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quinta-feira, 8 de junho de 2023

Wandinha - Primeira Temporada

Wandinha - Primeira Temporada
Finalmente terminei de assistir os episódios dessa série que fez muito sucesso na Netflix. É a  tal coisa, nunca subestime Tim Burton. Você pode até não gostar do estilo dele na direção, mas não há como negar que o cineasta tem muito talento. Sua filmografia no cinema está aí para provar isso. Agora no mercado de streaming, ele provou mais uma vez que consegue excelentes resultados, mesmo que o material original seja limitado. Até porque pense bem. Estamos falando de uma personagem secundária da família Addams. Achar que uma série sobre a Wednesday (seu nome original em inglês) iria render tanto sucesso é realmente de surpreender. 

E a atriz Jenna Ortega que faz a protagonista parece ter o mesmo estilo da personagem que interpreta. Ela obviamente virou ídolo teen e se saiu bem nessa estampa de rebelde dark. Andou falando mal dos roteiristas da série, puxou briga com a turma antitabagismo e se meteu em polêmicas de todo tipo. E claro, se tornou alvo preferido dos paparazzis. Uma garota explosiva! 

De minha parte gostei do final da série. Veja que é um produto juvenil, então aquela coisa toda de escola, um monstro andando pelos bosques e o segredo sobre sua verdadeira identidade fez com que os adolescentes ficassem ainda mais vidrados nos episódios. Tiro certo no alvo...

Também curti o espaço que deram no final para a atriz Christina Ricci. Ela aparecia meio apagadinha nas cenas, interpretando uma professora sem muito brilho pessoal. Ainda bem que há muitas surpresas nos dois últimos episódios dando o devido espaço para ela que vinha meio escondidinha mesmo. Enfim, haverá uma segunda temporada? Pelo sucesso eu diria que sim. Pelos problemas enfrentados na produção não apostaria muito minhas fichas nisso. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 25 de dezembro de 2022

Wandinha

Mais uma adaptação da interminável série de adaptações da família Adams. Agora, os produtores resolveram fazer uma minissérie pincelando apenas uma das personagens principais. De certo modo, sempre foi uma das mais populares. Estou me referindo a Wandinha, imortalizada no cinema pela atriz Christina Ricci. Ela ganha sua própria série de TV na Netflix. E sabe de uma coisa? Ficou muito bom! Não ficou excessiva, não ficou boboca, ficou na medida certa. E eu penso que esse humor negro da família Adams é a prova de falhas no final das contas. Deu certo no mundo dos quadrinhos, deu certo nas adaptações cinematográficas e segue dando certo em em desenhos animados e até mesmo nesta nova série. Já é uma das mais assistidas do catálogo da Netflix, mostrando que veio para ficar. Mais um acerto da plataforma que, a despeito de certas notícias que estaria em crise, sobrevive pela diversidade e também pela criatividade. 

No primeiro episódio, a Wandinha vai parar em uma escola de internato. Ela andou aprontando muito na escola onde estudava. Para se ter uma ideia, jogou um saco de Piranhas na piscina dos atletas boçais, que estavam treinando para mais um jogo de polo aquático. Por terem mexido com seu irmão. Ela então agiu com seu típico modus operandi. Jenna Ortega que interpreta Wandinha, está excelente. E o elenco de apoio também se destacou com nomes relevantes. Mantenha a devida atenção para a participação da atriz Catherine Zeta-Jones como Morticia Addams. Fazia tempo que havia visto ela ultimamente, continua uma mulher belíssima! Até mesmo a Christina Ricci faz parte do elenco. Então tudo está nos seus devidos lugares, irei acompanhar a série com certeza.

Wandinha (Wednesday, Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton / Roteiro: Alfred Gough / Elenco: Jenna Ortega, Catherine Zeta-Jones, Christina Ricci / Sinopse: Aluna problemática, Wandinha, é  enviada para um internato onde toca o terror entre os alunos e os professores de sua nova escola.

Pablo Aluísio.


Episódios Comentados - Wandinha:

Wandinha 1.02 - Woe Is the Loneliest Number
Segundo episódio da série. Tudo muito divertido. Wandinha tenta descobrir o mistério da morte daquele rapaz no bosque, ao mesmo tempo em que participa de uma competição esportiva entre grupos de alunos da escola. Eles precisam atravessar um pequeno lago e ir até um lugar para pegar uma bandeira e trazer de volta. Só que nessa travessia vale tudo, inclusive trapaças. Ela quer de todo jeito vencer a prova, porque ela detesta uma aluna que a está marcando. Esse é um episódio cheio de fantasia e coisas divertidas. Com direito até mesmo a uma sereia, sabotando barcos. E também descobrimos que a diretora da escola na verdade é um estranho ser que muda de forma. Enfim, a imaginação voa, resultando em uma série de muito sucesso. Os faz não vão ter definitivamente do que reclamar. / Wandinha 1.02 - Woe Is the Loneliest Number (Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton / Elenco: Jenna Ortega, Gwendoline Christie, Riki Lindhome.

