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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Copycat: A Vida Imita a Morte

Título no Brasil: Copycat: A Vida Imita a Morte
Título Original: Copycat
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Jon Amiel
Roteiro: Ann Biderman, David Madsen
Elenco: Sigourney Weaver, Holly Hunter, Dermot Mulroney, Harry Connick Jr, Will Patton, John Rothman

Sinopse:
A psicóloga criminal Helen Hudson (Sigourney Weaver) é especializada em assassinos em série. Durante um julgamento ela sofre uma tentativa de assassinato que a traumatiza. Anos depois surgem novos crimes semelhantes aos que ela trabalhou no passado. Procurada por detetives do departamento de polícia ela precisa decidir se vai aceitar colaborar com as novas investigações ou se retirar para sempre desse meio perigoso. 

Comentários:
Eu sempre gostei muito desse filme. É a tal coisa, se eu fosse definir de forma bem rápida e simples eu poderia dizer que se trata de um thriller psicológico criminal com doses de suspense. Nesse filão os anos 90 realmente eram imbatíveis no meu ponto de vista de cinéfilo. Esse filme é muito interessante justamente por trazer esse tipo de característica em sua história. A atriz Sigourney Weaver já vinha procurando por roteiros diferentes quando aceitou o papel dessa psicóloga. Ela tinha receios - justos receios, é bom salientar - de ficar estigmatizada para sempre como a tenente Ripley da série de filmes de sucesso da franquia cinematográfica Aliens. Obviamente com filmes menores e mais intelectualizados como esse, ela nunca iria alcançar o mesmo resultado comercial. Por outro lado, acabou ganhando pontos em reconhecimento pois sua atuação foi bastante elogiada nessa produção. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

O 5º Passo

Título no Brasil: O 5º Passo
Título Original: Levity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Ed Solomon
Roteiro: Ed Solomon
Elenco: Billy Bob Thornton, Holly Hunter, Morgan Freeman, Kirsten Dunst, Manuel Aranguiz. Geoffrey Wigdor

Sinopse:
Depois de duas décadas na prisão, após ser condenado por assassinato em um assalto, Manuel Jordan (Billy Bob Thornton) é libertado em liberdade condicional e retorna à sua cidade natal em busca de redenção. Será que há um lugar para ele nessa retomada de vida? Filme premiado pelo Sundance Film Festival.

Comentários:
Muito bom esse drama que enfoca a vida de um ex-priosioneiro que ganha a liberdade. Ele ficou mais de vinte anos atrás das grades em uma penitenciária de segurança máxima. Quando as portas do presídio se abrem para ele, surge a dúvida: O que fazer da vida a partir de agora? A maioria das pessoas que ele conhecia antes de ser preso se foram, não restaram muitos contatos, o mundo mudou, é uma outra realidade. Será que haveria lugar nessa nova realidade? No mundo em que vivemos essa é uma situação bastante comum, principalmente para quem conhece o sistema prisional. Uma das coisas mais complicadas que podem existir na vida de uma pessoa condenada é reerguer a própria vida. Billy Bob Thornton nunca esteve tão bem como nesse filme. Com longos cabelos grisalhos seu personagem tenta manter a calma diante da situação. Ele até ensaia um relacionamento com uma mulher que conhece, interpretada com muito carisma pela ótima Holly Hunter. Porém será que isso tudo vai dar certo ou é apenas a calmaria antes da tempestade? Assista ao filme para descobrir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O Piano

Título no Brasil: O Piano
Título Original: The Piano
Ano de Produção: 1993
País: Austrália, Nova Zelândia, França
Estúdio: Jan Chapman Productions
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion
Elenco: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neill, Anna Paquin, Kerry Walker, Tungia Baker

Sinopse:
No século XIX, uma mulher chamada Ada McGrath (Holly Hunter) chega na distante Nova Zelândia para recomeçar sua vida. Ele tem problemas de fala desde os seis anos de idade. Também tem uma pequena filha. Ela chega nesse novo país para se casar com um homem da região. Um casamento que está destinado ao fracasso. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor direção de fotografia (Stuart Dryburgh), melhor figurino (Janet Patterson) e melhor edição (Veronika Jenet).

