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quarta-feira, 16 de novembro de 2022

O Impossível

Filme novo do velho filão cinematográfico do cinema catástrofe. Aqui temos uma história real. Uma família norte-americana decide passar férias em uma ilha do sudeste asiático. Resort de luxo, hotel 5 estrelas. Muita natureza e piscinas maravilhosas. Mar com águas cristalinas de azul maravilhoso. O símbolo do Paraíso na Terra. Tudo começa bem, eles são bem recebidos e curtem vários dias de descanso e lazer. Só que não contavam com a fúria e a destruição da própria natureza. Um tsunami imenso chega aonde estão hospedados. E as ondas gigantes levam tudo por onde passam. É Claro que se torna uma grande tragédia humana e material. O hotel é destruído, as árvores são arrancadas. Não sobra pedra sobre pedra. 

O marido é interpretado pelo ator Ewan McGregor. Ele perde os filhos de vista assim que tsunami chega na ilha. A esposa, interpretada pela atriz Naomi Watts, ainda tenta se salvar de qualquer maneira. Acaba encontrando um garotinho perdido no meio da destruição. E fica desesperada em busca dos 2 filhos que também tentam sobreviver. O filme é muito bem realizado, é muito bem-produzido. É uma daquelas produções que, podemos dizer, captou bem o momento dessa passagem desse tsunami. Um aspecto interessante é que, apesar de todos os acontecimentos do filme, o roteiro ainda apresenta um final feliz. Feliz em termos, claro, mas diante da enorme tragédia que se sucedeu, acredito que não poderia ser melhor do que aquele. Assista ao filme, vale realmente a pena.

O Impossível (The Impossible, Estados Unidos, Espanha, 2012) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: Sergio G. Sánchez, María Belón / Elenco: Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland / Sinopse: Uma família de turistas norte-americanos acaba sendo atingida pela passagem de um tsunami em uma ilha paradisíaca no litoral da Tailândia. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

Eu esperava mais. Não que esses filmes de super-heróis ainda vão surpreender alguém, mas de qualquer forma pelo custo da produção e pelo tamanho da bilheteria, pensei que seria um filme melhor. Eu me enganei. O filme tem poucas novidades. Na verdade o roteiro se agarra em certas fórmulas que já tinham sido utilizadas há anos. Não está convencido disso? Preste a atenção na cena final no alto da estátua da Liberdade! Parece até mesmo uma sequência repetida dos primeiros filmes do personagem no cinema. Provavelmente a única boa ideia nova venha do fato de termos os 3 atores que interpretaram Peter Parker contracenando juntos. Como o roteiro explora o conceito de multiversos, isso seria tecnicamente possível. Entretanto mesmo com uma boa ferramenta narrativa como essa em mãos, os roteiristas fizeram muito pouco. Os três juntos poderia dar margem a excelentes cenas, mas tudo é desperdiçado. A interatividade entre eles é pequena. Nenhum dos atores convidados (Tobey Maguire e Andrew Garfield) teve uma oportunidade mais ampla de explorar esse encontro inusitado. Nada de substancial surge dessa chegada deles no enredo do filme. Acaba sendo apenas uma curiosidade ver os atores juntos e nada muito além disso.

Outro aspecto interessante que percebi nesse filme é que todos os melhores vilões são da primeira trilogia do Homem-Aranha no cinema. Parece até que os outros filmes não tinham nada a oferecer nesse ponto a essa nova produção. O Duende Verde, o Dr. Octopus, o Homem de Areia, todos vieram dos filmes estrelados por Tobey Maguire. O próprio ator inclusive poderia ter sido melhor aproveitado, mas isso não acontece como já frisei. Os vilões também seguem nessa linha. Eles estão lá, mas o roteiro não sabe direito o que fazer com eles. Agora, de todas as coisas que me decepcionaram nesse novo filme do Aranha, nada se compara com os efeitos digitais. Achei tudo fraco demais. Preste atenção nas cena final. Parece game. Os Aranhas voam de um lado para outro, enfrentam os vilões, mas nada parece ter consistência. Eles não parecem ter massa corporal ou peso. Sua interação com o ambiente é igualmente mal produzida. Ruim demais! Dizem que para enganar o cérebro humano é algo complicado. Dificilmente vemos um personagem digital sem perceber que ele é digital. No caso desse filme a coisa ficou tão sem veracidade que acredito que até mesmo as crianças mais pequenas vão perceber que o herói é na verdade um programa de computador, feito de pixel. Então é isso. Um filme que, pelos números envolvidos, poderia ser muito melhor. Do jeito que ficou é apenas interessante, mas igualmente repetitivo de velhas fórmulas e nada muito original.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (Spider-Man: No Way Home, Estados Unidos, 2021) Direção: Jon Watts / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers, baseados nos personagens criados por Stan Lee e Steve Ditko / Elenco: Tom Holland, Tobey Maguire, Andrew Garfield, Benedict Cumberbatch, Jamie Foxx, Willem Dafoe, Alfred Molina, Marisa Tomei / Sinopse: O mundo descobre que Peter Parker é o Homem-Aranha. Depois disso a vida dele se torna um inferno. Procurando por uma saída ele pede ao Dr. Stranger que mude a realidade, para que o mundo esqueça essa informação, só que o feitiço criado para esse fim acaba dando errado, abrindo portas para universos paralelos, de onde chegam vilões extremamente perigosos.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de março de 2021

