terça-feira, 3 de junho de 2025

Justiça Selvagem

Título no Brasil: Justiça Selvagem
Título Original: Sagebrush Trail
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Armand Schaefer
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Nancy Shubert, Lane Chandler

Sinopse:
Preso por um crime que não cometeu, o cowboy John Brant (John Wayne) consegue escapar da prisão e decide rumar em direção ao oeste selvagem. Procurado vivo ou morto, com sua cabeça a prêmio, ele decide se unir a um bando de renegados e por puro acaso descobre que um dos membros da quadrilha foi o verdadeiro autor do crime que lhe foi imputado meses antes. Agora ele terá que levar o verdadeiro criminoso para as autoridades, para limpar seu nome novamente e viver feliz ao lado da garota pelo qual está apaixonado.

Comentários:
Mais um bom faroeste da filmografia de John Wayne ainda no comecinho de sua carreira, em produção realizada na década de 1930. O filme pode ser considerado uma produção de média-metragem, pois conta com apenas 54 minutos de duração. Curiosamente há até um certo clima noir em determinadas sequências, onde tudo surge escuro e sombrio, fruto da própria estória do personagem principal interpretado por Wayne, um homem íntegro e honesto que luta para recuperar o reconhecimento de sua inocência enquanto tenta levar o verdadeiro criminoso para atrás das grades. Com várias cenas rodadas em locações o filme também tem excelentes cenas de ação, como no clímax, onde Brant participa de um violento tiroteio em cima de uma diligência perseguida por malfeitores (cena aliás que seria muito copiada nos anos seguintes em inúmeros filmes de western). Em termos de produção tudo está de acordo com a média do que era realizada na época e o figurino de Wayne ainda apresenta traços do guarda roupa de Tom Mix, o grande astro do western naqueles tempos pioneiros. Diversão e nostalgia em doses exatas para os fãs do eterno Duke.

Pablo Aluísio.

O Mustang Selvagem

Título no Brasil: O Mustang Selvagem
Título Original: Mustang Country
Ano de Produção: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John C. Champion
Roteiro: John C. Champion
Elenco: Joel McCrea, Robert Fuller, Patrick Wayne

Sinopse:
Dan (Joel McCrea) é um velho cowboy, já na fase final de sua vida, que decide domar um belo mustang negro, um cavalo ainda selvagem nas pradarias da fronteira entre Estados Unidos e Canadá. Após uma tentativa mal sucedida de capturar o animal, ele é salvo por um pequeno jovem nativo que acabou de perder seu avô, um antigo chefe de sua tribo, há muito dispersada. Juntos decidem ir atrás do mustang, repartindo o lucro meio a meio caso consigam capturá-lo.

Comentários:
Um western bem bucólico que marcou a despedida do ator Joel McCrea das telas. Já bastante veterano, ainda tinha toda a dignidade e energia para interpretar um velho cowboy, ainda em busca de uma última aventura. Morando de favor nos fundos do rancho da filha após ter sua propriedade confiscada por bancos, ele decide sair pelo mundo, vivendo uma existência digna de todo grande homem do velho oeste. Ao seu lado apenas um esperto cão de pastoreio e seu cavalo. O filme tem uma fotografia muito bonita, pois o diretor John C. Champion resolveu aproveitar ao máximo a natureza ao seu redor. Assim ao lado da trama de Dan, vamos acompanhando também ataques de ursos, felinos selvagens e lobos, quase como se estivéssemos vendo um episódio do Animal Planet. Toda a produção foi rodada no Banff National Park, em Alberta, Canadá, um bonito lugar. É um entretenimento bem familiar, sem sustos, para toda a família. Não é para menos que foi premiado no Western Heritage Awards justamente nessa categoria. Um tipo de cinema que não existe mais e uma boa pedida para assistir em um fim de semana preguiçoso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O Buraco da Agulha

O Buraco da Agulha
Em algum lugar do passado, provavelmente nos anos 80, eu tenha talvez assistido a esse filme, mas sinceramente não me recordava bem. Então surgiu essa oportunidade de assistir (ou rever) em um streaming. Gostei do filme! É uma história de espionagem que se passa na segunda guerra mundial. Donald Sutherland interpreta um espião nazista na Inglaterra. Seu missão passa a ser descobrir onde haverá a invasão dos aliados no continente europeu. Esse será o Dia D, dia da virada, onde a Alemanha começaria a perder a guerra. Ele descobre essa informação. Os exércitos vão desembarcar na Normandia. Entretanto não vai ser fácil repassar isso aos nazistas, uma vez que sua identidade foi descoberta e ele passa a ser caçado por serviços de inteligência dos ingleses. 

