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sábado, 10 de dezembro de 2022

Star Wars - Andor

A Disney segue com sua linha de produção de séries baseadas no universo criado por George Lucas. E olha que essa série até foi bem recebida nos Estados Unidos. A crítica especializada gostou e os fãs de Star Wars bateram palmas! O que, convenhamos, baseado nas últimas séries, não é algo muito corriqueiro de acontecer. Muitas dessas séries novas da Disney levaram pauladas por todos os lados. Mas essa aqui foi poupada. A história se passa no mesmo contexto do filme "Rogue One: Uma História Star Wars". Produção que também foi muito elogiada, sendo considerada excelente pelos fãs. Isso talvez explique a sua boa receptividade. Ainda é cedo para que eu expresse minha opinião definitiva sobre o que achei da série, pois só assisti a um episódio até o momento, mas vou deixar abaixo minhas impressões iniciais. 

O primeiro episódio não é particularmente empolgante. O protagonista vai até um planeta distante em busca de informações sobre sua irmã desaparecida. Ao que tudo indica, ela esteve envolvida com forças rebeldes e isso atrai a atenção do Império. Ele tenta escapar, mas a verdade é que a morte de dois operários que trabalhavam para as forças imperiais despertam muita atenção e levam um xerife local a ir atrás e investigar a morte desses homens. Mesmo tendo sido aconselhado a não fazer. Se há uma coisa para se elogiar neste primeiro episódio, é a sobriedade. Não tem nada de infantil, parece que a série vai adotar um tom mais realista e adulto. Vamos aguardar.

Star Wars - Andor (Andor, Estados Unidos, 2022) Direção: Toby Haynes,Benjamin Caron / Roteiro: Tony Gilroy / Elenco: Diego Luna, Kyle Soller, Stellan Skarsgård / Sinopse: Em um universo dominado pelas forças do Império, grupos de rebeldes se organizam por todos os planetas para deter essa invasão violenta e sem sentido.


Star Wars Andor 1.02 - That Would Be Me
Eu estou sinceramente meio decepcionado com essa série. Muito badalada, com muita gente boa elogiando a série, dizendo que era melhor que foi produzido pela Disney com a marca Star Wars. Minha opinião difere principalmente se eu for tomar como parâmetro justamente esse episódio. Nada, absolutamente nada, de importante acontece aqui. É uma das coisas mais entediantes que já vi na minha vida. Prefiro muito mais ver o mandaloriano viajando pelo espaço com baby Yoda. Tem muito mais graça e magia. Por outro lado, isso aqui só me soou como algo muito entediante. / Star Wars Andor 1.02 - That Would Be Me (Estados Unidos, 2022) Direção: Toby Haynes.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

171

Título no Brasil: 171
Título Original: Criminal
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Jacobs
Roteiro: Fabián Bielinsky
Elenco: John C. Reilly, Diego Luna, Maggie Gyllenhaal, Peter Mullan, Zitto Kazann, Jonathan Tucker

Sinopse:
Dois vigaristas tentam enganar um colecionador de moedas vendendo-lhe uma cópia falsificada de uma nota extremamente rara. Estelionato puro! E agora, o sujeito vai mesmo cair no golpe?

Comentários:
Veja que coisa sem noção. O titulo nacional desse filme norte-americano foi definido como "171". Ora, isso é uma referência ao código penal brasileiro, a um de seus artigos. O que isso tem a ver com uma história passada nos Estados Unidos, com personagens americanos? Nada, absolutamente nada! Esse é o tamanho da estupidez do título que o filme recebeu por aqui. Já em relação ao filme em si, não teria muito a criticar. É uma filme muito bem realizado, retirando o melhor desse subgênero dos filmes policiais. O elenco inclusive é dos melhores. O sempre ótimo e sempre subestimado John C. Reilly está perfeito em seu papel. O mesmo vale para Maggie Gyllenhaal, uma atriz que é puro talento. Enfim, deixo a recomendação. Ignore o estúpido título brasileiro e aprecie o filme pelo que realmente ele vale.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de janeiro de 2022

Dirty Dancing 2

Título no Brasil: Dirty Dancing 2 - Noites de Havana
Título Original: Dirty Dancing - Havana Nights
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Guy Ferland
Roteiro: Kate Gunzinger, Peter Sagal
Elenco: Diego Luna, Romola Garai, Sela Ward, John Slattery, Jonathan Jackson, January Jones

Sinopse:
Em uma Cuba caliente, com muito ritmo e dança, um jovem se apaixona por uma bela mulher. Como ele vai ganhar o afeto dela? A solução pode vir de um concorrido concurso de dança! Quem sabe assim ele vá conquistar o coração da mulher de seus sonhos.

