Não é muito comum westerns que se concentrem na complicada relação entre pai e filho. Pois bem, esse é o tema central de “O Filho do Proscrito”, bom faroeste que une as referências obvias do estilo com um roteiro bem escrito, priorizando muito mais o sentimento e as relações familiares de seus personagens. Jeff Blaine (Ben Cooper) é um garoto criado pela sua tia Ruth (Ellen Drew). Ela assumiu a guarda do garoto depois da morte de sua mãe em um acidente de cavalo. Já o seu pai é um famoso pistoleiro, um fora-da-lei, proscrito que passou muitos anos sem ver o filho até que numa tarde adentra novamente em sua cidade natal para finalmente conhecer o garoto. Logo a notícia se espalha no local pois Nate Blaine (Dane Clark) tem todo um longo histórico de crimes em seu passado. No começo o menino fica meio desconfiado mas o sangue fala mais alto e em pouco tempo ambos estão desfrutando de uma aproximação muito forte e intensa. O problema é que sendo Nate um renegado ele não tem muita saída. Após um assalto na cidade (ao qual não participou) ele logo é apontado como um dos responsáveis. Preso, não vê outra saída a não ser fugir para escapar da forca.
Passam-se os anos e o pequeno Jeff logo se torna um homem. Para surpresa de todos ele resolve ir pelo caminho oposto ao trilhado pelo seu pai e se torna um homem da lei, um auxiliar de xerife na cidade. Curiosamente assim que recebe sua estrela de bronze começam a surgir boatos de que seu pai está pela região, assaltando diligências e aterrorizando viajantes. Estaria o jovem pronto para enfrentar seu pai agora que estão de lados opostos da lei? “O Filho do Proscrito” assim se desenvolve e se aproveita de várias reviravoltas na trama, o que não deixa o filme cair no marasmo ou no clichê. Gostei particularmente da postura do pai em relação ao seu filho. Mesmo sendo um bandido, um fora-da-lei ele nunca deixa em momento algum de se preocupar pelo futuro e bem estar do jovem. Chega inclusive ao ponto de se colocar em risco para proteger de alguma forma seu único e precioso filho. Dessa maneira se você estiver em busca de um western com toques de drama familiar “O Filho do Proscrito” é de fato uma excelente opção.
O Filho do Proscrito (Outlaw's Son, EUA,1957) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Richard Alan Simmons baseado na novela escrita por Clifton Adams / Elenco: Dane Clark, Ben Cooper, Lori Nelson, Charles Watts, Ellen Drew / Sinopse: Filho de um famoso pistoleiro e fora-da-lei se torna um auxiliar de xerife. Agora terá que enfrentar seu pai que está cometendo vários crimes na região.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006
terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
Mannaja - Um Homem Chamado Blade
Título no Brasil: Mannaja - Um Homem Chamado Blade
Título Original: Mannaja
Ano de Produção: 1977
País: Itália
Estúdio: Devon Film, Intes Corporation
Direção: Sergio Martino
Roteiro: Sergio Martino, Sauro Scavolini
Elenco: Maurizio Merli, John Steiner, Sonja Jeannine, Donald O'Brien, Salvatore Puntillo, Antonio Casale
Sinopse:
Caçador de recompensas implacável é contratado pelo prefeito de uma cidade que vive da extração de metais preciosos. Seu objetivo é encontrar sua filha desaparecida. O que ele descobre deixa o velho político estarrecido. Seu braço direito é o responsável pelo sequestro da jovem garota.
