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quinta-feira, 14 de março de 2024

Mergulho Noturno

Título no Brasil: Mergulho Noturno
Título Original: Night Swim
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster
Direção: Bryce McGuire
Roteiro: Bryce McGuire
Elenco: Wyatt Russell, Kerry Condon, Amélie Hoeferle

Sinopse:
Ex-jogador de beisebol, agora aposentado e sofrendo de uma doença grave, se muda com esposa e filhos para uma nova casa, muito bonita, com uma bela piscina. Aos poucos eventos sobrenaturais começam a acontecer, o que pode levar ao retorno de um passado trágico ocorrido naquele mesmo lugar. 

Comentários:
Ao longo de todos esses anos eu já assisti a todo tipo de filme de terror, inclusive com as premissas mais esquisitas. Só que até agora nunca tinha assistido a um filme sobre uma piscina assombrada! Pois é, pode parecer bizarro, mas é disso do que se trata o roteiro desse filme. O foco principal do enredo gira em torno dessa piscina de fontes termais. No passado aquele mesmo lugar tinha sido usado por um grupo de pioneiros que acreditavam que aquelas águas atendiam pedidos. Algo no estilo poço dos desejos. Só que os pedidos eram concedidos, mas um sacrifício tinha que ser realizado em troca. Os séculos passaram, construíram uma piscina ali, mas o sobrenatural resistiu. Pois é, o mais estranho de tudo é que apesar de ser um filme de terror sobre uma piscina, o roteiro funciona! Isso é o que mais me deixou realmente surpreso. Uma premissa absurda dando origem a um bom filme. Complicado entender como isso se deu, mas conseguiram mesmo alcançar essa proeza! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Feriado Sangrento

Título no Brasil: Feriado Sangrento
Título Original: Thanksgiving
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Eli Roth
Roteiro: Eli Roth, Jeff Rendell
Elenco: Patrick Dempsey, Gina Gershon, Lynne Griffin, Karen Cliche, Rick Hoffman, Nell Verlaque

Sinopse:
No dia de Ação de Graças, uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos passa a ser palco de um assassino em série. Usando uma máscara e roupas de peregrino dos tempos da colonização dos Estados Unidos, ele passa a fazer vítimas, matando uma a uma delas com requintes de crueldade extrema. 

Comentários:
Outro filme de terror fraco. O roteiro é sem originalidade, sem criatividade. Apenas se propõe a requentar velhas fórmulas de franquias de sucesso do passado. As referências mais óbvias podem ser encontradas em "Halloween" e "Pânico". O curioso é que essas franquias lutam para sobreviver comercialmente, pois estão mais do que saturadas. Qual seria então o sentido de simplesmente copia-las? De "Halloween" vem a ideia de usar uma data de festas para mostrar um assassino à solta, matando a esmo. Não funciona porque esse feriado de dia de ação de graças é um dos mais bregas do calendário de feriados dos ianques. De "Pânico" vem a ideia de esconder a identidade do assassino, que usa máscara, e que provavelmente faz parte do grupo em que as vítimas estão sendo escolhidas. A máscara e o figurino do assassino são ridículas e não colocam medo em ninguém. Enfim, não gostei nada. A produção é boa, pois o filme foi produzido por uma companhia cinematográfica de ponta. Agora de nada disso adianta se o roteiro é fraco e sem originalidade. Eli Roth deveria tomar vergonha na cara! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Boogeyman: Seu Medo é Real

Título no Brasil: Boogeyman: Seu Medo é Real
Título Original: The Boogeyman
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Studios
Direção: Rob Savage
Roteiro: Scott Beck, Bryan Woods
Elenco: Sophie Thatcher, Chris Messina, Vivien Lyra Blair, David Dastmalchian, Marin Ireland, Maddie Nichols

Sinopse:
Uma típica família norte-americana passa a ser atormentada por uma estranha criatura que se arrasta pelas sombras da noite. Conhecido pelo folclore local como Boogeyman, esse ser sobrenatural tem especial interesse em crianças indefesas e vulneráveis. E ele está pronto para assustar e levar todas que encontrar em seu caminho de morte e destruição. 

Comentários:
Outro filme do Boogeyman?! Pelo visto os roteiristas de filmes de terror no Estados Unidos andam com falta de novas ideias. Para quem não sabe essa figura do Boogeyman seria o equivalente em nossa cultura ao Bicho Papão! Pois é, você deve estar dando risadas agora, mas é isso aí mesmo. De qualquer forma eu não teria como apenas falar mal desse filme. Ele tem coisas até interessantes. A produção é boa, de um grande estúdio americano. A construção do suspense me soou até bem eficiente. A única coisa que achei absurda nesse roteiro foi o fato do Boogeyman ser atingido e ferido com tiros de espingarda! Isso realmente não faz o menor sentido pois esse ser sobrenatural não faz parte do nosso mundo, é um ser espiritual... como é que ele sentiria o impacto de balas em seu corpo se nem corpo físico ele tem? Pois é, faltou aos roteiristas lerem o manual explicando as características desse personagem. Erro básico, senhores...

Pablo Aluísio.

