sábado, 3 de junho de 2023
Coração Indomável
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Contrato de Risco
Título Original: The Deal
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Myriad Pictures
Direção: Harvey Kahn
Roteiro: Ruth Epstein
Elenco: Christian Slater, Selma Blair, Robert Loggia, Colm Feore, Angie Harmon, John Heard
Sinopse:
Em um mundo dos negócios brutal e violento, um homem comum tenta sobreviver aos jogos milionários da indústria do petróleo, ao mesmo tempo em que precisa escapar do envolvimento da máfia russa em suas transações internacionais.
Comentários:
O ator Christian Slate chegou a ser chamado em uma época de o "O novo Jack Nicholson" ou "O herdeiro de Jack Nicholson", todos títulos para animar qualquer um na carreira artística. Porém o sucesso no cinema nunca chegou. Tirando "Entrevista com o Vampiro" não me lembro agora de nenhum outro grande sucesso de bilheteria. Na verdade sua filmografia é recheada de filmes B praticamente desconhecidos. Ele sempre esteve no elenco coadjuvante, tentando emplacar. Nesse filme aqui deram uma chance a ele como ator principal. O resultado, embora bem produzido, também é bem morno. O filme foi definido como um "thriller político" mostrando o lado mais sórdido dos investidores de Wall Street. Tampouco empolga mesmo para quem estiver interessado nesse tipo de enredo, formado na Bolsa de Valores de Nova Iorque, etc. É um filme bem esquecível mesmo. Não seria dessa vez que o Christian Slater iria virar o Jack Nicholson.
Pablo Aluísio.
domingo, 29 de agosto de 2021
Ninfomaníaca: Volume 1
E claro, um comportamento como esse, também sempre traz problemas como quando a esposa de um de seus amantes apareceu em seu apartamento com três filhos pequenos para fazer uma cena constrangedora. Esse filme foi criticado em seu lançamento por causa das fortes cenas de sexo, mas ao meu ver essa é uma leitura superficial. Na verdade Lars apostou muito mais no aspecto emocional e psicológico de sua protagonista. Tanto isso é verdade que sua escalada de sexo e promiscuidade acontece na mesma proporção em que ela vai perdendo seu prazer real. Vai ficando insensível ao longo do tempo, como se fosse uma viciada em drogas, até porque queiram ou não há mesmo muitas semelhanças entre esse e o vício em sexo. Assim, olhando sob esse ponto de vista, gostei do filme e pretende ver o segundo. Não costumo me decepcionar com os filmes de Lars von Trier.
Ninfomaníaca: Volume 1 (Nymphomaniac: Vol. I, Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Lars von Trier / Roteiro: Lars von Trier / Elenco: Charlotte Gainsbourg, Stacy Martin, Stellan Skarsgård, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman / Sinopse: Mulher ninfomaníaca começa a destruir a vida dos homens com quem mantém relações amorosas. Aos poucos sua vida também vai se desmoronando por causa de seu comportamento promíscuo e sem limites.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de abril de 2021
Um Sonho Dentro de um Sonho
Título Original: Slipstream
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Strand Releasing, Destination Films
Direção: Anthony Hopkins
Roteiro: Anthony Hopkins
Elenco: Anthony Hopkins, Stella Hopkins, Christian Slater, John Turturro, Michael Clarke Duncan, Camryn Manheim
Sinopse:
O veterano roteirista Felix Bonhoeffer (Anthony Hopkins) começa a viver estranhas experiências enquanto trabalha em seu novo roteiro para o cinema, um filme de suspense e assassinatos. De repente seus personagens começam a surgir em seu mundo real, causando perplexidade em sua mente. Estaria enlouquecendo?
Comentários:
O que fazer depois de ser considerado um dos melhores atores de sua geração, ou melhor dizendo, o melhor ator ainda vivo atuando no cinema? Para Anthony Hopkins a resposta para esse tipo de questão veio em um desafio novo na sua carreira, dirigir um filme e escrever o seu próprio roteiro. "Um Sonho Dentro de um Sonho" não deixa de ser um filme interessante, só não espere por uma história linear que faça muito sentido. Na realidade o que temos aqui são cenas mais ou menos avulsas que privilegiam a noção de sensações, ao invés de procurar por uma narrativa convencional. Muitas vezes títulos nacionais de filmes estrangeiros são péssimos, mas no caso aqui o nome do filme no Brasil captou perfeitamente o espírito da película, pois o que temos é justamente isso mesmo, sonhos que dão origem a outros sonhos e por aí vai, ao infinito. Não procure por lógica, procure apenas sentir esse exercício de experimentalismo cinematográfico de autoria do grande e talentoso ator Anthony Hopkins.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de março de 2021
O Alvo Errado
Título Original: Who Is Cletis Tout?