Comentários:
Se não estou enganado esse personagem do Mannaja já virou até história em quadrinhos, afinal os italianos também foram especialistas em produzir excelentes gibis passados no velho oeste. Basta lembrar de Tex e derivados para saber muito bem disso. Aqui temos mais um faroeste spaghetti com todos os ingredientes que os fãs conhecem bem com muita violência estilizada, trilha sonora ofuscante e muito clima de tensão no sol do deserto. Esse estilo de filme não iria sobreviver aos anos 80, então podemos dizer que essa produção já faz parte das últimas levas de filmes de bangue-bangue produzidos na Europa. Foi uma era de produções baratas que fizeram muito sucesso comercialmente falando, inclusive no Brasil onde eram exibidos em cinemas populares que ficavam nos bairros da cidade, um tipo de diversão que já não existe mais há muito tempo. Uma pena.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mannaja
Ano de Produção: 1977
País: Itália
Estúdio: Devon Film, Intes Corporation
Direção: Sergio Martino
Roteiro: Sergio Martino, Sauro Scavolini
Elenco: Maurizio Merli, John Steiner, Sonja Jeannine, Donald O'Brien, Salvatore Puntillo, Antonio Casale
Sinopse:
Caçador de recompensas implacável é contratado pelo prefeito de uma cidade que vive da extração de metais preciosos. Seu objetivo é encontrar sua filha desaparecida. O que ele descobre deixa o velho político estarrecido. Seu braço direito é o responsável pelo sequestro da jovem garota.
Comentários:
Se não estou enganado esse personagem do Mannaja já virou até história em quadrinhos, afinal os italianos também foram especialistas em produzir excelentes gibis passados no velho oeste. Basta lembrar de Tex e derivados para saber muito bem disso. Aqui temos mais um faroeste spaghetti com todos os ingredientes que os fãs conhecem bem com muita violência estilizada, trilha sonora ofuscante e muito clima de tensão no sol do deserto. Esse estilo de filme não iria sobreviver aos anos 80, então podemos dizer que essa produção já faz parte das últimas levas de filmes de bangue-bangue produzidos na Europa. Foi uma era de produções baratas que fizeram muito sucesso comercialmente falando, inclusive no Brasil onde eram exibidos em cinemas populares que ficavam nos bairros da cidade, um tipo de diversão que já não existe mais há muito tempo. Uma pena.
Pablo Aluísio.
Bonanza
Título no Brasil: Bonanza
Título Original: Bonanza
Ano de Produção: 1959 - 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Vários
Roteiro: Série criada por David Dortort e Fred Hamilton
Elenco: Lorne Greene, Michael Landon, Dan Blocker
Sinopse:
A série "Bonanza" narra os dramas, aventuras e desafios vividos por Ben Cartwright (Lorne Greene) e seus filhos. Rancheiros no velho oeste eles enfrentam todos os tipos de dificuldades para levar em frente sua fazenda. Inseridos na comunidade local vivem como uma típica família rural americana de sua época.
Comentários:
Um verdadeiro marco na história da TV americana. "Bonanza" é certamente a série de western mais bem sucedida de todos os tempos. Atravessou três décadas de muita popularidade e chegou na marca incrível de quatorze temporadas, tendo no total mais de 400 episódios. Nos Estados Unidos praticamente todas as temporadas foram lançadas em DVD mas no Brasil ela permanece ainda inédita, fruto é claro dos problemas de mercado em nosso país. De qualquer maneira quem estiver em busca de conhecer melhor o seriado vale a indicação de suas exibições periódicas no canal especializado TCM. Em minha opinião "Bonanza" resistiu bem ao teste do tempo. Os episódios ainda soam interessantes, fruto do fato de terem sido bem dirigidos, produzidos e escritos. Não é para menos, na época de seu auge "Bonanza" era um dos carros chefes da programação da poderosa NBC, que nunca poupou recursos para a série. Até mesmo a trilha sonora de abertura se tornou um ícone de popularidade. Enfim, se você gosta de western, "Bonanza" certamente não poderá faltar em sua coleção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bonanza
Ano de Produção: 1959 - 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Vários
Roteiro: Série criada por David Dortort e Fred Hamilton
Elenco: Lorne Greene, Michael Landon, Dan Blocker
Sinopse:
A série "Bonanza" narra os dramas, aventuras e desafios vividos por Ben Cartwright (Lorne Greene) e seus filhos. Rancheiros no velho oeste eles enfrentam todos os tipos de dificuldades para levar em frente sua fazenda. Inseridos na comunidade local vivem como uma típica família rural americana de sua época.