Seu plano passa a ser fugir para a Escócia, onde será resgatado por um submarino alemão na costa que o levará de volta ao seu país. Só que chegar vivo até lá não vai ser fácil, ainda mais depois que seu pequeno veleiro afunda e ele vai parar numa ilha isolada, chamada de Ilha da Tempestade. Lá vive um veterano britânico de guerra que após sofrer um acidente de carro ficou em cadeiras de rodas. Sua esposa também mora na pequena vila local. Casada com um homem inválido, ela se torna ressentida e passa a se sentir atraída pelo alemão. E o espião nazista passa a manipular todas aquelas pessoas para ter uma chance de avisar ao seu submarino de resgate onde se encontra. 

Gostei de praticamente tudo aqui, do roteiro, da história e das interpretações. Donald Sutherland encontrou um personagem adequado ao seu tipo, com aquele olhar esbugalhado e demoníaco! Um último aspecto digno de nota vem das dificuldades que um espião enfrentava naqueles tempos, principalmente por causa dos problemas de comunicação com sua base. O espião do filme está sempre em busca daqueles enormes rádios amadores, um mais antigo do que o outro. Em tempos atuais ele jamais passaria por algo assim. De qualquer maneira isso contribui ainda mais para o charme nostálgico desse bom filme de espionagem da velha escola. Deixo a recomendação!

O Buraco da Agulha (Eye of the Needle, Reino Unido, Estados Unidos, 1981) Direção: Richard Marquand / Roteiro: Ken Follett, Stanley Mann / Elenco: Donald Sutherland, Kate Nelligan, Stephen MacKenna / Sinopse: Espião nazista, vivendo disfarçado na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, tenta informar ao III Reich a exata localização da invasão aliada no continente europeu. Tentando ser resgatado por um submarino alemão ele vai parar numa ilha isolada, onde precisará sobreviver até ser levado de volta para a Alemanha. 

Pablo Aluísio. 

Hércules

Título no Brasil: Hércules
Título Original: Le fatiche di Ercole
Ano de Lançamento: 1958
País: Itália, Espanha
Estúdio: Enbassy Pictures
Direção: Pietro Francisci
Roteiro: Apollonios Rhodios, Pietro Francisci
Elenco: Steve Reeves, Sylva Koscina, Fabrizio Mioni

Sinopse:
Hércules, filho de Zeus e de uma humana, é um Semideus de força absurda, muito maior do que os mais fortes e musculosos seres humanos. E agora ele precisará enfrentar os mais diversos desafios, enfrentando feras selvagens como leões, monstros da mitologia grega e traições daqueles em quem confiava. 

Comentários:
Esse filme mudou a vida do ator Steve Reeves. Até então ele tinha no máximo se destacado como um ator coadjuvante esforçado, mas sem chamar muita atenção. Como era halterofilista, um sujeito muito musculoso e forte, acabou aceitando o convite de ir até a Europa para estrelar esse filme como o mitológico Hércules! E o filme deu muito certo do ponto de vista comercial, tanto que chegou a ser lançado nos cinemas americanos da época. Até no Brasil encontrou espaço em nossas salas de cinema, principalmente naqueles de bairro, longe dos centros das cidades. Então foi mesmo um sucesso, o que daria origem a outros filmes com o mesmo personagem e ator. Visto nos dias de hoje não vejo maiores problemas. Para a época era até mesmo um filme bem produzido, com cenários e tudo mais. Não faz vergonha, como muitos já escreveram por aí. É um bom filme de fantasia de sua época, mesmo com as limitações técnicas daqueles tempos. 

