Mostrando postagens com marcador John Landis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador John Landis. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de março de 2022

Edgar G. Ulmer

Título no Brasil: Edgar G. Ulmer
Título Original: Edgar G. Ulmer - The Man Off-Screen
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Mischief Films
Direção: Michael Palm
Roteiro: Michael Palm
Elenco: Peter Bogdanovich, John Carradine, Roger Corman, Joe Dante, Boris Karloff, John Landis

Sinopse:
Documentário sobre a história do cinema norte-americano que resgata a história do diretor Edgar G. Ulmer que chegou a ser bem popular nos anos 1940 e 1950.

Comentários:
Quem foi Edgar G. Ulmer? A maioria das pessoas que gostam de cinema hoje em dia não saberiam responder a essa pergunta. Ele ficou conhecido como o "Rei dos Filmes B" durante a era de ouro do cinema americano. Dirigiu filmes como "O Homem do Planeta X" e "O Gato Preto". Seus filmes não eram aclamados pela crítica, mas faziam a festa e a diversão dos adolescentes da época. O grande mérito desse documentário é trazer o depoimento de uma série de excelentes diretores da atualidade elogiando o trabalho do veterano Ulmer, mostrando como ele foi influente, principalmente em relação a uma geração inteira de diretores americanos dos anos 1980. Esses cineastas eram crianças e jovens quando os filmes de Ulmer chegaram nas telas. E esse foi sem dúvida seu maior legado cinematográfico, ao influenciar todos esses talentos do cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de junho de 2021

Os Espiões que Entraram numa Fria

Título no Brasil: Os Espiões que Entraram numa Fria
Título Original: Spies Like Us
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Landis
Roteiro: Dan Aykroyd, Dave Thomas
Elenco: Chevy Chase, Dan Aykroyd, Mark Stewart, Bruce Davison, William Prince, Steve Forrest

Sinopse:
Dois trapalhões funcionários do governo dos Estados Unidos pensam que são espiões, apenas para descobrir que são, na verdade, iscas para a Guerra Nuclear, durante a pior fase da guerra fria.

Comentários:
Uma comédia dos anos 80 satirizando, ou melhor dizendo, ironizando os filmes de espiões. Não vamos esquecer que naquela década a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética estava no auge, então era prato cheio para situações de humor. E se você quer conhecer a comédia que era produzida nos anos 80 é bom procurar pelos nomes certos. E esse filme tem vários deles, em especial a dupla de protagonistas e John Landis, talentoso cineasta daquele período. Entretanto, devo dizer, que esse filme não é grande coisa. Não é especialmente divertido ou engraçado. É só uma boa ideia que ficou no meio do caminho. Uma pena. O que estraga mesmo é que o filme em alguns momentos pontuais tenta se levar a sério demais, tentando imitar James Bond. Aí já é demais, vamos convir. Com isso o filme se torna até mesmo chato. Para uma comédia isso é literalmente o fim da picada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Um Tira da Pesada III

Título no Brasil: Um Tira da Pesada III
Título Original: Beverly Hills Cop III
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Danilo Bach, Daniel Petrie Jr
Elenco: Eddie Murphy, Jon Tenney, Joey Travolta, Eugene Collier, Jimmy Ortega, Ousaun Elam

Sinopse:
Enquanto investiga um caso envolvendo roubos de carros, o detetive Axel Foley (Murphy) descobre outro crime sendo cometido por uma quadrilha de criminosos. E tudo envolvendo um parque temático em Los Angeles. 

Comentários:
Os dois primeiros filmes foram grandes sucessos de bilheteria. Os maiores até então dentro da carreira de Eddie Murphy nos anos 80. Só que o tempo passou, ele nunca aceitava os cachês oferecidos para voltar a interpretar o tira Axel Foley e o projeito de um terceiro filme parecia nunca sair do papel. Até que em 1994 finalmente o ator e a Paramount acertaram as arestas e Murphy retornou para um de seus personagens mais populares. O problema é que o filme não foi o sucesso esperado. Na realidade até hoje me surpreendo pelo fato desse filme não ter agradado. Muitos reclamaram do roteiro, da falta de cenas divertidas e engraçadas, etc. E perceba que o filme foi dirigido por John Landis, um baita de um diretor talentoso. O que deu errado? Complicado saber, mesmo após tantos anos. Talvez tenha sido a época errada para se produzir o filme. Se fosse nos anos 80 a onda em torno dessa franquia ainda estava em alta. Depois com o tempo o hype vai passando, as pessoas vão esquecendo... e se perde o tempo certo para lançar um filme como esse. Muito provavelmente foi isso que de fato aconteceu.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de abril de 2015