Comentários:
Um verdadeiro marco na história da TV americana. "Bonanza" é certamente a série de western mais bem sucedida de todos os tempos. Atravessou três décadas de muita popularidade e chegou na marca incrível de quatorze temporadas, tendo no total mais de 400 episódios. Nos Estados Unidos praticamente todas as temporadas foram lançadas em DVD mas no Brasil ela permanece ainda inédita, fruto é claro dos problemas de mercado em nosso país. De qualquer maneira quem estiver em busca de conhecer melhor o seriado vale a indicação de suas exibições periódicas no canal especializado TCM. Em minha opinião "Bonanza" resistiu bem ao teste do tempo. Os episódios ainda soam interessantes, fruto do fato de terem sido bem dirigidos, produzidos e escritos. Não é para menos, na época de seu auge "Bonanza" era um dos carros chefes da programação da poderosa NBC, que nunca poupou recursos para a série. Até mesmo a trilha sonora de abertura se tornou um ícone de popularidade. Enfim, se você gosta de western, "Bonanza" certamente não poderá faltar em sua coleção.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006
Ouro Mal Assombrado
Título no Brasil: Ouro Mal Assombrado
Título Original: Haunted Gold
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Mack V. Wright
Roteiro: Adele Buffington
Elenco: John Wayne, Duke, Sheila Terry, Harry Woods, Erville Alderson, Otto Hoffman, Martha Mattox
Sinopse:
Nesse filme John Wayne interpreta John Mason, Ao lado de Janet Carter (Sheila Terry) ele recebe uma carta convidando para ir até uma cidade fantasma onde supostamente existiria uma mina abandonada, com um tesouro escondido em seu interior. Claro que isso também desperta a ganância de bandidos que correm para colocar as mãos na fortuna.
Comentários:
O último filme de John Wayne em 1932 foi "Ouro Mal Assombrado" (Haunted Gold), faroeste dirigido por Mack V. Wright. O mais curioso dessa produção é que o roteiro tinha também elementos de filmes de horror! Foi um dos primeiros filmes de Hollywood que procuravam mesmo reunir dois gêneros cinematográficos em um só! Já que o terror e o faroeste eram bem populares porque não tentar fazer uma produção que tivesse o melhor dos dois lados? E assim foi feito. O mais curioso desse roteiro é que havia também um personagem fantasma que acabava ajudando Wayne e sua companheira em sua aventura mina adentro. Foi a primeira e única vez que Wayne flertou com o terror em toda a sua longa filmografia. Ficou muito interessante, é inegável dizer. Embora é bom também salientar que para os padrões atuais o filme seria mais um suspense com toques sobrenaturais do que um filme mesmo de terror. Afinal era uma produção de matinê e as crianças não poderiam ser assustadas. Coisas da época.
Pablo Aluísio.
Título Original: Haunted Gold
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Mack V. Wright
Roteiro: Adele Buffington
Elenco: John Wayne, Duke, Sheila Terry, Harry Woods, Erville Alderson, Otto Hoffman, Martha Mattox
Sinopse:
Nesse filme John Wayne interpreta John Mason, Ao lado de Janet Carter (Sheila Terry) ele recebe uma carta convidando para ir até uma cidade fantasma onde supostamente existiria uma mina abandonada, com um tesouro escondido em seu interior. Claro que isso também desperta a ganância de bandidos que correm para colocar as mãos na fortuna.
Comentários:
O último filme de John Wayne em 1932 foi "Ouro Mal Assombrado" (Haunted Gold), faroeste dirigido por Mack V. Wright. O mais curioso dessa produção é que o roteiro tinha também elementos de filmes de horror! Foi um dos primeiros filmes de Hollywood que procuravam mesmo reunir dois gêneros cinematográficos em um só! Já que o terror e o faroeste eram bem populares porque não tentar fazer uma produção que tivesse o melhor dos dois lados? E assim foi feito. O mais curioso desse roteiro é que havia também um personagem fantasma que acabava ajudando Wayne e sua companheira em sua aventura mina adentro. Foi a primeira e única vez que Wayne flertou com o terror em toda a sua longa filmografia. Ficou muito interessante, é inegável dizer. Embora é bom também salientar que para os padrões atuais o filme seria mais um suspense com toques sobrenaturais do que um filme mesmo de terror. Afinal era uma produção de matinê e as crianças não poderiam ser assustadas. Coisas da época.
Pablo Aluísio.
