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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

A Última Chance

O ator Aaron Eckhart quase sempre foi coadjuvante nos filmes em que trabalhou. É aquele tipo de ator que você conhece, mas que não sabe exatamente seu nome ou não se lembra. Aqui temos um caso raro em sua carreira onde interpreta o papel principal. Seu personagem é um policial. Um patrulheiro de bairro. Ele caiu em desgraça na carreira policial depois de se envolver na morte de uma criança. Foi por acidente, mas obviamente afundou sua perspectiva de melhorar dentro do departamento de polícia. Assim passa os dias em um bairro, conversando com os garotos das redondezas. Nada muito importante. As coisas mudam quando ocorre um grande assalto na cidade. A filha do chefe do departamento de polícia é feita refém. E os criminosos correm em direção justamente para a região onde ele atua. Assim, ele resolve finalmente aproveitar sua última chance de demonstrar seu valor. 

Ele quer salvar a garota a todo custo. Mesmo sem ordem superior. Parece ser interessante, mas esse filme é bem ruim. O roteiro é bem fraco. Nada muito sofisticado ou original. Essa história tem mais clichês do que eu poderia contar aqui nesse texto. Certamente foi um dos roteiros mais cheios de clichês que eu assisti dos últimos anos. Muito sem originalidade, sem imaginação. A velha releitura do policial que quer fazer justiça pelas próprias mãos. Deixa o distintivo de lado e vira um justiceiro. No final das contas, a conclusão que cheguei foi simples. É melhor ser ator coadjuvante em bons filmes do que ser o ator principal em filmes ruins!

A Última Chance (Line of Duty, Estados Unidos, 2019) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Jeremy Drysdale / Elenco: Aaron Eckhart, Courtney Eaton, Ben McKenzie / Sinopse: Um patrulheiro de rua tenta resolver o caso de um sequestro por conta própria. Ele quer se redimir de seu passado dentro da polícia. Em sua visão, aquela seria a sua chance de mostrar realmente seu valor como policial.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de março de 2020

Midway - Batalha em Alto-Mar

Fazer um filme sobre a batalha naval de Midway, durante a II Guerra Mundial, nunca foi uma tarefa fácil.  Os eventos são tão grandiosos que sempre demandaram uma produção milionária. Mesmo diretores clássicos como John Ford, sofreram para colocar tudo isso nas telas de cinema. Agora temos essa nova tentativa. Quando assisti a esse filme me veio o pensamento de que esse era o filme certo, porém nas mãos do diretor errado. Roland Emmerich é uma espécie de discípulo de Michael Bay. Ele sabe muito bem como explodir e destruir coisas, mas em termos de desenvolvimento de personagens... não sobra quase nada!

E isso é justamente o que acontece nesse filme. As cenas de ataques aéreos, navios enormes explodindo e afundando, etc, são extremamente bem realizadas. Tudo perfeitamente bem conduzido. Porém quando chega no momento de desenvolver um pouquinho mais os personagens (que foram figuras históricas importantes), a coisa simplesmente não avança, não vai para frente. Tudo parece apressado, feito sem capricho, sem cuidado. Por isso digo e repito que a ausência de um diretor melhor nesses detalhes de certo modo afundou as pretensões desse Midway em ser um filme de guerra memorável, daqueles que deixam saudades e marcam a história do cinema.

O filme custou 100 milhões de dólares e decepcionou nas bilheterias. Em tempos de Transformers, robôs gigantes, o mundo real de uma guerra mundial pode soar sem graça para esses jovens de hoje. Uma pena. Mesmo com tantos problemas o filme ainda merecia um destino melhor, até mesmo para incentivar os produtores a investirem mais em filmes de guerra como esse. E foi justamente nesse ponto de agradar comercialmente, em dar um ritmo ágil demais ao filme, que acabou lhe estragando em termos artísticos. Não era necessário tanto. O roteiro tem muitos personagens, muitos eventos históricos a retratar, mas faltou tempo e capricho na realização. Fico imaginando esse filme nas mãos de Steven Spielberg. Certamente o filme iria ter mais de 3 horas de duração, mas provavelmente também seria um clássico moderno de cinema. Com  Roland Emmerich isso não aconteceria. Ele é um expert em cinema fast food e nada mais.

Midway - Batalha em Alto-Mar (Midway, Estados Unidos, 2019) Direção: Roland Emmerich / Roteiro: Wes Tooke / Elenco: Ed Skrein, Patrick Wilson, Woody Harrelson, Dennis Quaid, Aaron Eckhart, Luke Evans, Mandy Moore / Sinopse: Depois do ataque do Japão imperial ao porto de Pearl Harbor, onde vários navios da marinha americana foram afundados, um grupo de comandantes recebe a missão de enfrentar e destruir a poderosa frota japonesa no Pacífico. Filme baseado em fatos históricos reais.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de setembro de 2019

Invasão a Londres

Todos os principais líderes do mundo livre se reúnem em Londres para o funeral do primeiro-ministro britânico. Obviamente isso seria um prato cheio para terroristas, o momento ideal para matar vários deles em um só lugar, ao mesmo tempo. O filme assim se desenvolve nessa linha. Terroristas por todos os lados, dominando Londres, enquanto apenas um agente, Mike Banning (Gerard Butler), tenta manter o presidente dos Estados Unidos vivo. Esse é interpretado pelo ator Aaron Eckhart. O filme é bem produzido (a produção inclusive ficou a cargo do próprio Gerard Butler) e tem realmente cenas de ação muito bem feitas.

O problema é que o roteiro é vazio demais. Não que um filme como esse, de pura ação, precisasse ter um roteiro complexo demais, nada disso, porém criar uma estória minimamente bem bolada seria o mínimo a se esperar. Assim sobram bombas e tiros e falta lógica em tudo o que acontece. O grande ator do elenco é Morgan Freeman, mas ele tem pouco a fazer em cena. Ele interpreta o vice-presidente dos Estados Unidos, que fica na torcida para que tudo dê certo. Seu papel consegue ser mais raso do que o próprio filme em si e isso é definitivamente uma péssima notícia. Enfim, "Invasão a Londres" seria muito melhor nas mãos de roteiristas mais talentosos. Do jeito que ficou faltou suspense, veracidade e um enredo melhor.