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Fireworks Entertainment
Direção: Chris Ver Wiel
Roteiro: Chris Ver Wiel
Elenco: Christian Slater, Richard Dreyfuss, Tim Allen, Portia de Rossi, Billy Connolly, Peter MacNeill
Sinopse:
Esta é uma comédia sobre identidades equivocadas, um assassino que vê tudo em termos de filmes e um assalto de diamante de vinte anos que ainda causa problemas aos envolvidos.
Comentários:
Esse é um filme para assistir sem grandes pretensões, um mero passatempo. O ator Christian Slater fez muitos filmes ao longo da carreira, mas praticamente nenhum grande sucesso comercial. Esse aqui segue sendo mais um de seus filmes que quase ninguém conhece. Um filme notoriamente desconhecido. Ele é, sendo um pouco sarcástico, o rei dos filmes B, embora alguns sejam bons, não há como negar. Outro ator que sempre me chama atenção em qualquer elenco é Richard Dreyfuss. Ele é um ator que nunca teve a chance de ser um grande astro de Hollywood, mas que conseguiu com seu carisma levar a carreira adiante. De tempos em tempos ainda aparecia em algum sucesso de bilheteria, como "Tubarão" ou "Tocaia", mas praticamente quase sempre como coadjuvante. Aqui ele tem mais outra de suas boas atuações que ninguém viu (só eu, esse cinéfilo inveterado, como sempre...).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Hatfields and McCoys: Bad Blood
No elenco de “Hatfields and McCoys: Bad Blood” não há nenhum grande nome, nenhuma estrela do cinema. De fato apenas um nome se sobressai, o de Christian Slater, que aliás está em um papel bastante inadequado, a do governador Bramlette do Kentucky, um personagem muito mais velho do que ele. Mesmo não sendo nenhum garotão Christian Slater não convence na pele do governador por ser jovem demais para a caracterização, pois o político da história real tinha mais de 60 anos quando se deu o conflito na fronteira. No tocante aos demais personagens não temos nenhum que seja suficientemente desenvolvido. Devil Anse Hatfield (Jeff Fahey), por exemplo, não fala mais do que meia dúzia de palavras e o amor entre os jovens de famílias rivais não encontra muito espaço e nem explicação. No final a única boa coisa aqui é a possibilidade do espectador que não tenha acesso à minissérie e que não possua tempo de acompanhar todos os episódios da obra com Kevin Costner, tenha a oportunidade de ao menos conhecer a história dessas famílias. Fora isso não é um filme que vá fazer muita falta na coleção de fãs de western.
Hatfields and McCoys: Bad Blood (Hatfields and McCoys: Bad Blood, Estados Unidos, 2012) Direção: Fred Olen Ray / Roteiro: Fred Olen Ray / Elenco: Jeff Fahey, Christian Slater, Perry King, Scott Thomas Reynolds, Tim Abell / Sinopse: Após a morte de um jovem soldado McCoy que voltava da Guerra civil duas famílias rivais começam a se matar na fronteira do kentucky com a Virginia. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de abril de 2020
A Conspiração
Título Original: The Contender
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: DreamWorks Pictures
Direção: Rod Lurie
Roteiro: Rod Lurie
Elenco: Joan Allen, Gary Oldman, Jeff Bridges, Christian Slater, Sam Elliott, Mariel Hemingway
Sinopse:
Após a morte do presidente dos Estados Unidos, a senadora Laine Hanson (Joan Allen) passa a ser cotada para assumir o cargo, porém começa a sofrer uma série de perseguições políticas de todos os lados, com revelações comprometedoras de seu passado.
