sexta-feira, 18 de outubro de 2024
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lambranças
quarta-feira, 6 de março de 2024
Ammonite
sábado, 17 de fevereiro de 2024
Paixão Proibida
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Foi Apenas um Sonho
Título Original: Revolutionary Road
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, BBC Films
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Justin Haythe, Richard Yates
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Christopher Fitzgerald, Michael Shannon
Sinopse:
April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) formam um casal em crise. Eles vivem em um subúrbio de Connecticut com seus dois filhos. O que parece ser o quadro ideal para uma vida feliz esconde um poço de frustrações pessoais de cada um deles. De certa forma o relacionamento foi se desgastando ao longo dos anos, chegando ao ponto de entrar numa encruzilhada. Na tentativa de salvar o casamento se inicia uma série de brigas sobre se devem ou não ir a Paris, numa desesperada tentativa de salvar o relacionamento. A tensão e a angústia resultantes disso trarão sérias consequências para todos.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado houve uma certa comparação com Mad Men (uma série de que gosto bastante). O tema é realmente parecido, a época, os conflitos, a rotina destruindo um casal etc. Apesar disso acho que na comparação Mad Men ainda é bem melhor. Não sei se é o fato de nos familiarizarmos melhor com personagens que vemos toda semana, mas o que me passou esse filme foi uma frieza muito grande, tanto do enredo como dos próprios personagens. Não consegui torcer por eles ou criar um vínculo. É um filme que não cria laços emocionais com o público. Pelo menos comigo não funcionou. Eu confesso que fui perdendo gradativamente o interesse no filme durante a projeção. Mesmo assim com esse tratamento frio e distante para com esse enredo, que na minha opinião deveria ser levado em clima caliente, o filme consegue se sobressair por causa da talentosa atuação do casal central de atores. Certamente o simples nome de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet no elenco de um mesmo filme vai lembrar na mente de muitos o sucesso "Titanic" mas esqueça qualquer tipo de comparação válida. Ao contrário do filme de James Cameron, que era pop puro, o que vamos encontrar aqui é um roteiro feito de pequenos momentos, o que para alguns vai soar como algo chato e entediante. "Revolutionary Road" definitivamente não foi feito para as massas e seu êxito vai depender muito da forma como o espectador vai encarar todo o desenrolar de sua estória. Comigo não funcionou muito mas quem sabe com outros a coisa seja diferente. Na dúvida arrisque uma conferida. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Ator Coadjuvante (Michael Shannon).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Refém da Paixão
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Contos Proibidos do Marquês de Sade
O maior destaque desse "Contos Proibidos do Marquês de Sade" é o ator australiano Geoffrey Rush. Ele está perfeito no papel, embora como é de se esperar de um personagem morto há tantos anos, não haja fontes seguras sobre como era ou como agia o verdadeiro Sade. Tudo o que Rush teve acesso foram os próprios escritos deixados pelo personagem. A partir deles ele então começou a construir o seu perfil. O trabalho é realmente primoroso e merece todos os elogios. Sua companheira de cena também está muito bem. Kate Winslet interpreta Madeleine 'Maddy' LeClerc e sempre que surge em cena impressiona o espectador. Como se isso fosse pouco o filme ainda apresenta um excelente elenco de apoio com nomes como Joaquin Phoenix e Michael Caine. O filme foi recebido com certas reservas mas atribuo isso ao conteúdo do material, afinal Sade não foi bem visto nem quando era vivo e nem muito menos agora, morto e retratado nessa produção. Mesmo assim esse é um filme que merece ser visto pois de fato é um ótimo retrato desse personagem realmente controverso da história.
Contos Proibidos do Marquês de Sade (Quills, Estados Unidos, 2000) Direção: Philip Kaufman / Roteiro: Doug Wright / Elenco: Geoffrey Rush, Kate Winslet, Joaquin Phoenix / Sinopse: Cinebiografia de Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814), nobre europeu que ganhou notoriedade por causa de sua vida escandalosa e de seus livros considerados obscenos para a época em que viveu.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 30 de junho de 2021
Mare of Easttown
Essa é uma nova série do canal HBO, estrelada pela atriz Kate Winslet. Ela interpreta uma policial chamada Mare Sheehan. Ela é detetive do distrito policial em Easttown. Na maioria das vezes as chamadas policiais se referem a casos banais como uma velhinha que jura que há um tarado espiando sua casa ou um jovem viciado em drogas que rouba escondido coisas da casa da mãe para vender e com o dinheiro comprar drogas. Entretanto esse cotidiano de casos banais chega ao fim quando uma jovem da cidade é encontrada morta em um rio da região. A primeira temporada conta com sete episódios que foram exibidos entre os meses de abril e maio de 2021. Abaixo irei gradativamente comentando todos os episódios que assistir. Acompanhe.