Invasão a Londres (London Has Fallen, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Millennium Films / Direção: Babak Najafi / Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin BenediktElenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Michael Wildman, Alon Aboutboul, Waleed Zuaiter / Sinopse: Durante o funeral do primeiro-ministro da Inglaterra uma série de atentados terroristas começam a acontecer em Londres, colocando em risco a segurança dos principais líderes mundiais.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de agosto de 2019

O Pagamento

Título no Brasil: O Pagamento
Título Original: Paycheck
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Woo
Roteiro: Dean Georgaris
Elenco: Ben Affleck, Aaron Eckhart, Uma Thurman, Paul Giamatti, Michael C. Hall, Kathryn Morris

Sinopse:
Baseado em um conto escrito por Philip K. Dick, o filme "Paycheck" conta a história de um programador de tecnologia que é contratado para invadir os sistemas de empresas concorrentes. Para encobrir o crime sua memória é apagada após o processo, só que ele começa a ter flashs desses momentos, causando uma verdadeira caçada humana.

Comentários:
Existem filmes que você assiste, mas que depois de alguns anos esquece que assistiu. É o meu caso nesse "O Pagamento". Segundo meus apontamentos o assisti no cinema em abril de 2004. Tudo bem, informação segura, só que me recordo muito pouco dessa produção high-tech que procurava faturar em cima da febre da era da informática. Claro, alguns nomes são sintomáticos por aqui. O primeiro é a do diretor John Woo, especialista em cenas de ação. O segundo é de Philip K. Dick, o visionário escritor de ficção que criou o mundo de "Blade Runner". Obviamente que essa produção passa longe do clássico cult movie dos anos 80, mas que pelo sim, pelo não, merece ser conferida pelo menos uma vez, mesmo que anos depois você esqueça de tudo, tal como o perssonagem interpretado pelo ator (de uma só expressão) Ben Affleck! Por fim um aviso aos que primam pela literatura de Dick. Aqui apenas a ideia original foi aproveitada. O conceito ainda está lá, mesmo que soterrado por clichês de Hollywood, por isso nem tente comparar o filme ao conto que lhe deu origem. São literalmente dois universos que não se encontram.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Possessão

É a história de uma pesquisadora, Maud Bailey (Gwyneth Paltrow), que está estudando a vida de um antigo poeta, Christabel La Motte. Durante suas pesquisas ela acaba conhecendo outro pesquisador de literatura antiga, Roland Michell (Aaron Eckhart). Juntos eles descobrem uma série de cartas escritas em um passado distante, abrindo uma ponte entre o século XVIII e os tempos atuais. A ligação entre o casal assim se torna cada vez mais forte e impossível de controlar.

Que fim levou a carreira da atriz Gwyneth Paltrow? Nos anos 90 ele estrelou um sucesso atrás do outro, mas a partir da virada do século começou a ser figura cada vez menos presente nos cinemas. De cabeça só me lembro dela fazendo papéis coadjuvantes em filmes de super-heróis! Uma pena, a loira com personalidade fria tinha talento, a ponto de segurar um filme sozinha como esse.

Possessão (Possession, Estados Unidos, Inglaterra, 2002) Direção: Neil LaBute / Roteiro: David Henry Hwang, baseado no romance escrito por  A.S. Byatt / Elenco: Gwyneth Paltrow, Aaron Eckhart, Jeremy Northam / Sinopse: Pesquisadora acaba conhecendo outro estudioso de livros e poemas antigos e acaba abrindo ao seu lado um portal ligando o passado ao presente.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Dominação

Título no Brasil: Dominação
Título Original: Incarnate
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Brad Peyton
Roteiro: Ronnie Christensen
Elenco: Aaron Eckhart, Carice van Houten, Catalina Sandino Moreno
  
Sinopse:
Dr. Ember (Aaron Eckhart) trabalha com exorcismos de pessoas possuídas pelo demônio. Só que ele não é um exorcista comum. Procurando expulsar essas entidades apenas com a ciência, ele não quer saber do lado religioso de sua função. No fundo ele nem acredita em deuses ou demônios. Quando um garotinho é possuído por um membro das fileiras de Satã, uma representante da Igreja Católica resolve contratar Ember para expulsar o diabo do corpo da criança. O que Ember não sabe é que o tal espírito demoníaco é um velho conhecido seu! 

Comentários:
"Incarnate" é uma enorme bobagem! Não tem outra definição. No filme os padres e os membros da Igreja Católica precisam contratar os serviços de um exorcista freelancer para fazer o que seria basicamente o trabalho deles! E o protagonista Dr. Ember é um sujeito mal encarado, cadeirante e com traumas, que literalmente entra na mente das pessoas possuídas para sair na porrada com os demônios que encontra pela frente! Nada é sutil, nada é bem trabalhado no roteiro, não existe lugar para o místico, para o suspense, tudo é feito assim, na base da pancadaria. Os dias de "O Exorcista" realmente ficaram para trás... O curioso é que o Dr. Ember perdeu mulher e filho em um acidente de carro causado justamente pelo demônio que agora reencontra, dominando a mente e a alma de uma criança. Usando de métodos científicos fora do comum (como as tais experiência de quase morte) ele consegue entrar na mente dos possuídos e uma vez lá dentro parte para a briga! Sinceramente, que bobagem sem tamanho. Quer dizer que para combater o diabo o exorcista tem que usar de ainda mais ódio e ira? Não me parece ser uma boa fórmula para expulsar a diabada, sinceramente. Aaron Eckhart é um ator bacana, mas nem ele resiste a tamanha bobagem! No saldo geral é realmente um dos filmes de terror mais decepcionantes do ano! O incrível é saber que esse filme encontrou espaço no circuito comercial de cinemas no Brasil, enquanto outros filmes, bem mais interessantes e bem feitos, jamais serão lançados nos cinemas brasileiros. Tem algo muito errado aí...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sully: O Herói do Rio Hudson

