sábado, 7 de setembro de 2019

Brincou com Fogo... Acabou Fisgado!

Título no Brasil: Brincou com Fogo... Acabou Fisgado!
Título Original: Continental Divide
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Michael Apted
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: John Belushi, Blair Brown, Allen Garfield, Carlin Glynn, Tony Ganios, Liam Russell

Sinopse:
Ernie Souchak (Belushi) é um jornalista de Chicago que se apaixona por uma mulher com personalidade bem diferente da dele, a pesquisadora de vida animal Nell Porter (Blair Brown). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Blair Brown).

Comentários:
Esse filme foi o penúltimo da carreira de John Belushi. Ele queria fazar um tipo de personagem mais romântico, mais sofisticado. Nada a ver com seus personagens grotescos, glutões, que eram os preferidos do público, tanto na TV como no cinema. A mudança não agradou aos fãs e o filme fracassou nas bilheterias. As pessoas acharam chato o filme, sem graça, com Belushi fazendo um papel que para muita gente não tinha nada a ver com ele. Todo mundo sabia que ele tinha problemas com drogas e quando o filme afundou ele acabou afundando junto, exagerando muito no consumo abusivo de cocaína e heroína. Essa combinação fatal o levaria à morte apenas alguns meses depois. Lamentavelmente John Belushi foi encontrado morto após uma overdose de drogas em um hotel barato de Los Angeles. Foi o fim precoce de um dos humoristas mais engraçados da virada dos anos 70 para os 80. Essa produção mais romântica hoje em dia é considerada apenas uma piada sofisticada demais que não foi entendida, nem apreciada. Vale para ver Belushi em um papel diferente. Já que ele morreu tão cedo é uma das poucas amostras do que ele poderia fazer caso lhe dessem papéis diferentes para atuar.

Pablo Aluísio.

Corpos Ardentes

Título no Brasil: Corpos Ardentes
Título Original: Body Heat
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Richard Crenna, Ted Danson, Mickey Rourke, J.A. Preston

Sinopse:
No meio de uma forte onda de calor da Flórida, uma mulher convence seu amante, um advogado de uma cidade pequena, a assassinar seu marido rico. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria revelação feminina do ano (Kathleen Turner). Também indicado ao BAFTA Awards.

Comentários:
Fazer um filme que misture assassinato com erotismo não é uma tarefa muito fácil, mas o diretor Lawrence Kasdan conseguiu unir esses dois elementos tão díspares em um filme realmente muito bom. Eu não tive a oportunidade de ver esse filme no cinema na época porque não tinha ainda idade por causa da classificação indicativa imposta pela censura (O Brasil ainda vivia sob regime militar). Anos depois o filme finalmente foi lançado em VHS e finalmente pude conferir. Por muito tempo a crítica chamou atenção para a atriz Kathleen Turner. No auge da beleza ela trazia uma sensualidade à flor da pele que chamava a atenção. De fato ela está muito bem, principalmente por encarnar esse modelo de personagem feminina bem conhecida como "dama fatal". Aquela mulher belíssima que vai acabar destruindo sua vida. Que tal ir até o inferno por estar perdidamente apaixonado? Assista ao filme e veja esse processo de forma até bem didática. De quebra havia ainda um elenco de apoio muito bom, contando com, entre outros, Mickey Rourke, bem jovem e já chamando a atenção por seu trabalho no filme.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Nos Bastidores da Notícia

Título no Brasil: Nos Bastidores da Notícia
Título Original: Broadcast News
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: William Hurt, Jack Nicholson, Albert Brooks, Holly Hunter, Joan Cusack, Robert Prosky,

Sinopse:
Em uma emissora de televisão dois jornalistas, apresentadores de jornais, começam uma briga de egos sem limites, cada um tentando aparecer e ser mais bem sucedido do que o outro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.

Comentários:
Filme que sempre achei muito superestimado pela crítica. OK, é uma boa visão, até mordaz e cínica, sobre os bastidores do mundo da TV, mas nada muito além disso. O filme é estrelado pelo ator William Hurt, que sempre considerei um bom profissional do ramo da atuação, mas sem carisma, frio, quase sem alma em cena. Quem acabou roubando o filme no quesito elenco foi mesmo Jack Nicholson interpretando um veterano apresentador, um sujeito irascível e nada fácil de controlar. Hoje em dia o filme perdeu parte de sua força porque ficou inegavelmente datado em certas partes. Chegou a ser indicado em seu lançamento original a várias categorias do Oscar e do Globo de Ouro, mas já naquela época eu achei tudo muito exagerado. Parece que a Academia prestou mais atenção nos nomes envolvidos do que nas qualidades cinematográficas do filme em si. É o velho lobby existente em Hollywood. Assista pela presença de Jack Nicholson, que mesmo em um papel menor, conseguiu atrair todos as atenções. Tirando ele, que realmente se sobressai, o resto é bem na média, nada espetacular ou memorável.

Pablo Aluísio.

Chinatown

Título no Brasil: Chinatown
Título Original: Chinatown
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Robert Towne
Elenco: Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, Perry Lopez, John Hillerman, Darrell Zwerling

Sinopse:

Década de 1940. O detetive particular J.J. Gittes (Jack Nicholson) é contratado para resolver mais um caso de rotina em sua profissão, mas que na verdade esconde uma imensa rede de crimes, mortes e corrupção entre as altas esferas do poder. Filme premiado com o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Robert Towne).

Comentários:
Recentemente um grupo de renomados críticos de cinema dos Estados Unidos elegeu esse filme como o segundo melhor dos anos 70, ficando atrás apenas de "O Poderoso Chefão". De fato é um clássico do cinema, um dos melhores trabalhos da carreira de Jack Nicholson, aqui sendo dirigido pelo mestre Roman Polanski. O interessante é que a ideia do diretor era apenas homenagear os antigos filmes de detetives dos anos 40. Aqueles com roteiros intrigados, mulheres fatais e protagonistas que eram acima de tudo anti-heróis. O cinema noir foi uma grande fonte de inspiração para Polanski. Assim temos um filme dos anos 70 com todo o estilo dos velhos filmes de Humphrey Bogart. O roteirista Robert Towne foi muito feliz nesse aspecto porque esses filmes sempre tinham um ponto de partida banal que aos poucos ia se tornando cada vez mais complexos até que o personagem principal (geralmente um detetive particular decadente) se via envolvido numa teia enorme de crimes e corrupção, envolvendo até mesmo altas figuras da política. Jack Nicholson está perfeito como J.J. Gittes. Poderia ser um papel para Bogart, mas com o bom e velho Jack tudo fica muito bem caracterizado. Enfim, se ainda não assistiu a essa joia cinematográfica não vá mais perder seu tempo. Corra atrás que é um filme essencial e obrigatório para cinéfilos em geral. Uma verdadeira obra prima cinematográfica.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Amor à Primeira Vista

Título no Brasil: Amor à Primeira Vista
Título Original: Falling in Love
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ulu Grosbard
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Robert De Niro, Meryl Streep, Harvey Keitel, Jane Kaczmarek, George Martin, David Clennon

Sinopse:

Frank (De Niro) e Molly (Streep) se conhecem casualmente durante as compras de natal em Nova Iorque. Meses depois voltam a se reencontrar em um trem indo para o centro de Manhattan. Ambos estão em busca de uma nova paixão. O que começa com um flerte casual acaba se tornando uma bela história de amor.

Comentários:
Os fãs de cinema sempre quiseram ver um reencontro nas telas entre Robert De Niro e Meryl Streep. Eles tinham trabalhado juntos antes em "O Franco Atirador" e todo mundo queria ver o casal junto novamente na tela. Isso durou anos até que eles decidiram finalmente atender a esse desejo dos cinéfilos. O interessante é que não escolheram um drama pesado para isso, mas sim um filme mais leve, bem romântico e que se dava até mesmo ao direito de ter uma daquelas trilhas sonoras bem melosas e açucaradas, com semelhanças de enredo com "Love Story", o grande sucesso de bilheteria do começo dos anos 80. Dessa maneira temos que reconhecer que "Falling in Love" ("Apaixonado" no título original) não é um filme excepcional com excelente roteiro e direção. Nada nesse sentido. É na verdade um bom filme romântico com uma dupla central de atores excepcional, eis a principal diferença. Muitas pessoas na época pensaram que o filme seria indicado com certeza ao Oscar nas categorias de melhor ator e atriz, mas isso não aconteceu, justamente pelo fato desse filme ser bem despretensioso. Vale é claro por ver De Niro apaixonado por Streep, mas nada muito além disso. Um bom momento do cinema romântico dos anos 80 e isso é tudo.