Oscar

Não se sabe até hoje a razão, mas o fato é que no começo dos anos 90 Stallone colocou na cabeça que era um sujeito engraçado. Tentando mudar radicalmente de imagem ele resolveu estrelar duas comédias que ajudaram a sedimentar uma época bem ruim para o ator em termos de bilheteria e sucesso comercial. Ambos os filmes fracassaram (de forma justa, aliás) e mostraram de forma definitiva que não, Stallone realmente não tinha talento para filmes de humor. Nesse "Oscar" ainda temos uma boa produção, luxuosa até, fruto da confiança que os produtores ainda colocavam em seu nome por causa da sucessão de sucessos que emplacou nos anos 80.

Depois do fracasso comercial a estrela de Stallone começou a perder seu brilho. Para piorar, como se não bastassem as péssimas críticas e a bilheteria decepcionante, Stallone ainda teve que arcar com as vexatórias indicações ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Ator (Stallone, pagando por seu ego cego), Pior Atriz Coadjuvente (sim, ela mesma, Marisa Tomei, saindo direto do prêmio máximo da academia para o vexame completo) e Pior Diretor (que pena, John Landis, pelo conjunto da obra nem merecia algo assim). Dessa maneira fica a recomendação: não assista ao filme, você não vai achar graça nenhuma e certamente ficará com a sensação de perder seu tempo.

Oscar - Minha Filha Quer Casar (Oscar, Estados Unidos, 1991) Direção: John Landis / Roteiro: Claude Magnier, Michael Barrie / Elenco: Sylvester Stallone, Ornella Muti, Don Ameche, Maria Tomei / Sinopse: Comédia estrelada pelo herói de filmes de ação Sylvester Stallone.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de março de 2015

Os Irmãos Cara de Pau 2000

Título no Brasil: Os Irmãos Cara de Pau 2000
Título Original: Blues Brothers 2000
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Dan Aykroyd, John Landis
Elenco: Dan Aykroyd, John Goodman, Walter Levine

Sinopse:
Após os acontecimentos do primeiro filme, Elwood Blues (Dan Aykroyd) fica por quase duas décadas atrás das grades. Seu irmão Jake (Belushi) está morto, mas Elwood entende que a velha chama não pode se apagar. Resolve se unir a um amigo, Mack (John Goodman), para ressuscitar sua velha banda de blues. Será que dará certo? Indicado na categoria Melhor Edição de Som no prêmio da Motion Picture Sound Editors.

Comentários:
Tentativa muito mal sucedida de trazer de volta os ótimos Blues Brothers de volta às telas de cinema. Um projeto como esse jamais daria certo por um motivo muito simples: não havia mais como retomar algo assim sem a presença de John Belushi que havia morrido tragicamente alguns anos antes. Sem Belushi os Blue Brothers simplesmente não existiam mais. Tirando as devidas proporções era algo como recriar os Beatles sem John Lennon! Não dá, é impossível. Infelizmente o cabeça dura do Dan Aykroyd não entendeu isso e quis levar o filme de todo jeito, passando por cima de tudo. Contratou o amigo John Goodman para contrabalançar a ausência de Belushi e tentou, tinha planos de ser um sucesso mas... era de fato a crônica de uma morte anunciada! O filme foi um tremendo fracasso de bilheteria, um desastre comercial que inclusive afundou a carreira do ótimo cineasta John Landis! O próprio Dan Aykroyd também saiu chamuscado! Bom, teimosia muitas vezes resulta nisso! Fica a lição então.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Um Lobisomem Americano em Londres

