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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Garotos Incríveis

Esse filme foi bastante badalado em seu lançamento, chegando inclusive a vencer um Oscar na categoria de Melhor Canção Original por "Things Have Changed" de Bob Dylan. Apesar de muito elogiado pela crítica nunca consegui gostar muito do filme e olha que tive muita boa vontade. O enredo passado em um meio universitário, com diálogos mais bem escritos do que o usual, poderia ser um diferencial. O problema é que o ritmo me soou fora do compasso, não fluindo naturalmente. Outro aspecto que me fez desanimar em relação a essa produção foi o papel de Michael Douglas. Ele aqui interpreta um professor intelectual que tenta potencializar os sonhos de seus pupilos. Esse tipo de personagem não combinou muito bem com o ator. Primeiro porque é complicado enxergar Douglas como um membro da academia. Segundo porque ao longo dos anos você vai criando uma imagem dele, até mesmo por causa de seus filmes anteriores, que pouco se encaixa aqui nessa história.  O filme realmente destoa do que o ator fez por anos.

De bom mesmo resta apenas o elenco mais jovem. Tobey Maguire, antes de se tornar o Homem-Aranha na primeira trilogia do personagem no cinema, está muito bem. Idem para uma ainda adolescente Katie Holmes. Por fim temos aqui um raro papel bem coadjuvante de Robert Downey Jr. Não é demais lembrar que o ator passou anos e anos tentando superar sua dependência química e isso significava muitas vezes encarar um projeto apenas como coadjuvante de luxo - nem que fosse para apenas ganhar o dinheiro suficiente para pagar as clínicas de rehab. Então é isso. Um roteiro até interessante que foi rodado de forma um tanto controvertida e pouco convincente. Infelizmente é lento e muitas vezes se perde o interesse. O mundo universitário americano, o melhor do mundo, merecia algo melhor.

Garotos Incríveis (Wonder Boys, Estados Unidos, 2000) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Steve Kloves, baseado no romance de Michael Chabon / Elenco: Michael Douglas, Tobey Maguire, Frances McDormand, Robert Downey Jr, Katie Holmes / Sinopse: Um professor universitário tenta inspirar seus alunos, potencializando seus sonhos pessoais para o futuro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Dede Allen) e Melhor Roteiro Adaptado (Steve Kloves).

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de maio de 2021

A Última Nota

Filme bom, agradável de assistir. Conta a história do pianista clássico Sir Henry Cole (Patrick Stewart). Aclamado como um dos maiores instrumentistas da história da música inglesa, ele embarca para uma turnê nos Estados Unidos. Como já é um homem com uma certa idade ele pensa em parar definitivamente, apesar dos esforços em contrário de seu agente. Em Nova Iorque acaba conhecendo a jovem jornalista Helen Morrison (Katie Holmes). Apesar da diferença de idade entre eles, o pianista acaba se interessando por ela. E esse interesse lhe faz conceder uma entrevista exclusiva, algo que ele não costumava fazer.

É um filme introspectivo, com maravilhosa trilha sonora, o que não poderia ser diferente. Em determinado momento da história o veterano pianista entra em profunda crise existencial, viaja para a Alemanha, onde fica hospedado na antiga cidade onde morava o filósofo Friedrich Nietzsche. Ele passa a caminhar pelas pequenas ruas e rotas de caminhada pela natureza da região. No fundo jamais superou a morte da esposa, anos atrás, após ela cometer suicídio. Enfim, um bom filme dramático, com um protagonista absorvido em si mesmo, tentando encontrar um novo sentido para sua vida, já que nem o sucesso no piano consegue preencher esse vazio existencial.