Comentários:

Olhando para o passado e sendo bem sincero eu nunca consegui gostar muito do primeiro filme "Dirty Dancing". E olha que era um musical dos anos 80 com ótima trilha sonora, com história passada nos anos 60, visual bonito e belas coreografias. Nem isso adiantou, sempre considerei o filme original um tanto quanto artificial, sem alma. Agora imaginem uma sequência dele! Não havia a menor condição desse que escreve essas linhas apreciar mesmo um "Dirty Dancing 2 - Noites de Havana". Como os dois atores do elenco do primeiro filme não quiseram participar de uma continuação, um novo roteiro foi escrito às pressas. A ideia era aproveitar o ritmo caliente do Caribe, da sonoridade de Cuba. A trilha sonora pode até ter seus méritos, pois é uma musicalidade empolgante, mas o roteiro é mesmo de doer. Além disso o tal de Diego Luna é sem carisma. Um desses atores latinos genéricos que nunca me convenceu. Bom, o filme afundou nas bilheterias e foi massacrado pela crítica. Alguém em sã consciência esperava por algo diferente?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Um Dia de Chuva em Nova York

Título no Brasil: Um Dia de Chuva em Nova York
Título Original: A Rainy Day in New York
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Gravier Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Timothée Chalamet, Elle Fanning, Liev Schreiber, Jude Law, Diego Luna, Selena Gomez

Sinopse:
Um casal de jovens universitários do curso de arte decide passar um dia em Nova Iorque. Ele, Gatsby Welles (Timothée Chalamet), vai ter que reencontrar a mãe possessiva. Ela, Ashleigh Enright (Elle Fanning), vai conhecer um importante e famoso diretor de cinema que poderá abrir as portas para sua carreira. Só que obviamente as coisas não saem exatamente como era esperado.

Comentários:
Woody Allen está com 84 anos de idade. Será que alguém ainda pode julgar seus filmes como antigamente? Penso que não. O que ele tinha que fazer no cinema, já o fez. Não precisava realizar mais nada. Tudo o que deveria ter feito, já foi feito. Mesmo assim ele parece não desistir nunca. Tal como Clint Eastwood penso que ele provavelmente vai romper a barreira dos 90 anos ainda dirigindo filmes. Esse aqui é um de seus filmes menos pretensiosos. Com roteiro do próprio diretor, ele coloca na boca de seus personagens simples devaneios de sua própria mente. Por isso surgem coisas esquisitas na tela. Por exemplo, a atriz Elle Fanning interpreta uma loirinha tola, infantil e não muito inteligente. Na maioria das cenas ela se mostra assim. Porém quando Allen resolve soltar um grande pensamento usando justamente ela, nem pensa duas vezes. Juro que senti que a menina estava "possuída" pela mente irônica e muito inteligente de Allen. E ver esse senhor octogenário soltando seus pensamentos mais sutis através da boca da bobinha e sorridente personagem de Fanning é pra lá de esquisito! No fundo praticamente todos os personagens em cena funcionam como espécies de espelhos, de alter ego coletivo do diretor, em maior ou menos grau. Allen usa todos apenas como peças decorativas de seu tabuleiro de pensamentos, com ele soltando suas divagações aqui e acolá. Algumas pessoas vão ao psicanalista. Woody Allen faz filmes como esse para desabafar o que pensa. No geral é um filme bem bonitinho, uma graça. Parece uma caixa de bombons. Claro, comparado com seu passado, tudo soará muito inocente e sem grande importância. Porém para quem já tem uma filmografia maravilhosa como Woody Allen, tudo é plenamente perdoado. Absolutamente tudo. Até ser meio bobinho agora com esse seu novo filme.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de março de 2020

Vampiros, os Mortos

Título no Brasil: Vampiros, os Mortos
Título Original: Vampires Los Muertos
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Storm King Productions
Direção: Tommy Lee Wallace
Roteiro: Tommy Lee Wallace
Elenco: Jon Bon Jovi, Diego Luna, Cristián de la Fuente, Natasha Gregson Wagner, Arly Jover, Darius McCrary,

Sinopse:

Um caçador de vampiros e um padre exorcista lutam contra um bando de criaturas da noite, vampiros que vivem no meio do deserto mexicano. Uma luta de sobrevivência vai começar nas areias daquela terra de ninguém.