Comentários:
Bom filme político (embora a trama seja pura ficção) que acabou sendo indicado a dois prêmios na Academia, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Jeff Bridges) e Melhor Atriz (Joan Allen). A dupla não levou os Oscars para casa, mas recebeu muitos elogios da crítica na época de lançamento do filme nos cinemas. Esse filme é mais um que investe naquela velha mania dos americanos em ver teorias da conspiração em tudo. Não é um roteiro brilhante, mas consegue lidar bem com todos os elementos e personagens envolvidos. Se bem que nesse quesito de conspiração política os americanos precisariam tomar algumas aulas com a classe política brasileira! Brincadeiras á parte, o filme ainda tem de quebra um elenco muito bom, contando com dois excelentes atores, Gary Oldman e Jeff Bridges. Esse último aliás deveria ser mais lembrado por seu trabalho aqui. Já Joan Allen tinha tudo para despontar como uma das grandes atrizes de Hollywood, mas infelizemnte ficou pelo meio do caminho. Coisas do destino.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de janeiro de 2020
A Difícil Vingança
A edição do filme deixa um pouco a desejar. A produção, apesar do orçamento restrito, é bem bonita, com farto uso das paisagens canadenses (bem conhecidas por suas belezas naturais). Falta no elenco um ator com mais presença. Fica complicado acreditar que Christian Slater seja um pistoleiro famoso no velho oeste. Baixinho, com as sobrancelhas sempre arqueadas, ele não passa a virilidade que é necessária para esse tipo de personagem. Slater é ator para outro tipo de papel, ao estilo malandro da grande cidade. No velho oeste ele definitivamente não se encaixa bem. Quem acaba salvando o filme nesse aspecto é o veterano Donald Sutherland no papel do caçador de recompensas. Sua caracterização é perfeita, inclusive sua barba que surge em cena de acordo com o estilo usado pelos homens da época. Enfim é isso, “A Difícil Vingança” não chega a ser um filme propriamente ruim, só desnecessário. Melhor rever o original com o “Duke” John Wayne.
A Difícil Vingança (Dawn Rider, Canadá, 2012) / Direção: Terry Miles / Roteiro: Evan Jacobs, Joseph Nasser / Elenco: Christian Slater, Jill Hennessy, Donald Sutterland, Lochlyn Munro, Matt Bellefleur, George Canyon, Douglas Chapman, Ben Cotton, Claude Duhamel, G. Michael Gray, Adrian Hough / Sinopse: Quadrilha de homens mascarados mata o pai do pistoleiro “Cincinatti” John Mason (Christian Slater). Fugindo de um caçador de recompensas (Donald Sutherland) ele agora partirá para sua vingança pessoal.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de outubro de 2019
Jovens Demais Para Morrer
Produção: Essa franquia Young Guns sempre foi muito bem produzida. Filmada no Arizona o clima da região em que viveu Billy The Kid é muito bem recriada em cena (embora a história real tenha se passado no Novo México, muito mais árido e inóspito). De resto tudo está muito bem fiel, tanto do ponto de vista de figurinos (Billy quase sempre está com roupas modestas) como de costumes (apenas o bordel mostrado do filme é muito mais luxuoso do que realmente era na época).
Direção: Esse é o filme de maior projeção da carreira do diretor Geoff Murphy. Dele só consigo me lembrar do péssimo Freejack, aquele filme B com o Mick Jagger. De qualquer forma temos que reconhecer que seu trabalho aqui está muito bom. Na verdade alguns membros da equipe dizem que o filme foi co-dirigido por Emilio Estevez que apenas não quis se comprometer assinando a direção também.
Elenco: A franquia Young Guns é conhecida por reunir em seu elenco jovens atores que estavam na crista da onda na época. Assim temos além de Emilio Estevez como Kid, os atores Kiefer Sutherland (Garotos Perdidos), Lou Diamond Phillips (La Bamba). Como coadjuvantes algumas boas surpresas como a presença do veterano James Coburn e de Alan Ruck (O amigo de Mathew Broderick em Curtindo A Vida Adoidado).
Jovens Demais Para Morrer (Young Guns II, EUA, 1990) Direção: Geoff Murphy / Roteiro: Geoff Murphy / Elenco: Emilio Estevez, Kiefer Sutherland, Lou Diamond Philiphs, Christian Slater, Alan Ruck, James Coburn e Viggo Mortensen / Sinopse: O filme narra os últimos momentos da vida do famoso pistoleiro Billy The Kid (Emilio Estevez) ao mesmo tempo em que levanta a curiosa hipótese em que Billy não teria sido morto por Pat Garret como diz a história oficial mas sim que teria sobrevivido e chegado à velhice, onde finalmente revela sua verdadeira identidade.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Rosas da Sedução
Título Original: Bed of Roses
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Michael Goldenberg
Roteiro: Michael Goldenberg
Elenco: Christian Slater, Mary Stuart Masterson, Josh Brolin, Pamela Adlon, Brian Tarantina, Debra Monk
Sinopse:
Para Lisa Walker (Mary Stuart Masterson) o importante é o trabalho. Há alguns anos ela decidiu se isolar emocionalmente para não ter mais decepções amorosas. Tudo muda porém quando ela conhece o sensível Lewis Farrell (Christian Slater). Pode ser uma nova chance para o amor.
