segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Oppenheimer
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Garotos Incríveis
De bom mesmo resta apenas o elenco mais jovem. Tobey Maguire, antes de se tornar o Homem-Aranha na primeira trilogia do personagem no cinema, está muito bem. Idem para uma ainda adolescente Katie Holmes. Por fim temos aqui um raro papel bem coadjuvante de Robert Downey Jr. Não é demais lembrar que o ator passou anos e anos tentando superar sua dependência química e isso significava muitas vezes encarar um projeto apenas como coadjuvante de luxo - nem que fosse para apenas ganhar o dinheiro suficiente para pagar as clínicas de rehab. Então é isso. Um roteiro até interessante que foi rodado de forma um tanto controvertida e pouco convincente. Infelizmente é lento e muitas vezes se perde o interesse. O mundo universitário americano, o melhor do mundo, merecia algo melhor.
Garotos Incríveis (Wonder Boys, Estados Unidos, 2000) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Steve Kloves, baseado no romance de Michael Chabon / Elenco: Michael Douglas, Tobey Maguire, Frances McDormand, Robert Downey Jr, Katie Holmes / Sinopse: Um professor universitário tenta inspirar seus alunos, potencializando seus sonhos pessoais para o futuro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Dede Allen) e Melhor Roteiro Adaptado (Steve Kloves).
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de outubro de 2021
Só Você
O agente do ator assim sofreu um bocado para arranjar trabalho para ele em Hollywood, nessa fase conturbada de sua vida. Em meados dos anos 90 ele se auto declarou "curado" de seu problema de dependência química. Assim, aos poucos, ele foi retomando a vida profissional. Essa comédia romântica foi um primeiro passo de volta à sobriedade na carreira. É um filme bonitinho, com bonita direção de arte, mas também descartável como uma caixa de bombons! Não alimenta e só engorda, mas até que é gostoso de ver. Afinal de contas pode-se esperar por tudo menos que o competente cineasta Norman Jewison faça uma bobagem completa com sua assinatura.
Só Você (Only You, Estados Unidos, 1994) Direção: Norman Jewison / Roteiro: Diane Drake / Elenco: Marisa Tomei, Robert Downey Jr, Bonnie Hunt / Sinopse: O filme conta a história do amor de um casal. Eles estão apaixonados, mas problemas sempre se colocam no caminho da felicidade.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
Na Companhia do Medo
O ator Robert Downey Jr interpreta o psiquiatra que vai cuidar de sua colega de profissão, agora internada em uma instituição para doentes mentais. Pois é, a mente pode pregar peças ilusórias, distorcendo a realidade das coisas, fazendo crer que algo que nunca aconteceu de fato ocorreu no passado. Esse é um bom filme da carreira da atriz Halle Berry. Ela vinha numa escalada de sucesso, surgindo em uma sucessão de bons filmes, mas o seguinte iria jogar ela no maior erro de sua vida profissional, isso mesmo, ela aceitou fazer "Mulher-Gato" logo após esse bom suspense. Acabou afundando por causa do enorme fracasso de público e crítica.
Na Companhia do Medo (Gothika, Estados Unidos, 2003) Direção: Mathieu Kassovitz / Roteiro: Sebastian Gutierrez / Elenco: Halle Berry, Penélope Cruz, Robert Downey Jr, Charles S. Dutton / Sinopse: Uma psiquiatra procura entender o que estaria acontecendo com sua vida após encontrar uma mulher perdida no meio da estrada, numa noite chuvosa. Depois disso sua vida entraria em um turbilhão de crises sem fim.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
Segredos de uma Novela
Título Original: Soapdish
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Robert Harling
Elenco: Sally Field, Robert Downey Jr, Kevin Kline, Elisabeth Shue, Whoopi Goldberg, Cathy Moriarty
Sinopse:
Uma ambiciosa atriz de telenovelas se une com seu produtor para prejudicar a carreira da estrela do programa, uma profissional com longa carreira no mundo da televisão. Com isso uma guerra de egos e puxões de tapete logo se espalha por toda a emissora de TV que produzi a novela.
