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sábado, 9 de dezembro de 2023

Love Story

Título no Brasil: Love Story: Uma História de Amor
Título Original: Love Story
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Erich Segal
Elenco: Ryan O'Neal, Ali MacGraw, Ray Milland, Katharine Balfour, John Marley, Sydney Walker

Sinopse:
O filme conta a história de um jovem casal que vive um grande amor na década de 1970, mas que infelizmente está fadado a viver uma enorme tragédia, apesar dos lindos sentimentos que nutrem um pelo outro. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música (Francis Lai). 

Comentários:
Ontem tivemos a triste notícia da morte do ator Ryan O'Neal. Falecimento esse que lamento bastante pois pude acompanhar grande parte de sua carreira. Ele fez excelentes filmes ao longo de todo o seu trabalho no cinema. Vasculhando aqui em nosso acervo do blog pude constatar que escrevi sobre diversos filmes de sua carreira, mas pasmem, ainda não havia tecido comentários sobre esse filme romântico que foi seu maior sucesso no cinema e pelo qual será lembrado para sempre. É um filme que se tornou, de certa maneira, um marco nesse tipo de história. Não tem jeito, todo filme produzido posteriormente que quis contar uma história parecida com essa sempre trará elementos de "Love Story" em seu conteúdo cinematográfico. É um filme que se tornou padrão, até porque fez muito sucesso e marcou a juventude daquela época. Aquele tipo de sentimento romântico que estava de certa forma adormecido nas telas. Com ecos que podem lembrar até mesmo obras muito antigas, como "Romeu e Julieta", por exemplo, esse filme é uma espécie de cartilha em forma de película de como fazer um belo filme sobre romantismo, amor e a fugacidade e brevidade da vida humana. 

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de agosto de 2023

Fiel, mas nem Tanto

Título no Brasil: Fiel, mas nem Tanto
Título Origina: Faithful
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky
Elenco: Cher, Chazz Palminteri, Ryan O'Neal, Amber Smith, Paul Mazursky, Mark Nassar

Sinopse:
Uma dona de casa deprimida cujo marido está tendo um caso com sua amante pensa em suicídio, mas muda de ideia quando enfrenta a morte por um assassino contratado por ele para matá-la. Depois disso ela quer dar a volta por cima e parte para cima do marido infiel, afinal paciência e compaixão tem limites! Que o mais forte sobreviva! 

Comentários:
Justiça seja feita, a cantora Cher ate que fez bons filmes em Hollywood. Mas como todo artista que tenta fazer a transição do mundo da música para o mundo do cinema, isso nem sempre a livrou de pagar micos cinematográficos. Esse filme aqui não chega a ser um momento de vergonha dela no cinema, mas é inegavelmente uma comédia bem fraquinha, tanto que quase ninguém lembra mais da existência dessa produção. Assisti na época, alugando a fita em VHS pois o filme não foi lançado comercialmente nos cinemas brasileiros. Com muito força vale como passatempo ligeiro. De uma forma ou outra uma coisa é inegável: é o filme mais fraco da carreira do bom diretor Paul Mazursky.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de setembro de 2019

Efeito Zero

Os brasileiros gostam de chamar esse tipo de produção de "filmes de detetives". Nem precisa dizer que o auge desse tipo de filme aconteceu lá por volta dos anos 40, 50, com o surgimento do film noir. De lá para cá tudo o mais parece uma pálida cópia, plágio plastificado. Esse filme aqui tenta ser um "noir moderno", algo que sempre me pareceu ser sem sentido e sem noção. Na trama (ou diria traminha) um detetive é chamado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubo e assassinato.

Como sempre acontece com esses herdeiros tardios do noir tudo que parecesse mais enrolado e sombrio, melhor. O problema é que sem o charme dos anos 40 tudo fica pelo meio do caminho. No elenco dois destaques. Bill Pullman sempre foi um ator bacana. Aqui está meio perdido.  Ryan O'Neal funciona como coadjuvante de luxo. Nada demais, apenas uma lembrança pálida dos ótimos filmes que fez nos anos 70. Já Ben Stiller é sem salvação. Sujeitinho mais chato não existe no cinema americano. Então é isso. Fica o resgate desse filme que pouca gente lembra hoje em dia.