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de junho de 2025

Vale dos Reis

Título no Brasil: Vale dos Reis
Título Original: Lost Treasures of Egypt
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: National Geographic
Direção: Gwyn Williams, Ian Glatt
Roteiro: Terry Black, Fabio Cerveira
Elenco: Colleen Darnell, Julian Barratt, Rick Robles

Sinopse:
Vale dos Reis: Tesouros do Egito é uma série documental da National Geographic. Exibida entre os anos de 2019 a 2024, a série mostra o cotidiano de pesquisas e descobertas da arqueologia atual no Vale dos Reis, onde os Faraós do Egito Antigo eram sepultados. 

Comentários:
Eu gosto demais dessa série sobre arqueologia envolvendo o Egito Antigo. Embora muita gente tenha uma ideia errada da vida de um historiador e arqueólogo, essa série documental do canal National Geographic nos mostra como suas vidas são duras. Trabalhar no deserto, em altas temperaturas, se enfiando em buracos profundos da antiguidade, que muitas vezes não passavam de tumbas velhas, roubadas há milênios, não é uma vida profissional para todos. Muito pelo contrário. Tem que ter vocação para aguentar um cotidiano desses! Infelizmente também acabamos notando que resta pouco a descobrir nos dias de hoje. Parece que tudo já foi escavado, roubado, saqueado, em todos esses milênios. Só coisas pequenas são encontradas, muitas vezes pequenos artefatos enterrados nas areias do deserto. E não deixa de ser comovente ver como todos esses profissionais do passado ficam incrivelmente felizes quando os descobrem. É muito amor pela história e pela arqueologia! 

Pablo Aluísio.

Os Segredos dos Hells Angels

Título no Brasil: Os Segredos dos Hells Angels
Título Original: Secrets of the Hells Angels
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: A&E
Direção: Dave Foulkes, Bill Thomas
Roteiro: Dave Foulkes, Bill Thomas
Elenco: Kerrie Droban, George Christie, Steve Cook

Sinopse:
Essa série documental conta a história do clube de motoqueiros da Califórnia conhecido como Hells Angels (Os Anjos do Inferno). Fundado nos anos 60 por um grupo de veteranos da Guerra do Vietnã, o grupo logo começou a perder seus valores iniciais, se dedicando a atividades criminosas. E tudo contado a partir de depoimentos de ex-membros do grupo. 

Comentários:
Esse é certamente o motoclube mais famoso do mundo. É símbolo desse estilo alternativo de viver. Foi fundado por um grupo de veteranos da guerra do Vietnã que queriam liberdade, amor às motos e vida na estrada, fugindo assim da disciplina e da dureza da vida militar. O problema é que rapidamente esses valores iniciais de sua fundação foram distorcidos e deixados para trás. Não demorou nada para virar uma organização criminosa da pesada. E quem afirma isso não é o FBI, mas sim os próprios membros antigos do clube que nessa série documental resolveram falar, contar o que viveram por longos anos! Eu achei tudo muito interessante. Eu tinha, confesso, uma visão romântica desses grupos! Achava que eles eram apenas amantes da liberdade! Tudo ilusão, eles se envolveram em muitas atividades criminosas ao longo dos anos, que vão desde tráfico de drogas a assassinatos! Uma pena que uma ideia inicial tão idealista tenha se perdido tão facilmente. O mundo do crime realmente atrai os tolos e muitas vezes também os idealistas sem chão. O resultado está aí, para nos contar o que de fato aconteceu! Trágico destino! 

Pablo Aluísio.

sábado, 31 de maio de 2025

O Dia do Chacal

O Dia do Chacal 
Antes de qualquer coisa é bom ir avisando que essa série tem pouco ou quase nada a ver com o famoso livro original escrito por Frederick Forsyth, que aliás rendeu igualmente um bom filme para o cinema na época. A minha impressão é que apenas usaram o nome comercial já consagrado para vender no mercado algo completamente novo. Isso porque, vamos ser sinceros, tirando o fato do protagonista ser um assassino profissional, nada existe em termos de semelhança ao enredo contado no livro "O Dia do Chacal". É mesmo apenas um chamariz comercial para vender esse novo produto e nada mais. 