Esse filme deveria ter estreado no fim de semana passado, porém o desastre aéreo que vitimou os atletas do Chapecoense fez com que a distribuidora resolvesse adiar por uma semana sua estreia nas telas de cinema do Brasil. Para o estúdio seria muita falta de sensibilidade colocar um filme sobre uma queda de avião depois daquela tragédia da vida real. Pois bem, agora finalmente os brasileiros poderão conferir essa produção. A má notícia é que embora conte uma história interessante o filme não é grande coisa, infelizmente. O problema básico aqui é a estrutura do roteiro. Para quem não sabe do que se trata, o filme conta a história real de um voo que partindo de Nova Iorque acabou sendo atingido por aves que vinham em direção contrária ao avião. As turbinas explodiram e o piloto (o Sully do título) precisou fazer uma manobra arriscada, pousando o grande avião nas águas geladas do Rio Hudson. Uma boa estrutura de roteiro seria contar isso de forma cronológica. Não é o que acontece. Assim que o filme começa já encontramos o comandante Sully (Tom Hanks) se recuperando da queda. Ele é considerado um herói pela imprensa, porém um comitê de aviação é formado para investigar o que aconteceu.

O roteiro assim se desenvolve em cima das reuniões desse comitê, com Sully tentando se defender das acusações de que ele tinha condições de procurar por uma pista de pouso de um aeroporto próximo, ao invés de levar o avião para o meio do rio. Todos os aspectos mais interessantes da história vão surgindo apenas em flashbacks que mostram o passado e nisso o roteiro se perde. Não há clímax na verdade. O acidente é mostrado na segunda parte do filme, o que faz com que sua parte final seja destituída de carga dramática. Tom Hanks é um ótimo ator. Ele é aquele tipo de presença que faz valer o filme. O problema é que o comandante Sully é um protagonista sem carisma. Veterano, com cabelos grisalhos, ele parece ser uma pessoa austera, dura, séria, de poucas palavras. Até no momento do acidente ele parece demonstrar pouco calor humano. Hanks assim vê sua capacidade de cativar o público perder parte de seu potencial. Essa austeridade parece ter sido seguido à risca pelo diretor Clint Eastwood que também criou uma obra seca demais. Em suma, é um filme que não cativa e nem emociona. Conta apenas sua história de forma eficiente.

Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully, Estados Unidos, 2016) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Todd Komarnicki, baseado no livro "Highest Duty", escrito por Chesley 'Sully' Sullenberger / Elenco: Tom Hanks, Aaron Eckhart, Laura Linney / Sinopse: O filme conta a história da queda de um avião nas águas do Rio Hudson. O comandante Sully (Hanks) precisou fazer uma manobra única para evitar a morte dos 155 passageiros. Filme premiado no Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Ator (Tom Hanks).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Invasão a Londres

Título no Brasil: Invasão a Londres
Título Original: London Has Fallen
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Babak Najafi
Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt
Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Michael Wildman, Alon Aboutboul, Waleed Zuaiter

Sinopse:
Com a morte do Primeiro Ministro inglês todos os líderes mundiais se reúnem na capital britânica para o seu funeral. O que ninguém poderia esperar acaba acontecendo. Em pouco tempo acontece o maior ataque terrorista da história, com vários atentados ocorrendo em diversas partes da cidade. Agora, caberá ao agente especial Mike Banning (Gerard Butler) salvar a vida do presidente dos Estados Unidos Benjamin Asher (Aaron Eckhart) que passa a ser literalmente caçado pelas ruas de Londres.

Comentários:
Filme de ação produzido pelo próprio ator Gerard Butler. É a tal coisa, tudo bem querer produzir um filme de pura ação, sem muito roteiro ou conteúdo. Na década de 80 tivemos o auge desse tipo de filme. O problema é quando o resultado é tão boboca e estúpido que chega ao ponto de ofender a inteligência do espectador. Fico imaginando a cara de pau desses roteiristas. Não há sequer um aspecto desse roteiro que seja minimamente verossímil. Nada é desenvolvido, tudo é jogado na tela sem mais nem menos. Nenhum personagem parece ser real, mas sim caracteres de vídeo game. Tudo é tão absurdo que logo se torna uma piada involuntária. Imagine praticamente todos os membros dos serviços de segurança da Inglaterra se tornando terroristas da noite para o dia. Os policiais e agentes de segurança abrindo fogo contra os líderes mundiais que deveriam proteger! E tudo isso assim, sem maiores explicações. Eu já assisti muito filme de ação descerebrado em minha vida, mas como esse estou pra ver! Nem Michael Bay em seus piores delírios cinematográficos de pura estupidez pensaria em dirigir algo desse tipo. Outra coisa que incomoda e já falei isso mais de uma vez é a visão extremamente ufanista e babaca que os americanos enxergam seus próprios presidentes. O ator Aaron Eckhart interpreta um presidente super heroico, atlético, honrado, virtuoso, destemido, que chega a passar tédio de tão idiotizado que é. Os americanos definitivamente são muito infantiloides nesse aspecto. O filme é tão sumário e básico que até mesmo um grande ator como Morgan Freeman sai arranhado de uma bobagem sem tamanho como essa. Ele interpreta o vice-presidente que torce para que o presidente saia vivo das ruas de Londres, agora transformada em campo de batalha dos terroristas. Cheguei a sentir pena de Freeman atuando em um abacaxi como esse. Enfim, não adianta listar erros e mais erros dessa fita de ação ruim, pois ficaria horas aqui escrevendo. Tudo o que tenho a dizer é simples: "London Has Fallen" é realmente tão ruim que vai ofender seu bom senso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O Núcleo - Missão ao Centro da Terra

Título no Brasil: O Núcleo - Missão ao Centro da Terra
Título Original: The Core
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jon Amiel
Roteiro: Cooper Layne, John Rogers
Elenco: Aaron Eckhart, Hilary Swank, Delroy Lindo
  
Sinopse:
Por causas desconhecidas da ciência o núcleo do planeta Terra deixa de girar. Isso causa um grande problema para todo o mundo, pássaros não sabem mais como se localizar no espaço, marcapassos e aparelhos eletrônicos param de funcionar e o pior de tudo: com o fim de seu eixo gravitacional e magnético a camada de ozônio passa a desaparecer de forma rápida. Para evitar o desastre completo uma equipe é enviada em uma nave especialmente adaptada para o centro da Terra, para assim tentar descobrir o que de fato estaria acontecendo.