Cherry

Título no Brasil: Cherry - Inocência Perdida
Título Original: Cherry
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: The Hideaway Entertainment
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Angela Russo-Otstot, Jessica Goldberg
Elenco: Tom Holland, Ciara Bravo, Michael Rispoli, Jeff Wahlberg, Forrest Goodluck, Michael Gandolfini

Sinopse:
Cherry (Tom Holland), um jovem americano comum, decide entrar nas forças armadas por estar sem rumo na vida. No Exército ele é enviado para o Iraque, onde presencia atrocidades na guerra. Com problemas psicológicos retorna aos Estados Unidos e desenvolve uma séria dependência química.

Comentários:
Gostei bastante desse filme, a ponto inclusive de achar que ele foi um dos esquecidos do Oscar nesse ano. Basicamente é uma crônica, narrada em primeira pessoa, mostrando a vida do protagonista, um jovem que entra para o exército, sofre todos os problemas da vida militar e ao voltar acaba se viciando em heroína. Ao lado da mulher eles formam um casal Junkie como há tempos não se via na tela. E para sustentar o vício e não ser morto por traficantes ele entra para o mundo do crime, assaltando bancos. Algo fora de um planejamento maior, crimes praticados no calor do desespero de arranjar dinheiro de todas as formas, o mais rapidamente possível. A droga escraviza e como destrói a vida pessoal do viciado, ele precisa arranjar dinheiro a todo custo, mesmo sem ter emprego ou sem ter onde morar. É um ciclo vicioso que muitas famílias já sentiram na pele com parentes e conhecidos. Tom Holland está ótimo no papel de Cherry, um sujeito que não tem má índole, mas que apenas foi tragado pelas circunstâncias da vida. Acontece muito, ainda mais nos tempos de crise em que vivemos no mundo atual.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de setembro de 2019

Homem-Aranha: Longe de Casa

Título no Brasil: Homem-Aranha - Longe de Casa
Título Original: Spider-Man - Far from Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Marvel Studios
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommer
Elenco: Tom Holland, Samuel L. Jackson, Jake Gyllenhaal, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya

Sinopse:
Finalmente Peter Parker (Holland) vai tirar suas férias na Europa, ao lado de amigos da escola. Ele acredita ser o momento ideal para finalmente conquistar a garota pelo qual está apaixonado, só que a viagem, que deveria ser de diversão e relaxamento, logo se torna uma aventura com monstros e um estranho novo super-herói.

Comentários:
É o filme mais leve já feito sobre esse famoso personagem da Marvel. É quase um filme de adolescentes normais, isso se não houvesse um super-herói entre eles. O roteiro inclusive poderia muito bem ter saído de alguma revistinha em quadrinhos dos anos 60, criada por Stan Lee. É bem na levada comics. Divertido e de certa forma inofensivo, caiu no gosto do público imediatamente. Com quase 1 bilhão de dólares de bilheteria acabou se tornando o maior sucesso do Homem-Aranha nos cinemas. Só que não adianta celebrar muito pois certamente será o fim dessa (terceira) franquia do herói na tela grande. Isso tudo porque houve uma guerra de bastidores envolvendo duas empresas que detém os direitos do personagem. A Marvel tem os direitos para quadrinhos e a Sony tem os direitos para o cinema. Eles chegaram em um acordo de cavaleiros para a inclusão do personagem nos filmes dos Vingadores e depois nessa produção aqui. Só que o acordo chegou ao fim, com acusações de ambos os lados. Com isso é bem provável que o próximo filme do Homem-Aranha seja um reboot, começando do zero (de novo!). E pensar que o cabeça de teia teve seus direitos vendidos lá atrás por um preço abaixo do valor, porque a Marvel estava em crise. Hoje em dia a empresa fatura bilhões no cinema. Se arrependimento matasse...

