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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Os Três Desejos

Título no Brasil: Os Três Desejos
Título Original: Three Wishes
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Rysher Entertainment
Direção: Martha Coolidge
Roteiro: Clifford Green, Ellen Green
Elenco: Patrick Swayze, Mary Elizabeth Mastrantonio, Joseph Mazzello, David Marshall Gran, Michael O'Keefe

Sinopse:
Quando Jane Holman está dirigindo com seus dois filhos, ela acidentalmente Atropela um vagabundo, chamado Jack McCloud, que quebra a perna. Sentindo pena dele, Jane convida Jack para ficar na casa dela até que sua perna esteja curada. Depois de ter algumas dificuldades para se adaptar a esse novo estilo de vida, Jack logo se vê amado pela família e todos querem que ele fique. 

Comentários:
O tempo passa rápido demais! Outro dia vi a informação que se estivesse vivo o ator Patrick Swayze estaria completando 70 anos de idade! Como assim?! Eu me lembro dele como ídolo jovem, forrando as paredes dos quartos das adolescentes dos anos 80 e 90! De qualquer forma o tempo é implacável. Esse filme aqui foi uma tentativa dele de fazer algo mais substancial no cinema, filmes com mensagens importantes. Não deu certo e nem fez sucesso de bilheteria. Suas fãs queriam vê-lo mesmo dançando de forma rebolativa ao som de "Dirty Dancing" ou então bancando o galã romàntico como em "Ghost". De qualquer maneira não podemos deixar de elogiar sua coragem em tentar fazer algo diferente, em evoluir como profissional de atuação. Infelizmente ele partiu sem ser reconhecido como bom ator. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Amanhecer Violento

Título no Brasil: Amanhecer Violento
Título Original: Red Dawn
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Milius
Roteiro: Kevin Reynolds, John Milius
Elenco: Patrick Swayze, Charlie Sheen, C. Thomas Howell, Lea Thompson, Jennifer Grey, Harry Dean Stanton

Sinopse:
É o alvorecer da Terceira Guerra Mundial. As grandes nações entram em guerra. No centro-oeste da América, um grupo de adolescentes e jovens se une para defender sua cidade e seu país da violência dos invasores comunistas que chegaram do oriente.

Comentários:
Claro que o enredo é completamente absurdo! No filme os soviéticos e os comunistas da Coreia do Norte se unem para invadir os Estados Unidos. E quem vai proteger a grande nação americana? O Exército, a Marinha ou a Força Aérea? Não, claro que não. Mas sim um bando de jovens armados até os dentes que começam uma campanha de guerrilha urbana para matar os inimigos invasores de sua terra natal. Visto sob o ponto de vista atual, o filme é bem esquisito, mas se formos nos colocar dentro do contexto dos anos 80, da era Reagan, tudo era mero pretexto para uma sessão de pura diversão no seu videocassete VHS. Aliás esse tipo de filme não fazia mesmo sucesso nos cinemas, fazendo lucro mesmo nas locadoras de vídeo. E nesse meio, nesse mercado, valia praticamente tudo para vender as fitas. Todo tipo de roteiro valia a pena. Ah, e antes que me esqueça, dê uma olhada no elenco do filme. Praticamente todos esses atores jovens iriam ter uma carreira de sucesso nos anos 80. Muitos deles se tornaram campeões de bilheteria, enquanto outros viraram ídolos adolescentes de sucesso.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Seu Marido e Minha Mulher

Título no Brasil: Seu Marido e Minha Mulher
Título Original: Waking Up in Reno
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Jordan Brady
Roteiro: Brent Briscoe, Mark Fauser
Elenco: Billy Bob Thornton, Charlize Theron, Patrick Swayze, Natasha Richardson, Holmes Osborne, Cleo King

Sinopse:
Dois casais de amigos decidem passar as férias juntos. Tudo muito bem planejado, todos bem animados com essa oportunidade de se divertir e relaxar. Só que as coisas começam a complicar quando o marido de um dos casais acaba se apaixonando pela esposa do outro.