Efeito Zero (Zero Effect, Estados Unidos, 1998) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Jake Kasdan / Elenco: Bill Pullman, Ben Stiller, Ryan O'Neal / Sinopse: Detetive particular é contratado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubos e assassinato. Filme dos anos 90 que tenta ressuscitar a estética do cinema noir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Os Dois Indomáveis

Faroeste dos anos 1970 que uniu duas gerações de atores. A geração jovem era representada pelo ator Ryan O'Neal, naquela época considerado um dos jovens mais promissores de Hollywood. E representando os veteranos tínhamos dois grandes nomes do cinema americano: William Holden e Karl Malden. O universo era a dos cowboys, os trabalhadores rurais que cuidavam do gado nas grandes fazendas do velho oeste. Quando o filme começa há uma certa tensão entre os criadores de gado e os de ovelhas. Dizia-se que as ovelhas destruíam o pasto, trazendo prejuízo para os que criavam gado. Uma dessas fazendas é de propriedade de Walter Buckman (Karl Malden). Homem austero, mas justo. Muitos cowboys trabalhavam em suas terras, entre eles Ross Bodine (William Holden) e Frank Post (Ryan O'Neal). O primeiro é um veterano, há décadas trabalhando como cowboy. O segundo é um jovem, novato no trabalho. A luta diária é pesada e o salário nada bom.

Assim a dupla decide fazer algo impensado e imprudente. Eles decidem assaltar o banco da cidade. Fazem a família do gerente de refém e limpam o cofre do banco. Claro que isso desencadeia uma série de eventos contra eles. Uma equipe de perseguição é formada e parte rumo ao deserto em busca dos assaltantes. O filme tem um ritmo próprio, nada apressado. As coisas acontecem ao seu tempo. O roteiro também se preocupa muito mais em explorar a amizade entre o velho e o jovem cowboy do que qualquer outra coisa. Há cenas de ação, mas isso nem é o mais importante. Além disso há ótimas sequências, inclusive a final, aos pés do Monument Valley, cenário de tantos clássicos do western norte-americano. Então é isso, um bom filme, bem desenvolvido que termina de maneira mais trágica do que poderia se esperar.

Os Dois Indomáveis (Wild Rovers, Estados Unidos, 1971) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Blake Edwards / Elenco: William Holden, Ryan O'Neal, Karl Malden, Tom Skerritt / Sinopse: Ross Bodine (William Holden) e Frank Post (Ryan O'Neal) são dois cowboys que trabalham na fazenda de Walter Buckman (Karl Malden). Uma noite eles decidem fazer uma loucura, roubar o banco da cidadezinha próxima. O assalto acaba dando começo a uma perseguição sem trégua pelas areias do deserto do Arizona.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O Articulador

Título no Brasil: O Articulador
Título Original: People I Know
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Myriad Pictures
Direção: Daniel Algrant
Roteiro: Jon Robin Baitz
Elenco: Al Pacino, Kim Basinger, Téa Leoni, Ryan O'Neal, Richard Schiff, Robert Klein, Mark Webber

Sinopse e Comentários:
Al Pacino interpreta Eli Wurman, um relações públicas de Nova Iorque cuja principal função é jogar para debaixo do tapete os escândalos envolvendo seus clientes. O problema é que ele próprio tem seus fantasmas, inclusive envolvendo as drogas, em especial a cocaína. Provavelmente ele se inspirou em vários profissionais como esses que trabalharam ao seu lado durante anos, afinal Pacino foi uma celebridade por décadas.