A Última Nota (Coda, Inglaterra, Canadá, 2019) Direção: Claude Lalonde / Roteiro: Louis Godbout / Elenco: Patrick Stewart, Katie Holmes, Giancarlo Esposito, Christoph Gaugler / Sinopse: Pianista clássico consagrado entra em profunda crise existencial. Ao conhecer uma jovem jornalista americana ele percebe que poderá ter uma segunda chance no amor. Porém será que é exatamente isso que deseja nessa fase de sua vida?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Logan Lucky

Título no Brasil: Logan Lucky - Roubo em Família
Título Original: Logan Lucky
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: FilmNation Entertainment
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Jules Asner
Elenco: Channing Tatum, Adam Driver, Daniel Craig, Riley Keough, Katie Holmes, Seth MacFarlane

Sinopse:
A família Logan, um grupo de caipiras, decide roubar todo o dinheiro arrecadado no grande prêmio da Nascar em Charlotte, na Carolina do Norte. Antes disso porém eles precisam tirar da cadeia o especialista em arrombamento de cofres Joe Bang (Daniel Craig) e isso não vai ser muito fácil de fazer.

Comentários:
Esse filme foi inspirado em um fato real que ficou conhecido nos Estados Unidos como o "Roubo dos caipiras". Um bando de criminosos praticamente amadores, caipirões do interior do país, decidiram fazer um ousado roubo, colocando toda a grana de uma conhecida corrida da Nascar em sacos de lixo. O problema era sair dali com todo esse dinheiro sem despertar suspeitas. Filme muito bom, bem divertido, que em minha opinião foi muito mal divulgado em seu lançamento nos cinemas. Não é a toa que a bilheteria ficou bem abaixo do esperado. E o mais absurdo de tudo é saber que o filme contava com um ótimo elenco. Channing Tatum é o líder do bando, um cara até honesto e legal, que perde tudo ao ficar desempregado. O irmão dele é interpretado por Adam Driver, um sujeito que perdeu o braço numa linha de montagem.  Riley Keough, a neta de Elvis, é a caçula da família. Garota esperta, boa motorista de carros velozes. E para completar o núcleo central do bando temos o próprio 007, ou melhor dizendo, o ator Daniel Craig. Cumprindo pena numa prisão ele precisa dar o fora, para participar do roubo. Enfim, bom filme que passou meio despercebido, injustamente aliás.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Boneco do Mal II

Título no Brasil: Boneco do Mal II
Título Original: Brahms - The Boy II
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: William Brent Bell
Roteiro: Stacey Menear
Elenco: Katie Holmes, Christopher Convery, Owain Yeoman, Ralph Ineson, Daphne Hoskins, Keoni Rebeiro

Sinopse:
Um jovem casal e seu filho de nove anos decide ir para o campo, alugando uma antiga casa. Eles querem superar um trauma nascido quando sua casa em Nova Iorque foi invadida e assaltada. Para o garoto isso é mais do que recomendado, porque ele parou de falar após o crime. E nessa casa ele acaba encontrando um antigo boneco no bosque. Algo que vai mudar a vida de toda a família para sempre.

Comentários:
Eu gostei do primeiro filme. Havia ali um clima de terror inglês que me deixou bem satisfeito com o resultado final. Agora os produtores apostaram em outra direção, mais de acordo com o cinema de terror que é produzido nos Estados Unidos. Pois é, "Boneco do Mal 2" deixa o terror mais vitoriano de lado para apostar em um enredo mais convencional, americanizado. O boneco Brahms está de volta. Na aparência ele parece um velho brinquedo, daqueles que as pessoas jogam fora. Só que por trás dele há uma história envolvendo um garoto que tinha problemas mentais e que era escondido por sua família, porque naqueles tempos era uma grande vergonha para essas famílias ricas e de elite terem como filho um menino com necessidades especiais. Esse fio do passado ainda é tecido nesse segundo filme, mas sem se alongar demais sobre essa questão. O mais importante é mesmo dar alguns belos sustos no público. Esse segundo filme também traz uma novidade no elenco, com a presença da atriz  Katie Holmes. Pelo visto a boa bilheteria do primeiro Boneco do Mal animou ela a participar dessa sequência, interpretando justamente a mãe do garoto oprimido pelo Brahms. Ela também é mãe, na vida real, de uma garota quase na mesma faixa etário do personagem do filme. A garota é filha do ator Tom Cruise. Enfim, vale a pena conhecer esse terror. Não é melhor do que o primeiro, mas ainda assim é um bom filme do gênero, eficiente e bem realizado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Sem Pistas

