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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Comboio

Título no Brasil: Comboio
Título Original: Convoy
Ano de Lançamento: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Bill Norton
Elenco: Kris Kristofferson, Ernest Borgnine, Ali MacGraw, Burt Young, Madge Sinclair, Franklyn Ajaye

Sinopse:
Um motorista de caminhão, rebelde e turrão, decide liderar um movimento de paralização das estradas no sul dos Estados Unidos contra um xerife corrupto. A sua força de liderança desperta diversos problemas, levando autoridades policiais a um verdadeiro enfrentamento contra ele e seus colegas de profissão. 

Comentários:
Quando se trata de "Comboio" eu me lembro imediatamente das inúmeras reprises do filme na antiga Sessão da Tarde dos anos 80. Era quase impossível não esbarrar em uma exibição do filme naquela época. No Brasil, por essa razão, o filme ficou por demais conhecido. Nos Estados Unidos a recepção não foi tão boa. A crítica norte-americana não deixou de tecer críticas ao roteiro, que de certa maneira era bem fraco mesmo. Curiosamente eu gosto bastante da atuação do cantor country Kris Kristofferson. Tudo bem, ele realmente não teve uma carreira das mais consistentes no cinema, mas inegavelmente fez bons filmes que até hoje são lembrados. Ja para o diretor Sam Peckinpah, esse filme não foi uma boa experiência. Tão respeitado pelos críticos, acabou sendo acusado de ter feito seu filme mais fraco em anos, o que não deixava de ser uma verdade. De qualquer forma deixo a dica, para rever ou conhecer pela primeira vez essa película. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Portal do Paraíso

Até hoje o filme consta na lista dos maiores fracassos comerciais da história de Hollywood, o que não deixa de ser lamentável. Na verdade o que chegou ao público foi uma colcha de retalhos montado pelos executivos da United Artists. O que de fato aconteceu? "Portal do Paraíso" foi uma produção cara, que levou bastante tempo para ficar pronta. Quando finalmente o diretor Michael Cimino apresentou seu primeiro corte para os produtores, esses ficaram chocados. Tudo havia resultado em um filme com mais de 4 horas de duração. Inviável comercialmente para ser exibido nos cinemas da época.

Assim Cimino foi afastado e o estúdio contratou uma equipe especial para a edição de uma nova versão. Essa que chegou até nós era realmente péssima. Muitas cenas importantes foram cortadas e outras, nem tão importantes assim, ficaram. Tudo remendado, mal posicionado. Um trabalho mal feito ao meu ver. O resultado foi um filme com história confusa que foi malhado impiedosamente pela crítica e abandonado pelo público que deixou as salas de cinemas vazias. Em poucos dias o filme saiu de cartaz nos Estados Unidos e Europa. No Brasil foi exibido rapidamente em poucas salas. A péssima bilheteria quebrou financeiramente a United Artists. Um desastre completo. Uma pena porque tinha potencial para virar uma obra-prima.

Portal do Paraíso (Heaven's Gate, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists / Direção: Michael Cimino / Roteiro: Michael Cimino / Elenco: Kris Kristofferson, Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt, Mickey Rourke, Brad Dourif, Geoffrey Lewis / Sinopse: Durante a Guerra do Condado de Johnson em 1890, no Wyoming, um xerife nascido na riqueza faz o seu melhor para proteger os fazendeiros imigrantes dos ricos interesses dos pecuaristas da região..Filme indicado ao Oscar na categoria de mlehor direção de arte (Tambi Larsen e James L. Berkey).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

D-Tox

Título no Brasil: D-Tox
Título Original: D-Tox
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Kris Kristofferson, Stephen Lang, Polly Walker, Robert Patrick

Sinopse
Após uma série de assassinatos sem solução, envolvendo até mesmo a morte de um policial,  um detetive do departamento de polícia, Jake Malloy (Stallone), se infiltra em um grupo para seguir os passos de um potencial suspeito.

