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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A Ilha

Título no Brasil: A Ilha
Título Original: The Island
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Warner Bros
Direção: Michael Bay
Roteiro: Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman
Elenco: Scarlett Johansson, Ewan McGregor, Michael Clarke Duncan, Djimon Hounsou

Sinopse:
Lincoln Six-Echo (Ewan McGregor) vive no futuro em uma espécie de sociedade ideal, onde tudo parece perfeitamente controlado e limpo. O que ele acabará descobrindo é que seu paraíso artificial não passa de uma ilusão ligada a algo muito mais terrível do que ele possa imaginar. Para lhe ajudar nessa verdadeira aventura de descobrimento ele contará com a preciosa colaboração da jovem e bela Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson) que também está imersa nessa verdadeira farsa tecnológica.

Comentários:
Uma tentativa do diretor Michael Bay em trazer algum conteúdo para sua filmografia formada basicamente por filmes com muitas explosões e poucas ideias interessantes. O começo do filme até se mostra promissor, a ideia parece ser boa e até original, o problema é que Bay não consegue se segurar, assim passado a fase em que ele apresenta o contexto de seu enredo para o espectador, tudo novamente voa pelos ares, como é sua marca registrada. Acredito inclusive que Michael Bay tenha algum problema mental, ele deve sofrer de algum distúrbio relacionado à déficit de atenção ou algo assim,  já que o cineasta simplesmente não consegue realizar uma obra mais contemplativa, séria e que desenvolva melhor seus personagens, ele tem que explodir tudo a cada cinco minutos em seus filmes. Assim o espectador acaba apenas com uma bela dor de cabeça ao final de suas produções. Aqui nem o bom elenco ajuda já que basicamente eles ficam apenas correndo de um lado para o outro, ofegantes. Dessa forma não espere por grande cinema mas apenas por grande movimentação como é do feitio do perturbado Bay.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Um Sonho Dentro de um Sonho

Título no Brasil: Um Sonho Dentro de um Sonho
Título Original: Slipstream
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Strand Releasing, Destination Films
Direção: Anthony Hopkins
Roteiro: Anthony Hopkins
Elenco: Anthony Hopkins, Stella Hopkins, Christian Slater, John Turturro, Michael Clarke Duncan, Camryn Manheim

Sinopse:
O veterano roteirista Felix Bonhoeffer (Anthony Hopkins) começa a viver estranhas experiências enquanto trabalha em seu novo roteiro para o cinema, um filme de suspense e assassinatos. De repente seus personagens começam a surgir em seu mundo real, causando perplexidade em sua mente. Estaria enlouquecendo?

Comentários:
O que fazer depois de ser considerado um dos melhores atores de sua geração, ou melhor dizendo, o melhor ator ainda vivo atuando no cinema? Para Anthony Hopkins a resposta para esse tipo de questão veio em um desafio novo na sua carreira, dirigir um filme e escrever o seu próprio roteiro. "Um Sonho Dentro de um Sonho" não deixa de ser um filme interessante, só não espere por uma história linear que faça muito sentido. Na realidade o que temos aqui são cenas mais ou menos avulsas que privilegiam a noção de sensações, ao invés de procurar por uma narrativa convencional. Muitas vezes títulos nacionais de filmes estrangeiros são péssimos, mas no caso aqui o nome do filme no Brasil captou perfeitamente o espírito da película, pois o que temos é justamente isso mesmo, sonhos que dão origem a outros sonhos e por aí vai, ao infinito. Não procure por lógica, procure apenas sentir esse exercício de experimentalismo cinematográfico de autoria do grande e talentoso ator Anthony Hopkins.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de março de 2021

Sin City

Título no Brasil: Sin City - A Cidade do Pecado
Título Original: Sin City
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio:  Dimension Films
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, Robert Rodriguez
Elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Jessica Alba, Benicio Del Toro, Alexis Bledel, Rosario Dawson, Michael Clarke Duncan

Sinopse:
Adaptação cinematográfica das histórias em quadrinhos da linha "Sin City". A história se passa no submundo, onde strippers, bandidos e criminosos, convivem em um mundo sombrio e perigoso. O mais importante nessa cidade sufocante é chegar ao fim do dia simplesmente vivo.