Dito isso, é bom também esclarecer que essa série não é ruim. Longe disso! Eu gostei, apesar dos momentos dignos de um filme de ação daqueles bem genéricos. Aliás o que estraga em grande parte a série vem dessas sequências de ação completamente mentirosas, algumas delas inclusive sem explicação adequada sobre o que teria acontecido no final. Vou dar um exemplo do que estou escrevendo. Há uma cena em que o Chacal aluga um barco e dá um tiro certeiro em seu alvo, no meio do mar. Ele mata seu objetivo e foge, sendo perseguido por lanchas policiais. Isso acontece no final de um episódio, para deixar no suspense. Algo bem velho que já se via nos antigos seriados. 

Então no episódio seguinte ele já está são e salvo. Nada lhe ocorreu de grave. Tudo bem, mas como isso aconteceu? Como ele escapou de tantos policiais que o estavam perseguindo? O roteiro nem se dá ao trabalho de explicar ao espectador. OK, eu consigo até relevar isso também, mas fica estranho, é uma falha grave de um roteiro que se viu encurralado e deu um jeitinho de escapar dessa situação sem explicar nada. Enfim, tem seus problemas de lógica, mas no final de tudo até que gostei, mas com ressalvas, como deixei bem explicado nesse texto. Vale a recomendação, mas vá com um pé atrás antes de começar a assistir. 

O Dia do Chacal (The Day of the Jackal, Estados Unidos, Reino Unido, 2024) Direção: Brian Kirk, Paul Wilmshurst / Roteiro: Ronan Bennett, Charles Cumming / Elenco: Eddie Redmayne, Lashana Lynch, Eleanor Matsuura / Sinopse: Atirador de elite do exército britânico decide mudar de rumo na vida. Larga tudo, apaga seus rastros e vira um assassino profissional especializado em apagar políticos poderosos e bilionários do ramo corporativo. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 30 de maio de 2025

As Polacas

As Polacas 
O que temos aqui é cinema brasileiro de qualidade! A história remonta ao século passado. Na ocasião, durante a primeira guerra mundial, milhares de mulheres polonesas migraram para o Brasil. Eram judias e ficaram desamparadas, muitas delas com filhos. Os maridos, na maioria das vezes, morreram na guerra. Então temos essa protagonista, uma mulher judia que chega ao Rio de Janeiro com seu filho e descobre que seu marido morreu. Viúva, sem recursos, acaba sendo presa fácil de um cafetão que administra seu próprio bordel. Um sistema de opressão completo, pois ele passou a usar o filho dela como moeda de troca e pura chantagem, chegando inclusive a separar a mãe do menino! Um drama familiar! 

Outro destaque vai para as atuações. Gostei muito da atuação do ator Caco Ciocler. Ele interpreta o dono do bordel. Um tipo de fala calma e mansa, mas que no fundo esconde uma personalidade psicopata! Grande trabalho de atuação. Valentina Herszage também merece todos os elogios. Ela dá vida à protagonista, a mulher que tenta defender seu filho enquanto acaba caindo nas garras da prostituição. Uma situação terrível. Então é isso, "As Polacas" é um filme muito bom e resgata essa história que realmente aconteceu, mostrando o sofrimento de todas essas mulheres em terra estrangeira, sofrendo todos os tipos de abusos, exploração sexual e ofensas à sua dignidade pessoal. 

As Polacas (Brasil, 2023) Direção: João Jardim / Roteiro: George Moura, Jaqueline Vargas / Elenco: Valentina Herszage, Caco Ciocler, Erom Cordeiro, Dora Freind / Sinopse: Imigrante polonesa chega ao Rio de Janeiro fugindo da guerra na Europa. Ela tem a intenção de criar um novo recomeço em sua vida ao lado do filho, um garoto de 10 anos. Só que acaba caindo nas garras de um dono de bordel que a leva para uma vida de opressão e humilhações. História baseada em fatos reais. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Lee

Lee 
Esse filme conta a história real da correspondente de guerra Lee Miller, aqui interpretada pela atriz Kate Winslet. No começo de sua carreira ela trabalhava no setor de fotografia de moda, da prestigiada revista Vogue. Só que a segunda guerra mundial começou e ela não viu outra maneira de seguir adiante. Colocou na cabeça que queria fotografar o front, a linha de frente. Então se tornou correspondente americana naquele que foi o maior e mais devastador conflito armado da história. 

