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domingo, 6 de setembro de 2020

Jumanji - Próxima Fase

Eu sou do tempo do Jumanji com Robin Williams. Depois de muitos anos resolveram dar um reboot nessa franquia cinematográfica, começando praticamente do zero. O antigo jogo de tabuleiro do primeiro filme foi substituído por um videogame, até porque os jovens de hoje em dia nem sabem o que é um jogo de tabuleiro. Do elenco pioneiro não sobrou ninguém. Chegaram novos atores, alguns bem populares como The Rock e Jack Black para dar um gás a mais nesse novo filme. Deu certo, sucesso de bilheteria, os produtores partiram para essa continuação.

Esse segundo filme da nova fase foi outro grande sucesso comercial. Esse aliás foi o último filme da indústria cinematográfica americana a faturar mais de 1 bilhão de dólares em bilheteria nesse ano. Chegou nos cinemas pelo mundo afora em janeiro de 2020. Depois veio a crise da pandemia e o cinema mundial entrou em lockdown. Para um filme que custou mais de 120 milhões de dólares foi um lucro e tanto e quase ficou arquivado. Escapou de não se lançado na época certa por um triz. Houve alguns problemas de pós produção e sua estreia quase foi adiada. Se isso tivesse acontecido ainda hoje não teria sido lançado. Foi um jogo de sorte mesmo. Afinal em jogos é preciso ter sorte, claro!

"Jumanji - Próxima Fase" é um filme divertido, impossível negar. Aqui os roteiristas tiveram uma boa ideia de colocar dois idosos (vividos no filme por Danny DeVito e Danny Glover) como parte do time de jogadores. A falta de familiaridade deles com esse universo de games rende ótimos momentos de humor. Tecnicamente o filme é muito bem realizado. Destaco a cena com os macacos ferozes, enquanto os heróis tentam sobreviver a um jogo mortal de velhas pontes caindo aos pedaços. Lembrou os melhores filmes de Indiana Jones. O roteiro até abre margem para um certo sentimentalismo, mas a força vem mesmo da aventura ao velho estilo. È um filme divertido, rende bons momentos de mero entretenimento. Ideal para assistir em um domingo à tarde, depois de uma bela macarronada ao lado da família. Assista sem culpas.

Jumanji - Próxima Fase (Jumanji: The Next Level, Estados Unidos, 2019) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Jake Kasdan, Jeff Pinkner / Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Danny DeVito, Danny Glover, Alex Wolff,Kevin Hart, Karen Gillan, Colin Hanks, Awkwafina, Nick Jonas / Sinopse: Spencer e seus amigos, acompanhados de seu avô e um amigo dele, antigo sócio de um restaurante, entram novamente no universo do game Jumanji, onde a principal regra é sobreviver em um mundo cheio de animais fantásticos e vilões poderosos.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de setembro de 2019

Efeito Zero

Os brasileiros gostam de chamar esse tipo de produção de "filmes de detetives". Nem precisa dizer que o auge desse tipo de filme aconteceu lá por volta dos anos 40, 50, com o surgimento do film noir. De lá para cá tudo o mais parece uma pálida cópia, plágio plastificado. Esse filme aqui tenta ser um "noir moderno", algo que sempre me pareceu ser sem sentido e sem noção. Na trama (ou diria traminha) um detetive é chamado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubo e assassinato.

Como sempre acontece com esses herdeiros tardios do noir tudo que parecesse mais enrolado e sombrio, melhor. O problema é que sem o charme dos anos 40 tudo fica pelo meio do caminho. No elenco dois destaques. Bill Pullman sempre foi um ator bacana. Aqui está meio perdido.  Ryan O'Neal funciona como coadjuvante de luxo. Nada demais, apenas uma lembrança pálida dos ótimos filmes que fez nos anos 70. Já Ben Stiller é sem salvação. Sujeitinho mais chato não existe no cinema americano. Então é isso. Fica o resgate desse filme que pouca gente lembra hoje em dia.

