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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Poderosa Afrodite

Esse filme de Woody Allen é até hoje um desvio na rota da obra do diretor. Como tudo o que envolve Allen há aqueles que odeiam o filme e outros que o adoram. Não é motivo nem para tomar uma posição radical e nem outra. Na verdade é uma boa comédia, bem mais leve do que a fase mais intelectual que o cineasta atravessou nas décadas de 70 e 80. Não tem grande roteiro e nem é uma obra de arte, mas tem a Mira Sorvino interpretando a personagem Linda Ash, uma atuação que (pasmem!) lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante numa das maiores zebras da história de Hollywood! Para muitos foi um prêmio para consagrar Allen, mas discordo disso, já que ele também estava concorrendo na categoria de Melhor Roteiro e não venceu. Assim não tem muita lógica afirmar que Mira foi premiada para homenagear Allen.

Na verdade essa premiação é um daquelas surpresas complicados de explicar por motivos racionais. Simplesmente aconteceu! Ela é carismática, mas jamais deveria ter sido premiada tão cedo na carreira (com certeza não por essa atuação). Aliás verdade seja dita, pois para ela teria sido muito melhor não ter vencido já que Sorvino acabou se tornando um dos maiores exemplos da "maldição do Oscar", onde atores ou atrizes são premiados precocemente, bem no começo da carreira e depois afundam feio na carreira. Outro exemplo? Cuba Gooding Jr. Muitas vezes o Oscar pode ser o aviso de que tudo acabou, por mais incrível que isso possa parecer.

Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, Estados Unidos, 1995) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Olympia Dukakis / Sinopse: Jornalista investigativo descobre a existência de um garoto com QI acima da média. Seria um gênio precoce. Só que sua mãe é uma mulher bem medíocre em todos os aspectos. Como explicar algo tão desigual? Filme premiado pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Mira Sorvino).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Mr. Holland - Adorável Professor

Título no Brasil: Mr. Holland - Adorável Professor
Título Original: Mr. Holland's Opus
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Stephen Herek
Roteiro: Patrick Sheane Duncan
Elenco: Richard Dreyfuss, Glenne Headly, Jay Thomas, Olympia Dukakis, William H. Macy, Alicia Witt

Sinopse:
Glenn Holland (Dreyfuss) é um músico e compositor que arruma um emprego de professor para pagar o aluguel e suas contas para que em suas horas vagas consiga realizar o seu sonho de compor uma grande peça que, em seu sonho, poderia mudar o mundo da música internacional. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Richard Dreyfuss).

Comentários:
Penso que esse bom filme nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros na época ou se isso aconteceu foi em poucos salas. É um drama, mas com inúmeras situações mais leves, até de humor mais sutil. Dentro da história do cinema americano sempre existiram filmes cujo tema principal girava em torno de um professor especial, que vinha mesmo para transformar a vida de seus alunos. O interessante nessa produção é que ela foi lançada assim meio sem pretensão nenhuma e foi crescendo conforme a publicidade boca a boca foi se consolidando. Acabou que deu uma inesperada indicação ao Oscar de melhor ator para Richard Dreyfuss, o que seguramente foi uma surpresa e tanto para ele. Surpresa e obviamente uma honra. Não venceu, mas só de estar entre os cinco finalistas já foi um feito e tanto para esse pequeno e bem realizado filme sobre a vida de um homem comum que anseia por um destino incomum, que provavelmente nunca vai acontecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Feitiço da Lua

Título no Brasil: Feitiço da Lua
Título Original: Moonstruck
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Cher, Nicolas Cage, Olympia Dukakis, Vincent Gardenia, Danny Aiello, Julie Bovasso

Sinopse:
Loretta Castorini (Cher) é uma mulher viúva que pensa novamente em se casar. Então ela fica noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), um homem bem mais velho, só que pouco antes de se casar com ele, Loretta acaba se apaixonando pelo padeiro Ronny Cammareri (Nicolas Cage). Uma paixão que vai trazer muitos problemas para ela.

Comentários:
Esse filme era para ser apenas mais uma comédia romântica dos anos 80, mas surpreendeu a todos quando ganhou uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme! Algo realmente inacreditável, já que a academia nunca teve muito apreço por esse gênero cinematográfico. Porém mais incrível de tudo foi que a cantora Cher acabou levando o Oscar de melhor atriz! Ela, em minha opinião, nunca foi uma grande atriz, mas deu muito certo no mundo do cinema, muito mais do que as outras cantoras que tentaram fazer essa transição do mundo da música para o mundo do cinema. O diferencial é que a Cher sempre foi uma daquelas mulheres com personalidade muito marcante e ela sempre levou isso para suas personagens. Acabou que todo mundo acreditou que ela era realmente uma excelente atriz. É a valha fórmula do tipo "se colar, colou". E no caso dela deu certo mesmo. A grande veterana Olympia Dukakis também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante, fazendo com que o filme levasse os dois prêmios femininos principais daquela edição do Oscar. Nada mal mesmo. E o Nicolas Cage? Bom, essa foi uma fase em que ele escolhia criteriosamente os filmes em que atuava. Nada parecido com os dias de hoje onde ele atua em qualquer bomba que lhe oferecem. Então é isso, deixo aqui a dica para quem é fã da Cher. Esse foi o maior filme da carreira dela no cinema.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2019

Olha Quem Está Falando

Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio:  TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller

Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.

Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Flores de Aço

Título no Brasil: Flores de Aço
Título Original: Steel Magnolias
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Robert Harling
Elenco: Shirley MacLaine, Olympia Dukakis, Sally Field, Dolly Parton, Daryl Hannah, Julia Roberts, Tom Skerritt, Sam Shepard

Sinopse:
Um salão de beleza de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos vira ponto de encontro de um grupo de amigas que passam suas horas vagas falando de si mesmas e dos outros moradores da cidade. O casamento da filha de uma delas acaba virando o ponto central de suas vidas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts). Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts).

Comentários:
É o tipo de filme que eu indicaria para elas, ou então para você assistir com a namorada ou sua companheira. Ok, muitos homens não vão se animar a assistir a um filme em que um bando de mulheres ficam por quase duas horas falando sem parar, mas esse tipo de mentalidade é um pouco reducionista demais. Na verdade é aquele tipo de roteiro que se sustenta completamente na boa atuação de seu elenco (feminino em essência). Para isso o elenco conta com ótimas atrizes, todas perfeitamente inseridas em seus respectivos personagens. Como se trata de uma adaptação para o cinema de uma peça teatral muitos podem ficar entediados com a enquadração cênica de tudo, mas vejo isso como um ponto positivo e não uma desvantagem. Filmes que se apóiam em diálogos bem escritos (aparentemente banais, mas tratando de temas relevantes), associado a boas interpretações (algumas ótimas) não podem ser ignorados. Uma boa dica para hoje à noite na TV a cabo. Confira!

Pablo Aluísio.