Título no Brasil: O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
Título Original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, Ron Hansen
Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Shepard, Mary-Louise Parker, Sam Rockwell, Jeremy Renner
Sinopse:
Após uma vida dedicada ao crime, roubando bancos e ferrovias, o pistoleiro Jesse James (Brad Pitt) procura por algum tipo de redenção, mesmo sabendo que poderá ser morto a qualquer momento, uma vez que sua cabeça se encontra à prêmio por todo o Oeste. O que ele nem desconfia é que seu assassino pode estar mais próximo do que ele poderia imaginar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck) e Melhor Fotografia (Roger Deakins).
Comentários:
Essa produção parte de uma nova safra de filmes de western que procuram pela objetividade da verdade histórica. Os roteiros são de certa maneira despidos do romantismo que imperou no gênero durante os anos 50 e 60 e parte para uma abordagem mais fiel aos fatos históricos. É aquele tipo de filme que conta inclusive com uma equipe de historiadores e especialistas para que nada do que se vê na tela esteja em desacordo com o que de fato aconteceu no passado. Por isso nem sempre será uma unanimidade entre os fãs de faroeste, principalmente os que preferem os filmes mais antigos que abraçavam a mitologia do velho oeste de uma forma mais romanceada. De minha parte gostei muito dessa nova visão. O Jesse James já foi tema de dezenas e dezenas de filmes antes, porém nunca havia se debruçado sobre sua história com tanta fidelidade. Há um clima de melancolia e falta de esperança no ar, porém tudo resultando em um belo espetáculo cinematográfico. Gosto muito do produto final. É bem realizado e muito honesto em suas propostas. Tem uma excelente reconstituição de época e um roteiro que investe bastante nas nuances psicológicas entre Jesse James e Robert Ford, o homem que iria passar para a história como o assassino de James. Curiosamente ele foi saudado como um valente, um herói, mas depois com o passar dos anos ficou evidenciado que ele agiu mesmo como um covarde. Assista ao filme e entenda os motivos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Paraíso
Título no Brasil: Paraíso
Título Original: Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália
Estúdio: Miramax
Direção: Tom Tykwer
Roteiro: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Cate Blanchett, Giovanni Ribisi, Remo Girone, Alessandro Sperduti, Alberto Di Stasio, Mauro Marino
Sinopse:
Após a morte do marido, Philippa (Cate Blanchett) decide fazer justiça pelas próprias mãos. Ela coloca um artefato explosivo no escritório do acusado do crime. Isso acaba desencadeando uma série de eventos de proporções inimagináveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Quando a justiça falha, as pessoas procuram por vingança travestida de justiça. É esse o tema desse thriller de tribunal praticamente todo filmado na Europa, com locações em cidades italianas e alemãs. O curioso é que por anos a Miramax foi acusada de tentar imitar as nuances do cinema europeu. Então nada mais natural do que se associar a produtores do velho continente para a produção desse filme. O resultado porém fica abaixo do esperado. O roteiro tinha tudo para ser interessante, se concentrando nos aspectos jurídicos do caso principal, mas perde tempo e paciência do espectador ao se render aos mais fajutos clichês do cinema americano. E é um erro grasso porque o elenco é bom e traz uma elegante e sofisticada Cate Blanchett em um bom momento de sua carreira. Só que decidiram dar um tom mais comercial ao filme - com direito a perseguições pelas ruas, etc - que acaba estragando o espetáculo. Mais uma vez subestimaram a inteligência do público.
Pablo Aluísio.
Título Original: Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália
Estúdio: Miramax
Direção: Tom Tykwer
Roteiro: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Cate Blanchett, Giovanni Ribisi, Remo Girone, Alessandro Sperduti, Alberto Di Stasio, Mauro Marino
Sinopse:
Após a morte do marido, Philippa (Cate Blanchett) decide fazer justiça pelas próprias mãos. Ela coloca um artefato explosivo no escritório do acusado do crime. Isso acaba desencadeando uma série de eventos de proporções inimagináveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Quando a justiça falha, as pessoas procuram por vingança travestida de justiça. É esse o tema desse thriller de tribunal praticamente todo filmado na Europa, com locações em cidades italianas e alemãs. O curioso é que por anos a Miramax foi acusada de tentar imitar as nuances do cinema europeu. Então nada mais natural do que se associar a produtores do velho continente para a produção desse filme. O resultado porém fica abaixo do esperado. O roteiro tinha tudo para ser interessante, se concentrando nos aspectos jurídicos do caso principal, mas perde tempo e paciência do espectador ao se render aos mais fajutos clichês do cinema americano. E é um erro grasso porque o elenco é bom e traz uma elegante e sofisticada Cate Blanchett em um bom momento de sua carreira. Só que decidiram dar um tom mais comercial ao filme - com direito a perseguições pelas ruas, etc - que acaba estragando o espetáculo. Mais uma vez subestimaram a inteligência do público.
Pablo Aluísio.
Garfield: O Filme
Título no Brasil: Garfield - O Filme
Título Original: Garfield
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Hewitt
Roteiro: Joel Cohen
Elenco: Bill Murray, Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky, Mark Christopher Lawrence, Vanessa Campbell
Sinopse:
Adaptação para o cinema dos personagens criados pelo desenhista e cartunista Jim Davis. Garfiled é um gato bonachão e preguiçoso que precisa lidar com a insegurança e timidez de seu dono, enquanto ele tenta conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Acredite, eu vi esse filme no cinema. Uma típica situação de você ir ao cinema sem olhar a programação e uma vez lá sentir que não tem nada de muito interessante para ver. Acaba comprando o ingresso na vibe do tipo "Pode ser interessante, não custa nada arriscar!". E de fato não é um filme ruim. Claro, é indicado para a garotada, mas os mais velhos, principalmente os que gostam do personagem, podem até achar bacaninha. No que diz respeito a Garfield uma coisa é importante. Ele funciona maravilhosamente bem nas tirinhas de jornais. Três a quatro quadros e Jim Davis fazia maravilhas com o humor sarcástico e irônico do gato. Já em um longa-metragem a coisa não é tão simples. Manter o interesse é um desafio. Aqui vale a pena por causa dos efeitos digitais (bem realizados) e o trabalho de dublagem de Bill Murray que fez a voz de Garfield. Sua própria personalidade caiu bem de acordo com o jeito de ser do gato mais famoso do mundo. O filme poderia também ser mais enxuto, mais curto, rápido e indo direto no ponto. Crianças em geral não tem muita paciência para filmes mais longos. No mais é desligar o cérebro e curtir o filme. Continuações foram feitas, mas nem merecem a citação. Eram ruins de doer. Fique com esse primeiro que já está de bom tamanho.
Pablo Aluísio.
Título Original: Garfield
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Hewitt
Roteiro: Joel Cohen
Elenco: Bill Murray, Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky, Mark Christopher Lawrence, Vanessa Campbell
Sinopse:
Adaptação para o cinema dos personagens criados pelo desenhista e cartunista Jim Davis. Garfiled é um gato bonachão e preguiçoso que precisa lidar com a insegurança e timidez de seu dono, enquanto ele tenta conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Acredite, eu vi esse filme no cinema. Uma típica situação de você ir ao cinema sem olhar a programação e uma vez lá sentir que não tem nada de muito interessante para ver. Acaba comprando o ingresso na vibe do tipo "Pode ser interessante, não custa nada arriscar!". E de fato não é um filme ruim. Claro, é indicado para a garotada, mas os mais velhos, principalmente os que gostam do personagem, podem até achar bacaninha. No que diz respeito a Garfield uma coisa é importante. Ele funciona maravilhosamente bem nas tirinhas de jornais. Três a quatro quadros e Jim Davis fazia maravilhas com o humor sarcástico e irônico do gato. Já em um longa-metragem a coisa não é tão simples. Manter o interesse é um desafio. Aqui vale a pena por causa dos efeitos digitais (bem realizados) e o trabalho de dublagem de Bill Murray que fez a voz de Garfield. Sua própria personalidade caiu bem de acordo com o jeito de ser do gato mais famoso do mundo. O filme poderia também ser mais enxuto, mais curto, rápido e indo direto no ponto. Crianças em geral não tem muita paciência para filmes mais longos. No mais é desligar o cérebro e curtir o filme. Continuações foram feitas, mas nem merecem a citação. Eram ruins de doer. Fique com esse primeiro que já está de bom tamanho.
Pablo Aluísio.
sábado, 28 de setembro de 2019
Olhos Famintos 2
Título no Brasil: Olhos Famintos 2
Título Original: Jeepers Creepers 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Jonathan Breck, Ray Wise, Nicki Aycos, Patricia Belcher, Brandon Smith, Eileen Brennan
Sinopse:
Um time de jovens atletas fica encurralado dentro do próprio ônibus em que viajam. Tudo acontece de repente, no meio da noite, quando eles são atacados por um estranho ser com asas. Um monstro que parece ter vindo das fossas infernais. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Segundo filme da franquia. Eu me recordo que assisti a esse filme numa sessão de madrugada, ainda na TV aberta. É o tipo de situação ideal para assistir a um filme de terror como esse. Não que seja assustador demais ou nada parecido. Para quem é veterano nesse tipo de produção nada será tão aterrorizante. Eu costumo dizer que "Olhos Famintos" é um filme de monstro bem realizado. Nos anos 50 chamavam esse tipo de terror de "Monstro da semana". É mais ou menos isso. Temos uma criatura com design bem feito, um bando de adolescentes anônimos para morrer em suas mãos e um roteiro que saiba criar situações de bons sustos. Não precisa de mais nada além disso. Nesse aspecto esse segundo filme não decepciona. O monstro está lá, os jovens estão encurralados e vão morrendo uma após o outro. E o interessante é que além de dirigir um velho carro enferrujado, o tal monstro ainda é alado e sai voando por aí! O roteiro por sua vez nunca explica exatamente o que seria esse ser. Um demônio? Um alien? Um exemplar de uma explosão atômica? Sem explicações. Nada. Sinceramente, não tem como não gostar desse tipo de filme. Eu gosto bastante, mesmo sabendo do seu teor de filme trash.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jeepers Creepers 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Jonathan Breck, Ray Wise, Nicki Aycos, Patricia Belcher, Brandon Smith, Eileen Brennan
Sinopse:
Um time de jovens atletas fica encurralado dentro do próprio ônibus em que viajam. Tudo acontece de repente, no meio da noite, quando eles são atacados por um estranho ser com asas. Um monstro que parece ter vindo das fossas infernais. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Segundo filme da franquia. Eu me recordo que assisti a esse filme numa sessão de madrugada, ainda na TV aberta. É o tipo de situação ideal para assistir a um filme de terror como esse. Não que seja assustador demais ou nada parecido. Para quem é veterano nesse tipo de produção nada será tão aterrorizante. Eu costumo dizer que "Olhos Famintos" é um filme de monstro bem realizado. Nos anos 50 chamavam esse tipo de terror de "Monstro da semana". É mais ou menos isso. Temos uma criatura com design bem feito, um bando de adolescentes anônimos para morrer em suas mãos e um roteiro que saiba criar situações de bons sustos. Não precisa de mais nada além disso. Nesse aspecto esse segundo filme não decepciona. O monstro está lá, os jovens estão encurralados e vão morrendo uma após o outro. E o interessante é que além de dirigir um velho carro enferrujado, o tal monstro ainda é alado e sai voando por aí! O roteiro por sua vez nunca explica exatamente o que seria esse ser. Um demônio? Um alien? Um exemplar de uma explosão atômica? Sem explicações. Nada. Sinceramente, não tem como não gostar desse tipo de filme. Eu gosto bastante, mesmo sabendo do seu teor de filme trash.
Pablo Aluísio.
Eternamente Lulu
Título no Brasil: Eternamente Lulu
Título Original: Forever Lulu
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley
Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.
Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Forever Lulu
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley
Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.
Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Stanley & Iris
Título no Brasil: Stanley & Iris
Título Original: Stanley & Iris
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Harriet Frank Jr, baseado no romance de Pat Barker
Elenco: Jane Fonda, Robert De Niro, Swoosie Kurtz, Martha Plimpton, Harley Cross, Jamey Sheridan
Sinopse:
Iris King (Jane Fonda) é uma víúva que após a morte do marido decide levar a vida em frente, o que não é fácil pois ela tem muitos problemas financeiros. Stanley Cox (Robert De Niro) é o cozinheiro iletrado que se aproxima dela nesse momento complicado de sua vida, nascendo daí um relacionamento muito especial.
Comentários:
Antes de trabalhar em um dos maiores filmes de sua carreira (Os Bons Companheiros), o ator Robert De Niro aceitou o convite para atuar nesse filme bem mais leve e romântico chamado "Stanley & Iris". O roteiro não era grande coisa, mas De Niro não resistiu à possibilidade de atuar ao lado de Jane Fonda, uma atriz que ele sempre admirou, além de ter ideias políticas bem próximas das dele. Isso em uma época em que De Niro procurava ser bem discreto em termos de política (algo que hoje em dia ele passa longe de ser). O filme tem uma fotografia meio opaca, típica de filmes românticos da época em que foi lançado. Ao meu ver esse visual ficou absurdamente datado com o passar dos anos. Dizem que foi uma exigência da própria Jane Fonda para esconder as marcas do tempo em seu rosto. Ela certamente não queria parecer velha em uma tela de cinema. Em termos comerciais o filme teve uma bilheteria bem modesta. Chegou a ser lançado no mercado brasileiro, a ser exibido em nossos cinemas, mas em poucas salas pelo país. A crítica recebeu o filme friamente, embora tenha mantido o respeito por causa do elenco. Provavelmente se fossem outros atores as críticas teriam sido mais duras. De qualquer forma considero o filme bem convencional. Vale por ver Fonda e De Niro atuando juntos e nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stanley & Iris
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Harriet Frank Jr, baseado no romance de Pat Barker
Elenco: Jane Fonda, Robert De Niro, Swoosie Kurtz, Martha Plimpton, Harley Cross, Jamey Sheridan
Sinopse:
Iris King (Jane Fonda) é uma víúva que após a morte do marido decide levar a vida em frente, o que não é fácil pois ela tem muitos problemas financeiros. Stanley Cox (Robert De Niro) é o cozinheiro iletrado que se aproxima dela nesse momento complicado de sua vida, nascendo daí um relacionamento muito especial.
Comentários:
Antes de trabalhar em um dos maiores filmes de sua carreira (Os Bons Companheiros), o ator Robert De Niro aceitou o convite para atuar nesse filme bem mais leve e romântico chamado "Stanley & Iris". O roteiro não era grande coisa, mas De Niro não resistiu à possibilidade de atuar ao lado de Jane Fonda, uma atriz que ele sempre admirou, além de ter ideias políticas bem próximas das dele. Isso em uma época em que De Niro procurava ser bem discreto em termos de política (algo que hoje em dia ele passa longe de ser). O filme tem uma fotografia meio opaca, típica de filmes românticos da época em que foi lançado. Ao meu ver esse visual ficou absurdamente datado com o passar dos anos. Dizem que foi uma exigência da própria Jane Fonda para esconder as marcas do tempo em seu rosto. Ela certamente não queria parecer velha em uma tela de cinema. Em termos comerciais o filme teve uma bilheteria bem modesta. Chegou a ser lançado no mercado brasileiro, a ser exibido em nossos cinemas, mas em poucas salas pelo país. A crítica recebeu o filme friamente, embora tenha mantido o respeito por causa do elenco. Provavelmente se fossem outros atores as críticas teriam sido mais duras. De qualquer forma considero o filme bem convencional. Vale por ver Fonda e De Niro atuando juntos e nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
A Liga Extraordinária
Título no Brasil: A Liga Extraordinária
Título Original: The League of Extraordinary Gentlemen
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Stephen Norrington
Roteiro: James Robinson, baseado na obra de Alan Moore
Elenco: Sean Connery, Stuart Townsend, Peta Wilson, Tony Curran, Shane West, Tom Goodman-Hill
Sinopse:
Um grupo de personalidades marcantes do mundo da literatura resolve se unir para enfrentar uma grande ameaça contra a humanidade. O aventureiro Allan Quatermain (Sean Connery), o lendário Capitão Nemo (Naseeruddin Shah), a sedutora Mina (Peta Wilson) do romance "Drácula", Dr. Henry Jekyll e Edward Hyde (Jason Flemyng) de "O Médico e o Monstro" e até mesmo Dorian Gray (Stuart Townsend) estão nesse aventura.
