveu apostar suas fichas nesse notório desconhecido.

Até que o resultado não é nada mal. Longe das amarras que geralmente atrapalham os filmes dos personagens mais famosos, esse aqui conseguiu tratar tudo com uma leveza e bom humor que acabam sendo a grande sacada da produção. Os roteiristas conseguiram escrever um enredo que conseguia ser ao mesmo tempo fiel aos quadrinhos originais trazendo também algo de novo para esse universo. Assim o Homem-Formiga original surge na tela já velho e tentando passar seu legado a outro para que venha vestir seu uniforme. Michael Douglas é o envelhecido herói e Paul Rudd o seu sucessor. Essa transição vai agradar aos fãs da Marvel ao mesmo tempo em que abre novas possibilidades aos cinéfilos que ficam livres de tentar saber tudo o que já aconteceu com o personagem no mundo das tirinhas. Diante disso temos um filme com ótimo desenvolvimento, boas e divertidas soluções na história e uma produção de primeira, com excelentes efeitos especiais. Acredito que ninguém esperaria por algo melhor. Vale a diversão.

Homem-Formiga (Ant-Man, EUA, 2015) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish / Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Michael Peña / Sinopse: Scott Lang (Paul Rudd) sai da prisão após um bom tempo cumprindo pena. Sua vida está em frangalhos. Sem emprego, abandonado pela esposa e sem contato com a filha ele não encontra muitas possibilidades de melhorar. Até que aceita fazer parte de um roubo na casa de um milionário, algo que mudará sua vida para sempre.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Nem por Cima do Meu Cadáver

As comédias românticas americanas já não são mais as mesmas. Com o esgotamento da velha fórmula os produtores andam procurando por caminhos diferentes. Algumas vezes até dá certo, em outras o desastre é certo. Veja o caso desse filme. Quando começa o espectador (principalmente se for masculino) vai franzir a testa e dizer consigo mesmo: "Meu Deus, lá vem outra comédia romântica sobre casamentos!". Isso tudo porque a primeira cena do filme é passada justamente no dia de casamento de Kate (Eva Longoria) e Henry (Paul Rudd). E então vem a grande surpresa, já que os roteiristas, como eu escrevi, estão tentando mudar um pouco o que sempre se vê nesse tipo de comédia. A personagem Kate morre, logo no dia em que iria se casar, quando um anjo de gelo (daqueles usados em decoração) cai por cima dela. E então vem a "ideia brilhante" do diretor e roteirista Jeff Lowell: transformar Kate em uma fantasma que vai a partir daí atazanar a vida sentimental daquele que seria seu futuro marido.

E é isso. O filme todo se desenvolve em cima dessa bobeirinha. Henry (Rudd) vai ver uma vidente chamada Ashley (Lake Bell) e se apaixona por ela. Enquanto isso Kate começa a aparecer para Ashley, tentando com isso assustá-la para que ela deixe seu amado em paz. No fundo a fantasminha é tão possessiva que deseja ardentemente que ele nunca mais se relacione com mais ninguém na vida. Já deu para perceber que a personagem interpretada por Eva Longoria é bem antipática. O pior é que Ashley também não se mostra nada carismática. Assim acaba sobrando para Paul Rudd tentar levar o filme em frente, mas no final tudo isso é em vão. Não há outra maneira de qualificar essa insossa comédia romântica a não ser como insossa e sem graça. As tentativas de fazer rir passam por situações grotescas como cenas de flatulência. Enfim, descarte, esqueça e deixe pra lá, a não ser que você seja um espírita masoquista.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body, EUA, 2008) Direção: Jeff Lowell / Roteiro: Jeff Lowell / Elenco: Eva Longoria, Paul Rudd, Lake Bell / Sinopse: Jovem noiva morre bem no dia do seu casamento. Quando seu futuro marido (que continua vivo) se apaixona por uma vidente ela começa a fazer de tudo para melar o novo relacionamento. Isso continua até o dia em que ela percebe que o melhor para si e seu amado é deixar o destino seguir em frente.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de agosto de 2015