O melhor filme sobre Lobisomens já feito. Engraçado que nossos queridos licantropos não tem mesmo muita sorte no cinema, pois poucos são os clássicos envolvendo suas aventuras. Pior é que ultimamente estão usando os lobinhos como meros coadjuvantes de luxo em filmes de vampiros (vide Crepúsculo e Anjos da Noite). Em Anjos da Noite eles não passam de cães ferozes de estimação e em Crepúsculo são anabolizados andróginos. Assim não dá. Até hoje ainda não fizeram um filme de lobisomens tão bom quanto esse e olha que já tentaram muito. O que mais me agrada nesse filme é que apesar de ser um terror classe A o humor não foi deixado de lado, mostrando que bom humor e terror podem conviver perfeitamente dentro de um mesmo roteiro, sem necessariamente resultar em um terrir (expressão usada pelo diretor brazuca David Cardoso). Na trama acompanhamos dois jovens estudantes americanos em férias que são atacados por terríveis criaturas em uma região sombria e distante do interior da Inglaterra. Um deles não sobrevive ao ataque mas o outro é hospitalizado. Após receber alta ele começa a ter estranhas alucinações com seu amigo morto. O falecido inclusive vai sofrendo o processo de decomposição natural dos cadáveres enquanto vai aconselhando ao seu amigo a agir de forma definitiva para cessar as mortes ao seu redor. 

A cena da transformação segue imbatível até os dias de hoje. Nem toda a computação gráfica do mundo conseguiu superar o impacto dessa sequência. Na realidade o cérebro humano não reage bem a cenas com muita computação gráfica porque uma mensagem do inconsciente nos é enviada imediatamente informando que aquilo não é real. Por isso tudo fica falso demais. Já essa cena da transformação utilizou muito mais de maquiagem (real), ângulos de câmera e truques de montagem. O resultado logo se nota. A aparição do Licantropo é perfeita. Já a continuação desse filme é uma decepção total, mais uma vitima de uma overdose de CG. Dispense. Assim temos uma produção única que marcou época. Sempre presente em qualquer lista dos melhores filmes de terror já feitos, "Um Lobisomem Americano em Londres" é simplesmente obrigatório para todos os fãs do gênero. Depois dele você nunca mais verá uma lua cheio do mesmo jeito que antes.

Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: John Landis / Roteiro: John Landis / Elenco: David Naughton, Griffin Dunne, Jenny Agutter, Frank Oz, John Woodvine / Sinopse: Dois jovens estudantes americanos são atacados por terríveis criaturas em uma região sombria e distante do interior da Inglaterra. Um deles não sobrevive ao ataque mas o outro é hospitalizado. Após receber alta ele começa a ter estranhas alucinações com seu amigo morto. Estaria enlouquecido ou teria adquirido alguma maldição milenar? Assista para descobrir. "Um Lobisomem Americano em Londres" foi o vencedor do Oscar de melhor maquiagem e do prêmio Saturn Award, como melhor filme de terror do ano.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Três Amigos!

Título no Brasil: Três Amigos!
Título Original: Three Amigos
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Steve Martin, Lorne Michaels
Elenco: Steve Martin, Chevy Chase, Martin Short, Joe Mantegna

Sinopse:
Uma humilde vila de mexicanos resolve juntar seus poucos recursos para contratar três americanos que eles pensam ser grandes pistoleiros do velho oeste. Na verdade são apenas três atores canastrões de filmes de faroeste da era do cinema mudo. O engano dará origem a muitas confusões envolvendo o trio de trapalhões.