Comentários:
O roqueiro Jon Bon Jovi também quis se dar bem no mundo do cinema. O resultado foi bem discutível. Nesse filme ele interpreta uma espécie de caçador de vampiros e só isso já dá para ter uma ideia do que esperar pela frente. A coisa se repete: quando rockstars tentam fazer cinema geralmente boa coisa não sai. O nome do diretor John Carpenter chegou a ser usado como chamariz para esse filme, mas não se engane. Ele já estava doente na época em que o filme foi produzido e sua participação foi praticamente nula. No fundo só usaram de sua criação, com aqueles vampiros atacando no meio do deserto e nada mais. E nem precisa dizer que os efeitos especiais envelheceram terrivelmente, principalmente quando surgem raios... aí a coisa desanda de vez. Na minha forma de ver é um produto descartável, nada memorável, sem nenhuma inspiração e criatividade. A mitologia dos vampiros merecia coisa melhor. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Pacto de Justiça

Título no Brasil: Pacto de Justiça
Título Original: Open Range
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Craig Storper
Elenco: Kevin Costner, Robert Duvall, Diego Luna, Annette Bening, Michael Gambon, Abraham Benrubi

Sinopse:
Dois cowboys atravessam as planícies levando um grande rebanho de gado. É a mesma experiência de seus antepassados, um estilo de vida que já dura séculos. Só que agora eles precisam lidar com um xerife corrupto e um fazendeiro ganancioso que desejam evitar que eles cheguem em seu destino.

Comentários:
Depois de "Dança com Lobos" todos os cinéfilos esperaram para que Kevin Costner voltasse ao gênero western. Demorou muitos anos, mas ele retornou ao velho estilo nesse faroeste chamado "Pacto de Justiça". O roteiro foi escrito a partir do romance escrito por Lauran Paine. Tive a oportunidade de assistir no cinema. É um filme bem mais simples e despretensioso do que seu grande clássico épico do passado. Na verdade a simplicidade até mesmo me deixou surpreso, tanto que Costner, apesar de ser o astro do filme, ficou um tanto em segundo plano para o veterano Robert Duvall. Esse encarnou com perfeição a figura do velho cowboy, já cansado pela vida, mas com experiência de sobra, tudo moldado pelos anos passados. De semelhança com "Dança com Lobos" temos a atitude reverencial para com a mitologia do velho oeste americano, seus personagens e estilo de vida. Também é um filme bem bonito no aspecto visual, com tomadas da natureza de encher os olhos do espectador. Fez um sucesso modesto nas bilheterias e nem chegou perto de chamar a atenção do faroeste anterior de Costner. Esse aspecto porém em nada desmereceu esse faroeste contemporâneo que é inegavelmente muito bom.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Frida

Título no Brasil: Frida
Título Original: Frida
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Canadá, México
Estúdio: Handprint Entertainment, Lions Gate Films
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Hayden Herrera, Clancy Sigal
Elenco: Salma Hayek, Alfred Molina, Geoffrey Rush, Antonio Banderas, Diego Luna, Edward Norton

Sinopse:
Cinebiografia da pintora mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (1907 - 1954). Sua vida, suas lutas e o amor pela arte são mostradas nessa requintada produção. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Música Original (Elliot Goldenthal) e Melhor Maquiagem.