Comentários:
"The League of Extraordinary Gentlemen" por ser uma adaptação da Graphic Novel de Alan Moore causou grande expectativa nos fãs de HQs. Infelizmente Hollywood ainda não conseguiu captar todas as nuances dos quadrinhos para as telas de cinema. Mudanças são realizadas em nome de um maior potencial comercial e partes do enredo são alterados em prol do ego dos atores. Isso acaba de uma maneira ou outra desfigurando a essência da obra original. Foi justamente isso que aconteceu mais uma vez aqui. Inicialmente o próprio Alan Moore rejeitou o filme. Tentou até mesmo tirar seus nomes dos créditos. Depois, para piorar ainda mais, o ator Sean Connery entrou em atritos com o diretor e o estúdio. Connery queria ainda mais espaço para seu personagem Allan Quatermain, mas o roteiro tentava em vão trazer o aspecto mais coletivo da Graphic Novel original. No meio de tantos problemas de produção o filme acabou saindo truncado, mal dividido, o que acabou desagradando tanto o público como a crítica. Em termos de produção, direção de arte, efeitos especiais e figurino, não há o que reclamar. Tudo é muito bem realizado, de acordo com uma película que custou mais de oitenta milhões de dólares. O problema realmente é de roteiro, esse se mostra muitas vezes sem salvação. Como fracassou comercialmente o filme hoje em dia serve apenas como curiosidade, uma amostra que a fusão entre quadrinhos e cinema nem sempre dá muito certo. E talvez por todas essas razões o ator Sean Connery tenha se retirado do cinema para sempre. Esse foi o último filme feito pelo ator e ao que tudo indica será mesmo sua despedida do cinema, uma vez que problemas de saúde e desinteresse por novos projetos levaram Connery para uma aposentadoria definitiva.
Pablo Aluísio.
Título Original: The League of Extraordinary Gentlemen
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Stephen Norrington
Roteiro: James Robinson, baseado na obra de Alan Moore
Elenco: Sean Connery, Stuart Townsend, Peta Wilson, Tony Curran, Shane West, Tom Goodman-Hill
Sinopse:
Um grupo de personalidades marcantes do mundo da literatura resolve se unir para enfrentar uma grande ameaça contra a humanidade. O aventureiro Allan Quatermain (Sean Connery), o lendário Capitão Nemo (Naseeruddin Shah), a sedutora Mina (Peta Wilson) do romance "Drácula", Dr. Henry Jekyll e Edward Hyde (Jason Flemyng) de "O Médico e o Monstro" e até mesmo Dorian Gray (Stuart Townsend) estão nesse aventura.
Comentários:
"The League of Extraordinary Gentlemen" por ser uma adaptação da Graphic Novel de Alan Moore causou grande expectativa nos fãs de HQs. Infelizmente Hollywood ainda não conseguiu captar todas as nuances dos quadrinhos para as telas de cinema. Mudanças são realizadas em nome de um maior potencial comercial e partes do enredo são alterados em prol do ego dos atores. Isso acaba de uma maneira ou outra desfigurando a essência da obra original. Foi justamente isso que aconteceu mais uma vez aqui. Inicialmente o próprio Alan Moore rejeitou o filme. Tentou até mesmo tirar seus nomes dos créditos. Depois, para piorar ainda mais, o ator Sean Connery entrou em atritos com o diretor e o estúdio. Connery queria ainda mais espaço para seu personagem Allan Quatermain, mas o roteiro tentava em vão trazer o aspecto mais coletivo da Graphic Novel original. No meio de tantos problemas de produção o filme acabou saindo truncado, mal dividido, o que acabou desagradando tanto o público como a crítica. Em termos de produção, direção de arte, efeitos especiais e figurino, não há o que reclamar. Tudo é muito bem realizado, de acordo com uma película que custou mais de oitenta milhões de dólares. O problema realmente é de roteiro, esse se mostra muitas vezes sem salvação. Como fracassou comercialmente o filme hoje em dia serve apenas como curiosidade, uma amostra que a fusão entre quadrinhos e cinema nem sempre dá muito certo. E talvez por todas essas razões o ator Sean Connery tenha se retirado do cinema para sempre. Esse foi o último filme feito pelo ator e ao que tudo indica será mesmo sua despedida do cinema, uma vez que problemas de saúde e desinteresse por novos projetos levaram Connery para uma aposentadoria definitiva.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Rambo: Até o Fim
Título no Brasil: Rambo - Até o Fim
Título Original: Rambo - Last Blood
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Balboa Productions
Direção: Adrian Grunberg
Roteiro: Sylvester Stallone, Matthew Cirulnick
Elenco: Sylvester Stallone, Paz Vega, Yvette Monreal, Óscar Jaenada, Sergio Peris-Mencheta, Adriana Barraza
Sinopse:
Após anos de lutas e batalhas, John Rambo (Stallone) parece ter encontrado finalmente a paz. Ele agora vive em um rancho do Arizona ao lado de seus poucos parentes vivos. Sua vida porém muda novamente quando sua sobrinha cai nas garras de uma perigosa quadrilha de criminosos mexicanos. Assim Rambo precisa cruzar a fronteira para salvá-la desse trágico destino.
Comentários:
Pode chamar de Rambo V, sem problemas. O filme tem sido criticado por causa da violência. Bem, Rambo é um personagem violento. Atribuo esse tipo de crítica ao fato de que agora as mortes são mais explícitas. Numa cena Rambo joga fora da janela de seu carro a cabeça de seu inimigo. Na outra arranca o coração dele, ainda vivo, após uma série de flechadas certeiras. Isso sem contar as inúmeras cabeças que ele arranca com um facão. Hoje em dia esse grau de violência só é esperado em filmes de terror, do estilo gore. Mesmo assim não vejo problemas. Aliás é bom salientar que o filme, que é curto, rápido e eficaz, não se apoia apenas em cenas de extrema violência. Pelo contrário, o roteiro procura desenvolver o lado mais humano do personagem. Em sua curta duração se gasta um bom tempo mostrando o relacionamento de Rambo com seus poucos familiares ainda vivos, em especial sua sobrinha. Para falar a verdade a parte mais violenta do filme ocupa mesmo apenas os 12 minutos finais do filme. Todo o resto é um grande preparo para a vingança que virá. Outro aspecto positivo desse novo filme é que Stallone não levou seu velho soldado para a selva. Seria uma repetição desnecessária. Ele agora está no meio urbano, vivendo uma vida relativamente comum, em um rancho. Aspectos de sua personalidade são demonstrados, como o fato dele ter que tomar remédios para controlar seus impulsos e traumas. No quadro geral gostei bastante do filme. O John Rambo que surge nele é mais parecido com o velho Logan do que qualquer outra coisa. Alguém que procura a paz e o equilíbrio, mas que sempre precisa ter que lidar com a guerra e a violência. Se for o último filme da franquia será certamente uma boa despedida desse personagem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rambo - Last Blood
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Balboa Productions
Direção: Adrian Grunberg
Roteiro: Sylvester Stallone, Matthew Cirulnick
Elenco: Sylvester Stallone, Paz Vega, Yvette Monreal, Óscar Jaenada, Sergio Peris-Mencheta, Adriana Barraza
Sinopse:
Após anos de lutas e batalhas, John Rambo (Stallone) parece ter encontrado finalmente a paz. Ele agora vive em um rancho do Arizona ao lado de seus poucos parentes vivos. Sua vida porém muda novamente quando sua sobrinha cai nas garras de uma perigosa quadrilha de criminosos mexicanos. Assim Rambo precisa cruzar a fronteira para salvá-la desse trágico destino.
Comentários:
Pode chamar de Rambo V, sem problemas. O filme tem sido criticado por causa da violência. Bem, Rambo é um personagem violento. Atribuo esse tipo de crítica ao fato de que agora as mortes são mais explícitas. Numa cena Rambo joga fora da janela de seu carro a cabeça de seu inimigo. Na outra arranca o coração dele, ainda vivo, após uma série de flechadas certeiras. Isso sem contar as inúmeras cabeças que ele arranca com um facão. Hoje em dia esse grau de violência só é esperado em filmes de terror, do estilo gore. Mesmo assim não vejo problemas. Aliás é bom salientar que o filme, que é curto, rápido e eficaz, não se apoia apenas em cenas de extrema violência. Pelo contrário, o roteiro procura desenvolver o lado mais humano do personagem. Em sua curta duração se gasta um bom tempo mostrando o relacionamento de Rambo com seus poucos familiares ainda vivos, em especial sua sobrinha. Para falar a verdade a parte mais violenta do filme ocupa mesmo apenas os 12 minutos finais do filme. Todo o resto é um grande preparo para a vingança que virá. Outro aspecto positivo desse novo filme é que Stallone não levou seu velho soldado para a selva. Seria uma repetição desnecessária. Ele agora está no meio urbano, vivendo uma vida relativamente comum, em um rancho. Aspectos de sua personalidade são demonstrados, como o fato dele ter que tomar remédios para controlar seus impulsos e traumas. No quadro geral gostei bastante do filme. O John Rambo que surge nele é mais parecido com o velho Logan do que qualquer outra coisa. Alguém que procura a paz e o equilíbrio, mas que sempre precisa ter que lidar com a guerra e a violência. Se for o último filme da franquia será certamente uma boa despedida desse personagem.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de setembro de 2019
O Paciente Inglês
Título no Brasil: O Paciente Inglês
Título Original: The English Patient
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Miramax
Direção: Anthony Minghella
Roteiro: Anthony Minghella
Elenco: Ralph Fiennes, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Colin Firth, Kristin Scott Thomas, Jürgen Prochnow
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Michael Ondaatje, o filme narra a história de um militar inglês ferido durante a II Guerra Mundial. Sem conseguir lembrar do passado ele aos poucos vão se recordando de eventos que viveu. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor atriz coadjuvante (Juliette Binoche), mehor fotografia, figurino, música original, direção de arte e edição.
Comentários:
A crítica sempre adorou esse filme. Particularmente nunca consegui gostar. Assim vou contra a corrente. Sempre considerei um filme frio, desprovido de alma e coração. Bem de acordo com o jeito de ser do ator Ralph Fiennes. Ele é excelente para interpretar psicopatas como o oficial nazista Amon Goeth de "A Lista de Schindler", mas não personagens que exigem mais emoção. Ele parece ser feito de gelo, desprovido de calor humano. E aqui nessa produção isso ficou mais evidente. O diretor Anthony Minghella sempre preferiu um tipo de cinema mais elitista e intelectualizado. Nada de errado nisso. O problema mesmo é ser chato e aborrecido. Assim de todos os filmes que se tornaram grandes vencedores do Oscar esse sempre foi um dos que menos apreciei. É um daqueles filmes que faz o espectador travar uma ferrenha luta contra o tédio e o sono, nem sempre se saindo vencedor no final. Esse é o maior problema. Em suma, não gostei da primeira vez que assisti e nessa nova revisão o filme não me pareceu nada melhor. Não melhorou em nada com o passar dos anos. Continuo não gostando.
Pablo Aluísio.
Título Original: The English Patient
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Miramax
Direção: Anthony Minghella
Roteiro: Anthony Minghella
Elenco: Ralph Fiennes, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Colin Firth, Kristin Scott Thomas, Jürgen Prochnow
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Michael Ondaatje, o filme narra a história de um militar inglês ferido durante a II Guerra Mundial. Sem conseguir lembrar do passado ele aos poucos vão se recordando de eventos que viveu. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor atriz coadjuvante (Juliette Binoche), mehor fotografia, figurino, música original, direção de arte e edição.
Comentários:
A crítica sempre adorou esse filme. Particularmente nunca consegui gostar. Assim vou contra a corrente. Sempre considerei um filme frio, desprovido de alma e coração. Bem de acordo com o jeito de ser do ator Ralph Fiennes. Ele é excelente para interpretar psicopatas como o oficial nazista Amon Goeth de "A Lista de Schindler", mas não personagens que exigem mais emoção. Ele parece ser feito de gelo, desprovido de calor humano. E aqui nessa produção isso ficou mais evidente. O diretor Anthony Minghella sempre preferiu um tipo de cinema mais elitista e intelectualizado. Nada de errado nisso. O problema mesmo é ser chato e aborrecido. Assim de todos os filmes que se tornaram grandes vencedores do Oscar esse sempre foi um dos que menos apreciei. É um daqueles filmes que faz o espectador travar uma ferrenha luta contra o tédio e o sono, nem sempre se saindo vencedor no final. Esse é o maior problema. Em suma, não gostei da primeira vez que assisti e nessa nova revisão o filme não me pareceu nada melhor. Não melhorou em nada com o passar dos anos. Continuo não gostando.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Uma Razão Para Viver
Título no Brasil: Uma Razão Para Viver
Título Original: Breathe
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Imaginarium Productions
Direção: Andy Serkis
Roteiro: William Nicholson
Elenco: Andrew Garfield, Claire Foy, Hugh Bonneville, Tom Hollander, Ben Lloyd-Hughes, Camilla Rutherford
Sinopse:
Na Inglaterra da década de 1950, o jovem Robin Cavendish (Garfield) se apaixona pela bela Diana (Foy). Eles então namoram e se casam. Depois vão para o Quênia, na África. A vida transcorre bem até que Robin começa a apresentar sinais de uma estranha doença. O diagnóstico muda sua vida para sempre.
Comentários:
O filme começa com um tom bem romântico, mostrando um jovem casal desde os momentos em que se conheceu até o casamento. Ele parte para o Quênia e se torna importador de chás especiais. Ela o acompanha, o que rende ótimas cenas na região africana, me fazendo lembrar até mesmo de filmes como "Entre Dois Amores". Isso torna o filme ainda mais romântico, com todas aquelas belas cenas de Pôr do sol. Como se passa nos anos 1950 a situação fica ainda mais romantizada. Só que aí o protagonista começa a passar mal e o filme vira um drama, mostrando uma vítima da terrível poliomielite. Ele fica preso a uma cama, sem movimento das mãos e das pernas. O produtor desse filme está na verdade contando a história de seu próprio pai. Por isso em determinado momento para não deixar o filme pesado demais um certo tom mais leve é imposto. O personagem principal aos poucos vai ganhando pequenas vitórias, como a construção de uma cadeira de rodas que o possibilite sair para fora do hospital. E ele então vai para casa, mesmo com todos os riscos envolvidos. Na parte final há uma breve discussão sobre eutanásia, mas de forma superficial. O próprio roteiro deixa claro que foi isso mesmo que aconteceu, mas a questão legal e ética nunca é tratada com o devido espaço. Mesmo assim é um bom filme. O elenco conta com a atriz Claire Foy, mais conhecida por interpretar uma jovem rainha Elizabeth II na série "The Crown". Ela é a esposa. Já o marido, que sofre a doença, vem em boa atuação de Andrew Garfield, o próprio "Homem-Aranha". Poderia o roteiro ser mais detalhado e entrar em questões mais delicadas, porém do jeito que está não ficou mal. Antes relembrar essa história do que deixá-la no esquecimento. O cinema aqui funcionando como resgate de algo importante do passado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Breathe
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Imaginarium Productions
Direção: Andy Serkis
Roteiro: William Nicholson
Elenco: Andrew Garfield, Claire Foy, Hugh Bonneville, Tom Hollander, Ben Lloyd-Hughes, Camilla Rutherford
Sinopse:
Na Inglaterra da década de 1950, o jovem Robin Cavendish (Garfield) se apaixona pela bela Diana (Foy). Eles então namoram e se casam. Depois vão para o Quênia, na África. A vida transcorre bem até que Robin começa a apresentar sinais de uma estranha doença. O diagnóstico muda sua vida para sempre.