Pablo Aluísio.

Era uma Vez na América

Título no Brasil: Era uma Vez na América
Título Original: Once Upon a Time in America
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sergio Leone
Roteiro: Leonardo Benvenuti
Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Treat Williams, Tuesday Weld, Burt Young

Sinopse:
Um antigo gângster retorna para suas origens no Lower East Side de Manhattan. Ele havia deixado a região há mais de 30 anos e agora precisa lidar com todos os arrependimentos e traumas de seu passado. Roteiro baseado no livro de Harry Grey. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção (Sergio Leone) e Melhor Trilha Sonora Original (Ennio Morricone).

Comentários:
O mestre Sergio Leone trabalhou muito pouco nos Estados Unidos. Para o tamanho de seu talento esse aspecto deixou a desejar. Artesão do cinema, ele tinha dificuldades em lidar com o lado industrial do cinema americano. Mesmo assim o pouco que produziu na América fez história. Esse "Once Upon a Time in America" foi muito provavelmente seu projeto mais ambicioso. Leone quis contar parte da história dos imigrantes nos Estados Unidos. E o mundo do crime organizado, dos gangsters, não poderia ficar de fora. Considerado por alguns críticos da época como uma espécie de complemento ao épico "O Poderoso Chefão" o filme só não foi mais aclamado em seu lançamento original porque o público americano achou a produção pesada demais, excessivamente longa. Talvez o farto material fosse menos mais adequado para uma minissérie ou ainda dois longas. De qualquer forma o resultado ficou excepcional em minha opinião. Assisti pela primeira vez ainda nos tempos do VHS. Eu me recordo bem que o filme foi lançado em fita dupla por causa de sua longa duração. Era um item essencial nas locadoras para quem estivesse em busca de cinema de qualidade e tudo isso com a assinatura de um dos grandes diretores de todos os tempos, o incomparável Sergio Leone.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A Menina e o Leão

Título no Brasil: A Menina e o Leão
Título Original: Mia et le lion blanc
Ano de Produção: 2018
País: França, África do Sul, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, Outside Films
Direção: Gilles de Maistre
Roteiro: Prune de Maistre, William Davies
Elenco: Daniah De Villiers, Mélanie Laurent, Langley Kirkwood, Ryan Mac Lennan, Lionel Newton, Lillian Dube

Sinopse:
Mia é um jovem que morou toda a sua vida em Londres. Quando sua família se muda para a África do Sul ela sente saudades de seus antigos amigos de escola. Aos poucos porém ela vai se aproximando de um filhotinho de leão, um leãozinho branco que ela chama de "Charlie". A amizade entre os dois só vai se fortalecer com os anos e ela fará de tudo para protegè-lo dos caçadores africanos

Comentários:
Esse filme chegou a ser lançado no circuito comercial de cinemas no Brasil. Algo raro de acontecer em se tratando de um filme rodado e produzido na África do Sul. É uma produção com mensagem ecológica, mais voltada para um público adolescente. É meio enervante esse roteiro porque ele insiste em tratar um leão como um animal doméstico. Leões são animais selvagens e não pets. Além disso mesmo quando o animal fica adulto (e potencialmente perigoso) para a garota Mia que o trata desde filhote, o filme ainda insiste que isso não traria perigos para a jovem (o que não é verdade!). Assim o filme, apesar de suas boas intenções, erra nesse aspecto crucial. O roteiro também segue uma certa fórmula que já havia sido usada antes, só que com outro animal, em "Free Willy", ou seja, a luta de um jovem para que animais voltem para a vida selvagem, mesmo que isso vá contra até mesmo o desejo de seus familiares. O aspecto positivo vem na mensagem final, já nos letreiros, quando o filme informa que a caça de leões criados em fazendas ainda é permitido em certos países africanos. Nesse tópico sou completamente contra esse tipo de atividade. Pelo menos nessa sua lição principal está correta. No mais o estilo é bem convencional, sem maiores surpresas. Provavelmente vai virar um filme recorrente na Sessão da Tarde daqui alguns anos.

Pablo Aluísio.

Todos os Homens da Rainha

Título no Brasil: Todos os Homens da Rainha
Título Original: All the Queen's Men
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Alemanha, Áustria
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Digby Wolfe, Joseph Manduke
Elenco: Matt LeBlanc, Edward Fox, Udo Kier, Eddie Izzard, Karl Markovics, Nicolette Krebitz

Sinopse:
Um grupo de agentes britânicos, liderados por um americano, é enviado para entrar disfarçado em uma fábrica na Alemanha Nazista durante a II Guerra Mundial. Para isso todos os agentes precisam se passar por mulheres

Comentários:
O ator Matt LeBlanc (da série "Friends") tentou várias vezes a transição da TV para o cinema. Uma das tentativas foi essa comédia meio sem graça chamada "All the Queen's Men". O problema aqui é a falta de originalidade e a saturação de uma piada única. Bom, original o roteiro passa longe de ser uma vez que essa coisa de atores vestidos de mulheres já vem sendo utilizado pelo cinema há décadas. Basta lembrar do clássico de Billy Wilder "Quanto Mais Quente Melhor" para perceber bem isso. A outra questão vem da repetição. Ok, marmanjos com roupas de mulheres, tentando imitar os trejeitos femininos, pode até, quem sabe, arrancar algumas risadas, mas repetir a mesma coisa à exaustão faz tudo perder a graça, ficando apenas constrangedor. Assim é um filme para se ver apenas uma vez, dar umas risadinhas amarelas e nada mais. Nem a desculpa de que tudo seria com o objetivo de decifrar a máquina Enigma usada pelos nazistas consegue manter o interesse por muito tempo. Bem descartável mesmo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Os Vícios de Hitler

Título no Brasil: Os Vícios de Hitler
Título Original: Hitler's Hidden Drug Habit
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Chris Durlacher
Roteiro: Chris Durlacher
Elenco: Ewan Bailey, Adolf Hitler, Bill Panagopulo, Theodor Morell, Henrik Eberle, Sarah Bailey

Sinopse:
O documentário explora os diversos problemas de saúde do ditador nazista Adolf Hitler e sua crescente dependência em drogas ministradas por seu médico particular Dr. Theodor Morell.

Comentários:
Hitler era vegetariano, só procurava comer grãos, mas mesmo assim desenvolveu uma série de doenças crônicas durante a II Guerra Mundial. Amparado por seu médico pessoal, o Dr. Theodor Morell, um misto de charlatão e oportunista, ele foi ficando cada vez mais dependente de uma infinidade de droga pesadas, conforme a sua Alemanha nazista começava a perder a guerra. O diário e os registros médicos do Morell sobreviveram ao tempo e se tornaram peças fundamentais da história do III Reich. Entre as revelações mais interessantes ficamos sabendo, por exemplo, que Hitler desenvolveu dependência de uma droga que foi considerada uma predecessora da heroína e cocaína. Isso mesmo, enquanto a propaganda nazista propunha uma juventude alemã sadia, forte, adepta de exercícios físicos, seu próprio líder afundava no vício em drogas pesadas. Outro fato curioso é a revelação que Hitler em seus últimos dias estava sofrendo do Mal de Parkinson, como bem demonstram imagens recuperadas da época e que foram excluídas da propaganda por mostrar as mãos de Hitler com os típicos tremores dessa doença. Nos Estados Unidos esse documentário também é conhecido como Nazi Junkies (Os nazistas drogados). Enfim, mais um excelente resgate histórico da National Geographic expondo detalhes sórdidos, inéditos e em alguns casos, esquecidos da história mundial.

