Título no Brasil: Difícil de Matar
Título Original: Hard to Kill
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bruce Malmuth
Roteiro: Steven McKay
Elenco: Steven Seagal, Kelly LeBrock, William Sadler
Sinopse:
Mason Storm (Steven Seagal) é um tira durão que prefere seguir o estilo "lobo solitário", resolvendo ele mesmo todos os casos que lhe caem nas mãos. Após uma invasão em sua casa, sua mulher é assassinada por um grupo de criminosos. Mason ainda tenta impedir o crime, mas é brutalmente espancado. Após passar vários anos em coma ele finalmente retorna à vida para acertar contas com os assassinos. Todas as pistas apontam para um importante político que resolveu riscar Mason do mapa após ele encontrar provas de sua corrupção.
Comentários:
Segundo filme de Steven Seagal. Depois do sucesso de "Nico - Acima da Lei", dois anos antes, a Warner entendeu que poderia ganhar muito com Seagal, em filmes com orçamentos mais enxutos e muita ação e pancadaria, tudo para cair no gosto do público consumidor desse tipo de filme. A aposta foi certeira. Essas fitas não eram grandes sucessos de bilheteria nos cinemas mas no mercado de vídeo VHS geravam muito dinheiro pois o público mais popular sempre as procuravam para locação. "Hard to Kill" não foge muito da fórmula dos filmes de ação da década anterior (dos anos 1980) e de certa forma é até mesmo uma simplificação do estilo daqueles filmes. Mesmo assim é o produto ideal para um determinado nicho do mercado. O grande destaque do elenco vem com a presença da (ainda) bonita Kelly LeBrock. Considerada um dos símbolos sexuais daquela época ela empresta muito charme ao estilo mais violento e cru do filme.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
Hamlet
Título no Brasil: Hamlet
Título Original: Hamlet
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Carolco Pictures, Icon Entertainment
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Christopher De Vore
Elenco: Mel Gibson, Glenn Close, Alan Bates, Paul Scofield, Ian Holm, Helena Bonham Carter
Sinopse:
Hamlet (Mel Gibson) é um príncipe dinamarquês medieval que descobre que seu pai foi morto de forma covarde por uma conspiração palaciana liderada por seu próprio tio, para obter com o crime o trono para si. Agora Hamlet, em profunda crise existencial, resolve partir para a vingança contra todos os traidores e assassinos da corte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Alan Bates).
Comentários:
No começo dos anos 1990, contrariando todas as expectativas, o ator Mel Gibson resolveu ousar como nunca em sua carreira. Deixou os filmes de ação de lado e abraçou a ideia de interpretar o personagem Hamlet de William Shakespeare no cinema. Conforme esclareceu na época, Gibson queria mesmo era criar um vínculo de aproximação entre o texto clássico e a juventude, que naqueles tempos formava a grande massa de seus admiradores. A intenção como se pode ver, foi realmente muito boa, mas todos se perguntavam se alguma coisa boa poderia sair disso! A boa notícia é que sim, essa versão moderna de "Hamlet" em momento algum decepciona. O diretor Franco Zeffirelli foi bastante inteligente para não deixar tudo apenas nas costas de Gibson e resolveu colocar ao seu lado grandes atores e atrizes com formação teatral clássica. Isso acabou compensando qualquer deslize ou problema maior em recitar um texto tão rico nas telas. Outro ponto positivo, que sempre me chamou bastante a atenção, foi a delicada e discreta direção de arte. Cenários e figurinos medievais que jamais assumem uma posição de superioridade sobre o texto, que é afinal de contas a grande força desse enredo único e maravilhoso. Curiosamente Gibson acabou tendo atritos com Zeffirelli no set de filmagens, talvez por já ter naquela época um lado diretor que começava a despontar e aflorar. Anos depois chegou ao ponto de fazer pouco do trabalho de Franco Zeffirelli ao afirmar que havia se tornado diretor após trabalhar com ele. "Se um cara como esse dirige filmes, por que não eu?" - brincou. Desavenças à parte, temos que reconhecer que um dos trunfos dessa adaptação vem justamente das decisões acertadas do diretor italiano. Uma pequena obra prima dos anos 90 que merece passar por uma nova avaliação que reconheça seus méritos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hamlet
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Carolco Pictures, Icon Entertainment
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Christopher De Vore
Elenco: Mel Gibson, Glenn Close, Alan Bates, Paul Scofield, Ian Holm, Helena Bonham Carter
Sinopse:
Hamlet (Mel Gibson) é um príncipe dinamarquês medieval que descobre que seu pai foi morto de forma covarde por uma conspiração palaciana liderada por seu próprio tio, para obter com o crime o trono para si. Agora Hamlet, em profunda crise existencial, resolve partir para a vingança contra todos os traidores e assassinos da corte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Alan Bates).