A Fúria do Drácula

Título no Brasil: A Fúria do Drácula
Título Original: Wrath of Dracula
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: Creativ Studios
Direção: Steve Lawson
Roteiro: Steve Lawson
Elenco: Hannaj Bang Bendz, Mark Topping, Sean Cronin, Serene Fensom, Marta Svetek, Ayvianna Snow

Sinopse:
A jovem e bela Nina decide que vai atrás de seu namorado Jonathan Harker, que desapareceu após visitar o Conde Drácula na Transilvânia. Chegando lá, ela encontra o professor Van Helsing que lhe explica que o Conde recluso é na realidade um vampiro que está atrás de sangue humano de belas jovens como ela! 

Comentários:
Que filme ruim! Eu fico até pasmo que um filme tão mequetrefe tenha sido disponibilizado por uma plataforma de streaming até com prestígio. Isso me leva a crer que essas produções são feitas a toque de caixa apenas para constar como conteúdo na lista de filmes desses canais e serviços de streaming. Chamem o serviço de proteção ao consumidor! Aqui não se salva praticamente nada. Tudo é ruim! O roteiro só utiliza os nomes dos personagens do livro original. O resto é lixo! O ator que faz Drácula é uma figura de dar risadas involuntárias, de tão fraco e inadequado. Chamar de canastrão é pouco! O cenário, locações, é tudo feito com computação gráfica de fundo de quintal. Qualquer nerd com um PC faria facilmente aquilo tudo. A produção é classe Z, péssima! Enfim, fuja desse filme como o vampiro foge da cruz.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Sorria

Esse filme de terror e suspense se revelou bem melhor do que eu esperava. Sua premissa é por demais interessante. Conta a história de uma psiquiatra que começa a tratar de uma jovem com muitos problemas mentais. Ela tem um comportamento de alguém que está sempre em pânico. Entra numa sala, fica nos cantos com medo de tudo, de todos. Afirma haver uma entidade que troca de rosto, que muda de imagem. E isso a deixa sempre com a sensação de estar sendo perseguida. A psiquiatra começa a tratar a questão como sendo de saúde mental, provavelmente esquizofrenia. Só que após o suicídio da garota, ela vê que há algo além. Ela começa a perceber que existe mesmo um tipo de entidade sobrenatural que, para seu azar, passou para a sua esfera pessoal. É claro que os demais médicos não acreditam em algo assim. Em um pensamento pautado pela ciência, não existe espaço para doenças ditas de origem espiritual. Tudo tem uma explicação no mundo racional. 

Conforme seu comportamento vai se tomando cada vez mais errático, as pessoas ao redor, inclusive sua irmã, começam a pensar que ela está tendo sinais de doença mental. Algo genético em sua família, pois sua própria mãe se matou anos antes. O estigma da doença mental ronda aquela mulher ao mesmo tempo em que ela precisa combater um ser que pode ser tanto imaginário como real em um nível absolutamente patológico. O suspense do filme se mantém bem. Há um capricho no elenco em termos de atuação. E mesmo a tal criatura não quebra o clima do filme, afinal, ela pode ser também puramente mental. É um roteiro que me surpreendeu e talvez explique por que esse filme de terror tenha sido tão relevante. Obteve boas notas da crítica e uma bilheteria muito acima da média de filmes de terror. Deixo certamente meu carimbo de filme recomendado.

Sorria (Smile, Estados Unidos, 2022) Direção: Parker Finn / Roteiro: Parker Finn / Elenco: Sosie Bacon, Jessie T. Usher, Kyle Gallner / Sinopse: Após o suicídio de uma paciente, uma psiquiatra começa a desenvolver o mesmo comportamento estranho e fora do normal. Seria algo de sua mente, uma doença mental ou um evento sobrenatural real?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Lore

Lore
Não conhecia essa série de terror, até que me foi recomendada por um amigo. Na opinião dele era uma das melhores coisas produzidas no gênero nos últimos anos. Depois de assistir ao primeiro episódio devo concordar. Realmente temos aqui um produto de excelente qualidade. A intenção é mesclar a linguagem dos documentários com a estética dos filmes de terror mais tradicionais. Assim vemos dramatizações, com atores, de histórias reais. Depois descobrimos a ligação dessas histórias com o surgimento dentro da cultura pop de personagens lendários, como Drácula, vampirismo, etc. A primeira temporada contou com apenas seis episódios. A razão? Eles são bem produzidos, usando inclusive de trechos com animação. Isso custa dinheiro e leva tempo para ficar pronto. O resultado não poderia ficar melhor. Aqui nessa postagem irei comentar todos os episódios da temporada, conforme for assistindo a eles. Segue abaixo reviews de cada um deles.

Lore 1.01 - They Made a Tonic
Esse primeiro episódio conta a história real da família Brown. Eles viveram no século XVIII, nos Estados Unidos. O pai era um homem bom, honesto e trabalhador. Só que nada disso fez diferença quando sua esposa morreu, vitimada pela tuberculose. Depois sua filha, também contaminada, faleceu do mesmo mal. Por fim o filho mais novo, que acabara de se casar e ter o primeiro filho também morreu da mesma doença. O patriarca assim viu todos os seus parentes morrerem em um curto espaço de tempo. Sem esperanças com a medicina tradicional ele acaba sendo convencido por um pastor de que sua família estaria amaldiçoada por um demônio e para dar fim a essa maldição satânica deveria exumar os corpos de todos os seus familiares para cravar uma estaca em seus corações. Caso contrário eles voltariam nas noites para sugar o sangue de pessoas indefesas. O coração também deveria ser arrancado e queimado. Das cinzas surgiria um chá que iria curar as pessoas doentes. Pensou na figura mitológica dos vampiros? É isso mesmo. O mais incrível é que toda a história narrada nesse primeiro episódio aconteceu mesmo, é história verídica. Uma tragédia causada pela ignorância. Esse mesmo caso acabaria inspirando o escritor Bram Stoker quando ele estava escrevendo seu livro "Drácula". Bom, não precisa dizer mais nada não é mesmo? Muito interessante e muito curioso tudo o que é contado aqui. Se você gosta de terror e quer conhecer de onde todas essas histórias e personagens surgiram, então não há recomendação mais certeira. Não deixe de conhecer essa série "Lore". / Lore 1.01 - They Made a Tonic (Estados Unidos, 2017) Direção: Darnell Martin / Roteiro: Jeff Eckerle, Marilyn Osborn / Elenco: Aaron Mahnke, Campbell Scott, Jason Davis.