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de maio de 2019

Vingadores: Ultimato

Esse filme chegou mais cedo do que eu esperava. Pensei que ainda iria demorar uns dois anos para chegar nas telas. Pelo visto a Marvel tem pressa mesmo, lançando seus filmes em ritmo industrial. De qualquer forma deu certo. A produção já acumulou mais de 2.5 bilhões de dólares nas bilheterias. É o maior sucesso do ano, lutando agora para passar "Avatar" que está ainda na sua frente na lista das maiores bilheterias dos últimos anos. Resta esperar para ver o que vai acontecer nas próximas semanas. Bom, deixando esse aspecto comercial de lado o que mais me intrigava era saber como os roteiristas iriam desfazer o nó do filme anterior, onde muitos personagens importantes tinham virado pó, isso literalmente falando. Confesso que não achei grande coisa a solução encontrada. O roteiro parte para o bom e velho argumento da volta no tempo. A coisa fica tão evidente que os próprios roteiristas colocaram duas piadinhas com "De Volta Para o Futuro", já sabendo de antemão que iriam fazer uma ligação com esse famoso filme dos anos 80. A lógica é muito parecida realmente, apesar do papo furado da física quântica, algo que também já está virando uma muleta narrativa recorrente em roteiros mais recentes.

Assim o resultado, ao meu ver, ficou um pouco prejudicado, pois a viagem no tempo não deixa de ser algo bem manjando no universo pop. A despeito disso porém não posso deixar de admitir que em suas quase 3 horas de duração o filme diverte e funciona muito bem como aquilo que sempre foi, uma mera transposição bem realizada do universo dos quadrinhos para o cinema. Os elementos são bem trabalhados, encaixados na trama. Pode ser que se você perdeu algum filme da Marvel nesses últimos anos venha a se perder com tantas idas e vindas no tempo. Porém isso é o de menos. A estrutura narrativa funciona bem, tem bom ritmo e desenvolvimento.

Não é a maior maravilha cinematográfica do mundo como querem fazer crer alguns fãs de quadrinhos, mas funciona perfeitamente bem. É um produto pop de qualidade. Agora, temos que admitir também que um velho problema se repete aqui. Desde sempre qualquer filme com muitos personagens e muitos atores em cena acaba criando um subaproveitamento deles - tantos dos atores como dos heróis. Isso se repete nesse filme. É tanto super-herói em cena que poucos são desenvolvidos com cuidado. Fica aquela sensação de que muitos são apenas coadjuvantes de luxo. Mesmo assim repito que o filme agrada e diverte. Nesse mundo de tantos heróis da Marvel já está de bom tamanho.

Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, Estados Unidos, 2019) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro:  Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Josh Brolin, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Paul Rudd, Benedict Cumberbatch, Brie Larson, Tom Holland, Chris Pratt, Michael Douglas, Robert Redford, Samuel L. Jackson / Sinopse: Para desfazer o mal causado pelo vilão Thanos, os vingadores decidem voltar no tempo para impedir que ele consiga as Joias do infinito que lhe dará um poder supremo sobre todo o universo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

A Hora do Espanto

Charley Brewster (William Ragsdale) é um típico jovem americano que começa a desconfiar dos estranhos hábitos de seu novo vizinho, o misterioso e charmoso  Jerry Dandrige (Chris Sarandon). Após investigar por conta própria ele acaba descobrindo que Jerry é na verdade um vampiro, igual aos que vê todas as noites nos filmes da TV. Sem saber o que fazer pede ajuda a  Peter Vincent (Roddy McDowall), um ator decadente que apresenta um programa que exibe velhas produções de terror. Claro que essa ideia não dará muito certo!

Esse filme segue sendo um dos melhores feitos na década de 80. Quem foi jovem na época lembra do grande sucesso que fez, a tal ponto que deu origem a uma série de filmes genéricos, que inclusive imitavam seu título original. A premissa também tinha tudo a ver com os anos 80. Naquela época havia uma série de programas na TV, ou melhor dizendo, sessões de filmes, geralmente sendo exibidos nas madrugadas, que eram apresentados por atores veteranos do terror. Quem aqui no Brasil não se lembra do Cine Trash? Era bem nessa linha. Por isso o roteiro brincava bastante com essa situação, a de um jovem comum, que curtia esses filmes de horror e que de repente descobria que havia um vampiro de verdade se mudando para a casa ao lado!