Comentários:
No começo dos anos 1990, contrariando todas as expectativas, o ator Mel Gibson resolveu ousar como nunca em sua carreira. Deixou os filmes de ação de lado e abraçou a ideia de interpretar o personagem Hamlet de William Shakespeare no cinema. Conforme esclareceu na época, Gibson queria mesmo era criar um vínculo de aproximação entre o texto clássico e a juventude, que naqueles tempos formava a grande massa de seus admiradores. A intenção como se pode ver, foi realmente muito boa, mas todos se perguntavam se alguma coisa boa poderia sair disso! A boa notícia é que sim, essa versão moderna de "Hamlet" em momento algum decepciona. O diretor Franco Zeffirelli foi bastante inteligente para não deixar tudo apenas nas costas de Gibson e resolveu colocar ao seu lado grandes atores e atrizes com formação teatral clássica. Isso acabou compensando qualquer deslize ou problema maior em recitar um texto tão rico nas telas. Outro ponto positivo, que sempre me chamou bastante a atenção, foi a delicada e discreta direção de arte. Cenários e figurinos medievais que jamais assumem uma posição de superioridade sobre o texto, que é afinal de contas a grande força desse enredo único e maravilhoso. Curiosamente Gibson acabou tendo atritos com Zeffirelli no set de filmagens, talvez por já ter naquela época um lado diretor que começava a despontar e aflorar. Anos depois chegou ao ponto de fazer pouco do trabalho de Franco Zeffirelli ao afirmar que havia se tornado diretor após trabalhar com ele. "Se um cara como esse dirige filmes, por que não eu?" - brincou. Desavenças à parte, temos que reconhecer que um dos trunfos dessa adaptação vem justamente das decisões acertadas do diretor italiano. Uma pequena obra prima dos anos 90 que merece passar por uma nova avaliação que reconheça seus méritos.
Pablo Aluísio.
Alta Tensão
Título no Brasil: Alta Tensão
Título Original: Bird on a Wire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Louis Venosta, Eric Lerner
Elenco: Mel Gibson, Goldie Hawn, David Carradine, Bill Duke
Sinopse:
Rick Jarmin (Mel Gibson) entra no Programa de proteção de testemunhas do FBI após testemunhar contra um poderoso chefão do narcotráfico, Eugene Sorenson (David Carradine). Quinze anos depois ele acaba encontrando por mero acaso com sua antiga noiva, Marianne Graves (Goldie Hawn), em um posto de gasolina. Ela pensara durante todos esses anos que ele tinha morrido em um acidente de avião. O reencontro acaba virando a vida de Rick de ponta cabeça, já que os criminosos só querem mesmo a chance de encontrá-lo novamente para um acerto de contas.
Comentários:
Uma divertida bobagem que uniu o astro dos filmes de ação Mel Gibson com a comediante gracinha Goldie Hawn! A fórmula parecia atrativa para a Universal e assim o filme foi realizado, meio a toque de caixa, com orçamento enxuto, logo após o grande sucesso de Gibson, "Máquina Mortífera II". O fato é que estúdio tinha faturado bem com a mesma Goldie Hawn em filmes que investiam em comédia e ação. Na maioria deles ela havia estrelado ao lado do maridão Kurt Russell. Ele era um ator até bem popular na década de 1980, mas não poderia ser comparado ao furacão Mel Gibson nas bilheterias. Assim o roteiro que foi inicialmente escrito para ser estrelado pelo casal acabou sendo oferecido a Gibson. A produção seria lançada após o verão americano, considerado o mais concorrido e comercial da temporada, só para manter o nome do ator em voga, enquanto ele não surgia em outro blockbuster. O resultado acabou sendo melhor do que o esperado. O filme que custou meros vinte milhões de dólares ultrapassou os 100 milhões em bilheteria em poucas semanas, comprovando que Mel Gibson vivia de fato a época de ouro de sua carreira cinematográfica. Como convém naquela época o roteiro mesclava explosões e cenas de ação com piadinhas engraçadinhas. Revisto hoje em dia a coisa toda ficou bem datada, mas não deixa de ainda divertir, principalmente para os saudosistas daqueles tempos passados.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bird on a Wire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Louis Venosta, Eric Lerner
Elenco: Mel Gibson, Goldie Hawn, David Carradine, Bill Duke
Sinopse:
Rick Jarmin (Mel Gibson) entra no Programa de proteção de testemunhas do FBI após testemunhar contra um poderoso chefão do narcotráfico, Eugene Sorenson (David Carradine). Quinze anos depois ele acaba encontrando por mero acaso com sua antiga noiva, Marianne Graves (Goldie Hawn), em um posto de gasolina. Ela pensara durante todos esses anos que ele tinha morrido em um acidente de avião. O reencontro acaba virando a vida de Rick de ponta cabeça, já que os criminosos só querem mesmo a chance de encontrá-lo novamente para um acerto de contas.