Lore 1.02 - Echoes  
Esse episódio conta uma história real que no fundo é muito triste. Na década de 1940 um médico americano chamado Dr. Walter Freeman afirmou ter encontrado a cura para a loucura e diversos outros tipos de doenças mentais. Era um método cruel chamado Lobotomia. Um instrumento era enfiado entre os olhos para perfurar um osso craniano. Com algumas batidas e eletrochoques o paciente deixava de apresentar comportamentos depressivos ou violentos. No fundo isso não curava nada, apenas destruía a cognição dos que eram submetidos a esse tratamento violento. Uma das páginas mais lamentáveis da história da medicina moderna. Quando o episódio começou me lembrei imediatamente do caso envolvendo Rosemary Kennedy que passou por esse procedimento e teve sua vida destruída. E esse caso, um dos mais famosos envolvendo lobotomia, está no episódio. Enfim, é um daqueles momentos trágicos da medicina. A cena final, com o garotinho subindo na maca do Dr Freeman. é de cortar o coração do espectador. / Lore 1.02 - Echoes (Estados Unidos, 2017) Direção: Thomas J. Wright / Roteiro: Glen Morgan, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Colm Feore, Kristen Cloke.

Lore 1.03 - Black Stockings
O foco desse episódio é em cima de uma estranha superstição que era popular na Irlanda em seus velhos tempos. Acreditava-se que fadas e seres conhecidos como metamorfos tomavam conta dos corpos de certas pessoas, se fazendo passar por elas a partir dessa "possessão". Muito, muito estranho. E no roteiro vemos um caso absurdo que realmente aconteceu, envolvendo a morte de uma mulher que foi assassinada pelo próprio marido que acreditava que um metamorfo havia dominado o corpo dela. Absurdo, loucura, escolha a palavra que você quiser. No meu caso esse episódio demonstrou como uma crença pode se tornar perigosa... e fatal! / Lore 1.03 - Black Stockings (Estados Unidos, 2017) Direção: Thomas J. Wright / Roteiro: David Chiu, Patrick Wall / Elenco: Aaron Mahnke, Holland Roden, Cathal Pendred.

Lore 1.04 - Passing Notes
O tema desse episódio é o espiritismo. Na história um reverendo, homem respeitado, fica desesperado após a morte de sua esposa e decide tentar entrar em contato com ela através de sessões de espiritismo, onde evocaria a alma de sua esposa falecida. Como o próprio roteiro afirma, certas portas ficam trancadas por um motivo. E as coisas só pioram, a casa dele fica atormentada com batidas, estranhos acontecimentos. O pastor tenta entrar em contato com essa entidade espiritual, pensando ser uma bruxa enforcada no século 17, mas descobre que não se trata disso, mas sim de uma "alma condenada". Bom episódio que dá uma geral no contexto histórico do surgimento do espiritismo, com destaque para algumas pessoas que se envolveram nisso, como o criador do Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle e o mágico Houdini. / (Estados Unidos, 2017) Direção: Nick Copus / Roteiro: Glen Morgan, Aaron Mahnke / Elenco:  Aaron Mahnke, Robert Patrick, Bethany Anne Lind. 

Lore 1.05 - The Beast Within 
Lobisomem existe? Esse episódio vai fundo nas origens dessa lenda do terror. O roteiro mostra que uma das histórias mais antigas sobre um homem que virava lobo tem mais de 2000 anos! E o mais incrível é que ela se parece demais com o conto infantil da Chapeuzinho Vermelho. Depois o episódio usa como linha narrativa principal um caso histórico real, envolvendo a aparição de um suposto lobisomem numa cidadezinha na Alemanha. Na verdade era um serial killer. E os psicopatas acabam sendo ligados diretamente a esse mito. Afinal mortes animalescas em série realmente fizeram parte da história de assassino em série ao longo da história. Muito bom esse episódio, com direito a contar uma lenda envolvendo São Patrício e uma aldeia de lobisomens. Arrepiante! / Lore 1.05 - The Beast Within (Estados Unidos, 2017) Direção: Darnell Martin / Roteiro: David Coggeshall, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Adam Goldberg, Clark Moore. 