Comentários:
Belíssimo filme de época, com ótimo roteiro e elenco inspirado, formado por atores, atrizes (e também jovens atrizes) que impressionam pelo talento. O filme é uma amostra da posição inferior que as mulheres tinham que se contentar no século XIX. A protagonista é uma mulher talentosa, que toca piano, ama as artes, mas que a despeito de suas qualidade pessoais precisa arranjar um casamento de todo jeito, para ter um lugar dentro daquela sociedade patriarcal e atrasada. Como já tem uma filha e é muda, acaba tendo que se contentar com o que aparece. E o seu novo marido é um homem rude, grosso, o exato contraste com sua própria personalidade. Um verdadeiro choque de cultura e sensibilidade. "O Piano" foi recebido com muitos aplausos pela crítica internacional, a tal ponto que foi indicado a oito categorias do Oscar, inclusive o de melhor filme. Acabou vencendo na categoria de melhor atriz para Holly Hunter, no papel de sua vida. Outra surpresa foi o Oscar vencido pela garotinha (na época) Anna Paquin. O roteiro, primoroso, também foi premiado pela academia. Prêmio justíssimo. Enfim, um festival de premiações para um filme realmente maravilhoso. Esse mereceu mesmo todos os aplausos e elogios. É uma grande obra de arte cinematográfica.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Nos Bastidores da Notícia

Título no Brasil: Nos Bastidores da Notícia
Título Original: Broadcast News
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: William Hurt, Jack Nicholson, Albert Brooks, Holly Hunter, Joan Cusack, Robert Prosky,

Sinopse:
Em uma emissora de televisão dois jornalistas, apresentadores de jornais, começam uma briga de egos sem limites, cada um tentando aparecer e ser mais bem sucedido do que o outro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.

Comentários:
Filme que sempre achei muito superestimado pela crítica. OK, é uma boa visão, até mordaz e cínica, sobre os bastidores do mundo da TV, mas nada muito além disso. O filme é estrelado pelo ator William Hurt, que sempre considerei um bom profissional do ramo da atuação, mas sem carisma, frio, quase sem alma em cena. Quem acabou roubando o filme no quesito elenco foi mesmo Jack Nicholson interpretando um veterano apresentador, um sujeito irascível e nada fácil de controlar. Hoje em dia o filme perdeu parte de sua força porque ficou inegavelmente datado em certas partes. Chegou a ser indicado em seu lançamento original a várias categorias do Oscar e do Globo de Ouro, mas já naquela época eu achei tudo muito exagerado. Parece que a Academia prestou mais atenção nos nomes envolvidos do que nas qualidades cinematográficas do filme em si. É o velho lobby existente em Hollywood. Assista pela presença de Jack Nicholson, que mesmo em um papel menor, conseguiu atrair todos as atenções. Tirando ele, que realmente se sobressai, o resto é bem na média, nada espetacular ou memorável.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de outubro de 2018

Os Incríveis 2

Não consigo me lembrar de nenhuma animação com o selo Pixar que seja ruim. O nível de qualidade que eles colocam em seus produtos é realmente admirável. E isso continua, mesmo após o estúdio ter sido comprado pelo império Disney. Aqui o diretor  Brad Bird dá sequência aos incríveis, uma família de super-heróis. O divertido de tudo é que eles precisam lidar com os mesmos aborrecimentos do dia a dia como qualquer outra família normal. Cuidar do bebê, dormir mal à noite, ter que enfrentar as crises da adolescência da filha e impedir que o mundo civilizado sucumba ao mal absoluto. É uma saborosa sátira ao universo dos super-heróis dos quadrinhos, tudo feito numa base mordaz e divertida.

Em tempos de politicamente correto o roteiro coloca em primeiro plano a mãe, Helen, a Mulher-Elástico, que acaba sendo contratada para trabalhar numa espécie de reality show moderno. Ela vai enfrentar o crime, ao mesmo tempo fazendo publicidade para que os super-heróis voltem a ser reconhecidos pela lei. Já o Sr. Incrível fica em casa cuidado dos filhos, o que para ele logo se revela pior e mais desafiador do que enfrentar os mais malvados vilões. É o tipo de enredo inteligente que consegue agradar tanto aos pais como aos filhos, as crianças, que vão ao cinema e se divertem muito. Essa pegada sempre foi um dos segredos do sucesso das animações da Pixar. Aqui tudo segue alinhado com o mesmo espírito. Não me admira que a animação tenha ficado tão boa!