Comentários:
Filme pouco lembrado hoje em dia dentro da filmografia do ator Sylvester Stallone. O interessante é que o filme até tem seus bons momentos. O enredo criminal se passa todo em uma cidade fria, escura e gelada do Canadá (onde as filmagens foram realizadas). O clima certo para um filme de caça a um serial killer. Além disso o diretor vinha do sucesso do suspense "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado". Parecia o nome certo para esse filme policial mais dark. Só que o público não comprou a ideia da produção e esse thriller fracassou nas bilheterias. Para Stallone foi uma péssima notícia pois ele vinha numa fase de maré baixa, de poucos sucessos comerciais. Logo ele que foi um dos campeões absolutos de bilheteria dos anos 80. Mesmo sem ter feito sucesso volto a escrever que o filme em si não é ruim, muito pelo contrário, só não teve êxito de público. A crítica por outro lado até pegou leve em se tratando de um filme com Stallone. Por fim uma curiosidade: "D-Tox" tem coadjuvantes muito bons, como o cantor e compositor country Kris Kristofferson e Robert Patrick, o inimigo cibernético de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro 2".

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Hickok

Achei bem fraca essa nova versão da vida do pistoleiro Wild Bill Hickok. O melhor filme sobre ele segue sendo aquela boa produção com Jeff Bridges. Aqui temos um roteiro bem fraco, explorando a figura do lendário mito do velho oeste sem nenhuma surpresa nova. Quando o filme começa Wild Bill está lutando na guerra civil. Esqueça aquelas bem produzidas cenas de batalha. Sim, a batalha entre confederados e nortistas está lá, mais bem mal feita. Depois disso já encontramos o pistoleiro vagando pelo oeste, a esmo, em busca de trabalho ou algum serviço que lhe pague o almoço e o jantar do dia. Entre jogos, duelos em bares e conquistas amorosas de uma noite apenas, ele vai levando a vida em cima de seu cavalo, atravessando enormes distâncias.

Assim ele vai parar em Abilene, uma cidade que em determinados meses do ano vira entreposto de venda de grandes rebanhos de gado. E onde há gado há cowboys de todos os tipos, armados até os dentes, entrando em duelos nos saloons da cidade; Dessa maneira o prefeito resolve contratar um pistoleiro profissional para ser o novo xerife e Wild Bill acaba sendo o homem que ele precisava. Detalhe interessante: o prefeito é interpretado pelo veterano cantor, compositor e ator  Kris Kristofferson. Ele está bem envelhecido, com os anos bem marcados em cada ruga de seu rosto. É um veterano que merece todo o nosso respeito. Uma pena que o filme não esteja à sua altura. Já o protagonista é interpretado por um fraco Luke Hemsworth, que nem se esforça para melhorar um pouco o filme no quesito atuação. Então é isso, um filme fraco, para ser exibido em canais de TV a cabo. Sem surpresas, sem uma boa produção, esse novo filme sobre o tão temido Wild Bill Hickok é bem decepcionante. Melhor rever o filme com Jeff Bridges.

Hickok (Idem, Estados Unidos, 2017) Direção: Timothy Woodward Jr / Roteiro: Michael Lanahan / Elenco: Luke Hemsworth, Trace Adkins, Kris Kristofferson / Sinopse: Famoso pistoleiro do velho oeste, Wild Bill Hickok é escolhido para ser o novo xerife de Abilene, uma cidade que em alta temporada vira ponto de encontro de cowboys, bandoleiros e pistoleiros de todos os tipos. Manter a lei e a ordem ali não vai ser algo fácil de se fazer.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de julho de 2017

O Planeta dos Macacos

Título no Brasil: O Planeta dos Macacos
Título Original: Planet of the Apes
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Tim Burton
Roteiro: Pierre Boulle, William Broyles Jr
Elenco: Mark Wahlberg, Helena Bonham Carter, Tim Roth, Michael Clarke Duncan, Paul Giamatti, Kris Kristofferson

Sinopse:
Depois de um incidente com sua missão espacial o capitão Leo Davidson (Mark Wahlberg) chega em um estranho planeta, onde os macacos falam e são mais desenvolvidos do que os seres humanos, tratados como verdadeiros animais irracionais e primitivos. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Figurino (Colleen Atwood) e Melhor Maquiagem (Rick Baker, Toni G e Kazuhiro Tsuji).