Lore 1.06 - Unboxed
Fora da caixa! Esse último episódio da primeira temporada trata dos bonecos. Isso mesmo, usando como base a história de Robert, the doll, um boneco amaldiçoado, esse episódio vai mostrando algumas histórias assustadoras envolvendo esses brinquedos. Há a história do mexicano que vivia sozinho em uma ilha. Um dia ele achou o corpo de uma menina. Depois disso ele se convenceu que estava sendo assombrado pela alma da criança. Por isso encheu sua ilha de bonecas penduradas nas árvores. O local hoje é conhecido como "a ilha das bonecas". Outra história assombrosa envolveu um russo que levava corpos de crianças mortas para casa e as vestia com roupas de bonecas. Enfim, bom episódio para fechar a primeira temporada dessa excelente série de terror e suspense. / Lore 1.06 - Unboxed (Estados Unidos, 2017) Direção: Michael E. Satrazemis / Roteiro: Tyler Hisel, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Kristin Bauer van Straten, Joe Knezevich.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Os Mortos Não Morrem

Título no Brasil: Os Mortos Não Morrem
Título Original: The Dead Don't Die
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio:  Animal Kingdom
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Bill Murray, Adam Driver, Tom Waits, Danny Glover, Chloë Sevigny, Tilda Swinton, Steve Buscemi

Sinopse:
Quando o eixo do planeta Terra muda misteriosamente de posição, coisas bem estranhas começam a acontecer em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, entre elas o fato dos mortos se levantarem de suas tumbas para aterrorizar os moradores da região.

Comentários:
Até hoje não entendi completamente essa fixação do cinema americano com zumbis. OK, são monstros clássicos dos filmes de George Romero, mas será que é necessário fazer tantos filmes sobre esses mortos-vivos? Penso que a fórmula se esgotou há muitos anos. Aqui temos mais um filme a explorar esse filão cinematográfico mais do que desgastado. O elenco é muito bom, fruto do prestígio que o cineasta Jim Jarmusch desfruta em Hollywood. Porém tirando esse aspecto há pouco a se elogiar em relação a esse filme. A tentativa de fazer humor negro logo perde gás, sobrando apenas mais um filme banal de zumbis para o espectador assistir. Quem ainda aguenta ver todos aqueles figurantes perambulando pelas ruas em busca de cérebros humanos? Eu mesmo já esgotei minha paciência com esse tipo de roteiro. Espero que roteiros melhores sejam aproveitados daqui pra frente. Enfim, esse filme é somente cansativo e sem nenhuma ideia original. Mais do mesmo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

O Mal Nunca Morre

Título no Brasil: O Mal Nunca Morre
Título Original: Evil Never Dies
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Coote Hayes Productions
Direção: Uli Edel
Roteiro: Star Price, Max Enscoe
Elenco: Thomas Gibson, Katherine Heigl, Simon Bossell, John Waters, Christopher Kirby, Steven Grives

Sinopse:
Depois que sua esposa é brutalmente assassinada, um policial é transferido para patrulhar uma faculdade, apenas para descobrir que o assassino agora executado pode ser trazido de volta à vida como parte do experimento de um professor.

Comentários:
Fitinha B de terror sem maiores consequências. O gênero de filmes de terror sempre se aproveitou, desde os seus primórdios, dessa coisa de utilizar vítimas jovens e bonitas para causar maior impacto no público. Então ambientar um filme de horror dentro de uma universidade é mais do que adequado dentro dessa (desgastada) fórmula cinematográfica. Em especial se tiver um elenco extra de garotas universitárias bonitas no elenco. E para fechar a fórmula que tal um assassino serial, um serial killer, que retorna do mundo dos mortos? Geralmente esse tipo de filme não é grande coisa. Esse aqui pelo menos diverte um pouquinho. PS: A atriz Katherine Heigl tentou fazer uma transição das séries de TV para o cinema, mas sem muito resultado. Após algumas comédias românticas de sucesso ela viu sua carreira no cinema praticamente desaparecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de março de 2021

A Ilha da Fantasia

Título no Brasil: A Ilha da Fantasia
Título Original: Fantasy Island
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Blumhouse Productions
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jeff Wadlow, Christopher Roach
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday

Sinopse:
Um grupo de turistas chega em um point turístico conhecido como "A Ilha da Fantasia". Além do cenário de paraíso, o dono do hotel local, Mr. Roarke (Michael Peña), promete aos seus visitantes a realização de todos os seus sonhos e desejos. O problema é que nem sempre a realização de uma fantasia pode ser uma coisa boa.

Comentários:
Os mais jovens não lembram, mas a série "A Ilha da Fantasia" foi um grande sucesso na TV, inclusive no Brasil. Agora temos esse remake para o cinema, porem com mudanças. A principal delas é que tudo se passa agora em um clima de filme de terror. E aqui temos o primeiro grande problema desse filme. Embora tente seguir as premissas básicas da série, não há como realizar um bom filme de terror em uma ilha ao estilo paradisíaco, com muito sol, praias e cenários deslumbrantes. O clima se perde completamente. Além disso vamos convir que o ator Michael Peña como o senhor Roarke não convence. Fiquei com saudades de Ricardo Montalbán. E onde foi parar o anão Tattoo? Na série ele era interpretado pelo ator Hervé Villechaize, que se matou. Dizem que os produtores não queriam essa vibe negativa no novo filme, por isso o roteiro traz uma pequena linha na cena final como uma mera desculpa a quem sentiu sua falta. Muito pouco. Em termos de destaque de elenco nesse novo filme apenas a jovem atriz Lucy Hale da série "Pretty Little Liars" vai chamar alguma atenção. Com os cabelos pintados de loiro, ela se tornou a grande vilã dessa história. Quem diria... Enfim, um filme de mediano para fraco, demonstrando acima de tudo que não se faz bons filmes de terror com sol, praia e lugares bonitos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de março de 2021