Os Incríveis 2 (Incredibles 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco: Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Sarah Vowell / Sinopse: Com a ilegalidade dos super-heróis e o fim do programa secreto do governo, o Sr. Incrível fica desempregado. Morando num motel de beira de estrada, a sorte da família muda quando Helen recebe o convite de um milionário para trabalhar em um reality show que vai mostrar o combate ao crime por uma heroína numa cidade infestada de bandidos. Todos querem que os super-heróis sejam novamente reconhecidos pela lei.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Por uma Vida Menos Ordinária

Título no Brasil: Por uma Vida Menos Ordinária
Título Original: A Life Less Ordinary
Ano de Produção: 1997
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Cameron Diaz, Ewan McGregor, Holly Hunter, Stanley Tucci
  
Sinopse:
Após ser demitido, Robert Lewis (Ewan McGregor) decide sequestrar a filha de seu antigo patrão, a nada convencional Celine Naville (Cameron Diaz). Enquanto isso dois anjos são enviados para a Terra com a missão justamente de fazer com que Robert e Celine se apaixonem perdidamente, algo que diante das circunstâncias não será muito fácil! Filme premiado no MTV Movie Awards na categoria de Melhor Música ("Deadweight" de Beck).

Comentários:
No começo da carreira o ator Ewan McGregor fez uma bem sucedida parceria com o cineasta Danny Boyle. O visual moderninho - beirando o punk - de McGregor se mostrava bem de acordo com os roteiros sui generis dos filmes de Boyle. Com essa verniz de coisa nova, moderna, fora dos padrões, eles conseguiram chamar a atenção da crítica inglesa - e depois da americana - solidificando sua base de fãs entre os cinéfilos que curtiam esse tipo de cinema mais alternativo, indie. É a tal coisa, eu nunca fui muito admirador dos filmes de Danny Boyle, mesmo após todos esses anos e mesmo após ele virar, por décadas, um dos cineastas mais queridinhos da mídia. Por exemplo, eu sempre achei um absurdo completo a consagração do fraco "Quem Quer Ser um Milionário?" de Boyle no Oscar! Só com muito apoio da imprensa para que um filme tão convencional e chato como aquele conseguisse vencer todos os principais prêmios da Academia. O único filme que aprecio desse diretor é "Trainspotting - Sem Limites", que inclusive está para ganhar um remake oportunista! Então é isso, "A Life Less Ordinary" é uma obra bem mediana, indo para fraca. Como todo filme assinado por Danny Boyle esse também foi superestimado pela crítica. Hoje o tempo mostrou a realidade, pois tudo se mostra bem datado. O filme, quem diria, acabou se tornando ordinário.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2016

Batman vs Superman

Finalmente vi "Batman vs Superman". Esse filme teve uma repercussão tão negativa por parte da crítica que desanimei completamente na época de seu lançamento. Nem quis conferir no cinema. Talvez por isso, por estar com expectativas baixas demais, acabei gostando do filme. Claro, não é uma maravilha da sétima arte, mas vamos ser sensatos ao menos, para um filme de super-heróis está de bom tamanho. Geralmente história em quadrinhos envolvendo personagens famosos desse universo que vinham com esse chamariz do tipo "Super-herói x Vs Super-herói Y" se resumia a um grande quebra pau entre os personagens. Coisa bem de nerd mesmo. Jovens ficavam sempre se perguntando coisas do tipo "Quem venceria uma briga? O Batman ou o Superman? O Capitão América ou o Homem de Ferro?" A DC Comics que não é boba nem nada resolveu então apostar nisso. Obviamente como são dois heróis extremamente populares a briga entre eles geralmente não davam em nada, mas tudo bem, faz parte do jogo para vender as próximas edições...

Esse filme é bom porque na simplicidade de seu enredo não tenta ser o que não é! Batman não é Shakespeare e nisso consiste seu valor como cultura pop. Então o roteiro não coloca coisas desnecessárias no filme para torrar nossa paciência. Ele não é o Othelo de Gotham City ou algo parecido. Filmes baseados em quadrinhos são tão melhores quanto mais simples surgem nas telas. Nesse ponto o diretor Zack Snyder acertou no alvo. Basicamente há esses dois heróis em cena, um antipatizando com o outro, que resolvem acertar as contas enquanto Lex Luthor (Jesse Eisenberg, sem convencer muito) tenta trazer uma criatura literalmente apocalíptica de volta à vida. Em termos dos desenvolvimentos dos personagens principais gostei muito da percepção de realismo cruel que o Superman começa a ter do mundo. Esse personagem, o verdadeiro ícone pioneiro do mundo dos super-heróis, sempre foi muito idealista, bondoso e até ingênuo. Em essência era um quadradão conservador dos anos 30. Aqui ele cai na real da maldade do mundo e de como a humanidade precisa ser tratada - não com tanto idealismo, mas sim com uma visão realista de tudo ao seu redor.

