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sábado, 12 de junho de 2021

Totalmente Selvagem

Título no Brasil: Totalmente Selvagem
Título Original: Something Wild
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: E. Max Frye
Elenco: Jeff Daniels, Melanie Griffith, Ray Liotta, Margaret Colin, Tracey Walter, Robert Ridgely

Sinopse:
Uma mulher de espírito livre "sequestra" um yuppie para um fim de semana de aventura. Mas a diversão rapidamente toma um rumo perigoso quando seu marido ex-presidiário aparece. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor atriz (Melanie Griffith) e melhor ator (Jeff Daniels).

Comentários:
Poucos filmes trazem tantas marcas dos anos 80 como esse "Totalmente Selvagem". E não estou me referindo apenas aos figurinos, à trilha sonora, ao estilo daquela década, mas também em relação ao roteiro e à direção do cineasta Jonathan Demme. Ele merecia mesmo um prêmio por ter capturado tão bem a essência de uma época como vemos aqui, nessa película. E como todos sabemos um bom filme também passa necessariamente por um bom elenco. O casal protagonista está realmente ótimo. Jeff Daniels interpreta o engomadinho de Wall Street, todo certinho. Melanie Griffith, jovem e muito bonita, com peruca Chanel, é a garota que em termos de personalidade é o extremo oposto dele. E como se sabe, os opostos se atraem. No quadro geral é um filme simpático, divertido, com a cara dos anos 80. Nesse quesito provavelmente é o maior exemplo do cinema produzido naqueles anos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A Fogueira das Vaidades

Título no Brasil: A Fogueira das Vaidades
Título Original: The Bonfire of the Vanities
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Tom Hanks, Bruce Willis, Melanie Griffith, Morgan Freeman, Kim Cattrall, Kevin Dunn

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Tom Wolfe, o filme "A Fogueira das Vaidades" conta a história de um choque violento de classes sociais. Depois que sua amante atropela um jovem adolescente negro, um figurão de Wall Street vê sua vida se desfazer sob os holofotes da imprensa sensacionalista

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme, um grande sucesso. Elenco recheado de astros e estrelas de Hollywood, um bom diretor e um livro de sucesso como base do roteiro. Só que ao invés disso "A Fogueira das Vaidades" se tornou um dos grandes fracassos do cinema americano nos anos 90. O que deu errado? Acredito que o problema principal veio do roteiro mal escrito. Perceba que a fina ironia do texto original escrito pelo autor Tom Wolfe simplesmente se perdeu nessa adaptação. Tudo ficou truncado, resultando em um filme realmente ruim de se assistir. Além disso o elenco não pareceu se encaixar bem, nem mesmo Tom Hanks parece bem. Inclusive considero esse seu pior filme. E assim o que era para ser um sucesso, uma obra-prima, afundou de forma absoluta. Pena que um livro tão interessante tenha resultado em um filme tão fraco. E o pior de tudo é que como o filme foi malhado pela crítica e o público não se interessou em assistir, provavelmente não haverá uma tentativa de adaptação do livro mais uma vez para o cinema. Bom material que se perdeu de forma definitiva na sétima arte.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de setembro de 2019

Eternamente Lulu

Título no Brasil: Eternamente Lulu
Título Original: Forever Lulu  
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley

Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.

Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O Pequeno Stuart Little 2

Título no Brasil: O Pequeno Stuart Little 2
Título Original: Stuart Little 2
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Minkoff
Roteiro: Douglas Wick
Elenco: Michael J. Fox, Geena Davis, Hugh Laurie, Nathan Lane, Melanie Griffith, Jonathan Lipnicki,

Sinopse:
Baseado no livro infantil escrito por  E.B. White, esse segundo filme mostra a jornada de Stuart e Snowbell pelo país, em resgate a um amigo que está passando por apuros. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria Efeitos Especiais. 