Comentários:
Uma divertida bobagem que uniu o astro dos filmes de ação Mel Gibson com a comediante gracinha Goldie Hawn! A fórmula parecia atrativa para a Universal e assim o filme foi realizado, meio a toque de caixa, com orçamento enxuto, logo após o grande sucesso de Gibson, "Máquina Mortífera II". O fato é que estúdio tinha faturado bem com a mesma Goldie Hawn em filmes que investiam em comédia e ação. Na maioria deles ela havia estrelado ao lado do maridão Kurt Russell. Ele era um ator até bem popular na década de 1980, mas não poderia ser comparado ao furacão Mel Gibson nas bilheterias. Assim o roteiro que foi inicialmente escrito para ser estrelado pelo casal acabou sendo oferecido a Gibson. A produção seria lançada após o verão americano, considerado o mais concorrido e comercial da temporada, só para manter o nome do ator em voga, enquanto ele não surgia em outro blockbuster. O resultado acabou sendo melhor do que o esperado. O filme que custou meros vinte milhões de dólares ultrapassou os 100 milhões em bilheteria em poucas semanas, comprovando que Mel Gibson vivia de fato a época de ouro de sua carreira cinematográfica. Como convém naquela época o roteiro mesclava explosões e cenas de ação com piadinhas engraçadinhas. Revisto hoje em dia a coisa toda ficou bem datada, mas não deixa de ainda divertir, principalmente para os saudosistas daqueles tempos passados.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de outubro de 2014
Feitiço do Tempo
Título no Brasil: Feitiço do Tempo
Título Original: Groundhog Day
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott
Sinopse:
Phil (Bill Murray) é um repórter que sua emissora de TV envia para cobrir o chamado "Dia da Marmota", uma daquelas tradições culturais que não fazem o menor sentido no meio oeste americano. A reportagem é das mais chatas e enfadonhas possíveis e Phil não tem o menor interesse em cobrir o evento. Para sua completa surpresa porém algo acaba saindo errado e ele começa a acordar todos os dias no mesmo exato momento de sua vida, repetindo tudo outra vez, sempre que abre os olhos pela manhã. Filme vencedor na categoria de Melhor Roteiro no BAFTA Awards.
Comentários:
"Groundhog Day" foi muito elogiado em seu lançamento. Ninguém esperava um roteiro tão bem construído em uma comédia dita de rotina na carreira de Bill Murray. De fato é um dos mais bem bolados textos que o ator já trabalhou (e olha que ele faria muitos filmes interessantes ao longo de sua trajetória artística nos anos seguintes). É importante também avisar ao espectador menos atento que terá que encarar um filme sui generis pela frente, bem fora dos padrões convencionais, onde o texto vai se construindo e se desenvolvendo em cima de um mesmo dia básico, no qual várias nuances das personalidades dos personagens vão aparecendo. O jornalista Phil, por exemplo, começa a aprender com seus erros, assim quando comete um erro em um dia, tenta se adaptar, se comportando de maneira diferente no dia seguinte - e para sua surpresa muitas vezes percebendo que as coisas também não dão certo mesmo quando ele se comporta de uma maneira diferente! O diretor e ator Harold Ramis, que assina a direção, morreu precocemente, em fevereiro último, e todas as notícias de sua morte procuraram lembrar desse seu excelente momento no cinema, como cineasta. Ele prova que foi muito mais do que apenas o Dr. Egon Spengler da franquia "Os Caça-Fantasmas", pois era, além de um ótimo ator de comédias, também um roteirista talentoso e um diretor mais do que promissor. Assim deixo a dica desse filme que mostra acima de tudo que, no final das contas, o que realmente conta em um filme é o seu bom roteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: Groundhog Day
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott
Sinopse:
Phil (Bill Murray) é um repórter que sua emissora de TV envia para cobrir o chamado "Dia da Marmota", uma daquelas tradições culturais que não fazem o menor sentido no meio oeste americano. A reportagem é das mais chatas e enfadonhas possíveis e Phil não tem o menor interesse em cobrir o evento. Para sua completa surpresa porém algo acaba saindo errado e ele começa a acordar todos os dias no mesmo exato momento de sua vida, repetindo tudo outra vez, sempre que abre os olhos pela manhã. Filme vencedor na categoria de Melhor Roteiro no BAFTA Awards.
Comentários:
"Groundhog Day" foi muito elogiado em seu lançamento. Ninguém esperava um roteiro tão bem construído em uma comédia dita de rotina na carreira de Bill Murray. De fato é um dos mais bem bolados textos que o ator já trabalhou (e olha que ele faria muitos filmes interessantes ao longo de sua trajetória artística nos anos seguintes). É importante também avisar ao espectador menos atento que terá que encarar um filme sui generis pela frente, bem fora dos padrões convencionais, onde o texto vai se construindo e se desenvolvendo em cima de um mesmo dia básico, no qual várias nuances das personalidades dos personagens vão aparecendo. O jornalista Phil, por exemplo, começa a aprender com seus erros, assim quando comete um erro em um dia, tenta se adaptar, se comportando de maneira diferente no dia seguinte - e para sua surpresa muitas vezes percebendo que as coisas também não dão certo mesmo quando ele se comporta de uma maneira diferente! O diretor e ator Harold Ramis, que assina a direção, morreu precocemente, em fevereiro último, e todas as notícias de sua morte procuraram lembrar desse seu excelente momento no cinema, como cineasta. Ele prova que foi muito mais do que apenas o Dr. Egon Spengler da franquia "Os Caça-Fantasmas", pois era, além de um ótimo ator de comédias, também um roteirista talentoso e um diretor mais do que promissor. Assim deixo a dica desse filme que mostra acima de tudo que, no final das contas, o que realmente conta em um filme é o seu bom roteiro.
Pablo Aluísio.
