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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias

Título no Brasil: Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias
Título Original: Multiplicity
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Chris Miller, Mary Hale
Elenco: Michael Keaton, Andie MacDowell, Zack Duhame

Sinopse:
Doug Kinney (Michael Keaton) descobre a solução para a falta de tempo em sua vida. Ele cria um monte de cópias de si mesmo, colocando todas elas para trabalhar em seu lugar, mas isso obviamente acaba criando uma série de problemas e confusões, principalmente com sua própria esposa. 

Comentários:
Depois de Batman, de ter interpretado o famoso personagem dos quadrinhos em dois filmes de sucesso, muita gente pensou que o ator Michael Keaton iria avançar na linha dos filmes de ação, tentando emplacar como novo action hero em seus filmes seguintes. Que nada! Ao invés disso ele voltou para seu velho estilo, a das comédias, algumas bem bobocas. Esse filme aqui segue nessa linha. Tem um pequeno contexto no começo, quase um draminha, mas logo se assume como tal, como um filme de humor. De repente os avanços da tecnologia digital tornou tudo possível, então muitos roteiros que iam nessa direção foram escritos. O filme é, com muita boa vontade, bacaninha e tudo mais. Os efeitos são muito bem feitos, na época endo recebidos como inovadores. Só que é aquele tipo de filme que você assiste apenas uma vez, dá umas risadinhas e depois esquece pra sempre. 

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Jantar com Amigos

Título no Brasil: Jantar com Amigos
Título Original: Dinner with Friends
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Donald Margulies
Elenco: Dennis Quaid, Andie MacDowell, Greg Kinnear, Toni Collette, Taylor Emerson, Holliston Coleman

Sinopse:
Com roteiro baseado na peça teatral escrita por Donald Margulies, o filme narra a história de um casal que decide reavaliar o casamento após saber da separação de um casal de amigos, que estavam casados há 12 anos.

Comentários:
Manter um casamento por longos anos não é uma tarefa fácil. Que o diga o próprio ator Dennis Quaid que estrela esse filme da HBO cujo tema é justamente esse. Qual é o momento certo para descobrir que um casamento acabou? Como se divorciar sem traumas? Como contar ao outro que o casamento chegou ao fim? Que o relacionamento que deveria ser para toda a vida fracassou? Essas e outras perguntas são usadas dentro do enredo do filme. O diretor Norman Jewison certamente não iria se envolver em um projeto banal, por isso se o tema lhe interessa de alguma forma, não deixe de assistir. Além da boa direção e do roteiro que investe em bem escritos diálogos, vale a pena prestar atenção no elenco formado de bons atores. Até porque como tudo é baseado numa peça de teatro é necessário mesmo ter gente talentosa em cena. O filme também é recomendado para quem está pensando em se casar. Será que vale a pena? O filme pode servir como uma boa ferramenta para repensar bem sua decisão.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Green Card

Título no Brasil: Green Card - Passaporte para o Amor
Título Original: Green Card
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Peter Weir
Roteiro: Peter Weir
Elenco: Gérard Depardieu, Andie MacDowell, Bebe Neuwirth, Gregg Edelman, Robert Prosky, Jessie Keosian

Sinopse:
Georges (Gérard Depardieu) é um imigrante francês que decide ficar nos Estados Unidos após seu visto perder a validade. Com isso logo fica ilegal naquele país. Sua saída seria conseguir o Green Card, mas para isso ele teria de se casar com uma americana. E ele realmente embarca em um casamento de fachada com Brontë (Andie MacDowell), para logo depois se descobrir apaixonado verdadeiramente por ela. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original (Peter Weir).