Comentários:
Como diria um amigo, "Esse rato é meio esquisito!". Pois é, essa coisa de fazer o protagonista muito realista, quase como um rato real, não chegou a agradar todo mundo. A única diferença dele para os ratos da natureza é que o Stuart Little anda sobre dois pés e usa suéter. Fora isso, os traços recriados por computador são idênticos. Pois bem, esse segundo filme nasceu obviamente do sucesso do primeiro, só que as coisas não deram muito certo, comercialmente falando. O filme custou 120 milhões de dólares e fracassou nas bilheterias. Com isso a franquia também foi deixada de lado. Esse segundo filme é piorzinho que o primeiro. A verdade pura e simples é que não havia mais enredo a contar, por isso fizeram mais uma sequência do tipo "igual, mas tentando ser diferente". Não colou, o público não comprou a ideia. A única coisa a se lamentar foi o bom trabalho que os atores fizeram na dublagem original. J. Fox, Geeena Davis, Nathan Lane (ótima comediante) e até Melanie Griffith tentaram, mas não deu certo. O filme realmente não fez sucesso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O Indomável

Esse é um dos últimos grandes filmes da carreira de Paul Newman. Poderíamos até dizer que foi o último em termos de grande qualidade em atuação. Ele interpreta um sujeito comum, que vive no subúrbio, que vai levando sua vida numa certa calma e tranquilidade. Quando consegue algum trabalho vai para o serviço na construção civil e quando tem algum dinheiro no bolso gasta no bar local. Na verdade seu personagem nunca quis assumir as responsabilidades da vida adulta. Tudo muda quando seu filho e seu neto chegam para uma visita. Ora, logo ele que nunca quis muita coisa com a paternidade, se ver assim logo de cara tendo que ser pai e avô ao mesmo tempo logo se torna um desafio.

É um filme importante porque mostra que Paul Newman, apesar da idade, estava em plena forma. Seu talento continuava intacto. Vale lembrar que em sua carta de despedida da profissão, quando anunciou que iria se aposentar, ele escreveu que não conseguia mais memorizar suas falhas e nem atuar bem, por causa da velhice. Uma ética de trabalho admirável. Isso porém só aconteceria alguns anos depois da realização desse filme, que repito, é um dos últimos grandes trabalhos de sua carreira memorável. Um trabalho aliás tão bom que lhe rendeu uma indicação ao Oscar! Pelo conjunto da obra deveria ter sido premiado.

O Indomável - Assim é Minha Vida (Nobody's Fool, Estados Unidos, 1994) Direção: Robert Benton / Roteiro: Robert Benton / Elenco: Paul Newman, Bruce Willis, Jessica Tandy, Melanie Griffith, Philip Seymour Hoffman, Philip Bosco / Sinopse: Baseado no romance escrito por Richard Russo, o filme conta a história de Sully (Paul Newman), um homem na terceira idade que é surpreendido com a chegada de seu filho e seu neto que deseja conhecê-lo. Agora ele terá que ser pai e avô ao mesmo tempo, algo que sempre deixou em segundo plano na sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman) e Melhor Roteiro Adaptado (Robert Benton). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Os Piratas da Somália

Esse filme é o outro lado da moeda de "Capitão Phillips", aquela produção estrelada por Tom Hanks. Naquele filme vimos um sequestro de um navio nos mares da Somália, tudo sob o ponto de vista dos americanos. Aqui temos o ponto de vista do povo da Somália. Na história um jovem canadense, recém formado e desempregado, decide seguir os conselhos de um veterano e ir para um lugar que nenhum outro jornalista ocidental teria coragem de ir. Tudo para se destacar no mercado. Assim ele pega o primeiro avião para aquele país desolado da África. Chegando na capital ele começa os esforços para tentar descolar uma entrevista com algum dos piratas, algo que não será fácil e colocará em risco sua vida.

O protagonista é interpretado pelo ator Evan Peters, pouco conhecido. O nome mais famoso do elenco é mesmo Al Pacino. Porém não espere por grande coisa pois ele tem apenas 3 cenas no filme inteiro. É um coadjuvante de luxo, nada mais. Barkhad Abdi esteve em "Capitão Phillips" e aqui volta para sua terra natal para interpretar um nativo que ajuda o canadense em sua estadia no país. Pelo filme anterior, do Tom Hanks, chegou a ser indicado ao Oscar por interpretar um dos piratas. Aqui seu personagem é bem mais ameno e amigável. No quadro geral o filme vale pelas informações que passa, mostrando o aspecto político e caótico em que se afundou aquela nação africana. Interessante porque como diz o ditado, toda história tem dois lados. Vale a pena por conhecer o lado dos africanos em todos esses eventos.