Comentários:
O filme começa com um tom bem romântico, mostrando um jovem casal desde os momentos em que se conheceu até o casamento. Ele parte para o Quênia e se torna importador de chás especiais. Ela o acompanha, o que rende ótimas cenas na região africana, me fazendo lembrar até mesmo de filmes como "Entre Dois Amores". Isso torna o filme ainda mais romântico, com todas aquelas belas cenas de Pôr do sol. Como se passa nos anos 1950 a situação fica ainda mais romantizada. Só que aí o protagonista começa a passar mal e o filme vira um drama, mostrando uma vítima da terrível poliomielite. Ele fica preso a uma cama, sem movimento das mãos e das pernas. O produtor desse filme está na verdade contando a história de seu próprio pai. Por isso em determinado momento para não deixar o filme pesado demais um certo tom mais leve é imposto. O personagem principal aos poucos vai ganhando pequenas vitórias, como a construção de uma cadeira de rodas que o possibilite sair para fora do hospital. E ele então vai para casa, mesmo com todos os riscos envolvidos. Na parte final há uma breve discussão sobre eutanásia, mas de forma superficial. O próprio roteiro deixa claro que foi isso mesmo que aconteceu, mas a questão legal e ética nunca é tratada com o devido espaço. Mesmo assim é um bom filme. O elenco conta com a atriz Claire Foy, mais conhecida por interpretar uma jovem rainha Elizabeth II na série "The Crown". Ela é a esposa. Já o marido, que sofre a doença, vem em boa atuação de Andrew Garfield, o próprio "Homem-Aranha". Poderia o roteiro ser mais detalhado e entrar em questões mais delicadas, porém do jeito que está não ficou mal. Antes relembrar essa história do que deixá-la no esquecimento. O cinema aqui funcionando como resgate de algo importante do passado.
Pablo Aluísio.
Crime e Paixão
Título no Brasil: Crime e Paixão
Título Original: Hustle
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Steve Shagan
Elenco: Burt Reynolds, Catherine Deneuve, Ernest Borgnine, Ben Johnson, Paul Winfield, Eileen Brennan
Sinopse:
Após a morte suspeita de uma bela e jovem garota de Los Angeles, o departamento de polícia da cidade escala um detetive para investigar o caso. Oficialmente o caso aponta para um suposto suídidio, mas será que isso realmente aconteceu? O que ele descobre acaba deixando todos surpresos.
Comentários:
Durante os anos 70 a carreira do ator Burt Reynolds no cinema foi uma sucessão de filmes de sucesso. Ele parecia se tornar o "astro da década" com seu estilo mais machão, com bigode e camisa aberta. Hoje em dia esse tipo de imagem soa até bem brega, mas naquela década do disco fazia muito sucesso, principalmente entre as mulheres. No fim da vida (ele faleceu em 2018) sua história se tornou um pouco trágica. Ele fez plásticas mal sucedidas, que deformaram seu rosto e o antigo astro entrou numa maré baixa, fazendo filmes bem ruins. Esqueça esse final melancólico de trajetória pessoal e procure curtir esse "Crime e Paixão". Certo, ficou um pouco datado pelo tempo, mas o curioso é que até funciona bem hoje em dia como diversão nostálgica. Burt Reynolds estava tão em alta que até o estúdio Paramount decidiu importar uma estrela da Europa para contracenar com ele. Usando vestidos generosos em decotes, a linda Catherine Deneuve é sem dúvida uma das boas razões para rever essa produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hustle
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Steve Shagan
Elenco: Burt Reynolds, Catherine Deneuve, Ernest Borgnine, Ben Johnson, Paul Winfield, Eileen Brennan
Sinopse:
Após a morte suspeita de uma bela e jovem garota de Los Angeles, o departamento de polícia da cidade escala um detetive para investigar o caso. Oficialmente o caso aponta para um suposto suídidio, mas será que isso realmente aconteceu? O que ele descobre acaba deixando todos surpresos.
Comentários:
Durante os anos 70 a carreira do ator Burt Reynolds no cinema foi uma sucessão de filmes de sucesso. Ele parecia se tornar o "astro da década" com seu estilo mais machão, com bigode e camisa aberta. Hoje em dia esse tipo de imagem soa até bem brega, mas naquela década do disco fazia muito sucesso, principalmente entre as mulheres. No fim da vida (ele faleceu em 2018) sua história se tornou um pouco trágica. Ele fez plásticas mal sucedidas, que deformaram seu rosto e o antigo astro entrou numa maré baixa, fazendo filmes bem ruins. Esqueça esse final melancólico de trajetória pessoal e procure curtir esse "Crime e Paixão". Certo, ficou um pouco datado pelo tempo, mas o curioso é que até funciona bem hoje em dia como diversão nostálgica. Burt Reynolds estava tão em alta que até o estúdio Paramount decidiu importar uma estrela da Europa para contracenar com ele. Usando vestidos generosos em decotes, a linda Catherine Deneuve é sem dúvida uma das boas razões para rever essa produção.
Pablo Aluísio.
Crocodilo Dundee
Título no Brasil: Crocodilo Dundee
Título Original: Crocodilo Dundee
Ano de Produção: 1986
País: Austrália
Estúdio: Rimfire Films
Direção: Peter Faiman
Roteiro: Ken Shadie, John Cornell
Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, John Meillon, David Gulpilil, Ritchie Singer, Maggie Blinco
Sinopse:
Michael J. 'Crocodile' Dundee (Paul Hogan) vira alvo da atenção de uma jornalista americana que decide levá-lo para conhecer a cidade grande, no caso New York City, com todos os exageros da grande metropóle. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original.
Comentários:
Acredite, eu assisti esse filme no cinema nos anos 80. A crítica brasileira foi muito simpática a esse primeiro filme do Crocodilo Dundee, o que acabou me animando a ver em tela grande. A verdade por trás de toda essa simpatia porém é que o filme era mesmo apenas mediano. Uma Sessão da Tarde sem maiores pretensões. O roteiro girava sempre em torno do mesmo tema, ou seja, o choque cultural entre um australiano do interior e a opulência e o caos urbano da cidade grande, no caso Nova Iorque. Esse primeiro (de três filmes) foi absurdamente lucrativo. A produção custou meros 8 milhões de dólares e nas bilheterias o filme rendeu mais de 170 milhões no mercado americano e 320 milhões no mercado internacional. Trocando em miúdos, o ator Paul Hogan ficou multimilionário apenas com essa produção. De quebra levou a atriz Linda Kozlowski para casa, se casando com ela. Nada mal para um australiano turrão, vindo das regiões mais isoladas do continente. A fórmula iria se repetir nos dois filmes seguintes, mas passado o momento inicial de conhecer o personagem tudo iria ficar mais sem graça. O curioso é que esse filme também recebeu a indicação ao Oscar numa categoria importante, a de melhor roteiro. O que será que se passava com a cabeça dos membros da academia? A indicação foi totalmente equivocada, impulsionada talvez apenas pelo sucesso do filme e nada mais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Crocodilo Dundee
Ano de Produção: 1986
País: Austrália
Estúdio: Rimfire Films
Direção: Peter Faiman
Roteiro: Ken Shadie, John Cornell
Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, John Meillon, David Gulpilil, Ritchie Singer, Maggie Blinco
Sinopse:
Michael J. 'Crocodile' Dundee (Paul Hogan) vira alvo da atenção de uma jornalista americana que decide levá-lo para conhecer a cidade grande, no caso New York City, com todos os exageros da grande metropóle. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original.
Comentários:
Acredite, eu assisti esse filme no cinema nos anos 80. A crítica brasileira foi muito simpática a esse primeiro filme do Crocodilo Dundee, o que acabou me animando a ver em tela grande. A verdade por trás de toda essa simpatia porém é que o filme era mesmo apenas mediano. Uma Sessão da Tarde sem maiores pretensões. O roteiro girava sempre em torno do mesmo tema, ou seja, o choque cultural entre um australiano do interior e a opulência e o caos urbano da cidade grande, no caso Nova Iorque. Esse primeiro (de três filmes) foi absurdamente lucrativo. A produção custou meros 8 milhões de dólares e nas bilheterias o filme rendeu mais de 170 milhões no mercado americano e 320 milhões no mercado internacional. Trocando em miúdos, o ator Paul Hogan ficou multimilionário apenas com essa produção. De quebra levou a atriz Linda Kozlowski para casa, se casando com ela. Nada mal para um australiano turrão, vindo das regiões mais isoladas do continente. A fórmula iria se repetir nos dois filmes seguintes, mas passado o momento inicial de conhecer o personagem tudo iria ficar mais sem graça. O curioso é que esse filme também recebeu a indicação ao Oscar numa categoria importante, a de melhor roteiro. O que será que se passava com a cabeça dos membros da academia? A indicação foi totalmente equivocada, impulsionada talvez apenas pelo sucesso do filme e nada mais.
Pablo Aluísio.
domingo, 22 de setembro de 2019
Mente Criminosa
É um bom filme, embora a trama em si exija uma certa cumplicidade do espectador. É a tal situação, quando forçam demais a barra, o público tem que criar uma certa boa vontade para o filme funcionar. Aqui temos Kevin Costner (que nos anos 80 era dito como o "novo Gary Cooper") interpretando um criminoso, um assassino que acaba tendo a mente alterada dentro da prisão, tudo fruto de um experimento do governo americano. Vejam só: transportam a mente de um agente da CIA chamado Bill Pope (Ryan Reynolds) para o assassino condenado Jericho Stewart (Costner).
Bom, não precisa pensar muito para saber que misturar habilidades de um agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos com uma mente psicopata é certamente uma péssima (e perigosa) ideia. O filme se desenvolve bem, tem excelentes cenas, algumas de ação muito bem orquestradas, em produção realmente boa. Alguns atores são desperdiçados, entre eles o próprio Ryan Reynolds. Até Tommy Lee Jones não ganha o espaço necessário. Mesmo assim isso no final das contas não chega a prejudicar o filme como um todo. É apenas um detalhe. Por fim fica a dica de transformarem o filme numa série de sucesso. Enredo para isso certamente existe. Só falta a iniciativa para levar tudo do cinema para a telinha. Vamos ver se isso vai acontecer um dia.
Mente Criminosa (Criminal, Estados Unidos, 2016) Direção: Ariel Vromen / Roteiro: Douglas Cook, David Weisberg / Elenco: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Ryan Reynolds, Gal Gadot / Sinopse: Assassino condenado (Costner) tem a mente de um agente da CIA (Reynolds) transplantado para seu subconsciente. Com as habilidades do agente morto, o criminoso logo foge da prisão, indo parar nas ruas, com a CIA tentando de todas as formas recapturá-lo.
Pablo Aluísio.
Bom, não precisa pensar muito para saber que misturar habilidades de um agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos com uma mente psicopata é certamente uma péssima (e perigosa) ideia. O filme se desenvolve bem, tem excelentes cenas, algumas de ação muito bem orquestradas, em produção realmente boa. Alguns atores são desperdiçados, entre eles o próprio Ryan Reynolds. Até Tommy Lee Jones não ganha o espaço necessário. Mesmo assim isso no final das contas não chega a prejudicar o filme como um todo. É apenas um detalhe. Por fim fica a dica de transformarem o filme numa série de sucesso. Enredo para isso certamente existe. Só falta a iniciativa para levar tudo do cinema para a telinha. Vamos ver se isso vai acontecer um dia.
Mente Criminosa (Criminal, Estados Unidos, 2016) Direção: Ariel Vromen / Roteiro: Douglas Cook, David Weisberg / Elenco: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Ryan Reynolds, Gal Gadot / Sinopse: Assassino condenado (Costner) tem a mente de um agente da CIA (Reynolds) transplantado para seu subconsciente. Com as habilidades do agente morto, o criminoso logo foge da prisão, indo parar nas ruas, com a CIA tentando de todas as formas recapturá-lo.
Pablo Aluísio.
Invasão a Londres
Todos os principais líderes do mundo livre se reúnem em Londres para o funeral do primeiro-ministro britânico. Obviamente isso seria um prato cheio para terroristas, o momento ideal para matar vários deles em um só lugar, ao mesmo tempo. O filme assim se desenvolve nessa linha. Terroristas por todos os lados, dominando Londres, enquanto apenas um agente, Mike Banning (Gerard Butler), tenta manter o presidente dos Estados Unidos vivo. Esse é interpretado pelo ator Aaron Eckhart. O filme é bem produzido (a produção inclusive ficou a cargo do próprio Gerard Butler) e tem realmente cenas de ação muito bem feitas.
O problema é que o roteiro é vazio demais. Não que um filme como esse, de pura ação, precisasse ter um roteiro complexo demais, nada disso, porém criar uma estória minimamente bem bolada seria o mínimo a se esperar. Assim sobram bombas e tiros e falta lógica em tudo o que acontece. O grande ator do elenco é Morgan Freeman, mas ele tem pouco a fazer em cena. Ele interpreta o vice-presidente dos Estados Unidos, que fica na torcida para que tudo dê certo. Seu papel consegue ser mais raso do que o próprio filme em si e isso é definitivamente uma péssima notícia. Enfim, "Invasão a Londres" seria muito melhor nas mãos de roteiristas mais talentosos. Do jeito que ficou faltou suspense, veracidade e um enredo melhor.
Invasão a Londres (London Has Fallen, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Millennium Films / Direção: Babak Najafi / Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin BenediktElenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Michael Wildman, Alon Aboutboul, Waleed Zuaiter / Sinopse: Durante o funeral do primeiro-ministro da Inglaterra uma série de atentados terroristas começam a acontecer em Londres, colocando em risco a segurança dos principais líderes mundiais.
Pablo Aluísio.
O problema é que o roteiro é vazio demais. Não que um filme como esse, de pura ação, precisasse ter um roteiro complexo demais, nada disso, porém criar uma estória minimamente bem bolada seria o mínimo a se esperar. Assim sobram bombas e tiros e falta lógica em tudo o que acontece. O grande ator do elenco é Morgan Freeman, mas ele tem pouco a fazer em cena. Ele interpreta o vice-presidente dos Estados Unidos, que fica na torcida para que tudo dê certo. Seu papel consegue ser mais raso do que o próprio filme em si e isso é definitivamente uma péssima notícia. Enfim, "Invasão a Londres" seria muito melhor nas mãos de roteiristas mais talentosos. Do jeito que ficou faltou suspense, veracidade e um enredo melhor.
Invasão a Londres (London Has Fallen, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Millennium Films / Direção: Babak Najafi / Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin BenediktElenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Michael Wildman, Alon Aboutboul, Waleed Zuaiter / Sinopse: Durante o funeral do primeiro-ministro da Inglaterra uma série de atentados terroristas começam a acontecer em Londres, colocando em risco a segurança dos principais líderes mundiais.
Pablo Aluísio.
sábado, 21 de setembro de 2019
Troca de Rainhas
Título no Brasil: Troca de Rainhas
Título Original: L'échange des Princesses
Ano de Produção: 2017
País: França, Inglaterra
Estúdio: High Sea Production
Direção: Marc Dugain
Roteiro: Chantal Thomas
Elenco: Igor van Dessel, Juliane Lepoureau, Anamaria Vartolomei, Lambert Wilson, Olivier Gourmet, Catherine Mouchet
Sinopse:
No ano de 1721, França e Espanha decidem assinar um pacto de paz após longos anos de guerra. Dentro desse pacto os reis decidem promover um casamento entre as famílias reais dos dois países. Assim a filha do Rei da Espanha Felipe V é envada para a França para se casar com o jovem Luís XV. A França por sua vez envia uma nobre para se casar com o futuro Rei espanhol, só que as coisas acabam não saindo como planejado pelas monarquias europeias.
Comentários:
Excelente filme. A história de fato aconteceu envolvendo as casas reais da França e Espanha. Era comum na época a promoção de casamentos arranjados para selar a paz entre as nações. Eram os tempos das monarquias absolutas da Europa. Aqui houve um arranjo matrimonial duplo que acabou dando muito errado. O Rei da Espanha enviu sua filha Marie Victoire para se casar com Luís XV, mas havia um sério problema. A menina tinha apenas sete anos de idade, uma criança ainda brincando com bonecas. Não que Luís XV fosse um homem formado. Tinhas apenas 12 anos na época. Um casamento impossível de se consumar. O curioso é que essa mesma menina Marie Victoire iria se casar décadas depois com o Rei de Portugal, se tornando a avó de Dom João VI e bisavó de Dom Pedro I. Em suma, é algo bem próximo da nossa própria história. Já o presente da casa de França para a Espanha foi bem mais complicado. Era a jovem nobre Louise Elisabeth, uma princesa insuportável, mimada e arrogante. Acabou arruinando a vida do futuro Rei da Espanha Luís I, que teve vida curta e trágica, morrendo ainda muito jovem, vítima de varíola. Enfim, excelente filme francês, especialmente indicado para quem adora história, como esse que aqui escreve. Não deixe passar em branco. É uma aula de história que não se aprende na escola.