Comentários:
Boa ficção que não teve o sucesso merecido. Acontece que o filme foi lançado logo após o desastre com a nave Columbia, onde vários astronautas morreram e isso causou um certo mal estar no público americano, que acabou deixando os cinemas vazios. Com isso a bilheteria foi ruim e não conseguiu recuperar o orçamento investido. Uma pena já que a produção tem seu charme, principalmente por optar por algo diferente. A nave usada pela equipe que vai para o centro da Terra se chama Virgin e é bem interessante, praticamente uma broca gigante que começa uma missão única e diferente. Os efeitos especiais são muito bons, porém o grande atrativo desse sci-fi é o elenco (formado por oscarizados como Hilary Swank) e os personagens principais, pessoas de certa forma comuns que precisam lidar com uma situação extremamente importante para o planeta. De certa maneira o roteiro busca inspiração nos livros de Júlio Verne, em especial a obra prima "Viagem ao centro da terra" de 1864, o que torna tudo ainda mais saboroso. Não deixe de conferir.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2016

Reencontrando a Felicidade

Título no Brasil: Reencontrando a Felicidade
Título Original: Rabbit Hole
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Olympus Pictures, Blossom Films
Direção: John Cameron Mitchell
Roteiro: David Lindsay-Abaire
Elenco: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest

Sinopse:
A vida de um jovem casal desmorona após a morte do filho, vítima de um carro em uma estrada perto de sua casa. A partir desse trágico acontecimento sua mãe, Becca (Nicole Kidman), entra em profunda depressão, destruindo aos poucos todos os aspectos de sua vida pessoal. Seu único consolo parece vir de um relacionamento não definido com um rapaz que parece possuir uma ligação direta com os nefastos acontecimentos do passado. Filme indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman).

Comentários:
Nicole Kidman vinha em baixa na carreira, acumulando fracassos de bilheteria e de público quando lhe caiu em mãos o roteiro desse drama. É de fato uma história muito triste mostrando uma mãe tentando encontrar algum sentido em sua vida após a morte do pequeno filho. Não é um filme indicado para pessoas que sofram de depressão ou que possuam uma personalidade mais melancólica já que nem a roteirista e nem o diretor optaram por contar uma trama de redenção ou final feliz. Na verdade a personagem de Kidman mergulha no que há de mais obscuro da alma humana para tentar entender as armadilhas do destino. O grande triunfo para Nicole Kidman veio do fato de sua atuação ter sido considerada uma das mais inspiradas do ano, a ponto inclusive dela ser indicada para os três principais prêmios da indústria cinematográfica. A própria atriz, sendo mãe, afirmou que tentou mergulhar nesse sentimento terrível de perda de seu próprio filho, numa imersão completa dentro do papel que desempenhava. Um trabalho maravilhoso que mereceu todo o reconhecimento possível. "Rabbit Hole" é sem dúvida um dos melhores dramas dos últimos anos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Obrigado por Fumar

Título no Brasil: Obrigado por Fumar
Título Original: Thank You for Smoking
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Christopher Buckley
Elenco: Aaron Eckhart, J.K. Simmons, William H. Macy, Robert Duvall, Katie Holmes, Sam Elliott, Rob Lowe, Adam Brody
  
Sinopse:
Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um lobista da indústria do tabaco que não está nem um pouco preocupado com as milhões de mortes causadas pelo fumo todos os anos. Tudo o que interessa a ele é defender o lobby da extremamente bem sucedida máquina industrial do cigarro americano. Para isso ele ignora quaisquer aspectos morais ou éticos daquilo que defende. Sua vida porém vira de cabeça para baixo quando resolve se envolver com a jornalista Heather Holloway (Katie Holmes), que também não está nem aí para valores éticos ou morais, só se envolvendo com ele para descobrir os mais obscuros segredos da indústria no qual trabalha. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Aaron Eckhart).

Comentários:
Excelente comédia de humor negro que havia até agora me passado em branco. Lançado há mais de dez anos ainda não havia assistido. Uma pena. É realmente uma pequena obra prima do gênero. O protagonista (interpretado com maestria pelo ator Aaron Eckhart) é um escroque que defende como lobista a indústria do tabaco. Em torno dele giram os tipos mais incomuns e interessantes. Além da jornalista mau caráter que o leva para a cama apenas para descobrir os podres da indústria de cigarro (papel que coube à gracinha Katie Holmes) ainda há o magnata da indústria do fumo interpretado pelo veterano Robert Duvall, que ironicamente está morrendo de câncer no pulmão. Mesmo assim não larga a mão de ser um verdadeiro canalha cínico e sem sentimentos. Há ainda o executivo estressado (J.K. Simmons, em seu tipo habitual), o senador hipócrita que defende a proibição do comércio de cigarros (William H. Macy, novamente ótimo) e até mesmo o primeiro cowboy, conhecido como o "Homem de Marlboro" (Sam Elliott), que ameaça a indústria, se colocando à disposição de revelar certos segredos para a imprensa. Todos os personagens carregam uma característica em comum: são verdadeiros patifes em busca de um pouco do naco da fortuna gerada pela milionária comercialização de cigarros nos Estados Unidos. Tudo porém é levado em ritmo de humor negro, bem sofisticado, daqueles que fazem você sorrir com uma certa dose de culpa por dentro. Por fim para os cinéfilos um aspecto curioso do roteiro: o lobista Nick sugere ao magnata do tabaco que ele suborne um importante produtor de cinema (vivido por Rob Lowe) para que ele coloque os astros fumando novamente nas telas - algo que era bem comum na era de ouro do cinema americano, durante sua fase clássica. Tudo para que os jovens passem a pensar que fumar seria algo positivo, charmoso, até mesmo glamoroso. Aconteceu no passado e poderia acontecer agora. Realmente não há limites para essa gente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Frankenstein - Entre Anjos e Demônios

Título no Brasil: Frankenstein - Entre Anjos e Demônios
Título Original: I, Frankenstein
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Hopscotch Features, Lakeshore Entertainment
Direção: Stuart Beattie
Roteiro: Stuart Beattie, Kevin Grevioux
Elenco: Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto

Sinopse:
Após a morte do Dr. Frankenstein, a criatura resolve enterrar o seu criador, mas no momento em que está fazendo isso é atacado por um grupo de demônios que desejam lhe capturar para levar ao seu mestre que reina nas profundezas infernais. Para salvar desse ataque surge no horizonte um outro grupo de seres alados, anjos celestiais, que habitam uma milenar igreja católica nas redondezas. Eles o levam até lá e explicam ao monstro que há uma guerra que dura milênios entre anjos de Deus e anjos decaídos, que foram expulsos do céu após uma rebelião contra a vontade divina.