Comentários:
É um tipo de comédia romântica que se leva mais à sério do que o habitual. O roteiro explora esse tipo de situação que é usado por romances e livros há anos, ou melhor dizendo, há séculos. "Não cobiçareis a mulher do próximo" já afirmava um dos mandamentos do velho testamento. Ora, e é justamente nessa cobiça que a história se desenvolve. Esses dois casais saem de férias e o maridão acaba ficando louco para roubar a mulher do próximo, logo ele sendo um de seus amigos. Claro, situação venenosa e explosiva, mas aqui tudo sendo levado numa tomada mais light. O marketing do filme aproveitou para instigar a curiosidade do público ao adotar o slogam: "Eles eram amigos bem próximos! Talvez próximos demais, mais do que os outros". Pois é, meus caros, marido que não dá assistência acaba abrindo concorrência! Mas enfim. O elenco traz um Patrick Swayze, ainda se aproveitando de seu estilo galã, algo que seria deixado para trás por causa de um câncer agressivo que iria ter e uma bela e jovem Charlize Theron. Ela não era uma grande estrela de Hollywood na época, mas apenas uma loira exuberante tentando encontrar seu lugar no mercado. Por fim o triângulo amoroso se completava com Billy Bob Thornton no papel de marido corno (quase) manso. Enfim, bom programa. Envelheceu um pouquinho, mas ainda diverte.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de setembro de 2019

Eternamente Lulu

Título no Brasil: Eternamente Lulu
Título Original: Forever Lulu  
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley

Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.

Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

The Time of My Life - Patrick Swayze

The Time of My Life - Patrick Swayze
Esse foi o livro escrito pela esposa do ator Patrick Swayze após sua morte. Ela resolveu creditar como co-autor o próprio Swayze, mas sabemos que ele já não tinha condições de saúde para realizar um trabalho como esse. Assim Lisa Niemi resolveu prestar essa sua última e singela homenagem ao marido. Sinceramente falando ele deixa um pouco a desejar em certos aspectos. Por exemplo, se você é acima de tudo um fã de cinema que está em busca de detalhes sobre todos os filmes e a carreira de Patrick Swayze aconselho a não adquirir o livro. Esse texto certamente não foi feito ou pensado sobre essa ótica. Isso porque Lisa não está em nenhum momento preocupada em fazer de sua obra literária um imenso review de seus filmes. Longe disso. Como era de se esperar ela optou por contar sua vida amorosa e sentimental ao lado do ator falecido. Sob esse ponto de vista se trata de um texto muito humano e tocante que traz em si uma história trágica porém ao mesmo tempo bela, mostrando as mudanças de personalidade de um ator famoso de cinema que a despeito de seu grande ego precisou rever todos os princípios que norteavam sua auto imagem para finalmente encarar a mortalidade após descobrir que estaria sofrendo de um câncer incurável de pâncreas. Lisa é muito honesta em seu retrato do marido. O próprio Swayze teria pedido a ela que não contasse ou inventasse um conto de fadas, mas sim uma obra real, mostrando os altos e baixos de um relacionamento turbulento de duas pessoas reais, que sofreram e amaram juntas por longos anos.

Os filmes estão lá, porém como pano de fundo da vida a dois do casal. No começo do relacionamento entre eles o ator ainda estava embriagado pela juventude e por sonhos de que um dia seria um grande astro. Jovem, bonito e bem sucedido nas telas, ele aparece como um ególatra de si mesmo. Um Narciso cheio de si! Nas décadas de 1980 e 1990 Patrick Swayze foi um dos principais galãs do cinema americano. Assediado pelas fãs, ele demorou bastante para colocar os pés finalmente no chão. Envaidecido de seus sucessos, vaidoso e até narcisista, foi muito complicado para Lisa chegar até o seu coração. Ela afirma no livro que uma de suas maiores surpresas ao conhecer o ator foi perceber que ele tinha uma profundidade admirável para um homem tão bonito! Ela até assume um certo preconceito contra homens belos em geral ao dizer que eles geralmente não costumam possuir muito conteúdo ou inteligência. Swayze era uma exceção, pois aliava um bom visual com uma vida espiritual rica e interesses múltiplos pelas artes, cultura e literatura. Sua grande paixão porém era a dança, algo que abriria as portas do sucesso com o musical "Dirty Dancing". Em entrevista Lisa chegou a confessar: "Um homem bonito e inteligente como aquele?! Nenhuma mulher com juízo pode deixar um homem daqueles passar em branco em sua vida! Tem que lutar muito por esse amor".