E certamente tudo o que vivenciou foi um choque! Primeiro com os soldados feridos, desfigurados pela guerra. Uma de suas fotos mais famosas mostrava um desses militares completamente desfigurado. Aquele pobre diabo nunca mais iria ter uma vida normal. Agora, Lee jamais estaria preparada para o que encontrou nos campos de concentração. Pilhas de corpos de judeus mortos nessa que era uma verdadeira linha de montagem da morte. Ela jamais iria se recuperar desses momentos e suas fotos hoje em dia são consideradas de grande valor histórico e cultural para o que aconteceu naqueles dias de puro terror genocida. 

O roteiro do filme também abre espaço para mostrar sua vida pessoal. Ela se apaixonou na Europa, se casou, mas como tantas mulheres de seu tempo também viu seu marido ir para a guerra, na incerteza de que algum dia voltaria vivo dos combates. Enfim, temos aqui mais um daqueles filmes que mostram uma história que tinha que ser contada pelo cinema. Não poderia ser deixada de lado, é pura história da segunda guerra em seus momentos históricos mais decisivos. 

Lee (Lee, Estados Unidos, 2023) Direção: Ellen Kuras / Roteiro: Liz Hannah, Marion Hume / Elenco: Kate Winslet, Andy Samberg, Alexander Skarsgård / Sinopse: O filme conta a história, baseada em fatos reais, da jornalista e correspondente de guerra Lee Miller (Winslet). Durante a segunda guerra mundial ela foi para a Inglaterra e depois seguiu no front de guerra, documentando, entre outras coisas, o holocausto nos campos de concentração nazista. Indicado ao BAFTA na categoria de melhor filme britânico do ano. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

O Caminho do Mal

O Caminho do Mal 
Rapaz estranho volta para a escola na mesmo cidadezinha onde vivia na infância. O problema é que quando ele era criança se envolveu em um caso criminal bizarro, onde uma criança foi morta! De volta ao mesmo lugar onde viveu esse doloroso passado, ele reencontra a garota que era apaixonado. Ela está diferente, mas ainda consegue ser bem simpática com ele. As coisas vão ficando complicadas quando o playboy da escola se irrita com o novo (velho) novato. E esse cara, que parece sempre estar na dele, tem poderes especiais. O melhor é realmente não mexer com quem está quieto! 

Mais um terror adolescente. Eu até gostei, mas pela simples razão de que não estava esperando grande coisa. Se o filme contasse direitinho sua história já estava de bom tamanho. E foi o que aconteceu. É um filme bem mediano, cheio de clichês, inclusive na construção dos personagens jovens. Está lá o jogador de futebol, boçal, truculento e violento, a patricinha loira bonitinha que todo mundo quer namorar e o sujeito esquisitão, com jeito de James Dean. São antigos clichês de filmes de adolescentes. E tem até um padre excomungado pela Igreja que tem obsessão com aquela juventude, achando que um deles seja o Anticristo. Esses padrecos deveriam procurar algo melhor do que fazer em suas vidas, como projetos sociais! Brincadeiras à parte, temos aqui até um filme OK, mesmo sabendo que o roteiro tem muitos clichês, inclusive em seu forçado plot twist que não me convenceu em nada. 

O Caminho do Mal (Way of the Wicked, Estados Unidos, 2014) Direção: Kevin Carraway / Roteiro: Matthew Robert Kelly / Elenco: Vinnie Jones, Christian Slater, Emily Tennant, Matthew Robert Kelly / Sinopse: Após muitos anos, um jovem retorna para a velha escola onde estudou na infância. Só que o lugar mudou muito e agora forças sobrenaturais desconhecidas agem naquela pequena cidade. 

Pablo Aluísio.