Comentários:
Uma decepção essa nova aparição da criatura do Dr. Frankenstein nas telas. O roteiro tentou algo bem diferente. Ao invés de novamente adaptar o enredo clássico do livro original de Mary Shelley, partiu-se para uma adaptação de uma graphic novel que misturou a estória do monstro com a mitologia de anjos e demônios, como o próprio título nacional sugere. Assim bem no meio da guerra entre anjos caídos e arcanjos celestiais entra a criatura feita de restos humanos que novamente ganhou vida graças ao Dr. Frankenstein. A ideia não funciona. Os anjos quando atacam se transformam em Gárgulas e os demônios - um bando de sujeitos com caras de malfeitores, usando blusões negros - ao morrerem viram fagulhas de fogo! A premissa me lembrou bastante a franquia "Anjos da Noite". Se lá tínhamos uma guerra entre vampiros e lobisomens, aqui temos o eterno combate entre seres celestiais do mal e do bem. Infelizmente apesar de gostar dessa mitologia religiosa, nada, mas nada mesmo, parece funcionar. A criatura não tem dois metros de altura e nem a imagem clássica dos antigos filmes mas apenas a de uma pessoa comum, com cicatrizes atravessando o rosto, e pelo que se supõe, um corpo imortal que atravessa os séculos. No geral o diretor Stuart Beattie, roteirista da franquia "Piratas do Caribe", tentou fazer algo mais pipoca com o famoso monstro. Uma Modernização. Não deu muito certo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Invasão à Casa Branca

Um grupo de terroristas da Coréia do Norte consegue romper o rígido sistema de segurança da Casa Branca e domina o local, fazendo todos reféns. O objetivo é chegar até o próprio presidente dos Estados Unidos. Achou fantasioso demais? Pois é, os produtores aproveitaram o assunto do momento com as rotineiras ameaças nucleares do regime brutal dos norte-coreanos para faturar uma boa bilheteria. É óbvio que a primeira reação ao ler essa sinopse é achar tudo muito absurdo e fora da realidade. Bom, depois de 11 de setembro eu ainda tenho certas reservas sobre esse ponto de vista. Ao invés de condenar completamente o filme por causa de seu obtuso argumento o melhor a fazer mesmo é aproveitar a ação desenfreada e o clima de blockbuster pipoca elevado à nona potência. Claro que todos os personagens são caricatos e estereotipados, óbvio que o patriotismo sem freios surge a cada cena, mas mesmo assim se o espectador relevar tudo isso pode até mesmo vir a se divertir. É o típico filme de shopping center – vazio, barulhento e nada memorável. Cinema fast food.

Causa admiração a direção ser do competente Antoine Fuqua. O diretor negro que já dirigiu ótimos filmes policiais como “Dia de Treinamento” e até mesmo o mais recente “Atraídos pelo Crime” surpreende ao surgir com uma produção tipicamente de ação, com roteiro mínimo e atuações em segundo plano. O elenco até que é bom, com as presenças dignas de Morgan Freeman e Aaron Eckhart, esse último como o presidente americano. O problema é que eles realmente não têm muito o que fazer uma vez que no fundo o filme é apenas uma sucessão de cenas exageradas de ação que bebe de muitas fontes, inclusive “Duro de Matar” (uma referencia óbvia) e “Na Linha do Fogo” (tal como o personagem de Clint Eastwood aqui temos também um ex-agente de segurança com um passado manchado a esquecer). Já Gerard Butler deixa de lado as comédias românticas que vinha se envolvendo para interpretar um agente durão, com ares do personagem de Bruce Willis em Die Hard. Enfim, não é algo que você vá assistir pensando em arte ou algo assim. Está mais para um passatempo ligeiro que você encara enquanto sua esposa está fazendo compras no mesmo shopping onde o filme está sendo exibido. Descartável e nada marcante.

Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen, Estados Unidos, 2013) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt / Elenco:  Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman / Sinopse: Um grupo de terroristas da Coréia do Norte consegue romper o rígido sistema de segurança da Casa Branca e domina o local, fazendo todos reféns. Eles querem colocar as mãos no próprio presidente dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Dália Negra

Sou da opinião que esse filme tinha tudo para dar certo. Até porque mexe com a história real de um dos casos de morte mais infames da história de Hollywood. Para quem não conhece o caso da Dália Negra ficou muito conhecido na época. Esse era o nome usado por Elizabeth Short, uma aspirante à atriz em Hollywood que foi encontrada assassinada de forma brutal numa manhã de 1947, numa rua de Los Angeles. Ela tinha sido esquartejada e seus membros estavam separados. O tronco ao lado de suas pernas No rosto o toque maquiavélico do assassino: ele rasgou a boca da vítima dando-lhe uma expressão parecida com a do Coringa do famoso personagem dos quadrinhos. A opinião pública, como não era de se espantar, ficou completamente chocada e exigiu a prisão do assassino mas os anos se passaram e até hoje o homicídio se encontra em aberto no Departamento de Polícia, sem que se tenha chegado à solução do caso. Assim como aconteceu com Jack o Estripador, o caso ficou sem desfecho e o assassino jamais foi encontrado. A morte horrenda porém entrou na cultura pop e deu origem a vários livros, teorias da conspiração e documentários.