Ela também resolveu não poupar o lado menos glamoroso do marido. Patrick Swayze tinha um sério problema com bebidas, algo que chegou quase a destruir o relacionamento com a esposa. O ator só teria reconhecido que tinha algo muito errado com ele quando quebrou todo um quarto de hotel em San Francisco. Estava completamente embriagado. Nesse dia ele finalmente reconheceu que era um alcoólatra e que precisava de ajuda. O apoio, como sempre, veio com Lisa, que como todas as grandes mulheres estava sempre disposta para salvar sua vida mais uma vez. Não se sabe ao certo se o abuso por anos e anos teve alguma influência sobre o câncer que o matou, porém quando recebeu a terrível notícia que iria morrer em pouco tempo ele demonstrou grande coragem com o que o destino lhe reservara, olhando fixamente para Lisa, dizendo com todas as palavras que não tinha medo de morrer. O livro vai por esse lado mais privado, diria até íntimo. Há uma sincera disposição de Lisa em mostrar todos os ângulos da personalidade de Swayze, tanto os positivos como os negativos. Para quem chegou a curtir os filmes de Swayze a leitura se torna muito prazerosa por revelar aspectos de sua intimidade. Já para os que apenas querem conhecer uma bela história de amor o livro se torna mais do que recompensador.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Caçadores de Emoção

Outro sucesso de bilheteria da década de 90 foi esse ""Point Break". O roteiro mostrava um grupo de jovens assaltantes de bancos que nas horas vagas curtiam suas vidas como surfistas nas praias ensolaradas de Malibu. Johnny Utah (Keanu Reeves), um agente do FBI, era assim designado pela agência para se infiltrar entre eles com a intenção de colher provas para que todos fossem presos, mas acabava sendo seduzido pelo estilo de vida de todos aqueles supostos criminosos. Praia, sol e garotas de biquíni formavam um mundo de pura sedução. O filme foi dirigido pela cineasta Kathryn Bigelow que na época ainda era casada com James Cameron. Ele inclusive deu vários palpites e conselhos para ela, o que de certa forma se refletiu em um filme ágil, com ótima edição e cenas de ação. O roteiro era bem escrito, muito mais do que se esperaria de um típico filme de ação, além de contar com uma dupla de peso no elenco, dois nomes fortes como chamarizes de bilheteria em seu lançamento, Patrick Swayze e Keanu Reeves.

Swayze interpretava Bodhi, o típico surfista da Califórnia. Um sujeito boa praça e amigo de todos. Reeves era o tira do FBI infiltrado naquela quadrilha de roubo a bancos. Curioso é que os criminosos usavam máscaras de presidentes americanos durante os assaltos. Imagine de repente se deparar com Richard Nixon ou Ronald Reagan com uma arma apontada para você, exigindo que o cofre fosse aberto. Infelizmente esse também acabou sendo um dos poucos filmes da relativamente curta e precoce carreira de Swayze que viria a falecer muito cedo, vítima de um câncer devastador. Já Reeves segue em frente até hoje, com uma filmografia irregular, onde convivem excelentes produções e verdadeiros abacaxis. De tempos em tempos "Point Break" ganha reprises na TV aberta, porém conforme os anos vão passando elas vão também se tornando mais raras. De uma maneira ou outra vale o registro pelo menos.

Caçadores de Emoção (Point Break, Estados Unidos, 1991) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Rick King, W. Peter Iliff / Elenco: Patrick Swayze, Keanu Reeves, Gary Busey / Sinopse: Um grupo de surfistas começam a colocar em prática uma série de bem elaborados roubos de bancos. O FBI então decide infiltrar um agente dentro da quadrilha.
 
Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar

A primeira coisa que vem à mente de alguém que toma conhecimento do título desse filme pela primeira vez é se perguntar quem é afinal Julie Newmar? Ela era a atriz que interpretava a Mulher-Gato naquela série popular do Batman na TV americana durante os anos 60. E o que isso tem a ver com esse filme? Bom, tudo gira muito em cima de uma antiga foto, com dedicatória, assinada pela Julie Newmar. Por isso o filme tem esse título tão diferente (e não adianta culpar os tradutores brasileiros, pois o título original em inglês é justamente esse mesmo!). Sem dúvida algo impossível de se colocar nas marquises dos antigos cinemas do passado. Não haveria espaço e nem letras suficientes.  