Comentários:
Muita gente não gostou desse remake de Tim Burton. Eu vou contra a corrente. Desde a primeira vez que assisti gostei desse novo "Planet of the Apes". Claro, não vou comparar com o clássico de 1968, pois esse continua imbatível (sendo melhor até do que os filmes mais recentes). Dito isso devo dizer que Tim Burton realmente fez um bom trabalho nessa produção de 2001. O filme, como era de se esperar em qualquer obra assinada por Burton, tem um design de produção excelente, uma fantástica direção de arte. Claro que muitos reclamaram de partes do roteiro, como na tão falada cena final com a estátua de Lincoln como macaco, mas o que isso no final realmente importa? É um clímax aberto a todos os tipos de interpretações e isso é algo positivo e não negativo. Filmes com finais fechadinhos demais são cansativos. Deixar a porta aberta pode trazer debates interessantes, visões diferentes, etc. A arte serve justamente para esse tipo de coisa. No mais é um filme que vale a pena ter na coleção. Há cenas realmente excelentes, como a que inspirou o próprio poster original. Até mesmo Mark Wahlberg está bem e olha que na época ele era bem mais limitado do que hoje em dia. Além disso o elenco de apoio é mais do que bacana, contando com o ótimo Paul Giamatti, o gigante simpático Michael Clarke Duncan e até o cantor country travestido de ator Kris Kristofferson. Em suma, gostei na época que chegou aos cinemas e continuo gostando hoje em dia. Esse pode ser considerado sem favor nenhum um dos bons filmes do controverso Tim Burton. Sua visão dark combinou muito bem com o universo criado por Pierre Boulle.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Lone Star - A Estrela Solitária

Título no Brasil: Lone Star - A Estrela Solitária
Título Original: Lone Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Sayles
Roteiro: John Sayles
Elenco: Chris Cooper, Kris Kristofferson, Matthew McConaughey, Elizabeth Peña
  
Sinopse:
Os restos mortais de um homem assassinado é encontrado em um condado distante do Texas chamado Rio County. O xerife da localidade Sam Deeds (Chris Cooper) começa então a investigar o crime. Pelo estado da vítima ele foi morto há muitos anos. Isso leva o xerife a suspeitar de um velho policial, Charlie Wade (Kris Kristofferson). Conhecido como corrupto e racista, ele foi inimigo do próprio pai de Sam, o honesto xerife Buddy Deeds (Matthew McConaughey). Teria aquele crime algo a ver com o passado violento do lugar? Só o tempo dirá.

Comentários:
Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro (assinado pelo próprio diretor John Sayles), essa produção é certamente um dos melhores filmes policiais dos anos 90. O filme tem duas linhas narrativas, uma no presente e outra no passado. Ligando ambas as épocas surge um crime, que foi cometido há muitos anos. Na região existia um conhecido policial corrupto, interpretado pelo cantor country Kris Kristofferson em uma das suas melhores atuações no cinema. Sujeito inescrupuloso, extremamente racista e perseguidor (com suspeitas de ser um líder do grupo Ku Klux Klan) seu nome vai surgindo cada vez mais com frequência durante as investigações. Esse "Dirty Cop" foi um inimigo declarado do pai falecido do próprio xerife que vai comandando as investigações. Muito bem produzido o filme vale bastante, não apenas em relação ao ótimo roteiro, mas também ao elenco. Matthew McConaughey ainda não era um astro e esse foi um dos seus primeiros grandes filmes, sob um ponto de vista de qualidade. Com elenco todo coeso, ótimo argumento, boa reconstituição de época e uma trama que não deixa o espectador perder o interesse em nenhum momento, esse é um daqueles filmes que merecem ser redescobertos.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Blade: Trinity