Homem-Formiga

Título no Brasil: Homem-Formiga
Título Original: Ant-Man
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish
Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Michael Peña
  
Sinopse:
Depois de cumprir pena por furto, Scott Lang (Paul Rudd) finalmente ganha a liberdade. A vida fora da prisão porém não é fácil. Embora tenha um diploma de engenharia ele não consegue emprego justamente por causa de sua ficha suja. Sem alternativas e após ser demitido de uma lanchonete de fast food, Scott aceita a proposta de entrar na casa de um senhor rico que está de férias. Há um cofre no local e uma expectativa de que lá dentro exista muitas jóias e dinheiro. Após entrar na residência ele descobre para seu desapontamento que tudo o que existe dentro do tal cofre é uma velha roupa e um capacete bem estranho, algo que irá mudar sua vida para sempre, embora ele nem desconfie disso. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de melhor ator (Paul Rudd) e melhor atriz (Evangeline Lilly).

Comentários:
Filmes adaptados dos personagens da Marvel Comics andam rendendo milhões todos os anos. Para aproveitar a onda de sucesso o estúdio está até mesmo trazendo à tona produções enfocando personagens mais secundários desse universo. Um deles é justamente esse Homem-Formiga que poucos conhecem, apesar de ter sido criado já há bastante tempo, mais especificadamente em 1962 por Stan Lee e Jack Kirby. Inicialmente o esquisito super-herói era apenas um membro pouco importante dos Vingadores, mas agora muito provavelmente com o lançamento desse filme venha a surgir um interesse renovado em suas aventuras. Devo confessar que praticamente não o conhecia, nem suas origens e nem muito menos suas principais características. Assim quando resolvi conferir no cinema foi como se estivesse sendo apresentado pela primeira vez ao personagem. No geral gostei do filme, ele tem um roteiro bem bolado, um protagonista simpático, um vilão com ótimo design e doses certas de bom humor espalhadas em praticamente todas as cenas e sequências. Esse é o tipo de filme que me lembrou bastante "Blade", não por se tratar de personagens semelhantes, mas sim porque sendo um herói de segundo escalão se abrem maiores oportunidades de o explorar de forma mais livre, sem as amarras que perseguem personagens de quadrinhos mais famosos como o Homem de Ferro ou Batman.

Como poucos o conhecem as chances de trazer coisas novas, inovando, é bem maior. O grande nome do elenco é obviamente o veterano Michael Douglas. Ele interpreta o cientista Dr. Hank Pym que aliás foi o primeiro Homem-Formiga dos quadrinhos, o original criado por Stan Lee. Aqui ele está envelhecido e desiludido com os rumos das pesquisas que podem diminuir em milhares de vezes o tamanho de seres, entre eles o homem. Nas mãos erradas tal invenção poderia causar o caos dentro da sociedade. Por isso ele resolve escalar o ex-presidiário Scott Lang para voltar a usar seu antigo uniforme. Paul Rudd dá vida a Scott e pela primeira vez em sua carreira tem a chance de estrelar um blockbuster. Sua escalação revelou ser certeira pois com o seu passado de comediante, Rudd acabou se saindo muito bem nas cenas mais engraçadas, com feeling de comédia. A direção foi entregue a Peyton Reed, especializado em comédias românticas. Embora nunca tivesse dirigido um filme de super-herói antes ele acabou também se saindo muito bem, trazendo uma bem-vinda leveza ao filme que o tornou ainda mais agradável. Então é isso, "Ant-Man" é divertido, simpático e bem humorado. Para um domingão no cinema com muita pipoca não poderia haver nada mais adequado. Assista sem receios e boa diversão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de março de 2015