O Pacto

Título no Brasil: O Pacto
Título Original: El Pacto
Ano de Produção: 2018
País: Espanha
Estúdio:  4 Cats Pictures, Ikiru Films
Direção: David Victori
Roteiro: Jordi Vallejo, David Victori
Elenco: Belén Rueda, Darío Grandinetti, Mireia Oriol, Antonio Durán 'Morris', Jordi Recasens, Carlus Fàbrega

Sinopse:
Após a filha ficar em coma, sua mãe, uma defensora pública, fica desesperada. Ele então decide se encontrar com uma estranha figura. Esse lhe promete que sua filha vai sobreviver, voltará ao normal, mas que para isso ela precisa firmar um pacto. E só depois ele lhe dirá o que ela precisará fazer para pagar sua parte nesse sinistro acordo.

Comentários:
O cinema espanhol já se firmou como um dos grandes centros produtores de filmes de terror no mundo. E são bons filmes de terror, tanto que muitos deles  acabam virando remakes nos Estados Unidos. Algo que também acontece no Japão, outro pólo cinematográfico muito conhecido pelos filmes de terror que são produzidos todos os anos. Pois bem, aqui temos uma nova versão sobre uma velha história. Na cultura judaico-cristã é muito conhecido essa coisa toda de pactos com o Diabo. É uma premissa religiosa até bem conhecida. E é justamente esse aspecto que o roteiro explora, porém numa levada mais psicológica, sem apelar para criaturas de efeitos digitais e nem em seguidores de Lúcifer com chifres. Tudo é desenvolvido mais em um tipo de realismo nada fantástico. O próprio Diabo pode surgir como um homem comum, que está ao seu lado nas ruas, na vida cotidiana. Sob esse aspecto até que o filme se mostra bem interessante. Um pouco arrastado, bem no estilo do cinema europeu, esse filme não vai agradar a todos, mas tem suas boas ideias em um roteiro que até mesmo surpreende em alguns momentos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de março de 2021

O Exorcista III

Esse filme é um dos mais subestimados da história do cinema americano. "O Exorcista 2 - O Herege" foi uma das maiores porcarias da franquia, por isso muita gente não foi ver esse terceiro filme da série "O Exorcista". Perderam muito. O fato, e digo isso sem favor algum, é que "O Exorcista III" é um filmão! Na verdade o filme deveria se chamar "The Legion" pois o roteiro foi adaptado desse livro de terror escrito por William Peter Blatty, o mesmo que escreveu o clássico "O Exorcista". No meio das filmagens os produtores decidiram que ele iria chegar nas telas de cinema como "O Exorcista III" por causa da força do nome comercial.

O filme conta a história de uma investigação policial a cargo do detetive Kinderman (George C. Scott). Várias pessoas são encontradas mortas, decapitadas e com sinais de que foram realizados rituais religiosos durante os assassinatos. Entre os mortos estão dois padres e um adolescente. Conforme as investigações avançam o velho policial vai encontrando semelhanças com o modo de agir de um antigo serial killer. O problema é que ele está morto há anos. E um louco insano, internado em um hospício, parece ter as respostas que o velho policial tanto procura.

"O Exorcista III" aposta com muito sucesso em um terror psicológico de primeira linha. Há uma longa cena, dentro de um quarto de manicômio, entre os atores Brad Dourif e George C. Scott, que verdadeiramente me impressionou. Tudo construído apenas no talento dos atores e na força de diálogos mais do que afiados. Um show de interpretação! O interessante é que após as filmagens o estúdio decidiu que um novo final seria filmado e nem isso prejudicou o filme, pelo contrário, lhe trouxe mais consistência cinematográfica. Hoje em dia as duas versões, a do diretor e a do estúdio, estão disponíveis em DVD. Enfim, posso dizer que esse filme merece ser mais reconhecido nos dias de hoje. Com roteiro inteligente (o mais complexo da franquia, para dizer a verdade) e um elenco de grandes atores em cena, "O Exorcista III" é uma pequena obra prima do gênero terror. Merece lugar de destaque em sua coleção.

O Exorcista III (The Exorcist III, Estados Unidos, 1990) Direção: William Peter Blatty / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: George C. Scott, Ed Flanders, Brad Dourif, Nicol Williamson, Scott Wilson, Nancy Fish / Sinopse: Um veterano policial precisa investigar uma série de assassinatos com aparente motivação religiosa. E para sua surpresa, todas as respostas parecem estar com um louco insano aprisionado em um manicômio judiciário. Filme premiado na categoria de melhor roteiro pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.

Pablo Aluísio.

Halloween 4

O filme "Halloween 3" foi um verdadeiro desastre. Fracasso de público e crítica, irritou principalmente os fãs dessa franquia de filmes de terror. Por essa razão os produtores decidiram voltar ao básico. A primeira decisão foi trazer de volta o psicopata Michael Myers. Assim o assassino acabava fugindo de uma ambulância que o levava de um hospício para o outro. De volta às ruas, livre e desimpedido, ele voltava a fazer o que sempre fazia nos filmes anteriores: matar pessoas na noite de Halloween, E seu principal alvo agora era uma garotinha de apenas 10 anos, sua sobrinha, que nem era nascida quando ele matou pela primeira vez.