Antro de Desalmados
Título no Brasil: Antro de Desalmados
Título Original: The Wild and the Innocent
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures (UI)
Direção: Jack Sher
Roteiro: Sy Gomberg, Jack Sher
Elenco: Audie Murphy, Sandra Dee, Joanne Dru, Gilbert Roland, Jim Backus, George Mitchell
Sinopse:
John Yancy (Audie Murphy) é um caçador de peles nas montanhas geladas do território do Wyoming. Após mais uma temporada de trabalho duro ele decide ir para a cidade mais próxima, para vender e trocar as mercadorias que conseguiu nos últimos meses, porém acaba se envolvendo numa série de conflitos no lugar quando tenta ajudar a doce jovem Rosalie (Sandra Dee).
Comentários:
Audie Murphy sempre tinha uma visão muito mordaz e pessimista sobre seus filmes no cinema. Acredito que ele lia as críticas da época e ficava transtornado, dando razão aos seus críticos mais ferozes. Esse pessimismo pessoal dele porém não se confirmou com o passar dos anos. Revendo hoje em dia seus filmes de faroeste B na Universal não vejo nada que o desmereça como astro cowboy, muito pelo contrário. Embora ele não fosse um gênio da atuação (ninguém estava esperando por isso mesmo) ele tinha boa presença de cena, sempre atuando com dignidade. Não é à toa que se tornou um dos mais populares astros do western nos anos 50. Se fosse tão ruim como pensava de si mesmo não teria feito todo esse sucesso, vamos convir. Esse " Antro de Desalmados" trazia um atrativo extra para os jovens, a presença da atriz e cantora Sandra Dee, uma estrela adolescente em ascensão. Ele sempre teve muito carisma e igualmente fez muito sucesso em sua juventude, porém acabou tendo um destino cruel e trágico, marcado por abuso de drogas e bebidas, o que fragilizou sua saúde. De qualquer forma vale a pena revê-la aqui, jovem e esbanjando beleza e simpatia. Um motivo a mais para se conferir esse faroeste dos anos 50.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Wild and the Innocent
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures (UI)
Direção: Jack Sher
Roteiro: Sy Gomberg, Jack Sher
Elenco: Audie Murphy, Sandra Dee, Joanne Dru, Gilbert Roland, Jim Backus, George Mitchell
Sinopse:
John Yancy (Audie Murphy) é um caçador de peles nas montanhas geladas do território do Wyoming. Após mais uma temporada de trabalho duro ele decide ir para a cidade mais próxima, para vender e trocar as mercadorias que conseguiu nos últimos meses, porém acaba se envolvendo numa série de conflitos no lugar quando tenta ajudar a doce jovem Rosalie (Sandra Dee).
Comentários:
Audie Murphy sempre tinha uma visão muito mordaz e pessimista sobre seus filmes no cinema. Acredito que ele lia as críticas da época e ficava transtornado, dando razão aos seus críticos mais ferozes. Esse pessimismo pessoal dele porém não se confirmou com o passar dos anos. Revendo hoje em dia seus filmes de faroeste B na Universal não vejo nada que o desmereça como astro cowboy, muito pelo contrário. Embora ele não fosse um gênio da atuação (ninguém estava esperando por isso mesmo) ele tinha boa presença de cena, sempre atuando com dignidade. Não é à toa que se tornou um dos mais populares astros do western nos anos 50. Se fosse tão ruim como pensava de si mesmo não teria feito todo esse sucesso, vamos convir. Esse " Antro de Desalmados" trazia um atrativo extra para os jovens, a presença da atriz e cantora Sandra Dee, uma estrela adolescente em ascensão. Ele sempre teve muito carisma e igualmente fez muito sucesso em sua juventude, porém acabou tendo um destino cruel e trágico, marcado por abuso de drogas e bebidas, o que fragilizou sua saúde. De qualquer forma vale a pena revê-la aqui, jovem e esbanjando beleza e simpatia. Um motivo a mais para se conferir esse faroeste dos anos 50.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de fevereiro de 2006
De Homem Para Homem
Título no Brasil: De Homem Para Homem
Título Original: Gun Belt
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Productions
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Jack DeWitt, Arthur E. Orloff
Elenco: George Montgomery, Tab Hunter, Helen Westcott
Sinopse:
O pistoleiro Billy Ringo (George Montgomery) decide pendurar as armas, comprar um rancho e se casar com Arlene Reach (Helen Westcott). Sua vontade de levar uma vida tranquila é perturbada quando ele é visitado por três ex-membros de uma gangue de que ele participou. Dixon, Hollaway e Hoke querem que ele faça parte de um último grande assalto de banco. Ringo porém resolve tomar outro caminho e entrega os ex-comparsas ao xerife Wyatt Earp que os mata. Ike Clinton, um dos líderes do roubo frustrado, decide então acertar contas com Ringo pelo que ele fez.