Comentários:
Confesso que nunca achei grande coisa dessa comédia, isso apesar de ter sido assinada por um dos meus diretores preferidos, o talentoso John Landis, uma espécie de sub-Steven Spielberg dos anos 80. Certamente gosto muito dos filmes do texano Steve Martin, que aqui se alia a dois outros humoristas divertidos, Chevy Chase e Martin Short. Apesar de tanta gente boa reunida a coisa simplesmente não funciona! Acredito que o filme não deu muito certo porque não tem enredo suficiente para um longa-metragem. Talvez funcionasse muito bem na TV, no Saturday Night Live, em sequências rápidas e bem boladas, mas em um filme inteiro, repetindo praticamente a mesma piada, cena após cena, a coisa toda ficou cansativa e sem graça! Sinceramente me pareceu excessivo. Sempre considerei esse filme um dos mais caricatos (no sentido ruim da palavra) da filmografia de Steve Martin. Os personagens são ingenuamente bobinhos, mas infelizmente não engraçados. Aqui temos um caso bem claro de que sempre que se aposta em um humor muito inofensivo, politicamente correto até a medula, as coisas não funcionam como deveriam. De bom mesmo apenas a sátira aos primeiros cowboys do cinema americano, ainda no advento do cinema mudo. Seus figurinos, acredite, não são nada exagerados se comparados ao que os pioneiros realmente usavam nas fitas da época. Pois é, os primeiros atores do faroeste mais pareciam artistas de circo do que homens do velho oeste de verdade. Nesse ponto o filme acertou, o que talvez o salve de ser efetivamente uma decepção completa.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Um Príncipe em Nova York

Depois do grande sucesso comercial de "Um Tira da Pesada 2" o ator Eddie Murphy ganhou carta branca do estúdio Paramount. Afinal de contas ele era o astro número 1 do cinema americano na época. Murphy então resolveu apostar nesse "Um Príncipe em Nova York", baseado em seu próprio roteiro, pois lhe daria oportunidade de interpretar vários personagens ao mesmo tempo. Era um velho sonho que ele tinha desde os tempos do SNL. Afinal de contas com o avanço dos efeitos de edição e a primorosa técnica de maquiagem o comediante poderia interpretar qualquer um! Também inovou ao colocar um elenco praticamente todo negro, com nomes que estavam em franca ascensão na época como, por exemplo, Arsenio Hall, que tinha um programa de grande popularidade na TV americana. Além disso chamou um de seus grandes ídolos de infância, o ator James Earl Jones, cuja voz de trovão havia sido usada por George Lucas em "Star Wars" para dublar o vilão Darth Vader. 

Com produção refinada, luxuosa e direção do sempre eficiente e competente John Landis, "Um Príncipe em Nova York" conta em seu roteiro a estorinha do Príncipe Akeem (Eddie Murphy), herdeiro do trono de um distante país africano chamado Zamunda. Ele está em conflito com seu pai, o Rei Jaffe Joffer (James Earl Jones), que deseja que ele se case com uma moça de tradicional família. Sem querer se submeter a um casamento arranjado ele decide ir até a América onde tem a esperança de encontrar, quem sabe, o amor de sua vida. Para isso ele finge ser um pobre estudante africano com a intenção de evitar que sua fortuna e seu status real atraia alguma interesseira. No filme Murphy, como dito, interpreta vários personagens, com maquiagem pesada. Em todos eles (a saber: Clarence, Randy Watson e Saul) se sai muito bem. O problema é que o roteiro não ajuda, o filme é muito meloso para fazer rir realmente. Para Eddie a produção acabou servindo de laboratorio para algo que ele iria usar em filmes futuros, interpretando vários personagens ao mesmo tempo, com resultados bem melhores é bom frisar.

Um Príncipe em Nova York (Coming to America, Estados Unidos, 1988) Direção: John Landis / Roteiro: Eddie Murphy, David Sheffield / Elenco: Eddie Murphy, Arsenio Hall, James Earl Jones / Sinopse: Príncipe africano vai até Nova Iorque para tentar encontrar o amor de sua vida, para isso se faz passar por um jovem estudante pobre.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Trocando as Bolas

Esse foi o segundo filme da carreira do comediante Eddie Murphy (ele havia estreado no cinema com o policial “48 Horas” ao lado do ator Nick Nolte). Na época Murphy era muito conhecido do público americano por causa de seu trabalho no programa de TV “Saturday Night Live”, um dos mais populares dos Estados Unidos. Já no Brasil quase ninguém o conhecia uma vez que o SNL não era exibido em nosso país. Assim Murphy pelo menos por aqui se tornou conhecido mesmo por causa de seus filmes. “Trocando as Bolas” é um dos mais curiosos filmes de toda a sua carreira. O roteiro é todo construído apenas em torno de uma pergunta: Seria o homem fruto apenas de seu meio social? Em outras palavras, seria o sucesso ou o fracasso pessoal apenas o resultado do lugar onde se teria nascido? Para testar a veracidade da tese dois milionários excêntricos (interpretados com muita elegância por Dom Ameche e Ralph Bellamy) resolvem fazer um teste com duas pessoas completamente diferentes. Um bem nascido, filho de família bem situada, formado em uma das melhores universidades do país, com bom emprego e freqüentador dos melhores círculos sociais. O outro um vagabundo de rua, criado na malandragem dos bairros da periferia, formado e educado na escola da vida.