Mare of Easttown 1.01 - Miss Lady Hawk Herself
Nesse primeiro episódio, como era de se esperar, o roteiro apresenta a principal personagem. Mare Sheehan é uma policial. No passado ela foi uma das estrelas do time de basquetebol da cidade, mas o tempo passou e ela acabou entrando no departamento de polícia. Sua função é investigar casos e ocorrências, a maioria deles bem banais. Na vida pessoal as coisas vão seguindo aos trancos e barrancos. Ela é mãe de dois filhos e está divorciada. Seu ex-marido está se casando novamente com outra mulher e ela acaba conhecendo um professor universitário em um bar. Pode ser uma boa opção de relacionamento, quem sabe. Sua vidinha de altos e baixos porém sofre uma reviravolta quando uma jovem é encontrada morta no rio que atravessa a cidade. Ela era mãe solteira de um bebê. E isso acabou mudando a vida da detetive Mare Sheehan para sempre. / Mare of Easttown 1.01 - Miss Lady Hawk Herself (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby, Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Mare of Easttown 1.02 - Fathers
Uma jovem é encontrada morta na beira de um pequeno riacho. Isso nunca havia acontecido antes naquela comunidade pequena e pacata. E a pressão cai totalmente em cima da detetive Mare Sheehan (Kate Winslet). Injustamente, muitas pessoas da cidade entendem que ela não tem competência para resolver um crime como aquele. Um detetive do condado é chamado para auxiliá-la. Ela recebe muito mal essa "ajuda" de fora. O pior é que Mare conhece todas as pessoas envolvidas, o pai do filho da garota morta e sua namorada, que logo se tornam suspeitos do crime. E Mare precisa lidar não apenas com a pressão de resolver logo o crime como também lidar com todas aquelas pessoas, os pais furiosos, os parentes em geral. Pior do que isso, um novo crime acontece e as coisas parecem fugir do controle rápido demais. / Mare of Easttown 1.02 - Fathers (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Mare of Easttown 1.03 - Enter Number Two
As investigações continuam e problemas pessoais na vida da detetive Mare Sheehan (Kate Winslet) atrapalham tudo. Acontece que seu filho (que se matou) teve um filho com uma garota problemática, viciada em drogas. E ela agora quer a custódia do filho que vive com Mare. E ela resolve jogar sujo, "plantando" heroína no carro da nora nada querida. Os policiais sacam que a droga foi colocada lá por Mare e por isso o episódio termina com ela entregando sua arma e seu distintivo. E aí, como ficam as investigações? Passam para outro policial enquanto Mare precisa lidar com seus atos errados. / Mare of Easttown 1.03 - Enter Number Two (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby, Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Mare of Easttown 1.04 - Poor Sisyphus
Mare segue afastada do trabalho policial. Por ter "plantado" heroína no carro de sua nora nada querida, ela acaba sendo pega com a mão na botija. Imediatamente é suspensa, só que não consegue ficar longe das investigações por muito tempo. Mesmo escondida segue investigando a morte da jovem mãe solteira que foi morta em um bosque a esmo. E as coisas só pioram na cidade. Outra jovem desaparece. Mare descobre uma ligação entre todas elas. Todas anunciaram em sites de prostituição. E no final do episódio vem outra surpresa, duas delas são mantidas em cativeiro por um desconhecido, provavelmente um maníaco sexual. / Mare of Easttown 1.04 - Poor Sisyphus (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Mare of Easttown 1.05 - Illusions
Esse episódio é visceral! O melhor da série até o momento. E o que acontece no final? Mesmo afastada a detetive Mare Sheehan (Kate Winslet) não se afasta do caso das jovens desaparecidas. Ela e o detetive Colin Zabel (Evan Peters) continuam seguindo pistas. No começo eles vão para um jantar. Zabel está claramente interessado nela, mas Mare não tem qualquer intenção de ficar com ele. Ela quer apenas saber das últimas novidades do caso. Então eles conseguem uma pista. Uma testemunha afirma que foi agredida por um sujeito dirigindo uma van azul. Mare e Zabel pegam os registros de todas as vans azuis da região e chegam na casa de um estranho sujeito. É esse mesmo que está escondendo as duas garotas em seu porão. Quando as meninas percebem que há pessoas de fora elas começam a bater em um cano, de forma desesperada. Zabel e Mare percebem o que está acontecendo naquela casa, mas o sujeito está armado. O que choca nesse episódio é que Zabel, até então um dos principais personagens da série, leva um tiro na cabeça e morre. Mare desarmada tenta de tudo para sobreviver e em um lance de sorte pega a arma do amigo morto e mata o seu agressor. Um episódio violento e como eu escrevi lá no começo, muito visceral! Excelente, em todos os aspectos. Esse é aquele tipo de episódio que não pode passar em branco para quem acompanha a trama. / Mare of Easttown 1.05 - Illusions (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Evan Peters, Angourie Rice, Evan Peters.