Comentários:
Mais um bom trabalho do diretor Ray Nazarro. Seus roteiristas fizeram uma mistura entre ficção e fatos históricos reais. Transformaram o famoso pistoleiro Johnny Ringo em Billy Ringo, de mera ficção. Ao invés do bandido inveterado do mundo real lhe deram uma consciência e um sentimento de arrependimento e justiça (algo que inexistia no verdadeiro Ringo). Depois o colocaram como um informante da lei, onde ele acaba entregando parte do bando de Ike Clinton. Na verdade Ringo era um fora-da-lei sanguinário e cruel mas como estamos no mundo do cinema isso foi invertido em prol do entretenimento. O bandido do mundo real virou um mocinho com crises existenciais. O elenco conta com dois "astros" de faroestes B, George Montgomery e Tab Hunter. Eles eram limitados do ponto de vista dramático, mesmo assim mantém o mínimo suficiente para o filme funcionar. "Gun Belt" é um bang-bang típico dos anos 1950. Está longe de ser uma obra prima mas também não é ruim em nenhum momento.
Pablo Aluísio.
Título Original: Gun Belt
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Productions
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Jack DeWitt, Arthur E. Orloff
Elenco: George Montgomery, Tab Hunter, Helen Westcott
Sinopse:
O pistoleiro Billy Ringo (George Montgomery) decide pendurar as armas, comprar um rancho e se casar com Arlene Reach (Helen Westcott). Sua vontade de levar uma vida tranquila é perturbada quando ele é visitado por três ex-membros de uma gangue de que ele participou. Dixon, Hollaway e Hoke querem que ele faça parte de um último grande assalto de banco. Ringo porém resolve tomar outro caminho e entrega os ex-comparsas ao xerife Wyatt Earp que os mata. Ike Clinton, um dos líderes do roubo frustrado, decide então acertar contas com Ringo pelo que ele fez.
Comentários:
Mais um bom trabalho do diretor Ray Nazarro. Seus roteiristas fizeram uma mistura entre ficção e fatos históricos reais. Transformaram o famoso pistoleiro Johnny Ringo em Billy Ringo, de mera ficção. Ao invés do bandido inveterado do mundo real lhe deram uma consciência e um sentimento de arrependimento e justiça (algo que inexistia no verdadeiro Ringo). Depois o colocaram como um informante da lei, onde ele acaba entregando parte do bando de Ike Clinton. Na verdade Ringo era um fora-da-lei sanguinário e cruel mas como estamos no mundo do cinema isso foi invertido em prol do entretenimento. O bandido do mundo real virou um mocinho com crises existenciais. O elenco conta com dois "astros" de faroestes B, George Montgomery e Tab Hunter. Eles eram limitados do ponto de vista dramático, mesmo assim mantém o mínimo suficiente para o filme funcionar. "Gun Belt" é um bang-bang típico dos anos 1950. Está longe de ser uma obra prima mas também não é ruim em nenhum momento.
Pablo Aluísio.