Pablo Aluísio.

O Rei da Comédia

Título no Brasil: O Rei da Comédia
Título Original: The King of Comedy
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul D. Zimmerman
Elenco: Robert De Niro, Jerry Lewis, Diahnne Abbott, Sandra Bernhard, Ed Herlihy, Loretta Tupper

Sinopse:
Rupert Pupkin (De Niro) é um comediante fracassado que decide sequestrar o astro da comédia Jerry Langford (Jerry Lewis). Seu modo de agir e ser combina uma mente doentia com o desejo insano de fazer sucesso a qualquer preço. Filme indicado a Palma de Ouro do Cannes Film Festival.

Comentários:
O último grande filme da carreira de Jerry Lewis no cinema também foi o mais perturbador. Como explicaria depois o diretor Martin Scorsese esse projeto só sairia do papel mesmo depois que Lewis aceitasse a oferta de trabalhar nele. E isso era algo nada certo, nem garantido, porque o personagem dele era um tanto sombrio, sinistro até. Um comediante consagrado que tinha uma imagem pública bem diferente do seu verdadeiro ser. Para pessoas que viveram com Lewis esse seu personagem no filme era mais parecido com ele na vida real do que qualquer outra coisa. De fato ele tendia para a melancolia, para a seriedade, nada parecido com seus personagens malucos que o público via no cinema. E para completar esse quadro, nada melhor do que um Robert De Niro irreconhecível. Na época o ator não havia atuado em nada parecido na sua filmografia, o que surpreendeu muitas pessoas. Era um misto de obsessão com psicopatia, sempre com um sorriso insano na face. Chegou a assustar. Então é isso. Um dos filmes mais perturbadores dos anos 80, com dois grandes astros de Hollywood, aqui em papéis completamente incomuns. Tudo com a direção do mestre Scorsese.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

X-Men: Fênix Negra

Título no Brasil: X-Men - Fênix Negra
Título Original: Dark Phoenix
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Simon Kinberg
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Sophie Turner, Jessica Chastain, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult

Sinopse:
Durante um resgate no espaço Jean Grey (Turner) é exposta a uma força do cosmos desconhecida. A partir desse momento ela muda completamente, se tornando extremamente poderosa, o que acaba colocando a Terra e os próprios membros da equipe X-Men em perigo. Filme baseado nos personagens criados por Stan Lee.

Comentários:
Criticaram bastante esse filme. Os críticos de cinema não acharam grande coisa e os fãs de quadrinhos literalmente desceram a lenha no filme. Gente chata. O filme funcionou muito bem no meu caso. O que eu procurava por aqui? Diversão e passatempo por duas horas. Acabei sendo plenamente satisfeito. O filme entrega o que promete. Não adianta procurar os mínimos detalhes em termos de diferença do cinema para os quadrinhos. São linguagens diferentes, os filmes nunca terão a fidelidade completa do que se lê nas revistas. São dois mundos diversos. Como não sou leitor de comics acabei curtindo o filme pelo que ele é, cinema pipoca em sua essência. Há um enredo bem contado, com começo, meio e fim, bons efeitos especiais, um elenco carismático e isso era basicamente tudo o que eu estava procurando. Além disso essa personagem Jean Grey é uma das mais interessantes dessa universo da Marvel. É estranha, complexa, caminha numa tênua linha entre o bem e o mal e é superpoderosa ao extremo. Ela já havia sido bem explorada na franquia original X-Men. Também gostei da atriz Sophie Turner no papel. Confesso que sou suspeito pois sempre gostei dela como Sansa Stark em "Game of Thrones". Aqui repete o bom trabalho. Então é isso. Como cinema pipoca esse novo X-Men não deixou nada a desejar. O resto é chatice de gente exigente demais.  

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de setembro de 2019

Por Dentro da SS

Título no Brasil: Por Dentro da SS
Título Original: Inside the SS 
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: National Geographic
Direção: Serge de Sampigny
Roteiro: Serge de Sampigny
Elenco: Stefan Ashton Frank, Alexandre Tanguy, François Boulanger, Virginie Duverger, Fabrice Averlan

Sinopse:
Documentário produzido pela National Georgraphic que explora a tropa de elite nazista conhecida como Waffen SS, grupo de fanáticos nazistas responsáveis pelas maiores atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial.

Comentários:
Como agiam e como pensavam os membros da SS? Essa parece ser a principal pergunta que esse documentário tenta responder. E nada melhor do que entrevistar os antigos soldados nazistas SS que ainda estão vivos. Pouca gente sabe, mas a pura verdade é que apenas os líderes foram condenados ao final da II Guerra. A imensa maioria desses soldados e oficiais de elite do nazismo continuaram vivos e impunes após o final do maior conflito armado da história. Muitos inclusive passam pela tela ainda defendendo as ideias que forjaram o caráter dos membros da SS. E isso é realmente espantoso, já que eles estiveram diretamente envolvidos nos crimes contra a humanidade praticados durante o holocausto. Um deles inclusive se recusa de forma veemente a acreditar que houve realmente o assassinato em massa de judeus em Auschwitz e outros campos de concentração. Algo impressionante de se ver. Um velho veterano chega ao ponto inclusive de elogiar o famigerado Heinrich Himmler, braço direito de Hitler. Pelo que podemos sentir é que apesar da guerra ter terminado há mais de 70 anos, o ódio que serviu de cimento para o fanatismo nazista ainda continuou vivo na mente dessas pessoas. Algo escabroso de se constatar.

Pablo Aluísio.

Bastidores da Guerra

Título no Brasil: Bastidores da Guerra
Título Original: Path to War
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Avenue Pictures
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Daniel Giat
Elenco: Michael Gambon, Donald Sutherland, Alec Baldwin, Bruce McGill, James Frain, Felicity Huffman

Sinopse:
O filme mostra os bastidores da escalada no envolvimento das forças armadas americanas na guerra do Vietnã. O ponto de vista passa a ser a do presidente Lyndon Johnson (Michael Gambon) e de sua indecisão entre enviar mais soldados dos Estados Unidos para aquele distante país ou cancelar tudo. Filme premiado pelo Globo de Ouro.

Comentários:
O presidente Lyndon Johnson entrou para a história dos Estados Unidos como o líder que afundou o país na desastrosa guerra do Vietnã. E ele tinha muitas dúvidas antes de tomar todas aquelas decisões erradas que levaram milhares de jovens americanos à morte nas selvas tropicais do sudeste asiático. O roteiro pode soar burocrático para algumas pessoas, principalmente pela luta psicológica dos bastidores da política, dentro da Casa Branca. Porém para quem gosta de história e deseja saber mais sobre tudo o que aconteceu antes da lama do Vietnã, esse filme pode ser mesmo uma excelente opção. O ator Michael Gambon está muito bem no papel do presidente, mas em minha opinião o melhor ator do elenco é mesmo Alec Baldwin. Ele interpreta o secretário de defesa Robert McNamara, cujos conselhos levaram a América para o desastre certo. E o veterano cineasta John Frankenheimer mostra mais uma vez que não perdeu a mão para dirigir bons filmes sobre política internacional. Assista e veja como um dominó de decisões políticas equivocadas podem custar muito caro a toda uma nação.

Pablo Aluísio.

sábado, 31 de agosto de 2019

Paul McCartney: Man on the run

Terminei de ler essa biografia de Paul McCartney. Escrita por Tom Doyle, é bom saber algumas coisas antes de comprá-la. A primeira delas é que o Beatle Paul, seus anos de glória no lado do quarteto de Liverpool, são praticamente deixados de lado. Na verdade o que temos aqui é a carreira de Paul nos anos 70, logo após o fim dos Beatles. A época em que "o sonho acabou" é assim o ponto de partida do livro. Tudo bem, é a época em que Paul criou uma nova banda, os Wings, e tentou reviver tudo ao lado desses jovens músicos, porém o gosto de decepção começa logo nas primeiras páginas quando o leitor descobre isso. Não é uma biografia completa. Simples assim.