Os Fantasmas Contra Atacam
Título no Brasil: Os Fantasmas Contra Atacam
Título Original: Scrooged
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Richard Donner
Roteiro: Mitch Glazer, Michael O'Donoghue
Elenco: Bill Murray, Karen Allen, John Forsythe
Sinopse:
Frank Cross (Bill Murray) é um sujeito desprezível. Rico, executivo de TV, ele pouco está ligando para o sentimento das outras pessoas. Extremamente cínico, acredita que o espírito de natal é realmente uma grande bobagem, feita única e exclusivamente para turbinar as vendas no final de ano. Sua vida porém dá uma guinada completa quando ele recebe a visita de três espíritos natalinos, que vão mostrar a ele o verdadeiro sentimento que se deve preservar nessa época do ano.
Comentários:
Mais uma adaptação do famoso e consagrado "A Christmas Carol" de Charles Dickens. Em algum momento de sua vida você muito provavelmente já assistiu a algum filme que se utilizou desse livro como base. Basta lembrar do mais recente "Os Fantasmas de Scrooge" com Jim Carrey ou até mesmo do clássico "A Felicidade Não Se Compra" de 1946, com James Stewart. Confesso que há muitos anos não revejo o filme. Na verdade em minha memória seletiva de cinéfilo essa produção me marcou por um motivo bem particular. A vi pela primeira vez ainda nos tempos do VHS (em plena década de 80). Na ocasião acabei pegando uma forte gripe que me deixou literalmente nocauteado. Depois, na alta madrugada, acordei e resolvi assistir ao filme, pois não havia mais nada para fazer, para matar o tempo. Era véspera de natal e o enredo de "Scrooged" se encaixou perfeitamente para a ocasião. Aqui há dois destaques que chamam a atenção. O primeiro é a maquiagem, muito bem realizada e que foi inclusive indicada ao Oscar. Os efeitos especiais também são excelentes, principalmente para uma época em que ainda não havia o pleno desenvolvimento da computação gráfica. Segundo, o filme foi dirigido pelo cineasta Richard Donner que nunca se notabilizou por ter focado sua carreira em comédias, mas sim em filmes de ação e ficção. E por falar em humor, Bill Murray colhendo os frutos do sucesso de "Os Caça-Fantasmas", se sai muito bem em seu personagem, com doses certas de humor e dramaticidade, provando que era um ator capaz de segurar um filme sozinho. Enfim, eis uma boa pedida para a próxima noite do natal.
Pablo Aluísio.
Título Original: Scrooged
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Richard Donner
Roteiro: Mitch Glazer, Michael O'Donoghue
Elenco: Bill Murray, Karen Allen, John Forsythe
Sinopse:
Frank Cross (Bill Murray) é um sujeito desprezível. Rico, executivo de TV, ele pouco está ligando para o sentimento das outras pessoas. Extremamente cínico, acredita que o espírito de natal é realmente uma grande bobagem, feita única e exclusivamente para turbinar as vendas no final de ano. Sua vida porém dá uma guinada completa quando ele recebe a visita de três espíritos natalinos, que vão mostrar a ele o verdadeiro sentimento que se deve preservar nessa época do ano.
Comentários:
Mais uma adaptação do famoso e consagrado "A Christmas Carol" de Charles Dickens. Em algum momento de sua vida você muito provavelmente já assistiu a algum filme que se utilizou desse livro como base. Basta lembrar do mais recente "Os Fantasmas de Scrooge" com Jim Carrey ou até mesmo do clássico "A Felicidade Não Se Compra" de 1946, com James Stewart. Confesso que há muitos anos não revejo o filme. Na verdade em minha memória seletiva de cinéfilo essa produção me marcou por um motivo bem particular. A vi pela primeira vez ainda nos tempos do VHS (em plena década de 80). Na ocasião acabei pegando uma forte gripe que me deixou literalmente nocauteado. Depois, na alta madrugada, acordei e resolvi assistir ao filme, pois não havia mais nada para fazer, para matar o tempo. Era véspera de natal e o enredo de "Scrooged" se encaixou perfeitamente para a ocasião. Aqui há dois destaques que chamam a atenção. O primeiro é a maquiagem, muito bem realizada e que foi inclusive indicada ao Oscar. Os efeitos especiais também são excelentes, principalmente para uma época em que ainda não havia o pleno desenvolvimento da computação gráfica. Segundo, o filme foi dirigido pelo cineasta Richard Donner que nunca se notabilizou por ter focado sua carreira em comédias, mas sim em filmes de ação e ficção. E por falar em humor, Bill Murray colhendo os frutos do sucesso de "Os Caça-Fantasmas", se sai muito bem em seu personagem, com doses certas de humor e dramaticidade, provando que era um ator capaz de segurar um filme sozinho. Enfim, eis uma boa pedida para a próxima noite do natal.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Livrai-nos do Mal
Título no Brasil: Livrai-nos do Mal
Título Original: Deliver Us from Evil
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, Paul Harris Boardman
Elenco: Eric Bana, Édgar Ramírez, Olivia Munn, Sean Harris
Sinopse:
O sargento Sarchie (Eric Bana) descobre haver uma ligação entre eventos macabros que andam acontecendo em sua jurisdição. Primeiro ele se vê diante de um crime horrendo, quando uma mãe joga seu filho em um fosso no zoo da cidade. Depois responde ao pedido de socorro de uma mulher vítima de violência doméstica pois seu marido está manifestando estranhos comportamentos. Por fim encontra um recém-nascido numa lata de lixo numa rua deserta e obscura. Todos os crimes possuem uma ligação em comum, nascida muitos anos antes, ainda na intervenção americana no Iraque. Roteiro baseado em fatos reais.