Título no Brasil: Sem Pistas
Título Original: Abandon
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stephen Gaghan
Roteiro: Stephen Gaghan
Elenco: Katie Holmes, Benjamin Bratt, Charlie Hunnam, Zooey Deschanel, Fred Ward, Mark Feuerstein

Sinopse:
Uma investigação sobre o namorado desaparecido de uma estudante universitária, chamada Katie Burke (Katie Holmes), se torna bastante estranha quando ela começa a vê-lo periodicamente, em praticamente todos os lugares por onde passa. Seria tudo uma mera ilusão de seu mente? Filme indicado ao Sitges - Catalonian International Film Festival.

Comentários:
O tempo passa rápido mesmo. Não parece que faz muito tempo que a atriz Katie Holmes era uma adolescente fazendo sucesso nos Estados Unidos na série teen "Dawson's Creek". O programa durou de 1998 a 2003 e foi um grande sucesso de audiência. Ela interpretava a personagem Joey Potter e logo se tornou uma das mais populares da série. E como Hollywood sempre está em busca de rostos novos logo a levou para estrelar esse filme, um dos primeiros que ela fez. Aqui no Brasil passou praticamente em brancas nuvens, não sendo lançado nos cinemas, chegando diretamente no mercado de vídeo. Eu me recordo que até gostei do filme, mas sem grandes exageros. Foi um filme feito mesmo para o público da Katie Holmes, jovens como ela. Supostamente era para ser um thriller de suspense, mas tudo foi feito de forma tão inócua e inofensiva (provavelmente para não assustar os fãs adolescentes da moça) que acabou virando vinagre puro. Para um veterano cinéfilo apreciador de bons filmes desse gênero não conseguia causar mesmo nenhum efeito. Hoje a fita está completamente esquecida. Justiça temporal?

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

O Dom da Premonição

Os anos 90 não foram muito bons para o terror. Houve muitos filmes recheados de adolescentes passando por sustinhos na escola. Terror teen mesmo. A maioria deles insuportável. "O Dom da Premonição" foi lançado em 2000, mas filmado em 1999, o último ano daquela década perdida. Aqui pelo menos já notamos uma mudança para melhor nos roteiros. Ao invés das gatinhas dando gritos estridentes, fugindo de assassinos em séries com máscaras, o roteiro procurava ser pelo menos um pouco mais adulto. Afinal a maioria do público não estava mais no banco escolar. Era hora de crescer. Com isso os roteiros voltaram a ser mais bem elaborados, como nos anos 70, onde ai sim tivemos inúmeras obras primas do terror (alguém lembrou de "O Exorcista" por aí? Pois é...)

Assim vamos ao enredo. Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) é uma jovem viúva com dons sobrenaturais. Ela consegue ver o futuro das pessoas. Para sobreviver começa a realizar sessões de espiritualismo, leitura de cartas e até magia. Praticando o que se costumava conhecer no mundo antigo como necromancia (o nome original do que hoje alguns chamam de espiritismo, adivinhação, etc), ela acaba atraindo também intrigas e inimizades com alguns moradores da cidade onde mora. As coisas ficam ainda piores quando ocorre um assassinato. Poderia ela ajudar a resolver o crime com seus poderes de clarividência? Como se pode perceber esse filme tem uma pegada mais séria, mais terror das antigas. Por isso gostei do resultado. Não é bobinho, nem teen, o que já garante o interesse. Some-se a isso a presença da sempre enigmática e talentosa Cate Blanchett e você entenderá porque o filme se destacou no meio do lamaçal de tolices dos anos 90.