Comentários:
Um filme leve, divertido, para se assistir sem maiores compromissos. Para os cinéfilos o que vai soar mais interessante é o elenco, realmente excelente. E o mais curioso é que são atores e atrizes de cinema interpretando atores e atrizes de telenovelas, cada um mais egocêntrico do que o outro. Claro que isso resulta em um filme muito divertido e bem atuado. Afinal como profissionais do mundo da atuação todos eles certamente já cruzaram com situações parecidas em suas carreiras. Artistas bem orgulhosos de si mesmos, muitos deles embriagados pela própria fama, um querendo derrubar o outro em busca da fama e do sucesso. O filme acabou ganhando uma indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator para Kevin Kline, mas em minha opinião todo o elenco deveria ter sido indicado. Todos estão ótimos em cena, se divertindo como nunca, com destaque para Robert Downey Jr, aqui em uma fase em que ele tentava se recuperar dos problemas relacionados às drogas, algo que quase destruiu toda a sua carreira.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de março de 2020
Dolittle
Esse novo filme procura ser mais fiel ao personagem original, por isso toda a história é passada na era vitoriana. Isso deu uma direção de arte (design de produção) de primeira linha para o filme. Tecnicamente é um daqueles filmes bem bonitos de se assistir, com computação gráfica perfeita. Os animais estão todos lá. Aquele clima de obra infantil, para libertar a imaginação das crianças, também está presente. Afinal são animais falantes, coisa que os pequenos adoram. Pena que esqueceram de escrever um roteiro melhor. Tudo soa genérico e sem graça. É um filme bonito, sem dúvida, mas igualmente sem alma.
Robert Downey Jr não encontrou o tom certo para sua atuação. Ela vai soar bem esquisito para as crianças (que afinal de contas é o público alvo desse filme). O ator tem tendência a soar caricato, mesmo em outros filmes. Aqui ele perdeu a linha completamente. Ficou até mesmo estranho, esquisito, bizarro mesmo. O desastre só não é completo por causa de um detalhe técnico do filme. Ele acabou sendo salvo pela galeria de animais que o cerca, como um urso polar, uma girafa, um gorila, etc. As crianças vão prestar mais atenção nesses bichos digitais do que no protagonista. Outro aspecto que me chamou a atenção foi a edição. Parece que o filme foi cortado meio às pressas, para não ultrapassar uma hora de meia de duração (para não cansar a criançada). Isso deu uma rapidez nada interessante ao filme. Parece mais pressa de terminar do que qualquer outra coisa. Enfim, temos aqui um filme que não agradou muito nem o público e nem muito menos a crítica. Não foi dessa vez que acertaram nessa adaptação.
Dolittle (Dolittle, Estados Unidos, Inglaterra, China, 2020) Direção: Stephen Gaghan / Roteiro: Stephen Gaghan, Dan Gregor, baseados na obra de Hugh Lofting / Elenco: Robert Downey Jr, Antonio Banderas, Michael Sheen, Emma Thompson, Ralph Fiennes / Sinopse: O Dr. John Dolittle (Robert Downey Jr) decide se isolar do mundo após a morte de sua esposa. Seu isolamento é interrompido quando a rainha manda que ele vá até o palácio. Ela está morrendo de uma doença misteriosa. Dolittle, que tem a capacidade de falar com os animais, descobre que ela foi envenenada. Assim ele parte em uma grande aventura em busca do fruto da árvore do Éden, que salvará a vida da monarca.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de setembro de 2019
O Outro Lado da Nobreza
Título Original: Restoration
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Rupert Walters, baseado no romance de Rose Tremain
Elenco: Robert Downey Jr, Sam Neill, Meg Ryan, Ian McKellen, Hugh Grant, David Thewlis,
Sinopse:
Jovem médico cai nas graças do Rei Charles II durante a restauração da monarquia inglesa. Na corte vira alvo de um casamento de fachada providenciado pelo monarca que preende esconder o fato de ter uma amante dentro do palácio. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte (Eugenio Zanetti) e Melhor Figurino (James Acheson).
Comentários:
Um típico caso de filme que começa muito bem, mas que vai perdendo força ao longo de sua duração. O ator Robert Downey Jr está um pouco caricato na pele do protagonista, um médico de origem pobre que fica encantando com o luxo da corte do rei Charles II (em boa interpretação de Robert Downey Jr. Deslumbrado pelos prazeres palacianos ele cai em uma fase promíscua e bem mundana. Só que o Rei não está disposto a dar a ele tudo de graça. Assim o casa com a própria amante, para disfarçar sua própria imoralidade. O casamento é de fachada, óbvio, e o médico não pode ter qualquer tipo de relacionamento com a amante real, só que como era de esperar as coisas tomam um rumo diferente. Essa primeira parte do filme é bem interessante. Depois o enredo dá uma guinada e o personagem de Downey Jr cai bem no meio da proliferação da peste negra em Londres. Essa segunda parte já me pareceu menos interessante, com toques bem folhetinescos. A personagem de Meg Ryan surge aqui. Uma mulher abandonada pelo marido que tem problemas mentais. Sua atuação não me pareceu boa, pelo contrário, ficou nada convincente. Melhor se sai Hugh Grant como um pintor mais preocupado com as intrigas da corte do que propriamente em ser um bom artista.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de maio de 2019
Vingadores: Ultimato
Assim o resultado, ao meu ver, ficou um pouco prejudicado, pois a viagem no tempo não deixa de ser algo bem manjando no universo pop. A despeito disso porém não posso deixar de admitir que em suas quase 3 horas de duração o filme diverte e funciona muito bem como aquilo que sempre foi, uma mera transposição bem realizada do universo dos quadrinhos para o cinema. Os elementos são bem trabalhados, encaixados na trama. Pode ser que se você perdeu algum filme da Marvel nesses últimos anos venha a se perder com tantas idas e vindas no tempo. Porém isso é o de menos. A estrutura narrativa funciona bem, tem bom ritmo e desenvolvimento.