Comentários:
Christian Slater pode até não ser a escolha mais adequada para um filme romântico como esse. Com seu sorriso e olhar de "jovem Jack Nicholson" fica até um pouco complicado crer que ele poderia ser o príncipe encantado de alguém. Porém se a New Line Cinema, companhia cinematográfica especializada em filmes de terror, decidiu investir em romances no cinema... bom, então tudo começa a se tornar possível. E o filme é até bem interessante. Nada excepcional, nada memorável, mas até que tem seus bons momentos. Um aspecto a se considerar é que o carisma da atriz Mary Stuart Masterson segura as pontas de uma produção que investe no sentimental das pessoas. O filme é uma nova versão para uma antiga produção com Joel McCrea, porém com muitas mudanças em seu roteiro. Eu poderia dizer que apenas a ideia central foi reaproveitada. Pode ter envelhecido precocemente um pouco, mas ainda mantém o charme. Assim se você aprecia esse tipo de filme romântica não tenha receios de arriscar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
A Esposa
Só que a felicidade dura pouco. O casal guarda um terrível segredo que começa a ser desvendado por um escritor mais jovem (Slater) que vai escrever uma biografia sobre o premiado. Indo ao passado ele descobriu algo estarrecedor, o que o leva a crer que tudo foi escrito pela esposa e não pelo marido. Ela sempre foi muito mais talentosa do que ele. Só que sem chances no mercado literário decidiu dar a autoria dos livros para o esposo. Agora tudo pode vir a público e logo no momento em que ele ganha o Nobel. Um filme sofisticado, bem conduzido, com uma boa história para contar. Gostei de praticamente tudo. Como já escrevi não sei se terá chances no Oscar, mas isso no final das contas é um mero detalhe. Como cinema de qualidade o filme é irretocável.
A Esposa (The Wife, Estados Unidos, Suécia, 2017) Direção: Björn Runge / Roteiro: Jane Anderson, baseado no romance "The Wife", escrito por Meg Wolitzer / Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Christian Slater, Max Irons, Elizabeth McGovern / Sinopse: Escritor americano famoso e sua esposa vão até Estocolmo na Suécia para receber o cobiçado prêmio Nobel de literatura. Um escritor mais jovem porém vai descobrindo um comprometedor segredo envolvendo o casal e o verdadeiro autor das obras premiadas.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de janeiro de 2017
Basil - Amor e Ódio
Título Original: Basil
Ano de Produção: 1998
País: Inglaterra
Estúdio: Showcareer Limited Production
Direção: Radha Bharadwaj
Roteiro: Radha Bharadwaj
Elenco: Christian Slater, Jared Leto, Claire Forlani, Crispin Bonham-Carter
Sinopse:
Romântico e gentil, o jovem Basil (Jared Leto) finalmente consegue se casar com a garota de seus sonhos, a bela Julia Sherwin (Claire Forlani). Idealizando sua amada, mal sabe ele que sua noiva teve um longo relacionamento com John Mannion (Christian Slater). Pior do que isso, ela parece ainda gostar dele. John é um sujeito de má índole, sem valores morais, que pensa se vingar do irmão de Basil, Ralph (Crispin Bonham-Carter), por causa de uma antiga rixa. Logo a combinação entre amores, rivalidades e ódios se torna explosiva.