Comentários:
Gérard Depardieu foi para os Estados Unidos e aí não teve jeito. Ele teve que dançar conforme a música tocada pelo cinemão americano mais comercial. Nada de filmes de arte, cult-movies, grandes pretensões artísticas, nada mais disso. Quando se entra para a indústria de cinema do Tio Sam o mais importante passa a ser fazer bilheteria, nada muito além disso. E esse filme é mais do que comercial. Não deixa de ser irônico o fato de que Gérard Depardieu caiu direto nos braços da Touchstone Pictures, companhia cinematográfica que pertencia ao grupo Disney. Era o selo do ratinho mais famoso do mundo que produzia filmes para toda a família. Os filmes da Touchstone criaram, de certa forma, o selo "family friendly" dentro da indústria de entretenimento, então nada de muito polêmico, nem forte e nem dramático demais poderia entrar nessa linha de filmes. Assim esse "Green Card" não passa de água com açúcar. E a presença da atriz Andie MacDowell ajudou a suavizar ainda mais o tom. Enfim, para quem sempre estava acostumado a ir para uma outra direção em sua carreira, esse "Green Card" foi mesmo uma mudança e tanto de rumos para Gérard Depardieu.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Sexo, Mentiras e Videotape

Título no Brasil: Sexo, Mentiras e Videotape
Título Original: Sex, Lies, and Videotape
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: RCA/Columbia Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Steven Soderbergh
Elenco: James Spader, Andie MacDowell, Peter Gallagher, Laura San Giacomo, Ron Vawter, Steven Brill

Sinopse:
O marido de uma mulher sexualmente reprimida acaba tendo um caso com a irmã dela. E a situação fica ainda mais complicada com a chegada de um visitante com um fetiche sexual bastante incomum. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original (Steven Soderbergh).

Comentários:
Para muitos cinéfilos o diretor Steven Soderbergh é um pretensioso incorrigível. Um diretor arrogante e boçal que já estragou muitos bons roteiros por causa desse ego monumental. Nesse filme pelo menos as críticas são incabíveis, até porque o roteiro foi de autoria do próprio Soderbergh. Ele assim tinha todo o direito de inovar e ousar como bem entendesse. Curiosamente esse "estudo" da sexualidade doentia de certas pessoas acabou se tornando o primeiro filme do cineasta que ganhou reconhecimento no circuito mais intelectualizado de cinemas de arte na América do Norte. Primeiro ele ganhou o apoio da imprensa estrangeira, através do Globo de Ouro onde o filme foi indicado em categorias importantes como melhor roteiro e depois dentro do circuito de críticos americanos do eixo Nova Iorque - Los Angeles. No meu ponto de vista é um filme complicado, de difícil entrosamento. O roteiro que foi tão elogiado, me pareceu desde o primeiro momento bem confuso e sem foco. De qualquer maneira é aquele tipo de filme mais indicado a um nicho mais específico de público. Não é uma película para todos, mas para aqueles ao qual é dirigido, o consumo será feito com bel-prazer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Short Cuts - Cenas da Vida

Título no Brasil: Short Cuts - Cenas da Vida
Título Original: Short Cuts
Ano de Produção: 1993
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Fine Line Features, Spelling Films International
Direção: Robert Altman
Roteiro: Raymond Carver, Robert Altman
Elenco: Andie MacDowell, Jennifer Jason Leigh, Tim Robbins, Madaleine Stowe, Matthew Modine, Jack Lemmon

Sinopse:
Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, "Short Cuts" traz um panorama amplo de várias estórias paralelas que convergem para um evento em comum. É um retrato de Los Angeles visto sob a visão desse talentoso diretor onde relacionamentos amorosos, paternais e proibidos entram em ebulição numa cidade que parece nunca parar.