Wandinha 1.03 - Friend or Woe
Wandinha vai participar de uma espécie de festival que vai acontecer na cidade vizinha à escola onde ela estuda. A caipirada vai inaugurar uma estátua do fundador da cidade. Na realidade, ele foi um pioneiro cruel que caçou mulheres acusando elas de bruxaria. Chegou a queimar muitas mulheres inocentes em um passado distante. E Wandinha tem visões desse passado tenebroso. É claro que ela não vai deixar passar barato, ela vai fazer alguma coisa para colocar essa estátua no chão. E também vai seguir com suas investigações sobre o ataque do monstro no bosque. Ela descobre coisas preciosas nesse episódio, como por exemplo, a localização exata da antiga igreja onde as bruxas foram queimadas vivas. Há uma clara ligação entre esse local e o monstro que apareceu nas sombras da noite. / Wandinha 1.03 - Friend or Woe (Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton.

Wandinha 1.07 - If You Don't Woe Me by Now
Wandinha descobre os planos e os envolvidos no ataque daquele monstro no bosque, inclusive descobre que o tal monstro é o mesmo que foi usado no famoso romance "O Médico e o Monstro". E para sua decepção ela também descobre que o carinha pelo qual estava se apaixonando era o próprio monstro, sim, aquele jovem que trabalha na lanchonete da cidade. Episódio muito bom de uma série que é realmente acima da média. Fruto do ótimo trabalho de Tim Burton. / Wandinha 1.07 - If You Don't Woe Me by Now (Estados Unidos, 2023) Direção: James Marshall / Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar / Elenco: Jenna Ortega, Gwendoline Christie, Riki Lindhome.

Wandinha - Episódios Finais
Finalmente terminei de assistir os episódios dessa série que fez muito sucesso na Netflix. É a  tal coisa, nunca subestime Tim Burton. Você pode até não gostar do estilo dele na direção, mas não há como negar que o cineasta tem muito talento. Sua filmografia no cinema está aí para provar isso. Agora no mercado de streaming, ele provou mais uma vez que consegue excelentes resultados, mesmo que o material original seja limitado. Até porque pense bem. Estamos falando de uma personagem secundária da família Addams. Achar que uma série sobre a Wednesday (seu nome original em inglês) iria render tanto sucesso é realmente de surpreender. 

E a atriz Jenna Ortega que faz a protagonista parece ter o mesmo estilo da personagem que interpreta. Ela obviamente virou ídolo teen e se saiu bem nessa estampa de rebelde dark. Andou falando mal dos roteiristas da série, puxou briga com a turma antitabagismo e se meteu em polêmicas de todo tipo. E claro, se tornou alvo preferido dos paparazzis. Uma garota explosiva! De minha parte gostei do final da série. Veja que é um produto juvenil, então aquela coisa toda de escola, um monstro andando pelos bosques e o segredo sobre sua verdadeira identidade fez com que os adolescentes ficassem ainda mais vidrados nos episódios. Tiro certo no alvo...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Entre o Céu e o Inferno

Título no Brasil: Entre o Céu e o Inferno
Título Original: Black Snake Moan
Ano de Lançamento: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Craig Brewer
Roteiro: Craig Brewer
Elenco: Christina Ricci, Samuel L. Jackson, Justin Timberlake, S. Epatha Merkerson, John Cothran, David Banner

Sinopse:
Uma jovem garota é espancada pelo amante e deixada bem machucada para morrer em uma estrada de terra de uma propriedade rural. O dono dessas terras acaba encontrando a jovem. Ele a leva para sua casa para cuidar de seus ferimentos. Ela fica sem consciência por alguns dias e quando retorna o velho descobre que terá muitos problemas pela frente.

Comentários:
O filme tem até uma história interessante. A diferença de idade e de experiência de vida entre o velho interpretado por Samuel L. Jackson e a garota interpretada por Christina Ricci tem seus atrativos. Ela é uma garota perdida na vida, com fama de promíscua na pequena cidade onde mora. Ele é um velho músico de blues aposentado, que agora toca a vida vendendo produtos de sua terra. Quando os dois se encontram, um choque de personalidades e diferenças culturais logo se faz presente. O roteiro tem um certo moralismo fora de eixo, que me incomodou um pouco. Em determinado momento, o velho acorrenta a garota em sua cabana para que ela não volte a ter a vida que tinha antes. Claro que quando ela descobre isso se rebela! Afinal é absurdo. Tudo vem abaixo, a garota tem gênio forte, não vai se deixar dominar. E nem deve deixar algo assim acontecer. Um aspecto interessante é que a atriz Christina Ricci passa a primeira parte do filme totalmente desinibida, praticamente apenas de calcinha. Para quem gosta dela e de seu jeito, de sua beleza exótica, pode ser um atrativo a mais para assistir ao filme. No mais esse drama com toques estranhos e esquisitos me soou até meio convencional, por mais estranho que isso possa parecer.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de abril de 2022

200 Cigarros

Título no Brasil: 200 Cigarros
Título Original: 200 Cigarettes
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Pictures
Direção: Risa Bramon Garcia
Roteiro: Shana Larsen
Elenco: Kate Hudson, Ben Affleck, Paul Rudd, Christina Ricci, Casey Affleck, Courtney Love, Elvis Costello

Sinopse:
Um grupo de amigos marca de se reunir numa festa de ano novo na casa de um deles em Nova Iorque, no bairro boêmio da cidade, da big apple. No caminho acontecem inúmeras histórias diferentes, onde o filme vai desenvolvendo a personalidade de cada um.