"Halloween 4" foi lançado em 1988 para celebrar os 10 anos de lançamento do primeiro filme. Inegavelmente é um filme bem melhor do que o terceiro. Tem enredo redondinho e traz aquilo que os fãs esperavam encontrar nas telas de cinema. Também tem um roteiro bem melhor que procura desenvolver, mesmo que de forma mínima, todos os personagens do filme, sendo a maioria deles um bando de jovens com os hormônios em alta. 

Claro, Mike Myers continuou a ser um vilão básico de filmes de terror dos anos 80. Com faca na mão e máscara no rosto, com zero em termos de diálogo, ele se tornava mais genérico do que nunca. Mas o roteiro funcionava criando boas situações. Imagine tentar capturar um criminoso desses na noite de Halloween com centenas de jovens usando sua mesma máscara. Assim "Halloween 4", apesar de não ser um grande filme, muito longe disso, traz o exatamente aquilo que todos esperavam da franquia. Tem boa produção, um roteiro de acordo com o que se via nos filmes do passado e um grupo de belas jovens para, mais cedo ou mais tarde, caírem nas mãos do assassino insano. Para um filme que foi produzido e lançado nos anos 80 já estava de bom tamanho.

Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (Halloween 4: The Return of Michael Myers, Estados Unidos, 1988) Direção: Dwight H. Little / Roteiro: Dhani Lipsius, Larry Rattner / Elenco: Donald Pleasence, Ellie Cornell, Danielle Harris / Sinopse: Após ficar anos internado em manicômios para criminosos loucos, o assassino Mike Myers consegue fugir. E na noite de Halloween ele retorna para sua cidade natal com o plano de matar sua sobrinha, uma garotinha com apenas 10 anos de idade.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O Mensageiro do Último Dia

Título no Brasil: O Mensageiro do Último Dia
Título Original: The Empty Man
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Boom! Studios
Direção: David Prior
Roteiro: David Prior
Elenco: James Badge Dale, Marin Ireland, Sasha Frolova, Samantha Logan, Evan Jonigkeit, Virginia Kull

Sinopse:

James Lasombra (James Badge Dale) é um ex-policial que decide ajudar sua vizinha pois sua filha desapareceu sem deixar rastros. Ao seguir os últimos passos da jovem ele descobre que ela estaria envolvida numa estranha seita que cultua há anos uma entidade do budismo tibetano, um ente sobrenatural sinistro e pouco conhecido.

Comentários:
Até que gostei desse filme de terror que foi lançado em plena pandemia nos cinemas brasileiros. O roteiro foca nessa entidade sobrenatural conhecida apenas como "O Homem Vazio". Ele retorna ao nosso mundo após um grupo de jovens subirem nas montanhas do Himalaia. Pois é, um ser das trevas que tem ligações com o budismo tibetano. Há algumas bobagens na história, como aquela coisa de invocar esse ente usando garrafas vazias, mas no geral o enredo é bem contado. O uso do suspense é bem adequado. Além disso o fato de tudo ser conduzido por um ex-tira de St. Louis cria um bom desenvolvimento para o filme, ainda mais para quem curte filmes que tragam mistérios a desvendar. Não há gore envolvido e nem sangues e tripas. A coisa toda se desenvolve mesmo em um nível mais intelectual, inclusive com diálogos bem cabeça quando surgem aqueles jovens seguidores da tal seita que aparece no filme. Enfim, gostei mesmo do resultado. É um filme de terror que tenta ser inteligente, coisa rara nos dias atuais.  

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Terror no Hotel Cecil

Título no Brasil: Terror no Hotel Cecil
Título Original: Horror at the Cecil Hotel
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Stephen David Entertainment
Direção: Leland Krane
Roteiro: Patrick Rogers, Lorraine DiRienzo
Elenco: Sal LaBarbera, William Jousset, Gil Carrillo, William Ryder, Vivian Lam, Roger Wayne

Sinopse:
Casos misteriosos envolvendo crimes nesse velho hotel da cidade de Los Angeles, despertam a curiosidade dos espectadores. Usando como base de seus roteiros as próprias investigações oficiais da Polícia, todos os crimes são recriados para que se tente chegar em uma solução.

Comentários:
O Hotel Cecil foi construído na década de 1920. Quando abriu suas portas pela primeira vez era considerado um hotel de luxo na cidade dos anjos. Só que o tempo passou, a vizinhança ficou cheia de viciados em drogas e o hotel decaiu completamente, se tornando atualmente uma velha espelunca, frequentada por criminosos, fugitivos da polícia, dependentes químicos, etc. E no meio desse tipo de situação o surgimento de crimes, dos mais diversos, se tornou uma rotina macabra nesse velho hotel decadente. Como se pode perceber material não falta. Esse " Terror no Hotel Cecil" tem sido exibido no canal Discovery ID, especializado em crimes e violência. É interessante, porém recomendado apenas aos aficcionados nesse tipo de tema. O destaque vai para o caso daquela jovem asiática que se hospedou no Cecil e ficou desaparecida por vários dias, sem deixar rastros. Depois de muita investigação seu corpo acabou sendo encontrado na caixa d'água localizada no teto do hotel. O que teria acontecido? Assista para decifrar... ou não!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Halloween 3

Título no Brasil: Halloween 3 - A Noite das Bruxas
Título Original: Halloween III - Season of the Witch
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tommy Lee Wallace
Roteiro: Tommy Lee Wallace
Elenco: Tom Atkins, Stacey Nelkin, Dan O'Herlihy, Michael Currie, Brad Schacter, Nancy Kyes

Sinopse:
Um médico decide investigar uma estranha morte ligada a uma fábrica de máscaras de Halloween. Após uma série de investigações, descobre que o dono dessa fábrica planejou um plano mortal envolvendo a morte de milhares de crianças na noite de Halloween. E agora apenas ele poderá impedir esse massacre infantil.