Mare of Easttown 1.06 - Sore Must Be the Storm
Esse é o penúltimo episódio da série. Que pena que está acabando! Mare vai se recuperando dos ferimentos que sofreu ao descobrir que aquele estranho sujeito mantinha duas garotas adolescentes presas em seu porão. Um caso de cárcere privado e sequestro. Depois que ela se recupera, acaba tendo uma boa notícia. Sua suspensão policial é cancelada. Ela recupera sua arma e seu distintivo. Porém a morte da jovem mãe continuava sem solução. Para alguns não haveria ligação entre o caso das meninas do porão e a morte dela. O assassino seria outro. Acaba sobrando para o padre com histórico de acusações envolvendo sedução de menores de idade. Ele confessa que jogou a bicicleta da garota no rio e por isso vai preso. Só que o verdadeiro assassino, ao que tudo indica, ainda estaria solto e fora do radar dos policiais. Esse episódio traz várias revelações sobre isso. Por isso não deixe de assistir. / Mare of Easttown 1.06 - Sore Must Be the Storm (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Mare of Easttown 1.07 - Sacrament
Último episódio da série. E como termina Mare of Easttown? Bom, todos querem saber quem matou a adolescente no bosque. Mare acaba descobrindo que John pode ser o assassino (esse foi um personagem bem secundário em relação aos episódios anteriores). Acontece que ele, mesmo sendo mais velho e casado, acabou tendo um caso com a jovem. E ela ficou grávida (sim, ele é o pai do bebezinho DJ). O pressionando por dinheiro, para a operação da criança, a coisa toda acabou saindo do controle e ela foi assassinada. Mas espere. Esse ainda não é o verdadeiro assassino. Há uma reviravolta da metade para o final do episódio. Na verdade quem matou a adolescente não foi o pai, mas sim o filho dele, de apenas 13 anos de idade! Um choque para Mare. O garoto pegou uma arma do homem que o contratou para cortar a grama, encontrou a adolescente no bosque e após um breve confronto, atirou nela! Tudo tão terrível e definitivo! Com apenas 13 anos ele destruiu sua vida. Na cena final do episódio, Mare decide subir no sotão onde seu filho se enforcou. Uma maneira dela de superar tudo o que aconteceu no passado. Meu veredito final sobre essa série é um só: Excelente! Não deixe de assistir! / Mare of Easttown 1.07 - Sacrament (Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Zobel / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Stars Kate Winslet, Julianne Nicholson, Jean Smart.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de maio de 2021
A Grande Ilusão
Nessa primeira fase de campanha eleitoral ele adota um discurso mais técnico, mostrando os desvios do tesouro público. Não dá muito certo, as pessoas nem entendem o que ele está falando. Então decide mudar de postura. Adota um discurso raivoso, populista, radical, se colocando ao lado do povo, se auto declarando um caipira, com o lema de que "caipira vota em caipira". Acaba dando certo e uma vez eleito ele se torna um político corrupto, cheio de esquemas por baixo do pano. Justamente o que ele mais criticava na campanha.
Um magistrado, interpretado por Anthony Hopkins, começa a critica-lo, dando o pontapé inicial de um impeachment e o governador decide então contratar um jornalista para descobrir os podres do juiz. Jogo sujo, baixo, barato. Embora o personagem de Sean Penn seja de mera ficção, ele foi inspirado em um político real chamado Huey Long, que foi governador da Louisiana, estado do sul dos Estados Unidos, durante a década de 1930. Como eu escrevi no começo desse texto o filme é uma grande crítica contra políticos populistas. Um tipo de escroque que ainda segue enganando o povo, mesmo nos dias atuais.
A Grande Ilusão (All the King's Men, Estados Unidos, 2006) Direção: Steven Zaillian / Roteiro: Steven Zaillian, Robert Penn Warren / Elenco: Sean Penn, Jude Law, Anthony Hopkins, Kate Winslet, Mark Ruffalo, James Gandolfini / Sinopse: O filme conta a história do político Willie Stark (Sean Penn). Populista, corrupto e mentiroso, ele engana seus eleitores, se tornando governador da Louisiana durante a década de 1950.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
Razão e Sensibilidade
Título Original: Sense and Sensibility
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ang Lee
Roteiro: Emma Thompson
Elenco: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman, James Fleet, Gemma Jones
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Jane Austen, o filme "Razão e Sensibilidade" conta a história de Elinor Dame (Emma Thompson). Quando seu pai falece e deixa toda a herança para um filho de outro casamento, ela e suas irmãs, mais sua mae, ficam numa situação financeira bem ruim e isso em um tempo de sua vida que ela é também pressionada para arranjar um marido rico para se casar. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado(Emma Thompson).
Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de seu lançamento original. Esse filme é um primor de elegância e estilo. Não poderia ser diferente, uma vez que é a adaptação de um dos maiores clássicos da literatura inglesa, um romance escrito pela genial Jane Austen. Quem conhece sua obra sabe do que se trata. Ela escreveu sobre a sociedade britânica de seu tempo, os valores sociais que imperavam, as pequenas e grande hipocrisias, as dificuldades de ser um mulher inteligente e de personalidade dentro daquele meio social. Em um tempo cheio de muitos preconceitos e costumes rígidos, era extremamente complicado pensar de uma maneira original e até mesmo mais sensata. Esse filme foi um grande sucesso de crítica, sendo considerado um dos melhores de seu ano de lançamento. O detalhe diferenciado é que apesar de ser um material extremamente ligado à cultura da Inglaterra vitoriana, foi dirigido por um oriental, Ang Lee. O surpreendente é que apesar dessas diferenças culturas básicas, o filme como um todo deu muito certo. È um dos melhores dos anos 90, sem dúvida. Além de ter sido premiado com o Oscar de melhor roteiro adaptado, "Razão e Sensibilidade" ainda foi indicado nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Emma Thompson), melhor atriz coadjuvante (Kate Winslet), melhor direção de fotografia (Michael Coulter), melhor figurino (Jenny Beavan, John Bright) e melhor música (Patrick Doyle).
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de julho de 2020
A Vida de David Gale
Título Original: The Life of David Gale
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan Parker
Roteiro: Charles Randolph
Elenco: Kevin Spacey, Kate Winslet, Laura Linney, Melissa McCarthy, Rhona Mitra, Gabriel Mann
Sinopse:
Após ser acusado do estupro de uma de suas alunas, o professor David Gale (Spacey) vê sua vida desabar. E após a morte de uma colega que trabalhava ao seu lado numa ONG de direitos humanos, a coisa piora ainda mais. Ele é preso e acusado de um crime que o leva para o corredor da morte. Três dias antes da data de sua execução decide receber a jornalista Bitsey Bloom (Winslet) para contar a sua versão dos fatos.
Comentários:
Bom filme que discute nas entrelinhas de seu roteiro a questão da pena de morte. Seria esse tipo de penalidade adequada para o mundo em que vivemos? Kevin Spacey novamente dá show de interpretação em seu personagem. Ele está no corredor da morte, acusado do homicídio de uma colega de trabalho, mas alega completa inocência. Faltam apenas 3 dias para sua execução. A jornalista, interpretada pela atriz Kate Winslet vai até a prisão para ouvi-lo. E fica convencida de sua inocência. Porém haverá tempo para salvá-lo da pena capital? Mais importante do que isso, ele é inocente ou culpado do crime pelo qual foi julgado e condenado? É um bom roteiro, que tem uma causa a defender, porém devo dizer que apesar do bom desenvolvimento de toda a história quando o filme chega ao seu final há uma certa decepção. Isso porque o roteiro vai longe demais para provar seu ponto de vista. Uma situação como a que é revelada em suas cenas finais realmente estrapola o bom senso, é inverossímil demais. De qualquer forma é bom dizer que até esse ponto chegar o filme já terá valido a pena. E o mais curioso de tudo é perceber como a situação atual do ator Kevin Spacey, que praticamente foi banido de Hollywood após uma série de acusações, encontra semelhanças com as do personagem que interpreta nesse filme. A vida, nesse caso, realmente imitou a arte.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Depois Daquela Montanha
É a tal coisa. O filme tem aspectos positivos. Só o fato de ter sua história praticamente toda passada no alto dessas montanhas, com paisagens maravilhosas e bonita fotografia já fazem valer a pena. Além disso tem boas cenas, como o ataque do Puma e a descida em busca de algum vilarejo ou acampamento remoto. A cena em que Ben sem querer pisa em uma armadilha para urso também tem seu impacto. Porém fora disso, principalmente na parte romântica do roteiro (sim, eles acabam se apaixonando enquanto tentam sobreviver) tudo é apenas mediano. Sempre gostei do trabalho da atriz Kate Winslet. Aqui ela tem bons momentos. O seu parceiro de cena, o ator Idris Elba, também não compromete. A questão é que o enredo por si próprio tem limitações, sempre apostando naquele tipo de situação de sobrevivência que é bem comum nessa espécie de produção. No saldo geral não me empolgou em nenhum momento, mas também não chegou a aborrecer. É de fato um filme mediano, para assistir sem muito compromisso ou interesse.