Comentários:
De uma maneira em geral o filme tenta unir dois gêneros, a dos filmes policiais com terror. O resultado até chega a ser interessante, com bons momentos, mas temos que reconhecer que algo ficou pelo meio do caminho. O enredo de fundo é até curioso. Um grupo de soldados americanos no Iraque descobre o que parece ser uma cripta, onde existe um altar de devoção satânica. Depois desse contato a vida de todos eles muda drasticamente. O tempo passa e então encontramos o policial interpretado por Eric Bana tendo que lidar com eventos misteriosos e sobrenaturais em sua cidade. No começo relutante, acaba aceitando a ajuda do padre jesuíta Mendoza (Édgar Ramírez), que deixa claro a ele que existe a clara presença do maligno em todos os acontecimentos. Esse personagem é talvez a melhor coisa do filme. Como ele explica em determinado momento, se trata de um ex-viciado em heroína e outras drogas pesadas que decidiu abandonar essa vida dissoluta para se tornar membro da Igreja Católica, se especializando em exorcismos. Ele será o grande trunfo na luta contra um grupo de pessoas que parecem estar realmente possuídas por forças do mal. E por falar em exorcismos, o filme tem um longo ritual de expulsão do demônio numa sala na delegacia que acaba valendo por praticamente todo o resto. Pena que a trama muitas vezes não seja tão bem desenvolvida até chegar nesse clímax arrebatador. Tipicamente um caso em que a cena final é bem melhor do que o restante do filme. O epílogo deixa a entender que novas sequências podem surgir com a mesma dupla formada pelo tira e o padre. Pensando bem, até que não seria uma má ideia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Deliver Us from Evil
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, Paul Harris Boardman
Elenco: Eric Bana, Édgar Ramírez, Olivia Munn, Sean Harris
Sinopse:
O sargento Sarchie (Eric Bana) descobre haver uma ligação entre eventos macabros que andam acontecendo em sua jurisdição. Primeiro ele se vê diante de um crime horrendo, quando uma mãe joga seu filho em um fosso no zoo da cidade. Depois responde ao pedido de socorro de uma mulher vítima de violência doméstica pois seu marido está manifestando estranhos comportamentos. Por fim encontra um recém-nascido numa lata de lixo numa rua deserta e obscura. Todos os crimes possuem uma ligação em comum, nascida muitos anos antes, ainda na intervenção americana no Iraque. Roteiro baseado em fatos reais.
Comentários:
De uma maneira em geral o filme tenta unir dois gêneros, a dos filmes policiais com terror. O resultado até chega a ser interessante, com bons momentos, mas temos que reconhecer que algo ficou pelo meio do caminho. O enredo de fundo é até curioso. Um grupo de soldados americanos no Iraque descobre o que parece ser uma cripta, onde existe um altar de devoção satânica. Depois desse contato a vida de todos eles muda drasticamente. O tempo passa e então encontramos o policial interpretado por Eric Bana tendo que lidar com eventos misteriosos e sobrenaturais em sua cidade. No começo relutante, acaba aceitando a ajuda do padre jesuíta Mendoza (Édgar Ramírez), que deixa claro a ele que existe a clara presença do maligno em todos os acontecimentos. Esse personagem é talvez a melhor coisa do filme. Como ele explica em determinado momento, se trata de um ex-viciado em heroína e outras drogas pesadas que decidiu abandonar essa vida dissoluta para se tornar membro da Igreja Católica, se especializando em exorcismos. Ele será o grande trunfo na luta contra um grupo de pessoas que parecem estar realmente possuídas por forças do mal. E por falar em exorcismos, o filme tem um longo ritual de expulsão do demônio numa sala na delegacia que acaba valendo por praticamente todo o resto. Pena que a trama muitas vezes não seja tão bem desenvolvida até chegar nesse clímax arrebatador. Tipicamente um caso em que a cena final é bem melhor do que o restante do filme. O epílogo deixa a entender que novas sequências podem surgir com a mesma dupla formada pelo tira e o padre. Pensando bem, até que não seria uma má ideia.
Pablo Aluísio.
Demônios - A Batalha das Almas
Título no Brasil: Demônios - A Batalha das Almas
Título Original: The Cloth
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Eminence Productions
Direção: Justin Price
Roteiro: Justin Price
Elenco: Danny Trejo, Perla Rodríguez, Eric Roberts
Sinopse:
Uma guerra entre o bem e o mal é travada na Terra sem que as pessoas percebam que o grande prêmio dado ao vencedor será as almas dos seres humanos. Para combater as forças das trevas o Vaticano cria um grupo especializado em exorcismos, formado por padres especialmente treinados para expulsar demônios de pessoas possuídas. Se auto denominado "Os Clérigos" eles farão de tudo para destruir os planos de Satã em nosso meio.