Cine Western - Audie Murphy
Cine Western - Audie Murphy
Esse ator norte-americano foi muito popular no Brasil, principalmente por causa das reprises de seus filmes em canas abertos como a Rede Record, durante os anos 70 e 80.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de fevereiro de 2006
Ordem a Fogo
Título no Brasil: Ordem a Fogo
Título Original: The Marshal of Mesa City
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: David Howard
Roteiro: Jack Lait Jr
Elenco: George O'Brien, Virginia Vale, Leon Ames
Sinopse:
Virginia King (Virginia Vale) é uma jovem e idealista professora que decide ir para o velho oeste ensinar para as crianças das famílias pioneiras da colonização. No meio da viagem sua diligência é assaltada por um grupo de renegados, mas ela e os demais passageiros são salvos pelo ex-homem da lei Cliff Mason (George O'Brien). Ao chegarem em Mesa City ele é recebido como um verdadeiro herói e o prefeito logo lhe oferece o cargo de xerife da cidade. O lugar é constantemente alvo de saques e ataques de bandidos da região. Após pensar por alguns dias Cliff finalmente aceita a estrela de prata. Agora ele terá um complicado trabalho de novamente impor a lei e a ordem na cidade.
Comentários:
Esse filme foi dado como desaparecido por longos anos, principalmente após um incêndio que destruiu grande parte do acervo da extinta RKO. Para alívio dos fãs de westerns clássicos uma cópia se encontrava com um colecionador de filmes raros do Wyoming e assim a obra conseguiu chegar até nós. O que temos aqui é um típico faroeste B dos anos 1930, estrelado pelo ator George O'Brien (1899 - 1985), um veterano que conseguiu realizar com sucesso a transição entre o cinema mudo para o falado. Ao longo de cinco décadas atuou em quase 100 filmes, mostrando que era um profissional respeitado e requisitado em Hollywood. Mesmo com forte e carismática presença nunca conseguiu se tornar um astro do porte de um John Wayne ou Randolph Scott, mesmo assim seus filmes passam por uma revisão histórica atualmente. Nesse "The Marshal of Mesa City" temos pitadas de enredo que obviamente se inspiraram na vida real do xerife Wyatt Berry Stapp Earp, embora nunca venha a se assumir como tal plenamente, muito provavelmente pelo fato do estúdio não ter os direitos autorais sobre esse personagem (que na época pertenciam à Fox). Com duração curta (meros 67 minutos) o filme hoje é considerado um dos primeiros faroestes B de Hollywood. A fórmula unia orçamento barato, enredos simples e diretos e muita diversão. Deu tanto certo que se tornaria um sub-gênero popular e lucrativo dentro da indústria nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Marshal of Mesa City
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: David Howard
Roteiro: Jack Lait Jr
Elenco: George O'Brien, Virginia Vale, Leon Ames
Sinopse:
Virginia King (Virginia Vale) é uma jovem e idealista professora que decide ir para o velho oeste ensinar para as crianças das famílias pioneiras da colonização. No meio da viagem sua diligência é assaltada por um grupo de renegados, mas ela e os demais passageiros são salvos pelo ex-homem da lei Cliff Mason (George O'Brien). Ao chegarem em Mesa City ele é recebido como um verdadeiro herói e o prefeito logo lhe oferece o cargo de xerife da cidade. O lugar é constantemente alvo de saques e ataques de bandidos da região. Após pensar por alguns dias Cliff finalmente aceita a estrela de prata. Agora ele terá um complicado trabalho de novamente impor a lei e a ordem na cidade.