Não é a maior maravilha cinematográfica do mundo como querem fazer crer alguns fãs de quadrinhos, mas funciona perfeitamente bem. É um produto pop de qualidade. Agora, temos que admitir também que um velho problema se repete aqui. Desde sempre qualquer filme com muitos personagens e muitos atores em cena acaba criando um subaproveitamento deles - tantos dos atores como dos heróis. Isso se repete nesse filme. É tanto super-herói em cena que poucos são desenvolvidos com cuidado. Fica aquela sensação de que muitos são apenas coadjuvantes de luxo. Mesmo assim repito que o filme agrada e diverte. Nesse mundo de tantos heróis da Marvel já está de bom tamanho.
Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, Estados Unidos, 2019) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Josh Brolin, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Paul Rudd, Benedict Cumberbatch, Brie Larson, Tom Holland, Chris Pratt, Michael Douglas, Robert Redford, Samuel L. Jackson / Sinopse: Para desfazer o mal causado pelo vilão Thanos, os vingadores decidem voltar no tempo para impedir que ele consiga as Joias do infinito que lhe dará um poder supremo sobre todo o universo.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de janeiro de 2019
Capitão América: Guerra Civil
O resultado disso? Um grande luta entre os super-heróis. É a tal coisa, se deu certo nos quadrinhos, porque não trazer para a tela? Ai começa o problema. Nos gibis a saga da Guerra Civil é longa, detalhista e cheia de subtramas. Além disso são centenas e centenas de personagens surgindo em inúmeras edições. Resumir tudo em um filme só é completamente impossível. Para acomodar cortes foram feitos e os roteiristas só deixaram o básico na tela. Com isso surgiram as críticas e protestos dos fãs de quadrinhos. Um exagero. São duas linguagem diferentes e não poderia ser de outra maneira. E muito em decorrência disso temos aqui um roteiro que muitas vezes se torna truncado, mal escrito mesmo. Quem não for leitor de quadrinhos ou que não venha acompanhando os outros filmes da franquia vai demorar um pouquinho para se situar no meio do caos. Mesmo assim está valendo. Como diversão pipoca "Civil War" é bem divertido. Só não adianta se iludir, pensando que é um filme perfeito, sem falhas ou que seja uma obra prima. Isso definitivamente o filme não é.
Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, Estados Unidos, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson / Sinopse: Os heróis Marvel entram em conflito após divergências sobre os limites que podem surgir em suas ações. Filme indicado ao Empire Awards e ao People's Choice Awards.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de agosto de 2018
Capitão América: Guerra Civil
Aqui temos o começo dos problemas envolvendo o Capitão América de um lado e o Homem de Ferro do outro. Em torno deles se formam dois grupos rivais de heróis. E a partir daí, como é de praxe nos quadrinhos e nos filmes adaptados, começa um grande quebra pau entre os personagens. Os efeitos especiais obviamente são de última geração, mas o roteiro deixa a desejar. Afirmo isso não apenas em relação aos quadrinhos em si, que trazia dezenas de outros personagens, mas também no desenvolvimento de cada um herói. É claro que edições e mais edições de revistas jamais poderiam ser compiladas de forma satisfatória em apenas um filme de pouco mais de duas horas. Assim, se você conseguir passar por cima dessa impossibilidade técnica, pode até mesmo vir a se divertir com tudo o que acontece na tela. É um típico filme blockbuster de Hollywood com tudo de bom e ruim que isso possa significar.
Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Emily VanCamp / Sinopse: O grupo de super-heróis dos Vingadores racha ao meio quando um tratado internacional é ratificado por centenas de países ao redor do mundo colocando um freio em suas atividades. O Homem de Ferro concorda com as novas medidas, mas o Capitão América se recusa a concordar com ele. Assim duas equipes antagônicas são formadas dentro dos Vingadores e elas logo entram em conflito.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Porém a despeito disso há também excelentes cenas. Dizem que para um filme ser considerado realmente muito bom deve haver pelo menos 3 boas cenas. Aqui temos todas elas. A primeira quando o Homem-Aranha tenta salvar os estudantes no monumento de Washington, a segunda no barco que vai se partindo ao meio e a terceira, no clímax, quando finalmente o cabeça de teia enfrenta o abutre com suas asas mecânicas. Para encaixar ainda mais clichês de filmes adolescentes os roteiristas colocaram o vilão como o pai da garota que Peter Parker é apaixonado - uma sacada óbvia, mas que funciona muito bem! Entre tantas boas cenas e muita ação, recheadas com o melhor que os efeitos digitais conseguem reproduzir na tela do cinema, temos assim um dos blockbusters mais divertidos do ano. Em nenhum momento ofende a inteligência do espectador e nem a sensibilidade (sempre à flor da pele) dos leitores dos quadrinhos. A Marvel aliás vive um momento estranho em sua história, acertando quase sempre no cinema e errando absurdamente nas suas publicações em quadrinhos! Enquanto na sétima arte eles só tem acertos, na nona arte estão derrapando feio! Quem diria...
Homem-Aranha: De Volta ao Lar (Spider-Man: Homecoming, Estados Unidos, 2017) Direção: Jon Watts / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, baseados nos personagens criados por Stan Lee, Steve Ditko e Jack Kirby / Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr, Marisa Tomei, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Chris Evans / Sinopse: O jovem Peter Parker (Holland) precisa enfrentar os problems típicos de sua idade, ao mesmo tempo em que investiga a venda de armas ilegais no mercado negro. Os armamentos baseados em tecnologia extraterrestre foram criados por Adrian Toomes (Michael Keaton), um inescrupuloso empreiteiro da construção civil.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Os Picaretas
Título Original: Bowfinger
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Imagine Entertainment
Direção: Frank Oz
Roteiro: Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Eddie Murphy, Heather Graham, Robert Downey Jr, Christine Baranski, Barry Newman
Sinopse:
Bowfinger (Steve Martin) é um produtor picareta de Hollywood, criador de inúmeros filmes Z, que decide dar um último golpe certeiro. Ele pretende filmar um superstar do cinema, sem que ele saiba, para assim montar seu próximo filme, algo que irá criar inúmeros problemas. Filme indicado ao Black Reel Awards, o Oscar do cinema negro americano, na categoria de Melhor Ator (Eddie Murphy).
Comentários:
Um velho sonho dos fãs de comédias americanas era ver atuando em um mesmo filme Steve Martin e Eddie Murphy. Essa seria uma parceria dos sonhos do humor americano. Quem acabou dando o pontapé inicial foi o próprio Martin. Ele havia escrito um roteiro que satirizava a própria Hollywood e acreditava que Murphy seria seu parceiro ideal. Realmente a premissa básica era bem divertida, porém o roteiro errava em apostar apenas em um tipo de situação, uma piada que se repetia, se repetia e se repetia ao longo de todo o filme. A saturação desse tipo de situação era bem previsível e realmente se confirmou nas telas. O curioso é que a direção foi dada ao talentoso Frank Oz, que havia dirigido o divertido "Os Safados" com o mesmo Steve Martin (aqui em outra parceria, com Michael Caine). Infelizmente ele não repetiu o bom trabalho do filme anterior. Assim "Os Picaretas" apesar de apresentar alguns bons momentos, deixa realmente a desejar. O próprio Eddie Murphy surge em muitos momentos caricaturais demais da conta. Nesse filme ele errou a dose. No mais vale apenas como curiosidade de ver dois dos grandes humoristas do cinema em um momento menor, não tão engraçado como era de se esperar.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de outubro de 2016
U.S. Marshals - Os Federais
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr, Joe Pantoliano, Daniel Roebuck, Tom Wood
Sinopse:
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que é designado para recapturar o criminoso e assassino Mark J. Sheridan (Snipes) de volta para a prisão. Durante o voo de sua transferência para um presídio de segurança máxima ocorreu um acidente com seu avião. Sheridan, com um treinamento fora do comum (ele foi fuzileiro naval no passado), conseguiu escapar e usando vários disfarces e identidades falsas se tornou um fugitivo extremamente complicado de se localizar. O que Gerard também não desconfia é que há interesses poderosos por trás da fuga do prisioneiro. Filme indicado ao Blockbuster Entertainment Awards.