Na divertida história três drag queens viajando pelo interior dos Estados Unidos vão parar em uma cidadezinha careta e conservadora do interior e uma vez lá decidem agitar o lugar. Claro que as semelhanças com a produção australiana "Priscilla, a Rainha do Deserto" ficam mais do que óbvias. De qualquer forma parte da graça do filme foi colocar três notórios machões de Hollywood como travestis. Assim temos o galã de musicais adolescentes Patrick Swayze todo maquiado e com longos vestidos femininos, o durão de filmes de ação Wesley Snipes usando sutiãs e o mais cômico John Leguizamo se divertindo como nunca como uma trans afetada. Enfim, divertido e inofensivo, essa produção celebra acima de tudo a alegria de viver da cultura LGBT.

Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar (To Wong Foo Thanks for Everything, Julie Newmar, Estados Unidos,1995) Direção: Beeban Kidron / Roteiro: Douglas Carter Beane / Elenco: Wesley Snipes, Patrick Swayze, John Leguizamo / Sinopse: Três drag queens agitam uma pequena cidadezinha do interior dos Estados Unidos. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator (Patrick Swayze) e melhor ator coadjuvante (John Leguizamo).

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

De Bico Calado

Começo mais um texto reclamando de novo do péssimo título nacional. É incrível a falta de originalidade e criatividade dos tradutores das distribuidoras em nosso país. Bons filmes ganham nomes ridículos no Brasil. Deixando isso de lado vamos no concentrar na película em si. É uma produção inglesa, que usa do típico humor negro britânico. Muitas pessoas pensarão que se trata de mais uma comédia pastelão, não só pelo seu patético nome nacional mas também pela presença do ator e comediante Rowan Atkinson (o Mr. Bean) no elenco. Bom, esse é um daqueles casos em que realmente as aparências enganam. "Keeping Mum” tem um humor muito mais sofisticado do que se pensa. O enredo é tecido em cima da família do vigário anglicano Walter Goodfellow (Rowan Atkinson). Ele é um bom sujeito, apenas vive com a mente no mundo da lua e não consegue perceber o que está acontecendo com sua vida familiar. A filha é uma garota que troca de namorado (ou “ficante”, como queiram) toda semana. Para piorar sua esposa está apaixonada por um professor de golfe bonitão (interpretado pelo ator Patrick Swayze).

As coisas mudam quando chega a nova governante da casa. Ela é a senhora Grace Hawkins (Maggie Smith). No começo muito simpática, ela logo começa a intervir nos acontecimentos familiares, tentando colocar tudo nos eixos de uma forma nada comum. O que ninguém sabe é que Grace é uma ex-condenada da justiça britânica. Quando era jovem ela havia matado o seu marido infiel e sua amante e os colocado em um baú. Agora, cumprida sua sentença, ela volta para a sociedade, justamente para trabalhar na casa dos Goodfellows. O grande triunfo do filme é, além de seu roteiro bem escrito, a presença de um elenco muito bom com destaque para Rowan Atkinson (em um personagem divertido mas não humorístico) e a grande dama Maggie Smith. Quem acompanha a série “Downton Abbey” sabe sobre seu grande talento. Ela domina todo o filme e seu personagem, mesmo sendo quem é, cativa muito o espectador. Sou fã confesso dessa veterana atriz e por essa razão indico esse filme, mais particularmente para os admiradores de seu trabalho. Enfim, fica a dica dessa boa produção inglesa que mostra muito bem que humor pode muito bem ser feito com classe e inteligência.