Pablo Aluísio.
Título Original: L'échange des Princesses
Ano de Produção: 2017
País: França, Inglaterra
Estúdio: High Sea Production
Direção: Marc Dugain
Roteiro: Chantal Thomas
Elenco: Igor van Dessel, Juliane Lepoureau, Anamaria Vartolomei, Lambert Wilson, Olivier Gourmet, Catherine Mouchet
Sinopse:
No ano de 1721, França e Espanha decidem assinar um pacto de paz após longos anos de guerra. Dentro desse pacto os reis decidem promover um casamento entre as famílias reais dos dois países. Assim a filha do Rei da Espanha Felipe V é envada para a França para se casar com o jovem Luís XV. A França por sua vez envia uma nobre para se casar com o futuro Rei espanhol, só que as coisas acabam não saindo como planejado pelas monarquias europeias.
Comentários:
Excelente filme. A história de fato aconteceu envolvendo as casas reais da França e Espanha. Era comum na época a promoção de casamentos arranjados para selar a paz entre as nações. Eram os tempos das monarquias absolutas da Europa. Aqui houve um arranjo matrimonial duplo que acabou dando muito errado. O Rei da Espanha enviu sua filha Marie Victoire para se casar com Luís XV, mas havia um sério problema. A menina tinha apenas sete anos de idade, uma criança ainda brincando com bonecas. Não que Luís XV fosse um homem formado. Tinhas apenas 12 anos na época. Um casamento impossível de se consumar. O curioso é que essa mesma menina Marie Victoire iria se casar décadas depois com o Rei de Portugal, se tornando a avó de Dom João VI e bisavó de Dom Pedro I. Em suma, é algo bem próximo da nossa própria história. Já o presente da casa de França para a Espanha foi bem mais complicado. Era a jovem nobre Louise Elisabeth, uma princesa insuportável, mimada e arrogante. Acabou arruinando a vida do futuro Rei da Espanha Luís I, que teve vida curta e trágica, morrendo ainda muito jovem, vítima de varíola. Enfim, excelente filme francês, especialmente indicado para quem adora história, como esse que aqui escreve. Não deixe passar em branco. É uma aula de história que não se aprende na escola.
Pablo Aluísio.
Efeito Zero
Os brasileiros gostam de chamar esse tipo de produção de "filmes de detetives". Nem precisa dizer que o auge desse tipo de filme aconteceu lá por volta dos anos 40, 50, com o surgimento do film noir. De lá para cá tudo o mais parece uma pálida cópia, plágio plastificado. Esse filme aqui tenta ser um "noir moderno", algo que sempre me pareceu ser sem sentido e sem noção. Na trama (ou diria traminha) um detetive é chamado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubo e assassinato.
Como sempre acontece com esses herdeiros tardios do noir tudo que parecesse mais enrolado e sombrio, melhor. O problema é que sem o charme dos anos 40 tudo fica pelo meio do caminho. No elenco dois destaques. Bill Pullman sempre foi um ator bacana. Aqui está meio perdido. Ryan O'Neal funciona como coadjuvante de luxo. Nada demais, apenas uma lembrança pálida dos ótimos filmes que fez nos anos 70. Já Ben Stiller é sem salvação. Sujeitinho mais chato não existe no cinema americano. Então é isso. Fica o resgate desse filme que pouca gente lembra hoje em dia.
Efeito Zero (Zero Effect, Estados Unidos, 1998) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Jake Kasdan / Elenco: Bill Pullman, Ben Stiller, Ryan O'Neal / Sinopse: Detetive particular é contratado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubos e assassinato. Filme dos anos 90 que tenta ressuscitar a estética do cinema noir.
Pablo Aluísio.
Como sempre acontece com esses herdeiros tardios do noir tudo que parecesse mais enrolado e sombrio, melhor. O problema é que sem o charme dos anos 40 tudo fica pelo meio do caminho. No elenco dois destaques. Bill Pullman sempre foi um ator bacana. Aqui está meio perdido. Ryan O'Neal funciona como coadjuvante de luxo. Nada demais, apenas uma lembrança pálida dos ótimos filmes que fez nos anos 70. Já Ben Stiller é sem salvação. Sujeitinho mais chato não existe no cinema americano. Então é isso. Fica o resgate desse filme que pouca gente lembra hoje em dia.
Efeito Zero (Zero Effect, Estados Unidos, 1998) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Jake Kasdan / Elenco: Bill Pullman, Ben Stiller, Ryan O'Neal / Sinopse: Detetive particular é contratado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubos e assassinato. Filme dos anos 90 que tenta ressuscitar a estética do cinema noir.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Crocodilo Dundee em Hollywood
Que fim levou Paul Hogan?! O sujeito me surge em meados dos anos 80 com um filme chamado "Crocodilo Dundee" que inclusive deu origem a uma sequência, depois rodou esse terceiro filme e... desapareceu completamente depois disso! Nunca mais ouvi falar desse simpático australiano que fez uma (breve) carreira em Hollywood interpretando o mesmo personagem (que no fundo era ele mesmo!). Como era de se esperar esse terceiro filme em nada muda o roteiro que já havia sido utilizado nos filmes anteriores. É basicamente o mesmo enredo, mostrando um caipirão australiano às voltas com a cidade grande, com os desafios de uma grande metrópole americana.
A única diferença é que agora tudo se passa em Los Angeles. Nada muito diferente do que já havia sido visto antes. Esse terceiro filme é bem fraquinho, com orçamento precário e situações saturadas que já não divertem mais como antes. Além disso Los Angeles há muito deixou para trás o glamour de seu passado, quando Hollywood esbanjava elegância e luxo das estrelas de cinema. Hoje em dia a cidade é cheia de ruas feias, lotadas de sem-tetos, traficantes, viciados e garotas de programa. O filme ainda tenta fazer algum humor em cima dessa fauna urbana, mas o baixo astral é tão grande que nem o Crocodilo Dundee conseguiu tirar risos disso. Melhor esquecer esse filme bem descartável e ruim.
Crocodilo Dundee em Hollywood (Crocodile Dundee in Los Angeles, Estados Unidos, 2001) Direção: Simon Wincer / Roteiro: Paul Hogan, Matt Berry / Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, Jere Burns / Sinopse: Crocodilo Dundee (Paul Hogan) deixa os pântanos da Austrália para trás para encarar uma outra selva, essa de pedra, no caos urbano da grande Los Angeles. Filme "premiado" no Framboesa de Ouro na categoria de Pior sequência, continuação ou remake.
Pablo Aluísio.
A única diferença é que agora tudo se passa em Los Angeles. Nada muito diferente do que já havia sido visto antes. Esse terceiro filme é bem fraquinho, com orçamento precário e situações saturadas que já não divertem mais como antes. Além disso Los Angeles há muito deixou para trás o glamour de seu passado, quando Hollywood esbanjava elegância e luxo das estrelas de cinema. Hoje em dia a cidade é cheia de ruas feias, lotadas de sem-tetos, traficantes, viciados e garotas de programa. O filme ainda tenta fazer algum humor em cima dessa fauna urbana, mas o baixo astral é tão grande que nem o Crocodilo Dundee conseguiu tirar risos disso. Melhor esquecer esse filme bem descartável e ruim.
Crocodilo Dundee em Hollywood (Crocodile Dundee in Los Angeles, Estados Unidos, 2001) Direção: Simon Wincer / Roteiro: Paul Hogan, Matt Berry / Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, Jere Burns / Sinopse: Crocodilo Dundee (Paul Hogan) deixa os pântanos da Austrália para trás para encarar uma outra selva, essa de pedra, no caos urbano da grande Los Angeles. Filme "premiado" no Framboesa de Ouro na categoria de Pior sequência, continuação ou remake.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
O Príncipe Feliz
Título no Brasil: O Príncipe Feliz
Título Original: The Happy Prince
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Alemanha, Bélgica
Estúdio: Maze Pictures
Direção: Rupert Everett
Roteiro: Rupert Everett
Elenco: Rupert Everett, Colin Firth, Emily Watson, Colin Morgan, Tom Wilkinson, Tom Colley
Sinopse:
Após cumprir sua pena de trabalhos forçados numa prisão inglesa, o escritor Oscar Wilde finalmente ganha a sua liberdade. Sem pensar duas vezes ele vai embora para Paris onde pretende recomeçar sua vida, só que velhos fantasmas do passado teimam em persegui-lo. Filme indicado no Berlin International Film Festival, British Independent Film Awards e European Film Awards.
Comentários:
Geralmente quando lemos alguma biografia do escritor Oscar Wilde descobrimos que ele foi preso acusado de ser homossexual (era um crime na era vitoriana) e depois de cumprir sua pena (de 2 anos) teria ido para Paris, onde morreu. Mas o que aconteceu nesse período final de sua vida? Esse filme traz todos os detalhes de seus últimos meses de vida. É curioso perceber que a prisão, com trabalhos forçados, destruiu não apenas a reputação de Wilde, mas também o arruinou financeiramente e artisticamente. Psicologicamente ele igualmente ficou muito mal. Quando o encontramos no filme ele está praticamente falido, sem dinheiro nem para pagar uma conta de bar. Frequentando pequenas tavernas de Paris ele tenta viver um dia de cada vez. A decadência absoluta de Wilde desfila pela tela, sem amenizar sua ruína pessoal. Eu tinha poucas informações sobre esse período de sua vida e fiquei bem surpreso em saber que mesmo após passar por tudo ele ainda foi atrás de "Bosie", o filho de um rico nobre inglês, o mesmo que fez de tudo para que Wilde fosse para a prisão. E nesse reencontro ele finalmente percebeu que seu jovem amante era no fundo um sujeito mesquinho, frívolo e decepcionante. Deve ter sido terrível para Wilde saber disso depois de tudo o que passou. Enfim, excelente filme, muito bem feito, com ótima direção e roteiro. Se você gosta de Oscar Wilde e sua obra então é uma peça cinematográfica simplesmente indispensável.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Happy Prince
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Alemanha, Bélgica
Estúdio: Maze Pictures
Direção: Rupert Everett
Roteiro: Rupert Everett
Elenco: Rupert Everett, Colin Firth, Emily Watson, Colin Morgan, Tom Wilkinson, Tom Colley
Sinopse:
Após cumprir sua pena de trabalhos forçados numa prisão inglesa, o escritor Oscar Wilde finalmente ganha a sua liberdade. Sem pensar duas vezes ele vai embora para Paris onde pretende recomeçar sua vida, só que velhos fantasmas do passado teimam em persegui-lo. Filme indicado no Berlin International Film Festival, British Independent Film Awards e European Film Awards.
Comentários:
Geralmente quando lemos alguma biografia do escritor Oscar Wilde descobrimos que ele foi preso acusado de ser homossexual (era um crime na era vitoriana) e depois de cumprir sua pena (de 2 anos) teria ido para Paris, onde morreu. Mas o que aconteceu nesse período final de sua vida? Esse filme traz todos os detalhes de seus últimos meses de vida. É curioso perceber que a prisão, com trabalhos forçados, destruiu não apenas a reputação de Wilde, mas também o arruinou financeiramente e artisticamente. Psicologicamente ele igualmente ficou muito mal. Quando o encontramos no filme ele está praticamente falido, sem dinheiro nem para pagar uma conta de bar. Frequentando pequenas tavernas de Paris ele tenta viver um dia de cada vez. A decadência absoluta de Wilde desfila pela tela, sem amenizar sua ruína pessoal. Eu tinha poucas informações sobre esse período de sua vida e fiquei bem surpreso em saber que mesmo após passar por tudo ele ainda foi atrás de "Bosie", o filho de um rico nobre inglês, o mesmo que fez de tudo para que Wilde fosse para a prisão. E nesse reencontro ele finalmente percebeu que seu jovem amante era no fundo um sujeito mesquinho, frívolo e decepcionante. Deve ter sido terrível para Wilde saber disso depois de tudo o que passou. Enfim, excelente filme, muito bem feito, com ótima direção e roteiro. Se você gosta de Oscar Wilde e sua obra então é uma peça cinematográfica simplesmente indispensável.
Pablo Aluísio.
Efeito Colateral
Título no Brasil: Efeito Colateral
Título Original: Collateral Damage
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Ronald Roose, David Griffiths
Elenco: Arnold Schwarzenegger, John Leguizamo, Francesca Neri, John Turturro, Michael Milhoan, Rick Worthy
Sinopse:
Gordy Brewer (Arnold Schwarzenegger) é um bombeiro. Homem honsto, comum. Ele nunca pensou em ser um cara violento, até o dia em que sua família é assassinada. A partir daí ele resolve procurar justiça por si mesmo, usando para isso a força de seus punhos e o poder de fogo de armas pesadas.
Comentários:
Eu sempre gostei, de maneira em geral, dos filmes de ação do Arnold Schwarzenegger. Esse aqui porém não me agradou em nada. A fórmula já estava mais do que saturada, sem ter para onde ir. O roteiro era o básico do básico, aquela velha coisa de vingança que todos já estamos fartos de ver no cinema americano. Para piorar não havia uma boa produção para manter pelo menos o mínimo interesse no que estava passando na tela. Acontece que o Arnold Schwarzenegger estava mais interessado em política. Ele tinha planos na época de largar o cinema para se tornar governador da Califórnia (algo que iria conseguir). O problema é que o filme foi feito nessa situação de ressaca. Outro dia inclusive lendo a biografia do ator vi que ele escreveu que já não aguentava mais o set de cinema, ficar pendurado em cordas, etc. Ele queria mesmo era ser um figurão em um escritório, em um gabinete. E afinal do que se trata o filme? O Schwarzenegger é um bombeiro, um cara comum. Tudo vai bem, às mil maravilhas, até que sua família é assassinada por um grupo terrorista. Vendo que o crime ficará impune então ele resolve fazer justiça pelas próprias mãos. Como se pode perceber não há nada de novo no front. O roteiro é outro derivativo de "Desejo de Matar", sem tirar, nem colocar muita coisa. É um filme fraco, bastante esquecível, sem rumo próprio. Hoje em dia poucos lembram. Esquecimento merecido.
Pablo Aluísio.
Título Original: Collateral Damage
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Ronald Roose, David Griffiths
Elenco: Arnold Schwarzenegger, John Leguizamo, Francesca Neri, John Turturro, Michael Milhoan, Rick Worthy
Sinopse:
Gordy Brewer (Arnold Schwarzenegger) é um bombeiro. Homem honsto, comum. Ele nunca pensou em ser um cara violento, até o dia em que sua família é assassinada. A partir daí ele resolve procurar justiça por si mesmo, usando para isso a força de seus punhos e o poder de fogo de armas pesadas.
Comentários:
Eu sempre gostei, de maneira em geral, dos filmes de ação do Arnold Schwarzenegger. Esse aqui porém não me agradou em nada. A fórmula já estava mais do que saturada, sem ter para onde ir. O roteiro era o básico do básico, aquela velha coisa de vingança que todos já estamos fartos de ver no cinema americano. Para piorar não havia uma boa produção para manter pelo menos o mínimo interesse no que estava passando na tela. Acontece que o Arnold Schwarzenegger estava mais interessado em política. Ele tinha planos na época de largar o cinema para se tornar governador da Califórnia (algo que iria conseguir). O problema é que o filme foi feito nessa situação de ressaca. Outro dia inclusive lendo a biografia do ator vi que ele escreveu que já não aguentava mais o set de cinema, ficar pendurado em cordas, etc. Ele queria mesmo era ser um figurão em um escritório, em um gabinete. E afinal do que se trata o filme? O Schwarzenegger é um bombeiro, um cara comum. Tudo vai bem, às mil maravilhas, até que sua família é assassinada por um grupo terrorista. Vendo que o crime ficará impune então ele resolve fazer justiça pelas próprias mãos. Como se pode perceber não há nada de novo no front. O roteiro é outro derivativo de "Desejo de Matar", sem tirar, nem colocar muita coisa. É um filme fraco, bastante esquecível, sem rumo próprio. Hoje em dia poucos lembram. Esquecimento merecido.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Memória de um Crime
Título no Brasil: Memória de um Crime
Título Original: Backtrace
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Mike Maples
Elenco: Sylvester Stallone, Matthew Modine, Christopher McDonald, Colin Egglesfield, Ryan Guzman, Meadow Williams
Sinopse:
Sete anos após um assalto a banco um dos antigos membros da quadrilha, que estava com amnésia, tenta recordar onde foi escondido uma parte do dinheiro roubado. Para isso ele toma uma droga experimental que mexe com sua mente de forma destrutiva.