Comentários:
Esse é um daqueles filmes policiais eficientes e competentes, com produção classe A e elenco de primeira que conseguiu se sobressair bem diante do que era produzido na época. Na verdade foi uma tentativa de transformar Tommy Lee Jones em um astro de ação de primeira grandeza. Certamente Jones é um grande ator, que sempre se saiu bem atuando nos mais diversos gêneros cinematográficos. Porém esse tipo de enquadramento mais restrito nunca me pareceu muito correto. Tommy Lee Jones ultrapassa esse tipo de categorização. O que conta muitos pontos em torno do filme é o seu elenco. Além de Jones (sempre bem em cena) o filme ainda contava com um jovem Robert Downey Jr interpretando um agente do FBI meio almofadinha, sem ainda a experiência de seu mentor dentro da força policial. O vilão de Wesley Snipes também era muito bom, se transformando em um destaque. Com treinamento militar, altamente inteligente e astuto ele conseguia literalmente sumir no meio da multidão, transformando a missão de Gerard e seus homens em algo muito mais complicado de se cumprir. Há diversas cenas de ação muito bem realizadas, mas uma das melhores ocorrem no alto de um prédio quando o agente federal Gerard (Jones) encurrala o fugitivo Sheridan (Snipes). Sem saída ele acaba encontrando uma forma nada convencional de escapar das garras da lei. Enfim, eis aqui um bom policial dos anos 90, com um roteiro ágil e elenco mais do que interessante. Uma ótima diversão no final das contas.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de setembro de 2016
Feriados em Família
Título Original: Home for the Holidays
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jodie Foster
Roteiro: Chris Radant, W.D. Richter
Elenco: Holly Hunter, Anne Bancroft, Robert Downey Jr, Charles Durning, Geraldine Chaplin, Steve Guttenberg, Dylan McDermott, Emily Ann Lloyd, Claire Danes
Sinopse:
A vida de Claudia Larson (Holly Hunter) parece estar desmoronando. Ele acabou de ser demitida do trabalho no museu de Chicago. Sua filha está apaixonada e quer ir morar com o namorado (que não tem emprego e nem meios de sustentá-la). Para piorar ela precisa se reunir com seus familiares para a noite do dia de ação de graças, algo que ela não tem a menor vontade de fazer pois sabe que será julgada por todos os seus familiares presentes. Um verdadeiro terror! Filme indicado aos prêmios GLAAD Media Awards e Young Artist Awards.
Comentários:
Mais um drama familiar (com toques de humor) enfocando o feriado do dia de ação de graças (um dos mais populares nos Estados Unidos). Como é comum nesse tipo de filme vemos uma típica família americana tendo que se reunir novamente (muitas vezes contra a própria vontade de seus membros) para uma noite de confraternização, que na maioria das vezes termina numa grande e descontrolada lavagem de roupa suja entre todos eles. Assim temos pais magoados com os filhos, irmãos que se odeiam, tios inconvenientes e por aí vai. O filme é bem feito, bem atuado, com ótimo elenco (há no mínimo uma meia dúzia de atores conhecidos em cena), mas para quem gosta de cinema o grande atrativo mesmo é o fato de que foi dirigido por Jodie Foster. Esse foi o terceiro filme da atriz como cineasta (antes ela havia assinado a direção de "Galeria do Terror" e "Mentes Que Brilham"). A conclusão que se chega após assistir ao filme é que Jodie Foster se saiu muito bem atrás das câmeras, extraindo um excelente resultado de todo o elenco (afinal atores e atrizes se entendem melhor entre si). Na época de lançamento Jodie Foster declarou que se apaixonou pela estória após ler o pequeno conto que lhe deu origem (escrito por Chris Radant) em uma revista de Chicago. Acabou realizando um dos melhores filmes de sua filmografia, embora ela própria não atue na produção.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Capitão América: Guerra Civil
Não, eu não li nenhuma revista da saga Civil War nos quadrinhos. Sei porém de antemão que a trama desenvolvido foi infinitamente mais complexa, com dezenas de outros personagens que simplesmente foram ignorados no filme. É normal, como condensar uma trama extensa, cheia de detalhes, em apenas uma película cinematográfica de duas horas e meia de duração? É impossível. Por isso os roteiristas passaram a tesoura sem dó. Personagens foram descartados e a longa estória mostrada nos quadrinhos foi reduzida a uma fac-símile, um resumão do que foi usado nas revistas. É o preço a se pagar em toda adaptação, seja em relação a livros, seja em relação a HQs.