Comentários:
A Nona arte encontra a sétima arte. Assim podemos conceituar esse filme "Sin City" que foi um sucesso do cinema quando lançado. E quando digo que as duas expressões artísticas se encontraram, não foi por pura retórica de palavras. O conceito do filme foi justamente passar a impressão ao espectador de que ele estaria vendo literalmente uma história em quadrinhos na tela grande do cinema. A linguagem é basicamente a mesma, os enquadramentos e até mesmo as cores do filme procuram capturar o espírito das comics. Apesar de uma certa estranheza inicial penso que o resultado ficou muito bom, criando uma linguagem única, fruto do encontro dos quadrinhos com os fotogramas de cinema. Celuloide em páginas impressas, se você captar bem o que quiseram fazer nesse filme. Fruto pioneiro de um novo estilo de fazer cinema, só podemos lamentar que seu senso estético não tenha criado maiores frutos. Até tentaram em algumas outras produçoes, mas como a bilheteria não foi das melhores resolveram encerrar por aqui. Enfim, se você gosta de quadrinhos e cinema, poucos filmes lhe seriam mais indicados do que esse.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de agosto de 2019

O Escorpião Rei

Título no Brasil: O Escorpião Rei
Título Original: The Scorpion King
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Stephen Sommers, Jonathan Hales
Elenco: Dwayne Johnson, Steven Brand, Michael Clarke Duncan, Kelly Hu, Bernard Hill, Peter Facinelli

Sinopse:
No deserto do Egito uma nova ameaça surge no horizonte. Um líder guerreiro que comanda um exército praticamente invencível. A guerra se aproxima e definirá quem finalmente vai conquistar o poder absoluto.

Comentários:
Filme fraco, apesar da ideia ser pelo menos interessante, sob o ponto de vista da cultura pulp. O curioso é que foi um filme que nasceu de outra franquia e que ironicamente deu origem a sua própria linha de filmes, em continuações cada vez mais fracas. Assim é no final das contas um mero derivado da franquia "A Múmia" que já não era grande coisa. Aqui aproveitaram um personagem secundário do primeiro filme e resolveram fazer uma nova produção apenas para ele, claro tentando também transformar o "The Rock" (Dwayne Johnson) em um novo astro dos filmes de ação. No geral tudo é muito derivativo e sem importância, apoiando-se completamente nos efeitos especiais, que são até bons, porém inferiores aos dos filmes da múmia. Curiosamente houve um Faraó no Egito Antigo que se chamava Escorpião Rei, porém pouco se sabe sobre ele. Claro que o roteiro desse filme não está nem um pouco preocupado com história, mas apenas em faturar nas bilheterias com um produto fast food. Enfim, um filme sem razão de ser que apesar disso conseguiu gerar continuações! Pois é, como gostava de dizer um antigo produtor de Hollywood, sempre é bom não subestimar o gosto ruim do público americano. Ele muitas vezes dá lucros inesperados.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de julho de 2017

O Planeta dos Macacos

Título no Brasil: O Planeta dos Macacos
Título Original: Planet of the Apes
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Tim Burton
Roteiro: Pierre Boulle, William Broyles Jr
Elenco: Mark Wahlberg, Helena Bonham Carter, Tim Roth, Michael Clarke Duncan, Paul Giamatti, Kris Kristofferson

Sinopse:
Depois de um incidente com sua missão espacial o capitão Leo Davidson (Mark Wahlberg) chega em um estranho planeta, onde os macacos falam e são mais desenvolvidos do que os seres humanos, tratados como verdadeiros animais irracionais e primitivos. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Figurino (Colleen Atwood) e Melhor Maquiagem (Rick Baker, Toni G e Kazuhiro Tsuji).