Comentários:
Filme com roteiro em estilo mosaico, vários personagens com várias histórias diferentes para contar. O elo de ligação de tudo é uma festa de ano novo que vai reunir todos eles. O elenco é muito bom, contando com algumas das estrelas jovens de Hollywood. A que se sai melhor é justamente Kate Hudson que tem melhores chances dentro de um roteiro difuso, que muitas vezes parece disperso demais. Ben Affleck não tem a mesma sorte, o espaço dado ao seu papel não é muito expressivo. Estrelas musicais também ganharam seu espaço, entre elas a maluca da Courtney Love e o sóbrio Elvis Costello que prova que também pode atuar bem. No geral é um filme com altos e baixos, mas que no conjunto até que segura bem as pontas. Pontas de cigarro claro, porque todos os personagens aparecem fumando!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Além da Vida

A vida da jovem professora Anna Taylor (Christina Ricci) não vai muito bem. Após uma briga com o noivo em um jantar que deveria ser romântico, ela sai com seu carro e acaba sofrendo um sério acidente na estrada. Quando recobre a consciência está na mesa da casa funerária. Ela não entende muito bem o que está acontecendo. O dono da funerária, um homem chamado Eliot Deacon (Liam Neeson), lhe explica que ela morreu. Está morta e ainda agarrada à vida. E quem tem o dom de falar com os mortos. Claro que ela não aceita essa explicação. Fica revoltada, tenta sair do necrotério de todas as formas. Afinal estaria aquele homem a enganando, a prendendo na casa funerária ou ela estaria realmente morta?

Essa é a grande questão que amarra todas as situações desse roteiro que achei muito bem elaborado e escrito. E certamente não vá esperando por respostas óbvias e fáceis. O roteiro ora tenta convencer o espectador que o personagem de Liam Neeson é um sádico que está prendendo aquela jovem que ainda viva foi enviada por engano para a morgue, ora faz transparecer que não, que ela realmente morreu e que aquele fino senhor de fato consegue conversar com os falecidos. Particularmente achei ótima essa dualidade. É um roteiro inteligente, como há muitos anos não havia visto em um filme. Eficaz em suas premissas, com ótimo desenvolvimento de sua estranha história, esse "Além da Vida" surpreende e traz elementos novos a um cinema atual que parece sofrer de crônica falta de originalidade.

Além da Vida (After.Life, Estados Unidos, 2009) Direção: Agnieszka Wojtowicz-Vosloo / Roteiro: Agnieszka Wojtowicz-Vosloo, Paul Vosloo / Elenco: Christina Ricci, Liam Neeson, Justin Long, Chandler Canterbury / Sinopse: Jovem professora sofre sério acidente e vai parar em uma casa funerária. Ela não entende o que está acontecendo. O dono da funerária então lhe informa que ela morreu e que ele consegue falar com os mortos. Ela não acredita e tenta fugir daquele lugar sombrio. Qual afinal seria a verdade naquela funesta situação?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de março de 2021

Miranda

Título no Brasil: Miranda
Título Original: Miranda
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Feelgood Films
Direção: Marc Munden
Roteiro: Rob Young
Elenco: Christina Ricci, John Hurt, Kyle MacLachlan, John Simm, Julian Rhind-Tutt, Cavan Clerkin

Sinopse:
Um bibliotecário inicia um caso apaixonado com uma mulher misteriosa que entra em sua biblioteca. Quando ela desaparece subitamente, ele viaja até Londres para procurá-la, apenas para descobrir o que aconteceu.

Comentários:
A atriz Christina Ricci ainda é bem jovem, mas seguramente nunca optou pelo caminho mais fácil. Ela sempre optou por um tipo de cinema mais autoral, independente, poderia dizer até que estranho. Seus filmes são de maneira em geral bem estranhos, fora do convencional. Ela virou uma espécie de diva cult jovem. E talentosa, como sempre foi, essa combinação entre coragem e filmes fora do padrão deu muito certo. Um dos filmes que seguem esse caminho é esse "Miranda", um filme que considero muito bom, interessante, embora devo avisar que não é um filme tão fácil, normal, convencional. Pelo contrário é aquele tipo de roteiro que gosta de uma certa turbulência com o espectador. Há espectadores que adoraram o filme enquanto outros odiaram. Parece que não existe um terceiro caminho. É um filme eclético, que você pode até discordar, mas que não ficará imune ao que o filme propõe.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Gasparzinho

Título no Brasil: Gasparzinho, o Fantasminha Camarada
Título Original: Casper
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Amblin Entertainment,
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Sherri Stoner
Elenco: Bill Pullman, Christina Ricci, Dan Aykroyd, Malachi Pearson, Rodney Dangerfield, Mel Gibson

Sinopse:
Um terapeuta da vida após a morte e sua filha encontram um jovem fantasma amigável quando se mudam para uma mansão em ruínas, a fim de livrar as instalações dos espíritos malignos. Gasparzinho é o seu nome!