As Vantagens de Ser Invisível

Superficialmente até parece um daqueles filmes americanos que falam sobre a dureza da vida dos estudantes no High School. Como se sabe há muita vulgaridade, ofensas, bullyng e toda aquela selva que todos conhecem da vida colegial. Como sempre também encontramos os tipos que sempre habitam esse tipo de produção: há os populares, os atletas, as patricinhas, os mauricinhos, os nerds e os freaks (esquisitos). Charlie (Logan Lerman) faz parte desse último grupo. Introvertido e com dificuldades de fazer amigos ele começa o filme indo para seu primeiro dia de aula na nova escola (o terror de muitos estudantes). Como sempre há toda aquela chatice que povoa o velho sistema educacional (que apesar da tecnologia ainda continua obsoleto com suas aulas de giz e quadro negro). No meio do tédio Charlie consegue finalmente fazer amizade com dois irmãos (ou meio irmãos), a gatinha Sam (Emma Watson) e o divertido Patrick (Ezra Miller), um jovem homossexual enrustido que namora às escondidas o atleta mais popular da escola. Juntos passam pelas experiências típicas da idade. O primeiro beijo, a primeira paixão, as descobertas sexuais, as decepções, as desilusões, etc. O repertório completo daquela fase tão complicada da vida de todos nós, a adolescência.

Para quem pensa encontrar apenas uma comédia leve passada no mundo jovem acaba se surpreendendo conforme o filme avança. Isso ocorre porque Charlie começa a apresentar transtornos que indicam  uma clara doença mental. Sem medicação adequada ele começa a delirar, ouvir vozes e perder o senso de realidade. Para piorar acaba conhecendo a LSD, uma droga alucinógena que funciona como catalisador de doenças mentais. A partir desse ponto o filme ameaça virar um drama pesado, daqueles com finais trágicos. O diretor porém puxa o freio de mão para não transformar tudo em uma daquelas tragédias que tanto conhecemos do cinema ianque. Em certo momento pensei que tudo iria desbancar para algo no gênero “Tiros em Columbine”. Mas nada disso acontece. O elenco traz como destaque Emma Watson, de "Harry Potter". Atriz simpática e carismática ela defende bem seu papel. Ao seu redor temos vários atores de séries americanas famosas. Logan Lerman, por exemplo, fez parte do elenco de "Jacky & Bobby". Fora ele o espectador ainda vai encontrar muitos rostos conhecidos da TV americana de séries como "The Vampire Diaries", "Americano Horror Story" e "Parenthood". Em conclusão podemos dizer que vale a pena assistir no final das contas. Não é uma película brilhante mas é humana. Procura fugir do dramalhão para contar uma estória de pessoas comuns em uma fase particularmente complicada para muitas pessoas, o que no final se torna bem-vindo. Em tempos de tantos filmes de efeitos especiais, pirotecnias e super-heróis pode ser uma boa opção para quem procura por algo mais profundo e sério.

As Vantagens de Ser Invísivel (The Perks of Being a Wallflower, Estados Unidos, 2012) Direção: Stephen Chbosky / Roteiro: Stephen Chbosky / Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd, Ezra Miller, Mae Whitman, Melanie Lynskey, Kate Walsh, Dylan McDermott, Johnny Simmons, Nicholas Braun, Zane Holtz, Reece Thompson, Julia Garner / Sinopse: Charlie (Logan Lerman) é o novo aluno em um colégio de ensino médio (high School) nos EUA na década de 1980. Ele é introvertido o que lhe causa problemas para fazer novas amizades. Aos poucos porém acaba se aproximando de Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), dois meio irmãos que se tornam grandes amigos dele. Juntos vão passar pelas dificuldades da juventude e da escola.

