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domingo, 16 de outubro de 2022

SWAT: Comando Especial 2

Título no Brasil: SWAT: Comando Especial 2
Título Original:  S.W.A.T.: Firefight
Ano de Lançamento: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Stage 6 Films 
Direção: Benny Boom
Roteiro: Reed Steiner, Randy Walker
Elenco: Gabriel Macht, Robert Patrick, Carly Pope, Giancarlo Esposito, Kristanna Loken, Matt Bushell

Sinopse:
Um especialista da Swat de Los Angeles, é enviado para Detroit para treinar policiais. O foco se concentra em situação de terrorismo de alto risco para a população. Na nova cidade ele encontra uma boa equipe, mas também uma certa desconfiança de seu trabalho. Em meio a tudo isso surge um criminoso fanático, um sujeito com ligações com o governo americano, que pode ser muito perigoso.

Comentários:
S.W.A.T: Comando Especial 2 foi produzido como a sequência tardia do primeiro filme para o cinema. Originalmente, foi uma série de grande sucesso na TV Americana durante a década de 1970. Esse segundo filme é bem modesto em termos de orçamento. Ao contrário do primeiro filme, que tinha uma produção classe A, uma equipe e elenco de pessoas conhecidas, esse aqui foi feito diretamente para a venda direta ao consumidor. Depois virou figurinha fácil em serviços de streaming e canais a cabo. Mas não entenda isso como um demérito. O filme até que tem suas qualidades. A história é banal e o roteiro segue uma linha, mas nada disso atrapalha. As cenas de ação são bem realizadas. E, por mais incrível que possa parecer, as relações entre os policiais são bem desenvolvidas. Nada muito espetacular. Para quem estiver em busca de um bom filme policial de ação esse segundo filme não vai decepcionar. Obviamente, eu recomendo muito mais o primeiro filme e aos nostálgicos a série original. De qualquer forma, esse filme aqui cumpre com o que promete. Não vai decepcionar quem esteja em busca de um bom passatempo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Legado Explosivo

Título no Brasil: Legado Explosivo
Título Original: Honest Thief
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Ingenious Media
Direção: Mark Williams
Roteiro: Steve Allrich, Mark Williams
Elenco: Liam Neeson, Kate Walsh, Robert Patrick, Jai Courtney, Jeffrey Donovan, Anthony Ramos,

Sinopse:
Tom Dolan (Liam Neeson) é ulm ladrão de bancos, especializado em arrombar cofres antigos de pequenas agências bancárias de interior. Quando se apaixona por Annie Wilkins (Kate Walsh), ele decide deixar essa vida de crimes para trás. Liga para o FBI para se entregar, mas dá azar. Acaba caindo nas máos de dois agentes corruptos que só estão interessados no dinheiro que ele roubou durante todos aqueles anos, uma pequena fortuna de 9 milhões de dólares. Agora é lutar para sair vivo desse jogo sujo.

Comentários:

No meio da pandemia esse foi um dos filmes lançados nos cinemas para tentar a revitalização do mercado cinematográfico. Faturou até o momento algo em torno de 45 milhões de dólares e provavelmente não vai dar prejuízo ao estúdio, pois é um filme de orçamento enxuto. De maneira em geral "Legado Explosivo" é um bom filme de ação. A história é bem objetiva e não se perde muito tempo com detalhes dispensáveis. O roteiro explora um certo background biográfico do protagonista, mas sem entrar muito fundo nisso. O vale a pena é contar o enredo de um criminoso que deseja se redimir, se entregar para a lei, devolvendo o dinheiro roubado, mas que encontra pela frente agentes federais corruptos que ao invés de lhe ajudarem nesse processo só pensam em roubar eles mesmos todo a grana que foi fruto de anos e anos de roubos a bancos. Os tiras são ladrões e o ladrão de bancos é honesto (daí o título original do filme). O roteiro caminha para um estilo mais sóbrio e crível, por isso não vá esperando por espetaculares cenas de ação, nada disso. O tom aqui é de pé no chão, realismo. E nesse aspecto surge o grande mérito do filme, explorando algo que poderia mesmo acontecer na crônica policial de uma grande cidade americana. Nada de exageros ou cenas impossíveis. Penso que esse seria um caminho certo a ser seguido pelos filmes de ação daqui em diante. Afinal o público já está meio cansado de cenas espalhafatosas demais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Texas Rangers