Ao lermos o livro com atenção percebemos também que esse foi um dos maiores erros dele. O Wings nunca conseguiu se acertar direito. Havia muitos problemas de relacionamentos e aquele ideia ingênua de Paul em formar um novo grupo musical só lhe trouxe problemas. Claro, houve boa música, álbuns realmente memoráveis, mas também houve brigas, processos judiciais e muita dor de cabeça que poderia ter sido evitada.

Outro ponto enfocado bem nesse livro foi o conturbado período em que Paul passou preso no Japão. Ele tinha ido naquele país fazer uma turnê, mas foi pego no aeroporto com algumas gramas de maconha na mala. Acabou ficando vários dias preso, com possibilidade de pegar uma pena longa em uma prisão japonesa. Foi a partir dessa crise que Paul decidiu mesmo acabar com os Wings, acabar com os velhos sonhos e partir finalmente para uma carreira solo, se assumindo apenas como Paul McCartney nos discos e nos shows ao vivo.

E aí vem a decepção. O livro acaba justamente nesse momento. Paul contratou novamente George Martin para trabalhar ao seu lado, o que daria origem ao maravilhoso disco "Tug of War", mas esse momento tão importante também marca o final da biografia. Para quem curte dos discos de Paul nos anos 80, pode esquecer, É uma pena. No mais vale por algumas informações interessantes da vida íntima do ex-Beatle, inclusive da sua fazenda rústica na Escócia, um lugar que não tinha nenhuma infraestrutura, mas que parecia ser o lugar preferido de Paul. Sujo de lama, cuidando de ovelhas, ele parecia se encontrar ali, naquela região distante. No meio do lamaçal, com botas altas, o Paul parecia mais feliz do que nunca! Quem diria, o Beatle Paul sempre teve mesmo uma vocação para fazendeiro!

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Piratas do Caribe: No Fim do Mundo

Título no Brasil: Piratas do Caribe - No Fim do Mundo
Título Original: Pirates of the Caribbean At World's End
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Jonathan Pryce, Jack Davenport,

Sinopse:
O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) volta aos sete mares, mas precisa sobreviver a uma legião de inimigos que querem vê-lo morto, traído pelas costas. Entre eles está o pirata Hector Barbossa (Geoffrey Rush) que quer colocar as mãos em Sparrow e o governador Weatherby Swann (Pryce) que deseja colocar lei e ordem no Caribe a serviço do Rei.

Comentários:
Não vá perder a conta. Esse foi o terceiro filme da franquia "Piratas do Caribe". O grande sucesso dos filmes anteriores fez com a Disney gastasse a verdadeira fortuna de 300 milhões de dólares para produzir esse blockbuster. Acabou sendo um filme mais caro do que "Titanic" que ostentava até aquele momento o título de filme mais caro da história. Uma verdadeira temeridade, até mesmo para os padrões multimilionários da indústria cinematográfica americana. Por causa desse custo absurdo o filme acabou não sendo tão lucrativo como se esperava, o que fez com que os filmes seguintes já não contassem com um orçamento tão estourado. No geral o filme não tem maiores novidades, é realmente um prato requentado (e não requintado!). Johnny Depp retomou aos maneirismos do Capitão Jack Sparrow, algo que o público em geral parece apreciar bastante. Curiosamente seu jeito de ser foi inspirado - acredite! - no roqueiro Keith Richards dos Rolling Stones. E não é que o próprio músico acabou fazendo uma pontinha divertida no filme como o pai do pirata de Depp! Ironia pouca é bobagem. Então é isso, mais um exemplar perdulário da Disney com esses piratas do cinema que foram inspirados em um brinquedo da Disneylândia. Vai entender a mente desses executivos...

Pablo Aluísio.

Cidade de Mentiras

Título no Brasil: Cidade de Mentiras
Título Original: City of Lies
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: FilmNation Entertainment, Good Films Collective
Direção: Brad Furman
Roteiro: Randall Sullivan, Christian Contreras
Elenco: Johnny Depp, Forest Whitaker, Toby Huss, Dayton Callie, Louis Herthum, Shea Whigham

Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Após a morte do rapper Notorious B.I.G,  o departamento de polícia de Los Angeles escala o detetive Russell Poole (Johnny Depp) para investigar o caso. O problema é que as investigações acabam revelando um esquema de corrupção envolvendo policiais e figurões do próprio departamento, criando uma grande tensão entre todos os envolvidos.

Comentários:
Até hoje não se sabe quem matou o músico Notorious B.I.G. O caso segue em aberto. O roteiro desse filme se propõe justamente a explicar esse intrigante caso de homicídio. E tudo foi baseado nas investigações do próprio detetive do caso, um sujeito que procurou pela verdade e provavelmente a encontrou, mas que para o departamento de polícia de Los Angeles não era nada conveniente que fosse revelada. E aí já sabemos o rumo desse tipo de situação. Todo tipo de pressão e acobertamento pelas próprias autoridades começou a ser montado, visando abafar mesmo o caso. O detetive que fez muito bem seu trabalho começou a se tornar uma peça que deveria ser removida ou desacreditada o mais rapidamente possível. O curioso é que sem chegar nos verdadeiros culpados, o caso já se arrasta há décadas sem solução, o que corrobora bastante a tese que o filme defende. O ator  Johnny Depp está muito bem em seu trabalho, isso a despeito dos problemas legais que enfrentou durante as filmagens. Ele foi acusado por um dos membros da equipe técnica do filme de agressão. Segundo algumas versões ele apareceu embriagado para trabalhar e agrediu esse sujeito, o que levou os produtores a terem que lidar com um processo enquanto o filme era finalizado. Mais um incidente desagradável na longa ficha de problemas de Depp. Algo lamentável que acaba minando de certa maneira a carreira desse talentoso ator.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Brinquedo Assassino 2

Título no Brasil: Brinquedo Assassino 2
Título Original: Child's Play 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Lafia
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Brad Dourif, Alex Vincent, Jenny Agutter, Gerrit Graham, Christine Elise, Grace Zabriskie

Sinopse:
A mãe do garoto Andy é internada em um hospital psiquiátrico. Afinal quem acreditaria em um boneco assassino? Só poderia ser coisa de gente louca! Já o próprio menino Andy vai para um orfanato. Isso porém não o livra da perseguição de Chucky, agora mais violento do que nunca.

Comentários:
Chucky is Back! (Chucky está de volta!). Pois é, o sucesso do primeiro filme fez com que o estúdio retomasse os filmes de terror com o boneco diabólico. A Universal Pictures sempre teve longa tradição em filmes de terror, então foi mais do que bem-vindo o êxito comercial dessa nova franquia, dessa vez explorando o boneco Chucky, cuja voz era dublada pelo ator Brad Dourif em um excelente trabalho de caracterização. O problema é que havia uma tênue linha entre o terror e a galhofa, coisa que iria ficar bem óbvia nos filmes futuros. Aqui o diretor John Lafia ainda manteve o humor involuntário longe, mas passou longe de repetir o talento de Tom Holland que havia dirigido o primeiro filme, esse sim um cineasta que sabia manipular bem os elementos desse gênero cinematográfico. Recentemente tivemos um novo recomeço com o mais recente filme, que também passou longe de ser tão bom como o pioneiro de 1988. Pelo visto o bom e velho Chucky vai terminar mesmo em alguma gaveta, já que está mais do que saturado no mundo do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

O Assalto

Título no Brasil: O Assalto
Título Original: Heist
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: David Mamet
Roteiro: David Mamet
Elenco: Gene Hackman, Rebecca Pidgeon, Danny DeVito, Sam Rockwell, Rebecca Pidgeon, Patti LuPone

Sinopse:
Ladrão de Joias profissional, veterano e experiente, acaba entrando em conflito com seu antigo parceiro de crimes por causa de um pequeno erro que cometeu durante um dos roubos. Ele se deixou filmar por acidente por uma câmera de segurança. Ele então decide compensar o erro, trabalhando em um novo e bem elaborado roubo.