Efeito Zero (Zero Effect, Estados Unidos, 1998) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Jake Kasdan / Elenco: Bill Pullman, Ben Stiller, Ryan O'Neal / Sinopse: Detetive particular é contratado para resolver um caso misterioso envolvendo chantagens, roubos e assassinato. Filme dos anos 90 que tenta ressuscitar a estética do cinema noir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Mais um filme que está em cartaz nos cinemas brasileiros. Bom, na falta de novas ideias nada mais fácil do que ir ao passado para reciclar filmes que fizeram sucesso. Dessa vez os produtores resolveram fazer uma nova adaptação de "Jumanji", isso mesmo, aquele filme de 1995 que tinha Robin Williams como protagonista (há inclusive uma breve referência e homenagem a ele no roteiro desse novo filme). O enredo segue basicamente o mesmo. Um velho jogo de tabuleiro é encontrado. Agora adaptado para um velho game dos anos 90. Não faz muita diferença. Acontece que os que começam a jogá-lo acabam sendo transportados para o universo do jogo, bem no meio da floresta com rinocerontes brancos, hipopótamos e felinos selvagens. É uma aventura escapista, pura diversão, pipoca plena. Nada mais do que isso.

As poucas novidades se referem aos jogadores. Agora é um grupo de estudantes de um colégio. Eles são levados para o castigo e descobrem o Jumanji pegando poeira no porão da escola. Uma vez aberta a caixa de Pandora já viu... Outra novidade é que os adolescentes agora jogam com seus avatares. Assim um nerd vira o The Rock, puro músculos e coragem. O mais estranho dessas imersão no universo do jogo é que há uma jovem loira que vira o... Jack Black!!! Estranho pouco é bobagem. Pelo menos o talento cômico do Jack se sobressai pois ele tem que interpretar um personagem com cara de cartógrafo da selva com a mente de uma loirinha de high school. Não faz muito sentido. Ficou estranho, mas também levemente divertido. No mais é aquela coisa toda que já se espera de um filme como esse, com muitas cenas de ação, comédia suave e efeitos especiais de última geração. Não tem o mesmo carisma e charme do filme original, mas se você tiver uns 13, 14 anos, vai se divertir. Então se esse é o seu tipo de filme vá ao cinema sem receios de se decepcionar.

Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Estados Unidos, Jumanji: Welcome to the Jungle, 2018) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Karen Gillan, Kevin Hart / Sinopse: Depois de encontrarem um velho game dos anos 90 no porão da escola, um grupo de estudantes adolescentes são enviados para o universo de Jumanji, onde terão que sobreviver, ao mesmo tempo em que procuram uma saída de volta para casa. Pura fantasia em ritmo de diversão e aventura ao som de um velho sucesso do grupo de rock Guns N' Roses.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Sex Tape - Perdido na Nuvem

Título no Brasil: Sex Tape - Perdido na Nuvem
Título Original: Sex Tape
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jake Kasdan
Roteiro: Kate Angelo, Jason Segel
Elenco: Jason Segel, Cameron Diaz, Rob Lowe, Rob Corddry

Sinopse:
Jay (Jason Segel) e Annie (Cameron Diaz) se conhecem na universidade. No começo o relacionamento realmente pega fogo, eles se dão muito bem do ponto de vista sexual, não perdendo nenhuma oportunidade para transarem, em todos os lugares possíveis e imagináveis. Depois de um tempo resolvem finalmente se casar. Cinco anos e dois filhos depois, as coisas já não são da mesma forma. O casamento caiu na rotina e no tédio e eles não possuem mais o mesmo amor ardente de antes. Tentando reacender a paixão acabam cometendo a besteira de se filmarem fazendo sexo. Após vazar a cena eles tentam de tudo para barrar sua divulgação na net. 