Esse filme "Texas Rangers" lembra muito a fórmula de outro western moderno, o longa de sucesso "Jovens Demais Para Morrer". A fórmula é basicamente a mesma: junte um grupo de jovens atores e faça um filme com as regras clássicas do gênero faroeste. Interessante é que assim como acontece na já citada franquia cinematogrática "Young Guns" aqui a receita se mostra funcional, nada muito brilhante, mas que pode facilmente se transformar em um bom passatempo para quem gosta do estilo. Nesse filme em particular temos o ator James Van Der Beek liderando o elenco. Para muita gente seu nome hoje em dia nada significa, mas para quem acompanhou a série "Dawnson´s Creek" ele foi um dos atores jovens mais carismáticos de sua geração. Ele interpretava o protagonista do programa que foi um grande sucesso da televisão nos anos 90, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. Infelizmente sua carreira não deslanchou após o fim do seriado e ele nunca mais conseguiu repetir o mesmo sucesso do passado.

Porém o elenco de Texas Rangers não se resume apenas a ele. Tem vários atores muito bons trabalhando no filme, como por exemplo, Robert Patrick (de filmes como "Exterminador 2", "Arquivo X'", etc). Outro destaque é Tom Skerritt, veterano ator que poderia render muito mais, se tivesse tido a oportunidade de desenvolver melhor seu personagem. Outras presenças que chamam a atenção são as de Alfred Molina como o vilão, anos antes de se destacar mais em "Homem Aranha 2" e finalmente Ashton Kutcher fazendo mais uma caracterização com um pouco de humor, numa espécie de alívio cômico sutil para o filme. Enfim, "Texas Rangers" pode ser uma boa opção para os que gostam de filmes western. Não é um filme brilhante, mas diverte acima de tudo.

Texas Rangers - Acima da Lei (Texas Rangers, Estados Unidos, 2001) Direção: Steve Miner / Roteiro: Scott Busby baseado no livro de George Durham / Elenco: James Van Der Beek, Robert Patrick, Tom Skerritt, Alfred Molina, Ashton Kutcher, Usher Raymond, Dylan Mcdermott / Sinopse: O filme narra a formação de um novo grupo de homens para combater o crime no velho oeste. Denominados de Texas Rangers, eles formam um grupo de justiceiros a serviço da lei.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

D-Tox

Título no Brasil: D-Tox
Título Original: D-Tox
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Kris Kristofferson, Stephen Lang, Polly Walker, Robert Patrick

Sinopse
Após uma série de assassinatos sem solução, envolvendo até mesmo a morte de um policial,  um detetive do departamento de polícia, Jake Malloy (Stallone), se infiltra em um grupo para seguir os passos de um potencial suspeito.

Comentários:
Filme pouco lembrado hoje em dia dentro da filmografia do ator Sylvester Stallone. O interessante é que o filme até tem seus bons momentos. O enredo criminal se passa todo em uma cidade fria, escura e gelada do Canadá (onde as filmagens foram realizadas). O clima certo para um filme de caça a um serial killer. Além disso o diretor vinha do sucesso do suspense "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado". Parecia o nome certo para esse filme policial mais dark. Só que o público não comprou a ideia da produção e esse thriller fracassou nas bilheterias. Para Stallone foi uma péssima notícia pois ele vinha numa fase de maré baixa, de poucos sucessos comerciais. Logo ele que foi um dos campeões absolutos de bilheteria dos anos 80. Mesmo sem ter feito sucesso volto a escrever que o filme em si não é ruim, muito pelo contrário, só não teve êxito de público. A crítica por outro lado até pegou leve em se tratando de um filme com Stallone. Por fim uma curiosidade: "D-Tox" tem coadjuvantes muito bons, como o cantor e compositor country Kris Kristofferson e Robert Patrick, o inimigo cibernético de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro 2".