Um dos livros mais interessante sobre a morte de Elizabeth Short foi escrito pelo autor James Elroy. Foi justamente essa a base desse filme dirigido pelo mestre Brian De Palma. O simples fato dessa história terrível ser enfocada com as lentes desse diretor já era motivo para comemoração, uma vez que De Palma legou ao cinema contemporâneo alguns dos melhores filmes de suspense dos últimos anos. Infelizmente o tão talentoso cineasta de outrora parece passar por uma crise criativa. Assim as boas expectativas logo se tornaram mais uma decepção. “Dália Negra” por Brian De Palma ficou pelo meio do caminho. O filme é estilizado demais e logo se torna muito falso, apostando em um realismo fantástico que simplesmente não funciona. O roteiro também é muito confuso, misturando fatos reais com imaginação, causando no final cansaço no espectador. Analisando bem esse “Dália Negra” cheguei na conclusão que De Palma errou em tentar responder a pergunta sobre quem teria sido o assassino da atriz. Se tivesse optado por contar apenas os fatos históricos como aconteceram na realidade o resultado teria sido fantástico. Ao invés disso escolheu adotar uma das teorias que rondam essa morte, mas tudo realizado sob uma ótica sensacionalista e infeliz que joga os poucos méritos do filme no chão. O desfecho então nem se fala, completamente sem noção e obtuso. Tive a oportunidade de assistir no cinema, só para se ter uma idéia de como minhas expectativas estavam altas, mas no final tudo se transformou em um enorme desapontamento. O filme, como não poderia deixar de ser, fracassou nas bilheterias. É uma pena pois provavelmente não veremos mais, pelo menos por algum tempo, alguma produção melhor enfocando essa história, uma das mais sinistras e sombrias da história de Hollywood.

Dália Negra (The Black Dahlia, Estados Unidos, 2006) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Josh Friedman / Elenco: Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Hilary Swank, Aaron Eckhart, Mia Kirshner, William Finley, John Kavanagh / Sinopse: Elizabeth Short, uma aspirante à atriz em Hollywood é brutalmente assassinada em Los Angeles. Seu corpo é encontrado com sinais de tortura e sadismo incomparáveis. Agora o departamento de polícia da cidade terá que se empenhar para solucionar essa morte horrenda.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de setembro de 2012

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

O planeta terra é invadido por uma misteriosa civilização de alienígenas. Para combater a invasão tropas militares norte-americanas vão a campo enfrentar o inimigo. Lida assim a sinopse parece que estamos falando de "Independence Day" não é mesmo? Apenas parece pois aqui o filme é outro, "Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles". Alguma novidade? Praticamente nenhuma. O filme tem todos os clichês possíveis e imagináveis que você possa lembrar. Só para citar exemplos lá estão o sargento durão, prestes a se aposentar, o tenente hesitante e inseguro (incrível mas todo filme de guerra americano tem um tenente que não sabe direito como comandar suas tropas), os soldados buchas de canhão (que só estão lá para morrerem, sendo que geralmente negros e latinos morrem primeiro) e por fim crianças bonitinhas e inocentes, de cabelinhos encaracolados no meio do fogo cruzado (para sensibilizar alguma mulher que tenha entrado na sessão por engano). Ah, tem também todos aqueles diálogos que você já viu mais de uma dezena de vezes, bem ao estilo "Fuzileiros não choram"!

Todo filme de guerra clichezado tem que ter vilões bacanas (tipo os nazistas malvados). O problema é que em Batalha de Los Angeles os vilões são uns ETs moluscos com armadura de metal que emitem sons bizarros que em alguns momentos lembram flatulências bem humanas. O roteiro é estilo MOW (Monster of Week) e nada de muito interessante acontece. A missão inicial do grupo de marines é sem graça e depois tudo vai acontecendo meio que ao acaso, de forma dispersa. Tem até um ònibus ao estilo "Velocidade Máxima"! Os atores em geral são fracos, inclusive Michele Rodriguez que de tanto fazer papel de mulher machona virou ícone das lésbicas. Os ETs continuam a invadir nosso planeta mas agora sem charme ou novidade. Eles estão tentando isso desde a década de 50 com todos aqueles filmes que hoje em dia possuem um charme todo especial, coisa que falta muito a esse prato requentado. Em síntese, filme fraco, derivativo e decepcionante. Não perca seu tempo.

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle Los Angeles, Estados Unidos, 2011) Direção: Jonathan Liebesman / Roteiro: Christopher Bertolini / Elenco: Michelle Rodriguez, Bridget Moynahan, Aaron Eckhart, Jim Parrack, Lucas Till, Michael Peña, Joey King, Susie Abromeit, Ramon Rodriguez, Taylor Handley, Ne-Yo, Cory Hardrict,Nick Jonas / Sinopse: ETs invadem o planeta terra mas são combatidos por bravos soldados americanos pelas ruas de uma Los Angeles em ruínas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas

"Batman - O Cavaleiro das Trevas" é considerado a obra prima dessa nova franquia dirigida por Christopher Nolan. Existe um certo consenso de que essa seria a melhor transposição já feita do personagem para o cinema. O clima soturno, pessimista e gótico está bem acentuado. Além disso temos aqui um roteiro muito mais sombrio do que o visto em "Batman Begins". O texto explora muito bem a falta de esperança em uma cidade infestada por criminosos de todos os tipos. Dentre eles finalmente surge o Coringa numa brilhante interpretação de Heath Ledger. Aliás o filme é sempre muito mais lembrado pela caracterização do vilão mais famoso do universo de Batman do que por qualquer outra coisa. Ledger está muito inspirado em cena, assustador e insano na dose exata. O ator parece ter incorporado o papel, o que não deixa de ser algo bem assustador. Sua morte trágica logo após a conclusão do filme mitificou ainda mais seu trabalho em "Dark Knight" confirmando uma velha regra não escrita que diz que no cinema Batman sempre tem seus filmes roubados por seus vilões em cena. De fato aqui não há muito o que ponderar, o filme é de Ledger deixando Bale e seu herói em uma incômoda posição secundária dentro da trama. 