Comentários:
O roteiro desse filme foi baseado na novela romântica escrita por Wilkie Collin (1824 - 1889). Seus textos tiveram muitas adaptações para o cinema e TV, principalmente durante a década de 1940, mas o público brasileiro pouca familiaridade tem com esse romancista, dramaturgo e contista inglês. Ele foi muito popular em sua época por explorar em seus textos os conflitos românticos de pessoas comuns, da sociedade em que viveu. Obviamente seus romances se tornaram campeões de vendas pois eram consumidos por jovens britânicas românticas sonhando com seus primeiros amores. Embora dentro da academia Wilkie Collin seja considerado um autor menor (talvez por ter sido bem comercial em seu tempo), poucos ainda dão o devido valor ao escritor nos dias de hoje. Na década de 90 tivemos essa adaptação de um de seus livros, um filme até interessante cujo maior mérito foi ter apresentado a obra de Collin a um público mais jovem, dos dias atuais. Não é uma grande produção, de encher os olhos, mas é correta e eficiente. Além disso traz um ainda bem novo Jared Leto, aqui no papel pouco inspirado de um galã romântico idealista, um tipo de personagem sempre presente nesses romances do século 19. Então é isso. Um resgate cinematográfico bem-vindo de um dos mais populares romancistas ingleses da era Vitoriana.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de janeiro de 2017
Tempestade
Título Original: Hard Rain
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Mikael Salomon
Roteiro: Graham Yost
Elenco: Morgan Freeman, Christian Slater, Randy Quaid, Minnie Driver
Sinopse:
Durante uma enorme tempestade, um carro forte, de transporte de valores, levando mais de três milhões de dólares, fica atolado no meio do lamaçal. A oportunidade assim se torna perfeita para que criminosos ataquem o transporte, levando a fortuna. Dito e feito. Uma grande operação é montada, o carro é metralhado, mas um dos seguranças, Tom (Christian Slater), consegue fugir, levando todo o dinheiro, em um jogo de sobrevivência.
Comentários:
Um bom filme de ação e suspense tecendo toda uma trama de violência e morte no meio do caos. O caos aqui é o da natureza, pois os personagens tentam sobreviver no meio de uma tempestade jamais vista antes. É óbvio que o roteirista Graham Yost mesclou dois subgêneros cinematográficos bem conhecidos. Um deles, o chamado "Filme de assalto", quando geralmente temos um grupo de ladrões profissionais tentando roubar uma grande soma em dinheiro. O outro é o conhecido "Filme-catástrofe", quando um grupo de pessoas tenta sobreviver a um grande cataclisma da natureza. A boa notícia é que pelo menos aqui a fusão funcionou muito bem. Os personagens passam longe do clichê, sendo que até mesmo o xerife da cidade, o tira Mike Collins (Randy Quaid), quer roubar os milhões, mostrando que não há espaço para policiais heróis ou virtuosos dos antigos filmes. O elenco é bom, com atores da categoria de Morgan Freeman. O problema nesse aspecto porém vem da escalação de Christian Slater. Ele não tem muito cacife para levar um filme inteiro nas costas. É um ator fraco, de carisma apagado. Curiosamente o papel deveria ser de Mel Gibson, que acabou recusando por não encontrar espaço em sua agenda (na época ele estava bem ocupado trabalhando não apenas como ator, mas também como diretor). Mesmo assim o filme funciona no final das contas. "Hard Rain" sobreviveu até mesmo ao opaco Christian Slater.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
King Cobra
O cenário onde tudo se desenvolve é o meio pornô gay de Los Angeles, onde convivem os tipos mais estranhos. O filme embora tenha cenas bem ousadas de homossexualidade não avança muito nesse caminho. Ele prefere contar as relações pessoais entre todos os personagens, o que diga-se de passagem é algo mais do que complicado. Produtores gays se apaixonando por seus astros e esses, ainda bem jovens, os explorando sem receios, parece ser a rotina. As tais "produtoras" geralmente não passavam de empresas do tipo fundo de quintal, isso apesar de gerar lucros exorbitantes, mostrando bem como tudo era feito de uma forma bem amadora, gerando todo tipo de ambiente doentio entre os que trabalhavam na área. No elenco destaca-se primeiramente James Franco. Recentemente ele esteve no Brasil e foi visto indo para famosas boates gays de São Paulo. Ele justificou isso dizendo que estava fazendo laboratório para seu novo filme que é justamente esse aqui. Outro destaque é a presença do jovem ator Garrett Clayton que interpreta o ator gay que se torna sensação em Los Angeles! O que chocou na sua escolha para o elenco é que Clayton é ídolo adolescente nos EUA, onde se tornou famoso atuando em séries para o público teen do canal da Disney. Participar de um filme como esse, com esse tipo de tema, é no mínimo um rompimento com seu imagem. De qualquer maneira "King Cobra" não deixa de ser um filme bem interessante, valorizado pela participação de vários ídolos adolescentes do passado (como Alicia Silverstone e Molly Ringwald). Pode até ser um pouco ofensivo para alguns, mas no geral conta bem sua história.