Comentários:
Esse terceiro filme da franquia dos populares filmes de terror "Halloween" sempre foi considerado um dos piores. E a razão para isso é até simples de explicar. Acontece que esse terceiro filme não traz o psicopata Michael Myers! Imagine um filme da série "Sexta-Feira 13" sem o Jason. É justamente o caso aqui. E sem Michael Myers o que sobra nesse filme ruim? Um enredo muito esquisito envolvendo uma fábrica de máscaras de terror e uma estória sem pé e nem cabeça para contar. O John Carpenter até assinou parte da produção, mas ele deveria ter vergonha de colocar seu nome nesse filmeco. Tem uma musiquinha de um comercial de TV das máscaras que passa o tempo todo durante o filme, martelando a cabeça dos espectadores. E o pior de tudo é que o negócio gruda na mente. Para se livrar disso depois é uma chatice. Enfim, errado do começo ao fim, esse "Halloween III" é ruim de doer! Passe longe, mesmo se você gostar dos filmes dessa série cinematográfica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Chamado do Mal

Um casal se muda para uma nova cidade. O marido é professor universitário de matemática e vai começar um novo trabalho na universidade daquela região. A esposa está grávida do primeiro filho deles. A chegada nesse novo local parece ser mais uma benção. Ele foi contratado para ensinar em uma boa universidade e ela tem muitos planos para sua maternidade. Só que aquilo que parecia ser um sonho logo se torna um pesadelo. E as coisas começam a ficar ruins por causa de um simples objeto, uma pequena caixa que no passado pertenceu a um ritual de aprisionamento de entidades do mal. Não deixa de ser curioso o roteiro desse filme porque não faz muito tempo assisti a um documentário no Discovery mostrando uma antiga crença da religião judaica onde rabinos aprisionavam espíritos do mal em pequenas caixas de madeira. É uma antiga crença, anterior até mesmo ao nascimento de Jesus. Não sei se ainda hoje esse tipo de ritual é praticado pelos judeus, mas de uma forma ou outra o roteiro desse filme se vale principalmente dessa antigas crenças para apoiar o argumento do filme.

E ficou bom, eu gostei desse filme. Há bons sustos e uma interessante galeria de criaturas do além. Claro, velhos clichês ainda desfilam pela tela, mas há igualmente bom uso de personagens interessantes como o veterano professor da universidade que decidiu se dedicar ao estudo do sobrenatural e do ocultismo depois que perdeu a sua visão. E o uso de crianças, até mesmo bebês, como entidades sobrenaturais dão também uma boa dose de sustos aos espectadores. Enfim, como gostei do resultado final desse filme de terror deixo a recomendação para quem gosta do estilo. Você nunca mais verá a maternidade da mesma forma depois de assistir a essa produção.

O Chamado do Mal (Malicious, Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Winnick / Roteiro: Michael Winnick / Elenco: Josh Stewart, Bojana Novakovic, Delroy Lindo, Melissa Bolona / Sinopse: Casal passa a ser aterrorizado por entidades do sobrenatural e do além depois que se mudam para uma nova casa perto da universidade onde o marido irá trabalhar como professor de matemática.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A Hora do Pesadelo 5

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy
Título Original: A Nightmare on Elm Street - The Dream Child
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Wes Craven, John Skipp
Elenco: Robert Englund, Lisa Wilcox, Kelly Jo Minter, Danny Hassel, Erika Anderson, Nicholas Mele

Sinopse:
A jovem grávida Alice encontra Freddy Krueger golpeando a mente adormecida de seu filho ainda não nascido, na esperança de renascer no mundo real. Quinto filme da franquia oficial do personagem Freddy Krueger a chegar nos cinemas.

Comentários:
Apenas um ano depois do lançamento do filme anterior, a New Line se apressou em lançar esse "A Hora do Pesadelo 5". E aqui se confirma a máxima que diz, no melhor estilo sabedoria popular, que a pressa é inimiga da perfeição. Ao contrário do volume 4, que considero até muito bom, esse aqui se perde em ideias ruins e roteiro mal escrito. Quiseram também misturar "O Bebê de Rosemary" com "A Hora do Pesadelo" e tudo ficou bem estranho (e ruim). O diretor Stephen Hopkins era praticamente um novato quando entrou no set de filmagens dessa produção. Sua falta de experiência se revela na tela. Ele, anos depois, iria dirigir filmes bem melhores, com destaque para "O Predador 2: A Caçada Continua" que rodaria apenas um ano depois desse quinto filme com Freddy Krueger. Porém aqui, nesse filme, ele deixou muito a desejar. Filmes da franquia "A Hora do Pesadelo" podem se perder na linha que separa sonhos de realidade. E esse foi justamente o maior problema desse filme. Com roteiro tão confuso, o público simplesmente deixou de se importar. Com isso o filme não foi bem nas bilheterias, rendendo menos da metade do filme anterior. A franquia começava a demonstrar que estava saturada, já na década de 1980.