Comentários:
Gasparzinho foi criado em 1939 pela dupla Seymour Reit e Joe Oriolo. Como se pode perceber é um personagem de desenhos animados e histórias em quadrinhos que está prestes a completar 100 anos de sua criação original! Eu me recordo de ter assistido nos anos 80 às primeiras animações do Gasparzinho, algumas delas produzidas na década de 1930. E se não estou enganado foram os mesmos animadores dos desenhos do marinheiro Popeye. E é muito curioso que tenham usado a imagem de um fantasma (que geralmente assusta as crianças) em um personagem infantil. Esse filme aqui foi uma homenagem a essa criação tão sui generis e tão tradicional da cultura pop. Produção de primeira, classe A, com ótimos efeitos digitais. O roteiro não procurou mexer nas características do Gasparzinho, sendo que ele continua sendo o bom e velho fantasminha camarada de sempre. O visual foi o mais próximo possível  dos primeiros desenhos do personagem. A produção executiva foi de Steven Spielberg que controlou as principais decisões na realização dessa animação. Ao custo de 50 milhões de dólares, o filme faturou quase 300 milhões de dólares em bilheterias, mostrando que embora fosse um personagem bem antigo, Gasparzinho ainda continuava a ser adorado pelas crianças.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Paranoia

Título no Brasil: Paranoia
Título Original: Distorted
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Minds Eye Entertainment
Direção: Rob W. King
Roteiro: Arne Olsen
Elenco: Christina Ricci, John Cusack, Brendan Fletcher, Vicellous Shannon, Nicole Anthony, Oliver Rice

Sinopse:
Após perder o filho em uma gravidez problemática, a pintora Lauren Curran (Christina Ricci) começa a ter crises de paranoia, sempre com a impressão que estão lhe perseguindo, invadindo sua casa e coisas do tipo. Seu marido então decide comprar uma novo apartemento, com segurança de alta tecnologia. As crises porém persistem em acontecer. O que de verdade estaria acontecendo?

Comentários:
Thriller que mistura a paranoia de cada dia com uma conspiração internacional envolvendo experimentos de controle da mente. Um pouco exagerado, não é mesmo? A atriz Christina Ricci interpreta essa personagem que aparente ter muitos problemas e distúrbios mentais. Completamente paranoica, ela vai morar em um apartamento com alta segurança para seus moradores, porém mesmo assim ela está convencida de que a estão perseguindo. Na internet conhece Vernon Sarsfield (John Cusack), um sujeito meio maluco que acredita em todo tipo de teoria da conspiração que surge na rede. Imagine o que vai surgir do encontro de duas pessoas tão estranhas como essa... pois é, o filme brinca o tempo todo com a mente bizarra de seus protagonistas. O roteiro vai além, deixando pistas de que provavelmente nem tudo seja apenas fruto da mente deteriorada dos dois. Será que haveria mesmo um grande plano de controle da mente sendo arquitetado pela CIA, KGB, ETs e tudo o mais que venha na cabeça? Assista ao filme para descobrir.  

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A Família Addams 2

Título no Brasil: A Família Addams 2
Título Original: Addams Family Values
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Paul Rudnick
Elenco: Anjelica Huston, Raul Julia, Christopher Lloyd, Christina Ricci, Joan Cusack, Christopher Hart

Sinopse:
Segundo filme para o cinema baseado na obra do cartunista  Charles Addams. Nessa segunda produção a Família Addams tenta resgatar seu amado tio Fester de seu novo amor, uma viúva negra chamada Debbie, que só está interessada em seu dinheiro. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de arte. Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Anjelica Huston).

Comentários:
Charles Addams usava seus desenhos para criticar a própria sociedade americana. Afinal quem nunca teve um tio babão que caia de amores por uma mulher mais jovem e interesseira que só estava de olho no dinheiro dele? Essa situação não é apenas comum, mas totalmente familiar para muitas pessoas. Nessa continuação temos uma ampliação de espaço para o personagem interpretado por Christopher Lloyd, o que acabou sendo muito divertido. Talento certamente nunca lhe faltou. Outro aspecto digno de nota no elenco é que esse filme marcou a despedida do ator Raul Julia ao um de seus personagens mais conhecidos e famosos. Ele morreu ainda jovem, de forma até inesperada, sendo esse um de seus últimos filmes. Uma pena também que esse elenco nunca mais tenha sido reunido. Em minha opinião esse filme reuniu o melhor time de atores e atrizes para interpretar esses personagens. Simbiose perfeita, um show de talento. Nunca mais conseguirão reunir tanta gente talentosa para dar vida a essa família mais do que divertida - e estranha! Ter tanta gente boa trabalhando junto, só nessa franquia original mesmo. Todo o que vier depois será apenas uma pálida sombre desses dois primeiros filmes.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de abril de 2020

O Projeto Laramie

Título no Brasil: O Projeto Laramie
Título Original: The Laramie Project
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Moisés Kaufman
Roteiro: Moisés Kaufman
Elenco: Christina Ricci, Steve Buscemi, Kathleen Chalfant, Jeremy Davies, Nestor Carbonell, Camryn Manheim

Sinopse:
Em 1998 o jovem universitário Matthew Shepard foi assassinado. Ele estudava na Universidade de Wyoming, na cidade de Laramie. As investigações demonstraram que ele foi vítima de um crime de ódio, causado pelo fato dele ser gay. Esse crime acabou gerando grande repercussão na sociedade americana.Filme indicado em quatro categorias no Emmy Awards.