O que poderia ser melhor em um filme de vampiro do que ter o próprio Drácula como um dos personagens? Nada, não é mesmo? Considerado o primeiro vampiro, a criatura da noite perfeita, essa mitológica criação de Bram Stoker é um peso e tanto em qualquer filme de terror, só que... essa regra não se aplicou nesse terceiro filme da franquia Blade. Logo na primeira cena, em uma tumba na Síria, o Drácula é resgatado por um grupo de vampiros. Nesse momento o espectador pode vir a pensar que isso será ótimo para o filme, só que isso infelizmente não acontece. O Drácula de Blade III é muito ruim, mal desenvolvido e fraco. O ator Dominic Purcell que interpreta esse novo Drácula do cinema, é provavelmente uma das piores escolhas de elenco do cinema americano. Bombado, cheio de músculos, ele não tem nada a ver com a figura do Conde que todos estamos familiarizados.

Com isso o filme perde muito. Claro, a fórmula dos filmes de Blade continuam, com muitos efeitos especiais, cenas com lutas de artes marciais e aquele mesmo plot dos filmes anteriores. Esse personagem da Marvel, um dos primeiros negros dos quadrinhos americanos, é na verdade um híbrido, meio ser humano e meio vampiro, uma espécie de caçador de vampiros que dedica sua existência a eliminar seus primos de dentes pontudos. A única novidade desse roteiro que é digna de nota é que Blade cai em uma armadilha e acaba matando um ser humano. Mais em frente ele também descobre que há uma verdadeira instalação onde seres humanos são mantidos em coma induzido, enquanto máquinas vão drenando seu estoque de sangue, tudo para alimentar os vampiros. Enfim, tudo praticamente na mesma. Ah e antes que em esqueça o Ryan Reynolds também está no filme, servindo como alívio cômico.

Blade: Trinity (Blade: Trinity, Estados Unidos, 2004) Direção: David S. Goyer / Roteiro: David S. Goyer, Marv Wolfman / Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Ryan Reynolds, Jessica Biel, Dominic Purcell / Sinopse: O primeiro dos vampiros, Drácula, é resgatado de sua tumba milenar e trazido de volta ao mundo atual. Ele será mais um formidável inimigo a ser superado pelo caçador de vampiros Blade, que também precisa se preocupar em escapar das autoridades, após ser acusado de ter matado um homem, numa armadilha criada por vampiros. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Vida em Motéis

Depois da morte da mãe, os irmãos Flannigans ganham o mundo. Apesar de serem bem jovens, eles resolvem ir embora com medo de irem parar em algum orfanato. Para isso resolvem pular em um trem em movimento, como fazem os andarilhos americanos. No momento em que Jerry Lee (Stephen Dorff) tenta subir no vagão porém ele cai e acaba perdendo sua perna, esmagada nos trilhos. Os anos passam e os irmãos sentem como é duro ganhar a vida como eles, sem ninguém que os ajude. Vivendo de empregos medíocres, indo de motel barato em motel barato nas beiras de estrada, eles tentam levar a vida em frente, mas isso definitivamente não é fácil, muito pelo contrário, os caminhos tortuosos são muitos e uma noite, após atropelar por acidente um garoto numa noite de nevada, Jerry decide que sua hora chegou. Engatilha sua arma e... será que terminará sua vida de forma tão cruel e melancólica? A única coisa que parece lhe prender nessa vida cheia de dramas e dificuldades é mesmo a presença sempre constante de seu irmão, Frank Lee (Emile Hirsch), um jovem sonhador, que sempre lhe conta incríveis estórias envolvendo muita imaginação, em uma verdadeira fuga da dura realidade da vida. Para Frank o maior desafio é mesmo esquecer Annie James (Dakota Fanning), a problemática filha de um prostituta que ele ainda parece amar.

