domingo, 22 de setembro de 2019

Mente Criminosa

É um bom filme, embora a trama em si exija uma certa cumplicidade do espectador. É a tal situação, quando forçam demais a barra, o público tem que criar uma certa boa vontade para o filme funcionar. Aqui temos Kevin Costner (que nos anos 80 era dito como o "novo Gary Cooper") interpretando um criminoso, um assassino que acaba tendo a mente alterada dentro da prisão, tudo fruto de um experimento do governo americano. Vejam só: transportam a mente de um agente da CIA chamado Bill Pope (Ryan Reynolds) para o assassino condenado Jericho Stewart (Costner).

Bom, não precisa pensar muito para saber que misturar habilidades de um agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos com uma mente psicopata é certamente uma péssima (e perigosa) ideia. O filme se desenvolve bem, tem excelentes cenas, algumas de ação muito bem orquestradas, em produção realmente boa. Alguns atores são desperdiçados, entre eles o próprio  Ryan Reynolds. Até Tommy Lee Jones não ganha o espaço necessário. Mesmo assim isso no final das contas não chega a prejudicar o filme como um todo. É apenas um detalhe. Por fim fica a dica de transformarem o filme numa série de sucesso. Enredo para isso certamente existe. Só falta a iniciativa para levar tudo do cinema para a telinha. Vamos ver se isso vai acontecer um dia.

Mente Criminosa (Criminal, Estados Unidos, 2016) Direção: Ariel Vromen / Roteiro: Douglas Cook, David Weisberg / Elenco: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Ryan Reynolds, Gal Gadot / Sinopse: Assassino condenado (Costner) tem a mente de um agente da CIA (Reynolds) transplantado para seu subconsciente. Com as habilidades do agente morto, o criminoso logo foge da prisão, indo parar nas ruas, com a CIA tentando de todas as formas recapturá-lo.

Pablo Aluísio.

4 comentários:

  1. Com esse seu post eu me lembrei de uma fala do personagem do Al Pacino no filme Era uma Vez em Hollywood, em que ele faz um diretor de cinema que quer contratar o ator decadente feito pelo Leonardo di Caprio. Diz ele: "você quando está no auge do sucesso só faz protagonistas, mas se você começa a decair você perceberá que só vão te oferecer papel de vilão, e o problema disso é que o vilão sempre apanha, sempre perde e o publico não vê o personagem perdendo e apanhando, vê o ator e isso acaba de destruindo de vez, você precisa de um protagonista que não seja vilão!"
    O Kevin Costner, nesse filme, me lembra isso.

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  2. E lembrando que o Kevin Costner foi um dos grandes "heróis" do cinema americano nos anos 80 e 90, ao ponto de ser chamado de "O novo Gary Cooper" por interpretar personagens que representavam o lado íntegro, honesto e virtuoso da América.

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  3. Pois é. Quando o vi em Os Intocáveis, no cinema, esse era o caso, "Gary Cooper contra Al Capone.

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