Comentários:
"Sex Tape" é mais uma daquelas comédias industriais que não conseguem lidar com o tema sexo de forma adulta. Tudo soa muito vulgar e beirando a cafonice completa. O roteiro é bem cafajeste e procura tirar humor da chatice do casamento. Obviamente que o alvo é dirigido para um público que esteja na mesma situação do casal central do filme, ou seja, casais que já descobriram que o casamento é um tremenda chatice, cheia de obrigações e poucos bons momentos verdadeiros. Os filhos acabam sendo apontados como um dos fatores que rebaixam o calor da paixão entre marido e mulher, veja só a cretinice do argumento. Após o sujeito falhar na cama, eles tentam gravar uma cena de sexo usando um livro de posições sexuais bizarras como modelo. Claro que o maridão, que não é muito familiarizado com informática, cometerá um tremendo erro, pois ao invés de apagar o vídeo o acaba compartilhando com todos os Ipads que deu de presente recentemente. A partir daí começa a correria deles para recuperar os aparelhos antes que tudo vaze pela internet (o que obviamente tornará impossível a retirada da cena de sexo da rede). Cameron Diaz já passou da idade de fazer filmes como esse, ela deveria procurar por rumos mais criativos de se explorar. Pior são suas cenas de nudez gratuita, que no final das contas só servirá mesmo para as mulheres criticarem sua falta de, digamos assim, dotes físicos abundantes! A direção é do jovem Jake Kasdan, que já havia dirigido um filme igualmente ruim com a Cameron Diaz antes, a porcaria "Professora Sem Classe". No geral é tudo mesmo uma grande bobagem, com sérios problemas de enfrentar o tema com um mínimo de maturidade, onde o que sobra mesmo é muita baixaria e vulgaridade. No final agradará apenas aos apreciadores desse tipo de humor ralé, de baixo nível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Professora Sem Classe

Mas o que aconteceu com os filmes juvenis?! Nos anos 80 os filmes eram divertidos, engraçados, bem escritos. Basta lembrar de John Hughes para entender do que estou falando. O humor hoje surge com tintas ofensivas, geralmente querendo rebaixar as demais pessoas. Além disso a vulgaridade de certas produções chegam a dar vergonha alheia. É um deserto de idéias sem fim. Nem me lembro mais quando assisti um bom filme desse estilo pela última vez. Definitivamente "Bad Teacher" não é um deles. Usando e abusando de clichês o roteiro dessa comédia adolescente além de ser sem graça consegue ser extremamente ofensivo, em especial para com os professores de uma forma em geral. A personagem principal é uma péssima profissional, odeia o que faz e quer mais é se dar bem com algum marido rico (e de preferência idiota) que encontrar pela frente. Ela não tem a menor vocação para ensinar nada e passa o filme inteiro pensando em formas de ganhar dinheiro fácil. Toda a sua motivação se resume a isso: dinheiro. Acontece que a moça quer fazer uma cirurgia de implante de silicone nos seios a todo custo. 

Para atingir esse objetivo a professora interpretada por Cameron Diaz não mede esforços. E aí está o principal problema do filme. Não há como se identificar com uma personagem tão antipática, vazia e imbecil. Os professores que gostam de lecionar são retratados como idiotas pelo roteiro (em especial Justin Timberlake fazendo um professor nerd e boboca). Então para que torcer por uma completa "bitch" como aquela?! Para finalizar a ruindade ainda tem uma cena totalmente nonsense entre Diaz e Timberlake fazendo sexo "vestidos"! Não consegui mesmo entender o proposito daquilo! Enfim, fraco, chato e o pior... sem graça. Ai que saudades do Hughes...]

Professora Sem Classe (Bad Teacher, Estados Unidos, 2011) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Lee Eisenberg, Gene Stupnitsky / Elenco: Cameron Diaz, Jason Segel, Justin Timberlake, Thomas Lennon, Molly Shannon, John Michael Higgins, John Michael Higgins, Jerry Lambert / Sinopse: Elizabeth Halsey (Cameron Diaz) é uma professora colegial nos EUA que odeia sua profissão. Decidida a mudar de vida fará de tudo para conseguir o dinheiro para pagar uma cirurgia de implante de seios. O objetivo é arranjar um marido rico para viver de pernas pro ar.  

Pablo Aluísio.