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cop Land - A Cidade dos Tiras

Título no Brasil: Cop Land - A Cidade dos Tiras
Título Original: Cop Land
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Mangold
Roteiro: James Mangold
Elenco: Sylvester Stallone, Robert De Niro, Harvey Keitel, Ray Liotta, Robert Patrick, Peter Berg, Janeane Garofalo
  
Sinopse:
O policial Freddy Heflin (Sylvester Stallone) se torna xerife de uma pequenina cidadezinha de New Jersey. No passado ele tentou ser policial de Nova Iorque, mas por causa de suas limitações nunca conseguiu chegar em seus objetivos. Assim ele se torna membro de uma pequena corporação, em um lugar onde moram muitos policiais que trabalham além da ponte, em Manhattan. Aos poucos e quase sem querer, Freddy começa a perceber que há algo de errado naquela comunidade de tiras. Parece haver algo ilegal acontecendo, inclusive com múltiplos assassinatos. Estaria ele pronto para enfrentar algo assim, envolvendo seus próprios colegas de farda? Filme premiado no Stockholm Film Festival na categoria de Melhor Ator (Sylvester Stallone).

Comentários:
Dentro da vasta filmografia do ator Sylvester Stallone, esse filme é certamente um dos mais diferenciados. Deixando os heróis de ação do tipo Rambo, Rocky e Cobra de lado, o astro resolveu se despir de qualquer vaidade para interpretar um policial gordo, fraco, de personalidade medíocre e assustada. Na época muito se falou justamente disso, da metamorfose pela qual passou Stallone. Palmas para ele que acabou realizando uma das melhores e mais lembradas atuações de toda a sua carreira. Ele que vinha mal nas bilheterias, colecionando fracassos comerciais inesperados, acabou dando a volta por cima da melhor forma possível, mostrando que também poderia atuar ombro a ombro com grandes mestres como Robert De Niro e Harvey Keitel. Aliás é sempre bom salientar que a maior qualidade desse filme de uma forma em geral vem do excelente elenco que o diretor James Mangold conseguiu reunir. O jovem cineasta que havia ganho a confiança do estúdio Miramax (responsável por diversos filmes cult) conseguiu de fato realizar uma excelente obra cinematográfica. Seu talento aiiás iria se confirmar ainda mais no filme seguinte, o drama psicológico "Garota, Interrompida". Além da boa direção o filme também traz um excelente roteiro que aposta bastante na crueza e na mediocridade da mente humana, muitas vezes capaz de tudo para alcançar seus objetivos criminosos. Enfim, seja você fã ou não de Sylvester Stallone, o filme é altamente recomendado. Acima da média.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Brigada 49

Depois de 11 de setembro de 2001 os bombeiros americanos, que já tinham status de salvadores e guardiões da sociedade, ganharam ainda mais credibilidade junto ao público em geral se tornando verdadeiros heróis. De fato os atos de bravura e heroísmo que todo o mundo presenciou naquela manhã no WTC consolidaram ainda mais na mente das pessoas essa imagem. Não tardaria para o cinema explorar esse filão. Um dos mais interessantes filmes feitos sobre os bombeiros americanos foi esse "Brigada 49". O foco do roteiro não se concentrava apenas nas cenas de ação, salvamentos e incêndios mas também na vida pessoal desses profissionais. Assim o argumento acaba girando em torno de dois personagens principais, o veterano capitão Mike Kennedy (John Travolta) e o bombeiro Jack Morrison (Joaquin Phoenix, como sempre atuando bem).