Comentários:
Esse foi um dos últimos filmes do ator Gene Hackman. Depois de uma longa carreira, onde ele trabalhou em alguns clássicos do cinema, decidiu finalmente se aposentar. E como faz falta um Gene Hackman no cinema hoje em dia. Pois é, o ator se aposentou e não deixou herdeiros. Claro, esse "Heist" não pode ser comparado aos seus grandes filmes do passado, principalmente com os que fez nos anos 70, porém é bem acima da média do que era produzido em sua época de lançamento. É um filme com um roteiro bem elaborado, apostando mais uma vez nesse verdadeiro nicho dos filmes policiais, a dos grandes assaltos. Na trama temos um ladrão de joias (lembrou de "Ladrão de Casaca" de Hitchcock?) que acaba entrando em atrito com alguns comparsas. Parece simples, mas não é. O roteiro foi escrito por David Mamet, que também dirigiu o filme. Quem conhece o trabalho dele sabe que pode ser tudo, menos banal. Gostei bastante quando vi pela primeira vez e ainda hoje recomendo. É um tipo de filme que, assim como Hackman, também faz falta nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

A Marca do Zorro

Título no Brasil: A Marca do Zorro
Título Original: The Mark of Zorro
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Don McDougall
Roteiro: Brian Taggert, John Taintor Foote
Elenco: Frank Langella, Ricardo Montalban, Gilbert Roland, Louise Sorel, Robert Middleton, Anne Archer

Sinopse:

Don Diego de La Vega (Frank Langella) é um nobre que sensibilizado pelas injustiças que presencia resolve assumir a identidade de um justiceiro mascarado chamado Zorro. Sua presença desperta a ira das autoridades da região, em especial do Capitão Esteban (Ricardo Montalban) que fará de tudo para desmascará-lo. O povo porém passa a proteger Zorro.

Comentários:
Eu me recordo perfeitamente bem de assistir esse filme durante os anos 80, sendo exibido pela Rede Globo. Na época eu achava muito interessante ter o ator Frank Langella interpretando o Zorro porque afinal de contas eu havia adorado seu trabalho naquele excelente filme do Drácula em 1979. Pois é, ator carismático, interpretando dois personagens ícones do cinema e isso em dois filmes realmente muito bons. Além de Frank Langella esse filme ainda tinha outra atração no elenco para os cinéfilos, a presença de Ricardo Montalban como o inimigo do Zorro. Aqui não era o Sargento Garcia das cenas de humor da série de TV, mas um personagem mais sério, o Capitão Esteban, sempre disposto a prender o cavaleiro mascarado. Excelente produção, com roteiro preciso, elenco perfeito, tudo resultou até hoje em um dos melhores filmes do Zorro. O filme foi bastante reprisado ao longo dos anos na TV brasileira, mas infelizmente saiu de cena após os anos 90. Uma pena que as novas gerações não tenham tido a oportunidade de conhecer um filme tão bom e tão marcante para quem o viu na TV aberta. Em meu caso é uma peça de nostalgia dos meus anos de juventude.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Esposa de Mentirinha

Título no Brasil: Esposa de Mentirinha
Título Original: Just Go with It
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Dennis Dugan
Roteiro: Allan Loeb, Timothy Dowling
Elenco: Adam Sandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman, Brooklyn Decker, Nick Swardson, Bailee Madison

Sinopse:
Danny (Sandler) tem um passado de relacionamentos fracassados. Ele então acaba se apaixonando por uma jovem e para não se mostrar tão carente e desesperado inventa que é casado com sua melhor amiga, trazendo uma série de constrangimentos e desencontros em sua vida emocional.

Comentários:
Não é um bom filme, mas pelo menos é um pouco menos idiota do que a média das comédias estreladas pelo Adam Sandler. Pelo visto a presença de duas boas atrizes como Jennifer Aniston e Nicole Kidman fizeram com que o estúdio caprichasse um pouco mais em termos de roteiro do que o habitual, em se tratando de Sandler. Assim a vergonha alheia ficaria menor. E por falar nelas... a única razão para ver esse filme é justamente o elenco feminino. Em relação a  Jennifer Aniston não há tanto estranhamento em vê-la por aqui, afinal as comédias românticas estão bem de acordo com o que ela usualmente trabalha. É o nicho cinematográfico preferido de seus filmes desde que ela saiu da TV para o cinema. O que é estranho mesmo é ver Nicole Kidman nesse elenco, já que essa definitivamente não é a sua praia. O pior é que Nicole está em um papel bem secundário, nada adequado ao seu status de estrela de Hollywood. O que será que a fez embarcar nessa canoa furada? Eu particularmente não tenho a menor ideia. Então é isso, temos aqui um filme bem "Sessão da Tarde", mas com um elenco de atrizes inegavelmente acima da média.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de agosto de 2019

O Escorpião Rei

Título no Brasil: O Escorpião Rei
Título Original: The Scorpion King
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Stephen Sommers, Jonathan Hales
Elenco: Dwayne Johnson, Steven Brand, Michael Clarke Duncan, Kelly Hu, Bernard Hill, Peter Facinelli

Sinopse:
No deserto do Egito uma nova ameaça surge no horizonte. Um líder guerreiro que comanda um exército praticamente invencível. A guerra se aproxima e definirá quem finalmente vai conquistar o poder absoluto.

Comentários:
Filme fraco, apesar da ideia ser pelo menos interessante, sob o ponto de vista da cultura pulp. O curioso é que foi um filme que nasceu de outra franquia e que ironicamente deu origem a sua própria linha de filmes, em continuações cada vez mais fracas. Assim é no final das contas um mero derivado da franquia "A Múmia" que já não era grande coisa. Aqui aproveitaram um personagem secundário do primeiro filme e resolveram fazer uma nova produção apenas para ele, claro tentando também transformar o "The Rock" (Dwayne Johnson) em um novo astro dos filmes de ação. No geral tudo é muito derivativo e sem importância, apoiando-se completamente nos efeitos especiais, que são até bons, porém inferiores aos dos filmes da múmia. Curiosamente houve um Faraó no Egito Antigo que se chamava Escorpião Rei, porém pouco se sabe sobre ele. Claro que o roteiro desse filme não está nem um pouco preocupado com história, mas apenas em faturar nas bilheterias com um produto fast food. Enfim, um filme sem razão de ser que apesar disso conseguiu gerar continuações! Pois é, como gostava de dizer um antigo produtor de Hollywood, sempre é bom não subestimar o gosto ruim do público americano. Ele muitas vezes dá lucros inesperados.

Pablo Aluísio.

O Quarto dos Esquecidos

Título no Brasil: O Quarto dos Esquecidos
Título Original: The Disappointments Room
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: D.J. Caruso, Wentworth Miller
Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raido, Lucas Till, Duncan Joiner, Michaela Conlin, Michael Landes

Sinopse:
A arquiteta Dana Barrow (Kate Beckinsale) e seu marido David (Mel Raido) decidem mudar de vida. Eles resolvem comprar uma antiga casa no interior. Deixando a cidade grande para trás eles começam a perceber que o lugar, há muito abandonado, está assombrado por espíritos malignos. O lugar no passado foi residência de um cruel magistrado e palco de um crime sangrento e desumano.