Comentários:
Para muitos Robert Altman é um gênio, já para outros ele sempre foi muito super valorizado pela crítica especializada. Seja você adepto da primeira corrente ou da segunda, o fato é que Altman conseguiu imprimir seu estilo, seu modo muito peculiar de realizar filmes e obras cinematográficas marcantes. Um exemplo vem desse "Short Cuts - Cenas da Vida". O roteiro, como já era bem comum na obra de Altman nos anos 90, é bem fragmentado, ao estilo mosaico, onde estórias aparentemente independentes vão seguindo por um caminho até se encontrarem em algum evento em comum. Aqui o ponto de fusão de tudo o que acontece em cena é o triste atropelamento de uma garotinha na caótica e turbulenta Los Angeles. Por falar na cidade Altman parece querer retratar - de uma forma nada lisonjeira - essa cidade no qual foi morar por questões profissionais, afinal todos os grandes estúdios de Hollywood se encontram por lá. É uma declaração de amor e ódio para a cidade no qual ele vivia mas que nunca se apaixonou, como bem deixou claro em entrevistas. De qualquer maneira fica a recomendação desse "Short Cuts", um bom exemplo da arte de Robert Altman, queira você goste ou não!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Quatro Casamentos e Um Funeral

Uma comédia romântica realmente saborosa, com excelente roteiro, explorando justamente a vida de um grupo de amigos, cujas vidas são mudadas exatamente em quatro casamentos e um funeral. O roteiro é muito bem elaborado porque praticamente funciona como flashes da vida desses personagens centrais. Entre eles se destaca obviamente a relação conturbada e indefinida entre Charles (Hugh Grant) e Carrie (Andie MacDowell). Como se trata de uma produção britânica você já sabe que terá pela frente o melhor do humor inglês, com todo aquele clima de sofisticação que é de repente afrontado pelas mais bizarras situações. Daí vem o humor, desse choque e contraste entra uma postura fina e tradicional e o modo de ser mais grotesco revelado dentro dos relacionamentos amorosos e de amizade.

Essa comédia acabou transformando o ator Hugh Grant em um astro. Seu estilo tipicamente britânico acabou caindo no gosto do grande público, inclusive do americano, já que as mulheres acabaram suspirando por seu ar tímido e atrapalhado, que acabava se revelando um charme irresistível para o público feminino. Bom para ele, que depois desse sucesso cruzou o Atlântico e começou uma bem sucedida carreira na América, colecionando sucessos e mais sucessos de bilheteria (embora hoje em dia ele esteja em baixa, praticamente aposentado). Mesmo assim ainda vale muito a pena rever o filme, pois ele não envelheceu em nada, mantendo-se ainda muito divertido e engraçado, com ótima trilha sonora.

Quatro Casamentos e Um Funeral (Four Weddings and a Funeral, Inglaterra, 1994) Direção: Mike Newell / Roteiro: Richard Curtis / Elenco: Hugh Grant, Andie MacDowell, James Fleet / Sinopse: Comédia romântica de sucesso nos anos 90, com toques de puro humor negro inglês. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Hugh Grant).

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de novembro de 2014

Hudson Hawk - O Falcão Está à Solta

Título no Brasil: Hudson Hawk - O Falcão Está à Solta
Título Original: Hudson Hawk
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Silver Pictures
Direção: Michael Lehmann
Roteiro: Bruce Willis, Robert Kraft
Elenco: Bruce Willis, Danny Aiello, Andie MacDowell, James Coburn

Sinopse:
Após passar dez anos na prisão, Hudson Hawk (Bruce Willis) está disposto a endireitar sua vida. Quer arranjar um trabalho honesto para viver em paz. Sua fama porém o persegue e ele começa a ser chantageado por um casal de milionários, que deseja que ele roube algumas das obras de arte do gênio da renascença italiana Leonardo da Vinci. Filme "vencedor" de três "prêmios" do Framboesa de Ouro: Pior Roteiro, Pior Direção e Pior Filme.