Comentários:
Já que hoje estamos falando sobre filmes de exorcismo chamo a atenção para esse pouco conhecido "Demônios - A Batalha das Almas". Só o fato de termos aqui o ator Danny Trejo interpretando um padre já é motivo para assistirmos essa pérola. Com orçamento baixo e efeitos especiais realmente muito ruins, o filme tenta contar uma estória envolvendo padres exorcistas em luta contra um Príncipe das Trevas (segundo o roteiro, o quinto membro da hierarquia de Satã) que chega na Terra para abrir os portões do inferno. O curioso é que o filme até começa usando um tom mais sério, mas logo depois adota um estilo "Van Helsing" de ser, onde os padres usam armas especialmente desenvolvidas para enfrentar os enviados das fossas infernais. Assim temos em desfile na tela uma sucessão de bugigangas adaptadas que atiram crucifixos e água benta nos possuídos! Bom, já deu para perceber que não dá para levar nada à sério, não é mesmo? No fritar dos ovos a sensação que tudo nos passa é a de estarmos assistindo um filme com ares de um dia virar série de TV do tipo "Buffy a Caça Vampiros", ou trocando em miúdos, uma tremenda bobagem que mistura quadrinhos, terror e religião sem o menor talento. Pode dispensar sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Cloth
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Eminence Productions
Direção: Justin Price
Roteiro: Justin Price
Elenco: Danny Trejo, Perla Rodríguez, Eric Roberts
Sinopse:
Uma guerra entre o bem e o mal é travada na Terra sem que as pessoas percebam que o grande prêmio dado ao vencedor será as almas dos seres humanos. Para combater as forças das trevas o Vaticano cria um grupo especializado em exorcismos, formado por padres especialmente treinados para expulsar demônios de pessoas possuídas. Se auto denominado "Os Clérigos" eles farão de tudo para destruir os planos de Satã em nosso meio.
Comentários:
Já que hoje estamos falando sobre filmes de exorcismo chamo a atenção para esse pouco conhecido "Demônios - A Batalha das Almas". Só o fato de termos aqui o ator Danny Trejo interpretando um padre já é motivo para assistirmos essa pérola. Com orçamento baixo e efeitos especiais realmente muito ruins, o filme tenta contar uma estória envolvendo padres exorcistas em luta contra um Príncipe das Trevas (segundo o roteiro, o quinto membro da hierarquia de Satã) que chega na Terra para abrir os portões do inferno. O curioso é que o filme até começa usando um tom mais sério, mas logo depois adota um estilo "Van Helsing" de ser, onde os padres usam armas especialmente desenvolvidas para enfrentar os enviados das fossas infernais. Assim temos em desfile na tela uma sucessão de bugigangas adaptadas que atiram crucifixos e água benta nos possuídos! Bom, já deu para perceber que não dá para levar nada à sério, não é mesmo? No fritar dos ovos a sensação que tudo nos passa é a de estarmos assistindo um filme com ares de um dia virar série de TV do tipo "Buffy a Caça Vampiros", ou trocando em miúdos, uma tremenda bobagem que mistura quadrinhos, terror e religião sem o menor talento. Pode dispensar sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
O Pacto
Título no Brasil: O Pacto
Título Original: Horns
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Pictures
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Keith Bunin, baseado no romance de Joe Hill
Elenco: Daniel Radcliffe, Juno Temple, Heather Graham, Max Minghella
Sinopse:
Iggy Perrish (Daniel Radcliffe) e Merrin Williams (Juno Temple) vivem um romance dos sonhos. Eles se conhecem desde crianças e agora pretendem se casar. Os planos de felicidade porém são interrompidos de forma trágica após Merrin ser encontrada morta no meio da floresta. Como se isso não fosse horrível o bastante, Iggy (Radcliffe) começa a ser apontado pela polícia como o assassino! Agora ele terá que correr atrás da verdade, para limpar seu nome e encontrar a identidade do verdadeiro criminoso.
Comentários:
Filme bem estranho para falar a verdade. A estranheza não vem tanto da trama em si, que é até recorrente, mostrando um jovem tentando provar sua inocência em relação a um crime que ele afirma não ter cometido. O bizarro em "Horns" (literalmente "Chifres" em português) é a forma como essa estória é contada. O personagem de Daniel Radcliffe começa a sofrer estranhas mutações, nascendo em sua testa chifres, isso mesmo que você leu, chifres! Além disso as pessoas em sua presença começam a confessar seus piores pensamentos, mesquinhos e maldosos, revelando o lado mais cruel dos seres humanos. Assim Iggy começa a pensar que está se transformando em um verdadeiro demônio, com inúmeras referências confirmando essa estranha metamorfose. A partir daí as coisas vão ficando cada vez mais esquisitas, dando um tom de bizarro realismo fantástico ao filme, onde pessoas normais começam a interagir com situações surreais. No geral não consegui em momento algum comprar a ideia do roteiro, até porque o filme não consegue se posicionar, sendo em alguns momentos uma comédia de humor negro, para depois deslanchar para o terror, derrapando finalmente para um romance adolescente açucarado. O fato de Daniel Radcliffe ficar o tempo todo desfilando em cena com chifres na cabeça também não ajuda em nada. Enfim, uma fita para poucos, pois acredito que nem os fãs mais aguerridos de Harry Potter irão gostar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Horns
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Pictures
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Keith Bunin, baseado no romance de Joe Hill
Elenco: Daniel Radcliffe, Juno Temple, Heather Graham, Max Minghella
Sinopse:
Iggy Perrish (Daniel Radcliffe) e Merrin Williams (Juno Temple) vivem um romance dos sonhos. Eles se conhecem desde crianças e agora pretendem se casar. Os planos de felicidade porém são interrompidos de forma trágica após Merrin ser encontrada morta no meio da floresta. Como se isso não fosse horrível o bastante, Iggy (Radcliffe) começa a ser apontado pela polícia como o assassino! Agora ele terá que correr atrás da verdade, para limpar seu nome e encontrar a identidade do verdadeiro criminoso.