Comentários:
Antes de rodar "Rambo V", Sylvester Stallone arranjou um tempinho para filmar esse filme policial classe B. Ele interpreta um detetive da polícia estadual que tenta resolver um caso em aberto, envolvendo o roubo de um banco na sua cidade. Durante sete anos as investigações não dão em nada, até que um dos suspeitos entra em campo para tentar encontrar parte do dinheiro que havia sido roubado e escondido numa fábrica. Ok, o roteiro até tenta ser um pouco diferenciado, mas a pura verdade é que o filme não agrada e está lotado de clichês por todos os lados. O próprio Stallone é praticamente um coadjuvante de luxo. Com figurino preto, poucos diálogos, ele poderia ser substituído que o público nem notaria. Quem ganha mais espaço no filme é Matthew Modine. Irreconhecível, com cabelos brancos, ele é um dos comparsas da quadrilha que após muitos anos toma uma dose experimental de uma droga para se lembrar onde o dinheiro foi colocado. Nada de muito especial. Suas dores de cabeça, com a câmera tremendo, quase cria um humor involuntário. Ficou forçado demais. Então é isso. Esse "Backtrace" não passa de um policial B, bem descartável e esquecível. Para os fãs de Stallone só resta mesmo esperar pelo novo filme do John Rambo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Backtrace
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Mike Maples
Elenco: Sylvester Stallone, Matthew Modine, Christopher McDonald, Colin Egglesfield, Ryan Guzman, Meadow Williams
Sinopse:
Sete anos após um assalto a banco um dos antigos membros da quadrilha, que estava com amnésia, tenta recordar onde foi escondido uma parte do dinheiro roubado. Para isso ele toma uma droga experimental que mexe com sua mente de forma destrutiva.
Comentários:
Antes de rodar "Rambo V", Sylvester Stallone arranjou um tempinho para filmar esse filme policial classe B. Ele interpreta um detetive da polícia estadual que tenta resolver um caso em aberto, envolvendo o roubo de um banco na sua cidade. Durante sete anos as investigações não dão em nada, até que um dos suspeitos entra em campo para tentar encontrar parte do dinheiro que havia sido roubado e escondido numa fábrica. Ok, o roteiro até tenta ser um pouco diferenciado, mas a pura verdade é que o filme não agrada e está lotado de clichês por todos os lados. O próprio Stallone é praticamente um coadjuvante de luxo. Com figurino preto, poucos diálogos, ele poderia ser substituído que o público nem notaria. Quem ganha mais espaço no filme é Matthew Modine. Irreconhecível, com cabelos brancos, ele é um dos comparsas da quadrilha que após muitos anos toma uma dose experimental de uma droga para se lembrar onde o dinheiro foi colocado. Nada de muito especial. Suas dores de cabeça, com a câmera tremendo, quase cria um humor involuntário. Ficou forçado demais. Então é isso. Esse "Backtrace" não passa de um policial B, bem descartável e esquecível. Para os fãs de Stallone só resta mesmo esperar pelo novo filme do John Rambo.
Pablo Aluísio.
D-Tox
Título no Brasil: D-Tox
Título Original: D-Tox
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Kris Kristofferson, Stephen Lang, Polly Walker, Robert Patrick
Sinopse
Após uma série de assassinatos sem solução, envolvendo até mesmo a morte de um policial, um detetive do departamento de polícia, Jake Malloy (Stallone), se infiltra em um grupo para seguir os passos de um potencial suspeito.
Comentários:
Filme pouco lembrado hoje em dia dentro da filmografia do ator Sylvester Stallone. O interessante é que o filme até tem seus bons momentos. O enredo criminal se passa todo em uma cidade fria, escura e gelada do Canadá (onde as filmagens foram realizadas). O clima certo para um filme de caça a um serial killer. Além disso o diretor vinha do sucesso do suspense "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado". Parecia o nome certo para esse filme policial mais dark. Só que o público não comprou a ideia da produção e esse thriller fracassou nas bilheterias. Para Stallone foi uma péssima notícia pois ele vinha numa fase de maré baixa, de poucos sucessos comerciais. Logo ele que foi um dos campeões absolutos de bilheteria dos anos 80. Mesmo sem ter feito sucesso volto a escrever que o filme em si não é ruim, muito pelo contrário, só não teve êxito de público. A crítica por outro lado até pegou leve em se tratando de um filme com Stallone. Por fim uma curiosidade: "D-Tox" tem coadjuvantes muito bons, como o cantor e compositor country Kris Kristofferson e Robert Patrick, o inimigo cibernético de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro 2".
Pablo Aluísio.
Título Original: D-Tox
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Kris Kristofferson, Stephen Lang, Polly Walker, Robert Patrick
Sinopse
Após uma série de assassinatos sem solução, envolvendo até mesmo a morte de um policial, um detetive do departamento de polícia, Jake Malloy (Stallone), se infiltra em um grupo para seguir os passos de um potencial suspeito.
Comentários:
Filme pouco lembrado hoje em dia dentro da filmografia do ator Sylvester Stallone. O interessante é que o filme até tem seus bons momentos. O enredo criminal se passa todo em uma cidade fria, escura e gelada do Canadá (onde as filmagens foram realizadas). O clima certo para um filme de caça a um serial killer. Além disso o diretor vinha do sucesso do suspense "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado". Parecia o nome certo para esse filme policial mais dark. Só que o público não comprou a ideia da produção e esse thriller fracassou nas bilheterias. Para Stallone foi uma péssima notícia pois ele vinha numa fase de maré baixa, de poucos sucessos comerciais. Logo ele que foi um dos campeões absolutos de bilheteria dos anos 80. Mesmo sem ter feito sucesso volto a escrever que o filme em si não é ruim, muito pelo contrário, só não teve êxito de público. A crítica por outro lado até pegou leve em se tratando de um filme com Stallone. Por fim uma curiosidade: "D-Tox" tem coadjuvantes muito bons, como o cantor e compositor country Kris Kristofferson e Robert Patrick, o inimigo cibernético de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro 2".
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Um Tira da Pesada III
Título no Brasil: Um Tira da Pesada III
Título Original: Beverly Hills Cop III
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Danilo Bach, Daniel Petrie Jr
Elenco: Eddie Murphy, Jon Tenney, Joey Travolta, Eugene Collier, Jimmy Ortega, Ousaun Elam
Sinopse:
Enquanto investiga um caso envolvendo roubos de carros, o detetive Axel Foley (Murphy) descobre outro crime sendo cometido por uma quadrilha de criminosos. E tudo envolvendo um parque temático em Los Angeles.
Comentários:
Os dois primeiros filmes foram grandes sucessos de bilheteria. Os maiores até então dentro da carreira de Eddie Murphy nos anos 80. Só que o tempo passou, ele nunca aceitava os cachês oferecidos para voltar a interpretar o tira Axel Foley e o projeito de um terceiro filme parecia nunca sair do papel. Até que em 1994 finalmente o ator e a Paramount acertaram as arestas e Murphy retornou para um de seus personagens mais populares. O problema é que o filme não foi o sucesso esperado. Na realidade até hoje me surpreendo pelo fato desse filme não ter agradado. Muitos reclamaram do roteiro, da falta de cenas divertidas e engraçadas, etc. E perceba que o filme foi dirigido por John Landis, um baita de um diretor talentoso. O que deu errado? Complicado saber, mesmo após tantos anos. Talvez tenha sido a época errada para se produzir o filme. Se fosse nos anos 80 a onda em torno dessa franquia ainda estava em alta. Depois com o tempo o hype vai passando, as pessoas vão esquecendo... e se perde o tempo certo para lançar um filme como esse. Muito provavelmente foi isso que de fato aconteceu.
Pablo Aluísio.
Título Original: Beverly Hills Cop III
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Danilo Bach, Daniel Petrie Jr
Elenco: Eddie Murphy, Jon Tenney, Joey Travolta, Eugene Collier, Jimmy Ortega, Ousaun Elam
Sinopse:
Enquanto investiga um caso envolvendo roubos de carros, o detetive Axel Foley (Murphy) descobre outro crime sendo cometido por uma quadrilha de criminosos. E tudo envolvendo um parque temático em Los Angeles.
Comentários:
Os dois primeiros filmes foram grandes sucessos de bilheteria. Os maiores até então dentro da carreira de Eddie Murphy nos anos 80. Só que o tempo passou, ele nunca aceitava os cachês oferecidos para voltar a interpretar o tira Axel Foley e o projeito de um terceiro filme parecia nunca sair do papel. Até que em 1994 finalmente o ator e a Paramount acertaram as arestas e Murphy retornou para um de seus personagens mais populares. O problema é que o filme não foi o sucesso esperado. Na realidade até hoje me surpreendo pelo fato desse filme não ter agradado. Muitos reclamaram do roteiro, da falta de cenas divertidas e engraçadas, etc. E perceba que o filme foi dirigido por John Landis, um baita de um diretor talentoso. O que deu errado? Complicado saber, mesmo após tantos anos. Talvez tenha sido a época errada para se produzir o filme. Se fosse nos anos 80 a onda em torno dessa franquia ainda estava em alta. Depois com o tempo o hype vai passando, as pessoas vão esquecendo... e se perde o tempo certo para lançar um filme como esse. Muito provavelmente foi isso que de fato aconteceu.
Pablo Aluísio.
O Professor Aloprado 2
Título no Brasil: O Professor Aloprado 2: A Familia Klump
Título Original: Nutty Professor II - The Klumps
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Segal
Roteiro: Steve Oedekerk, Eddie Murphy
Elenco: Eddie Murphy, Janet Jackson, Larry Miller, Richard Gant, Anna Maria Horsford, Melinda McGraw
Sinopse:
O professor Sherman Klump (Eddie Murphy) decide se casar, algo que não será nada fácil por causa de seus parentes e, é claro, de Buddy Love, seu alter-ego bonitão que só faz atrapalhar sua vida. Filme indicado ao Kids' Choice Awards e ao MTV Movie Awards.
Comentários:
Quem criou o personagem do Professor Aloprado foi Jerry Lewis nos anos 60. Era uma sátira em cima de Dean Martin, seu antigo companheiro de dupla. O curioso é que Eddie Murphy vinha numa série de fracassos no cinema e conseguiu seu primeiro sucesso em anos justamente por causa dessa criação de Lewis. E como o primeiro filme fez muito sucesso Eddie Murphy decidiu turbinar tudo nessa continuação - com mais personagens, mais maquiagem, mais tudo. O resultado ficou over, mas não deixou também de ser divertido. É inegável que Eddie Murphy é um comediante talentoso. Aqui ele criou toda uma família, interpretando todos os parentes, com trejeitos, vozes, tudo diferente. E o mais interessante de tudo, ele já havia mudado o próprio protagonista. Com Lewis o professor era um nerd com cara de professor de química. Eddie Murphy o transformou em um professor gordão, boa gente, mas excessivamente tímido e vulnerável. E isso abriu as portas para esse segundo filme quando ele precisa lidar com seus parentes, um pior do que o outro. Ficou muito bom. Acredito até que o Eddie Murphy deveria ter feito mais filmes dessa franquia. Seria bem melhor do que muitas bombas que ele estrelou por aí nos últimos anos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Nutty Professor II - The Klumps
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Segal
Roteiro: Steve Oedekerk, Eddie Murphy
Elenco: Eddie Murphy, Janet Jackson, Larry Miller, Richard Gant, Anna Maria Horsford, Melinda McGraw
Sinopse:
O professor Sherman Klump (Eddie Murphy) decide se casar, algo que não será nada fácil por causa de seus parentes e, é claro, de Buddy Love, seu alter-ego bonitão que só faz atrapalhar sua vida. Filme indicado ao Kids' Choice Awards e ao MTV Movie Awards.
Comentários:
Quem criou o personagem do Professor Aloprado foi Jerry Lewis nos anos 60. Era uma sátira em cima de Dean Martin, seu antigo companheiro de dupla. O curioso é que Eddie Murphy vinha numa série de fracassos no cinema e conseguiu seu primeiro sucesso em anos justamente por causa dessa criação de Lewis. E como o primeiro filme fez muito sucesso Eddie Murphy decidiu turbinar tudo nessa continuação - com mais personagens, mais maquiagem, mais tudo. O resultado ficou over, mas não deixou também de ser divertido. É inegável que Eddie Murphy é um comediante talentoso. Aqui ele criou toda uma família, interpretando todos os parentes, com trejeitos, vozes, tudo diferente. E o mais interessante de tudo, ele já havia mudado o próprio protagonista. Com Lewis o professor era um nerd com cara de professor de química. Eddie Murphy o transformou em um professor gordão, boa gente, mas excessivamente tímido e vulnerável. E isso abriu as portas para esse segundo filme quando ele precisa lidar com seus parentes, um pior do que o outro. Ficou muito bom. Acredito até que o Eddie Murphy deveria ter feito mais filmes dessa franquia. Seria bem melhor do que muitas bombas que ele estrelou por aí nos últimos anos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Filhos da Máfia
Título no Brasil: Filhos da Máfia
Título Original: Knockaround Guys
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brian Koppelman, David Levien
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: John Malkovich, Dennis Hopper, Vin Diesel, Seth Green, Jennifer Baxter, Dov Tiefenbach
Sinopse:
Quatro jovens, que fazem parte de importantes famílias de mafiosos do Brooklyn, precisam se unir para recuperar uma sacola cheia de dinheiro que foi parar em uma pequena cidade de Montana. Lá eles vão precisar lidar com um xerife corrupto.
Comentários:
Vamos colocar de uma forma polida. A máfia já teve melhores momentos no cinema. Nem vou citar "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão" porque seria até uma covardia. Esse filme aqui tem um roteiro bem fraco que procura tirar proveito do choque cultural envolvendo quatro jovens mafiosos de Nova Iorque que vão para em um lugar remoto de Montana, uma terra cheia de caipiras. Claro, nesse meio rude eles vão ter que provar que são realmente durões. E aí Vin Diesel, bem jovem ainda e pouco conhecido, aproveita para sair no braço com alguns interioranos em um daqueles bares onde a diversão se resume a jogar sinuca, beber e arranjar brigas. O filme procura também ter um pouco de humor, mas nada muito divertido. Assisti nos tempos do VHS e não deixou saudades. É um filme de ação convencional, indo para o medíocre. Nem os dois grandes atores do elenco (John Malkovich e Dennis Hopper) conseguem melhorar o quadro geral.
Pablo Aluísio.
Título Original: Knockaround Guys
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brian Koppelman, David Levien
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: John Malkovich, Dennis Hopper, Vin Diesel, Seth Green, Jennifer Baxter, Dov Tiefenbach
Sinopse:
Quatro jovens, que fazem parte de importantes famílias de mafiosos do Brooklyn, precisam se unir para recuperar uma sacola cheia de dinheiro que foi parar em uma pequena cidade de Montana. Lá eles vão precisar lidar com um xerife corrupto.