Os Piratas da Somália (The Pirates of Somalia, Estados Unidos, Sudão, Quênia, Somália, África do Sul, 2017) Direção: Bryan Buckley / Roteiro: Bryan Buckley, baseado no livro "The Pirates of Somalia: Inside Their Hidden World" de Jay Bahadur / Elenco: Evan Peters, Barkhad Abdi, Al Pacino, Melanie Griffith / Sinopse: Jay Bahadur (Evan Peters) é um jovem jornalista canadense desempregado que não consegue publicar seus textos em lugar nenhum. Radicalizando decide ir para a Somália para se tornar o único correspondente estrangeiro naquele país africano, algo que definitivamente colocará sua vida em risco.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Segredos de um Crime

Título no Brasil: Segredos de um Crime
Título Original: Shadow of Doubt
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Largo Entertainment
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Myra Byanka, Raymond De Felitta
Elenco: Melanie Griffith, Tom Berenger, Craig Sheffer, James Morrison
  
Sinopse:
Após a morte brutal da filha de um bem sucedido homem de negócios, o rapper Bobby Medina é preso, acusado do crime. Com um histórico de envolvimento com drogas e violência ele se torna o principal suspeito do assassinato. A advogada Kitt Devereux (Melanie Griffith) é então enviada para atuar na sua defesa perante o tribunal. Ela desconfia que tudo não passa de uma grande conspiração para a prisão do acusado. O que se busca é efetivamente livrar o verdadeiro assassino da prisão.

Comentários:
Um bom filme de tribunal que hoje em dia segue pouco lembrado. Ok, muitos jamais vão conseguir engolir a estrela Melanie Griffith como uma advogada astuta e inteligente. A atriz nunca foi por essa linha em sua carreira. Suas personagens sempre foram bem diferentes disso. O curioso porém é que ela acaba convencendo, principalmente por causa do roteiro que é bem estruturado e não deixa falhas e nem pontas soltas em seu enredo. Tom Berenger também é outro bom motivo para se rever essa produção. Sempre admirei seu trabalho como ator, desde os tempos de "Platoon". Ele nunca chegou a se tornar um astro de primeira grandeza em Hollywood, isso é verdade, mas tampouco deixou de atuar em bons filmes como esse. Outro fato que contas pontos em favor de "Shadow of Doubt" é a própria trama de mistérios que envolve o crime. Em uma só linha de investigação você encontrará todos os tipos de conspirações, envolvendo até mesmo uma candidatura à presidente dos Estados Unidos. Para quem gosta desse tipo de filme, com muitas reviravoltas na história, é um prato cheio. Assista e tente seguir o fio da meada, descobrindo antes a identidade do verdadeiro assassino.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Lolita

Título no Brasil: Lolita
Título Original: Lolita
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: The Samuel Goldwyn Company
Direção: Adrian Lyne
Roteiro: Stephen Schiff
Elenco: Jeremy Irons, Dominique Swain, Melanie Griffith, Frank Langella
  
Sinopse:
O intelectual e professor Dr. Humbert Humbert (Jeremy Irons) começa um flerte com Charlotte Haze (Melanie Griffith), uma mulher liberal, mas acaba ficando obcecado mesmo por sua filha de 14 anos, a adolescente Dolores 'Lolita' Haze (Dominique Swain) que logo percebe seu interesse indisfarçavel. Mesmo ainda muito jovem ela então começa um jogo de sedução com aquele homem bem mais velho, testando os limites da moralidade da época. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards. 