Pablo Aluísio

sábado, 13 de dezembro de 2014

Ligeiramente Grávidos

Título no Brasil: Ligeiramente Grávidos
Título Original: Knocked Up
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow
Elenco: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd

Sinopse:
O filme narra a estória do casal improvável formado por Allison Scott (Katherine Heigl) e Ben Stone (Seth Rogen). Eles se conhecem de forma casual e após passarem uma noite juntos tudo parece terminar por ali mesmo. Afinal tudo não passara de uma aventura de uma noite apenas. Para surpresa de Allison porém ela fica grávida desse encontro fugaz, o que irá mudar completamente sua vida dali por diante.

Comentários:
Comédia romântica que fez bastante sucesso em seu lançamento. O roteiro brinca com as consequências indesejáveis de um mero encontro casual. Dois adultos resolvem passar a noite juntos e nada mais, só que ela fica grávida! Como agora levar em frente um relacionamento de duas pessoas tão diferentes? Allison (Katherine Heigl) é determinada, tem ambições de vida e deseja vencer na carreira. Ben (Rogen) é, em última análise, um "meninão", um sujeito que apesar da idade nunca cresceu de fato, preferindo passar o dia de bobeira, fumando maconha na frente da TV, rindo de programas estúpidos. Allison é loira e linda, Ben é um debochado fanfarrão, pouco preocupado em construir uma vida profissional ou algo parecido. Apesar do tema interessante, que enfoca casais incompátiveis que precisam viver juntos por circunstâncias alheias, o roteiro nunca avança muito na questão, preferindo se contentar em fazer humor sobre tudo o que acontece e das diferenças de personalidade dos personagens principais. Também é bastante ingênuo ao apostar que uma união assim daria certo (não se engane, na vida real isso jamais iria longe!). O que sobra no final das contas é a beleza da atriz Katherine Heigl e o estilo de humor grosseirão de Seth Rogen, que definitivamente não é para todos os públicos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Bem-vindo aos 40

Pete (Paul Rudd) está vivendo a semana que antecede seu aniversário de 40 anos. Casado, com duas filhas, uma menor e uma adolescente, ele passa por várias crises. A primeira é emocional. A paixão pela esposa parece ter desaparecido. As brigas são cada vez mais comuns e pouco sobrou do antigo relacionamento. Agora tudo é rotina (e das mais chatas). Para manter a chama sexual acessa apela para o uso frequente de Viagra, o que piora ainda mais para o seu lado já que ela se sente ofendida com isso. A outra crise é financeira. Desempregado, ele resolveu abrir uma gravadora especializada em veteranos do rock, um selo retrô. O problema é que com a Internet praticamente mais ninguém paga por música e assim ele vai percebendo que sua empresa em breve irá abrir falência. Para piorar ele e sua esposa não conseguem abrir uma boa linha de diálogo com sua filha adolescente revoltada que passa os dias no computador assistindo a série "Lost". Como se tudo isso não fosse complicado o suficiente sua mulher (que também tem mais de 40 anos mas nega a idade) acaba descobrindo que está grávida! Confusão pouca é bobagem.

Apesar da sinopse cheia de drama e problemas esse "Bem-vindo aos 40" investe mesmo é no humor. Muitas vezes aquele tipo de hilariedade que nasce da desgraça alheia, é verdade, mas mesmo assim humor, bem divertido aliás. Como convém aos filmes assinados por Judd Apatow, esse aqui também apela em certos momentos (Piadas sobre flatulência? Confere! Escatologia? Confere!) mas no geral todos esses pecados são cometidos em nome da diversão. O personagem Pete, interpretado pelo ator Paul Rudd, já deu as caras no cinema antes, no filme "Ligeiramente Grávidos". Só que lá o casal era mero coadjuvante do enredo principal e aqui eles ganham muito mais destaque, afinal de contas o filme é todo centralizado neles, nas pequenas tragédias cotidianas e na chatice de um casamento que já deu o que tinha que dar. Por falar em coadjuvantes dois nomes do elenco de apoio no filme ajudam a manter o interesse. O primeiro é John Lithgow como um pai ausente por anos que mal conhece sua filha. Cirurgião rico e famoso ele não leva o menor jeito para relacionamentos familiares. Outro destaque vai para Megan Fox. Ela interpreta uma funcionária de uma lojinha de roupas gostosona (pra variar) que acaba confessando para a patroa que também é garota de programa (mas segundo suas próprias palavras isso não seria prostituição pois ela só faz "no máximo" uns 30 ou 40 programas por ano!). Bem engraçado. Depois de assistir um filme assim você vai entender porque o número de divórcios não pára de crescer lá nos EUA e aqui no Brasil. Como diria o ditado ser casado é como matar um leão todos os dias. Haja paciência!