Já o Batman continua sendo o torturado de sempre. Não esperava muito dele porque afinal de contas o ator Ben Affleck, que o representaria, sempre foi inexpressivo. A máscara ajuda sua falta de talento dramático, até porque as pessoas não vão perceber o quanto ele pode ser ruim em termos de expressões faciais. Mesmo assim há um momento em que ele tem uma visão do futuro, com Superman agindo como uma divindade fascista no meio dos homens, que achei a coisa mais interessante de todo o filme. Um encontro de Mad Max com o universo DC! Muito bom... Espero que um dia os próximos filmes explorem essa situação... No geral é isso. Não vou perder muito tempo aqui analisando uma produção que é no final das contas um bom produto pop de consumo das massas. É chiclete pop, minha gente! Como eu disse, muitas vezes o problema nem é do filme, mas sim do público nerd que fica procurando defeitos. Isso é uma bobagem sem tamanho. Como eu já disse, não se trata de literatura clássica e nem de obras de autores consagrados. Batman e Superman são cultura pop por excelência e é dessa maneira que devem ser encarados. Deu para se divertir? Então o filme como um todo cumpriu seus objetivos...

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, Estados Unidos,  2016) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer  / Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter ; Sinopse: Bstman e Superman se encontram e não estarão necessariamente no mesmo lado dessa batalha de titãs.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2016

Feriados em Família

Título no Brasil: Feriados em Família
Título Original: Home for the Holidays
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jodie Foster
Roteiro: Chris Radant, W.D. Richter
Elenco: Holly Hunter, Anne Bancroft, Robert Downey Jr, Charles Durning, Geraldine Chaplin, Steve Guttenberg, Dylan McDermott, Emily Ann Lloyd, Claire Danes
  
Sinopse:
A vida de Claudia Larson (Holly Hunter) parece estar desmoronando. Ele acabou de ser demitida do trabalho no museu de Chicago. Sua filha está apaixonada e quer ir morar com o namorado (que não tem emprego e nem meios de sustentá-la). Para piorar ela precisa se reunir com seus familiares para a noite do dia de ação de graças, algo que ela não tem a menor vontade de fazer pois sabe que será julgada por todos os seus familiares presentes. Um verdadeiro terror! Filme indicado aos prêmios GLAAD Media Awards e Young Artist Awards.

Comentários:
Mais um drama familiar (com toques de humor) enfocando o feriado do dia de ação de graças (um dos mais populares nos Estados Unidos). Como é comum nesse tipo de filme vemos uma típica família americana tendo que se reunir novamente (muitas vezes contra a própria vontade de seus membros) para uma noite de confraternização, que na maioria das vezes termina numa grande e descontrolada lavagem de roupa suja entre todos eles. Assim temos pais magoados com os filhos, irmãos que se odeiam, tios inconvenientes e por aí vai. O filme é bem feito, bem atuado, com ótimo elenco (há no mínimo uma meia dúzia de atores conhecidos em cena), mas para quem gosta de cinema o grande atrativo mesmo é o fato de que foi dirigido por Jodie Foster. Esse foi o terceiro filme da atriz como cineasta (antes ela havia assinado a direção de "Galeria do Terror" e "Mentes Que Brilham"). A conclusão que se chega após assistir ao filme é que Jodie Foster se saiu muito bem atrás das câmeras, extraindo um excelente resultado de todo o elenco (afinal atores e atrizes se entendem melhor entre si). Na época de lançamento Jodie Foster declarou que se apaixonou pela estória após ler o pequeno conto que lhe deu origem (escrito por Chris Radant) em uma revista de Chicago. Acabou realizando um dos melhores filmes de sua filmografia, embora ela própria não atue na produção.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Batman vs Superman

Título no Brasil: Batman vs Superman - A Origem da Justiça
Título Original: Batman v Superman - Dawn of Justice
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter
  
Sinopse:
O vilão Lex Luthor (Jesse Eisenberg) resolve utilizar a nave kriptoniana destruída no primeiro filme para trazer de volta à vida uma criatura de imenso poder e força que passa a ser chamada de Apocalypse. Para neutralizar a ameaça dos super-heróis Batman (Affleck) e Superman (Cavill) ele então joga um contra o outro, numa guerra de disputas entre eles. Enquanto os dois heróis acertam suas contas, Lex começa a trazer o caos e a destruição para o mundo.