Como não poderia deixar de ser vários bombeiros reais se uniram aos atores para dar maior veracidade nas cenas de fogo. Uma delas causou até mesmo transtorno na cidade de Baltimore. Acontece que um dos incêndios do filme foi tão bem recriado e encenado que moradores locais chegaram ao ponto de chamar os bombeiros de verdade da cidade, que foram prontamente acionados, chegando no set de filmagens pensando tratar-se de um evento real. Travolta está como sempre em seu modo habitual. Meio sem levar muita coisa à sério, mas sem prejudicar o filme. Ele chegou a improvisar diversas cenas, criando e  usando muitos cacos, como na sequência em que bebe em um bar da cidade. Em termos de elenco o destaque vai mesmo para Joaquin Phoenix que se preparou para seu papel, passando mais de um mês fazendo treinamento de fogo com os bombeiros da décima brigada de Baltimore. Enfim, temos aqui um bom entretenimento. Para finalizar quero deixar a dica da série "Chicago Fire" que atualmente está em exibição nos EUA e no Brasil pelos canais a cabo. O mesmo universo dos bombeiros é explorado tal como vemos nesse filme. Dessa forma se o assunto lhe chama a atenção então não deixe de conferir também o seriado do canal ABC.

Brigada 49 (Ladder 49, Estados Unidos, 2004) Direção: Jay Russell / Roteiro: Lewis Colick / Elenco: John Travolta, Joaquin Phoenix, Morris Chestnut, Robert Patrick, Balthazar Getty, Jay Hernandez / Sinopse: A vida e o cotidiano de dois bombeiros da Brigada 49. Suas lutas profissionais e pessoais são mostradas nesse filme realizado em homenagem a esses profissionais que arriscam todos os dias suas vidas em benefício da sociedade.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Johnny & June

Johnny Cash (1932 - 2003) foi um artista diferente. Ele surgiu na mesma geração de grandes cantores descobertos por Sam Phillips na pequenina Sun Records em Memphis. Dessa gravadora despontou toda uma geração inovadora e revolucionária na música americana, grandes nomes como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Carl Perkins, tiveram sua primeira grande oportunidade lá. O que diferenciava Cash de todos esses outros intérpretes era o teor de suas músicas e o acentuado lirismo country que as embalava. Cash tinha um universo muito pessoal, suas canções geralmente retratavam a vida dos que estavam à margem da sociedade, como os presidiários, os pobres e os sofridos. Essa sua preferência pelo lado mais outsider da sociedade americana legou a ele um público muito fiel e devoto. A carreira de Cash também foi muito produtiva pois ele sempre estava gravando discos, fazendo shows, programas de TV e até cinema, era um verdadeiro workaholic em sua profissão. Transpor uma vida tão rica assim para um único filme não seria nada fácil. Por isso os produtores de “Johnny & June” optaram, de forma muito acertada, em focar o roteiro e o filme em cima do conturbado relacionamento de Johnny Cash com June Carter, também uma cantora que fazia parte de uma extensa linha familiar de artistas Country and Western.

O resultado do que se vê na tela é muito bom, beirando o excepcional. Joaquin Phoenix no papel principal conseguiu passar muito da personalidade de Cash. Ele tinha essa sensação de nunca se enquadrar, de nunca se sentir plenamente aceito. Phoenix inegavelmente deu muito brilho ao seu papel de Johnny Cash. Até mesmo pequenos detalhes, como maneirismos do cantor e a forma como ele segurava e tocava seu violão, o ator levou para seu trabalho no filme Já Reese Witherspoon também está muito satisfatória no papel de June Carter, muito embora ainda ache que seu Oscar de Melhor Atriz foi um pouco excessivo. Certamente ela está bem mas não a ponto de receber uma premiação tão importante. Provavelmente tenha sido premiada mais pela relevância de seu nome dentro da indústria do que pela atuação em si. Embora seja uma obra tecnicamente muito bem realizada o filme só desliza um pouco quando mostra Cash enfrentando problemas com drogas. Nesse ponto o filme perde muito de seu charme, se tornando um tanto quanto maniqueísta e forçado. Fora isso nada a reclamar. A trilha está recheada das imortais canções do homem de preto e conta ainda com cenas de shows muito bem realizadas. Após seu lançamento "Johnny & June" foi premiado com o Globo de Ouro de Melhor Filme na categoria Comédia / Musical. Um prêmio, esse sim, bem merecido.