Comentários:
Astros de cinema muitas vezes se tornam vítimas de seu próprio ego. Que o diga Bruce Willis que no começo de sua carreira teve a péssima ideia de filmar uma história que ele mesmo havia bolado. Claro que na época ele tinha muita moral nos estúdios e por isso não houve problemas para levantar dinheiro para a realização do filme, o problema é que o enredo era confuso, sem foco e muito fraco. Isso passou claramente para a tela e se tornou bem fácil de perceber para o espectador. A produção não é ruim, longe disso, há até efeitos especiais bem bacanas, além disso a direção de arte é realmente de encher os olhos. O problema é que não se tem uma boa estória para contar - culpa do estrelismo de Bruce Willis. Em vista disso o filme logo se tornou um tremendo fracasso de bilheteria, merecidamente aliás. De bom mesmo, além da produção classe A, temos a presença do veterano James Coburn, ator de tantos westerns do passado. Ele sozinho não consegue salvar a fita do desastre, mas funciona como um paliativo interessante.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de outubro de 2014

Feitiço do Tempo

Título no Brasil: Feitiço do Tempo
Título Original: Groundhog Day
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott

Sinopse:
Phil (Bill Murray) é um repórter que sua emissora de TV envia para cobrir o chamado "Dia da Marmota", uma daquelas tradições culturais que não fazem o menor sentido no meio oeste americano. A reportagem é das mais chatas e enfadonhas possíveis e Phil não tem o menor interesse em cobrir o evento. Para sua completa surpresa porém algo acaba saindo errado e ele começa a acordar todos os dias no mesmo exato momento de sua vida, repetindo tudo outra vez, sempre que abre os olhos pela manhã. Filme vencedor na categoria de Melhor Roteiro no BAFTA Awards.

Comentários:
"Groundhog Day" foi muito elogiado em seu lançamento. Ninguém esperava um roteiro tão bem construído em uma comédia dita de rotina na carreira de Bill Murray. De fato é um dos mais bem bolados textos que o ator já trabalhou (e olha que ele faria muitos filmes interessantes ao longo de sua trajetória artística nos anos seguintes). É importante também avisar ao espectador menos atento que terá que encarar um filme sui generis pela frente, bem fora dos padrões convencionais, onde o texto vai se construindo e se desenvolvendo em cima de um mesmo dia básico, no qual várias nuances das personalidades dos personagens vão aparecendo. O jornalista Phil, por exemplo, começa a aprender com seus erros, assim quando comete um erro em um dia, tenta se adaptar, se comportando de maneira diferente no dia seguinte - e para sua surpresa muitas vezes percebendo que as coisas também não dão certo mesmo quando ele se comporta de uma maneira diferente! O diretor e ator Harold Ramis, que assina a direção, morreu precocemente, em fevereiro último, e todas as notícias de sua morte procuraram lembrar desse seu excelente momento no cinema, como cineasta. Ele prova que foi muito mais do que apenas o Dr. Egon Spengler da franquia "Os Caça-Fantasmas", pois era, além de um ótimo ator de comédias, também um roteirista talentoso e um diretor mais do que promissor. Assim deixo a dica desse filme que mostra acima de tudo que, no final das contas, o que realmente conta em um filme é o seu bom roteiro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Michael - Anjo e Sedutor

Título no Brasil: Michael - Anjo e Sedutor
Título Original: Michael
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Peter Dexter, Jim Quinlan
Elenco: John Travolta, Andie MacDowell, William Hurt

Sinopse:
Certo dia Michael (Travolta) surge numa cidadezinha do Iowa. Ele então decide ir morar com uma simpática senhora da terceira idade. Sua presença logo chama a atenção de jornalistas locais que se interessam por sua personalidade sui generis: embora tenha asas o anjo gosta mesmo é de uma boa cerveja, uma prosa espirituosa, diversão, fumo, mulheres e duelos com outros seres, não necessariamente nessa ordem.