Comentários:
Filme bem estranho para falar a verdade. A estranheza não vem tanto da trama em si, que é até recorrente, mostrando um jovem tentando provar sua inocência em relação a um crime que ele afirma não ter cometido. O bizarro em "Horns" (literalmente "Chifres" em português) é a forma como essa estória é contada. O personagem de Daniel Radcliffe começa a sofrer estranhas mutações, nascendo em sua testa chifres, isso mesmo que você leu, chifres! Além disso as pessoas em sua presença começam a confessar seus piores pensamentos, mesquinhos e maldosos, revelando o lado mais cruel dos seres humanos. Assim Iggy começa a pensar que está se transformando em um verdadeiro demônio, com inúmeras referências confirmando essa estranha metamorfose. A partir daí as coisas vão ficando cada vez mais esquisitas, dando um tom de bizarro realismo fantástico ao filme, onde pessoas normais começam a interagir com situações surreais. No geral não consegui em momento algum comprar a ideia do roteiro, até porque o filme não consegue se posicionar, sendo em alguns momentos uma comédia de humor negro, para depois deslanchar para o terror, derrapando finalmente para um romance adolescente açucarado. O fato de Daniel Radcliffe ficar o tempo todo desfilando em cena com chifres na cabeça também não ajuda em nada. Enfim, uma fita para poucos, pois acredito que nem os fãs mais aguerridos de Harry Potter irão gostar.
Pablo Aluísio.
Pelos Olhos de Maisie
Título no Brasil: Pelos Olhos de Maisie
Título Original: What Maisie Knew
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Red Crown Productions
Direção: Scott McGehee, David Siegel
Roteiro: Nancy Doyne, Carroll Cartwright
Elenco: Julianne Moore, Alexander Skarsgård, Onata Aprile, Steve Coogan
Sinopse:
Maisie (Onata Aprile) é uma garotinha de apenas seis anos que vê o casamento de seus pais desmoronar. Brigando todos os dias, a vida em casa vai ficando cada dia mais insuportável. Sua mãe, Susanna (Julianne Moore), é uma cantora frustrada que deseja recomeçar sua vida nos palcos. Seu pai, Beale (Steve Coogan), é um sujeito que só pensa em seu trabalho ao mesmo tempo em que começa a se enamorar de sua própria babá. Filme indicado ao prêmio London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Steve Coogan).
Comentários:
Um bom drama familiar que mostra a gradativa destruição de um casamento pelos olhos da filhinha de apenas seis anos, Maisie (Onata Aprile). O roteiro levanta questões bem interessantes como a própria crise que vive a instituição marital nos dias de hoje. Os casamentos são cada vez mais breves e conflituosos. No caso dos pais de Maisie a situação é ainda pior porque eles não são do tipo que adotam atitudes maduras e adultas, pelo contrário, partem para o confronto direto, com muitas ofensas e represálias. O pai, por exemplo, logo começa um romance com a babá de Maisie que é praticamente uma adolescente. Para dar o troco sua mãe emplaca um relacionamento complicado com o barman Lincoln (interpretado pelo ator Alexander Skarsgård, o vampiro Eric Northman da série "True Blood"). Ele aliás parece ser o único personagem realmente humano de toda a crise familiar que o filme retrata. Logo inicia uma amizade de carinho e afeto com a pequena Maisie, que colocada no meio do fogo cruzado dos pais, procura por algum tipo de aproximação mais carinhosa com o novo padrasto. Outro destaque vem com Julianne Moore. Sua personagem é de uma mulher mais velha que não aceita o fato de que o tempo passou e que ela não se tornará mais uma cantora de sucesso. Agindo muitas vezes como uma adolescente inconsequente, negligenciando a própria filha em busca de um sonho que não se realizará, ela no final das contas só prova que nem todas as mães são iguais e nem fazem jus ao delicado e importante trabalho de se criar um filho. Deixamos então a dica desse belo drama sobre uma família que vai se destruindo aos poucos, como vemos em milhares de casos por aí no mundo real.
Pablo Aluísio.
Título Original: What Maisie Knew
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Red Crown Productions
Direção: Scott McGehee, David Siegel
Roteiro: Nancy Doyne, Carroll Cartwright
Elenco: Julianne Moore, Alexander Skarsgård, Onata Aprile, Steve Coogan
Sinopse:
Maisie (Onata Aprile) é uma garotinha de apenas seis anos que vê o casamento de seus pais desmoronar. Brigando todos os dias, a vida em casa vai ficando cada dia mais insuportável. Sua mãe, Susanna (Julianne Moore), é uma cantora frustrada que deseja recomeçar sua vida nos palcos. Seu pai, Beale (Steve Coogan), é um sujeito que só pensa em seu trabalho ao mesmo tempo em que começa a se enamorar de sua própria babá. Filme indicado ao prêmio London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Steve Coogan).