Johnny & June (Walk the Line, Estados Unidos, 2005) Direção: James Mangold / Roteiro: Gill Dennis, James Mangold / Elenco: Joaquin Phoenix, Reese Witherspoon, Ginnifer Goodwin, Robert Patrick, Shelby Lynne, Dan Beene, Larry Bagby, Lucas Till, Ridge Canipe, Hailey Anne Nelson./ Sinopse: Cinebiografia do cantor e compositor Johnny Cash (Joaquim Phoenix) mostrando seu conturbado relacionamento amoroso com June Carter (Reese Witherspoon).

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de outubro de 2012

Facção Vermelha

O planeta vermelho continua sendo alvo das piores bombas que são lançadas. Parece que todo filme vagabundo usa Marte como cenário ultimamente. Esse Facção Vermelha é dos piores. Baseado em game a produção não consegue acertar em quase nada. O roteiro é clichê, da primeira à última cena. Um mistura vulgar de elementos que fizeram parte de Guerra Nas Estrelas e O Vingador do Futuro. Personagens ridículos interpretados por atores ineptos, tudo embalado por alguns dos diálogos mais estúpidos já escritos. Como se não bastasse tanta ruindade ainda temos que perder tempo com o enredo patético: No futuro, 25 anos após Marte de tornar independente da Terra, grupos rivais lutam pelo controle do planeta. Há os rebeldes conhecidos como Saqueadores que lutam contra a chamada “Facção Vermelha” (esquerdistas de araque) e por fim o governo estabelecido que combate todos eles. A direção de arte é horrível, fora de moda, brega, ultrapassada.

No meio da lama de tanta incompetência só um ator é mais conhecido: Robert Patrick. Para quem já fez Arquivo X e Exterminador do Futuro 2 certamente é uma vergonha participar de um projeto vagabundo como esse. O personagem principal é interpretado pelo ator Brian J. Smith, que é simplesmente 100% inexpressivo e sem talento. O resto do elenco não merece sequer menção. O vilão é um estúpido capitão com tapa olho! Um horror! Por fim cabe falar sobre os efeitos digitais. São todos fracos e mal feitos. Enfim o filme é tão ruim que não merece nem mais ser detonado, apenas ignorado. Fuja desse “Facção Vermelha” que é seguramente um dos piores filmes de ficção feitos ultimamente. Sem graça e chato só merece o ostracismo eterno, seja aqui ou seja em Marte!

Facção Vermelha (Red Faction: Origins, Estados Unidos, 2011) Direção: Michael Nankin / Danny Bilson, Paul De Meo / Elenco: Brian J. Smith, Danielle Nicolet, Kate Vernon, Robert Patrick / Sinopse: três grupos lutam pelo controle do planeta Marte após esse se tornar independente da Terra.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de julho de 2012

Protegendo o Inimigo

"Protegendo o Inimigo" é um eficiente thriller de espionagem que tenta renovar os filmes de espiões que andam tão em baixa ultimamente em Hollywood. O curioso é que o roteiro tem nuances claramente inspiradas em uma das séries mais populares atualmente nos EUA, "Homeland". Tal como acontece na TV aqui temos também agentes da CIA pouco confiáveis, com intenções nem sempre claras e toda uma rede de conspiração que liga desde os altos escalões até os níveis mais baixos da hierarquia da principal agência de inteligência norte-americana. No meio dessa situação não se sabe ao certo quem está ao seu lado e quem é o inimigo. Curioso porque ultimamente o povo americano parece ter perdido a inocência sobre essas agências do governo. A CIA, por exemplo, que sempre aparecia nas telas antigamente como pilar da liberdade e da legalidade hoje surge quase sempre envolta em neblina e obscuridade. Também tem se tornado comum vermos em seriados e filmes atos de tortura promovidos por agentes dessa agência, num claro sinal que há uma certa resignação nos métodos criminosos que supostamente são usados para retirar informações dos prisioneiros. 