O que aconteceria se o grã-fino perdesse absolutamente tudo e fosse jogado nas ruas e o malandro fosse agraciado com todas as oportunidades de sucesso, dinheiro e posição social? O personagem das ruas é Billy Ray Valentine (Eddie Murphy) e o esnobe da alta classe é Louis Winthorpe III (Dan Aykroyd). Da noite para o dia um perde tudo e o outro é alçado a executivo de Wall Street. Os papéis são literalmente trocados. Fazia muitos anos que tinha assistido essa comédia e nessa revisão pude perceber que embora não soe mais tão engraçado como antes ainda é um roteiro muito bem conectado, inteligente, bem escrito. De certa forma os dois milionários que trocam as bolas dos personagens principais estão na realidade testando, entre outras coisas, as bases do chamado Darwinismo social, teoria muito polêmica e controvertida que até hoje é motivo de debates no meio acadêmico. Claro que o filme não avança a fundo nesse ponto, preferindo apenas trazer diversão com uma pequena lição de moral em seu final. Mesmo assim ainda é uma diversão válida que a despeito de ter envelhecido um pouco ainda faz pensar – algo que definitivamente não se encontra mais em comédias como essa. Assim fica a dica de “Trocando as Bolas”, comédia dos anos 80 que diverte mas que consegue também intrigar ao mesmo tempo.

Trocando as Bolas (Trading Places, Estados Unidos, 1983) Direção: John Landis / Roteiro: Timothy Harris, Herschel Weingrod / Elenco: Eddie Murphy, Dan Aykroyd, Ralph Bellamy, Dom Ameche, Denholm Elliott / Sinopse: Dois milionários resolvem mudar as posições sociais de duas pessoas completamente diferentes. A um grã-fino esnobe resolvem lhe tirar o emprego, o trabalho e a posição social. A um malandro de rua resolvem lhe arranjar uma posição de executivo em Wall Street. No fundo tudo não passa de uma aposta para saber com certeza se o homem é realmente apenas fruto de seu meio social.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os Irmãos Cara de Pau

Nós éramos felizes nos anos 80 e não sabíamos. A década, que deixou muitas saudades nos tiozinhos e tiozinhas de hoje, foi extremamente rica em termos de cultura pop, embora muito lixo tenha sido produzido em abundância também. De qualquer forma sair da ultra kitsch década de 70 e da influência abrangente dos anos 60 já era um bom começo. A trilha sonora do filme The Blues Brothers (estupidamente traduzida no Brasil como "Os irmãos Cara de pau") demonstra como era rico o cenário musical e cinematográfico daqueles anos distantes. Afinal em que outra década você encontraria uma trilha sonora tão musicalmente maravilhosa em termos de sonoridade como essa? O filme é aquele negócio: comédia ultra exagerada com o  comediante do Saturday Night Live, John Belushi, aqui acompanhado de seu amigo de trupe Dan Aykroyd. A dupla do filme inclusive foi criada para esse famoso programa de humor dos EUA (que ainda está no ar, mesmo depois de tantos anos). 