Comentários:
Um bom drama familiar que mostra a gradativa destruição de um casamento pelos olhos da filhinha de apenas seis anos, Maisie (Onata Aprile). O roteiro levanta questões bem interessantes como a própria crise que vive a instituição marital nos dias de hoje. Os casamentos são cada vez mais breves e conflituosos. No caso dos pais de Maisie a situação é ainda pior porque eles não são do tipo que adotam atitudes maduras e adultas, pelo contrário, partem para o confronto direto, com muitas ofensas e represálias. O pai, por exemplo, logo começa um romance com a babá de Maisie que é praticamente uma adolescente. Para dar o troco sua mãe emplaca um relacionamento complicado com o barman Lincoln (interpretado pelo ator Alexander Skarsgård, o vampiro Eric Northman da série "True Blood"). Ele aliás parece ser o único personagem realmente humano de toda a crise familiar que o filme retrata. Logo inicia uma amizade de carinho e afeto com a pequena Maisie, que colocada no meio do fogo cruzado dos pais, procura por algum tipo de aproximação mais carinhosa com o novo padrasto. Outro destaque vem com Julianne Moore. Sua personagem é de uma mulher mais velha que não aceita o fato de que o tempo passou e que ela não se tornará mais uma cantora de sucesso. Agindo muitas vezes como uma adolescente inconsequente, negligenciando a própria filha em busca de um sonho que não se realizará, ela no final das contas só prova que nem todas as mães são iguais e nem fazem jus ao delicado e importante trabalho de se criar um filho. Deixamos então a dica desse belo drama sobre uma família que vai se destruindo aos poucos, como vemos em milhares de casos por aí no mundo real.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Penelope
Título no Brasil: Penelope
Título Original: Penelope
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Mark Palansky
Roteiro: Leslie Caveny
Elenco: Christina Ricci, James McAvoy, Reese Witherspoon
Sinopse:
Penelope (Christina Ricci) se torna a principal vítima de uma maldição que se abate sobre sua família. Ela tem um sério defeito em seu nariz, que a torna parecida com uma porquinha. Complexada, evita sair de casa até atingir a sua adolescência, onde terá que finalmente enfrentar o mundo lá fora.
Comentários:
Filme com ares alternativos que pouca gente viu. Esse é o tipo de produção que cai muito bem na filmografia da atriz Christina Ricci, já que desde o comecinho de sua carreira ela vem encarando personagens incomuns, que fogem do padrão de beleza e de comportamento das jovens de sua idade. Esse roteiro exige uma certa cumplicidade do espectador porque tudo vai se desenvolvendo em forma de fábula, onde a personagem Penelope parece ter saído de um conto de fadas às avessas para viver no mundo real. Ela tem um focinho de porquinha no rosto e tenta aproveitar sua adolescência da melhor forma possível. Eu particularmente gostei bastante da proposta da estorinha pois em uma fase da vida em que a aparência é tão importante, nada seria mais devastador para uma garota como ela do que ter uma aparência tão fora do normal como aquela. Olhando sob esse ponto de vista tudo não passa de um bem bolada metáfora sobre a eterna insegurança de adolescentes nessa fase marcada por amores juvenis, decepções amorosas, rejeições e tantas outras coisas que as deixam mesmo à beira de um ataque de nervos. São sentimentos que apenas a idade lhes trará segurança e maturidade para enfrentar. Assim recomendo especialmente para os fãs do trabalho mais alternativo de Christina Ricci que aqui continua uma gracinha, mesmo com focinho de porco.
Pablo Aluísio.
Título Original: Penelope
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Mark Palansky
Roteiro: Leslie Caveny
Elenco: Christina Ricci, James McAvoy, Reese Witherspoon
Sinopse:
Penelope (Christina Ricci) se torna a principal vítima de uma maldição que se abate sobre sua família. Ela tem um sério defeito em seu nariz, que a torna parecida com uma porquinha. Complexada, evita sair de casa até atingir a sua adolescência, onde terá que finalmente enfrentar o mundo lá fora.
Comentários:
Filme com ares alternativos que pouca gente viu. Esse é o tipo de produção que cai muito bem na filmografia da atriz Christina Ricci, já que desde o comecinho de sua carreira ela vem encarando personagens incomuns, que fogem do padrão de beleza e de comportamento das jovens de sua idade. Esse roteiro exige uma certa cumplicidade do espectador porque tudo vai se desenvolvendo em forma de fábula, onde a personagem Penelope parece ter saído de um conto de fadas às avessas para viver no mundo real. Ela tem um focinho de porquinha no rosto e tenta aproveitar sua adolescência da melhor forma possível. Eu particularmente gostei bastante da proposta da estorinha pois em uma fase da vida em que a aparência é tão importante, nada seria mais devastador para uma garota como ela do que ter uma aparência tão fora do normal como aquela. Olhando sob esse ponto de vista tudo não passa de um bem bolada metáfora sobre a eterna insegurança de adolescentes nessa fase marcada por amores juvenis, decepções amorosas, rejeições e tantas outras coisas que as deixam mesmo à beira de um ataque de nervos. São sentimentos que apenas a idade lhes trará segurança e maturidade para enfrentar. Assim recomendo especialmente para os fãs do trabalho mais alternativo de Christina Ricci que aqui continua uma gracinha, mesmo com focinho de porco.
Pablo Aluísio.
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