Depois dos abusos cometidos nos últimos conflitos em que os EUA se envolveu o povo daquele país tem tomado consciência que a linha que separa mocinhos e criminosos está cada vez mais tênue. Em um dos diálogos mais interessante do filme um alto membro da CIA afirma que "ninguém quer saber a verdade". De fato, o filme apesar de não ir tão fundo nesse ponto (é basicamente uma fita de ação) não deixa de expor a vasta teia de interesses escusos que rondam esses setores da inteligência norte-americana. O elenco é liderado pelo sempre correto e regular Denzel Washington. Incrível como esse ator consegue sempre manter uma excelente regularidade em sua carreira, nunca participando de filmes ruins ou abaixo de um certo nível de qualidade. Ao seu lado, vivendo um jovem e inexperiente agente da CIA temos o Ryan Reynolds. Se Denzel tem uma regularidade de bons filmes em sua filmografia Ryan parece seguir o sentido contrário, estrelando péssimos filmes como "Lanterna Verde", por exemplo. Espero que melhore daqui pra frente. "Protegendo o Inimigo" é o primeiro filme de repercussão do diretor Daniel Espinosa. Pelo resultado final desse bom thriller podemos apostar algumas fichas no novato. Vamos esperar. 

Protegendo o Inimigo (Safe House, Estados Unidos, 2012) Direção: Daniel Espinosa / Roteiro: David Guggenheim / Elenco: Denzel Washington, Ryan Reynolds, Robert Patrick / Sinopse: Tobin Frost (Denzel Washington) é um ex-agente da CIA acusado de alta traição que é capturado na África do Sul e colocado sob os cuidados do novato e inexperiente agente Matt Weston (Ryan Reynolds) que fará de tudo para manter o procurado sob sua custódia. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final

James Cameron levaria longos sete anos para retornar ao universo de "Terminator". Embora o estúdio desejasse que ele fizesse uma continuação logo após o sucesso do primeiro filme, Cameron recusou de forma veemente fazer uma nova produção. E afinal o que aconteceu? Na realidade James Cameron queria voltar e desenvolver outras ideias dentro da estória do cyborg que voltava no tempo mas não queria fazer isso de qualquer maneira. A questão não era financeira mas sim técnica. Na visão de Cameron não havia ainda tecnologia de efeitos especiais existentes na época para ele realizar o filme que tanto queria. De fato nem mesmo o primeiro filme lhe deixou satisfeito. Cameron tinha muitas ideias novas para a franquia mas simplesmente não havia como levá-las para às telas naquela ocasião. A resposta só surgiu anos depois com o avanço do uso de efeitos digitais para o cinema. Cameron tinha aquela ideia básica de trazer novos tipos de exterminadores, inclusive um de um material inexistente no passado que lhe permitia assumir várias formas. Fazer esse tipo de personagem fora do universo digital era impensável.

Além dos efeitos revolucionários outro problema rondava a volta do Exterminador. Nos sete anos que separaram o primeiro do segundo filme o ator Arnold Schwarzenegger havia se tornado um astro de primeira grandeza! Com um sucesso de bilheteria atrás do outro seu cachê subiu a um patamar impensável para o estúdio - que também não aceitava abrir mão de sua presença em um segundo filme. Depois de tantos problemas superados finalmente "Terminator 2" começou a tomar forma. As filmagens foram complicadas e a pós produção foi ainda mais tensa. James Cameron, perfeccionista ao extremo, não aceitava nada menos do que a perfeição técnica para o filme. O resultado se viu depois quando o filme finalmente estreou. Com efeitos computadorizados revolucionários e incríveis "Termnator 2" se tornou um mega sucesso de bilheteria - um filme que rompeu vários recordes de arrecadação! De fato a produção se tornou o auge das carreiras de Schwarzenneger e Cameron. O único que parece não ter aproveitado do sucesso do filme foi o jovem Edward Furlong, que interpretava o jovem John Connor. Transformado em ídolo da noite para o dia não soube lidar com a fama afundando sua carreira em drogas e escândalos pessoais depois. Para Cameron "Terminator 2" era o filme definitivo que queria fazer sobre aquele universo. De fato o filme que marcou o auge da franquia também foi seu último pois ele não mais dirigiria nada mais nessa série. Para ele o filme era o ápice e também o final definitivo desse cativante conto de ficção.