Muito divertida essa ideia. Depois ele ia descobrindo mais e mais coisas e acabava pedindo ajuda a um apresentador de programas como as que eu falei, sessões de filmes porcarias, exibidos madrugadas adentro. Só que obviamente o sujeito era apenas um ator e não um caçador de vampiros! O mais legal desse ícone do terror 80´s é que todo o elenco está afinadíssimo em cena. A começar por Chris Sarandon como o vampiro, retomando todo aquele charme antigo dos monstros da Hammer. Charmoso e perigoso, ele se leva à sério em um filme que tinha duplo objetivo: fazer rir e dar sustos! Assim "A Hora do Espanto", o original e não suas refilmagens sem graça, ainda continua à prova do tempo, mesmo que seus efeitos especiais tenham envelhecido, nada consegue estragar essa produção verdadeiramente atemporal. Tudo envolvido agora com um delicioso saber de nostalgia.

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse,  Roddy McDowall, Stephen Geoffreys, Jonathan Stark / Sinopse: Para seu espanto, jovem fã de filmes de horror de baixo orçamento descobre que seu novo vizinho é na verdade um vampiro! Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival na categoria de Melhor Direção (Tom Holland).

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de setembro de 2018

Inverno Rigoroso

Filme de ação que começa como drama familiar. O enredo mostra esse pai interpretado pelo ator Joel Kinnaman (o RoboCop da nova versão para o cinema) que leva seus filhos para uma caçada na montanha. Tempo de inverno, muita neve. Ele é divorciado da mãe dos garotos que agora é casada com um sujeito endinheirado. Uma situação complicada, já que ele próprio está desempregado. Mesmo assim ele deseja ensinar os filhos a caçarem com um rifle em um lugar bem isolado. Os problemas começam logo, já que o carro fica preso na estrada e a partir daí as coisas só vão piorando a cada momento. É um bom filme, valorizado pela bela fotografia. Claro, para os americanos aquele mar de neve, onde tudo parece branco e selvagem, não apresenta grande interesse, mas para nós, brasileiros, que nunca vimos neve na vida é um ponto a favor do filme. O visual da natureza é muito bonito.

A violência e a luta pela sobrevivência também vai agradar aos que curtem esse tipo de enredo. Andar com armas de fogo é algo normal dentro da sociedade americana. Ensinar os filhos a atirarem, mesmo quando eles ainda são menores de idade, aparece na tela como algo natural, como uma tradição dos Estados Unidos que passa de pai para filho. O que acontece depois, mesmo sendo ficção, não foge em nada da normalidade daquele modo de vida. No alto do inverno, no frio intenso, o único calor vem do cano fumegante de uma arma de fogo.

Inverno Rigoroso (Edge of Winter, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Rob Connolly / Roteiro: Rob Connolly, Kyle Mann / Elenco: Joel Kinnaman, Tom Holland, Percy Hynes White, Shaun Benson, Shiloh Fernandez, Rachelle Lefevre / Sinopse: Pai leva os filhos para caçar no alto de uma montanha gelada e uma vez lá descobre que precisará lutar em um jogo de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Esse novo filme do Spider-Man não tem nada a ver com a trilogia original estrelada por Tobey Maguire, tampouco com aquela mais recente franquia inaugurada com o filme "O Espetacular Homem-Aranha", que tinha como ator o Andrew Garfield. Na verdade essa nova linha de filmes nasce quase como um spin-off do último filme dos Vingadores. Isso fica bem claro logo nas primeiras cenas, que foram retiradas justamente do filme anterior. Aqui o Peter Parker é apenas um colegial de 15 anos. Entre os problemas escolares ele tenta cair nas graças do industrial Tony Stark (Robert Downey Jr.). Ele mesmo, o Homem de Ferro. Enquanto um convite para fazer parte dos vingadores não sai, ele vai enfrentando os problemas próprios da idade, como a garota que ele é afim, que não lhe dá muita bola e o amigo nerd, que mais atrapalha do que ajuda. E para complicar ainda mais sua vida surge um novo vilão, o Abutre, interpretado por Michael Keaton. Para quem já foi Batman e Birdman nas telas, nada de novo! O roteiro é muito divertido, virando praticamente um filme de adolescente dos anos 80. Poderíamos até dizer que seria um tipo de "Ferris Bueller encontra Peter Parker" (usando aqui como referência o filme "Curtindo a Vida Adoidado", clássico de John Hughes). Claro que isso também significa que temos pela frente uma série de clichês desse tipo de produção, como o baile de formatura, os valentões dos corredores da escola, a garota amada platonicamente e coisas do tipo. Nada realmente muito original.