Comentários:
Vamos colocar de uma forma polida. A máfia já teve melhores momentos no cinema. Nem vou citar "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão" porque seria até uma covardia. Esse filme aqui tem um roteiro bem fraco que procura tirar proveito do choque cultural envolvendo quatro jovens mafiosos de Nova Iorque que vão para em um lugar remoto de Montana, uma terra cheia de caipiras. Claro, nesse meio rude eles vão ter que provar que são realmente durões. E aí Vin Diesel, bem jovem ainda e pouco conhecido, aproveita para sair no braço com alguns interioranos em um daqueles bares onde a diversão se resume a jogar sinuca, beber e arranjar brigas. O filme procura também ter um pouco de humor, mas nada muito divertido. Assisti nos tempos do VHS e não deixou saudades. É um filme de ação convencional, indo para o medíocre. Nem os dois grandes atores do elenco (John Malkovich e Dennis Hopper) conseguem melhorar o quadro geral.
Pablo Aluísio.
As Quatro Plumas
Título no Brasil: As Quatro Plumas
Título Original: The Four Feathers
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Shekhar Kapur
Roteiro: Michael Schiffer
Elenco: Heath Ledger, Kate Hudson, Wes Bentley, Daniel Caltagirone, Lucy Gordon, Alex Jennings
Sinopse:
Durante uma guerra nas colônias inglesas um oficial britânico decide abandonar o campo de batalha. Isso cria uma série de problemas pessoais e profissionais para ele pois a partir de então ele é visto como um mero covarde, recebendo quatro plumas por seu ato. Um gesto simbólico de desmerecimento.
Comentários:
Heath Ledger morreu jovem demais. Em janeiro de 2008 ele sofreu uma overdose de drogas que acabou com sua vida. Estava em um dos melhores momentos de sua carreira. Outro talento que sucumbiu ao vício. Uma pena. Esse "As Quatro Plumas" foi uma tentativa da Paramount em transformá-lo em astro. Ele ainda estava começando a se tornar conhecido e contracenava com a gracinha da Kate Hudson. É um filme de época, com todos aqueles uniformes militares pomposos e um código de ética e moral que soam completamente estranhos para as novas gerações. Apesar de ter até gostado do filme achei que o diretor indiano Shekhar Kapur não conseguiu imprimir um bom ritmo para o filme. O desenvolvimento se torna lento e pesado em algumas partes. Um pouco mais de leveza cairia muito bem. Talvez por isso o filme não tenha feito sucesso, chegando a dar prejuízo para o estúdio dentro do mercado americano. Assim apesar da boa e bonita produção, não é aquele tipo de épico marcante. É um momento de presenciar Heath Ledger tentando chegar ao topo em Hollywood e nada muito além disso. Dizem que na época ele teve um caso amoroso com Kate Hudson. Bom, se isso foi verdade então já valeu ter feito o filme...apesar de tudo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Four Feathers
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Shekhar Kapur
Roteiro: Michael Schiffer
Elenco: Heath Ledger, Kate Hudson, Wes Bentley, Daniel Caltagirone, Lucy Gordon, Alex Jennings
Sinopse:
Durante uma guerra nas colônias inglesas um oficial britânico decide abandonar o campo de batalha. Isso cria uma série de problemas pessoais e profissionais para ele pois a partir de então ele é visto como um mero covarde, recebendo quatro plumas por seu ato. Um gesto simbólico de desmerecimento.
Comentários:
Heath Ledger morreu jovem demais. Em janeiro de 2008 ele sofreu uma overdose de drogas que acabou com sua vida. Estava em um dos melhores momentos de sua carreira. Outro talento que sucumbiu ao vício. Uma pena. Esse "As Quatro Plumas" foi uma tentativa da Paramount em transformá-lo em astro. Ele ainda estava começando a se tornar conhecido e contracenava com a gracinha da Kate Hudson. É um filme de época, com todos aqueles uniformes militares pomposos e um código de ética e moral que soam completamente estranhos para as novas gerações. Apesar de ter até gostado do filme achei que o diretor indiano Shekhar Kapur não conseguiu imprimir um bom ritmo para o filme. O desenvolvimento se torna lento e pesado em algumas partes. Um pouco mais de leveza cairia muito bem. Talvez por isso o filme não tenha feito sucesso, chegando a dar prejuízo para o estúdio dentro do mercado americano. Assim apesar da boa e bonita produção, não é aquele tipo de épico marcante. É um momento de presenciar Heath Ledger tentando chegar ao topo em Hollywood e nada muito além disso. Dizem que na época ele teve um caso amoroso com Kate Hudson. Bom, se isso foi verdade então já valeu ter feito o filme...apesar de tudo.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de setembro de 2019
Brinquedo Assassino
Título no Brasil: Brinquedo Assassino
Título Original: Child's Play
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Picture
Direção: Lars Klevberg
Roteiro: Tyler Burton Smith, Don Mancini
Elenco: Mark Hamill, Aubrey Plaza, Tim Matheson, Brian Tyree Henry, Gabriel Bateman, David Lewis
Sinopse:
Um garoto ganha de sua mãe, empregada numa loja de brinquedos, um novo boneco Chucky. Só que ele vem com vários defeitos, o que faz com que sua programação desenvolve aspectos de pura psicopatia, colocando em risco a vida de todos os que vivem ao redor de seu novo dono.
Comentários:
Não gostei desse remake. Na verdade é um reboot da franquia "Child's Play", aquela mesma do boneco assassino Chucky. É inacreditável, mas conseguiram, mesmo depois de tantos anos, apresentar um Chucky mal feito, nada convincente. O original, criado lá nos anos 80, era sem dúvida muito mais bem realizado, com mais expressões faciais e com design mais criativo. Esse aqui é estranho, mal produzido, não desperta simpatia nenhuma. E isso partindo da premissa de que ele deveria ser um boneco de sucesso entre as crianças, fica ainda mais esquisito. O roteiro também não tem novidades. É bem feijão com arroz. A única mudança foi para pior. Ao invés de Chucky ser possuído pela alma de um assassino em um ritual de magia negra, ele é agora apenas fruto de uma sabotagem em sua programação. Tudo feito por um empregado de uma fábrica do boneco no sudeste asiático. Para se vingar de seus patrões ele desliga as diretrizes de segurança do boneco e sem elas tudo pode acontecer, o boneco se torna uma ameaça em potencial para a vida de pessoas que vão adquiri-lo numa loja nos Estados Unidos. Além disso, quando ataca, seus olhos ficam vermelhos. Que bobagem! Enfim, achei tudo muito fraco. Prefiro mil vezes o Chucky original, mesmo com todas as presepadas que fizeram com ele nas inúmeras continuações ao estilo trash de sua série de filmes. Era mais divertido, pelo menos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Child's Play
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Picture
Direção: Lars Klevberg
Roteiro: Tyler Burton Smith, Don Mancini
Elenco: Mark Hamill, Aubrey Plaza, Tim Matheson, Brian Tyree Henry, Gabriel Bateman, David Lewis
Sinopse:
Um garoto ganha de sua mãe, empregada numa loja de brinquedos, um novo boneco Chucky. Só que ele vem com vários defeitos, o que faz com que sua programação desenvolve aspectos de pura psicopatia, colocando em risco a vida de todos os que vivem ao redor de seu novo dono.
Comentários:
Não gostei desse remake. Na verdade é um reboot da franquia "Child's Play", aquela mesma do boneco assassino Chucky. É inacreditável, mas conseguiram, mesmo depois de tantos anos, apresentar um Chucky mal feito, nada convincente. O original, criado lá nos anos 80, era sem dúvida muito mais bem realizado, com mais expressões faciais e com design mais criativo. Esse aqui é estranho, mal produzido, não desperta simpatia nenhuma. E isso partindo da premissa de que ele deveria ser um boneco de sucesso entre as crianças, fica ainda mais esquisito. O roteiro também não tem novidades. É bem feijão com arroz. A única mudança foi para pior. Ao invés de Chucky ser possuído pela alma de um assassino em um ritual de magia negra, ele é agora apenas fruto de uma sabotagem em sua programação. Tudo feito por um empregado de uma fábrica do boneco no sudeste asiático. Para se vingar de seus patrões ele desliga as diretrizes de segurança do boneco e sem elas tudo pode acontecer, o boneco se torna uma ameaça em potencial para a vida de pessoas que vão adquiri-lo numa loja nos Estados Unidos. Além disso, quando ataca, seus olhos ficam vermelhos. Que bobagem! Enfim, achei tudo muito fraco. Prefiro mil vezes o Chucky original, mesmo com todas as presepadas que fizeram com ele nas inúmeras continuações ao estilo trash de sua série de filmes. Era mais divertido, pelo menos.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de setembro de 2019
Homem-Aranha: Longe de Casa
Título no Brasil: Homem-Aranha - Longe de Casa
Título Original: Spider-Man - Far from Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Marvel Studios
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommer
Elenco: Tom Holland, Samuel L. Jackson, Jake Gyllenhaal, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya
Sinopse:
Finalmente Peter Parker (Holland) vai tirar suas férias na Europa, ao lado de amigos da escola. Ele acredita ser o momento ideal para finalmente conquistar a garota pelo qual está apaixonado, só que a viagem, que deveria ser de diversão e relaxamento, logo se torna uma aventura com monstros e um estranho novo super-herói.
Comentários:
É o filme mais leve já feito sobre esse famoso personagem da Marvel. É quase um filme de adolescentes normais, isso se não houvesse um super-herói entre eles. O roteiro inclusive poderia muito bem ter saído de alguma revistinha em quadrinhos dos anos 60, criada por Stan Lee. É bem na levada comics. Divertido e de certa forma inofensivo, caiu no gosto do público imediatamente. Com quase 1 bilhão de dólares de bilheteria acabou se tornando o maior sucesso do Homem-Aranha nos cinemas. Só que não adianta celebrar muito pois certamente será o fim dessa (terceira) franquia do herói na tela grande. Isso tudo porque houve uma guerra de bastidores envolvendo duas empresas que detém os direitos do personagem. A Marvel tem os direitos para quadrinhos e a Sony tem os direitos para o cinema. Eles chegaram em um acordo de cavaleiros para a inclusão do personagem nos filmes dos Vingadores e depois nessa produção aqui. Só que o acordo chegou ao fim, com acusações de ambos os lados. Com isso é bem provável que o próximo filme do Homem-Aranha seja um reboot, começando do zero (de novo!). E pensar que o cabeça de teia teve seus direitos vendidos lá atrás por um preço abaixo do valor, porque a Marvel estava em crise. Hoje em dia a empresa fatura bilhões no cinema. Se arrependimento matasse...
Pablo Aluísio.
Título Original: Spider-Man - Far from Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Marvel Studios
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommer
Elenco: Tom Holland, Samuel L. Jackson, Jake Gyllenhaal, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya
Sinopse:
Finalmente Peter Parker (Holland) vai tirar suas férias na Europa, ao lado de amigos da escola. Ele acredita ser o momento ideal para finalmente conquistar a garota pelo qual está apaixonado, só que a viagem, que deveria ser de diversão e relaxamento, logo se torna uma aventura com monstros e um estranho novo super-herói.
Comentários:
É o filme mais leve já feito sobre esse famoso personagem da Marvel. É quase um filme de adolescentes normais, isso se não houvesse um super-herói entre eles. O roteiro inclusive poderia muito bem ter saído de alguma revistinha em quadrinhos dos anos 60, criada por Stan Lee. É bem na levada comics. Divertido e de certa forma inofensivo, caiu no gosto do público imediatamente. Com quase 1 bilhão de dólares de bilheteria acabou se tornando o maior sucesso do Homem-Aranha nos cinemas. Só que não adianta celebrar muito pois certamente será o fim dessa (terceira) franquia do herói na tela grande. Isso tudo porque houve uma guerra de bastidores envolvendo duas empresas que detém os direitos do personagem. A Marvel tem os direitos para quadrinhos e a Sony tem os direitos para o cinema. Eles chegaram em um acordo de cavaleiros para a inclusão do personagem nos filmes dos Vingadores e depois nessa produção aqui. Só que o acordo chegou ao fim, com acusações de ambos os lados. Com isso é bem provável que o próximo filme do Homem-Aranha seja um reboot, começando do zero (de novo!). E pensar que o cabeça de teia teve seus direitos vendidos lá atrás por um preço abaixo do valor, porque a Marvel estava em crise. Hoje em dia a empresa fatura bilhões no cinema. Se arrependimento matasse...
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Sexta-Feira 13 - Parte 8
Título no Brasil: Sexta-Feira 13 - Parte 8 - Jason Ataca Nova York
Título Original: Friday the 13th - Part VIII - Jason Takes Manhattan
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Rob Hedden
Roteiro: Rob Hedden, Victor Miller
Elenco: Jensen Daggett, Kane Hodder, Todd Caldecott, Kane Hodder, Barbara Bingham, Alex Diakun
Sinopse:
Pelas ruas escuras de Nova Iorque uma nova onda de crimes começa a acontecer. A polícia não consegue encontrar pistas seguras, até que as investigações levam a um suspeito improvável, o infame serial killer Jason Voorhees, dado como morto inúmeras vezes.
Comentários:
Você sabe quando uma franquia de filmes está morta quando ela começa a se tornar uma paródia de si mesma. É o que aconteceu com a série de filmes da marca "Friday the 13th". O último filme digno de nota foi o sexto, isso após um quarto e quinto capítulos bem ruins. Depois disso a coisa desandou de vez. Esse aqui é bem ruim. Os roteiristas não trouxeram um pingo de originalidade, apenas mudaram o cenário. Ao invés do psicopata imortal Jason matar em Crystal Lake, ele passa a fazer suas vítimas pelas ruas de Nova Iorque. Isso mesmo, em plena Manhattan. Não que Nova Iorque não tenha lugares sinistros, como o próprio metrô de noite, mas levar esse personagem com seu facão para uma zona urbana foi mais uma ideia idiota dos produtores. E o interessante é que por mais absurdo que tenha sido o filme gerou novamente lucro para o estúdio! Com isso o Jason ainda teria fôlego para mais dois filmes - igualmente péssimos - nos anos seguintes. Esse aqui foi o último feito nos anos 1980, década que Jason surgiu e fez sucesso entre os jovens. Era o fim mesmo de uma era.
Pablo Aluísio.
Título Original: Friday the 13th - Part VIII - Jason Takes Manhattan
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Rob Hedden
Roteiro: Rob Hedden, Victor Miller
Elenco: Jensen Daggett, Kane Hodder, Todd Caldecott, Kane Hodder, Barbara Bingham, Alex Diakun
Sinopse:
Pelas ruas escuras de Nova Iorque uma nova onda de crimes começa a acontecer. A polícia não consegue encontrar pistas seguras, até que as investigações levam a um suspeito improvável, o infame serial killer Jason Voorhees, dado como morto inúmeras vezes.
Comentários:
Você sabe quando uma franquia de filmes está morta quando ela começa a se tornar uma paródia de si mesma. É o que aconteceu com a série de filmes da marca "Friday the 13th". O último filme digno de nota foi o sexto, isso após um quarto e quinto capítulos bem ruins. Depois disso a coisa desandou de vez. Esse aqui é bem ruim. Os roteiristas não trouxeram um pingo de originalidade, apenas mudaram o cenário. Ao invés do psicopata imortal Jason matar em Crystal Lake, ele passa a fazer suas vítimas pelas ruas de Nova Iorque. Isso mesmo, em plena Manhattan. Não que Nova Iorque não tenha lugares sinistros, como o próprio metrô de noite, mas levar esse personagem com seu facão para uma zona urbana foi mais uma ideia idiota dos produtores. E o interessante é que por mais absurdo que tenha sido o filme gerou novamente lucro para o estúdio! Com isso o Jason ainda teria fôlego para mais dois filmes - igualmente péssimos - nos anos seguintes. Esse aqui foi o último feito nos anos 1980, década que Jason surgiu e fez sucesso entre os jovens. Era o fim mesmo de uma era.
Pablo Aluísio.
Eu, Robô
Título no Brasil: Eu, Robô
Título Original: I, Robot
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Alex Proyas
Roteiro: Jeff Vintar, Akiva Goldsman
Elenco: Will Smith, Bridget Moynahan, Bruce Greenwood, James Cromwell, Jerry Wasserman, Chi McBride
Sinopse:
No futuro, em 2035, o uso de robôs é disseminado por toda a sociedade. Eles seguem determinadas diretrizes em suas programações, entre elas a lei dos robóticos que os impedem de fazer qualquer mal aos seres humanos. Tudo começa a ficar nebuloso quando um cientista é morto e as suspeitas recaem justamente sobre um robô.