No programa eles tinham um quadro básico, até mesmo simples, onde apresentavam números musicais vestidos de blueseiros brancos com cara de mau.  Quando se decidiu levar a idéia para a tela grande um novo roteiro foi escrito e o diretor John Landis foi contratado. Novas situações foram criadas e uma estória foi bolada para os dois irmãos. O filme pode até não ter nada demais em termos de roteiro e argumento mas seu charme até hoje é inegável. Quem nunca se divertiu com as aventuras dos irmãos Elwood que atire a primeira pedra! Infelizmente um dia a festa tinha que chegar ao fim... e chegou. John Belushi, o grande mentor do The Blue Brothers, morreu de overdose de drogas em 1982, sem nem ao menos curtir todo o seu merecido sucesso como comediante. Em uma vida de excessos Belushi resolveu experimentar uma mistura de cocaína com heroína, após curtir uma semana de farras em seu apartamento. O coração não aguentou e o humorista faleceu na flor da idade, com uma imensa carreira ainda pela frente que se perdeu para sempre. Foi a primeira grande vítima do sucesso nos anos 80. Não faz mal, trabalhos como esse The Blues Brothers lhe garantiram a imortalidade.

Os Irmãos Cara de Pau (The Blues Brothers, Estados Unidos, 1980) Direção: John Landis / Roteiro: John Landis, Dan Aykroyd / Elenco: John Belushi, Dan Aykroyd, Carrie Fisher, John Candy, Ray Charles, James Brown / Sinopse: Dois imrãos, cantores de blues, decidem ajudar o orfanato onde foram criados. Para isso terão que reunir sua antiga banda, os Blues Brothers.
.
Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Clube dos Cafajestes

Esse filme foi feito no final dos anos 70 mas na realidade é um dos grandes precursores do estilo de comédia que seria feito na década seguinte. Produzido pela revista de humor National Lampoon o filme trazia como atrativo o comediante John Belushi, já naquela altura um dos mais populares dos EUA, graças ao programa SNL. Escrachado, glutão e nojento seu estilo de humor caiu muito bem no papel de um estudante universitário de uma fraternidade lixo, cheio de péssimos alunos, garotas de moral duvidosa e muitas festas (inclusive a famosa festa da toga, com todo mundo vestido de romano). Esse universo de fraternidade é tipicamente americano e geralmente vira tema de filmes e seriados (como o recente Greek), sendo "Animal House" um dos pioneiros do estilo. 

Visto hoje o filme obviamente envelheceu um pouco. Seu estilo de humor com muita anarquia foi considerado na época uma inovação e tanto mas nos dias de hoje já não choca mais. Além disso algumas gags podem soar ingênuas demais para os jovens de hoje. Apesar disso e de ter um roteiro simples em demasia o filme ainda consegue divertir se levarmos em conta todos esses fatores. De resto fica a nostalgia e a lamentação de ver um comediante tão talentoso como Belushi ter morrido tão precocemente. Ele certamente poderia ter feito muito mais se não tivesse sucumbido de uma overdose alguns anos depois da realização desse filme.  

O Clube dos Cafajestes (Animal House, Estados Unidos, 1978) Direção: John Landis / Roteiro: Harold Ramis, Douglas Kenney / Elenco: John Belushi, Karen Allen, Tom Hulce, Kevin Bacon, Stephen Furst / Sinopse: O filme mostra o cotidiano de uma fraternidade americana na década de 60. Bebedeiras, festas e confusões envolvendo os alunos com a direção da universidade.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição V

Os Sete Suspeitos
Seis pessoas são convidadas anonimamente para jantar em uma mansão estranha, mas depois que seu anfitrião é morto, eles devem cooperar com a equipe para identificar o assassino enquanto os corpos se amontoam. Assisti a esse filme nos anos 80, ainda nos tempos das fitas VHS. Foi uma das primeiras fitas a chegarem seladas em nossas locadoras, acredito que tenha sido lançado inclusive no primeiro lote da CIC Vídeo no Brasil. É um filme interessante, claramente se inspirando nos livros da famosa autora de mistério e suspense Agatha Christie. Um filme interessante, bem roteirizado, que até hoje  pode ser indicado para quem curte esse tipo de roteiro. / Os Sete Suspeitos (Clue, Estados Unidos, 1985)  Direção: Jonathan Lynn / Roteiro: John Landis, Jonathan Lynn / Elenco: Tim Curry, Madeline Kah, Eileen Brennan.