Porém a despeito disso há também excelentes cenas. Dizem que para um filme ser considerado realmente muito bom deve haver pelo menos 3 boas cenas. Aqui temos todas elas. A primeira quando o Homem-Aranha tenta salvar os estudantes no monumento de Washington, a segunda no barco que vai se partindo ao meio e a terceira, no clímax, quando finalmente o cabeça de teia enfrenta o abutre com suas asas mecânicas. Para encaixar ainda mais clichês de filmes adolescentes os roteiristas colocaram o vilão como o pai da garota que Peter Parker é apaixonado - uma sacada óbvia, mas que funciona muito bem! Entre tantas boas cenas e muita ação, recheadas com o melhor que os efeitos digitais conseguem reproduzir na tela do cinema, temos assim um dos blockbusters mais divertidos do ano. Em nenhum momento ofende a inteligência do espectador e nem a sensibilidade (sempre à flor da pele) dos leitores dos quadrinhos. A Marvel aliás vive um momento estranho em sua história, acertando quase sempre no cinema e errando absurdamente nas suas publicações em quadrinhos! Enquanto na sétima arte eles só tem acertos, na nona arte estão derrapando feio! Quem diria...

Homem-Aranha: De Volta ao Lar (Spider-Man: Homecoming, Estados Unidos, 2017) Direção: Jon Watts / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, baseados nos personagens criados por Stan Lee, Steve Ditko e Jack Kirby / Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr, Marisa Tomei, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Chris Evans / Sinopse: O jovem Peter Parker (Holland) precisa enfrentar os problems típicos de sua idade, ao mesmo tempo em que investiga a venda de armas ilegais no mercado negro. Os armamentos baseados em tecnologia extraterrestre foram criados por Adrian Toomes (Michael Keaton), um inescrupuloso empreiteiro da construção civil. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Z - A Cidade Perdida

Título no Brasil: Z - A Cidade Perdida
Título Original: The Lost City of Z
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Studios
Direção: James Gray
Roteiro: James Gray, David Grann
Elenco: Charlie Hunnam, Robert Pattinson, Sienna Miller, Tom Holland, Angus Macfadyen, Edward Ashley

Sinopse:
O major Percy Fawcett (Charlie Hunnam) do exército inglês é enviado para uma missão na selva amazônica. Apesar dos inúmeros perigos envolvido nessa expedição ele acaba se encantando pela região. Mais do que isso, acaba encontrando cerâmica antiga, que supostamente teria pertencido a uma civilização antiga. Disposto a voltar ele acaba organizando uma nova expedição, dessa vez em busca da cidade perdida que ele passa a denominar de Z.

Comentários:
É um filme que se propõe a ser uma aventura ao velho estilo. A estória se passa nas primeiras décadas do século XX quando esse explorador chamado Percy Fawcett viajou pela primeira vez para a América do Sul. Sua expedição deveria delimitar com precisão a fronteira entre Brasil e Bolívia que havia se tornado uma questão internacional. O Reino Unido, agindo na posição de árbitro, deveria colocar um fim a essa crise diplomática. Uma vez na selva, Fawcett acabaria descobrindo resquícios e indícios da existência de uma civilização antiga. Ele dominou essa possibilidade de Z, a cidade perdida na floresta, e iria sair em sua busca até o fim de seus dias. Seria a tão falada cidade perdida que vinha sendo procurado desde a chegada dos primeiros colonizadores. Olhando-se sob um ponto de vista pragmático essa seria uma nova versão para a velha lenda de El Dorado, a cidade de ouro e prata, engolida pela selva. Claro que a possibilidade de se descobrir algo assim, a glória envolvida nisso, iria consumir Fawcett através dos anos, se tornando uma verdadeira obsessão pessoal. E como toda obsessão essa também iria terminar mal.