Depois Daquela Montanha (The Mountain Between Us, Estados Unidos, 2017) Direção: Hany Abu-Assad / Roteiro: J. Mills Goodloe, Charles Martin / Elenco: Kate Winslet, Idris Elba, Beau Bridges, Dermot Mulroney / Sinopse: Alex Martin (Kate Winslet) e Ben Bass (Idris Elba) tentam sobreviver no alto de uma montanha gelada após sofrerem um acidente de avião. O piloto Walter (Beau Bridges) sofreu um derrame bem no meio da viagem, os jogando em um ambiente hostil, onde também terminam se apaixonando.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Roda Gigante
Título Original: Wonder Wheel
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Studios
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Kate Winslet, Justin Timberlake, Jim Belushi, Juno Temple, Tony Sirico, David Krumholtz
Sinopse:
Nos anos 40, Ginny (Kate Winslet), a esposa de um empregado do parque de diversões de Coney Island, se apaixona pelo salva-vidas Mickey (Justin Timberlake). Como se uma mulher casada tendo um caso extraconjugal já não fosse um problema e tanto, Mickey começa ainda a dar em cima da enteada da amante, criando ainda mais situações explosivas.
Comentários:
Esse novo filme de Woody Allen foi esnobado propositalmente pelo Oscar e pelo Globo de Ouro. Acontece que o diretor está também envolvido na onda de acusações de assédio sexual que está assolando Hollywood. Uma filha dele o acusou recentemente de tê-la abusado sexualmente quando ela era criança. Allen está em uma situação bem delicada atualmente, para dizer o mínimo. Provavelmente sua carreira vá entrar em um espiral para o fundo do poço daqui para frente. De qualquer forma, deixando de lado esses escândalos, esse seu novo filme "Wonder Wheel" é até bem agradável de assistir. Passa longe de seus grandes filmes do passado, com um roteiro bem ao estilo folhetim, mais parecendo uma novela das seis da Rede Globo. Mesmo assim consegue agradar principalmente por causa do elenco. Kate Winslet interpreta essa mãe infeliz no casamento que acaba reencontrando a felicidade em um caso com um homem mais jovem, interpretado por Justin Timberlake. É o segundo casamento dela. No primeiro ela também traiu o marido, então o peso de trair de novo se torna ainda maior. Pior é ter que competir com sua própria enteada pelos amores do salva vidas bonitão da praia, enquanto o marido, gordo e grosseirão, tenta ganhar a vida vendendo entradas para o carrossel do parque onde eles trabalham e vivem. Um triângulo (ou quadrilátero) amoroso bem ao estilo novela, folhetim. Salva o filme também o clima nostálgico desses velhos parques que estão em extinção atualmente. Um filme que é pura diversão e que passa longe, muito longe, dos roteiros mais intelectuais que Allen rodou em seu passado. Parece que a principal preocupação do diretor hoje em dia é sobreviver, em uma Hollywood que parece cada vez mais disposta a pendurar sua cabeça numa sala de troféus.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Almas Gêmeas
A direção de arte é muito bonita e criativa e o elenco está muito bem, em especial a atriz Kate Winslet, ainda distante do estouro de "Titanic", que seria realizado alguns anos depois. Interessante também citar que o diretor James Cameron optou por ela justamente por causa desse filme, quem diria. Sua personagem tinha um estilo vitoriano de ser, o que acabou convencendo Cameron na escalação de Winslet no papel de Rose DeWitt Bukater. Já Peter Jackson também iria se consagrar nos anos que viriam, principalmente por causa de uma das franquias mais bem sucedidas da história, "The Lord of the Rings", mas claro que isso é uma outra história...
Almas Gêmeas (Heavenly Creatures, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh / Elenco: Melanie Lynskey, Kate Winslet, Sarah Peirse / Sinopse: Um estranho elo liga duas almas gêmeas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
A Série Divergente - Insurgente
Título Original: Insurgent
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Brian Duffield, Akiva Goldsman
Elenco: Shailene Woodley, Kate Winslet, Ansel Elgort, Theo James, Octavia Spencer, Zoë Kravitz
Sinopse:
Em um mundo dividido em facções para evitar novas guerras a jovem divergente Beatrice "Tris" Prior (Shailene Woodley) passa a ser perseguida pela poderosa Jeanine Matthews (Kate Winslet) que quer usar Tris como ferramenta para abrir um artefato que pertenceu aos fundadores. O tal objeto parece ter algo extremamente importante em seu interior, uma mensagem em forma de holograma, que trará inúmeras respostas para a humanidade. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards.