Gostei bastante desse pequeno, mas muito humano "The Motel Life". O roteiro é realmente muito bem escrito, mostrando a vida de dois irmãos abandonados à própria sorte. Pobres e sem destino, eles vão tentando sobreviver um dia de cada vez. Frank Lee tem uma imaginação e tanto e Jerry Lee tem bastante talento com desenhos. Essa característica dos irmãos abre margem à excelentes animações que vão se sucedendo ao longo da estória. Enquanto Frank vai contando os enredos, Jerry os imagina em seu traço de desenho. Há um constante clima de melancolia e tristeza que vai acompanhando os personagens em suas andanças rumo a lugar nenhum. Em termos gerais é um filme triste, sobre pessoas que estão à margem da sociedade, sem esperanças e sem perspectivas maiores de um dia melhorar de vida. Mesmo assim vale muito a pena. A dupla central de atores é ótima. Há muito tempo que Emile Hirsch se destaca na ala mais jovem de Hollywood, estrelando filmes ótimos como, por exemplo, "Na Natureza Selvagem". Seu papel aqui é muito emocional pois ele ama uma garota tão problemática quanto ele mesmo. Já Stephen Dorff é outra grata surpresa. Quem não se lembra de sua marcante interpretação do "quinto Beatle" Stuart Sutcliffe em "Backbeat - Os 5 Rapazes de Liverpool"? Pois é, depois de alguns anos meio sumido ele volta finalmente a um bom personagem nessa bela fita, onde tem alguns dos melhores diálogos do roteiro para declamar. Assim deixo a preciosa dica desse filme que certamente vai agradar a um tipo de público mais sensível e sentimental.

A Vida em Motéis (The Motel Life, Estados Unidos, 2012) Direção: Alan Polsky, Gabe Polsky / Roteiro: Micah Fitzerman-Blue, Noah Harpster / Elenco: Emile Hirsch, Stephen Dorff, Kris Kristofferson, Dakota Fanning / Sinopse: Dois irmãos tentam viver nos Estados Unidos após a morte de sua mãe com câncer. Vivendo de pequenos empregos, morando em motéis baratos, eles tentam se agarrar a algum fio de esperança em suas sacrificadas existências. Filme indicado ao prêmio do Chicago International Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Blade II - O Caçador de Vampiros

Título no Brasil: Blade II - O Caçador de Vampiros
Título Original: Blade II
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Marv Wolfman, Gene Colan
Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Ron Perlman

Sinopse:
O mundo sombrio dos vampiros é abalado pelo surgimento de um novo tipo de monstro denominado "Anjo da Morte". Uma máquina de matar insaciável que parece disposta a destruir toda a humanidade. Obviamente que isso acaba contrariando o próprio interesse dos seres da noite que precisam dos mortais para continuarem sua existência através dos séculos. Para deter essa nova ameaça o vampiro Blade se une ao conselho das sombras, formado por vampiros de elite. A caçada vai começar. Filme indicado no prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Horror e Melhor Maquiagem. Vencedor do Fangoria Chainsaw Awards na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Se tivesse que escolher a melhor adaptação para Blade no cinema não teria receio de apontar "Blade II" como o filme que ocuparia essa posição. Aqui temos tudo o que uma boa transposição do universo dos quadrinhos precisa ter para obter êxito no mundo da sétima arte. Trama movimentada e bem escrita, que não ofende a inteligência do espectador, excelentes efeitos digitais, vilões bem bolados e direção de arte bonita e adequada. Também pudera, basta ver o nome do cineasta Guillermo del Toro na ficha técnica para entender porque o filme é de fato tão bom! Se o primeiro filme da franquia era ainda uma tentativa de apresentar o personagem ao grande público e o terceiro já mostrava sinais de desgaste, esse "Blade II" consegue acertar em cheio naquilo que todos esperavam. Nunca é demais salientar também que o vampiro mestiço Blade é um dos responsáveis pelo boom de adaptações de sucesso dos personagens Marvel que tomaria de assalto os cinemas nos anos seguintes. Blade provou que havia todo um público consumidor sedento por novas adaptações. O curioso é que no mundo dos comics ele nunca foi um personagem de primeiro escalão, já no cinema seu pioneirismo se mostrou mais do que importante. Se você gosta dos filmes de Homem-Aranha, Homem de Ferro ou Capitão América, não se engane, tem muito a agradecer aos caninos desse vampiro negro. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Blade Trinity