Comentários:
Esse filme foi originado de uma peça teatral de grande sucesso nos Estados Unidos. O diretor Moisés Kaufman escreveu o texto inicial a partir dos depoimentos e testemunhas de diversos moradores de Laramie, no Wyoming. Naquela cidade um jovem promissor e inteligente havia sido morto apenas pelo fato de ser gay. Esse crime criou uma grande comoção dentro dos Estados Unidos. Depois do sucesso no teatro a HBO decidiu fazer um filme, contratando para a direção o mesmo Moisés Kaufman que havia escrito e dirigido a peça original no teatro. O resultado ficou muito bom. Um misto de documentário com cenas recriadas dos fatos que deram origem ao crime. O grande ponto discutido do filme não se lmita apenas às reações ao crime em si, mas também ao fato de que naquela época não havia uma legislação própria para crimes de ódio em diversos estados americanos. Só depois da militância de filmes como esse é que as primeiras leis contra homofobia foram criadas nos Estados Unidos, mostrando que o cinema deu sua grande contribuição para que a sociedade avançasse também na luta contra o preconceito sexual. Sem dúvida um filme que contribuu para essa mudança de mentalidade.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Bel Ami - O Sedutor

Georges Duroy (Robert Pattinson) é um jovem sedutor em Paris que usa de sua beleza para subir na escala social, usando para isso mulheres ricas e influentes dentro da sociedade. Roteiro baseado na novela escrita pelo autor Guy de Maupassant, cuja trama é parcialmente baseada em fatos reais. A produção é muito boa, figurinos luxuosos, boa reconstituição de época, clima adequado... Inicialmente você pensa sinceramente que vai assistir no mínimo um bom filme, mas aí... entra em cena Robert Pattinson! Nada tenho de pessoal contra ele, até já cheguei a elogiá-lo em filmes mais recentes onde ele acertou, mas aqui... não há salvação - ele está completamente fora do tom, deslocado no tempo e no espaço, sem charme (essencial para o personagem) e desfilando suas expressões de paisagem.

Nada se salva em seu trabalho o que é uma grande pena já que o elenco feminino de apoio é dos melhores. Elas (entenda-se Uma Thurman, Kristin Scott Thomas e Christina Ricci) realmente salvam o filme de afundar feito o Titanic. Thurman nunca foi particularmente bonita, porém conseguiu uma boa atuação com sua personagem Madeleine Forestier. Kristin Scott Thomas como Virginie Rousset é outro ponto positivo em termos de elenco. Delas eu destacaria mesmo como acima da média Christina Ricci interpretando o papel de Clotilde de Marelle! Muitos a consideram apenas uma atriz esquisita especializada em personagens bizarros, mas penso diferente. Permitam-me discordar. Sua beleza (sim, a considero bonita) provém de um tipo de estética diferente, mas não esquisita. Nesse filme então ela está ótima nesse aspecto. Por elas não jogaria o filme no lixo, essa é a conclusão final a que chego.

Bel Ami - O Sedutor (Bel Ami, Estados Unidos, 2012) Direção: Declan Donnellan, Nick Ormerod
/ Roteiro: Rachel Bennette ; Elenco: Robert Pattinson, Uma Thurman, Kristin Scott Thomas, Christina Ricci / Um perigoso jogo de amor, sedução e ambição se forma em Paris, onde o charme e a beleza são usadas para fins nada louváveis. Filme romântico de época, estrelado pelo astro teen Robert Pattinson.
    
Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A Filha da Luz

Título no Brasil: A Filha da Luz
Título Original: Bless the Child
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio:  Paramount Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Thomas Rickman
Elenco: Kim Basinger, Jimmy Smits, Rufus Sewell, Christina Ricci, Ian Holm, Michael Gaston

Sinopse:
Baseado na novela escrita por Cathy Cash Spellman, o filme "A Filha da Luz" conta a história de     
Maggie O'Connor (Kim Basinger), uma mulher que precisa cuidar da sobrinha autista depois que sua irmã a abandona, por ser viciada em drogas. Com o passar dos anos o que parecia ser apenas um caso de autismo na menina se revela muito mais, com poderes espirituais que ninguém poderia prever.