Se em "Batman Begins" se discutia a diferença entre justiça e vingança aqui em "Cavaleiro das Trevas" o foco é diferente. O argumento mostra a tentativa do Coringa em provar que até o mais honesto homem de Gotham City, o promotor Harvey Dent, pode ser corrompido. Considerado o último pilar de honradez da cidade ele logo se torna alvo do insano criminoso que quer acima de tudo demonstrar que nem os mais virtuosos cidadãos estão à salvo de passarem para o outro lado. Excelente também é a identidade que ambos os personagens Batman e Coringa parecem ter. São na verdade faces diversas de uma mesma moeda. O núcleo do elenco segue praticamente o mesmo do primeiro filme (Bale, Caine e Freeman). A única mudança mais significativa aqui acontece com a personagem de Rachel Dawes que acabou indo para as mãos de Maggie Gyllenhaal, o que não deixa de ser positivo pois ela é seguramente melhor atriz do que Katie Holmes. O diretor Christopher Nolan basicamente segue os passos do êxito do primeiro filme, ou seja, procura não deixar a trama se distanciar da realidade. O Coringa, por exemplo, está menos espalhafatoso, menos carnavalesco e mais assustador do que nas outras versões. Idem o próprio Batman, cada vez mais inseguro de sua própria posição diante dos acontecimentos. Nolan certamente encontrou o tom ideal nesse filme que é extremamente bem realizado. Agora resta esperar pela conclusão da trilogia. Espero que consiga fechar tudo com chave de ouro pois não restam dúvidas que os dois primeiros filmes são realmente primorosos.  

Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, Estados Unidos, 2008) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, Jonathan Nolan / Elenco: Christian Bale, Heath Ledger, Morgan Freeman, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Michael Caine, Eric Roberts, Anthony Michael Hall / Sinopse: O Coringa (Heath Ledger) resolve se unir a máfia de Gotham City para tirar do caminho Batman (Christian Bale) que está arruinando todos os seus negócios escusos. Para tanto terão ainda que enfrentar o novo promotor da cidade, o honesto Harvey Dent (Aaron Eckhart) que logo vira alvo dos planos do Joker.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Reencontrando a Felicidade

Becca (Nicole Kidman) é uma jovem mãe que entra em profunda depressão após a morte de seu filho em um acidente. Tentando reconstruir sua vida ela procura reencontrar a felicidade em pequenos detalhes de sua existência. "Reencontrando a Felicidade" é um filme depressivo, pesado, melancólico, baixo astral, fúnebre, triste e sem esperança. Isso pode até assustar o espectador mas é a pura verdade. As cenas de tristeza profunda se sucedem, a personagem de Nicole Kidman vive um verdadeiro inferno astral pela morte de seu único filho de 4 anos e assim somos convidados a assistir essa peça triste. Apesar disso não qualificaria o filme como ruim, longe disso, pois a humanidade do roteiro salva o longa de virar um mero dramalhão feito para arrancar lágrimas de pessoas sensíveis. Eu não recomendaria o filme para pessoas depressivas ou que tenham perdido algum ente familiar querido recentemente. Para essas pessoas Rabbit Hole pode se tornar um filme indigesto e penoso, agravando sua situação.

Colocando isso de lado o fato é que Nicole Kidman está linda no filme, mesmo tendo que mostrar serviço em uma sucessão sem fim de cenas depressivas e chorosas. Ela praticamente segura o filme nas costas e merece o reconhecimento por sua interpretação. A veterana atriz Dianne Wiest também está marcante no papel da mãe de Nicole no filme. Suas cenas são bem comoventes e ela injeta uma dose de sensibilidade extra no roteiro. De certa forma acredito que "Rabbit Hole" seja mais indicado para os fãs de Nicole que não tenham se envolvido em situação parecida em sua vida real. Por fim o mais irônico de tudo isso é que o filme acabou se intitulando no Brasil como "Reencontrando a Felicidade" um dos nomes mais equivocados que já vi, ainda mais se tratando desse filme, pois de felicidade "Rabbit Hole" não tem nada.

Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole, Estados Unidos, 2010) Direção: John Cameron Mitchell / Roteiro: David Lindsay-Abaire / Elenco: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest / Sinopse: Becca (Nicole Kidman) é uma jovem mãe que entra em profunda depressão após a morte de seu filho em um acidente. Tentando reconstruir sua vida ela procura reencontrar a felicidade em pequenos detalhes de sua existência

Pablo Aluísio

domingo, 4 de março de 2012

A Promessa

Curiosamente um filme que apesar de seus méritos segue pouco conhecido e comentado. Em "A Promessa" o diretor Sean Penn mostra que tem bastante talento em contar enredos edificantes. Jack Nicholson está excelente na pele do policial Jerry Black, um sujeito que em plena aposentadoria resolve solucionar o último caso de sua carreira, custe o que custar. O filme lida com um serial killer pedófilo especializado em assassinar garotinhas de nove anos. Seu modus operandi é sempre o mesmo e com base nisso o personagem de Nicholson não medirá esforços para pegar o verdadeiro assassino. Sua caça beira às raias da obsessão pessoal e o diretor joga muito bem com essa dualidade, deixando o espectador sem saber se o tira está realmente chegando perto do verdadeiro psicopata ou se está simplesmente enlouquecendo! Em essência "A Promessa" vem para confirmar o talento de Sean Penn para a direção. Esse aliás foi apenas seu terceiro filme e o primeiro a contar com uma produção de primeira linha. Seu auge como cineasta porém só aconteceria em 2007 com o precioso "Na Natureza Selvagem" que em breve irei comentar aqui.

O elenco é excepcionalmente bom. Jack Nicholson deixa seus personagens de sorriso maluco para trás e aqui interpreta um sujeito sério, um tanto angustiado e pouco amistoso. Seu trabalho é contido e na minha opinião de excelente nível. Já o elenco coadjuvante conta com nomes especiais. O principal deles é Mickey Rourke. Contracenando pela única vez ao lado de Jack em uma cena muito tocante (embora de curta duração). Vanessa Redgrave, Helen Mirren, Harry Dean Stantom e Benicio Del Toro também marcam presença, com participações pequenas mas importantes dentro da trama. É isso, "A Promessa", dez anos após seu lançamento, merece ser revisto mais uma vez pois funciona tanto como policial como drama existencial. Assista!