Comentários:
Vladimir Nabokov publicou sua obra mais conhecida "Lolita" em 1955. Esse livro causou todos os tipos de polêmicas desde que chegou ao mercado pela primeira vez. Acusado de escandaloso por uns, de genial por outros, uma coisa é certa: não é uma obra que se possa ignorar. O livro inclusive foi considerado um dos cem melhores romances já escritos na história. De fato é um texto extremamente bem escrito. Qual seria então o motivo da controvérsia? Simples, o tema sempre foi considerado explosivo demais, envolvendo os desejos de um homem mais velho por uma jovem adolescente, a tal Lolita que acabou virando sinônimo de sensualidade juvenil em praticamente todas as línguas. Essa não é a primeira adaptação cinematográfica, pois em 1962 o diretor Stanley Kubrick já havia feito sua versão com Sue Lyon no papel principal. Obviamente considero a obra de Kubrick bem mais relevante do que essa aqui de Adrian Lyne. Mesmo assim não tiro também os méritos dessa adaptação dos anos 90, principalmente por causa da boa atuação do sempre interessante Jeremy Irons. Ele segura o filme no quesito atuação praticamente sozinho, pois a jovem Dominique Swain que interpreta Lolita passou longe de atuar bem, sendo que o mesmo se pode dizer de Melanie Griffith, bem estranha, com muitas plásticas no rosto, que destoam da época histórica em que o enredo se passa. É em suma um bom filme, com bonita fotografia e o melhor de tudo: procurando ser o mais fiel possível ao texto original do grande Nabokov.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de abril de 2015

Cherry 2000

Esse filme é claramente uma imitação mais pobre e sem orçamento de "Blade Runner". Em um futuro próximo (no caso do roteiro, o ano de 2017), os solitários terão a oportunidade de comprar companheiras, robôs na verdade, para se relacionarem. O modelo mais cobiçado é justamente o de Cherry 2000. Só que algo sai errado e essas bonecas robóticas se vingam dos seres humanos, causando caos e destruição. Deu para perceber bem o tamanho da bomba? Pois é, ainda assim o filme conseguiu ser lançado nos cinemas brasileiros na época! E olha que a crítica obviamente caiu matando em cima dos absurdos do roteiro e da precária produção.

Claro que a questão das replicantes é imitado de Blade Runner. Só que o que era sofisticado e noir no filme de Ridley Scott, aqui vira puro kitsch. Há uma tentativa também de usurpar cenas de Rambo. Como se vê é uma geléia geral de falta de ideias próprias e originalidade. A única coisa que se salva no final é a presença da própria Melanie Griffith. Jovem e bonita, nem a peruca laranja conseguiu destruir seu apelo sexual na tela. Nos anos 80 ela era uma beldade e tanto!

Cherry 2000 (Estados Unidos, 1987) Direção: Steve De Jarnatt / Roteiro: Lloyd Fonvielle, Michael Almereyda / Elenco: Melanie Griffith, David Andrews, Pamela Gidley / Sinopse: Em 2017, um empresário de sucesso viaja aos confins da terra para descobrir que a mulher perfeita está sempre debaixo de seu nariz. Ele contrata um rastreador renegado para encontrar uma duplicata exata de sua esposa andróide.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Agente do Futuro

Título no Brasil: Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
  
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.

Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Uma Luz na Escuridão

Título no Brasil: Uma Luz na Escuridão
Título Original: Shining Through
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Seltzer
Roteiro: Susan Isaacs, David Seltzer
Elenco: Michael Douglas, Melanie Griffith, Liam Neeson

Sinopse:
O ano é o de 1940, em plena segunda guerra mundial. Enquanto a Europa ferve no calor das bombas e dos tiros, Linda Voss (Melanie Griffith) se envolve em uma complexa rede de espionagens em Nova York, nas vésperas da entrada dos Estados Unidos na guerra. Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Atriz (Melanie Griffith), Pior Ator (Michael Douglas), Pior Roteiro, Direção e Filme.