De Bico Calado (Keeping Mum, Inglaterra, 2005) Direção: Niall Johnson / Roteiro: Richard Russo, Niall Johnson / Elenco: Rowan Atkinson, Kristin Scott Thomas, Maggie Smith, Patrick Swayze / Sinopse: Vigário anglicano do interior da Inglaterra tenta conciliar sua missão religiosa com sua problemática família. Para ajudar na casa é contratada uma nova governante, a Sra Grace, que mudará a vida de todos.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Matador de Aluguel

Por falar em Patrick Swayze (1952–2009) me lembrei de um de seus filmes mais sui generis. Era o final dos anos 80, Swayze havia saído de um de seus grandes sucessos, Dirty Dancing, mas não conseguia mais repetir o mesmo êxito de bilheteria. Na verdade desde aquela época percebi uma certa indefinição em sua carreira. O ator não sabia ao certo se virava um galã de filmes românticos ou um novo herói de ação (afinal eram os anos 80, a época de ouro dos action movies). Tentando acertar em algum filão o ator acabou estrelando esse singular “Road House”. Recentemente o desenho animado “The Family Guy” tirou uma onda em cima do filme ao mostrá-lo como o preferido do personagem Peter Griffin. Para ele esse seria “o melhor filme de todos os tempos”! Uma piada irônica sobre as poucas qualidades da produção, é claro. Até a frase de promoção de “Matador de Aluguel” serve hoje de piada: “Ele é ligado em ação, música quente e mulheres”. Francamente...

Eu me recordo que assisti “Matador de Aluguel” em um cinema poeira da minha cidade. Na platéia apenas o público que consumia pancadaria na época: trabalhadores comuns, geralmente da construção civil e torcedores de futebol (na maioria corintianos). É claro que essa turma não queria assistir Shakespeare, queria ver ação insana da primeira à última cena. E para minha surpresa o público gostou do que viu. Claro que não era Stallone, o rei desse filão, mas sim aquele cara que rebolava em “Dirty Dancing” mas mesmo assim, com certas reservas, o povão gostou. E afinal qual era o “roteiro” de “Road House”? Bem, Swayze interpretava um leão de chácara, um sujeito bom de punhos que não levava desaforos para casa! Ele chega numa cidadezinha do Missouri e vai trabalhar em um bar – daqueles bem barra pesada – e literalmente sai no braço com os que querem anarquizar o local! Isso obviamente acaba irritando um chefão local, o bandidão Brad Wesley (Ben Gazzara). A partir daí não precisa ser vidente para descobrir o que acontece: muitas brigas e ação, com Swayze suando a camisa para demonstrar que levava jeito para os filmes de ação. O filme envelheceu? Claro que sim, mas é aquele tipo de coisa, hoje tudo soa muito mais divertido do que na época. Pelo visto Peter Griffin não estava tão errado assim.

Matador de Aluguel (Road House, Estados Unidos,1989) Direção: Rowdy Herrington / Roteiro: David Lee Henry / Elenco: Patrick Swayze, Kelly Lynch, Sam Elliott, Ben Gazzara / Sinopse: Leão de chácara sai nos tabefes com quem pretende bagunçar no bar onde trabalha. Sua pose de valentão e bom de briga logo irrita um poderoso chefão local que agora deseja tirá-lo do mapa o mais rápido possível.

Pablo Aluísio.

Ghost – Do Outro Lado da Vida

Um sucesso improvável. Assim podemos definir “Ghost”, um dos maiores fenômenos de bilheteria da década de 1990. Sua trajetória de sucesso lembra bastante a de outro filme, quase da mesma época, que também caiu nas graças do público para surpresa do estúdio, “Uma Linda Mulher”. Ambos foram filmes lançados em temporadas consideradas de baixa, quase como um “tapa buraco” na programação das salas de cinema dos EUA, mas que, contra todas as previsões, viraram grandes recordistas de vendas de ingressos. Também tem em comum o fato de serem filmes românticos, com forte apelo emocional, embora “Ghost” também tenha se aproveitado do talento de uma boa comediante e de um enredo que tangencia o sobrenatural com muita inspiração. Aqui temos a trágica estória de Sam Wheat (Patrick Swayze), brutalmente assassinado, no auge de seu relacionamento com Molly Jensen (Demi Moore). Do além ele decide resolver a trama de sua morte ao mesmo tempo em que busca punição para seu assassino.