Comentários:
Esse é o segundo filma da franquia "Divergente", baseada em uma série de livros de sucesso entre o público adolescente. O primeiro filme, que assisti em 2014, não me agradou muito. Como acontece com quase todas as adaptações literárias pude perceber vários problemas, inclusive a necessidade de se contar nos menores detalhes o universo onde as estórias se passavam, sem ter o tempo necessário para se fazer isso direito. Nunca li os livros escritos pela autora Veronica Roth, mas pelo que li e ouvi da opinião de fãs do material original tudo aqui ficou realmente mal adaptado, sem estrutura narrativa, com muitos erros, omissões e falhas de adaptação. Para quem acompanhou "Divergente" na literatura a coisa realmente pode parecer bem pior. No meu caso, como não estava muito interessado no material original, até posso dizer que esse segundo filme é bem mais interessante do que o primeiro. A coisa toda flui melhor e o roteiro me pareceu bem mais organizado e estruturado. Há um ciclo narrativo bem delimitado, com começo, meio e fim, sem tantas pontas soltas e inconclusivas como vimos no filme anterior. Também achei de bom gosto a produção. Em "Insurgente" capricharam mais nos efeitos especiais, criando uma bonita direção de arte. Provavelmente aprenderam com os erros que foram cometidos antes. A atriz Shailene Woodley é carismática, mas acredito que jamais chegará no nível de uma Jennifer Lawrence. Ela corre, pula, salta, briga e até tem espaço para algumas cenas levemente dramáticas. Deu conta do recado. Já a estrela Kate Winslet serve para emprestar seu nome para a produção, embora em termos de atuação também não tenha muito o que fazer. No geral não há muito mais a se extrair de um filme como esse porque ele essencialmente é um produto teen, com todas as limitações que esse tipo de mercado impõe. Não é algo indicado para maiores de 16 anos. Se não for o seu caso, aproveite, pois certamente vai se divertir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de março de 2016
The Dressmaker - A Vingança Está na Moda
Pois bem, esse filme é bem estranho e não apenas em relação aos seus personagens. No começo ele adota um estilo de humor negro, depois vai se levando gradualmente mais à sério até se tornar quase um drama. Não entendo como Kate Winslet topou fazer um filme como esse porque comercialmente suas chances de fazer algum sucesso são próximas do zero absoluto. O filme não tem muita graça (o que não o ajuda a se vender como uma comédia) e nem uma dramaticidade que justifique sua existência (o que torna seu lado drama bem raso e vazio). A única coisa boa acaba se resumindo em ver a própria Kate Winslet desfilando um figurino bem exótico (que ora se mostra elegante, ora exagerado e brega). A cidadezinha perdida no deserto onde se passa a história também não ajuda em nada. O lugar se mostra sujo, desolado e cheio de figuras asquerosas. Enfim, não é uma produção para todos os públicos. Só indico mesmo para os fãs mais radicais de Kate Winslet e ninguém mais.
The Dressmaker - A Vingança Está na Moda (The Dressmaker, Austrália, 2015) Direção: Jocelyn Moorhouse / Roteiro: Rosalie Ham, P.J. Hogan/ Elenco: Kate Winslet, Hugo Weaving, Liam Hemsworth, Sarah Snook / Sinopse: Myrtle 'Tilly' Dunnage (Kate Winslet) é uma jovem estilista que resolve voltar para a cidadezinha onde nasceu após ter sido acusada na infância de ter matado um garoto na região. Ela quer descobrir toda a verdade de seu caso, ao mesmo tempo em que procura se vingar de todos aqueles que a prejudicaram no passado.
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de dezembro de 2015
Titanic
Título Original: Titanic
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Bill Paxton, Jonathan Hyde
Sinopse:
Jack Dawson (DiCaprio) é um jovem pobretão que ganha numa aposta uma passagem de navio no imenso Titanic. A viagem partirá de Londres rumo aos Estados Unidos, considerado naqueles tempos a terra das oportunidades para imigrantes de todo o mundo. Durante a jornada Jack acaba conhecendo a bela Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), uma garota rica e cheia de sonhos. Ambos se enamoram, mas antes que essa paixão venha a se concretizar definitivamente um grande desastre acontece. O Titanic esbarra em um iceberg em alto-mar, levando à morte centenas de milhares de seus passageiros. Filme vencedor de 11 Oscars.