Título no Brasil: Blade Trinity
Título Original: Blade Trinity
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David S. Goyer
Roteiro: David S. Goyer, Marv Wolfman
Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Parker Posey, Ryan Reynolds

Sinopse:
Blade (Wesley Snipes) é um vampiro que precisa conter os planos de seus semelhantes para dominar o mundo, pois ainda acredita na humanidade. Sua posição obviamente atrai a ira das criaturas da noite que a partir desse momento o elegem como o inimigo número um dos vampiros ao redor do planeta. Para sobreviver Blade irá contar a ajuda de dois humanos que se tornam seus aliados, Abigail Whistler (Jessica Biel) e Hannibal King (Ryan Reynolds).  

Comentários:
Terceira aventura de Blade nos cinemas. Aqui a ação é ainda mais acentuada, uma sugestão dada pelo ator Wesley Snipes aos produtores. O elenco de apoio foi reformulado com a introdução da atriz Jessica Biel e do "Lanterna Verde" Ryan Reynolds. Apesar disso considero o mais fraco da franquia e isso em todos os aspectos. A direção de arte deixa claro que está se inspirando nos filmes da série "Resident Evil" - e isso fica muito óbvio nos cenários e figurinos, por exemplo - e o roteiro não consegue despertar muitas surpresas (na verdade nenhuma, já que é uma verdadeira miscelânea dos primeiros filmes). O curioso é que a produção até teve um orçamento generoso, só que infelizmente grande parte dele foi gasto no cachê milionário pedido por Wesley Snipes para voltar ao papel que o consagrou. No saldo geral, como já salientei, é um "Blade" de rotina, sem maiores novidades. Só recomendado para quem gostou muito das produções anteriores e quer fechar a trilogia completa. Para os demais nada demais realmente, podendo ser dispensado sem maiores problemas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sonhadora

Título no Brasil: Sonhadora
Título Original: Dreamer: Inspired by a True Story
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: John Gatins
Roteiro: John Gatins
Elenco: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Freddy Rodriguez, Luis Guzman, Elisabeth Shue

Sinopse: 
O treinador Ben Crane (Kurt Russell) e sua filha, Cale Crane (Dakota Fanning), resolvem cuidar de um cavalo muito ferido. Não tarda para crescer um carinho muito grande entre eles. Aos poucos o animal vai se recuperando, ficando novamente saudável e superando todas as expectativas se torna um grande corredor das pistas. Em vista disso o treinador Crane decide ir mais longe e resolve inscrever o animal na Breeder's Cup, uma competição de cavalos de corrida.

Comentários:
Produzido pelo estúdio de Steven Spielberg e contando com um elenco acima da média esse "Sonhadora" até que não é mal. Na verdade esse tipo de filme sempre existiu em Hollywood, basta lembrar do recente "Cavalo de Guerra" (do próprio Spielberg), "Seabiscuit" ou indo mais em direção ao passado, do famoso "O Corcel Negro" de 1979. Essa produção porém é bem mais modesta do que os citados, que foram lançados em cinema e se tornaram, cada um ao seu jeito, sucessos de bilheteria. O roteiro usa e abusa de um certo chantagismo emocional com o espectador, usando até mesmo de fartas doses de pieguice (que sempre foi a marca registrada de Spielberg, aliás) mas que não chega a aborrecer muito. O segredo para curtir um filme como esse é manter as expectativas bem baixas, esperar por uma boa história - que é baseada em fatos reais - um final feliz e céu dourado ao longe nos letreiros finais. Se você tiver esse tipo de atitude sim, certamente se divertirá.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Blade