Comentários:
Filme simpático, despretensioso e relax tal como seu personagem título, o anjo Michael (o nosso querido Miguel da crença católica). O roteiro porém traz uma visão bem diferente daquela que aprendemos dos anjos celestiais. O Michael de John Travolta tem barrigão de cerveja, péssimos hábitos e um jeito de quem não está muito preocupado com tudo ao redor. Talvez por sua leveza bem humorada a coisa toda acabe funcionando muito bem. Há muito tempo que John Travolta deixou de se importar com sua imagem de símbolo sexual construída no começo de sua carreira. Assumiu a má forma, um estilo mais bonachão e talvez por essa razão tenha sobrevivido tanto tempo no cinema. De forma inteligente ele descobriu que galãs e símbolos sexuais em geral tem prazo de validade pois basta passar os anos e a beleza se ir para a carreira acabar e seguir buraco abaixo também. Assim se você estiver em busca de uma comédia leve e divertida essa é uma boa opção.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Greystoke, a Lenda de Tarzan

Garoto sobrevive a um terrível acidente na selva africana. Retirado dos escombros por macacos ele acaba sendo criado por seus pais adotivos primatas. Anos depois é encontrado por pesquisadores ingleses que fascinados por sua história descobrem que ele é o único sobrevivente da linhagem da importante família aristocrata Greystoke. Tarzan foi criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs em 1918 e desde então sua simbiose com o mundo do cinema tem sido plena. Segundo estimativas já foram feitos mais de 100 filmes com o personagem o que não deixa de ser bem curioso uma vez que Tarzan surgiu na literatura na mesma época em que o próprio cinema se tornava muito popular como diversão preferida das massas. Unindo aventura, paisagens exóticas e heroísmo não é de se admirar que Tarzan tenha sido adotado tão rapidamente pela sétima arte. Suas estórias caíram como uma luva no gosto das platéias. Seu reinado inclusive não parece ter fim pois já está em produção um novo filme com o Rei das Selvas que será lançado no ano que vem. 

No meio de tantas produções é complicado escolher o melhor filme já feito sobre o Homem Macaco mas de uma coisa tenho certeza: esse é certamente um dos melhores. Gostei muito do argumento procurando ser o mais realista possível. O cuidado na recriação do contexto histórico em que Tarzan surge (bem no meio da época Vitoriana) também é um dos pontos altos da produção. Até o excelente resultado dos atores na pele de animais chama a atenção mesmo nos dias atuais. A caracterização da família primata de Tarzan, por exemplo, é tecnicamente perfeita. A direção ficou a cargo do sensível cineasta britânico Hugh Hudson. Após se consagrar com "Carruagens de Fogo" e esse "Greystoke" ele cometeu o erro de aceitar a direção de uma superprodução chamada "Revolução". Apesar de contar com a presença sempre marcante de Al Pacino no elenco o roteiro era confuso, sem foco e disperso. Para piorar Hugh resolveu filmar várias cenas com a câmera na mão o que acabou deixando parte do público literalmente tonto. A crítica não perdoou e o filme foi bombardeado se tornando um dos maiores fracassos comerciais da história do cinema americano. O desastre praticamente acabou com sua carreira o que é uma pena pois ele demonstrou tanto aqui como em "Carruagens de Fogo" que sabia muito bem dirigir filmes de época. Infelizmente em Hollywood o sucesso comercial ou não de um filme acaba determinando o destino das carreiras dos cineastas e Hudson ficou marcado para sempre com esse fracasso, não conseguindo mais voltar para os holofotes. De qualquer maneira fica a dica, Greystoke, um marco na longa trajetória de Tarzan no cinema.  

Greystoke, A Lenda de Tarzan (Greystoke: The Legend of Tarzan, Lord of the Apes, Estados Unidos, Inglaterra, 1984) Direção: Hugh Hudson / Roteiro: Robert Towne baseado na obra de Edgar Rice Burroughs / Elenco: Christopher Lambert, Andie MacDowell, Ian Holm, Ralph Richardson, James Fox / Sinopse: O filme narra a origem do famoso personagem Tarzan. Filho de uma família aristocrata britânica sofre um acidente e é criado por macacos nas florestas da África. 

Pablo Aluísio.