Comentários:
Isaac Asimov foi um gênio da literatura de ficção. Nesse ponto não há o que discutir. Porém trazer seus livros para o cinema nunca foi fácil. Isaac nunca escreveu pensando que suas obras um dia iriam se tornar filmes, por isso não há concessões de nenhum tipo em seus escritos. Muitos deles passam longe de serem comercialmente viáveis para o cinema. Mesmo assim os produtores insistiram e o pior, tentaram transformar suas ideias em algo bem comercial. A incompatibilidade entre esses dois mundos se tornou bem óbvio nessa adaptação. Para falar a verdade o livro original é apenas um ponto de partida bem remoto para esse filme. O desenrolar do enredo, os efeitos especiais, tudo vira apenas uma consequência disso. E por falar em efeitos especiais eles nunca me agradaram. Tive a chance de assistir esse filme no cinema, em seu lançamento original. Já na primeira exibição achei os robôs bem artificiais, sem peso, sem densidade. Pura computação gráfica. Isso fica bem claro nas cenas em que os robôs pulam de carro em carro durante uma perseguição. E olha que o filme chegou a ser indicado ao Oscar, justamente nessa categoria de efeitos visuais. Sempre achei um erro essa indicação. Assim parte do prazer de curtir o filme se esvaiu. Para Will Smith também não foi algo tão bom, já que o filme não fez o sucesso esperado. Enfim, no final o placar foi de zero a zero para todos os envolvidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: I, Robot
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Alex Proyas
Roteiro: Jeff Vintar, Akiva Goldsman
Elenco: Will Smith, Bridget Moynahan, Bruce Greenwood, James Cromwell, Jerry Wasserman, Chi McBride
Sinopse:
No futuro, em 2035, o uso de robôs é disseminado por toda a sociedade. Eles seguem determinadas diretrizes em suas programações, entre elas a lei dos robóticos que os impedem de fazer qualquer mal aos seres humanos. Tudo começa a ficar nebuloso quando um cientista é morto e as suspeitas recaem justamente sobre um robô.
Comentários:
Isaac Asimov foi um gênio da literatura de ficção. Nesse ponto não há o que discutir. Porém trazer seus livros para o cinema nunca foi fácil. Isaac nunca escreveu pensando que suas obras um dia iriam se tornar filmes, por isso não há concessões de nenhum tipo em seus escritos. Muitos deles passam longe de serem comercialmente viáveis para o cinema. Mesmo assim os produtores insistiram e o pior, tentaram transformar suas ideias em algo bem comercial. A incompatibilidade entre esses dois mundos se tornou bem óbvio nessa adaptação. Para falar a verdade o livro original é apenas um ponto de partida bem remoto para esse filme. O desenrolar do enredo, os efeitos especiais, tudo vira apenas uma consequência disso. E por falar em efeitos especiais eles nunca me agradaram. Tive a chance de assistir esse filme no cinema, em seu lançamento original. Já na primeira exibição achei os robôs bem artificiais, sem peso, sem densidade. Pura computação gráfica. Isso fica bem claro nas cenas em que os robôs pulam de carro em carro durante uma perseguição. E olha que o filme chegou a ser indicado ao Oscar, justamente nessa categoria de efeitos visuais. Sempre achei um erro essa indicação. Assim parte do prazer de curtir o filme se esvaiu. Para Will Smith também não foi algo tão bom, já que o filme não fez o sucesso esperado. Enfim, no final o placar foi de zero a zero para todos os envolvidos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Pacto de Justiça
Título no Brasil: Pacto de Justiça
Título Original: Open Range
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Craig Storper
Elenco: Kevin Costner, Robert Duvall, Diego Luna, Annette Bening, Michael Gambon, Abraham Benrubi
Sinopse:
Dois cowboys atravessam as planícies levando um grande rebanho de gado. É a mesma experiência de seus antepassados, um estilo de vida que já dura séculos. Só que agora eles precisam lidar com um xerife corrupto e um fazendeiro ganancioso que desejam evitar que eles cheguem em seu destino.
Comentários:
Depois de "Dança com Lobos" todos os cinéfilos esperaram para que Kevin Costner voltasse ao gênero western. Demorou muitos anos, mas ele retornou ao velho estilo nesse faroeste chamado "Pacto de Justiça". O roteiro foi escrito a partir do romance escrito por Lauran Paine. Tive a oportunidade de assistir no cinema. É um filme bem mais simples e despretensioso do que seu grande clássico épico do passado. Na verdade a simplicidade até mesmo me deixou surpreso, tanto que Costner, apesar de ser o astro do filme, ficou um tanto em segundo plano para o veterano Robert Duvall. Esse encarnou com perfeição a figura do velho cowboy, já cansado pela vida, mas com experiência de sobra, tudo moldado pelos anos passados. De semelhança com "Dança com Lobos" temos a atitude reverencial para com a mitologia do velho oeste americano, seus personagens e estilo de vida. Também é um filme bem bonito no aspecto visual, com tomadas da natureza de encher os olhos do espectador. Fez um sucesso modesto nas bilheterias e nem chegou perto de chamar a atenção do faroeste anterior de Costner. Esse aspecto porém em nada desmereceu esse faroeste contemporâneo que é inegavelmente muito bom.
Pablo Aluísio.
Título Original: Open Range
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Craig Storper
Elenco: Kevin Costner, Robert Duvall, Diego Luna, Annette Bening, Michael Gambon, Abraham Benrubi
Sinopse:
Dois cowboys atravessam as planícies levando um grande rebanho de gado. É a mesma experiência de seus antepassados, um estilo de vida que já dura séculos. Só que agora eles precisam lidar com um xerife corrupto e um fazendeiro ganancioso que desejam evitar que eles cheguem em seu destino.
Comentários:
Depois de "Dança com Lobos" todos os cinéfilos esperaram para que Kevin Costner voltasse ao gênero western. Demorou muitos anos, mas ele retornou ao velho estilo nesse faroeste chamado "Pacto de Justiça". O roteiro foi escrito a partir do romance escrito por Lauran Paine. Tive a oportunidade de assistir no cinema. É um filme bem mais simples e despretensioso do que seu grande clássico épico do passado. Na verdade a simplicidade até mesmo me deixou surpreso, tanto que Costner, apesar de ser o astro do filme, ficou um tanto em segundo plano para o veterano Robert Duvall. Esse encarnou com perfeição a figura do velho cowboy, já cansado pela vida, mas com experiência de sobra, tudo moldado pelos anos passados. De semelhança com "Dança com Lobos" temos a atitude reverencial para com a mitologia do velho oeste americano, seus personagens e estilo de vida. Também é um filme bem bonito no aspecto visual, com tomadas da natureza de encher os olhos do espectador. Fez um sucesso modesto nas bilheterias e nem chegou perto de chamar a atenção do faroeste anterior de Costner. Esse aspecto porém em nada desmereceu esse faroeste contemporâneo que é inegavelmente muito bom.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Assassinos
Título no Brasil: Assassinos
Título Original: Assassins
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Andy Wachowski
Elenco: Sylvester Stallone, Antonio Banderas, Julianne Moore, Muse Watson, Steve Kahan, Reed Diamond
Sinopse:
Robert Rath (Stallone) é um veterano assassino profissional que agora deseja abandonar essa "profissão" de uma vez por todas. Só que um outro assassino chamado Miguel Bain (Banderas) quer ter a fama de matar o grande hitman do passado.
Comentários:
Filme que não fez sucesso nas bilheterias, apesar dos nomes envolvidos. Veja, fazia tempo que Sylvester Stallone queria trabalhar ao lado do diretor Richard Donner. O cineasta havia criado a franquia de grande sucesso "Máquina Mortífera", além de ter dirigido filmes do Superman e outros sucessos no cinema. Era um especialista no gênero ação. Nada mais natural de que um dira iria trabalhar ao lado de Stallone, o mais famoso astro dos action movies. Infelizmente algo deu errado. Talvez a dupla ao lado de Antonio Banderas não tenha agradado ao público. O latino estava mais associado a outros estilos de filmes. Seu vilão parece muito caricato. O roteiro também foi considerado genérico e sem novidades. Até a boa atriz Julianne Moore parece deslocada dentro do filme. O interessante é que esse enredo, se formos pensar bem, poderia fazer parte até mesmo do roteiro de um velho faroeste. Afinal eram nos antigos filmes desse gênero que havia bastante essa situação do novo pistoleiro tentando matar o pistoleiro mais veterano para assumir parte de sua fama. Nessa nova releitura, mais moderna, surgem alguns bons duelos e até uma boa fotografia, porém nada muito além disso. Olhando em retrospectiva é um dos mais medianos filmes de Richard Donner.
Pablo Aluísio.
Título Original: Assassins
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Andy Wachowski
Elenco: Sylvester Stallone, Antonio Banderas, Julianne Moore, Muse Watson, Steve Kahan, Reed Diamond
Sinopse:
Robert Rath (Stallone) é um veterano assassino profissional que agora deseja abandonar essa "profissão" de uma vez por todas. Só que um outro assassino chamado Miguel Bain (Banderas) quer ter a fama de matar o grande hitman do passado.
Comentários:
Filme que não fez sucesso nas bilheterias, apesar dos nomes envolvidos. Veja, fazia tempo que Sylvester Stallone queria trabalhar ao lado do diretor Richard Donner. O cineasta havia criado a franquia de grande sucesso "Máquina Mortífera", além de ter dirigido filmes do Superman e outros sucessos no cinema. Era um especialista no gênero ação. Nada mais natural de que um dira iria trabalhar ao lado de Stallone, o mais famoso astro dos action movies. Infelizmente algo deu errado. Talvez a dupla ao lado de Antonio Banderas não tenha agradado ao público. O latino estava mais associado a outros estilos de filmes. Seu vilão parece muito caricato. O roteiro também foi considerado genérico e sem novidades. Até a boa atriz Julianne Moore parece deslocada dentro do filme. O interessante é que esse enredo, se formos pensar bem, poderia fazer parte até mesmo do roteiro de um velho faroeste. Afinal eram nos antigos filmes desse gênero que havia bastante essa situação do novo pistoleiro tentando matar o pistoleiro mais veterano para assumir parte de sua fama. Nessa nova releitura, mais moderna, surgem alguns bons duelos e até uma boa fotografia, porém nada muito além disso. Olhando em retrospectiva é um dos mais medianos filmes de Richard Donner.
Pablo Aluísio.
Fuga Para a Vitória
Título no Brasil: Fuga Para a Vitória
Título Original: Victory
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Film Entertainment
Direção: John Huston
Roteiro: Yabo Yablonsky, Djordje Milicevic
Elenco: Michael Caine, Sylvester Stallone, Max von Sydow, Pelé, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Paul Van Himst,
Sinopse:
Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de oficiais nazistas cria um evento de propaganda no qual um time nazista de estrelas jogará contra um time composto por prisioneiros de guerra aliados. Os prisioneiros concordam, planejando usar o jogo como um meio de escapar do campo.
Comentários:
"Fuga Para a Vitória" de 1981 foi um caso curioso dentro da filmografia de Sylvester Stallone. Ele abriu mão de ser o ator principal do filme para ter a oportunidade de trabalhar ao lado do grande mestre do cinema John Huston. Embora já fosse um astro de grandes bilheterias em Hollywood, Stallone não queria perder a oportunidade de ver um dos diretores de cinema mais aclamados da história trabalhando em um set de filmagem. Como mero coadjuvante, ele não teve um papel de destaque dentro do filme, isso coube a Michael Caine, mas o fato de ter ficado em segundo plano não foi visto pelo ator como algo ruim. Além disso duas outras razões o convenceram a fazer o filme: o fato de não ter a responsabilidade do sucesso da produção em seus ombros e a chance de atuar com o Rei do futebol, Pelé! No final de tudo, como ele próprio diria anos depois em entrevistas, valeu bastante a experiência. Lançado em julho de 1981 nos cinemas, "Fuga Para a Vitória" não se tornou um grande sucesso de bilheteria, mas conseguiu gerar lucro para o estúdio. Com orçamento de pouco mais de 10 milhões de dólares consegui render nos cinemas meros 27 milhões. Um bom número, mas nada comparado com os grandes sucessos que Stallone vinha colecionando em sua carreira cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Victory
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Film Entertainment
Direção: John Huston
Roteiro: Yabo Yablonsky, Djordje Milicevic
Elenco: Michael Caine, Sylvester Stallone, Max von Sydow, Pelé, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Paul Van Himst,
Sinopse:
Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de oficiais nazistas cria um evento de propaganda no qual um time nazista de estrelas jogará contra um time composto por prisioneiros de guerra aliados. Os prisioneiros concordam, planejando usar o jogo como um meio de escapar do campo.
Comentários:
"Fuga Para a Vitória" de 1981 foi um caso curioso dentro da filmografia de Sylvester Stallone. Ele abriu mão de ser o ator principal do filme para ter a oportunidade de trabalhar ao lado do grande mestre do cinema John Huston. Embora já fosse um astro de grandes bilheterias em Hollywood, Stallone não queria perder a oportunidade de ver um dos diretores de cinema mais aclamados da história trabalhando em um set de filmagem. Como mero coadjuvante, ele não teve um papel de destaque dentro do filme, isso coube a Michael Caine, mas o fato de ter ficado em segundo plano não foi visto pelo ator como algo ruim. Além disso duas outras razões o convenceram a fazer o filme: o fato de não ter a responsabilidade do sucesso da produção em seus ombros e a chance de atuar com o Rei do futebol, Pelé! No final de tudo, como ele próprio diria anos depois em entrevistas, valeu bastante a experiência. Lançado em julho de 1981 nos cinemas, "Fuga Para a Vitória" não se tornou um grande sucesso de bilheteria, mas conseguiu gerar lucro para o estúdio. Com orçamento de pouco mais de 10 milhões de dólares consegui render nos cinemas meros 27 milhões. Um bom número, mas nada comparado com os grandes sucessos que Stallone vinha colecionando em sua carreira cinematográfica.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de setembro de 2019
O Conto
Título no Brasil: O Conto
Título Original: The Tale
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Jennifer Fox
Roteiro: Jennifer Fox
Elenco: Laura Dern, Isabelle Nélisse, Ellen Burstyn, Elizabeth Debicki, Jason Ritter, Common
Sinopse:
Jennifer (Laura Dern) é uma professora universitária, prestes a completar 50 anos de idade, que precisa lidar com um pesado trauma do passado. Quando ela tinha apenas 13 anos foi vítima de um pedófilo, um professor de educação física que a seduziu. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
O tema do filme é pesado. Envolve pedofilia e trauma psicológico. A ótima atriz Laura Dern interpreta a história da própria diretora do filme, Jennifer Fox, que resolveu escrever o roteiro baseado no abuso sexual que sofreu de um pedófilo quando ainda era menor de idade. O filme tem uma narrativa bem inteligente, trazendo vários momentos do passado da protagonista, isso feito de uma maneira bem original. Para se ter uma ideia a Jennifer adulta muitas vezes dialoga com a Jenny adolescente. Essa escreveu todas as experiências em um conto na escola. Anos depois sua mãe tem acesso ao material e fica chocada com o que lê, descobrindo finalmente que seu próprio professor a seduziu quando ela era ainda uma garotinha. E tudo aconteceu em um haras onde a filha foi aprender a cavalgar pois seu pai tinha lhe comprado um cavalo. É a velha história, com o mesmo modus operandi. O pedófilo se aproveita da ingenuidade da vitima, faz declarações de amor, a seduz, tenta ganhar a confiança da família e depois comete seus crimes. Chegou até mesmo a me lembrar daquele documentário recente sobre o Michael Jackson chamado "Leaving Neverland", pois em ambos os casos os acusados agiram da mesma maneira. Enfim, filme forte, mas ao meu ver necessário, principalmente para os pais. É bem didático em mostrar como um pedófilo poderá agir em relação aos seus filhos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Tale
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Jennifer Fox
Roteiro: Jennifer Fox
Elenco: Laura Dern, Isabelle Nélisse, Ellen Burstyn, Elizabeth Debicki, Jason Ritter, Common
Sinopse:
Jennifer (Laura Dern) é uma professora universitária, prestes a completar 50 anos de idade, que precisa lidar com um pesado trauma do passado. Quando ela tinha apenas 13 anos foi vítima de um pedófilo, um professor de educação física que a seduziu. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
O tema do filme é pesado. Envolve pedofilia e trauma psicológico. A ótima atriz Laura Dern interpreta a história da própria diretora do filme, Jennifer Fox, que resolveu escrever o roteiro baseado no abuso sexual que sofreu de um pedófilo quando ainda era menor de idade. O filme tem uma narrativa bem inteligente, trazendo vários momentos do passado da protagonista, isso feito de uma maneira bem original. Para se ter uma ideia a Jennifer adulta muitas vezes dialoga com a Jenny adolescente. Essa escreveu todas as experiências em um conto na escola. Anos depois sua mãe tem acesso ao material e fica chocada com o que lê, descobrindo finalmente que seu próprio professor a seduziu quando ela era ainda uma garotinha. E tudo aconteceu em um haras onde a filha foi aprender a cavalgar pois seu pai tinha lhe comprado um cavalo. É a velha história, com o mesmo modus operandi. O pedófilo se aproveita da ingenuidade da vitima, faz declarações de amor, a seduz, tenta ganhar a confiança da família e depois comete seus crimes. Chegou até mesmo a me lembrar daquele documentário recente sobre o Michael Jackson chamado "Leaving Neverland", pois em ambos os casos os acusados agiram da mesma maneira. Enfim, filme forte, mas ao meu ver necessário, principalmente para os pais. É bem didático em mostrar como um pedófilo poderá agir em relação aos seus filhos.