Comentários:
Para revitalizar duas franquias de uma vez só a Warner Bros e a DC Comics lançaram nesse ano o filme "Batman vs Superman - A Origem da Justiça". O roteiro, seguindo os passos dos quadrinhos, procura ser o mais simples possível, sem muitos exageros ou dramas secundárias desnecessárias. Esse é um dos pontos mais positivos do filme que ainda conta com um belo visual e dezenas de novidades para os fãs dos super-heróis mais populares da DC. Aliás é bom que se diga que muitos outros virão, como o próprio enredo mostra. De maneira em geral é um filme muito bem realizado, mas que não conseguiu se tornar uma unanimidade. Na verdade houve uma certa reclamação generalizada em relação ao que se viu nas telas de cinema. Penso que isso foi decorrente da massiva campanha publicitária que foi realizada. Quando a propaganda se torna demais a decepção do público tende a ser proporcional, na mesma moeda. Como eu não caio mais nesse tipo de marketing procurei ler e ouvir as primeiras reações ao filme - que foram bem azedas. Assim deixei tudo mesmo em baixas expectativas, o que talvez explique o fato de que tenha gostado do filme de uma maneira em geral. Inclusive assisti à versão estendida com mais de três horas de duração e apesar do excesso de tempo jamais fiquei aborrecido ou entediado, demonstrando que o filme tem sim sua força e seus méritos cinematográficos. O único porém que poderia citar vem de duas escolhas que acredito tenham sido equivocadas por parte dos produtores. A primeira foi colocar o jovem Jesse Eisenberg para interpretar o vilão Lex. A falta de sincronia com o personagem acabou desvirtuando suas características. O outro erro foi escalar Ben Affleck como Batman. Todos sabem que ele é fraco, sem talento como ator. A sorte é que como o filme é dividido entre dois heróis até que os danos não foram tão ruins. Então é isso. Temos aqui uma boa diversão, muita movimentação e um roteiro que em sua simplicidade mais ajuda do que atrapalha, o que convenhamos já está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Manglehorn

Título Original: Manglehorn
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreambridge Films
Direção: David Gordon Green
Roteiro: Paul Logan
Elenco: Al Pacino, Holly Hunter, Harmony Korine
  
Sinopse:
A.J. Manglehorn (Al Pacino) é um sujeito comum que ganha a vida trabalhando com chaves. Ele tem um pequeno estabelecimento comercial e leva uma vida simples e pacata. Seu casamento chegou ao fim há muitos anos e seu único filho não é uma presença constante em seu dia a dia. Para espantar a solidão ele tem um animal de estimação que adora, mas que infelizmente agora está passando por problemas de saúde. Também tem um flerte casual com a caixa de banco Dawn (Holly Hunter), mas não tem coragem de ir em frente sobre essa situação. O que poucos sabem é que nas horas vagas o velho Manglehorn cultiva um antigo amor do passado, uma mulher que marcou definitivamente sua vida e que ele jamais conseguiu esquecer. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival.

Comentários:
Al Pacino não parece disposto a se aposentar. Bom para ele e para o público que sempre admirou seu trabalho. Ultimamente Pacino tem optado por participar de filmes pequenos, mas com alguma mensagem mais relevante a transmitir. Infelizmente em Hollywood ainda se cultua a beleza, o sucesso e a juventude, não havendo muito espaço para filmes que mostrem a vida de pessoas mais velhas. Por essa razão Pacino escolheu participar dessa pequena produção que foca em outra direção, na velhice e na solidão de pessoas comuns. O seu personagem é um homem envelhecido que olha para o passado com uma certa nostalgia romântica. Ele tem alguns arrependimentos e remorsos a superar, entre eles o fato de não ter se casado com a mulher que ele sempre considerou o amor verdadeiro de sua vida. Embora tenha se casado anos depois com outra, ele jamais esqueceu um amor de sua juventude, uma garota chamada Clara, a quem ele dedica longas e apaixonadas cartas de amor. 