A Promessa (The Pledge, Estados Unidos, 2001) Diretor: Sean Penn / Roteiro: Jerzy Kromolowski, Mary Olson, baseado em livro de Friedrich Dürrenmatt / Elenco: Jack Nicholson, Benicio Del Toro, Aaron Eckhart, Harry Dean Stanton, Mickey Rourke,Vanessa Redgrave, Helen Mirren / Sinopse: Jerry Black (Jack Nicholson) é um policial aposentado que resolve solucionar por conta própria o último caso de sua carreira envolvendo um serial killer pedófilo especializado em assassinar garotinhas de nove anos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um Domingo Qualquer

Velho treinador de futebol americano (Al Pacino) tem que lidar com o desfalque de seu principal quaterback (Dennis Quaid) em um momento crucial do campeonato. O novo dono da posição é um jovem negro e arrogante (Jamie Foxx) que não consegue lidar bem com a fama e o sucesso que acompanham sua repentina escalação ao time principal. Aqui temos uma parceria que há muito tempo se esperava: Al Pacino sendo dirigido por Oliver Stone. O problema é que o tema realmente é norte-americano demais. Stone não esconde em nenhum momento sua paixão pelo esporte, a ponto de transformar seus jogadores em guerreiros, verdadeiros gladiadores modernos. Tudo é focado nesse ponto. As cenas dos jogos são super produzidas, com edição alucinada. Pacino alterna momentos de histerismo completo com introspecção absoluta. Apesar da força de seu nome o filme realmente gira em torno do personagem de Jamie Foxx. Terceiro quaterback da equipe acaba assumindo a posição em um momento crucial do time (Miami Sharks). No começo fica inseguro (a ponto de vomitar em campo) e vacilante mas conforme vão passando os jogos se torna auto confiante a ponto de se tornar totalmente arrogante, desmerecendo os demais colegas de equipe e até mesmo o próprio treinador.

No fundo o roteiro de "Um Domingo Qualquer" foca sobre as características de personalidade que formam o caráter de um verdadeiro líder de equipe. Isso é bem demonstrado na relação do quaterback Foxx com os demais jogadores. A partir do momento em que se torna queridinho da mídia ele passa a se auto vangloriar em demasia e o pior começa a criticar abertamente outros membros do time. Obviamente que em um esporte coletivo isso é literalmente dar um tiro no pé! A direção de Oliver Stone (que faz pequenas aparições como um comentarista esportivo) é centrada muito em uma edição que de certa forma imita as transmissões de jogos de canais como ESPN. Tudo muito rápido, nervoso, tentando captar a paixão e o calor do momento das partidas. Funciona? Sim, em termos. Dramaticamente era de se esperar um melhor aproveitamento de Al Pacino em cena mas isso não acontece. Como eu disse Stone preferiu mesmo glorificar a NFL. Se você gosta de filmes esportivos pode vir certamente a apreciar. Já os que querem ver o talento de Al Pacino podem ficar um pouco decepcionados. No final vale a pena assistir embora não seja dos melhores trabalhos de Oliver Stone.

Um Domingo Qualquer (Any Given Sunday, Estados Unidos, 1999) Direção: Oliver Stone / Elenco: Al Pacino, Cameron Diaz, Dennis Quaid, James Woods, Jamie Foxx, LL Cool J, Matthew Modine, Charlton Heston, Aaron Eckhart e Tom Sizemore / Sinopse: Um íntimo olhar sobre os bastidores do futebol americano, passando desde os jogadores até os treinadores, a mídia e os donos de times, que controlam o jogo como um grande negócio que lucra milhões de dólares todo ano.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Diário de Um Jornalista Bêbado

Jornalista americano freelancer (Johnny Depp) vai até Porto Rico atrás de um emprego em um decadente jornal local. Lá se torna amigo do empresario Sanderson, que deseja construir um grande império de turismo na Ilha após o governo americano colocar à venda as terras e as praias caribenhas da região. Enquanto a situação não se resolve o tal jornalista bêbado bebe, se mete em confusões e paquera a sra Sanderson (Amber Heart). Tudo muito frouxo e sem graça. O filme é muito chato. Só indico a quem gosta de ver dois marmanjos completamente bêbados durante as quase duas horas de filme (um exagero, já que em essência nada de muito importante acontece). O Johhny Depp está travado, o que é um absurdo para quem está interpretando uma personagem alcoolizado. Há cenas constrangedoras de sua canastrice e ele não conseguiu em momento algum dar algum tipo de carisma ao seu jornalista bêbado. Além disso os momentos de humor se resumem a acompanhar esse jornalista bebum passeando por Porto Rico, assistindo rinhas da galo e dando em cima da mulher do empresário Sanderson. Piadas de bêbados tem duração curta mas o filme se alonga desnecessariamente, tentando criar em vão algum vínculo com o espectador (que se não for outro bêbado vai acabar se cansando do roteiro repetitivo).

O filme foi um mega fracasso de bilheteria. Tomando as dores da produção o ator Johnny Depp partiu para a ofensa dizendo que o público americano não gostou do filme porque é "burro"! Sinceramente, além de não ter trabalhado de forma bem no filme ele ainda tentou enfiar goela abaixo do público um produto que em suma é muito chato e fraco. Deveria reconhecer a bomba e ficar calado. Além disso burro será mesmo quem pagar para ver esse monte de bebuns xaropes. Tem graça ver alguém enchendo a cara e falando uma besteira atrás do outra? Eu não vejo graça nenhuma, aliás bêbados são chatos por natureza e o filme comprova isso. Enfim, o filme é literalmente um porre. Merece ter sido o fracasso que foi.

Diário de um Jornalista Bêbado (The Rum Diary, Estados Unidos, 2011) Direção e roteiro de Bruce Robinson. / Elenco: Johnny Depp, Aaron Eckhart, Giovanni Ribisi / Sinopse: Jornalista americano vai até a Costa Rica atrás de emprego em um pequeno jornal local, se envolvendo em diversas confusões, tudo regado a muita bebida e drogas.

Pablo Aluísio.