Pablo Aluísio.
Bravura Indômita
Título no Brasil: Bravura Indômita
Título Original: True Grit
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ethan Coen, Joel Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steinfeld, Josh Brolin, Barry Pepper, Dakin Matthews
Sinopse:
No velho oeste uma garotinha decide contratar por conta própria um velho xerife aposentado chamado Rooster Cogburn (Jeff Bridges). Ela quer que o veterano encontre os assassinos de seu pai. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Jeff Bridges), Melhor Atriz Coadjuvante (Hailee Steinfeld), Melhor Direção e Melhor Roteiro (Ethan Coen, Joel Coen).
Comentários:
Caso raro de remake que deu muito certo e olha que aqui resolveram refilmar um dos grandes clássicos da filmografia do mito John Wayne. A nova versão porém tem muita qualidade, principalmente por causa da direção e de seu elenco. Jeff Bridges interpreta o velho xerife decadente Rooster Cogburn. Resmungão, com tapa-olho, sempre reclamando de tudo, mas ainda eficaz no gatilho, ele é aquele tipo de personagem que vale o filme inteiro. O interessante é que Jeff Bridges não caiu na armadilha de fazer uma imitação de John Wayne. Pelo contrário. Ele conseguiu manter as mesmas características do papel, mas trazendo também aspectos novos de sua personalidade. Já a direção ficou nas mãos dos talentosos irmãos Coen. Até hoje nunca assisti um filme ruim dessa dupla. Ter eles na direção de um filme é sinônimo de qualidade cinematográfica. Some-se tudo a uma bela produção, com reconstituição histórica perfeita e você terá o quadro completo de um excelente filme de faroeste. Um remake digno do filme original que é um clássico absoluto do western americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: True Grit
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ethan Coen, Joel Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steinfeld, Josh Brolin, Barry Pepper, Dakin Matthews
Sinopse:
No velho oeste uma garotinha decide contratar por conta própria um velho xerife aposentado chamado Rooster Cogburn (Jeff Bridges). Ela quer que o veterano encontre os assassinos de seu pai. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Jeff Bridges), Melhor Atriz Coadjuvante (Hailee Steinfeld), Melhor Direção e Melhor Roteiro (Ethan Coen, Joel Coen).
Comentários:
Caso raro de remake que deu muito certo e olha que aqui resolveram refilmar um dos grandes clássicos da filmografia do mito John Wayne. A nova versão porém tem muita qualidade, principalmente por causa da direção e de seu elenco. Jeff Bridges interpreta o velho xerife decadente Rooster Cogburn. Resmungão, com tapa-olho, sempre reclamando de tudo, mas ainda eficaz no gatilho, ele é aquele tipo de personagem que vale o filme inteiro. O interessante é que Jeff Bridges não caiu na armadilha de fazer uma imitação de John Wayne. Pelo contrário. Ele conseguiu manter as mesmas características do papel, mas trazendo também aspectos novos de sua personalidade. Já a direção ficou nas mãos dos talentosos irmãos Coen. Até hoje nunca assisti um filme ruim dessa dupla. Ter eles na direção de um filme é sinônimo de qualidade cinematográfica. Some-se tudo a uma bela produção, com reconstituição histórica perfeita e você terá o quadro completo de um excelente filme de faroeste. Um remake digno do filme original que é um clássico absoluto do western americano.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Hoffa
Título no Brasil: Hoffa - Um Homem, Uma Lenda
Título Original: Hoffa
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny DeVito
Roteiro: David Mamet
Elenco: Jack Nicholson, Danny DeVito, Armand Assante, J.T. Walsh, John C. Reilly, Frank Whaley
Sinopse:
O filme conta a história real do sindicalista James R. Hoffa (Jack Nicholson), uma figura controversa que se envolveu com a máfia e depois teve seu corpo desaparecido, sem deixar vestígios. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Stephen H. Burum) e Melhor Maquiagem (Greg Cannom, John Blake).
Comentários:
Hoffa não foi um homem admirável e nem digno de homenagens. Pesam sobre ele acusações de diversos crimes ao longo de sua vida. Isso porém não impediu do ator Danny DeVito ter se esforçado tanto para contar sua história. Nenhum estúdio de Hollywood estava disposto a investir milhões de dólares nessa produção. E o projeto só decolou mesmo depois que Jack Nicholson decidiu dar seu apoio, aceitando interpretar o próprio Hoffa no filme. Usando maquiagem que inclusive modificou seu rosto - tudo para se parecer ainda mais com o verdadeiro Hoffa - Jack Nicholson mais uma vez brilhou no quesito atuação. Só que infelizmente o público americano não se interessou em ver essa história, até porque poucas pessoas iriam mesmo se interessar pela biografia de Hoffa, um sujeito antipático, com laços com o crime organizado. Diante disso o filme fracassou nas bilheterias, pouca gente realmente assistiu. O roteiro também sofreu por pura falta de definição histórica. Até hoje, por exemplo, não se sabe o que aconteceu com Hoffa. Ele simplesmente desapareceu. Foi assassinado? Fugiu para nunca mais voltar? São perguntas que o filme tenta responder, porém tudo na base da pura teoria. Dizem que a máfia cimentou seus pés e depois o jogou na baía de Nova Iorque. Verdade ou mentira? Ninguém sabe ao certo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hoffa
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny DeVito
Roteiro: David Mamet
Elenco: Jack Nicholson, Danny DeVito, Armand Assante, J.T. Walsh, John C. Reilly, Frank Whaley
Sinopse:
O filme conta a história real do sindicalista James R. Hoffa (Jack Nicholson), uma figura controversa que se envolveu com a máfia e depois teve seu corpo desaparecido, sem deixar vestígios. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Stephen H. Burum) e Melhor Maquiagem (Greg Cannom, John Blake).
Comentários:
Hoffa não foi um homem admirável e nem digno de homenagens. Pesam sobre ele acusações de diversos crimes ao longo de sua vida. Isso porém não impediu do ator Danny DeVito ter se esforçado tanto para contar sua história. Nenhum estúdio de Hollywood estava disposto a investir milhões de dólares nessa produção. E o projeto só decolou mesmo depois que Jack Nicholson decidiu dar seu apoio, aceitando interpretar o próprio Hoffa no filme. Usando maquiagem que inclusive modificou seu rosto - tudo para se parecer ainda mais com o verdadeiro Hoffa - Jack Nicholson mais uma vez brilhou no quesito atuação. Só que infelizmente o público americano não se interessou em ver essa história, até porque poucas pessoas iriam mesmo se interessar pela biografia de Hoffa, um sujeito antipático, com laços com o crime organizado. Diante disso o filme fracassou nas bilheterias, pouca gente realmente assistiu. O roteiro também sofreu por pura falta de definição histórica. Até hoje, por exemplo, não se sabe o que aconteceu com Hoffa. Ele simplesmente desapareceu. Foi assassinado? Fugiu para nunca mais voltar? São perguntas que o filme tenta responder, porém tudo na base da pura teoria. Dizem que a máfia cimentou seus pés e depois o jogou na baía de Nova Iorque. Verdade ou mentira? Ninguém sabe ao certo.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de setembro de 2019
O Peso de um Passado
Título no Brasil: O Peso de um Passado
Título Original: Running on Empty
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Naomi Foner
Elenco: River Phoenix, Christine Lahti, Judd Hirsch, Jonas Abry, Martha Plimpton, Ed Crowley
Sinopse:
Danny Pope (River Phoenix) é um jovem filho de um casal que no passado foi acusado de atos terroristas. Eles eram ativistas que participaram de um atentado e por isso foram procurados por anos pelo FBI. Só que Danny quer ter apenas uma juventude normal, como qualquer outro rapaz de sua idade. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (River Phoenix) e Melhor Roteiro Original.
Comentários:
River Phoenix morreu muito jovem. Com apenas 23 anos de idade ele teve uma overdose de cocaína e heroína e morreu na calçada do night club que pertencia a Johnny Depp. Foi uma morte duplamente triste, não apenas pela pouca idade dele, mas também pelo fato de que publicamente ele mantinha uma imagem de jovem avesso à drogas, amante da ecologia, etc. De qualquer maneira, mesmo sendo tão moço, ele ainda conseguiu ser indicado ao Oscar justamente por sua atuação nesse filme. O interessante é que ele usou de sua própria vida pessoal para interpretar seu personagem no filme. Tal como ele, River também havia sofrido por fazer parte de uma família nada convencional. Seus pais faziam parte de uma seita estranha, misto de religião cristã com movimento hippie. Isso fez com que ele não tivesse uma infância e adolescência normais. Aliás o cinema fez com que ele sustentasse a todos, inclusive seus irmãos mais jovens. Talvez essa pressão para alguém tão jovem tenha influenciado em seu triste fim. Não sabemos ao certo. Esse filme porém é muito bom. Assisti nos tempos do VHS e não me arrependi. Tem um roteiro muito bom e não fez, ao meu ver, o sucesso que merecia. De uma maneira ou outra serviu para mostrar o quão talentoso River Phoenix era. Pena que partiu tão cedo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Running on Empty
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Naomi Foner
Elenco: River Phoenix, Christine Lahti, Judd Hirsch, Jonas Abry, Martha Plimpton, Ed Crowley
Sinopse:
Danny Pope (River Phoenix) é um jovem filho de um casal que no passado foi acusado de atos terroristas. Eles eram ativistas que participaram de um atentado e por isso foram procurados por anos pelo FBI. Só que Danny quer ter apenas uma juventude normal, como qualquer outro rapaz de sua idade. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (River Phoenix) e Melhor Roteiro Original.
Comentários:
River Phoenix morreu muito jovem. Com apenas 23 anos de idade ele teve uma overdose de cocaína e heroína e morreu na calçada do night club que pertencia a Johnny Depp. Foi uma morte duplamente triste, não apenas pela pouca idade dele, mas também pelo fato de que publicamente ele mantinha uma imagem de jovem avesso à drogas, amante da ecologia, etc. De qualquer maneira, mesmo sendo tão moço, ele ainda conseguiu ser indicado ao Oscar justamente por sua atuação nesse filme. O interessante é que ele usou de sua própria vida pessoal para interpretar seu personagem no filme. Tal como ele, River também havia sofrido por fazer parte de uma família nada convencional. Seus pais faziam parte de uma seita estranha, misto de religião cristã com movimento hippie. Isso fez com que ele não tivesse uma infância e adolescência normais. Aliás o cinema fez com que ele sustentasse a todos, inclusive seus irmãos mais jovens. Talvez essa pressão para alguém tão jovem tenha influenciado em seu triste fim. Não sabemos ao certo. Esse filme porém é muito bom. Assisti nos tempos do VHS e não me arrependi. Tem um roteiro muito bom e não fez, ao meu ver, o sucesso que merecia. De uma maneira ou outra serviu para mostrar o quão talentoso River Phoenix era. Pena que partiu tão cedo.
Pablo Aluísio.
O Outro Lado da Nobreza
Título no Brasil: O Outro Lado da Nobreza
Título Original: Restoration
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Rupert Walters, baseado no romance de Rose Tremain
Elenco: Robert Downey Jr, Sam Neill, Meg Ryan, Ian McKellen, Hugh Grant, David Thewlis,
Sinopse:
Jovem médico cai nas graças do Rei Charles II durante a restauração da monarquia inglesa. Na corte vira alvo de um casamento de fachada providenciado pelo monarca que preende esconder o fato de ter uma amante dentro do palácio. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte (Eugenio Zanetti) e Melhor Figurino (James Acheson).
Comentários:
Um típico caso de filme que começa muito bem, mas que vai perdendo força ao longo de sua duração. O ator Robert Downey Jr está um pouco caricato na pele do protagonista, um médico de origem pobre que fica encantando com o luxo da corte do rei Charles II (em boa interpretação de Robert Downey Jr. Deslumbrado pelos prazeres palacianos ele cai em uma fase promíscua e bem mundana. Só que o Rei não está disposto a dar a ele tudo de graça. Assim o casa com a própria amante, para disfarçar sua própria imoralidade. O casamento é de fachada, óbvio, e o médico não pode ter qualquer tipo de relacionamento com a amante real, só que como era de esperar as coisas tomam um rumo diferente. Essa primeira parte do filme é bem interessante. Depois o enredo dá uma guinada e o personagem de Downey Jr cai bem no meio da proliferação da peste negra em Londres. Essa segunda parte já me pareceu menos interessante, com toques bem folhetinescos. A personagem de Meg Ryan surge aqui. Uma mulher abandonada pelo marido que tem problemas mentais. Sua atuação não me pareceu boa, pelo contrário, ficou nada convincente. Melhor se sai Hugh Grant como um pintor mais preocupado com as intrigas da corte do que propriamente em ser um bom artista.
Pablo Aluísio.
Título Original: Restoration
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Rupert Walters, baseado no romance de Rose Tremain
Elenco: Robert Downey Jr, Sam Neill, Meg Ryan, Ian McKellen, Hugh Grant, David Thewlis,
Sinopse:
Jovem médico cai nas graças do Rei Charles II durante a restauração da monarquia inglesa. Na corte vira alvo de um casamento de fachada providenciado pelo monarca que preende esconder o fato de ter uma amante dentro do palácio. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte (Eugenio Zanetti) e Melhor Figurino (James Acheson).
Comentários:
Um típico caso de filme que começa muito bem, mas que vai perdendo força ao longo de sua duração. O ator Robert Downey Jr está um pouco caricato na pele do protagonista, um médico de origem pobre que fica encantando com o luxo da corte do rei Charles II (em boa interpretação de Robert Downey Jr. Deslumbrado pelos prazeres palacianos ele cai em uma fase promíscua e bem mundana. Só que o Rei não está disposto a dar a ele tudo de graça. Assim o casa com a própria amante, para disfarçar sua própria imoralidade. O casamento é de fachada, óbvio, e o médico não pode ter qualquer tipo de relacionamento com a amante real, só que como era de esperar as coisas tomam um rumo diferente. Essa primeira parte do filme é bem interessante. Depois o enredo dá uma guinada e o personagem de Downey Jr cai bem no meio da proliferação da peste negra em Londres. Essa segunda parte já me pareceu menos interessante, com toques bem folhetinescos. A personagem de Meg Ryan surge aqui. Uma mulher abandonada pelo marido que tem problemas mentais. Sua atuação não me pareceu boa, pelo contrário, ficou nada convincente. Melhor se sai Hugh Grant como um pintor mais preocupado com as intrigas da corte do que propriamente em ser um bom artista.
Pablo Aluísio.
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