Título no Brasil: O Príncipe Feliz
Título Original: The Happy Prince
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Alemanha, Bélgica
Estúdio: Maze Pictures
Direção: Rupert Everett
Roteiro: Rupert Everett
Elenco: Rupert Everett, Colin Firth, Emily Watson, Colin Morgan, Tom Wilkinson, Tom Colley
Sinopse:
Após cumprir sua pena de trabalhos forçados numa prisão inglesa, o escritor Oscar Wilde finalmente ganha a sua liberdade. Sem pensar duas vezes ele vai embora para Paris onde pretende recomeçar sua vida, só que velhos fantasmas do passado teimam em persegui-lo. Filme indicado no Berlin International Film Festival, British Independent Film Awards e European Film Awards.
Comentários:
Geralmente quando lemos alguma biografia do escritor Oscar Wilde descobrimos que ele foi preso acusado de ser homossexual (era um crime na era vitoriana) e depois de cumprir sua pena (de 2 anos) teria ido para Paris, onde morreu. Mas o que aconteceu nesse período final de sua vida? Esse filme traz todos os detalhes de seus últimos meses de vida. É curioso perceber que a prisão, com trabalhos forçados, destruiu não apenas a reputação de Wilde, mas também o arruinou financeiramente e artisticamente. Psicologicamente ele igualmente ficou muito mal. Quando o encontramos no filme ele está praticamente falido, sem dinheiro nem para pagar uma conta de bar. Frequentando pequenas tavernas de Paris ele tenta viver um dia de cada vez. A decadência absoluta de Wilde desfila pela tela, sem amenizar sua ruína pessoal. Eu tinha poucas informações sobre esse período de sua vida e fiquei bem surpreso em saber que mesmo após passar por tudo ele ainda foi atrás de "Bosie", o filho de um rico nobre inglês, o mesmo que fez de tudo para que Wilde fosse para a prisão. E nesse reencontro ele finalmente percebeu que seu jovem amante era no fundo um sujeito mesquinho, frívolo e decepcionante. Deve ter sido terrível para Wilde saber disso depois de tudo o que passou. Enfim, excelente filme, muito bem feito, com ótima direção e roteiro. Se você gosta de Oscar Wilde e sua obra então é uma peça cinematográfica simplesmente indispensável.
Pablo Aluísio.