Comentários:
Um bom elenco que não consegue salvar um filme fora de época. Essa definição aliás é bem adequada já que "Shining Through" nada mais é do que uma tentativa de se fazer um filme com o sabor dos antigos clássicos de espionagem e guerra do passado, como os filmes realizados na década de 1940, apoiados fortemente em uma linguagem noir, com tramas complexas (e até confusas) em um mundo habitado por detetives de personalidade dúbia e mulheres fatais, que apenas aparentam fragilidade mas que na verdade são o começo da perdição de cada um que se envolva com elas. A tentativa de fazer algo ao velho estilo porém não funciona. Michael Douglas passa longe de ser seu pai Kirk Douglas, esse sim um símbolo daqueles anos. O pior acontece com Melanie Griffith que passa o filme inteiro em uma vã tentativa de imitar divas como Ava Gardner mas que no final só consegue ser matuta e sem classe, com aquela voz irritante e talento quase zero. Uma caricatura grotesca. Aliás "Uma Luz na Escuridão" é bem isso, uma película fake sem o charme dos antigos clássicos da era de ouro de Hollywood. Dispense com luvas de pelica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Uma Secretária de Futuro

Título no Brasil: Uma Secretária de Futuro
Título Original: Working Girl
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Kevin Wade
Elenco: Melanie Griffith, Harrison Ford, Sigourney Weaver, Joan Cusack

Sinopse:
Tess McGill (Melanie Griffith) é uma secretária ambiciosa que trabalha em um escritório que lida com o mercado de ações. Seus superiores dentro da empresa são os executivos Jack Trainer (Harrison Ford) e sua noiva, a arrogante e poderosa Katharine Parker (Sigourney Weaver). Quando essa precisa se afastar do trabalho por causa de um acidente, Tess vê sua grande oportunidade de mostrar seu valor para Jack. Mas será que conseguirá sobreviver ao jogo de ambições e poder de Wall Street? Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Atriz (Melanie Griffith), Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Cusack e Sigourney Weaver), Melhor Direção e Melhor Canção. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme (Comédia ou Musical), Melhor Atriz (Melanie Griffith), Melhor Atriz Coadjuvante (Sigourney Weaver) e Melhor Canção.

Comentários:
Recentemente assistindo a um programa sobre os anos 80 na TV a cabo vi uma generosa referência a esse "Working Girl", mostrado no especial como um dos filmes símbolos daquela década. Muito curioso, já que no Brasil achei sua repercussão bem mediana. Pelo visto os próprios americanos parecem ter uma visão bem mais marcante dessa produção do que o resto do mundo. De certa forma isso reflete uma identificação maior entre o enredo do filme e a população daquele país - especialmente a feminina - que vivenciou todas aquelas mudanças no mercado de trabalho que o texto do filme procura explorar. De certa forma é uma alegoria, uma revisão das antigas produções que tinham como eixo central os costumes e os relacionamentos amorosos, principalmente dentro do ambiente de trabalho. Isso acabou se refletindo no Oscar quando foi indicado a seis prêmios, levando apenas um, como Melhor Canção (Carly Simon - "Let the River Run"). No Globo de Ouro foi um dos grandes vencedores da categoria Comédia - Musical. Revisto hoje em dia vários pontos parecem bem datados mas até que o filme de um modo em geral envelheceu bem. O elenco está em ótima sintonia e isso ajudou a sobreviver bem ao tempo. A direção de Mike Nichols também é primorosa ao explorar a ambição e a competividade sem qualquer ética dentro daquele tipo de empresa. Afinal aquela geração yuppie foi considerada uma das mais agressivas da história, a tal ponto que conseguiu quebrar inclusive o próprio mercado de ações no final da década. Assista e procure entender os mecanismos que giravam ao redor daqueles executivos gananciosos ao extremo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Lolita

Sempre foi muito polêmica a obra Lolita. O livro de autoria do escritor Vladimir Nabokov sempre despertou reações extremas. Acusado de ser pornográfico e incentivador da pedofilia, o texto causou reações quando foi publicado e continuou a causar debates acalorados quando foi adaptado para as telas. A primeira adaptação para o cinema foi realizada em 1961 e foi dirigida pelo mestre Stanley Kubrick. Desnecessário dizer que o cineasta foi acusado de praticamente tudo com seu lançamento. Na época o estúdio foi bombardeado com uma avalanche de cartas de protestos pelo fato de ter sido produzido um filme em cima do livro “maldito” de Nabokov. A bilheteria não foi expressiva e por muitos anos “Lolita” ficou de lado. Até que em 1997 o diretor Adrian Lyne resolveu se unir ao produtor de “Rambo”, Mario Kassar, para trazer de volta o livro às telas. Apesar de tanto tempo ter passado as reações contra o filme não se apaziguaram. O tema continua tão explosivo quanto antes e o filme novamente enfrentou protestos e boicotes, tanto que acabou indo parar diretamente na TV nos Estados Unidos (o circuito comercial não resolveu arriscar a exibição do filme em cinemas convencionais).