Interessante filme, embora menor, da carreira de Al Pacino. O elenco coadjuvante é muito bom, contando com Kim Basinger, ainda antes do peso da idade chegar com mais força e Ryan O'Neal, ídolo dos anos 70, cuja carreira afundou justamente por causa dos abusos de drogas a que se submeteu por longos anos. Essas pessoas de Hollywood precisam mesmo desses "apagadores de incêndios" pois vira e mexe eles se envolvem em alguma confusão séria. A maiora das celebridades não passam de adultos que ainda não saíram da adolescência, com seus narizes sempre brancos, do pó de cocaína. E quem se envolve com drogas também acaba se envolvendo com o mundo do crime. Possuem tudo na vida e ao mesmo tempo nada possuem... Vai entender essa gente...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Barry Lyndon

Resolvi rever esse filme de Stanley Kubrick. Eu já tinha assistido há muitos anos, ainda nos tempos do VHS e como tenho a intenção de rever toda a filmografia do gênio Kubrick decidi começar essa maratona justamente por essa produção. É um filme de época, passado no século XVIII, na Europa marcada por guerras sem sentido e rivalidades entre as nações. O personagem central é um jovem irlandês chamado Redmond Barry (Ryan O'Neal). Ele é um rapaz romântico, levemente bobo, pobre, sem muita experiência de vida. Acaba se apaixonando pela prima, mas essa arrasta suas asas para um velho militar inglês. A garota é uma oportunista. Barry porém cego pela paixão se sente ultrajado e desafia o inglês para um duelo. Isso vai mudar sua vida para sempre.

Depois de atingir o rival ele precisa ir embora, pois naquela época matar um militar inglês era um crime de traição, punido com morte. Viajando ganha o mundo, ou melhor dizendo, a Europa. Sem possibilidade de ganhar a vida pois é muito jovem e não tem profissão, acaba indo parar em um regimento inglês que está prestes a atravessar o Canal da Mancha para enfrentar os franceses. No campo de batalha se revela um militar vacilante, que decide desertar de seu batalhão. Outro crime, outro motivo para fugir sem destino. Acaba roubando roupas de um militar prussiano e com essa nova farda vai até o campo inimigo onde termina até mesmo condecorado!!! E a trama assim vai avançando, com Barry sempre atrás de oportunidades, ora ganhando a vida como jogador de cartas (enganando seus adversários com truques na manga), ora cortejando uma jovem casada com um velho rico e decrépito, com um pé na cova! Obviamente Barry fica na espera de colocar as mãos na fortuna que o marido dela vai deixar.

Kubrick explora com esse roteiro a sordidez humana. Seu protagonista não é um herói, tampouco alguém digno de admiração. É apenas um sujeito de origem humilde, pobre, que tenta sobreviver em um mundo de castas sociais, de nobreza, onde sem um título você não era absolutamente ninguém, por mais que se esforçasse para vencer na vida. Sem muitas alternativas decide tentar de tudo, até mesmo jogando sujo. Ryan O'Neal era até um bom ator, mas penso que o filme ganharia muito com outro ator mais talentoso. Fiquei imaginando Jack Nicholson nesse tipo de papel. Iria ser algo memorável. Mesmo assim Kubrick fez um belo filme. É uma obra cinematográfica longa, que exige fôlego do espectador, pois são quase três horas de duração. O roteiro afinal conta praticamente toda a vida de Barry, da lama pobre da Irlanda até as mais luxuosas cortes da Europa, onde o vício e a perversão imperavam. Um personagem para quem os fins justificavam os meios.

Barry Lyndon (Estados Unidos, 1975) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, baseado no romance escrito por William Makepeace Thackeray / Elenco: Ryan O'Neal, Marisa Berenson, Patrick Magee / Sinopse: O filme conta a história de Redmond Barry (Ryan O'Neal), um jovem pobre nascido na Irlanda, que após atirar em um militar inglês durante um duelo parte para o continente europeu, onde vive muitas situações inusitadas, sempre procurando subir na vida, custe o que custar. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (John Alcott), Melhor Direção de Arte (Ken Adam, Roy Walker), Melhor Figurino (Ulla-Britt Söderlund, Milena Canonero) e Melhor Música (Leonard Rosenman). Também indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção (Stanley Kubrick) e Melhor Roteiro Adaptado (Stanley Kubrick). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Direção (Stanley Kubrick) e  Melhor Fotografia (John Alcott).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma Ponte Longe Demais