Comentários:
Quando o brilho de determinadas estrelas começa a se apagar, não tem jeito. Ok, a Kim Basinger nunca foi uma grande estrela de cinema, mas teve lá seu período de popularidade e fama, principalmente nos anos 80. Quando chegou os anos 90 a carreira dela começou a afundar, até chegar nesse ponto, já na virada do milênio, com esse filme muito fraco e ruim que não conseguiu fazer sucesso, isso apesar de seu tema que supostamente poderia atrair a atenção do público mais jovem. O diretor Chuck Russell só teve mesmo um filme bacana em sua filmografia que foi justamente "O Máskara". O resto vai de mediano a ruim como "O Escorpião Rei" e "A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos". Essa fitinha com a Kim não o ajudou muito nesse aspecto. Diante de tudo fica a pergunta inevitável: alguma coisa vale a pena nesse filme? Sim, para surpresa de muita gente o elenco de apoio é excepcionalmente bom, contando com o ótimo ator Rufus Sewell, com a estranha Christina Ricci e, como não poderia deixar de citar, a presença elegante de Ian Holm como um reverendo. Pena que nenhum deles teve muito espaço, afinal o estrelismo se apagando de Kim Basinger acabou ofuscando todo mundo. Uma pena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

Título no Brasil: A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Título Original: Sleepy Hollow
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tim Burton
Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher
Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee
  
Sinopse:
Em fins do século XVIII, uma série de mortes misteriosas começam a assustar os moradores do pequeno e distante vilarejo de Sleepy Hollow. Quem seria o autor de mortes tão horrendas? Para solucionar o mistério chega um investigador de Nova Iorque chamado Ichabod Crane (Johnny Depp). Ele tem seu próprio estilo de investigação e acaba descobrindo a figura de um sinistro cavaleiro sem cabeça, que cavalga pelas noites escuras da região aterrorizando os pacatos moradores que lá vivem. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Rick Heinrichs e Peter Young). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Figurino (Colleen Atwood).

Comentários:
O conto original "The Legend of Sleepy Hollow" faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos pelo menos um grande filme para assistir. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar. O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heroico, que tinha que enfrentar um grande perigo vindo diretamente das trevas. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está, não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. O orçamento do filme foi milionário, algo em torno de cem milhões de dólares, o que aumentou a decepção quando o filme finalmente chegou nas telas de cinema. Foi muito dinheiro investido para pouco resultado artístico. Nas bilheterias o estúdio teve pouco resultado em termos de retorno financeiro. O filme praticamente apenas arrecadou seu custo de produção, sem muito lucro, o que serviu para queimar um pouco Tim Burton dentro da indústria. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O Oposto do Sexo

Título no Brasil: O Oposto do Sexo
Título Original: The Opposite of Sex
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rysher Entertainment
Direção: Don Roos
Roteiro: Don Roos
Elenco: Christina Ricci, Martin Donovan, Lisa Kudrow, Lyle Lovett
  
Sinopse:
Cansada de sua tediosa vida a adolescente Dede Truitt (Ricci) decide fugir de casa para ir morar com seu irmão Bill (Martin Donovan). Ele é gay e tem um namorado que vive ao seu lado. Dede então decide seduzir o companheiro de seu irmão, o levando para uma fuga insana de crimes e traições. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Christina Ricci).

Comentários:
Foi muito badalado quando lançado, mas sinceramente falando nunca vi nada demais nessa fita que em vários momentos apela aos sentimentos e desejos mais primitivos do ser humano. Explico. No roteiro temos uma Christina Ricci ainda muito jovem, tentando fazer a complicada transição entre sua carreira mirim e o mundo adulto. Sua personagem procura esbanjar sensualidade de todas as maneiras. Geralmente a atriz está de biquíni em cena, fazendo caras e bocas. Quando o filme foi rodado ela ainda tinha apenas 17 anos! Assim ainda era uma garota menor de idade. Achei um pouco abusivo as escolhas do diretor em explorar demais o lado sensual de Ricci, justamente por causa desse fato. O roteiro também não é tão maravilhoso como muitos chegaram a dizer na época. Há um clima de "Lolita" criminosa no ar que não se sustenta por muito tempo. Talvez o único grande crédito cinematográfico válido desse filme seja a direção de fotografia a cargo do talentoso Hubert Taczanowski. Abusando de cores fortes e invasivas ela acabou criando um visual bem interessante e marcante ao filme como um todo. De resto nada demais. Só seria indicado mesmo para quem tem interesse especial em Ricci nessa fase de transição em sua carreira e, é claro, para quem tem atração doentia por garotinhas na puberdade.   

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tempestade de Gelo

Drama familiar que tenta resgatar um período histórico bem preciso: a década de 1970. Perante os anos 60 aquela década pareceu bem opaca, tanto culturalmente como politicamente. O presidente Nixon perdia a presidência por causa do escândalo Watergate e a música passava por uma fase ruim, infestada pela modinha discoteque e ritmos derivados. Parecia que toda a revolução ocorrida uma década antes havia sido em vão. É justamente nesse clima de falta de esperanças, monotonia e tédio que o diretor Ang Lee desenvolveu um de seus mais bem elaborados filmes. O clima é um tanto sufocante e a falsa promessa de casamentos felizes começa a pesar para os casais do enredo, já com os filhos tomando seus rumos na vida, cansados da rotina de casamentos infelizes e estafantes.

Em termos de elenco temos uma mescla de estrelas do passado com um grupo de jovens atores que iriam despontar nos anos seguintes. Assim convivem em cena veteranos do cinema como Sigourney Weaver, naquela altura tentando se dissociar do legado da franquia Aliens (procurando ser levada mais à sério como atriz) e Kevin Kline (também na luta para emplacar em dramas mais pesados) contracenando com uma garotada promissora formada pela trio Tobey Maguire (o futuro Peter Parker dos milionários filmes do "Homem-Aranha"), Elijah Wood (que iria se consagrar com a trilogia de "O Senhor dos Anéis") e Christina Ricci (que se tornaria atriz indie e cult depois de fazer sucesso em filmes comerciais como "A Família Adams"). O resultado é um tanto melancólico, diria até triste, mas com um bom resultado final. É aquele tipo de filme mais indicado para pessoas mais sensíveis que estejam em busca de um roteiro mais profundo que lide com questões complexas de relacionamento.