Comentários:
Quando assisti "Titanic" pela primeira vez, nos cinemas em seu lançamento, pude perceber que o roteiro não era muito original. Na verdade era uma mistura e uma reciclagem de velhos clichês sentimentais e apelativos que curiosamente ainda funcionavam muito bem. Certas fórmulas nunca perdem seu poder de atração perante a plateia. O público e a crítica, claro, foram fisgados imediatamente. O curioso é que nada disso parecia ser o ponto principal do filme. A trama em si parecia uma coisa secundária, usada apenas para que James Cameron viabilizasse seus projetos ambiciosos de fazer as melhores imagens do navio afundado em alto-mar. Para isso ele gastou milhões de dólares. A bilheteria imensa do filme iria assim servir para tornar viável seu velho sonho de ir até as profundezas do Atlântico Norte ver como o Titanic se encontrava no presente. O resultado foi o que todos conhecemos. Como obra cinematográfica o filme é puramente piegas, mas de uma pieguice irresistível, com trilha sonora evocativa e o melhor dos mundos em termos de efeitos especiais, sonoros, etc. Tecnicamente é um filme perfeito, com roteiro redondinho para agradar às grandes massas (com aquela velha coisa romântica de garoto pobre se apaixonando por garota rica), um pano de fundo histórico não muito fiel aos fatos e toneladas de computação gráfica. Um milk-shake que todos estavam esperando consumir. A maioria que provou, gostou e não teve do que reclamar. O filme é o blockbuster romântico por excelência, provavelmente o maior de todos os tempos, o que não quer dizer que seja isento de falhas ou equívocos. Será que alguém ainda se importa com isso hoje em dia?
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Um Pouco de Caos
Título no Brasil: Um Pouco de Caos
Título Original: A Little Chaos
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Alan Rickman
Roteiro: Jeremy Brock, Alison Deegan
Elenco: Kate Winslet, Alan Rickman, Stanley Tucci, Matthias Schoenaerts
Sinopse:
O Rei Louis XIV (Alan Rickman) da França decide construir um novo palácio, mais luxuoso e digno de sua exuberância. Em sua opinião o Palácio de Versailles deverá ser o mais opulento de toda a Europa, com o melhor em termos de construção, luxo e elegância. Para isso ele determina ao seu mestre de obras públicas, André Le Notre (Matthias Schoenaerts), a contratação dos melhores arquitetos, engenheiros e paisagistas do mundo. Entre os contratados está a Madame Sabine De Barra (Kate Winslet) que deverá criar um lindo salão de baile ao ar livre, nos jardins da formosa nova construção imperial. O projeto logo se revelará mais ousado e complicado de se realizar do que ela inicialmente poderia supor. Roteiro baseado em uma história real.
Comentários:
O monarca Luís XIV (1638 - 1715) representou o ápice do absolutismo europeu, a tal ponto que ficou imortalizado na história como o "Rei Sol". Tudo era absolutamente excessivo durante seu reinado. As roupas de sua corte eram as mais luxuosas, os protocolos de etiqueta eram os mais rigorosos e o Rei acabou passando para a imortalidade como um símbolo desse período histórico onde a vontade do soberano representava a própria essência do Estado. Tanto isso é verdade que uma das mais famosas frases de seu reinado foi a que ele mesmo proferiu, resumindo toda a questão, ao dizer: "O Estado sou eu!". Pois bem, o roteiro desse filme explora um aspecto secundário de seus projetos megalomaníacos. A história gira realmente em torno de Madame De Barra (Winslet), uma viúva de muita personalidade, que queria vencer no concorrido mercado de profissionais especializados em construções belas e luxuosas. Ela acaba sendo designada para projetar e construir uma das partes mais bonitas do novo palácio do Rei, uma espécie de salão de baile ao ar livre, com cascatas ao redor e um grande arranjo floral com as mais belas plantas e flores de toda a França.
Por ser uma mulher do século XVII ela obviamente teve que enfrentar uma série de preconceitos e má vontade dos seus concorrentes, todos obviamente homens que duvidavam de sua capacidade de colocar o belo projeto em pé. Para piorar acabaria se envolvendo emocionalmente com seu próprio superior, o mestre André Le Notre (Schoenaerts), que já era casado com uma dama da corte excessivamente cruel e ciumenta! Sua sorte porém vem quando cai nas graças do próprio Rei, que fica admirado com sua coragem e força de vontade em vencer todos os desafios. Esse filme de época, muito bem produzido e com uma trama mais do que interessante, é um projeto bem pessoal do ator Alan Rickman, tanto que assumiu até mesmo a direção do filme. Acabou realizando uma obra fina e elegante, tal como o próprio período retratado. Um bom drama romântico que levará o espectador a essa era histórica há muito tempo passada, tudo com muito bom gosto e talento.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Em Busca da Terra do Nunca
Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, Estados Unidos, 2003) Direção: Marc Forster / Roteiro: Allan Knee, David Magee / Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Radha Mitchell, Julie Christie, Dustin Hoffman / Sinopse: Dramaturgo em crise após o fracasso de sua última peça de teatro resolve escrever algo completamente diferente. Seu novo texto era a estória infantil de um grupo de crianças que se recusam a crescer. O nome da peça? Peter Pan.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Divergente
Título no Brasil: Divergente
Título Original: Divergent
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty, baseado na obra de Veronica Roth
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet
Sinopse:
Cem anos após uma guerra que praticamente devastou o mundo civilizado, uma pequena população sobrevive nas ruínas da velha Chicago. Os grandes lagos ao redor secaram e a cidade é protegida por fortes muralhas. Para evitar novos conflitos as pessoas agora são separadas por facções, verdadeiras castas, que determinam o papel que cada um deve exercer dentro da sociedade.