Já faz algum tempo que estou procurando rever antigos filmes que assisti no passado. Acontece que depois de muitos anos você acaba esquecendo de praticamente todo o filme, ficando na memória apenas alguns trechos ou cenas mais importantes. Esse "Uma Ponte Longe Demais" eu assisti pela primeira vez ainda em vídeo durante a década de 1980. Ainda me recordo que se tratava de uma fita dupla, cujo a locação era praticamente o dobro do valor normal, mas que valia o sacrifício. Claro que já era hora de conferir novamente. Quando escolhi rever o filme nesse domingo à noite as únicas recordações que vinham em minha mente era de que se tratava de um dos mais clássicos filmes de guerra da história mais recente de Hollywood (produzido em 1977), que o elenco era realmente maravilhoso e que a fita tinha uma duração bem longa - quase três horas de filme no total! Mesmo assim tomei fôlego e resolvi rever. O roteiro explora curiosamente uma operação aliada durante a II Guerra Mundial que não deu muito certo. Foi a Operação Market Garden. Idealizada pelo general inglês Bernard Montgomery ela visava levar tropas para além das linhas inimigas, uma maneira de cercar as forças nazistas que estavam em movimento de retirada da França após a invasão da Normandia.

Assim foi idealizada e colocada em prática uma operação realmente gigantesca. Só para se ter uma ideia contou com milhares de aviões de guerra (inclusive planadores) e mais de 40 mil homens divididos em quatro divisões de infantaria e blindados do exército aliado. Tropas de para-quedistas foram enviadas para a retaguarda das tropas alemãs, com o objetivo de capturar pontes vitais na movimentação e abastecimento dessas tropas. Cercar para aniquliar. Asfixiar os recursos dos alemães. O plano realmente parecia muito bom, pena que uma série de imprevistos quase fez tudo se tornar em vão. As comunicações entraram em pane, evitando que o comando se comunicasse com os homens no front, o clima só atrapalhou e como se isso tudo não fosse o bastante os soldados americanos e ingleses ficaram sem comida, medicamentos e munição. Historicamente muito fiel aos acontecimentos reais, o diretor Richard Attenborough (o mesmo cineasta que dirigiu os filmes "Gandhi", "Um Grito de Liberdade" e "Chaplin") resolveu filmar um roteiro mais extenso que tenta acompanhar todos os três grandes grupos de combatentes que participaram dessa batalha. Essa tomada de decisão pode até ter deixado o filme um pouco prolixo e até mesmo confuso em certos momentos, mas nada disso acabou atrapalhando a qualidade final pois ainda considero um filme de guerra dos mais competentes.

Em termos de elenco temos uma verdadeira constelação de astros. O interessante é que dentro da estrutura do roteiro nenhum desses personagens podem ser apontados como os únicos protagonistas. Como se tratou de uma ação coletiva, que envolveu inúmeros oficiais e soldados no campo de batalha, o texto do filme também procurou privilegiar esse aspecto, sem colocar ninguém em destaque. Em uma visão mais crítica teríamos na verdade um roteiro ao estilo mosaico com uma multidão de coadjuvantes - embora todos eles sejam ao mesmo tempo também bem vitais dentro da história. Sean Connery, por exemplo, interpreta o Major General Urquhart, um veterano que acima de tudo teme pelo destino de seus homens. Com a experiência do campo de batalha ele logo percebe que aquele plano de invasão tinha realmente poucas chances de dar certo. Outro ator que pouco se destaca no elenco, apesar de ser um dos grandes astros da época, é Robert Redford. Ele leva mais de duas horas para finalmente surgir em cena. Seu personagem é designado para realizar uma missão fluvial das mais improváveis: atravessar um rio sob fogo pesado da artilharia alemã. Depois de concluída a missão ele desaparece sem maiores explicações.