Pablo Aluísio.

A Hora do Pesadelo 4

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos
Título Original: A Nightmare on Elm Street 4 - The Dream Master
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Wes Craven, William Kotzwinkle
Elenco: Robert Englund, Rodney Eastman, John Beckman, Hope Marie Carlton, Kristen Clayton, Duane Davis

Sinopse:
Freddy Krueger retorna mais uma vez para aterrorizar os sonhos dos Dream Warriors restantes, bem como os de uma jovem que pode ser capaz de derrotá-lo para sempre. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror do ano.

Comentários:
Nunca foi o típico filme da carreira do diretor Renny Harlin. A praia dele sempre foi outra, de filmes de ação com muita pancadaria e troca de tiros com metralhadoras, mas devo dizer que ele surpreendeu nesse filme da série "A Nightmare on Elm Street". Ele trouxe um visual muito bem produzido, caprichado mesmo, para esse quarto filme. Diria até que é o filme mais diferenciado da franquia. Os efeitos especiais na década de 1980 nem era tão perfeitos, porém ele superou isso com uma direção de arte realmente muito boa, acima da média. A bilheteria também foi considerada top de linha, acima do previsto pelo estúdio New Line. Para um filme que custou pouco mais de 14 milhões de dólares, a soma de 98 milhões arrecadados foi considerada excelente, o que levaria Freddy Krueger a voltar em mais filmes nos anos que viriam. Já o diretor Renny Harlin não quis continuar na série. Ele largou o famoso personagem dos filmes de terror e foi dirigir "Duro de Matar 2" que iria se tornar um dos maiores sucessos de sua carreira.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Chamado 2

Título no Brasil: O Chamado 2
Título Original: The Ring Two
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger, Kôji Suzuki
Elenco: Naomi Watts, Sissy Spacek, Emily VanCamp, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Daveigh Chase  

Sinopse:
Seis meses após os incidentes envolvendo o videotape letal, que leva à morte todos que o assistem, novas pistas provam que há um novo mal à espreita na escuridão. Samara, ao que tudo indica, está pronta para fazer novas vítimas de sua maldição macabra.  Filme indicado ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor filme de terror do ano.  

Comentários:
Toda companhia cinematográfica precisa de uma boa franquia de terror em seu catálogo, afinal são filmes, via de regra, baratos, que acabam rendendo ótimas bilheterias nos cinemas. Com o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks Pictures, não seria diferente. E essa franquia, que também é uma adaptação do terror oriental feito sob medida para o público ocidental, apresenta como bônus uma personagem marcante, que fez nome entre os fãs de terror. Claro, estou falando da criatura do poço, a Samara, aqui interpretada pela atriz Daveigh Chase. Afinal de contas, todas as franquias de terror de sucesso precisam se apoiar em um vilão bem simbólico, que fique na mente do público. Outro destaque vem da presença da atriz Sissy Spacek. Essa foi uma escolha pessoal de Spielberg que queria homenagear o grande clássico do terror moderno, "Carrie, a Estranha". Por fim, cabem todos os elogios ao cineasta japonês Hideo Nakata. Ele conseguiu, como poucos, manter o clima de suspense e tensão da primeira à última cena. Mesmo quando nada de muito aterrorizante acontece, fica sempre no ar aquele clima de que algo está errado, estranho... e que tudo pode acontecer na próxima cena. Excelente trabalho de direção.

Pablo Aluísio.

O Grito

Título no Brasil: O Grito
Título Original: The Grudge
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Takashi Shimizu
Roteiro: Stephen Susco, Takashi Shimizu
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Bill Pullman, Jason Behr, William Mapother, Clea DuVall, KaDee Strickland

Sinopse:
Uma enfermeira americana que mora e trabalha em Tóquio acaba tendo contato com uma misteriosa maldição sobrenatural desconhecida, que se manifesta em sombras e na presença de uma estranha figura que surge na escuridão das noites.

Comentários:
Esse filme de terror é na realidade um remake feito em Hollywood. O filme original oriental foi chamado "Ju-On: The Grudge". Após assisti-lo em uma festival de cinema o diretor Sam Raimi decidiu comprar os direitos do roteiro para fazer uma versão ocidental da história. Para isso ele resolveu não estragar o que já era bom, contratando o diretor japonês Takashi Shimizu. O resultado ficou muito bom, é inegável dizer. Essa mistura entre contos orientais de terror com as técnicas cinematográficas da indústria americana de cinema costuma mesmo dar certo, inclusive nas bilheterias. "O Grito" foi altamente lucrativo para o estúdio. Produção relativamente barata (custou meros 30 milhões de dólares para ser produzido) acabou faturando mais de 200 milhões nos cinemas. Sucesso de público, êxito comercial. E isso tendo Sarah Michelle Gellar como atriz principal. Ela que no cinema nunca foi grande coisa, se destacando mais na TV, na série teen "Buffy: A Caça-Vampiros" nos anos 90. Pois é, quando um filme tem que dar certo, nada acaba atrapalhando seu sucesso. Além disso o filme tem um bom clima de suspense, valorizando sempre o jogo de luz e sombras nas cenas mais assustadoras. É uma tradição dos filmes de terror do oriente, sempre valorizando mais a sugestão do que o uso de efeitos especiais. O resultado é acima da média. Um filme ideal para se assistir nas madrugadas, com todas as luzes apagadas.

Pablo Aluísio.