Para isso contará com a ajuda de uma picareta, uma charlatã que finge ser médium e vidente, Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), que logo se tornará responsável pelas melhores cenas de humor de todo o filme. Como todo grande sucesso de bilheteria “Ghost” acabou entrando definitivamente para o universo da cultura pop com cenas marcantes, que não foram mais esquecidas pelos cinéfilos, como a famosa seqüência do vaso na argila, ao som do hit romântico “Unchained Melody” dos Righteous Brothers. Seu sucesso marcou também no mundo da estética (o cabelo curtinho de Demi Moore virou moda) e do próprio cinema (que de repente se viu lançado vários filmes com temática semelhante). No geral é um filme muito bom, que ainda resiste bem ao tempo, apesar de ter sido lançado há mais de 20 anos. Com efeitos especiais discretos e bem realizados, uma trama de assassinato, pitadas de bom humor e um toque romântico à prova de falhas, não é de se admirar que ainda continue tão cultuado e querido pelo público.

Ghost – Do Outro Lado da Vida (Ghost, Estados Unidos, 1990) Direção:  Jerry Zucker / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, Tony Goldwyn / Sinopse: Após ser morto, Sam Wheat (Patrick Swayze), tentará do além-vida prender o seu assassino. Para isso contará com a ajuda muito especial de uma médium charlatã Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg, vencedora do Oscar por esse papel).

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Vidas Sem Rumo

Mais um excelente filme com a assinatura do mestre Francis Ford Coppola. Por essa época o cineasta resolveu focar em suas obras os anseios, medos e desafios da juventude americana. Duas obras marcantes surgiram dessa fase. Esse é um deles, o outro é o clássico moderno "O Selvagem da Motocicleta". "Vidas Sem Rumo" é menos cult e menos sofisticado,  talvez por isso seja mais acessível ao grande público. Já "Rumble Fish" tinha um roteiro mais bem trabalhado, mais introspectivo. Porém na categoria revelação "Vidas Sem Rumo" vence com folga pois revelou diversos atores que se tornariam astros anos depois. Basta ler a lista do elenco para entender. Estão lá Tom Cruise (dispensa maiores apresentações), Ralph Macchio (que iria estrelar a franquia de sucesso “Karate Kid”), Patrick Swayze (que iria se tornar ídolo adolescente com filmes ao estilo “Dirty Dancing”), Emílio Estevez (irmão de Charlie Sheen, filho de Martin Sheen e estrela da franquia “Young Guys”), Rob Lowe (um dos grandes ídolos juvenis da década de 80 que viu sua carreira no cinema afundar após um escândalo sexual envolvendo menores de idade) e Matt Dillon (que também iria brilhar em “O Selvagem da Motocicleta”). Curiosamente o elenco seria encabeçado por um ator que não conseguiu trilhar o mesmo caminho de sucesso dos demais membros do elenco, C. Thomas Howell.

O roteiro novamente era baseado em um livro de autoria de S.E. Hinton. Essa autora sempre teve como tema principal a vida dos jovens, seus anseios, suas inseguranças e suas lutas. Aqui ela conta a estória de violência envolvendo os irmãos Johnny (Ralph Macchio) e Ponyboy (C. Thomas Howell) que sofrem um ataque violento cometido por uma gangue de jovens marginais. Durante a agressão, para se defender, Ponyboy acaba matando um dos agressores, o que acaba desencadeando uma série de rixas e revanches entre duas gangues rivais que infestam as ruas das grandes cidades. O tom de “Vidas Sem Rumo” é de desesperança completa. Como o próprio título nacional revela, os jovens que passeiam pela tela são garotos sem qualquer futuro pela frente. Filhos de famílias pobres, muitas vezes desestruturadas, tudo o que lhes restam é entrar em alguma gangue das redondezas em busca de proteção (as ruas são verdadeiras selvas) e dinheiro (pequenos e grandes delitos que acabam rendendo alguns trocados para os membros desses grupos). O filme foi rodado em 1983 e de lá pra cá a situação só piorou, principalmente nos EUA onde os subúrbios das grandes cidades são completamente dominados por essas coletividades de marginais precoces. Coppola aqui mostra o beco sem saída em que se encontra a maior parte da juventude de seu país. O filme foi produzido pela Zoetrope Studios – de propriedade do próprio diretor – e com problemas de distribuição, por ser uma filme praticamente independente, não rendeu uma boa bilheteria. Só foi redescoberto depois quando lançado no mercado de vídeo VHS. O elenco cheio de astros certamente ajudou na promoção pois quando a fita finalmente chegou nas locadoras todos os atores que faziam parte de seu elenco já tinham suas famas consolidadas entre o público. De qualquer modo fica a dica. Não há como negar que “Vidas Sem Rumo” seja um Coppola menor, pouco conhecido, mas muito bom. Um olhar mais do que brilhante desse grande cineasta sobre as vidas sem rumo de seus personagens perdidos na vida.