Tempestade de Gelo (The Ice Storm, EUA, 1997) Direção: Ang Lee / Roteiro: James Schamus, baseado na novela de Rick Moody / Elenco: Sigourney Weaver, Kevin Kline, Tobey Maguire, Christina Ricci, Elijah Wood, Joan Allen / Sinopse: Em 1973, nos subúrbios de Connecticut, famílias de classe média passam por experiências, desilusões e desencontros emocionais. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Sigourney Weaver). Premiado pelo BAFTA Awards na mesma categoria.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

O conto original faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos um grande filme. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar.

O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heróico, que tinha que enfrentar um grande mal. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, Estados Unidos, 1999) Direção: Tim Burton / Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher/ Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee / Sinopse: A figura sinistra de um cavaleiro sem cabeça assusta os moradores de uma pequena vila. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Penelope

Título no Brasil: Penelope
Título Original: Penelope
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Mark Palansky
Roteiro: Leslie Caveny
Elenco: Christina Ricci, James McAvoy, Reese Witherspoon

Sinopse:
Penelope (Christina Ricci) se torna a principal vítima de uma maldição que se abate sobre sua família. Ela tem um sério defeito em seu nariz, que a torna parecida com uma porquinha. Complexada, evita sair de casa até atingir a sua adolescência, onde terá que finalmente enfrentar o mundo lá fora.

Comentários:
Filme com ares alternativos que pouca gente viu. Esse é o tipo de produção que cai muito bem na filmografia da atriz Christina Ricci, já que desde o comecinho de sua carreira ela vem encarando personagens incomuns, que fogem do padrão de beleza e de comportamento das jovens de sua idade. Esse roteiro exige uma certa cumplicidade do espectador porque tudo vai se desenvolvendo em forma de fábula, onde a personagem Penelope parece ter saído de um conto de fadas às avessas para viver no mundo real. Ela tem um focinho de porquinha no rosto e tenta aproveitar sua adolescência da melhor forma possível. Eu particularmente gostei bastante da proposta da estorinha pois em uma fase da vida em que a aparência é tão importante, nada seria mais devastador para uma garota como ela do que ter uma aparência tão fora do normal como aquela. Olhando sob esse ponto de vista tudo não passa de um bem bolada metáfora sobre a eterna insegurança de adolescentes nessa fase marcada por amores juvenis, decepções amorosas, rejeições e tantas outras coisas que as deixam mesmo à beira de um ataque de nervos. São sentimentos que apenas a idade lhes trará segurança e maturidade para enfrentar. Assim recomendo especialmente para os fãs do trabalho mais alternativo de Christina Ricci que aqui continua uma gracinha, mesmo com focinho de porco.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Buffalo '66

Título no Brasil: Buffalo '66
Título Original: Buffalo '66
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Vincent Gallo
Roteiro: Vincent Gallo
Elenco: Vincent Gallo, Christina Ricci, Ben Gazzara, Mickey Rourke

Sinopse:
Billy Brown (Vincent Gallo) deixa a prisão após cumprir sua pena e decide voltar para sua cidade natal, Buffalo! A família mal sabe o que ele tem feito no últimos anos e por isso Billy decide que não quer retornar como um fracassado, um derrotado na vida. Por isso acaba fazendo a jovem Layla (Christina Ricci) de refém. Ela deve ir com ele até a casa de seus pais e fingir que é sua amada esposa, caso contrário ele a matará!

Comentários:
Um filme bem sui generis, produto do conceito do ator, diretor e roteirista Vincent Gallo que quis retratar a mediocridade da típica família americana. A mãe é uma fanática por esportes, em especial o time de futebol americano de sua cidade natal Buffalo. O pai é um sujeito rude, dado a acessos de fúria, irascível e ainda prisioneiro do passado, quando almejava ter uma carreira de cantor ao velho estilo, seguindo os passos de Frank Sinatra. De um ambiente familiar tão disfuncional não poderia sair grande coisa. O filho Billy Brown (Vincent Gallo) acaba sendo o produto desse ambiente doentio e fora dos eixos. O roteiro explora momentos de puro desconforto, quando por exemplo a família se reúne na mesa para o jantar e todos se mostram ou dispersos ou desequilibrados. Vincent Gallo está excelente em seu personagem, assim como Christina Ricci que consegue até mesmo ser sensual no meio daquela casa de insanos. Por fim um pequeno brinde, a participação de Mickey Rourke, naquela época vivendo o inferno astral de sua carreira. Ele interpreta um bookmaker que não está disposto a perdoar uma dívida de 10 mil dólares de Billy. A mistura de tantos elementos não poderia resultar em outra coisa a não ser um pequeno filme independente perturbador, mas também muito talentoso em seu resultado final.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A Família Addams

Título no Brasil: A Família Addams 
Título Original: The Addams Family
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Caroline Thompson, baseada na obra de Charles Addams
Elenco: Anjelica Huston, Raul Julia, Christopher Lloyd, Christina Ricci

Sinopse: 
A Família Addams pode ser tudo, menos normal. Com gosto exagerado para o sombrio, eles na verdade são uma versão radical da típica família americana suburbana. Agora terão que lidar com um misterioso acontecimento envolvendo seu querido tio Fester (Christopher Lloyd). Adaptação da famosa obra do cartunista Charles Addams para o cinema.