Comentários:
É uma história baseada em fatos reais. De maneira em geral gostei desse novo filme de terror que procura seguir o caminho das antigas fitas sobre casas mal assombradas. Todos os elementos estão presentes, inclusive o fantasma de uma garotinha que em vida vivia escondida, reclusa, por seu próprio pai, um juiz que tinha vergonha do fato da filha ser portadora de deficiência. Um sujeito orgulhoso, frio, que no fundo não passava de uma canalha. A personagem de Kate Beckinsale procura reformar a casa que comprou (que no passado pertenceu a esse juiz e sua família) e vai descobrindo novos lugares dentro do imóvel, entre eles justamente o pequeno quarto onde a menina era mantida longe dos olhos dos outros moradores da cidade. Um ambiente pesado, cheio de energias ruins e negativas. Assim o roteiro vai explorando essa situação. O filme só não é melhor porque há uma certa pressa em desenvolver todos os acontecimentos. Como foi lançado no circuito comercial os produtores optaram por dar agilidade à trama, algo nem sempre bem-vindo nesse tipo de filme, que deveria explorar muito mais as nuances e o suspense desses quartos escuros e sombrios.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de agosto de 2019

A Chegada

Título no Brasil: A Chegada
Título Original: Arrival
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Reliance Entertainment
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Eric Heisserer, Ted Chiang
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Mark O'Brien, Abigail Pniowsky

Sinopse:
Especialista em línguas e linguagens é levada pelo governo americano para uma região remota onde aterrisou uma nave espacial de origem desconhecida. Ela terá que tentar abrir um canal de comunicação com os estranhos seres alienígenas que vieram do espaço. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Comentários:
Esse filme prima muito mais pela inteligência do que propriamente pelo sensacionalismo que sempre está presente em filmes sobre contatos entre a humanidade e seres alienígenas. Partindo do pressuposto (meio óbvio) de que civilizações extraterrestres seriam mais desenvolvidas que nós, o filme mostra a chegada de estranhas espaçonaves por todo o planeta e a tentativa de se comunicar com esses estranhos seres. A protagonista é uma especialista em línguas e símbolos, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), que precisa decifrar a forma como os aliens tentam entrar em contato conosco. Ela é levada pelas forças armadas até o local de pouso de uma dessas naves e uma vez lá tenta abrir um ponte de comunicação, algo muito complexo de se realizar com sucesso. O roteiro porém vai além. Ele não se limita a mostrar esse primeiro contato, mas também envolver conceitos como outras dimensões e até mesmo viagens no espaço-tempo. Com tantas nuances diferentes para explorar no curto espaço de tempo de um filme, não foram poucos os espectadores que acabaram se perdendo no fio da meada da narrativa. Não vejo isso como algo negativo, mas sim altamente positivo. É uma maneira de entendermos que Hollywood não está parada, contente em apenas explorar velhos clichês, mas também avançar em busca de textos mais rebuscados e complexos. Uma maneira de se comunicar com essa nova geração que está ai, uma juventude que já nasce cercada de tecnologia por todos os lados. Não subestimando a capacidade de compreensão dessa moçada, o filme acaba ganhando muitos pontos a seu favor.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor

Título no Brasil: Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor
Título Original: Drillbit Taylor
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Steven Brill
Roteiro: Kristofor Brown, Seth Rogen
Elenco: Owen Wilson, Josh Peck, Alex Frost, Casey Boersma, Dylan Boersma, David Koechner

Sinopse:
Um grupo de jovens nerds, aterrorizados pelos valentões da escola e do bairro, decide contratar um cara mais velho para defendê-los. Só que contratam o cara errado, o tal de Drillbit Taylor (Wilson), que não passa de uma fraude.

Comentários:
Eu simpatizo com o humor do ator Owen Wilson. Ele é aquele tipo de sujeito que desperta mesmo simpatia pois tem bastante carisma pessoal. Não é o cara mais engraçado do mundo e não faz força para isso, mas funciona bem em comédias. Esse filme aqui é um dos mais fracos da carreira dele (que tem bastante filme divertido em sua filmografia). A ideia principal nasceu da mente do amigo (e também ator) Seth Rogen. Ele queria reviver os filmes de adolescentes dos anos 80, principalmente aqueles que tinham nerds, mas não deu muito certo. A Paramount investiu 40 milhões de dólares nesse projeto que deveria ter sido um filme despretensioso e amargou um prejuízo incrível nas bilheterias porque o público não foi aos cinemas ver o resultado. E o Seth, que andava com carta branca em Hollywood, acabou manchando o potencial comercial que envolvia seus projetos. Bem feito, já que o filme realmente não é bom e nem particularmente engraçado. É só uma ideia meio boba que não funcionou bem. Pois é, já não se fazem mais filmes adolescentes como antigamente. 

Pablo Aluísio.

It: A Coisa

Falou-se bastante que Stephen King já não era mais um nome de apelo comercial nos cinemas. Realmente fazia tempo que um filme com seu nome no cartaz havia feito sucesso. Então essa nova versão para um antigo livro do escritor chegou nas telas de cinema de todo o mundo em 2017 e virou um enorme êxito de bilheteria, faturando mais de 500 milhões de dólares ao redor do mundo. Nada mal. Com esses números já é o filme de maior sucesso de Stephen King para o cinema. O mais interessante para o estúdio é que o filme só traz parte da trama do livro original. Ainda há toda uma segunda parte prontinha para ser adaptada em um futuro próximo (segundo algumas fontes serão mais dois filmes e não apenas um para dar continuação na estória!).

Eu particularmente gostei bastante dessa nova versão. Esse livro já tinha sido adaptado nos anos 90 para uma minissérie que inclusive foi lançada em VHS no Brasil na época, mas nada realmente se compara com esse novo filme. O diretor Andy Muschietti acertou em cheio. Ele recuperou parte das características de muitos filmes dos anos 80, aliando tudo aos efeitos especiais mais modernos do mundo atual. O palhaço inclusive bate fundo no imaginário do público - até porque muitas pessoas desenvolvem esse medo de palhaços logo na infância. Provavelmente seja um dos personagens mais bem bolados da obra de King. A cena dele no bueiro, com o garotinho sendo convidado a ir até lá, na escuridão, para pegar balões de circo, já está inserida na cultura pop de forma definitiva. O segundo filme muito provavelmente não terá o mesmo impacto, já que a segunda parte do livro já não é tão boa quanto essa primeira, mas mesmo assim vale conferir. Stephen King não pode mais ser subestimado no mundo do cinema. Não depois desse "It".

It: A Coisa (It, Estados Unidos, 2017) Direção: Andy Muschietti / Roteiro: Chase Palmer, Cary Fukunaga, baseados no best seller escrito por Stephen King / Elenco: Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher, Finn Wolfhard / Sinopse: Um grupo de garotos descobre que uma estranha criatura sobrenatural está aterrorizando sua cidade nos anos 80. Eles a chamam simplesmente de "It" (a coisa). Essa entidade que veio diretamente do inferno parece se alimentar do medo alheio, assumindo as mais diversas formas para espalhar o horror. Filme vencedor do Golden Trailer Awards na categoria de Melhor Trailer do ano - Filme de Terror.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Kardec

Título no Brasil: Kardec
Título Original: Kardec
Ano de Produção: 2019
País: Brasil
Estúdio: Conspiração Filmes
Direção: Wagner de Assis
Roteiro: L.G. Bayão, Wagner de Assis
Elenco: Leonardo Medeiros, Letícia Braga, Sandra Corveloni, Genésio de Barros, Christian Baltauss,

Sinopse:
Professor francês de ensino fundamental pede demissão e aposta numa carreira de escritor. Após ter contato com um novo fenômeno chamado de "mesas falantes" ele decide escrever sobre o tema. Adota o pseudônimo de Allan Kardec e escreve o primeiro de uma série de livros sobre o assunto. Seu primeiro livro chamado "O Livro dos Espíritos" se torna um grande sucesso de vendas na França.

Comentários:
O filme tem pontos positivos e negativos. Seguramente é um filme bem produzido, Figurinos, cenários, reconstituição histórica, nada a reclamar. Tem também um fotografia bonita de se ver. Os problemas surgem mesmo no roteiro. Ao invés de adotar uma postura imparcial da figura de Kardec, os roteiristas caíram na velha armadilha de fazer propaganda do espiritismo. Assim o filme deixa de se comunicar com todos os públicos para focar apenas naquele pequeno nicho de membros dessa religião. Apesar disso são louváveis as tentativas de se segurar um pouco mais na história, mostrando aspectos negativos da personalidade de Kardec. Uma delas foi o fato dele ter plagiado a obra de uma conhecida, sem lhe dar os devidos créditos, ficando com todo o lucro da venda de seu primeiro livro sobre os espíritos. Pois é, até hoje paira sobre sua biografia a acusação de ter sido um escritor plagiador, que colheu os frutos de obra alheia.