Bem-vindo aos 40 (This Is 40, Estados Unidos, 2012) Direção: Judd Apatow / Roteiro: Judd Apatow / Elenco: Paul Rudd, Leslie Mann, Megan Fox, John Lithgow, Maude Apatow / Sinopse: Homem chega aos 40 anos cheio de problemas financeiros, familiares e emocionais. Tentando sobreviver a maré ruim ele resolve dar uma festa para si mesmo em seu aniversário.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um Jantar Para Idiotas

É aquele tipo de comédia que você vai assistir sem expectativa nenhuma. O filme é aquela coisa toda de comédia americana mas tem algumas peculiaridades interessantes. De certa forma o personagem do Steve Carell me lembrou muito os papéis que Jerry Lewis fazia nas décadas de 1950 e 1960. São ambos idiotas (no sentido mais ameno do termo) que possuem uma certa ternura, uma inocência em relação ao mundo que os tornam cativantes e carismáticos. Entre eles o que mais se destaca é o interpretado pelo ator e comediante Zach Galifianakis (de "Se Beber Não Case"). Seu modo completamente estúpido de ser logo se torna destaque no meio daquela coleção de personagens bizarros. Ele não faz força para ser engraçado, na realidade me lembrou muito uma frase do Chaplin que dizia que o sucesso para fazer rir era parecer o mais sério e natural possível. O Zach tem muito disso, ele não faz graça de forma alarmante como um Jim Carrey, por exemplo, mas sim o extremo oposto disso, geralmente apenas surgindo em cena, o que basta para ficar engraçado.

O enredo é dos mais simplórios. Tim (Paul Rudd) é um profissional tentando vencer na vida que acaba sendo designado para organizar o chamado “Jantar Para Idiotas”, um evento onde ele deverá convidar as mais estranhas e bizarras personalidades para servirem de entretenimento e diversão para ricaços entediados. Até aí nada demais, há cenas realmente engraçadas e outras que simplesmente não funcionam. O enredo se passa quase que inteiramente no tal jantar e os humoristas vão se sucedendo na tentativa de fazer rir o espectador. A trilha sonora é excepcionalmente boa - tem até The Beatles, imagine você! - mas tirando isso (e algumas coisas que realmente me fizeram rir) o filme é apenas ok. O ator Paul Rudd, por exemplo, segue com sua sina de "ator escada" para os comediantes. Sorte dele já que sozinho provavelmente não funcionaria. O filme é isso, uma comédia bem despretensiosa, se você não esperar muito pode até quem sabe dar algumas risadas com ela. PS: Antes que me esqueça, os ratinhos são um charme!

Um Jantar Para Idiotas (Dinner for Schmucks, Estados Unidos, 2010) Direção: Jay Roach / Roteiro: Andy Borowitz, David Guion, Michael Handelman / Elenco: Steve Carell, Paul Rudd, Zach Galifianakis, Jemaine Clement, Jeff Dunham, Bruce Greenwood, Ron Livingston, Stephanie Szostak / Sinopse: Tim (Paul Rudd) é um bem sucedido empresário que acaba sendo designado para organizar o chamado “Jantar Para Idiotas”, um evento onde ele deverá convidar as mais estranhas e bizarras personalidades para servirem de entretenimento e diversão para ricaços entediados.

Pablo Aluísio.