Comentários:
Muita gente não gostou desse remake de Tim Burton. Eu vou contra a corrente. Desde a primeira vez que assisti gostei desse novo "Planet of the Apes". Claro, não vou comparar com o clássico de 1968, pois esse continua imbatível (sendo melhor até do que os filmes mais recentes). Dito isso devo dizer que Tim Burton realmente fez um bom trabalho nessa produção de 2001. O filme, como era de se esperar em qualquer obra assinada por Burton, tem um design de produção excelente, uma fantástica direção de arte. Claro que muitos reclamaram de partes do roteiro, como na tão falada cena final com a estátua de Lincoln como macaco, mas o que isso no final realmente importa? É um clímax aberto a todos os tipos de interpretações e isso é algo positivo e não negativo. Filmes com finais fechadinhos demais são cansativos. Deixar a porta aberta pode trazer debates interessantes, visões diferentes, etc. A arte serve justamente para esse tipo de coisa. No mais é um filme que vale a pena ter na coleção. Há cenas realmente excelentes, como a que inspirou o próprio poster original. Até mesmo Mark Wahlberg está bem e olha que na época ele era bem mais limitado do que hoje em dia. Além disso o elenco de apoio é mais do que bacana, contando com o ótimo Paul Giamatti, o gigante simpático Michael Clarke Duncan e até o cantor country travestido de ator Kris Kristofferson. Em suma, gostei na época que chegou aos cinemas e continuo gostando hoje em dia. Esse pode ser considerado sem favor nenhum um dos bons filmes do controverso Tim Burton. Sua visão dark combinou muito bem com o universo criado por Pierre Boulle.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Meu Vizinho Mafioso

Título no Brasil: Meu Vizinho Mafioso
Título Original: The Whole Nine Yards
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Franchise Pictures
Direção: Jonathan Lynn
Roteiro: Mitchell Kapner
Elenco: Bruce Willis, Matthew Perry, Rosanna Arquette, Michael Clarke Duncan, Natasha Henstridge, Amanda Peet

Sinopse:
Jimmy Tudeski (Bruce Willis) é um assassino profissional, membro de uma infame família mafiosa. Para sair um pouco da mira de inimigos ele acaba alugando uma casa no subúrbio, onde vira vizinho do dentista Nicholas "Oz" Oseransky (Matthew Perry). Para surpresa de ambos os dois parecem estar no alvo de matadores!

Comentários:
Ok, Bruce Willis é sim um comediante talentoso, ou melhor escrevendo, ele pelo menos foi um comediante talentoso. Digo isso com experiência de causa, pois conheci Bruce Willis não como um brutamontes armado até os dentes, mas sim como um charmoso (e engraçado) detetive na série "A Gata e o Rato" (que era exibido na Globo durante os anos 80). Assim não ficaria desconfortável com Willis fazendo humor, pelo contrário, ficaria com nostalgia. O problema surge quando o roteiro não tem graça. Aí fica complicado. Embora Willis seja um ator com ótimo feeling de humor, pouca coisa se salva nesse "The Whole Nine Yards". Embora tenha sido lançado nos cinemas na época, no circuito comercial brasileiro, preferi esperar seu lançamento no mercado de vídeo. Estava com um pé atrás. E realmente é um filme bem mais ou menos, onde é necessária uma cumplicidade fora do comum para gostar. Nem a presença de Bruce Willis, de volta às comédias, nem o bom elenco de apoio, salvam o filme do fiasco. É bem chatinho, forçado, insistindo numa piada só! Ruim, enfim. O curioso é que comercialmente a fita foi bem, ganhando inclusive uma sequência, essa porém bem pior do que o primeiro filme. O que já era ruim aqui, piorou ainda mais no péssimo "Meu Vizinho Mafioso 2". Simplesmente fuja dos dois!

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de março de 2015

O Demolidor

O personagem Demolidor (Daredevil no original em inglês) foi criado nos anos 60 pelo sempre genial Stan Lee, em parceria com Bill Everett. Era de fato um super-herói diferente, pois era um deficiente visual e advogado que tentava impor a ordem no caótico bairro nova-iorquino de Hell's Kitchen. Nos quadrinhos ele havia ficado cego após um terrível acidente com lixo tóxico. O fato de não enxergar por outro lado ampliou seus demais sentidos a um nível desconhecido para um ser humano normal. Tentando fazer valer a justiça a todo custo o personagem se envolvia com o chamado submundo da grande cidade. Embora tenha tido um começo promissor o Demolidor jamais conseguiu ser um personagem de ponta dentro do universo Marvel até Frank Miller (o mesmo de “Batman – o Cavaleiro das Trevas") o resgatar completamente do obscurantismo. O desenhista e escritor acabou produzindo uma série de aventuras revolucionárias com o personagem, o tornando pela primeira vez um dos mais populares da Marvel. Investindo em enredos mais adultos o Demolidor acabou renascendo das cinzas.