King Cobra (King Cobra, Estados Unidos, 2016) Direção: Justin Kelly / Roteiro: Justin Kelly / Elenco: James Franco, Garrett Clayton, Christian Slater, Alicia Silverstone, Molly Ringwald / Sinopse: Jovem astro de filmes para o público gay acaba sendo disputado por dois produtores gananciosos de Los Angeles, o que acaba resultando em uma grande tragédia. Filme vencedor do prêmio de Melhor Direção do California Independent Film Festival.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de março de 2015
O Nome da Rosa
“O Nome da Rosa” se destaca por apresentar uma trama extremamente bem escrita e uma solução final ao mesmo tempo simples e brilhante. Nisso se assemelha novamente aos textos do famoso detetive que lhe serviu de inspiração. A direção de arte do filme é um primor, recriando com extrema fidelidade os ambientes das centenárias abadias medievais, com sua rotina de trabalho austera e disciplinada. Curiosamente o filme não fez sucesso nos Estados Unidos em seu lançamento, sendo praticamente ignorado pelo público americano. No resto do mundo porém se tornou um verdadeiro sucesso entrando rapidamente na categoria de cult movie. Não é para menos, o filme alia um roteiro extremamente bem escrito com um elenco em fase inspirada. Sean Connery na época ainda tentava provar que era um bom ator e que não precisava mais viver á sombra de James Bond. Sua busca por uma identidade própria o levou a estrelar uma sucessão de excelentes filmes como “Os Intocáveis”, “Caçada ao Outubro Vermelho” e “Indiana Jones e a Última Cruzada” (considerado até hoje um dos melhores filmes da franquia). Connery obviamente ficou chateado com a fria recepção que o filme recebeu nos EUA mas anos depois atribuiu isso ao estilo do próprio público americano que vai aos cinemas. Para Sean filmes com tramas complexas como a de “O Nome da Rosa” fazem o espectador pensar para tentar decifrar o mistério envolvido, algo que os americanos não estariam dispostos a fazer por pura preguiça mental. De qualquer modo o resto do mundo reconheceu os méritos do filme, merecidamente aliás. Assim “O Nome da Rosa” se torna item obrigatório para os amantes dos filmes de mistério. A trama inteligente e bem conduzida transformou a produção em um clássico moderno, sem a menor sombra de dúvidas.
O Nome da Rosa (The Name of the Rose, Alemanha, Itália, França, 1986) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Andrew Birkin baseado no livro "O Nome da Rosa" de Umberto Eco / Elenco: Sean Connery, Christian Slater, F. Murray Abraham, Helmut Qualtinger, Elya Baskin, Feodor Chaliapin, William Hickey, Michel Lonsdale, Ron Perlman / Sinopse: William de Baskerville (Sean Connery) vai até uma abadia distante e sombria para investigar uma série de crimes no local. Ao lado de seu assistente, o noviço Adso (Christian Slater) ele tentará chegar na solução do mistério da morte dos membros do clero.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Assassinato em Primeiro Grau
Título Original: Murder in the First
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Marc Rocco
Roteiro: Dan Gordon
Elenco: Christian Slater, Kevin Bacon, Gary Oldman, William H. Macy
Sinopse:
Um adolescente de apenas 17 anos comete um pequeno roubo de uma quantia irrisória (apenas 5 dólares) mas acaba preso e condenado com uma pena pesada. Por ser indisciplinado acaba sendo levado para o "buraco", uma solitária por mais de 3 anos. Ao sair acaba demonstrando não estar bem mentalmente e acaba matando um outro preso. Agora um advogado corajoso tentará provar que os maus tratos que sofreu na prisão o enlouqueceram completamente. Filme indicado ao prêmio do Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Ator (Kevin Bacon).