Já que os personagens de quadrinhos estão em alta ultimamente no mundo do cinema que tal relembrar de um dos mais improváveis sucessos desse universo? Se trata de “Blade”, personagem de segundo escalão que nunca conseguiu se destacar nem nas revistas em quadrinhos. Também pudera, se tratava de um herói incomum, meio homem, meio vampiro, um morto-vivo amaldiçoado que habitava o universo do submundo em plena década de 70. Tudo muito exagerado, gore e sujo. Blade era uma espécie de vira-lata no meio do panteão Marvel com todos aqueles heróis virtuosos e cheios de moralidade Made in USA. Ele não era alto, loiro e nem bonitão, pelo contrário era um personagem negro, feio e com cara de poucos amigos. Uma mudança de paradigma certamente. Blade era nitidamente encarado como um recurso de último mão, vindo do gueto, quando não havia mais nenhuma outra estória para publicar nas revistas – quase um tapa-buraco mesmo. Talvez por ser tão sem importância o anúncio de seu filme tenha causado tanta surpresa na época. Se por um lado isso era ruim também era bom pois dava muito mais liberdade para os realizadores, sem aquela legião de leitores “especialistas” pegando no pé o tempo todo!

Os vampiros hoje estão na moda mas “Blade” foi realizado muitos anos antes disso. Era uma produção modesta com nenhuma pretensão de se tornar um blockbuster. Se desse um pequeno lucro já estava de bom tamanho. Os efeitos eram em pequeno número e serviam basicamente à estória, ao enredo e não o contrário. Para o papel principal o ator Wesley Snipes foi contratado. Ele estava longe de ser um astro e sua carreira era formada basicamente por filmes de ação de segunda linha que faziam mais sucesso no mercado de vídeo do que nas salas de cinema. O curioso de tudo é que quando chegou nas telas “Blade” começou a surpreender. Foi alcançando posições e mais posições entre os mais vistos e em pouco tempo estava desbancando grandes produções de estúdios rivais. De fato olhando para trás “Blade” é de certa forma o grande responsável pelo boom de adaptações dos personagens Marvel que viria a seguir. Ele mostrou que havia todo um mercado ávido em consumir os personagens desse universo. Seu sucesso abriu as portas para o Homem de Ferro, o Capitão América, Thor e todos os demais. Quem diria que um vampiro underground conseguiria realizar tal feito? Então se você está hoje assistindo ao novos filmes da Marvel agradeça a ele, ao Blade!

Blade, O Caçador de Vampiros (Blade, Estados Unidos, 1998) Direção: Stephen Norrington / Roteiro: David S. Goyer / Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Stephen Dorff / Sinopse: Blade, um sujeito dividido entre o mundo dos homens e dos vampiros precisa deter uma nova ameaça que vem diretamente das trevas para o mundo dos vivos. Agora ele lutará para sobreviver ao caos que se instala.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de março de 2013

A Fuga

Título no Brasil: A Fuga
Título Original: Deadfall
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Zach Dean
Elenco: Eric Bana, Olivia Wilde, Charlie Hunnam, Sissy Spacek, Kris Kristofferson
  
Sinopse:
Dois irmãos, Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde), decidem entrar no mundo do crime. Eles estão cansados do fracasso e da falta de esperanças de um futuro melhor. Assim resolvem agir, mesmo sem pensar muito nas consequências. Dessa forma eles colocam em execução um assalto. As coisas porém não saem como eles pensavam e acabam tendo que fugir para sobreviver. Em fuga após esse roubo em um cassino, eles partem em direções opostas com consequências graves para todos os que cruzam seus caminhos.