Esse filme é bom, principalmente pelo resgate histórico dessa era em que os europeus se lançaram em regiões inóspitas e inabitadas em busca de reinos lendários e perdidos. Havia uma certa inocência romântica envolvida nisso. A história mostrada no filme é real, baseada na história verídica desse explorador britânico nas selvas da América do Sul. Tudo muito interessante. A questão é que o corte final deixou a produção com uma duração excessiva. São duas horas e vinte minutos de metragem, o que vai cansar certos espectadores. Além disso o filme explora não uma, mas três expedições diferentes, realizadas em momentos diferentes da vida de Fawcett. Esse aspecto do enredo certamente quebra o ritmo de aventura que se tenta trazer ao filme em certos momentos. Mesmo assim, com essas eventuais falhas o filme ainda se sustenta e pode ser considerado um bom momento na carreira do ator Charlie Hunnam no cinema. Logo ele que vem colecionando problemas nessa transição da carreira, saindo das séries de TV para os filmes de cinema. Não tem sido fácil, ainda mais depois do fracasso comercial de "Rei Arthur". A boa notícia é saber que pelo menos aqui temos um roteiro mais pé no chão, contando uma história real, nada fantasiosa, mas igualmente interessante. Spoiler com informações históricas: Em 1952 o sertanista brasileiro Orlando Villas Bôas localizou os supostos restos mortais de Percy Fawcett. Conforme havia se suspeitado por anos ele havia sido realmente morto por nativos da tribo Kalapalo. Essa descoberta viria para colocar um fim no mistério da morte do explorador, que já durava décadas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Hora do Espanto

Os melhores filmes de adolescentes foram feitos nos anos 80. Disso pouca gente pode discordar. Agora que tal misturar tudo isso com velhos monstros de terror? E se um típico jovem dos anos 80 descobrisse que seu novo vizinho era na realidade... um vampiro? Pois é, a ideia parece simples, mas rendeu um excelente filme de terror juvenil. "A Hora do Espanto" foi um grande sucesso de bilheteria na época, tanto que acabaria gerando mais três filmes (uma sequência, um remake e sua continuação). Nenhum desses conseguiu repetir a mesma qualidade cinematográfica.

Produzido em uma época em que os efeitos digitais ainda eram muito primitivos, tudo feito com maquiagem e figuras monstruosas reais, o filme ainda hoje mostra que é de fato uma fita muito boa, que conseguiu resistir até mesmo ao passar dos anos. Um aspecto curioso é que o "caçador de vampiros" do filme não passa de um ator canastrão, de velhos filmes, que agora precisa lidar com um vampiro real. Homenagenando antigos astros dos filmes da Universal ele recebeu o nome de Peter Vincent (de Peter Cushing e Vincent Price). Enfim, "A Hora do Espanto" marcou época no cinema dos anos 80, merecidamente aliás.

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse / Sinopse: Um típico jovem dos anos 80 descobre que seu novo vizinho é na realidade um vampiro. Para ajudá-lo a combater o monstro ele pede ajuda a um velho ator de filmes de terror do passado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Brinquedo Assassino

Depois do sucesso de “A Hora do Espanto” o diretor e roteirista Tom Holland rodou uma comédia muito fraca estrelada por Whoopi Goldberg. Mal recebida por público e crítica, Holland caiu na real e viu que não tinha jeito para o gênero. A solução para voltar ao sucesso era retornar ao terror, onde ele tinha alcançado seu maior sucesso de bilheteria. Foi assim que na segunda metade da década de 80 ele começou a participar de um projeto que era bem curioso: um filme de terror estrelado por um... boneco! Isso mesmo. Até que não era uma novidade completa o tema de bonecos diabólicos mas aqui Holland e o roteirista e amigo Don Mancini escreveram a estória de um boneco de brinquedo que serviria de “corpo provisório” para a alma de um perigoso assassino e psicopata. Enquanto ele não conseguia se transferir para o corpo de um ser humano tinha que se virar para sobreviver e não ser descoberto. O tal boneco acabou sendo nomeado por eles como “Chucky”! Mal sabiam Holland e Mancini que estavam criando um dos personagens mais famosos e carismáticos da história dos filmes de terror! Chucky tinha a aparência de um brinquedo fofo, feito para as crianças. Seu design era especialmente cativante. Fazer daquele personagem um monstro se tornou um desafio e tanto para os animadores, técnicos e toda a equipe especializada em efeitos especiais do filme mas eles, após muitos testes, conseguiram. Usando de Animatronics (os efeitos digitais ainda eram algo muito experimental), os realizadores de “Brinquedo Assassino” conseguiram transformar um enredo que mais parecida vindo de filmes trashs numa produção convincente e de certo modo até mesmo muito original.