Esse foi justamente o material utilizado por Hollywood para trazer o herói para as telas de cinema. Foi um projeto ambicioso, com orçamento generoso, que tinha como plano virar mais uma franquia de sucesso no cinema americano. Para interpretar o personagem principal o estúdio trouxe Ben Affleck (que seria “premiado” por essa interpretação com um Framboesa de Ouro de pior ator). Elektra, personagem criada pro Frank Miller, também ganhou destaque, sendo interpretada por Jennifer Garner (que infelizmente faria um péssimo filme solo com esse papel depois). Já do lado dos vilões uma dupla de peso, Michael Clarke Duncan (como o Rei do Crime) e Colin Farrell (como o inimigo Mercenário), foram contratados. Tudo parecia ir muito bem. O filme foi lançado em 2003 mas não conseguiu virar a franquia que todos esperavam. A razão? “Demolidor” teve uma bilheteria modesta, morna, bem abaixo da expectativa do estúdio. Não é um filme ruim, longe disso, mas o fato é que o personagem parece funcionar bem melhor no mundo dos quadrinhos. Nas telas a coisa não andou tão bem. De qualquer maneira todos os anos surgem boatos de que Daredevil voltará em nova versão. Já existe até mesmo um roteiro pronto, esperando por aprovação. Será que um dia sairá do papel esse retorno? Só nos resta esperar.

O Demolidor (Daredevil, Estados Unidos, 2003) Direção: Mark Steven Johnson / Roteiro: Mark Steven Johnson, baseado no personagem criado por Stan Lee / Elenco: Ben Affleck, Jennifer Garner, Michael Clarke Duncan, Colin Farrell, David Keith, Jon Favreau, Joe Pantoliano / Sinopse: Matt Murdock (Ben Affleck) é um advogado que esconde a existência de uma identidade secreta. Durante as noites ele incorpora oDemolidor, um herói que limpa as ruas de Nova Iorque da criminalidade.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Armageddon

Ontem um meteoro passou raspando pela Terra e outro (sem ligação com o anterior) cruzou os céus da Rússia causando vários transtornos para a população local (com vários feridos mas, graças a Deus, sem vítimas fatais). Isso me lembrou de “Armageddon”, uma bobagem dirigida por Michael Bay. Bom, esse é aquele tipo de diretor que ninguém leva à sério, rei dos filmes chicletes ao lado de James Cameron (o mentor desse tipo de cineasta) e o terrível Roland Emmerich. Eu gosto de me referir a esse trio como a turma do algodão doce porque todos os seus filmes (sem exceções) são obras vazias, sem conteúdo nenhum, criadas para arrecadarem muita bilheteria em cinemas de shopping center e mais nada. Como um algodão doce que compramos em eventos festivos, os filmes desses diretores são bonitos de se ver, coloridos, mas não alimentam em nada. Um exemplo é justamente esse “Armageddon” de Michael Bay, que só não consegue ser pior do que Emmerich com suas bobagens em série. Claro que cientificamente “Armageddon” é uma grande besteira mas se você estiver procurando apenas por uma diversão escapista, descartável, pode até ser que lhe sirva para alguma coisa.

Na trama acompanhamos a chegada de um asteróide ao nosso planeta. Diante da certeza da colisão um diretor da NASA (Billy Bob Thornton, simplesmente ridículo como cientista) resolve elaborar um grande plano para deter a destruição que o impacto causará ao chegar na Terra. Assim ele agrupa uma série de profissionais que considera os ideais para a missão, entre eles um perfurador de poços de petróleo (Bruce Willis, pagando mico). Como todo bom blockbuster chiclete esse também tem um romance de araque para o caso de haver mulheres na platéia. O casinho aqui é entre o canastrão Ben Affleck e a gatinha Liv Tyler (na época sensação da juventude mas hoje em dia praticamente sumida do cinema). O plano é simples, interceptar o asteróide, implantar uma arma nuclear nele e explodir tudo, cessando assim o perigo para a existência da humanidade tal como a conhecemos. E como reza a cartilha da turma do algodão doce temos muitos e muitos efeitos especiais, toneladas deles, de todos os tipos, para distrair o espectador da falta de roteiro da produção. É o tipo de filme que faz sucesso mesmo em cinemas de shopping center, tudo muito sem consistência ou importância. Descartável ao extremo, assista e jogue fora. Para Michael Bay o filme deve ter sido uma catarse pois ele pode desenvolver todos os seus cacoetes que fazem em conjunto seu cinema chiclete. Já para o cinéfilo que procura por bons filmes “Armageddon” vai soar mesmo como um meteoro caindo em sua cabeça.