E no meio disso também encontramos erros históricos cuja culpa não é diretamente dos roteiristas, mas da própria história do espiritismo contada por espíritas. Uma delas é a idade das meninas que recebiam recados do além. No filme elas são retratadas como duas garotinhas. Na vida real eram senhoritas de mais de 30 anos de idade, com muita experiência em ocultismo. Um erro histórico que os próprios livros de espiritismo repetem, justamente para dar maior credibilidade à história de Kardec. Também soa cansativo essa coisa de colocar os membros do clero católico como vilões. Sempre que eles aparecem o diretor os coloca em sombras, com fotografia escura. Que bobagem! Puro maniqueísmo para manipular o público. Enfim, se tem algo que prejudicou esse filme foi justamente isso, a vontade de fazer propaganda dessa religião que inclusive anda bem esquecida na própria França onde nasceu. Isso de certa forma estragou um filme que poderia ser bem mais promissor.

Pablo Aluísio.

A Máquina do Tempo

Acabei gostando dessa nova versão cinematográfica para o clássico livro escrito por H.G. Wells. Ok, eu posso até concordar com algumas críticas da época do lançamento original do filme nos cinemas que diziam que exageraram um bocadinho na computação gráfica, tirando de certa maneira um pouco do charme vitoriano da estória do Wells. Isso realmente aconteceu. Porém também não se pode negar que a direção de arte do filme é de encher os olhos. O que hoje em dia é mais conhecido como design de produção está mais do que caprichado. Tudo surge na tela muito brilhante, muito dourado, bem no estilo do universo que esse genial escritor um dia imaginou em seus escritos.

O enredo continua o mesmo - afinal não poderia mudar. Um homem do século XIX resolve construir uma incrível máquina que o faz viajar pelo tempo, visitando eras distantes, passados remotos, interagindo com personagens históricos, etc. Esse é um dos velhos sonhos do homem, ter a possibilidade de um dia visitar o próprio passado, talvez para consertar certos erros, mudar algumas coisas que depois se tornam arrependimentos pela vida afora ou até mesmo mudar o próprio rumo da história da humanidade. Enfim, algo tão presente na mente dos seres humanos que foi explorado com perfeição pelo maravilhoso H.G. Wells, que diga-se de passagem era um gênio não apenas da literatura. Em seus inúmeros livros ele previu a invenção de máquinas que só iriam surgir muitos anos depois de sua morte como o avião, o helicóptero e o submarino. Ainda não conseguimos inventar uma máquina do tempo como bem imaginou Wellls, mas quem sabe um dia chegaremos lá... no mundo da ciência nada parece ser realmente impossível.

A Máquina do Tempo (The Time Machine, Estados Unidos, 2002) Direção: Simon Wells / Roteiro: David Duncan / Elenco: Guy Pearce, Yancey Arias, Mark Addy / Sinopse: Baseado na famosa novela de ficção escrita pelo genial escritor H.G. Wells em 1895, o filme conta a estória de um jovem cientista que consegue criar algo magnífico, uma máquina do tempo que consegue levar seus tripulantes para o passado e o futuro. Dentro da cabina da maravilhosa máquina ele passa então a viajar pelas eras passadas e futuras, se envolvendo em inúmeras aventuras. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (John M. Elliott Jr e Barbara Lorenz).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Resident Evil: O Hóspede Maldito

Esse é o primeiro filme da franquia. Engraçado, nunca consegui levar essa série de filmes muito à sério, em época nenhuma. Quando o filme saiu em vídeo no Brasil ainda gastei meu dinheiro para conferir, afinal muita gente estava falando sobre ele. Pessoalmente tinha ficado com um pé atrás por vários motivos. O primeiro deles por puro preconceito (admito!). Afinal nunca havia assistido um filme baseado em games que fosse bom! Bastava saber que era baseado em vídeogame para muitas vezes desistir de assistir. Além disso a "atriz" Milla Jovovich nem era considerada uma atriz de verdade. Era uma modelo que começava a fazer carreira no cinema. Coisas diferentes Então tinha assim um filme que não era bem um filme, mas um game, e uma atriz que não bem uma atriz, mas uma modelo ucraniana. Complicado.

Mesmo assim resolvi locar o filme em um daqueles pacotes do tipo alugue 5 filmes e pague 4 (quem lembra disso?). Pois é, no fim de semana você acabava levando um desses para completar o pacote. Depois de conferir vi que meus preconceitos em relação ao filme tinham sido parcialmente comprovados. O roteiro era muito derivativo, aquela velha coisa de zumbis sedentos atrás de cérebros. Para mudar um pouco inseriram um universo high tech na estorinha, com uma empresa multinacional malvada. Outro preconceito que se cumpriu foi com a Milla Jovovich. Ela realmente não era boa atriz. Com papel muito físico (correl pula, salta, luta, etc) ela até conseguiu disfarçar sua falta de talento, enganando muita gente, mas comigo não colou. Essa coisa de modelos tentando ser atrizes... já conhecemos bem essa história. O que salva o filme da pura perda de tempo são seus efeitos especiais, todos ótimos para a época. Fora isso, nada que George Romero já não tivesse feito antes e com muito mais talento e originalidade.

Resident Evil: O Hóspede Maldito (Resident Evil, Estados Unidos, 2002) Direção: Paul W.S. Anderson / Roteiro:  Paul W.S. Anderson / Elenco: Milla Jovovich, Michelle Rodriguez, Ryan McCluskey / Sinopse: Após um apocalipse zumbi poucos são os sobreviventes. A maioria da humanidade foi infectada por um vírus mortal, que transformou todos em mortos-vivos. Por trás de tudo parece existir interesses corporativos de uma grande empresa.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A Cor do Dinheiro

Título no Brasil: A Cor do Dinheiro
Título Original: The Color of Money
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Walter Tevis, Richard Price
Elenco: Paul Newman, Tom Cruise, Mary Elizabeth Mastrantonio, Helen Shaver, John Turturro, Bill Cobbs

Sinopse:
Vincent Lauria (Tom Cruise) é o jovem jogador de sinuca que quer vencer na vida, aprender todos os segredos e manhas do esporte. Eddie Felson (Paul Newman) é o veterano que vê naquele rapaz impiedoso uma cópia dele mesmo em seu passado. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).

Comentários:
Martin Scorsese sempre adorou o clássico "Desafio à Corrupção" de 1961. Em meados dos anos 80 ele decidiu que iria filmar uma sequência tardia dessa obra prima. Paul Newman que havia interpretado o personagem "Fast" Eddie Felson topou o convite de trazer o jogador de bilhar de volta às telas. Agora ele iria contracenar com o astro Tom Cruise, naquele momento no auge do sucesso, colhendo os frutos do blockbuster "Top Gun - Ases Indomáveis". O resultado dessa união não poderia ser melhor. O filme foi elogiado por público e crítica e de quebra deu finalmente o Oscar para Paul Newman, um mito da história do cinema que deveria ter sido premiado décadas antes. Corrigindo uma velha injustiça o filme acabou sendo sua redenção pessoal e profissional dentro da Academia. Anos depois, após a morte de Paul Newman, o diretor Martin Scorsese diria em uma entrevista que tinha muito orgulho desse filme, justamente pelo Oscar vencido por Paul Newman. E por falar nele, não há como comparar seu maravilhoso trabalho com o de Tom Cruise. Embora o jovem astro tenha se saído bem, não havia mesmo comparação. No caso a arte imitou a vida, já que assim como seus personagens, na vida real Tom Cruise não passava mesmo de um aluno diante de seu mestre. Foi um momento marcante na carreira de todos os envolvidos. Clássico moderno dos anos 80 que não pode passar em branco na coleção de nenhum cinéfilo que se preze.

Pablo Aluísio.

Minority Report - A Nova Lei

Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.

Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.

Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Annabelle 3 - De Volta Para Casa

Título no Brasil: Annabelle 3 - De Volta Para Casa
Título Original: Annabelle Comes Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster, New Line Cinema
Direção: Gary Dauberman
Roteiro: James Wan, Gary Dauberman
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mckenna Grace, Madison Iseman, Katie Sarife, Michael Cimino

Sinopse:
O casal Warren consegue trazer a boneca amaldiçoada Annabelle para sua casa. Ela então é trancafiada em um armário de madeira, para nunca mais sair dali. Só que a amiga da babá de sua filha tem uma ideia diferente. Ela quer invocar o espírito de seu pai falecido e para isso decide usar a boneca. Uma péssima ideia que acabará criando o caos naquela casa.

Comentários:
Para quem acreditava que esses filmes dessa boneca amaldiçoada não iriam muito longe, aí está o terceiro filme da franquia. O fato é que essas produções são lucrativas demais. Cada filme não chega a custar nem 10 milhões de dólares e sempre apresentam um retorno seguro de bilheteria, muitas vezes ultrapassando os 250 milhões de faturamento. É uma mina de ouro cinematográfica. Então enquanto houver público, haverá novos filmes. Esse terceiro achei apenas mediano. Sigo dizendo que o segundo foi o melhor de todos em minha opinião. Esse número 3 é inegavelmente o mais fraquinho. Todo a trama se passa em apenas uma noite, dentro da casa do casal Warren. Só que eles estão fora e a filha fica sob responsabilidade da babá. Esse é uma daquelas jovens que conhece uma amiga que vai colocar tudo a perder. Ela entra na sala onde são guardados todos os objetos de maldição e bruxaria e resolve mexer em todos eles, colocando para fora até mesmo a boneca Annabelle. E aí o roteiro abre espaço para todo tipo de assombração com direito a um cão enviado do inferno, uma noiva com uma faca e outras bizarrices. É tudo muito simples e direto e o mais interessante é que a velha fórmula ainda funciona. Os sustinhos são garantidos. O diretor desse terceiro filme é um roteirista com experiência em filmes de terror, então ele sabia bem o que estava fazendo. Assim fica o veredito. È o mais fraco da trilogia, mas mesmo assim ainda consegue ser bem melhor do que muito filme de terror que anda sendo exibido por aí.

Pablo Aluísio.

O Dom da Premonição

Os anos 90 não foram muito bons para o terror. Houve muitos filmes recheados de adolescentes passando por sustinhos na escola. Terror teen mesmo. A maioria deles insuportável. "O Dom da Premonição" foi lançado em 2000, mas filmado em 1999, o último ano daquela década perdida. Aqui pelo menos já notamos uma mudança para melhor nos roteiros. Ao invés das gatinhas dando gritos estridentes, fugindo de assassinos em séries com máscaras, o roteiro procurava ser pelo menos um pouco mais adulto. Afinal a maioria do público não estava mais no banco escolar. Era hora de crescer. Com isso os roteiros voltaram a ser mais bem elaborados, como nos anos 70, onde ai sim tivemos inúmeras obras primas do terror (alguém lembrou de "O Exorcista" por aí? Pois é...)

Assim vamos ao enredo. Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) é uma jovem viúva com dons sobrenaturais. Ela consegue ver o futuro das pessoas. Para sobreviver começa a realizar sessões de espiritualismo, leitura de cartas e até magia. Praticando o que se costumava conhecer no mundo antigo como necromancia (o nome original do que hoje alguns chamam de espiritismo, adivinhação, etc), ela acaba atraindo também intrigas e inimizades com alguns moradores da cidade onde mora. As coisas ficam ainda piores quando ocorre um assassinato. Poderia ela ajudar a resolver o crime com seus poderes de clarividência? Como se pode perceber esse filme tem uma pegada mais séria, mais terror das antigas. Por isso gostei do resultado. Não é bobinho, nem teen, o que já garante o interesse. Some-se a isso a presença da sempre enigmática e talentosa Cate Blanchett e você entenderá porque o filme se destacou no meio do lamaçal de tolices dos anos 90.

O Dom da Premonição (The Gift, Estados Unidos, 2000) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Billy Bob Thornton, Tom Epperson / Elenco: Cate Blanchett, Katie Holmes, Keanu Reeves / Sinopse: Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) tem dons de premonição. Ela então passa a colaborar na solução de um mistério, um assassinato brutal acontecido na cidade onde mora, algo que acaba despertando a ira de alguns moradores mais tradicionais. Indicado ao prêmio Film Independent Spirit Awards e a cinco categorias do Saturn Award da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles o de Melhor Filme de Terror do ano.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2019

Assassinato em Hollywood

Título no Brasil: Assassinato em Hollywood
Título Original: Sunset
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Rod Amateau, Blake Edwards
Elenco: Bruce Willis, James Garner, Malcolm McDowell, Mariel Hemingway, Kathleen Quinlan, M. Emmet Walsh

Sinopse:
Tom Mix e Wyatt Earp se unem para solucionar um crime, um assassinato, na Hollywood dos anos 1920. E tudo acontecendo na semana da entrega dos prêmios da academia cinematográfica. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Patricia Norris).

Comentários:
Bruce Willis como o lendário ator e cowboy Tom Mix? Sim, o roteiro prometia bastante pois a premissa era realmente muito interessante, especialmente para quem sempre apreciou a história de Hollywood desde os seus primórdios, ainda nos tempos do cinema mudo. O problema é que o diretor Blake Edwards mais uma vez pesou a mão. Cineasta dado a excessos, principalmente na questão do humor, aqui ele novamente colocou elementos que não cabiam. Essa coisa de muitas vezes cair no pastelão de fato cansou muito em termos de filmografia de Edwards. De positivo não podemos deixar de elogiar a bonita fotografia e a bela reconstituição de época, inclusive contando com uma réplica do espalhafatoso carro de Tom Mix, uma ode ao exagero (e à breguice também!). A produção de fato é impecável, mas com um roteiro meio indeciso o filme deixou um pouco a desejar. Também foi pouco visto pois foi um tremendo fracasso de bilheteria, o primeiro da carreira de Bruce Willis. Pois é, não tem como acertar sempre.

Pablo Aluísio.

Olha Quem Está Falando

Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio:  TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller

Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.

Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Sob o Domínio do Medo

Título no Brasil: Sob o Domínio do Medo
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison

Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).


Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.

Pablo Aluísio.

Tinha Que Ser Você

Título no Brasil: Tinha Que Ser Você
Título Original: Last Chance Harvey
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Overture Films
Direção: Joel Hopkins
Roteiro: Joel Hopkins
Elenco: Dustin Hoffman, Emma Thompson, Kathy Baker, Richard Schiff, Liane Balaban, James Brolin

Sinopse:
Harvey Shine (Hoffman) é um pianista que ganha a vida escrevendo músicas para comerciais. Ele vai a Londres para o casamento da filha e descobre que ela já não o considera tanto, preferindo que seu padastro assuma as honrarias de sua cerimônia. Desiludido, ele acaba conhecendo a inglesa Kate Walker (Thompson) e se apaixona por ela.

Comentários:
Um bom filme que valoriza o romantismo já em um momento mais avançado da vida das pessoas. Os dois protagonistas, o casal central, já ultrapassou a fase da vida de namorar, conhecer alguém e se casar. O personagem de Dustin Hoffman já não tem mais tantas ilusões. Ele é divorciado, um tanto distante da filha que vai se casar e tem um clima pesado com a ex-mulher. Reencontrar a antiga família já não é um motivo de felicidade há anos. A personagem de Emma Thompson também tem seus problemas pessoais. É uma solteirona que vive sendo pressionada pela mãe idosa para se casar. Além disso carrega um trauma pois anos antes fez um aborto que a deixou com um grande sentimento de culpa. O curioso é que o roteiro, mesmo com esses personagens dramáticos, consegue levar o filme numa certa leveza. Nada é trágico ou melodramático demais, pelo contrário. O casal principal vai tentando se agarrar a uma última chance de ser feliz (como o título original do filme sugere), mas sem aquela coisa de derramar muitas lágrimas. Foi uma boa opção pois assim o filme se salvou de ser mais um daqueles dramalhões chatos. No geral gostei de tudo, mas especialmente das boas atuações de Hoffman e Thompson que nunca derrapam e nem caem na vala comum do novelão piegas.

Pablo Aluísio.