Com um elenco tão bom e cheio de astros só achei equivocada a escalação de Ryan O'Neal no papel do Brigadeiro General Gavin. Ele era muito jovem para o papel, o que fez com que diversas cenas soassem estranhas e fora de nexo, principalmente quando encontrava oficiais bem mais velhos do que ele, verdadeiros veteranos, lhe pedindo conselhos de como agir no campo de batalha. Ryan com aquela cara de garoto (ele ainda era bem novo quando o filme foi realizado) não convence em nenhum momento. Bem melhor se sai o sempre ótimo Gene Hackman. Ele interpreta um oficial polaco que sofre uma série de preconceitos por causa de suas origens. Tudo levaria a crer que ele roubaria o filme quando entrasse em ação, porém ocorre um anticlímax quando os comandantes da operação resolvem deixá-lo fora de ação por quase todo o filme. Então é isso. Um filme improvável em minha opinião já que mostra um momento em que pouca coisa parecia dar certo para as forças aliadas que lutavam contra o III Reich. É até de surpreender que Hollywood tenha se interessado por essa história de fracasso militar de americanos e ingleses durante a II Guerra Mundial. O filme, por outro lado, deu mais do que certo. Um ótimo programa certamente.

Pablo Aluísio.

Uma Ponte Longe Demais

Título no Brasil: Uma Ponte Longe Demais
Título Original: A Bridge Too Far
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Goldman, baseado no livro de Cornelius Ryan
Elenco: Sean Connery, Ryan O'Neal, Michael Caine, Robert Redford, Gene Hackman, Anthony Hopkins, Michael Caine, Edward Fox, James Caan, Maximilian Schell, Laurence Olivier, Dirk Bogarde, Liv Ullmann, Elliott Gould.
  
Sinopse:
Setembro de 1944. II Guerra Mundial. Os principais comandantes das forças aliadas resolvem colocar em execução uma missão ousada, a Operação Market Garden. O objetivo seria colocar nas posições situadas atrás das linhas inimigas alemãs, bem na fronteira entre Holanda e Alemanha, um vasto exército de tropas especiais para-quedistas para cercar e sufocar as tropas nazistas que naquele momento estavam em um desesperado movimento de retirada da França por causa da invasão aliada na Normandia, dentro da série de ataques realizados durante o Dia D. Para o front são enviados oficiais condecorados e experientes como o Major General Urquhart (Sean Connery) e o Tenente Coronel inglês Frost (Anthony Hopkins), porém assim que pisam em território inimigo uma série de coisas começam a dar incrivelmente erradas, colocando em risco a vida de milhares de soldados aliados. Filme vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator Coadjuvante (Edward Fox). Também vencedor do British Society of Cinematographers na categoria de Melhor Fotografia (Geoffrey Unsworth).

Comentários:

Um épico moderno dos filmes de guerra passados na II Guerra Mundial, "A Bridge Too Far" entrou para a história do cinema por causa de seu elenco maravilhoso, cheio de grandes astros de Hollywood e da produção classe A que não poupou recursos para contar sua história. O foco do enredo se concentra na Operação Market Garden que tinha a intenção de cercar as forças nazistas que fugiam da França após o vitorioso desembarque aliado na Normandia. A intenção também era destruir todas as linhas de comunicações entre Berlim e suas tropas avançadas, destruindo pontes, estradas e vias de comunicação e abastecimento entre o coração do III Reich e seus comandados da frente ocidental. Não era uma tarefa fácil. Apesar do fato dos alemães estarem batendo em retirada a questão era que ainda tinham muito poder de fogo e combate e por essa razão assim que as botas dos soldados aliados pisaram em solo inimigo se deu início a um dos mais sangrentos episódios de toda a guerra, com batalhas travadas com muita ferocidade na luta por cada palmo de chão. O diretor Richard Attenborough quis ser o mais fiel aos acontecimentos reais e para isso não poupou esforços e nem metragem para sua obra. Embora bem completo o filme também se mostra com uma longa duração (2h49m para ser mais exato), o que de certa forma afastou grande parte do público na época.