Armageddon (Armageddon, Estados Unidos, 1998) Direção: Michael Bay / Roteiro: J. J. Abrams, Jonathan Hensleigh, Tony Gilroy, Shane Salermo, Robert Roy Pool / Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Ben Affleck, Liv Tyler, Will Patton, Steve Buscemi, William Fichtner, Owen Wilson, Michael Clarke Duncan / Sinopse: Para deter um impacto de um asteróide no Planeta Terra a NASA convoca um grupo de homens para destruir a rocha no espaço antes que ela se espatife em nosso Planeta. Indicado aos Oscars de Edição de Efeitos Sonoros, Efeitos Visuais, Canção Original (I Don't Want to Miss A Thing) e Som. Vencedor do Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Ator (Bruce Willis), Pior Direção, Pior Canção Original (I Don't Want to Miss A Thing), Pior Filme, Pior Casal em Cena, Pior Roteiro e Pior Atriz Coadjuvante (Liv Tyler).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

À Espera De Um Milagre

A recente morte do ator Michael Clarke Duncan trouxe novamente á tona essa pequena obra prima da década de 1990. O filme tem uma estória muito lírica e bonita que certamente agradou a muitos, tanto na época de seu lançamento como agora. É curioso porque eu me recordo que a recepção foi um tanto fria por parte da crítica, embora o público tenha adorado. O tempo porém lhe fez justiça e mostrou quem realmente tinha razão. Um dos seus grandes méritos é o argumento espiritualista que consegue uma grande proeza, não se tornando panfletário em nenhum momento. Credito isso a essa bem sucedida parceria entre dois grandes talentos:  Frank Darabont e Stephen King. O cineasta Frank Darabont já havia chamada bastante a atenção em seu filme anterior, Um Sonho de Liberdade, outra crônica extremamente inspirada sobre um homem comum numa situação limite. Aqui ele retorna ao sistema penitenciário para contar a estória de John Coffey (Michael Clarke Duncan), um prisioneiro afro-americano de mais de dois metros de altura condenado à morte pelo assassinato de duas garotas brancas no sul racista dos Estados Unidos. O título original, The Green Mile, se refere justamente ao chamado "corredor da morte", onde criminosos perigosos que cometeram crimes bárbaros esperam pela hora de sua execução.

O comportamento de Coffey logo chama a atenção do guarda Paul Edgecomb (Tom Hanks) que percebe que ele na realidade é uma pessoa muito espiritual. Assim vamos acompanhando os acontecimentos, inclusive em flashbacks, onde os eventos que levaram Coffey à prisão são mostrados, demonstrando que nada é o que realmente aparenta ser. Além da produção primorosa e elegante, "À Espera de um Milagre" conta com elenco inspirado, a começar pelo próprio Michael Clarke Duncan que concorreu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante mas não foi premiado, de forma bem injusta aliás. Embora tenha sido também indicado a praticamente todas as categorias principais da Academia saiu de mãos abanando na noite de entrega. Como afirmei antes atribuo isso ao fato da crítica especializada ter torcido o nariz para o filme em seu lançamento. Não faz mal, o tempo fez jus a Green Mile e hoje a obra é considerada uma produção cult por excelência, vencendo o desafio do tempo. Maior prêmio do que esse não há.

À Espera De Um Milagre (The Green Mile, Estados Unidos, 1999) Direção: Frank Darabont / Roteiro: Frank Darabont baseado na obra de Stephen King / Elenco: Tom Hanks, David Morse, Bonnie Hunt, Michael Clarke Duncan, James Cromwell, Michael Jeter, Graham Greene, Doug Hutchison, Gary Sinise, Sam Rockwell / Sinopse: Prisioneiro no corredor da morte acaba demonstrando a um guarda seus grandes poderes espirituais.

Pablo Aluísio.