Comentários:
Poucas vezes vi uma escolha de elenco tão acertada como essa no cinema americano. Os famosos personagens criados por Charles Addams encontraram atores simplesmente perfeitos para a tela. Some-se a isso uma brilhante direção de arte e uma produção requintada e de bom gosto e você terá um grande filme em mãos, sem exagero algum. O humor negro nunca foi tão divertido e engraçado como aqui. Obviamente todos estão ótimos em seus respectivos papéis mas destaco Christina Ricci e Anjelica Huston. Ricci parece ter incorporado a sua personagem Wednesday Addams não apenas nesse filme mas em sua própria personalidade como atriz. Basta ver qualquer outro filme dela para entender isso. Já Huston está tão adequada à Morticia Addams que para ser sincero nem seria necessária aquela maquiagem toda! Barry Sonnenfeld conseguiu assim realizar aquilo que chamo de "adaptação perfeita", definitiva. Tanto isso é verdade que nenhuma tentativa posterior de trazer essa estranha família de volta às telas deu certo. É algo parecido com o que aconteceu com Drácula de Bram Stoker. Depois daquela adaptação não há mais espaço para mais nada. Assista, se divirta muita e dê boas risadas!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Monster - Desejo Assassino

O cinema americano já mostrou a vida sinistra de muitos assassinos em série mas esse "Monster" tem um diferencial importante. Mostra a história real de Aileen Wuornos (Charlize Theron), uma das mais famosas Seial Killers americana, acusada de matar vários homens em sua trajetória. O modus operandi de Aileen era relativamente simples: Ela era prostituta de rua e saía geralmente com caminhoneiros ou homens mais velhos. Assim que o programa era acertado eles iam a lugares remotos. Lá Aileen os matava a tiros e depois os roubava, levando consigo tudo o que conseguia encontrar de valor com seus "clientes". Fruto de uma infância terrível onde sofreu abusos de toda ordem, ela se iniciou muito jovem na prostituição, com apenas 13 anos. Todos esses fatos acabaram criando na assassina um transtorno de personalidade conhecido como Borderline. Esse problema mental é causado por histórico de exposição a traumas durante a infância e juventude. As pessoas que desenvolvem essa doença geralmente são impulsivas e não agem de forma racional. Curiosamente mesmo sendo diagnosticada com esse mal ela foi julgada e sentenciada à morte pela justiça americana. Se fosse no Brasil não sofreria pena e nem prisão mas apenas Medida de Segurança. Enviada a uma instituição adequada teria tratamento e acompanhamento médico.

O grande destaque de "Monster", como não poderia deixar de ser, vem da brilhante atuação da atriz Charlize Theron. Vista até  aquele momento como apenas uma beldade nas telas, Charlize aqui surpreende. Com forte maquiagem a atriz fez de tudo para literalmente incorporar a verdadeira assassina. O resultado é excepcional. Theron deixa de existir para dar lugar a Aileen! Ela fez um trabalho primoroso onde reproduz até os mínimos detalhes de ser da verdadeira assassina. Ver uma atuação desse nível e depois ter que encarar essa talentosa profissional fazendo papel de bruxa má em remake de Branca de Neve realmente me deixa perplexo. De qualquer modo Charlize foi reconhecida pelos grandes prêmios pois venceu o Oscar de Melhor Atriz, além de ter sido premiada com o Urso de Prata de Veneza e o Globo de Ouro. Também merece destaque a atuação inspirada de Christina Ricci, que interpreta a namorada lésbica de Charlize no filme. Sem medo de me equivocar digo que é o melhor momento de ambas as atrizes em suas vidas profissionais. Nem antes e nem depois conseguiram desenvolver um trabalho melhor do que esse. Em conclusão afirmo que "Monster" não é uma produção fácil e nem leve. Seu tema é pesado e sua trama não é nenhum conto de fadas. Mesmo assim temos aqui uma obra não menos do que brilhante. Uma ótima crônica que tenta registrar para a posteridade a triste existência de Aileen Wuornos. Não deixe de conferir.

Monster - Desejo Assassino (Monster, Estados Unidos, 2003) Direção: Patty Jenkins / Roteiro: Patty Jenkins / Elenco: Charlize Theron, Christina Ricci, Bruce Dern, Scott Wilson, Lee Tergesen./ Sinopse: O filme conta a história real de Aileen Wuornos (Charlize Theron), assassina em série que se tornou famosa nos Estados Unidos por uma longa série de mortes contra homens que a contratava como prostituta. O filme traz uma visão dura e cruel dessa criminosa.

Pablo Aluísio.