Como não sou expert em quadrinhos entrei no cinema sem saber de muita coisa a não ser que os Vingadores iriam rachar ao meio, sendo um grupo formado liderado pelo Homem de Ferro e outro pelo Capitão América. Esse formato de enredo onde os super-heróis acabam quebrando o pau entre si mesmos é indiscutivelmente bem sucedido nas bancas. E isso vale para as duas maiores editoras. Se o Superman pode sair no braço com o Batman, porque a turma da Marvel não pode fazer o mesmo? É uma ideia até muito simplista e diria até boba, coisa de adolescente, mas que no final das contas funciona muito bem. De quebra ainda traz a participação do Homem-Aranha numa canja. Assim tudo se torna mesmo irresistível para quem é fã desses personagens.
Dito isso devo dizer que o roteiro de "Captain America: Civil War" não é nenhuma maravilha e começa muito mal. Há excesso de personagens, situações e subtramas. A primeira meia hora do filme é dispersa demais, pouco objetiva, mal escrita, complicada e confusa (pelo menos para quem nunca leu os gibis). O roteiro se mostra vacilante, mal arranjado e sem rumo a seguir. As coisas só melhoram mesmo quando os roteiristas finalmente resolvem enxugar tudo o que vinha acontecendo de forma um tanto aleatória na trama. Sim, há um tratado internacional que quer colocar freios nos Vingadores. Sim, eles não concordam em assinar ou não o tal tratado e sim, eles quebram o pau por essa razão. Quem diria que uma questão de direito internacional público iria ser o estopim dessa guerra entre eles? O resto é curtir a briga entre Homem de Ferro e Capitão América e todos os demais super-heróis (com a sentida ausência do Hulk no meio da briga!).
Assim o filme se revela um pouco problemático, mas ao mesmo tempo divertido, bem pipoca. As lutas andam cada vez mais bem coreografadas e os efeitos especiais são classe A. Em termos de narrativa a única coisa que achei bem esquisito foi a ausência de um vilão melhor, mais bem resolvido. Filme de super-herói sem um vilão bacana - e igualmente espalhafatoso - quase nunca funciona muito bem. De qualquer maneira se você estiver em busca de pura diversão, daquelas bem escapistas, "Civil War" pode funcionar que é uma beleza. Só não vá esperar por cinema como sétima arte. Aqui o que vale mesmo são os sopapos e a pipoca. Uma overdose pop sem culpas. Todo o resto é mero detalhe secundário.
Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Emily VanCamp / Sinopse: O grupo de super-heróis dos Vingadores racha ao meio quando um tratado internacional é ratificado por centenas de países ao redor do mundo colocando um freio em suas atividades. O Homem de Ferro concorda com as novas medidas, mas o Capitão América se recusa a concordar com ele. Assim duas equipes antagônicas são formadas dentro dos Vingadores e elas logo entram em conflito.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Vingadores: Era de Ultron
Nesse aqui eu considerei o Iron Man colocado para escanteio. Sua participação não é muito importante. Outro problema é o ego e a vaidade do ator Robert Downey Jr. Ele sempre tem que aparecer, seu rosto, e por isso as cenas em que vemos o Homem de Ferro mesmo, com o uniforme inteiro, com viseira abaixada, são cada vez mais raros. Nem no poster do filme usam a imagem clássica do personagem. É sempre Robert sem seu capacete. Cansa!
No filme o Tony Stark é mal aproveitado. Ele basicamente se interessa pela inteligência artificial de Ultron e começa a ficar fascinado com todas as possibilidade de levar aquela tecnologia em frente. Claro que acaba sendo o responsável por uma grande lambança quando tudo sai do controle e Ultron decide que o ser humano é um erro, uma falha, e precisa ser eliminado. A partir daí o bicho pega. A outra excelente cena - talvez a única - ocorre também quando Stark enfrenta Hulk em sua roupa especial, a Hulkbuster. Realmente o quebra pau entre eles vale pelo filme inteiro. Tudo muito fiel ao que estamos acostumados a ver nos quadrinhos. Fantástico.