Em uma produção como essa o elenco era de certa forma até mesmo secundário mas Holland resolveu trazer novamente Chris Sarandon com quem havia trabalhado em “A Hora do Espanto”. Esse foi o único capricho que se deu ao luxo de cometer pois todo o restante do orçamento de meros nove milhões de dólares foram direcionados para os efeitos especiais. Quando lançado Chucky fez sucesso imediato – a ponto de virar uma linha de brinquedos reais, muito popular durante o Halloween. Infelizmente Tom Holland cometeu uma falha em seu contrato e acabou perdendo os direitos desse personagem para o estúdio que não se fez de rogado lançando várias continuações ao longo dos anos, uma cada vez mais absurda do que a outra! Assim ao longo dos anos “Brinquedo Assassino” acabou virando uma franquia de humor pastelão, galhofeiro, desvirtuando completamente a idéia original de seus criadores que queriam criar um filme de terror em essência. De qualquer modo fica esse primeiro filme – que deveria ser o único – como exemplo de que no universo dos filmes de terror uma boa idéia sempre pode gerar excelentes frutos.

Brinquedo Assassino (Child's Play, Estados Unidos, 1988) Direção: Tom Holland / Roteiro: Don Mancini e Tom Holland / Elenco: Catherine Hicks, Chris Sarandon, Alex Vincent / Sinopse: Após participar de um culto de magia negra a alma de um assassino psicopata vai parar no corpo de plástico de um boneco, um brinquedo típico da década de 80 chamado candidamente e carinhosamente de Chucky! Agora o espírito terá que lutar para possuir um corpo real de um ser humano antes que seu tempo na terra se esgote.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Elizabeth - A Era de Ouro

Com o êxito do primeiro filme, “Elizabeth”, era natural que os produtores levassem adiante a saga da Rainha Elizabeth I nos cinemas. Praticamente toda a equipe do filme anterior foi mantida. Uma vez contada sua origem o roteiro de “Elizabeth – A Era de Ouro” se concentra agora em um dos maiores desafios da Rainha durante os anos em que esteve à frente da coroa britânica. A trama se passa no ano de 1585. Nessa época a Espanha se torna a maior potência do planeta, fruto de sua política de expansionismo além-mar. As novas colônias descobertas no chamado novo mundo trouxeram uma riqueza inimaginável para o país Ibérico. Ouro, metais preciosos, tudo parecia brotar da terra com incrível facilidade. De posse de tanta riqueza a Coroa espanhola logo tratou de construir uma poderosa armada para consolidar seus domínios nas terras da chamada América. Como todo império que se preze os interesses da coroa espanhola logo entraram em choque com a Inglaterra, outra potência colonialista. Para piorar o Rei espanhol defendia abertamente a irmã de Elizabeth, Mary Stuart, como a verdadeira Rainha da Inglaterra, sucessora legítima do Rei Henrique VIII. Católica fervorosa, filha de mãe espanhola, Mary era a preferida das cortes espanholas para assumir o trono inglês. Não apenas por ser a filha mais velha de Henrique VIII mas também por causa de suas origens que a ligavam diretamente com o trono espanhol. Seria maravilhoso para a Espanha ter naquele momento histórico uma Rainha com sangue espanhol correndo em suas veias. Na visão das cortes espanholas Elizabeth era apenas a filha da devassa Ana Bolena, uma mulher sem virtudes.

Com tantos interesses conflitantes não é de se admirar que as duas potências tenham entrado numa feroz guerra que iria determinar os rumos da Europa (e do mundo) nos séculos seguintes. Para suportar todas as pressões externas, Elizabeth ainda teve que lidar com problemas internos, entre eles sua indefinição para se casar e ter filhos, garantindo assim uma sucessão tranqüila para sua dinastia. E é justamente nesse momento em que ela acaba simpatizando com a chegada do nobre aventureiro Walter Raleigh (Clive Owen) que logo se tornou inaceitável para as cortes como seu par romântico. Ele definitivamente não tinha as qualificações certas para se tornar o consorte real da Rainha. “Elizabeth – A Era de Ouro” é uma produção bem mais movimentada que o primeiro filme sobre Elizabeth I. As grandes batalhas, os conflitos em mar e terra, tudo isso deixa a produção com um aspecto bem mais atrativo para o público atual. Some-se a isso o ótimo uso de efeitos digitais nos momentos mais cruciais da guerra entre Inglaterra e Espanha. O saldo final como sempre é muito bom. A crítica adorou e o público prestigiou. Outro ponto positivo foi o fato de finalmente ter sido agraciado com o Oscar de Melhor Figurino, sanando um erro na premiação do primeiro filme. Para Cate Blanchett o resultado também não poderia ter sido melhor pois conseguiu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor atriz. Um reconhecimento merecido de seu trabalho nas duas produções enfocando a Rainha Elizabeth I.