Comentários:
Em poucas palavras esse foi o filme da vida da atriz Salma Hayek. Em termos gerais ela nunca havia feito nada tão relevante antes e nem depois desse filme. É o seu auge, seu ápice, um pico que ela provavelmente nunca mais vai escalar. Chegou inclusive a ser indicada ao Oscar, era considerada uma das favoritas, mas não venceu. Mais uma injustiça da academia em meu ponto de vista. Ela está perfeita como Frida Kahlo, uma figura importante na história da arte e das conquistas femininas na história. Poucos poderiam inclusive dizer que Salma teria tanto talento para interpretar uma personagem histórica tão complexa, mas o fato inegável é que ela conseguiu e se consagrou no papel. Além de muito bem produzido o filme ainda contou com um elenco de apoio excepcional, contando com o melhor que Hollywood tinha em termos de atores "ibéricos" como Alfred Molina, Antonio Banderas e Diego Luna. O estúdio se deu ao luxo até de contratar Edward Norton como o milionário Nelson Rockefeller. Coisa que poucos filmes conseguiram ter em seu elenco. Enfim, ótimo filme que resgata a importante história da artista Frida. Se você gosta de história da arte não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Além da Morte

Esse filme nada mais é do que o remake de "Linha Mortal" de 1990. Naquele filme original tínhamos um excelente elenco formado por Kiefer Sutherland, Kevin Bacon e Julia Roberts, Aqui a premissa segue basicamente a mesma: um grupo de estudantes de medicina decide ir além, sondar a fronteira que separa a vida da morte. Para isso eles fazem uma experiência no mínimo imprudente: são levados a sofrerem uma parada cardíaca, ficam "mortos" por mais ou menos 60 segundo e depois são trazidos de volta à vida pelos próprios colegas. Enquanto estão no lado de lá passam por experiências espirituais e sensoriais, só que ao retornaram não voltam sozinhos, algo maligno os acompanham.

Eu pensava que seria um filme no mínimo dispensável ou ruim, mas me enganei. É um bom filme, valorizado por um roteiro que procura trabalhar melhor o passado de cada personagem, além de explorar um visual do além morte que ficou bem realizado, diria até que os efeitos especiais são de extremo bom gosto. Para fazer uma ligação com o primeiro filme dos anos 90 o ator Kiefer Sutherland interpreta um grisalho professor de medicina. Sua participação é pequena e sem grande ligação com a trama principal, mas vale como referência justamente para "Linha Mortal". No final é um bom thriller de suspense e terror que em nenhum momento ofende a inteligência do espectador. Vale a pena.

Além da Morte (Flatliners, Estados Unidos, 2017) Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: Ben Ripley, baseado na trama original escrita por Peter Filardi / Elenco: Ellen Page, Diego Luna, Nina Dobrev, James Norton, Kiersey Clemons, Kiefer Sutherland / Sinopse: A estudante de medicina  Courtney (Page) que no passado perdeu a irmã em um acidente de carro, decide levar seus amigos de faculdade a uma experiência perigosa e imprudente: sondar o mundo dos mortos, através de uma parada cardíaca induzida seguida de um breve momento de falecimento, por mais ou menos 60 segundos. A tal "experiência" acaba resultando em efeitos colaterais indesejados através de alucinações e aparições de pessoas mortas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Rogue One: Uma História Star Wars

Gostei bastante desse novo filme "Star Wars" e por vários motivos. Antes de qualquer coisa é importante parabenizar os roteiristas dos estúdios Disney por esse roteiro. Eles pegaram uma linha de citação do primeiro filme "Guerra Nas Estrelas" (1977) e criaram todo um enredo em cima disso. O roteiro é não apenas muito imaginativo (e original) como também coeso e bem estruturado. Basta lembrar o clímax do primeiro filme da saga, com a destruição da Estrela da Morte pelos rebeldes, para bem entender o que se conta em "Rogue One". Como a Aliança Rebelde descobriu a grande falha estrutural da incrível máquina de guerra do Império? Bom, você saberá tudo aqui. O enredo gira em torno de dois personagens básicos, pai e filha. O pai é Galen Erso (interpretado pelo sempre ótimo Mads Mikkelsen). Ele trabalha para o Império como engenheiro. Sua função é colaborar para a criação de armas cada vez mais poderosas e mortíferas. Quando o conceito da Estrela da Morte surge, ele entra em crise de consciência. Afinal uma arma tão poderosa a ponto de destruir planetas poderia causar uma devastação no universo sem precedentes. Ele tenta fugir de seu destino, indo morar em um planeta isolado, vivendo em paz como fazendeiro, mas isso se torna impossível. O Império vai atrás dele.