Debi & Lóide 2
A Universal não iria desistir de filmar uma continuação de "Debi & Lóide", ainda mais depois do grande sucesso de bilheteria do primeiro filme. A dupla Jim Carrey e Jeff Daniels não queria voltar para uma sequência e só foram convencidos depois de uma oferta generosa de cachês.  Jim Carrey, por exemplo, levou 17 milhões de dólares para voltar ao papel de Lloyd. O filme até teve um bom retorno nas bilheterias dos cinemas, mas o consenso geral foi que esse segundo filme não tinha o roteiro tão engraçado como o primeiro, ao invés disso, passava bem longe do humor do anterior. E é bem sem graça mesmo, apesar do enredo abrir boas possibilidades como o fato de um deles agora ser pai e coisas do tipo. Eu particularmente não gostei. Achei realmente bem mediano. As risadas não surgiram como era esperado. / Debi & Lóide 2 (Dumb and Dumber To, Estados Unidos, 2014) Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly / Roteiro: Sean Anders, John Morris / Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Rob Riggle .

O Sexto Homem
Qual é a história? Um atleta universitário retorna dos mortos para ajudar o time de basquete de seu irmão a ganhar o título da NCAA. Filme fraco demais, uma comédia que não vai agradar nem mesmo aos que curtem os filmes do Marlon Wayans, aqui trabalhando longe de seu clã familiar. Como se sabe, ele se dá melhor quando está ao lado dos irmãos. Com roteiro muito bobo e elenco sem a menor graça, esse filme é aquele tipo de comédia que você faz força para chegar até o final, pensando em desistir do resto do filme diversas vezes. No Brasil foi exibido por meses no canal HBO. Acredito inclusive que nunca foi lançado nos cinemas brasileiros e se o foi, ficou em cartaz por poucos dias. Totalmente dispensável. / O Sexto Homem (The Sixth Man, Estados Unidos, 1997) Direção: Randall Miller / Roteiro: Christopher Reed, Cynthia Carle / Elenco: Marlon Wayans, Kadeem Hardison.

Abracadabra
Um jovem curioso muda-se para Salem, onde luta para se adaptar antes de acordar um trio de bruxas diabólicas que foram executadas no século XVII. Esse filme segue na mesma linha que "Convenção das Bruxas", ou seja, uma espécie de filme de bruxas, com elementos de comédia, especialmente direcionado para um público mais juvenil. O elenco traz duas boas atrizes, Bette Midler e Sarah Jessica Parker, ambas usando forte maquiagem para parecerem bruxas, da maneira mais caricata. Tem lá alguns momentos mais divertidos, mas no geral é uma grande bobagem. Para os produtores foi uma boa, custou bem pouco e alcançou uma boa lucratividade nos cinemas. Para quem viu, nada demais. A maioria já esqueceu que esse filme um dia existiu. Enfim, uma mera Sessão da Tarde com o selo Disney. / Abracadabra (Hocus Pocus, Estados Unidos, 1993) Direção: Kenny Ortega / Roteiro: David Kirschner, Mick Garris / Elenco: Bette Midler, Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy.

Dummy: Um Amor Diferente
No mínimo curioso ver esse elenco desses nesse tipo de filme. Adrien Brody, em raro papel mais cômico, interpreta um sujeito que tem uma vida muito chata, um emprego tedioso e sem futuro. Seu sonho é ganhar a vida como ventríloco, se apresentando com seu boneco. Mas a maioria das pessoas acredita que isso é algo completamente fora de questão, uma bobagem, etc. O velho preconceito contra se ter uma vida de artista. Outra surpresa desse filme é ver a atriz Milla Jovovich atuando bem! Isso mesmo, considerada uma atriz fraca, ela aqui surpreende, interpretando uma mulher casca-grossa que não leva desaforos para casa. Além dela, outro ponto interessante do filme vem com a presença da sempre talentosa Vera Farmiga, sendo que essa, ao contrário da outra, sempre foi considerada ótima atriz. Então deixo a dica de um pequeno filme que muita gente não deu muita bola, mas que é inegavelmente muito bom e interessante. / Dummy: Um Amor Diferente (Dummy, Estados Unidos, 2002) Direção: Greg Pritikin / Roteiro: Greg Pritikin / Elenco: Adrien Brody, Milla Jovovich, Vera Farmiga, Illeana Douglas.

Pablo Aluísio.