De vez em quando ele as envia, mas sem sucesso. Isso foi há tantos anos que ele nem sabe mais onde ela mora ou se ainda está viva. Mesmo assim o amor permanece. Ele sobreviveu a um casamento com uma mulher que ele não amava, ao nascimento de seu filho e ao passar dos anos. Sua vida é solitária, mas acaba percebendo que ainda existe esperanças ao conhecer Dawn (Holly Hunter), que trabalha no banco onde ele é cliente e que tem coisas em comum com sua personalidade, como o amor aos animais de estimação e uma existência também solitária. Na terceira idade essa pode ser sua última chance de ser feliz, mas será que vai conseguir esquecer mesmo o grande amor de sua vida? Como se pode perceber o forte aqui é o roteiro, muito humano e bem escrito. Pacino também está, como sempre, magnífico, apostando em um estilo de interpretação mais contido, de acordo com o papel que vive, a de um homem que começa a sentir o peso do passar dos anos. É um bom drama romântico que revive as esperanças na busca por um amor verdadeiro no meio de um mundo cheio de adversidades e desencontros, nessa longa jornada chamada vida.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de abril de 2013

Os Incríveis

Uma das mais inspiradas animações da Pixar. Aqui o enredo tenta mostrar o outro lado da vida de um super-herói. Ao contrário do que geralmente é visto em filmes, desenhos e quadrinhos, os grandes super-heróis também têm que lidar com problemas familiares, a rotina sem graça de um casamento e claro, filhos problemáticos. O pior de tudo para o pai, Bob Parr / Mr. Incredible (na voz de  Craig T. Nelson), é saber que a idade vem chegando, que a barriga cresce na proporção do tédio e que agora a melhor parte de sua vida, os seus anos “heróicos”, ficaram definitivamente para trás. Como praticamente acontece em todas as animações da Pixar aqui também temos um roteiro muito bem escrito – com inúmeras referencias sobre cultura pop – aliado a uma produção tecnicamente impecável. Obviamente o texto do filme brinca o tempo todo com o universo dos heróis em quadrinhos, em especial em cima do “Quarteto Fantástico” da Marvel e de Stan Lee, mas tudo com uma sutileza e inteligência poucas vezes vista no mundo da animação.

Uma das referencias mais divertidas de “Os Incriveis” é com a estilista da roupa do Sr. Incrível, que na verdade é uma sátira em cima de uma das figurinistas mais famosas de Hollywood, Edith Head. Aqui temos certamente um tipo de “piada interna” da indústria americana que só será entendida mais perfeitamente pelas pessoas que adoram a história do cinema americano. Fora isso tudo se encaixa perfeitamente aqui, onde adultos e crianças vão se divertir sem problemas pois o roteiro, muito bem desenvolvido, traz elementos não apenas para o público infantil mas também para os pais que levaram seus filhos ao cinema. “Os Incríveis” é uma prova incontestável do talento dos animadores da Pixar, em especial do diretor Brad Bird que já havia mostrado toda a sua potencialidade criativa como roteirista na ficção produzida por Steven Spielberg, “O Milagre Veio do Espaço” nos anos 80 e como diretor da simpática e terna animação “O Gigante de Ferro”. Depois desse sucesso “Os Incríveis” ele ainda dirigiria dois grandes exitos de bilheteria, a animação “Ratatouille” e o novo filme da franquia “Missão Impossível” que trouxe Tom Cruise de volta ao topo no ranking das grandes bilheterias. Assim se você estiver em busca de uma animação divertida e inteligente nada melhor do que esse “Os Incríveis”, uma das mais marcantes produções com a marca Pixar!