Para quem não se importar com esse detalhe porém o filme vai se revelar uma excelente obra histórica, mostrando cada detalhe da operação, os eventos imprevisíveis e até mesmo os fatores que fizeram tudo dar tão incrivelmente errado. Há excelentes cenas de ação antes disso, inclusive uma impressionante sequência de centenas de aviões despejando os para-quedistas em solo inimigo. Uma grandiosa cena que contou inclusive com várias aeronaves da época e que ainda estavam em operação quando o filme foi realizado (algo que hoje em dia seria simplesmente impossível). O roteiro também explora várias pequenas missões envolvendo os diversos personagens do filme. Muitas dessas cenas são relativamente independentes das demais, funcionando quase como curtas dentro de um longa-metragem. Assim temos por exemplo a luta de um soldado (James Caan) em salvar a vida de um capitão dado como morto ou então a tenaz resistência de um oficial britânico (Hopkins) em manter sua posição dentro de uma cidade holandesa, mesmo diante de uma divisão de tanques alemães. Todas elas obviamente fazem parte da grande operação Market Garden, mas ao mesmo tempo contam pequenas histórias de luta e heroísmo dos combatentes anônimos que lutaram no front de guerra. Sob esse aspecto o roteiro acaba se revelando muito rico e detalhista do ponto de vista histórico, o que é uma das virtudes do filme como um todo. Assim se você estiver em busca de um bom filme sobre a II Guerra Mundial, que valorize os fatos reais e conte com um elenco realmente estelar, poucos serão tão recomendados como esse "Uma Ponte Longe Demais".

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A Morte de Ryan O'Neal

Ryan O’Neal morre aos 82 anos
O ator indicado ao Oscar Ryan O'Neal, que ganhou destaque no programa de TV “Peyton Place” e se tornou uma grande estrela da década de 1970 em filmes como “Love Story”, “What's Up, Doc?”, “Paper Moon” e “Barry Lyndon”, morreu na sexta-feira, disse seu filho Patrick no Instagram. Ele tinha 82 anos. O’Neal foi diagnosticado com leucemia crônica em 2001 e com câncer de próstata em 2012.

“Ryan era um homem muito generoso que sempre esteve disponível para ajudar seus entes queridos durante décadas”, escreveu seu filho. “Meu pai tinha 82 anos e viveu uma vida incrível.". A família ainda não informou detalhes sobre o funeral do ator. 

Tatum O’Neal presta homenagem ao pai Ryan O’Neal
A filha de Ryan O´Neal declarou sobre o falecimento do pai: “Sentirei falta dele para sempre” Tatum O’Neal está se manifestou após a notícia da morte de Ryan O’Neal na sexta-feira. A atriz vencedora do Oscar compartilhou uma declaração com a People sobre como ela se sentiu após o falecimento de seu pai. Os dois tiveram um relacionamento difícil desde que trabalharam juntos em Paper Moon, de 1973, pelo qual Tatum ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante com apenas 10 anos de idade.

“Sinto muita tristeza pelo falecimento do meu pai”, disse Tatum à publicação. “Ele significava o mundo para mim. Eu o amava muito e sabia que ele também me amava. Sentirei falta dele para sempre e me sinto muito sortudo por termos terminado tão bem.” 

Lola Dee, cantora popular da década de 1950, morre aos 95 anos
A cantora pop Lola Dee, que gravou para as gravadoras Columbia e Mercury na década de 1950 e fez turnês ao redor do mundo com nomes como Bob Hope, Jimmy Durante e Johnnie Ray, morreu. Ela tinha 95 anos. Dee morreu quinta-feira de causas naturais em uma clínica de enfermagem em Hinsdale, Illinois, anunciou seu publicitário e produtor de CD, Alan Eichler. Depois de assinar um contrato de cinco anos com a Mercury Records, com sede em Chicago, uma empresa recém-formada que tinha Frankie Laine, Vic Damone e Patti Page em seu elenco, a cantora, então conhecida como Lola Ameche, se juntou à Orquestra Al Trace em 1951 “ Pretty Eyed Baby”, que alcançou a 21ª posição nas paradas da Billboard.

Ela e Trace lançaram outro sucesso naquele ano, “Hitsity Hotsity”, e ela gravou mais de duas dúzias de músicas nos três anos seguintes, incluindo versões swingadas de “Dance Me Loose”, “Old Man Mose”, “Down Yonder”, “Take Two to Tango”. A cantora se tornou muito popular nos anos 50, onde era elogiada pela crítica especializada e adorada por seu público. Estava há anos afastada do meio artístico, mas se lembrava com carinho de seus anos de sucesso e fama. 

Pablo Aluísio.