Elizabeth – A Era de Ouro (Elizabeth: The Golden Age, Estados Unidos, 2007) Direção: Shekhar Kapur / Roteiro: Michael Hirst, William Nicholson / Elenco: Cate Blanchett, Clive Owen, Samantha Morton, Geoffrey Rush, Tom Holland, Abbie Cornish / Sinopse: Segundo filme sobre a rainha Elizabeth I. Lutando contra os interesses da coroa espanhola que deseja colocar Mary Stuart no trono inglês e de pressões internas que querem que se case para garantir uma sucessão tranqüila, a Rainha tenta sobreviver dentro do quadro político de sua época.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Hora do Espanto

Hoje vivemos uma nova onda de vampirismo no cinema. Vários filmes voltaram a explorar essa mitologia e essa nova moda se estendeu em toda cultura pop, seja em jogos RPGs, livros, séries de TV e muito mais. Um clima bem diferente de quando "A Hora do Espanto" surgiu nas telas na metade da década de 80. Era um fato: o personagem do vampiro estava em baixa. Christopher Lee não queria mais saber de fazer filmes de Drácula e a Hammer era vista como uma produtora fora de moda. Nos Estados Unidos a coisa era ainda pior pois os filmes que mostravam vampiros geralmente o faziam em tom de deboche como "Amor a Primeira Mordida" em que o galã decadente George Hamilton fazia um vampiro muito afetado e fanfarrão. Nenhum estúdio pensava seriamente sobre o tema e os fãs do estilo estavam desamparados. Até que o diretor descolado  Tom Holland resolveu convencer a Columbia a investir meros nove milhões de dólares em um novo roteiro seu. Era um filme de vampiros certamente, mas bem diferente do tradicional. Ao invés da trama se passar em castelos isolados da Transilvânia a estória se passava em um bairro suburbano, tipicamente americano. O jovem Charley (William Ragsdale) era  igualzinho aos garotos que iriam assistir ao filme. Eles curtiam filmes trashs na TV e eram apaixonados pela garota mais bonita da escola. A diferença era que seu vizinho era um vampiro! Um ser da noite morando ao lado, já pensou?

Desnecessário dizer que quando o filme surgiu nas telas caiu imediatamente no gosto do público jovem que ia aos cinemas. O roteiro era divertido, movimentado, tinha ótimos efeitos especiais e criava uma identificação imediata com a platéia. Quer fórmula mais certeira do que essa? Dois personagens eram divertidas releituras feitas em cima dos vampiros do passado e de seus caçadores incansáveis.  Chris Sarandon tem aqui uma das melhores interpretações de sua carreira. Vivendo o vampiro sensual e gentleman Jerry ele rouba todas as cenas. Para falar a verdade sua caracterização lembra muito outra, que foi feita por Frank Langella no Drácula de 1979 mas mesmo assim consegue ter também uma identidade própria. Outro personagem ótimo é  Peter Vincent (nome que mistura Peter Cushing com Vincent Price, dois ícones do cinema de terror das décadas passadas). Interpretado com raro brilhantismo por  Roddy McDowall, ele é um apresentador de TV e ator decadente, que posa de caçador de vampiros nas telas mas que na realidade é um covarde inveterado. O sucesso do filme foi fenomenal e cunhou até mesmo a expressão "Espantomania", um rótulo que começou a ser usado em filmes que seguiam pela mesma linha (jovens com problemas sobrenaturais). Com o tempo o filme só ganhou em charme e simpatia e dá de dez a zero em seu péssimo remake que foi lançado há pouco tempo. "A Hora do Espanto" é aquele tipo de filme cuja estória já encontrou a versão definitiva no cinema. Um terror nota dez que até hoje diverte e encanta. Se já viu reveja, se ainda não conhece, corra para ver - será certamente um belo programa para essa noite!

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse,  Roddy McDowall,  Stephen Geoffreys / Sinopse: Charley Brewster (William Ragsdale) é um típico jovem americano que começa a desconfiar dos estranhos hábitos de seu novo vizinho, o misterioso e charmoso  Jerry Dandrige (Chris Sarandon). Após investigar por conta própria ele acaba descobrindo que Jerry é na verdade um vampiro, igual aos que vê todas as noites nos filmes da TV. Sem saber o que fazer pede ajuda a  Peter Vincent (Roddy McDowall), um ator decadente que apresenta um programa que exibe velhas produções de terror.

Pablo Aluísio.