Comentários:
Tentativa de transformar o ator Eric Bana em herói de ação ou algo nesse sentido. A trama de “A Fuga” é, em muitos momentos, confusa e inverossímil, mas vamos a ela: Dois irmãos, Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde), assaltam um cassino indígena (muito comum nos EUA) e fogem logo em seguida. Para azar deles, acabam sofrendo um acidente na fuga. Após Addison matar um policial a dupla se separa. Addison tenta escapar a todo custo e Liza acaba pegando carona com um boxeador, Jay (Charlie Hunnam), que está a caminho da casa dos pais para passar o dia de ação de graças (popular feriado americano). Na viagem acabam descobrindo que estão se apaixonando um pelo outro. A partir daí Addison vai se tornando cada vez mais violento enquanto Liza vai ficando cada mais envolvida com o boxeador Jay. “A Fuga” tem alguns problemas básicos. Algumas situações soam forçadas demais: o envolvimento de Jay, o boxeador, com a caronista e criminosa Liza, não consegue convencer muito, mais parecendo uma armação para uma apoteose violenta e irascível. O personagem Addison de Eric Bana vai aos poucos se tornando um psicopata sedento de sangue, sem qualquer motivo aparente que justifique esses atos. Ao que parece tudo não passa de um artifício do roteiro para agradar ao público de produções gore. Referencias a filmes noir e de western surgem aqui e acolá, mas também não conseguem empolgar. De bom apenas aquele clima decadente que sempre ronda as famílias mais pobres dos EUA, aquelas que vivem no limite da sobrevivência em estados nevados e esquecidos. Outro ponto positivo é a chance de rever os veteranos Sissy Spacek e Kris Kristofferson, produtivos e atuando com dignidade. No mais fica aquele gostinho de leve decepção. O filme não conseguiu mesmo ser tão bom quanto poderia.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de março de 2006

Pat Garrett & Billy The Kid

Curiosamente há poucos dias assisti "Os Jovens Pistoleiros", western dos anos 80, que contava justamente a primeira parte dessa história (e que depois faria parte do roteiro de "Jovens Demais Para Morrer", sua continuação). Todos esses filmes no filme se completam. Em "Pat Garrett & Billy The Kid" não há todo o contexto que contribuiu para o surgimento do mito Billy The Kid. Apenas pequenas citações são feitas em relação à guerra do condado de Lincoln (conflito que deu origem a tudo no inóspito Novo México). Quando o filme começa Billy já é um pistoleiro famoso e procurado pelo xerife Garrett. Ficamos sabendo que ambos tem uma história anterior, que são inclusive amigos, mas em nenhum momento o roteiro procura explicar tudo o que aconteceu. De certa forma isso não é em si um problema, mas uma opção do diretor. Claro que para pessoas que não conhecem a história pode soar um pouco confuso, mas como não é o meu caso, não senti maiores problemas sobre isso.

Historicamente o filme procura ser bem correto. Tirando o personagem de Bob Dylan, que é totalmente fictício, todos os demais personagens são reais e fazem parte da mitologia. Em termos de elenco gostei de praticamente todos, principalmente de James Coburn como o xerife Garrett. Velho conhecido dos filmes de western, Coburn está muito adequado ao papel. Eu nunca considerei Kris Kristofferson um ótimo ator e por isso não vou condenar sua interpretação, digamos, contida. Ele não brilha, porém se torna eficiente apesar de suas limitações. No mais, o filme tem uma trilha sonora ótima (que concorreu ao Grammy) e uma direção com todas as características que fizeram a fama de Sam Peckinpah; Vale muito a pena assistir a mais essa versão da história do mito Billy The Kid.

Pat Garret & Billy The Kid (Pat Garrett and Billy The Kid, EUA, 1973) Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Rudy Wurlitzer / Elenco: James Coburn, Kris Kristofferson, Richard Jaeckel, Katy Jurado, Chill Wills Lemuel, Jason Roberts, Bob Dylan / Sinopse: Pat Garrett (James Coburn) sai no encalço do famoso pistoleiro e fora da lei Billy The Kid (Kris Kristofferson). Curiosamente ambos já se conheciam de tempos passados o que acaba tornando a caçada de Kid uma questão mais pessoal do que nunca.

Pablo Aluísio.