Sua filha é Jyn Erso (interpretada pela atriz Felicity Jones, de "Inferno", "A Teoria de Tudo" e "O Espetacular Homem-Aranha 2"). Separada do pai na infância, ela acaba sendo criada por um rebelde radical, Saw Gerrera (Forest Whitaker, uma das melhores coisas do filme). Quando seu pai envia um piloto do Império para entregar valiosas informações para os rebeldes, Jyn se torna peça chave em um momento crucial na luta entre a Aliança Rebelde e as forças do Imperador. E assim se desenvolve "Rogue One", com uma boa trama, nada infantil (ainda bem que não existem palhaçadas pelo meio do caminho do tipo Jar Jar Binks). Tudo é levado em ritmo de ação e aventura, porém sustentada por uma boa estória. Alguns personagens clássicos da saga original surgem no filme, o que é natural, já que o enredo de "Rogue One" se passa pouco antes do primeiro filme da série. Entre eles o mais celebrado pelos fãs é justamente Darth Vader. Sua participação é pequena, isso é verdade, mas ele tem boas cenas no roteiro. Além disso os roteiristas capricharam em sua primeira aparição em cena, criando todo um clima, que se revelou mais do que acertado. Um fato curioso aconteceu com outro personagem clássico, Grand Moff Tarkin. No filme de 1977 ele foi interpretado pelo ator Peter Cushing. Ele seria um dos personagens centrais de "Rogue One", mas como colocar esse comandante do império de volta às telas, no novo filme, se o Peter Cushing havia falecido em 1994? A solução foi criar o personagem de forma totalmente digital. A tecnologia trouxe a solução. O resultado impressiona. Então é isso, entre erros e acertos dentro dos filmes com a marca "Star Wars" esse aqui é certamente um dos acertos. Que a Disney traga mais filmes todos os anos, os fãs agradecem.

Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One, Estados Unidos, 2016) Direção: Gareth Edwards / Roteiro: Chris Weitz, Tony Gilroy / Elenco: Felicity Jones, Mads Mikkelsen, Forest Whitaker, Diego Luna, James Earl Jones, Peter Cushing, Carrie Fisher / Sinopse: O pai de Jyn Erso (Felicity Jones), um engenheiro do Império, resolve vazar informações para a Aliança Rebelde através de um piloto desertor. Assim Jyn se torna peça central para se chegar nessas valiosas informações sobre uma incrível máquina de destruição imperial chamada de Estrela da Morte.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Herança de Sangue

Título no Brasil: Herança de Sangue
Título Original: Blood Father
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Icon Entertainment
Direção: Jean-François Richet
Roteiro: Peter Craig, Andrea Berloff
Elenco: Mel Gibson, Erin Moriarty, Diego Luna, William H. Macy, Raoul Max Trujillo, Dale Dickey
  
Sinopse:
Após passar muitos anos preso, Link (Mel Gibson) finalmente consegue sair da prisão sob condicional. Ele começa a trabalhar como tatuador no próprio trailer onde vive, ao mesmo tempo em que ainda mantém esperanças de um dia reencontrar sua filha, Lydia (Erin Moriarty). Ela desapareceu há muitos anos após fugir da casa da mãe. Tudo segue normal até que um dia Lydia ressurge! Ela viveu por anos na Califórnia e se envolveu com um criminoso latino, Jonah (Diego Luna), membro de um cartel mexicano de traficantes de drogas. Após um assalto mal sucedido ela acabou baleando o próprio namorado. Agora ele e seus comparsas querem se vingar. Apenas o pai de Lydia poderá deter esse bando de criminosos.