Depois disso a alegria dos fãs do Homem de Ferro vai acabando porque ele vai virando um coadjuvante de luxo. Ele tenta evitar que a cidade venha abaixo e para isso usa toda a força de sua armadura, mas nada de muito marcante. Eu vou dizer uma verdade: O Robert Downey Jr muitas vezes enche o saco, já que ele sempre quer aparecer mais do que o próprio personagem que interpreta. É quase sempre ele fazendo piadinhas e não Tony Stark. É justo isso? Fica aí uma pergunta para os produtores dos próximos filmes.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de novembro de 2015
Vingadores: Era de Ultron
Sem a necessidade, muitas vezes enfadonha, de ter que sair apresentando personagem por personagem, o roteiro teve liberdade para contar um enredo com um melhor ritmo, sem se preocupar com bobagens desnecessárias. Além disso há um ótimo vilão em cena, o Ultron. Logo que ele começou a declamar suas falas em cena eu reconheci imediatamente aquela forma singular de falar. Não poderia ser outro ator a dublar que não fosse o ótimo James Spader. A sensação inconsciente que tive foi que aquele robô havia incorporado o personagem Raymond 'Red' Reddington da série "The Blacklist". O mesmo sentimento, a mesma maneira de se expressar. Até mesmo os técnicos de efeitos especiais se empenharam em trazer os trejeitos de Spader para aquela máquina. Sinceramente essa foi para mim a melhor coisa de todo o filme. Simplesmente impagável. Em relação aos demais Vingadores temos que reconhecer que aquele velho problema de filmes com muitos protagonistas se repete aqui. Há muitos heróis para explorar ao mesmo tempo, com isso todos eles acabam sendo mal aproveitados de uma forma ou outra. No fundo a ideia de uma equipe de super heróis só funciona mesmo nas cenas de ação quando eles se unem para combater o mal, aqui corporificado em um exército de robôs controlados remotamente por Ultron. Confesso que em relação a essas mesmas máquinas não senti muita credibilidade nos efeitos digitais. Eles não reagem à gravidade, não parecem ter massa ou peso algum e deixam a sensação que estamos vendo um videogame. Em um aspecto que não poderia haver falhas o filme realmente apresenta esse defeito. Os efeitos não são tão perfeitos como era de se esperar. Para os apaixonados por quadrinhos porém isso tem pouca importância. Eles querem mesmo é ver seus personagem preferidos em carne e osso, aqui com o bônus de encontrarem pela primeira vez uma nova galeria de heróis formado por personagens como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio. Provavelmente a Marvel vá aproveitar cada um deles em futuros filmes ou séries, afinal de contas se há algo lucrativo hoje em dia no mundo do cinema essa é a adaptação de quadrinhos em série para a sétima arte. Assim deixo a recomendação, mesmo que você não seja um leitor dessas histórias a diversão certamente estará garantida.
Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, Estados Unidos, 2015) Direção: Joss Whedon / Roteiro: Joss Whedon, baseado nos personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby / Elenco: Robert Downey Jr., James Spader, Chris Evans, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Elizabeth Olsen, Paul Bettany / Sinopse: Um novo vilão chamado Ultron (James Spader) decide destruir a humanidade para em seu lugar recomeçar a história da Terra com uma nova raça de seres evoluídos, inteligentes e racionais. Para evitar que seus planos sejam levados em frente um grupo de super-heróis que se denomina de Vingadores resolve combater essa nova ameaça. Filme indicado a vários prêmios do Australian Film Institute, Golden Trailer Awards e Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
O Rei da Paquera
Molly Ringwald foi uma atriz jovem que fez vários sucessos nessa época. Curiosamente depois que saiu da adolescência e se tornou uma mulher adulta sua carreira no cinema praticamente acabou. Ela funcionava muito bem como garota tímida e ruiva, não muito bonita. Depois que ganhou mais idade perdeu o encanto para os estúdios. Já Robert Downey Jr teve um futuro bem mais promissor. Ele sofreu durante muitos anos de dependência química. Passou por péssimos momentos, mas conseguiu se firmar quando se tornou adulto, tendo uma longa e bem sucedida carreira em Hollywood. Algo que ninguém apostaria quando assistiu a esse filme pela primeira vez.
O Rei da Paquera (The Pick-up Artist, Estados Unidos, 1987) Direção: James Toback / Roteiro: James Toback / Elenco: Molly Ringwald, Robert Downey Jr, Dennis Hopper / Sinopse: O conquistador barato da escola acaba sendo conquistado por uma garota improvável, nada popular entre os demais alunos. Agora ele é que se torna servo da garota com quem passa a namorar. Coisas da paixão.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
O Juiz
Título no Brasil: O Juiz
Título Original: The Judge
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: David Dobkin
Roteiro: Nick Schenk, Bill Dubuque
Elenco: Robert Downey Jr., Robert Duvall, Vera Farmiga, Billy Bob Thornton, Vincent D'Onofrio, Leighton Meester, Dax Shepard
Sinopse:
Hank Palmer (Robert Downey Jr) é um advogado rico e bem sucedido de Nova Iorque. Defendendo todos os tipos de criminosos poderosos, como fraudadores de seguros e executivos do colarinho branco, ele acaba conseguindo formar uma pequena fortuna. Quando sua mãe falece no interior de Indiana ele precisa retornar para sua cidadezinha natal para prestar suas últimas homenagens. A volta porém logo se mostrará bem complicada pois além de rever antigos amigos e amores do passado, Hank precisará também lidar com seu pai, o juiz Joseph Palmer (Robert Duvall), um homem duro e austero, da velha escola, que tem problemas de relacionamento com ele. Quando Joseph é acusado de atropelar uma pessoa, Hank se oferece para lhe defender no tribunal, o que se provará ser a grande chance para que finalmente ambos se reconciliem definitivamente. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall).