Comentários:
Bastam poucos minutos de exibição para você se conscientizar que está na presença de mais um daqueles filmes feitos especialmente para o público adolescente. Com ecos de "Harry Potter" e "Jogos Vorazes" esse "Divergente" não consegue se mostrar nem um pouco original. O pior de tudo é que você precisa aceitar coisas que no mundo real não fariam o menor sentido. Por exemplo, como a sociedade está dividida em castas sociais, a mocinha do filme vai parar naquela que ela considera a mais legal existente, a dos "audaciosos". O problema é que se formos analisar bem aquelas pessoas não demorará muito para acharmos todos eles uns idiotas, do tipo que saltam de trens em alta velocidade, pulam em buracos de laje e coisas do tipo. Sinceramente, é na mão de sujeitos como esses que a segurança do mundo no futuro está? Se for, estamos mesmo todos perdidos, sem exceção. Esse aliás é o ponto focal que determina a posição do filme em um certo nicho que só agradará mesmo aos mais jovens.
Afinal só mesmo os adolescentes acharão aquele tipo de coisa como algo legal ou maneiro. Se o argumento vai logo para o buraco pelo menos podemos torcer pela jovem atriz Shailene Woodley, a mesma do sucesso "A Culpa é das Estrelas". Não a considerei muito adequada para esse papel pois me deixou a impressão que ela quis seguir os passos da colega Jennifer Lawrence (de "Jogos Vorazes") pois está até mesmo fisicamente parecida com ela. Em minha opinião Woodley deveria procurar outros caminhos mais interessantes em sua carreira, justamente agora que vem se tornando mais popular. Mesmo assim ela acaba sendo a única razão para seguir em frente com essa bobagem futurista teen. Se não fosse seu carisma tenho certeza que teria largado o filme com menos de 30 minutos de duração, tamanha a sua falta de novas ideias. E por falar em duração temos aqui mais um daqueles filmes que parecem não acabar nunca... longo demais... E o que a talentosa Kate Winslet está fazendo no meio dessa garotada? Ficou parecendo uma tiazona chata e aborrecida que aparece de vez em quando para pagar mico. E pensar que a Kate já fez filmes maravilhosos na carreira, será que está com falta de ofertas para fazer filmes relevantes? Pois é, a idade chega para todos um dia...
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Mildred Pierce
Como sempre a HBO capricha e muito em suas produções televisivas. Temos aqui uma excelente reconstituição de época. A atriz Kate Winslet está excepcionalmente muito bem no papel. Ela se despe de qualquer vaidade e encarna com perfeição a personagem principal, uma mulher que levou muitas bordoadas da vida mas que não se abateu por isso. Outro ponto positivo é o desenvolvimento do roteiro que acompanha as mudanças de costumes na sociedade americana ao longo das décadas. A minissérie também serve como ótimo programa para as mulheres que queiram abrir seu próprio negócio pois no fundo o argumento é sobre o empreendedorismo e os sonhos de Mildred Pierce, que ousou transformar em realidade suas idéias e seu projeto de vida. Achei inclusive paralelos interessantes com pessoas conhecidas de meu próprio círculo social o que demonstra muito bem que o filme pode servir de inspiração para quem tem planos de abrir seu próprio negócio e ir em frente. O resultado final de Mildred Pierce agradou bastante os críticos e o filme recebeu um festival de prêmios. Kate Winslet foi premiada como melhor atriz no Emmy, no Globo de Ouro e no Screen Actors. Guy Pearce e Evan Rachel Wood também foram premiados. A minissérie também levantou o Emmy e o Globo de Ouro de Melhor Minissérie do ano. Então o que você está esperando? Corra para assistir.
Mildred Pierce (Mildred Pierce, Estados Unidos, 2012) Direção: Todd Haynes / Roteiro: Todd Haynes, Jon Raymond / Elenco: Kate Winslet, Guy Pearce, Evan Rachel Wood, Melissa Leo / Sinopse: Mildred Pierce (Kate Winslet) é uma garçonete sem muitas perspectivas de vida que decide acreditar em seus sonhos ao abrir um restaurante.
Pablo Aluísio.