Comentários:
Para quem gosta de filmes que lidam com temas mais sérios e relevantes esse "Murder in the First" é uma grande pedida. O roteiro é até simples, mas por trás dessa simplicidade se debatem aspectos importantes do sistema penal e prisional americano. Hoje em dia, com o eterno debate da maioridade penal no Brasil, o filme se torna ainda mais interessante. Até que ponto um sistema que puna um criminoso que comete um roubo de quantia irrisória é válido? E qual é a vantagem de um sistema penal que não consegue punir absolutamente ninguém como no caso Brasil? Na verdade se formos analisar friamente temos aqui uma situação de 8 ou 80. Após assistir a essa obra será impossível não parar para refletir sobre todas as nuances e detalhes dessa questão. No elenco temos um grupo maravilhoso de atores a começar pelo sempre correto e eficiente Gary Oldman. Kevin Bacon emplaca mais um bom personagem e finalmente William H. Macy praticamente quase rouba o filme dos demais. Fica assim a dica. A história de um sobrevivente de um sistema penal brutal.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
A Última Ameaça
Título Original: Broken Arrow
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Woo
Roteiro: Graham Yost
Elenco: John Travolta, Christian Slater, Samantha Mathis
Sinopse:
"Broken Arrow" é o termo técnico usado pelas forças armadas americanas quando algum armamento nuclear é perdido ou roubado. E é justamente isso que acontece quando um piloto da US Air Force, Vic Deakins (John Travolta), resolve fazer para ficar milionário. Ele pretende pousar sua aeronave em uma região deserta para vender a terroristas internacionais os dois mísseis nucleares que seu bombardeio carrega. O problema será passar por seu co-piloto, Riley Hale (Christian Slater), que fará de tudo para não deixar essa traição se consumar.
Comentários:
Como filme de ação é de fato um produto muito competente, com ótimas sequências e um ritmo que não deixa o espectador ficar entediado. Nesse aspecto o cineasta John Woo merece todos os elogios, afinal Hollywood o trouxe nos anos 1990 justamente para que ele revitalizasse o cansado gênero dos filmes de ação americanos que já se mostravam bem saturados por essa época. O roteiro também é bom, tem uma premissa muito interessante e até bem bolada. O problema central de "Broken Arrow" vem realmente da escolha do elenco. John Travolta estão tão canastrão em suas cenas que chega ao ponto de ser constrangedor. Imagine encarar um ator como esse, mais adequado a musicais e comédias românticas, tentando bancar o malvadão! O próprio Travolta aliás dá muitas pistas que simplesmente não está levando nada a sério, principalmente ao optar por uma caracterização exagerada, fazendo caras e bocas que mais parecem ter sido copiadas de desenhos animados. Enfim, veja pelo talento de John Woo e tente (se possível) ignorar as patetadas do Travolta.
Pablo Aluísio.
sábado, 21 de setembro de 2013
Soldados da Fortuna
Assim que surgiram as primeiras cenas de "Soldados da Fortuna" na tela eu me lembrei imediatamente das antigas produções de ação da produtora Cannon Group. Quem é cinéfilo de longa data saberá exatamente do que estou falando. Curiosamente nos créditos pude conferir também que o filme foi produzido pela produtora Globus-film. Ora, o produtor Yoram Globus era um dos donos da Cannon. Assim tudo se explica. É uma produção nova com todas as características que fizeram a festa dos fãs da Cannon na década de 80. Nessa fórmula temos filmes com roteiros simples, muitas explosões e cenas de ação. É o que eu gosto de chamar de filme de ação em sentido estrito. Nada de enrolação e nem de tentar ser o que não é. Tudo se resume a um ritmo de puro pancadaria sem freios. "Soldados da Fortuna" é exatamente isso. A única curiosidade mais digna de nota é a presença de um elenco de apoio acima da média. Todos os atores que interpretam os milionários que pagam para sentir a emoção de um verdadeiro campo de guerra são nomes reconhecíveis dos cinéfilos. De uma maneira ou outra é o tipo de filme que indico para quem gosta de ação e nada mais do que ação. Se é o seu caso, bom apetite.
Soldados da Fortuna (Soldiers of Fortune, Estados Unidos, 2013) Direção: Maxim Korostyshevsky / Roteiro: Alexandre Coscas, Robert Crombie / Elenco: Christian Slater, Sean Bean, Ving Rhames, Colm Meaney, Dominic Monaghan / Sinopse: Veterano da guerra do Afeganistão (Slater) é contratado para levar um grupo de ricaços até um front de batalha real para que eles experimentem a adrenalina de uma verdadeiro campo de guerra. As coisas porém acabam saindo que era inicialmente planejado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
O Poder de Alguns
Duas da tarde em um bairro barra pesada de uma grande cidade qualquer dos Estados Unidos. Várias estórias paralelas vão se desenvolvendo ao mesmo tempo, nesse mesmo horário. Na primeira um garoto resolve tomar uma decisão extrema para conseguir o dinheiro necessário para a compra de um remédio para seu irmão mais jovem, um pequeno bebê. Na segunda uma jovem que trabalha com sua pequena lambreta resolve levar uma perigosa encomenda para entregar a uma mulher desconhecida no meio da rua. Na terceira uma dupla de tiras tenta colocar as mãos em um sujeito que parece ser um terrorista infiltrado na América. Por fim, dois negros fortemente armados saem na caça de uma testemunha vital que em breve estará reconhecendo em um tribunal o principal líder de sua gangue. Passeando por todos os eventos surgem dois moradores de rua, um ex-jornalista e um anão, que acabam servindo de elo para todos os acontecimentos. Na TV o noticiário não consegue parar de mostrar o recente roubo no Vaticano do famoso Santo Sudário, o suposto pano que cobriu o corpo de Jesus após ele ser morto pelos romanos na cruz.