Os Incríveis (The Incredibles, Estados Unidos, 2004) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco (vozes): Craig T. Nelson, Samuel L. Jackson, Holly Hunter / Sinopse: Veterano super-herói tem agora que lidar com a velhice e a chatice da rotina de um casamento com filhos problemáticos e complicados. Seus dias de glória porém parecem voltar quando surge um novo vilão no horizonte.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Além da Eternidade

Na década de 1980 nenhum cineasta obteve mais sucesso ou foi mais famoso do que Steven Spielberg. De fato aqueles foram seus mais bem sucedidos anos. Curiosamente depois de uma década de tantos filmes de fantasia e ficção o diretor resolveu fechar os anos 80 com algo completamente diferente. Seu novo projeto era um filme que saia bastante de sua zona de conforto habitual. Nada de extraterrestres e nem aventuras com arqueólogos aventureiros, aqui Steven Spielberg resolveu realmente inovar participando do primeiro remake de sua carreira! Como se isso não bastasse era ainda um filme romântico, como os da era de ouro de Hollywood. “Além da Eternidade” é na realidade uma refilmagem de “Dois no Céu”, clássico de 1943, estrelado por Spencer Tracy e dirigido por Victor Fleming. O argumento é bem espiritualista: um piloto de combate a incêndios florestais morre durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente após sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Steven Spielberg fez algumas modificações em relação ao filme anterior. Em “Dois no Céu” a ação se passava durante a II Guerra Mundial e o aviador morto era um comandante militar. Aqui o diretor resolveu modificar o personagem, o colocando como um aviador de combate a incêndios florestais. O personagem entregue a Richard Dreyfuss também se tornou mais jovial e atuante, se concentrando menos no humor do filme original para dar mais espaço ao drama e ao romantismo nessa nova releitura da estória. Já a trilha sonora se concentrava bastante em sucessos do surgimento do rock americano da década de 50 e 60, com destaque para a balada maravilhosa “Smoke Gets In Your Eyes”, gravação imortal dos Platters em 1958. O resultado porém fica abaixo dos demais filmes de Spielberg. Ele parece perder o controle da pieguice em um roteiro tão romântico como esse. O que era para ser puro lirismo se perde em um filme com muitas boas intenções mas que termina apenas com resultados meramente medianos. De certa forma o elenco é quem salva por completo a produção. Basta lembrar que a grande atriz Audrey Hepburn dá o ar de sua graça nas telas pela primeira vez em muitos anos – algo que ela não fazia desde o começo da década, em 1981, com o filme “Muito Riso e Muita Alegria”. Sua personagem não é tão marcante (ela interpreta um anjo) mas quando aparece realmente rouba todas as atenções para si. Infelizmente essa seria sua última aparição no cinema. Só esse fato já justificaria a existência do filme. De qualquer modo fica o registro desse “Spielberg menor” que no final das contas foi salvo pela deslumbrante aparição final do mito Hepburn. Vale a pena ser conhecido (ou redescoberto). 

Além da Eternidade (Always, Estados Unidos, 1989) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jerry Belson, baseado no filme “Dois no Céu” de 1943 / Elenco: Richard Dreyfuss, Holly Hunter, Brad Johnson, John Goodman, Audrey Hepburn / Sinopse: Pete Sandich (Richard Dreyfuss) é um piloto de combate a incêndios florestais que morre tragicamente durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente com sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Agenda Secreta do Meu Namorado

Título no Brasil: A Agenda Secreta do Meu Namorado
Título Original:  Little Black Book
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Nick Hurran
Roteiro: Melissa Carter, Elisa Bel
Elenco: Brittany Murphy, Ron Livingston, Holly Hunter, Julianne Nicholson, Josie Maran, Jason Antoon

Sinopse:
A jovem Stacy (Brittany Murphy) acredita que tem o melhor namorado do mundo, que está no relacionamento perfeito, de seus sonhos, mas tudo acaba em segundos, quando ela descobre que seu namorado mantém uma agenda com o telefone de contato de centenas de garotas! E agora, o que fazer?

Comentários:
Temos aqui uma comédia romântica tipicamente da filmografia da atriz Brittany Murphy. Não há maiores surpresas nesse roteiro feito para adolescentes apaixonadas. O que entristece mesmo ao assistir a um filme como esse é rever a própria Brittany Murphy em cena. Ela morreu muito jovem, em circunstâncias até hoje mal resolvidas. Oficialmente teria tomado uma overdose acidental de drogas prescritas, mas para alguns houve até margem para suspeitas de homícidio, visando sua fortuna pessoal. Qual seria a verdade? Bom, de uma coisa podemos concluir, a vida real da Brittany Murphy ficava bem distante das comediazinhas românticas bem bobinhas que fazia no cinema. Estava mais para cinema noir com doses de mistério e suspense. No mais só podemos lamentar que ela tenha tido uma vida tão curta. São armadilhas do destino que temos que lidar.

Pablo Aluísio.