Comentários:
Em um primeiro momento você vai pensar que irá assistir a um filme de tribunal, bem de acordo com aqueles antigos clássicos americanos que todos os cinéfilos já conhecem tão bem. Essa porém é uma visão um pouco equivocada. Explico. Apesar da trama girar superficialmente sobre o caso de um juiz acusado de matar um homem deliberadamente, o que temos aqui não é um filme estritamente de tribunal, mas sim um autêntico e muito bem escrito drama familiar. Olhando-se atentamente logo perceberemos que o importante não é o julgamento em si, e nem o escândalo de acompanhar um veterano juiz (interpretado maravilhosamente bem por Robert Duvall) no banco dos réus, mas sim seu conturbado relacionamento com o próprio filho que não vê há anos. Por ter causado um acidente de carro no passado e por ter sido o mais rebelde de seus três filhos, criou-se um abismo entre eles, onde ambos não conseguem mais expressar sinceramente seus sentimentos um para o outro. A morte da mãe poderia ser um momento de redenção, mas para o velho durão há pouco espaço para diálogo e perdão. Esse roteiro é brilhante porque o velho juiz, que se considerava acima do bem e do mal, começa a entender toda a sua fragilidade como um ser humano comum. Ele está seriamente doente, embora tente esconder isso.
Algumas cenas que exploram isso são muito tocantes, em especial àquelas em que ele finalmente se revela vulnerável na presença de seu próprio filho. Esse por sua vez passou a vida inteira tentando provar algo ao pai, lutando para deixar seu velho orgulhoso, embora nunca tenha recebido nenhum elogio em troca, sendo sempre ignorado. São duas pessoas que se amam no fundo, mas que por um motivo ou outro resistem a dar o braço a torcer. São muito orgulhosos para isso. A vida, como sempre, lhes ensinará uma importante lição. O elenco é magistral e conta com um grupo de atores coadjuvantes de muitas séries americanas atuais (quem gosta de seriados terá uma surpresa em praticamente cada nova cena). Assim recomendo o filme sem receios. Adorei praticamente tudo e digo isso não apenas por ser do meio jurídico, do direito que também amo, mas por trazer um retrato sincero do relacionamento (quase) sempre problemático que pode surgir entre pai e filho. Um grande filme que merece ser assistido com atenção. Certamente vai deixar muitos filhos (e pais) reflexivos sobre seu próprio modo de agir e se relacionar.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras
Título Original: Sherlock Holmes - A Game of Shadows
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Michele Mulroney, Kieran Mulroney
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Jared Harris, Noomi Rapace
Sinopse:
Sherlock Holmes (Robert Downey Jr) vive um novo desafio. Um dos herdeiros do trono austríaco é encontrado morto e evidências apontam que se trata de um mero suicídio. Tudo óbvio demais para Holmes. Ao lado de seu fiel companheiro Watson (Jude Law) e da vidente Sim (Noomi Rapace) ele começa a desvendar um grande plano conspiratório certamente arquitetado pelo gênio do crime, o professor Moriarty (Jared Harris).
Comentários:
Os mesmos problemas do primeiro filme se repetem aqui. Essa nova franquia do famoso personagem Sherlock Holmes se propõe a ser um filme baseado na pura ação, o problema é que o personagem da literatura sempre foi mais voltado para o lado intelectual de suas tramas e mistérios. Assim em nome de uma suposta popularização ao público mais jovem que frequenta os cinemas nos dias de hoje se matou grande parte das características originais do personagem dos livros. O que sobra depois dessa metamorfose é pouco para justificar tamanha mudança. Robert Downey Jr continua com suas gracinhas e piadinhas infames, mostrando que como ator ele de fato parou no tempo, sempre se repetindo à exaustão. Há uma sensível melhora no roteiro mas nada que justifique muito o trabalho de ir ao cinema para conferir esse prato (mal) requentado. No máximo vale uma conferida distraída na Tv a cabo, até porque apesar da produção rica e luxuosa o filme em si, que custou mais de 120 milhões de dólares, como produto cinematográfico, nunca foi lá essas coisas.
Pablo Aluísio.