"O Poder de Alguns" tem um roteiro fragmentado, típico dos filmes do saudoso Robert Altman. Várias estórias, independentes entre si, vão se desenvolvendo para no final convergirem para uma mesma situação. É divertido e intrigante acompanhar como tudo vai terminar. O roteiro é bem inteligente e muito bem estruturado. Há vários personagens, tramas acontecendo, mas no final tudo se resume a uma só conexão que liga todos eles. No elenco se destacam a presença de Christopher Walken, como o sem-teto Doke e Christian Slater como Clyde, um policial disfarçado de motorista de Táxi que acaba se envolvendo em uma conspiração completamente surreal. É aquele tipo de produção pequena, sem maiores pretensões, que satisfaz plenamente o espectador. Além disso tem uma linha narrativa esperta e inteligente, que mistura religião e ciência, o que no final das contas acaba mantendo o espectador interessado o tempo todo.
O Poder de Alguns (The Power of Few, Estados Unidos, 2013) Direção: Leone Marucci / Roteiro: Leone Marucci / Elenco: Christopher Walken, Q'orianka Kilcher, Juvenile, Christian Slater, Nicky Whelan / Sinopse: Várias estórias paralelas e independentes convergem para uma só trama, envolvendo religião, ciência e clones!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
3000 Milhas Para o Inferno
Apesar de tentar ser diferente a verdade é que “3000 Milhas Para o Inferno” só tem de diferencial mesmo os imitadores de Elvis Presley. Todo o resto, o roteiro, as cenas, os clichês, não apresentam novidades, no fundo não há nada que você já não tenha visto antes em dezenas de outras produções de ação. Claro que a música de Elvis Presley tocando o tempo todo é uma delícia mas só isso não basta para transformar essa produção em um bom filme. Kevin Costner e Kurt Russell são atores bacanas, não há como negar, mas seus personagens são bem vazios e desprovidos de um melhor tratamento. Russell está até bem mais à vontade do que Costner, uma vez que esse é o seu estilo de filme, afinal ele estrelou várias produções de ação ao longo de sua carreira. Além disso quando era apenas um garotinho ele participou de um filme de Elvis Presley! Isso mesmo! Russell já contracenou com o Rei em pessoa! Foi em 1963. Em uma cena muito engraçada ele dava uns pontapés no personagem de Elvis que queria dar em cima de uma enfermeira e precisava de uma desculpa para ir até onde ela trabalhava. Foi um chute e tanto nas canelas mais famosas da história do Rock! Já Kevin Costner aparece bem desconfortável. Não é a praia dele, que sempre preferiu trabalhar em outros gêneros, dramas em sua maior parte. Além disso a calvície pesa na hora de se vestir como Elvis Presley, que afinal de contas entrou para a história por causa de seu volumoso e brilhante topete. Enfim, chega de devaneios. “3000 Milhas Para o Inferno” é mais do mesmo. Nada de novo no front, ou melhor, em Graceland. O velho e bom Elvis merecia coisa melhor!
3000 Milhas Para o Inferno (3000 Miles To Graceland, Estados Unidos, 2001) Direção: Demian Lichtenstein / Roteiro: Demian Lichtenstein, Richard Recco / Elenco: Kurt Russell, Kevin Costner, Courteney Cox, Christian Slater, Kevin Pollak, David Arquette, Jon Lovitz, Ice-T / Sinopse: Grupo de criminosos se aproveita de uma grande convenção de imitadores de Elvis Presley em Las Vegas para cometer um grande roubo em um dos hotéis cassinos mais luxuosos da cidade.
Pablo Aluísio.