Vidas Sem Rumo (The Outsiders, Estados Unidos, 1983) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Kathleen Rowell baseado na obra de S.E. Hinton / Elenco: C. Thomas Howell, Matt Dillon, Ralph Macchio, Tom Cruise, Rob Lowe, Patrick Swayze, Emilio Estevez / Sinopse: Jovens são alvos de uma gangue rival durante um assalto. A morte de um dos agressores acaba desencadeando uma série de rixas, rivalidades e violência que explodem pelas ruas.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de maio de 2012

Dirty Dancing

Baby (Jennifer Grey) é uma adolescente que vai com os pais passar férias em um resort no começo da década de 60. Lá conhece o dançarino e professor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) e fica completamente apaixonada por ele. "Dirty Dancing" segue sendo lembrado como um dos melhores musicais da década de 80. Com boa trilha sonora e roteiro romântico caiu no gosto das jovens da época e se tornou um tremendo sucesso de bilheteria rendendo uma fortuna em seu lançamento. Todos os ingredientes estavam lá: a jovem apaixonada pelo empregado bonitão e atraente, muita dança e músicas de sucesso. Quando foi lançado o filme foi severamente criticado por ser fútil e sem conteúdo. Bobagem. "Dirty Dancing" conseguiu muito bem dialogar com o universo juvenil, mostrando os primeiros amores das adolescentes, com seus ideais românticos, tudo em um clima de nostalgia muito bem reconstituído na tela. Até o fato da estória se passar na década de 60 caiu muito bem. No final a produção conseguiu agradar não só as jovens que iam ao cinema como também suas mães que ficaram com nostalgia de sua própria juventude.

Em essência o filme é uma diversão descompromissada que deve ser encarada dessa forma. Patrick Swayze no auge do sucesso e juventude encontrou o papel síntese de toda sua carreira. Bom bailarino, carismático e boa pinta ele logo se transformou no modelo de namorado que toda garota gostaria de ter em 1987. Não demorou muito para virar ídolo jovem tendo seu rosto estampado em posters que as adolescentes colavam nas paredes de seus quartos. Depois do sucesso de "Dirty Dancing" ele teve uma carreira de altos e baixos até sua morte precoce em 2009. Já Jennifer Grey, a Baby, não conseguiu se firmar na carreira. Após o sucesso de "Dirty Dancing" fez uma cirurgia plástica desastrosa em seu rosto pois não gostava do formato de seu nariz. O problema é que a cirurgia acabou mudando sua imagem e quando tentou voltar ao cinema ninguém mais a reconhecia! Sem espaço no cinema acabou indo para a TV onde fez vários telefilmes. Em suma é isso, "Ditty Dancing" é nostálgico, romântico e até mesmo cativante. Certamente pode ser considerado bobinho e inofensivo mas isso não é demérito pois nem todo filme tem a obrigação de mudar o mundo, muitas vezes a mera diversão já é mais do que bem-vindo e nesse aspecto não há o que discutir, o filme é divertido e leve. Se ainda não assistiu dê uma chance ao Ritmo Quente.

Dirty Dancing - Ritmo Quente (Dirty Dancing, Estados Unidos, 1987) Direção: Emile Ardolino / Roteiro: Eleanor Bergstein / Elenco: Patrick Swayze, Jennifer Grey, Jerry Orbach, Cynthia Rhodes / Sinopse: Baby (Jennifer Grey) é uma adolescente que vai com os pais passar férias em um resort no começo da década de 60. Lá conhece o dançarino e professor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) e fica completamente apaixonada por ele.

Pablo Aluísio.