Comentários:
Esse filme foi dado como desaparecido por longos anos, principalmente após um incêndio que destruiu grande parte do acervo da extinta RKO. Para alívio dos fãs de westerns clássicos uma cópia se encontrava com um colecionador de filmes raros do Wyoming e assim a obra conseguiu chegar até nós. O que temos aqui é um típico faroeste B dos anos 1930, estrelado pelo ator George O'Brien (1899 - 1985), um veterano que conseguiu realizar com sucesso a transição entre o cinema mudo para o falado. Ao longo de cinco décadas atuou em quase 100 filmes, mostrando que era um profissional respeitado e requisitado em Hollywood. Mesmo com forte e carismática presença nunca conseguiu se tornar um astro do porte de um John Wayne ou Randolph Scott, mesmo assim seus filmes passam por uma revisão histórica atualmente. Nesse "The Marshal of Mesa City" temos pitadas de enredo que obviamente se inspiraram na vida real do xerife Wyatt Berry Stapp Earp, embora nunca venha a se assumir como tal plenamente, muito provavelmente pelo fato do estúdio não ter os direitos autorais sobre esse personagem (que na época pertenciam à Fox). Com duração curta (meros 67 minutos) o filme hoje é considerado um dos primeiros faroestes B de Hollywood. A fórmula unia orçamento barato, enredos simples e diretos e muita diversão. Deu tanto certo que se tornaria um sub-gênero popular e lucrativo dentro da indústria nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
Cine Western - Ben Johnson
Cine Western - Ben Johnson
Ator que foi muito presente em vários faroestes dos tempos clássicos dos filmes de faroeste. Quase sempre como coadjuvante, sempre tinha uma boa atuação a oferecer ao público.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006
Justiça Selvagem
Título no Brasil: Justiça Selvagem
Título Original: Sagebrush Trail
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Armand Schaefer
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Nancy Shubert, Lane Chandler
Sinopse:
Preso por um crime que não cometeu, o cowboy John Brant (John Wayne) consegue escapar da prisão e decide rumar em direção ao oeste selvagem. Procurado vivo ou morto, com sua cabeça a prêmio, ele decide se unir a um bando de renegados e por puro acaso descobre que um dos membros da quadrilha foi o verdadeiro autor do crime que lhe foi imputado meses antes. Agora ele terá que levar o verdadeiro criminoso para as autoridades, para limpar seu nome novamente e viver feliz ao lado da garota pelo qual está apaixonado.
Comentários:
Mais um bom faroeste da filmografia de John Wayne ainda no comecinho de sua carreira, em produção realizada na década de 1930. O filme pode ser considerado uma produção de média-metragem, pois conta com apenas 54 minutos de duração. Curiosamente há até um certo clima noir em determinadas sequências, onde tudo surge escuro e sombrio, fruto da própria estória do personagem principal interpretado por Wayne, um homem íntegro e honesto que luta para recuperar o reconhecimento de sua inocência enquanto tenta levar o verdadeiro criminoso para atrás das grades. Com várias cenas rodadas em locações o filme também tem excelentes cenas de ação, como no clímax, onde Brant participa de um violento tiroteio em cima de uma diligência perseguida por malfeitores (cena aliás que seria muito copiada nos anos seguintes em inúmeros filmes de western). Em termos de produção tudo está de acordo com a média do que era realizada na época e o figurino de Wayne ainda apresenta traços do guarda roupa de Tom Mix, o grande astro do western naqueles tempos pioneiros. Diversão e nostalgia em doses exatas para os fãs do eterno Duke.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sagebrush Trail
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Armand Schaefer
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Nancy Shubert, Lane Chandler
Sinopse:
Preso por um crime que não cometeu, o cowboy John Brant (John Wayne) consegue escapar da prisão e decide rumar em direção ao oeste selvagem. Procurado vivo ou morto, com sua cabeça a prêmio, ele decide se unir a um bando de renegados e por puro acaso descobre que um dos membros da quadrilha foi o verdadeiro autor do crime que lhe foi imputado meses antes. Agora ele terá que levar o verdadeiro criminoso para as autoridades, para limpar seu nome novamente e viver feliz ao lado da garota pelo qual está apaixonado.
Comentários:
Mais um bom faroeste da filmografia de John Wayne ainda no comecinho de sua carreira, em produção realizada na década de 1930. O filme pode ser considerado uma produção de média-metragem, pois conta com apenas 54 minutos de duração. Curiosamente há até um certo clima noir em determinadas sequências, onde tudo surge escuro e sombrio, fruto da própria estória do personagem principal interpretado por Wayne, um homem íntegro e honesto que luta para recuperar o reconhecimento de sua inocência enquanto tenta levar o verdadeiro criminoso para atrás das grades. Com várias cenas rodadas em locações o filme também tem excelentes cenas de ação, como no clímax, onde Brant participa de um violento tiroteio em cima de uma diligência perseguida por malfeitores (cena aliás que seria muito copiada nos anos seguintes em inúmeros filmes de western). Em termos de produção tudo está de acordo com a média do que era realizada na época e o figurino de Wayne ainda apresenta traços do guarda roupa de Tom Mix, o grande astro do western naqueles tempos pioneiros. Diversão e nostalgia em doses exatas para os fãs do eterno Duke.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)