Comentários:
Mais uma tentativa (mal sucedida) do ex-astro Mel Gibson em retomar sua carreira. Desde que brigou com produtores e estúdios (com acusações de racismo e antissemitismo para todos os lados), Gibson tem vivido praticamente em um semi ostracismo. Nunca mais atuou em grandes produções e seus filmes já não conseguem alcançar o mesmo sucesso que um dia tiveram. Na verdade os últimos filmes de Gibson mal conseguem chamar a atenção do grande público. Em certos aspectos ele virou uma espécie de pária da indústria cinematográfica americana. Os dias de "Mad Max" e "Máquina Mortífera" parecem atualmente bem distantes. Como ele não é mais comercialmente tão viável para Hollywood seus filmes vão ficando cada vez mais baratos e sem expressão. Afinal uma coisa acaba levando a outra. Assim esse novo filme segue o mesmo caminho do que se tem visto em termos de Mel Gibson ultimamente. O roteiro é por demais básico, baseado apenas em uma situação sem novidades, a do pai que tenta proteger a filha de criminosos que tentam matá-la.

As cenas de ação são mais do mesmo. Para não escrever que nada é muito interessante ou original, há um bom momento quando Gibson foge com sua filha em uma possante moto Harley-Davidson numa estrada no meio do deserto. Apesar de ser até bem feita serviu apenas para me deixar com saudades de "Exterminador do Futuro 2". Em relação ao elenco temos um Mel Gibson barbudo, tatuado, envelhecido, mas com boa forma física. Pelo visto os anos de alcoolismo não conseguiram (ainda) destruir fisicamente o ator. Ao seu lado, como um amigo, surge o talentoso William H. Macy em um papel completamente sem importância e desnecessário. Um desperdício completo. A filha de Gibson no filme, por sua vez, é interpretada pela atriz e "ídola" teen Erin Moriarty, tão bonitinha quanto chatinha. E por fim temos Diego Luna, que por um pequeno momento no começo de sua carreira chegou a ser considerado uma grande promessa latina em Hollywood. Pelo visto foi outro que definitivamente não deu em nada. Então é isso. Uma fita de ação sem brilho, sem novidades, totalmente banal. Esse parece ser mesmo o caminho a ser trilhado pelo ex-astro Mel Gibson, aqui colhendo todos os frutos podres de seu passado recente de excessos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Elysium

O ano é 2154. A humanidade está dividida em duas castas principais. Os ricos moram na estação espacial Elysium, um lugar magnífico, lindo, cheio de belas mansões e maravilhosos jardins. Os pobres moram na Terra, nessa altura da história um planeta poluído, devastado, superpovoado e repleto de pobreza e miséria. Max (Matt Damon) nasceu em uma Los Angeles decadente, onde quase todos só falam espanhol e são latinos. Seu sonho é um dia ir para Elysium mas como ex-presidiário isso parece ser um objetivo muito longe de se concretizar. Para sobreviver ele se torna operário de uma indústria da região. Em um mundo onde ter emprego é um grande privilégio, ele não se importa muito em ser explorado da maneira mais vil pelos grandes capitalistas que dominam o mundo. Durante uma operação padrão dentro da empresa ele acaba sendo contaminado por altos graus de radiação. Sua única saída seria a tecnologia médica de Elysium mas para chegar lá ele terá que contar com um verdadeiro "coiote espacial", Spider (Wagner Moura), um bandido pé de chinelo que ganha a vida transportando ilegais para dentro de Elysium.

Como se pode perceber pela sinopse essa ficção "Elysium" tem boas ideias. Afinal analisando-se bem vemos que tudo é uma grande metáfora sobre a sociedade americana atual. A estação Elysium assim nada mais seria que o próprio Estados Unidos, um oásis de riqueza e prosperidade que estaria sendo invadido por massas de ilegais todos os dias! Não é preciso ser muito perspicaz para entender as intenções do roteiro ao colocar toda aquela multidão de pobres e miseráveis latinos invadindo a Elysium (EUA) em busca de uma melhor condição de vida. É uma visão preconceituosa? Claro que sim! Infelizmente o que poderia ser um argumento muito interessante do ponto de vista sociológico logo se rende aos mais batidos clichês do gênero, caindo na vala comum dos filmes de ação e ficção pipoca que invadem as telas dos cinemas comerciais mundo afora. O primeiro ato, mostrando a nova realidade social do mundo do futuro, acaba dessa forma desabando sobre uma enorme quantidade de soluções fáceis e óbvias demais para ser levado à sério. O que era de fato um conceito muito promissor logo deixa de ter importância pois o roteiro, de forma muito preguiçosa aliás, prefere se apoiar nas cenas de ação gratuitas ao invés de desenvolver melhor o que se passa naquele universo. Assim o que sobra é um filme genérico e batido que logo se torna um dos mais decepcionantes da temporada.