O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final (Terminator 2: Judgment Day, Estados Unidos, 1991) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, William Wisher Jr / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick / Sinopse: Novos exterminadores são enviados novamente ao passado para tentar liquidar na adolescência o jovem John Connor (Edward Furlong) que no futuro se tornará o líder da resistência humana contra o domínio das máquinas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Os Homens Que Encaravam Cabras

Título no Brasil: Os Homens Que Encaravam Cabras
Título Original: The Men Who Stare at Goats
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Grant Heslov
Roteiro: Peter Straughan, baseado no livro de Jon Ronson
Elenco: George Clooney, Ewan McGregor, Kevin Spacey, Jeff Bridges, Stephen Lang, J. K. Simmons, Robert Patrick
 
Sinopse:
Um jornalista (Ewan McGregor) vai até o Iraque e lá acaba descobrindo a existência de uma estranha unidade do exército americano especializada em promover experiências ultra sensoriais, esotéricas e até de parapsicologia. Os membros dessa unidade são levemente malucos, alguns chegados numa droga pesada e fora de órbita. A descoberta que uma companhia do exército americano realiza estranhas experiências como essas durante a ocupação do Iraque acaba servindo de base para o jornalista escrever um livro relatando tudo o que viu naquele bizarro lugar. Filme vencedor do Empire Awards na categoria de Melhor Comédia.

Comentários:
Esse estranho enredo que dizem ser levemente inspirado em fatos reais é bem fora do comum. Quase impossível de acreditar que tenha alguma base na realidade. Obviamente que o roteiro procura mostrar tudo de forma muito bem humorada, sem se levar à sério em nenhum momento. Narrado em primeira pessoa pelo jornalista interpretado por Ewan McGregor, vamos acompanhando em vários flashbacks a formação desse grupo extremamente bizarro e as consequências da existência deles nos planos de segurança do governo americano. Algumas coisas me chamaram atenção nesse "Os Homens Que Encaravam Cabras". A primeira delas é o ótimo entrosamento de todo o elenco. Eles estão em sintonia completa com o roteiro nonsense do filme. Embora o foco seja bem centrada em George Clooney, quem acaba no final das contas roubando o filme é o personagem de Jeff Bridges chamado Bill Django. De certa forma é uma repetição da personalidade que ele mostrou em "O Grande Lebowski". Aquele tipo New Age que era muito comum nos anos psicodélicos da década de 60. O curioso é saber que o governo americano acabou financiando as ideias malucas desse sujeito (pelo menos no filme). O diretor Grant Heslov não tem muita experiência no cinema. Antes só havia dirigido séries e curtas, mas como caiu nas graças do amigo George Clooney foi escalado para dirigir o filme. Seu grande mérito aqui é não atrapalhar o trabalho dos atores que parecem se divertir muito em cena, pois o elenco se mostra completamente à vontade. Outro aspecto a se elogiar é que ele criou um filme rápido, simples e nada pretensioso, o que contribui muito para que o clima de bom humor e diversão se concretizasse de forma perfeita. Enfim, "Os Homens Que Encaravam Cabras" é muito divertido e cai muito bem para quem quiser encarar uma sessão de cinema para melhorar o seu próprio humor.

Pablo Aluísio.