E afinal porque tanta celeuma? Do que afinal se trata “Lolita”? Bom, o enredo é relativamente muito simples e direto: Mr. Humbert (Jeremy Irons) é um escritor em crise, que enfrenta as desilusões da meia-idade chegando. Sua melancolia porém chega ao fim quando algo extraordinário ocorre em sua vida. Sem idéias novas para seu novo livro ele acaba prestando atenção numa garota de 12 anos (interpretada por Dominique Swain) que está chegando na puberdade. No começo Humbert resiste aos pensamentos mais ardentes em relação à garota mas aos poucos começa a perceber que ela não só começou a perceber suas reais intenções como também passou discretamente a incentivar seu flerte inconseqüente. É óbvio que um enredo desses pode perturbar uma boa parcela da sociedade mas de maneira em geral o diretor Lyne criou um filme nada ofensivo, baseado muito mais na sugestão do que na vulgaridade. A garota, como não poderia deixar de ser, tem pensamentos bobos e infantis o que acaba despertando ainda mais o desejo do escritor mais velho. O elenco é liderado por Jeremy Irons, ator de muitos recursos que prefere aqui a sutileza, a discrição em cada momento. Outro excelente ator em cena é Frank Langella, novamente em bom momento na carreira. “Lolita” é interpretada pela jovem Dominique Swain que apesar de pouca idade não compromete. O tom é de erotismo leve, por essa razão não há motivos para se sentir ofendido. O filme seguindo a tradição do original de Kubrick tem bela e sofisticada direção de arte que ajuda a suavizar o tema central da obra. No fundo “Lolita” é mais uma produção romântica do que qualquer outra coisa. A paixão do escritor é praticamente toda platônica e sem se preocupar com julgamentos morais ele vai expondo seu ponto de vista no decorrer do filme. De qualquer modo, e apesar da polemica, vale a recomendação.

Lolita (Lolita, Estados Unidos, 1997) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Stephen Schiff baseado na obra de Vladmir Nabokov / Elenco: Jeremy Irons, Melanie Griffith, Frank Langella, Dominique Swain, Suzanne Shepherd, Keith Reddin / Sinopse: O filme narra a complicada atração de um escritor mais velho, em plena meia-idade, que começa a se sentir atraído por uma ninfeta de apenas 12 anos, a doce e inocente Lolita!

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Loucos do Alabama

Título no Brasil: Loucos do Alabama
Título Original: Crazy in Alabama
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Antonio Banderas
Roteiro: Mark Childress
Elenco: Melanie Griffith, David Morse, Lucas Black

Sinopse:
O sonho de Lucille Vinson (Melanie Griffith) é se tornar uma estrela em Hollywood. Para isso ela resolve ir dirigindo para a ensolarada Califórnia enquanto seu sobrinho tenta desvendar um assassinato envolvendo um xerife corrupto do Alabama. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de pior atriz (Melanie Griffith).

Comentários:
Primeiro filme como diretor do ator Antonio Banderas! Pois é, quem esperava por algo a mais se deu mal. O fato é que Banderas é tão ruim como cineasta como é como ator. Ele não consegue acertar uma! O filme não tem foco nenhum, não se define em ser um drama, um filme de ação ou uma comédia. Tentando atirar para todos os lados acaba não acertando em nada, nada mesmo! Ao que parece Banderas quis acima de tudo fazer uma ode cinematográfica para sua esposa, Melanie Griffith. O problema básico é que o público não tem nada a ver com isso e acabou vendo um pastel de vento de celuloide, pois tudo é muito rasteiro e irrelevante. Para não falar que nada presta, com muito esforço ainda se salva um pouco sua trilha sonora e o figurino de época. Infelizmente são detalhes menores que não conseguem salvar "Crazy in Alabama" de ser um tremendo abacaxi sulista!

Pablo Aluísio.