Elysium (Elysium, Estados Unidos, 2013) Direção: Neill Blomkamp / Roteiro: Neill Blomkamp / Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura, Diego Luna, Alice Braga, Sharlto Copley / Sinopse: No futuro da Terra a separação entre pobres e ricos é ameaçada por um ex-presidiário, Max (Damon), que precisa de todas as formas entrar na estação Elysium em busca de uma cura para a radiação a que foi exposto. Do mesmo diretor de "Distrito 9".

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Milk - A Voz da Igualdade

Gus Van Saint foi o queridinho da crítica especializada nas décadas de 1980 e 1990. Não é para menos. Van Saint dirigiu pelo menos três grandes obras naqueles anos: "Drugstore Cowboy" (sobre viciados em drogas),"Garotos de Programa" (sobre a triste realidade da prostituição masculina) e "Gênio Indomável", que o consagrou definitivamente. Depois desse êxito inicial ele teve a péssima idéia de fazer um remake cena a cena do grande clássico "Psicose" de Alfred Hitchcock. Foi um desastre e a partir daí sua carreira entrou em parafuso. Depois de uma série de produções apagadas ele finalmente voltou aos holofotes com esse sensível drama político "Milk". O enredo conta a estória de Harvey Milk (1930-1978), um corajoso político norte-americanno que resolveu assumir sua homossexualidade na década de 1970. Na época a simples menção de que algum político fosse gay já era suficiente para destruir sua carreira. Milk assim quebrou esse estigma e demonstrou que honestidade e espírito público nada tinham a ver com a opção sexual de cada um. São coisas completamente independentes. Como sempre a democracia americana se tornou o grande palco dessa verdadeira mudança de mentalidade dentro da sociedade. Assim Milk, mesmo sendo assumidamente gay, acabou sendo eleito para um importante cargo público em sua cidade. Gus Van Saint procurou ser sutil. Não estigmatiza seu personagem principal, pelo contrário, o respeita e o trata da forma mais digna possível. O roteiro também conta sua história da forma mais honesta possível, sem manipulações.

A interpretação de Milk valeu o Oscar de melhor ator para Sean Penn. Eu gosto bastante de seu trabalho, tanto aquele desenvolvido como ator como também diretor. O fato, pelo menos na minha opinião, é que sua interpretação não foi melhor ou mais bem elaborada do que a de Mickey Rourke em "O Lutador". Nesse filme Mickey foi literalmente visceral, absoluto. Em "Milk" não vemos tanta grandeza. Acredito que até mesmo Sean ficou constrangido na noite do Oscar pois assim que subiu ao palco apontou em direção a Rourke (quase pedindo desculpas por ter vencido, na verdade). Foi uma premiação controvertida que não convenceu a todos. De qualquer modo acredito que essa foi a forma encontrada pela Academia para não deixar o filme sair da noite de premiação de mãos vazias, o que se revelou um erro pois quando os prêmios foram anunciados "Milk" acabou sendo também premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original. Assim Rourke deveria ter vencido seu prêmio pois era mais do que merecido. Deixando de lado esses aspectos ligados a prêmios temos que chamar a atenção para o fato de que "Milk" é uma daquelas produções que ajudam a criar uma consciência positiva no grande público. Mostra que a sexualidade pertence a cada um e que isso não define ninguém como digno ou não, pelo contrário, todos possuem sua própria dignidade como pessoa, ser humano, e isso independe de suas preferências sexuais ou afetivas. Esse é o grande valor de "Milk".

Milk (Milk, Estados Unidos, 2008) Direção: Gus Van Saint / Roteiro: Dustin Lance Black / Elenco: Sean Penn, Emile Hirsch, Josh Brolin, Diego Luna, James Franco, Alison Pill, Victor Garbe / Sinopse: Biografia do político americano e ativista gay, Harvey Milk. Eleito na década de 1970 a um importante cargo público, mesmo se declarando homossexual assumido, Milk se tornou um marco dentro da mudança de mentalidade da sociedade americana.

Pablo Aluísio.