O Dom da Premonição (The Gift, Estados Unidos, 2000) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Billy Bob Thornton, Tom Epperson / Elenco: Cate Blanchett, Katie Holmes, Keanu Reeves / Sinopse: Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) tem dons de premonição. Ela então passa a colaborar na solução de um mistério, um assassinato brutal acontecido na cidade onde mora, algo que acaba despertando a ira de alguns moradores mais tradicionais. Indicado ao prêmio Film Independent Spirit Awards e a cinco categorias do Saturn Award da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles o de Melhor Filme de Terror do ano.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

A Justiceira

Miss Meadows (Katie Holmes) aparenta ser uma doce e muito delicada professorinha de crianças que nas horas vagas resolve trazer um pouco de ordem e justiça para o seu bairro. Assim, por baixo de sua imagem delicada como um flor, encontra-se uma mulher com mentalidade de menina que não aceita infrações à lei e a ordem por parte de criminosos em geral. Filme estranho com gente esquisita. Katie Holmes dá vida a essa bizarra personagem chamada Miss Meadows. Embora ela seja uma mulher adulta, se veste com roupas de garotinha, fala com voz de criança e tem atitudes de adolescente boba. Ao mesmo tempo é capaz de atos de extrema violência, sacando de sua bolsinha de menina uma arma, passando fogo em meliantes em geral, desde ladrões, passando por pedófilos e assaltantes. Curiosamente não perde sua forma delicada de agir nem nos momentos mais violentos.

A caracterização de Katie Holmes ficou esquisita (o que de certa forma combina com o clima geral da produção). Ela já passou da idade de interpretar um papel assim - seria melhor uma atriz mais jovem - e em certos momentos não consegue passar a ternura necessária para caracterizar adequadamente a personagem Miss Meadows, principalmente nas cenas de dança. Com tachinhas em seus sapatos de boneca, ela sai dançando pelas ruas, lendo poesias pueris ao mesmo tempo em que precisa se defender de predadores sexuais. Se você acha que isso não é estranho o bastante o que podemos dizer de seu namoro com o xerife? A cena de sexo dos dois é uma das coisas mais bizarras que já vi no cinema nos últimos tempos. Embora o enredo se passe no mundo atual ela mais parece ter saído de um filme dos anos 1950, com seu figurino antigo e seu velho carro clássico. Em suma é isso, um filme de complicada definição, adequado apenas a uma específica parcela do público que goste de filmes que fujam completamente do usual, do comum e do ordinário. Um exercício de humor negro com pegada bizonha que fará a cabeça de poucos.

A Justiceira (Miss Meadows, Estados Unidos, 2014) Direção: Karen Leigh Hopkins / Roteiro: Karen Leigh Hopkins / Elenco: Katie Holmes, James Badge Dale, Callan Mulvey / Sinopse: Professora infantil resolve agir como justiceira nas horas vagas, eliminando criminosos e impondo a lei e a ordem com as próprias mãos, usando para isso de todos os métodos mais violentos de que conhece. Filme indicado ao Oldenburg Film Festival na categoria de Melhor Direção.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Comportamento Suspeito

Título no Brasil: Comportamento Suspeito
Título Original: Disturbing Behavior
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: David Nutter
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Katie Holmes, James Marsden, Nick Stahl, Katharine Isabelle, Bruce Greenwood, Steve Railsback
  
Sinopse:
Recém chegado em uma nova cidade, o jovem Steve Clark (James Marsden) se matricula em seu novo colégio. Ele e a família deixaram tudo para trás, se mudando da cidade onde viviam, após a morte do irmão de Steve. Na nova escola ele logo percebe que os alunos fazem parte de panelinhas, grupinhos fechados onde poucos entram. Pior do que isso, ele passa a perceber que algo muito sinistro se esconde nos corredores daquele colégio.

Comentários:
Nos anos 90 surgiram vários filmes de terror com adolescentes. A maioria deles não tinha qualquer relevância ou qualidade. Costumo chamar esses filmes de "filhotes de pânico", já que todos eles eram tentativas de faturar em cima do sucesso do mais bem sucedido filme teen de terror da história, o próprio "Pânico". Meras imitações, sem muita importância. A grande maioria deles sequer chegou a ser lançado nos cinemas, indo parar diretamente nas prateleiras das locadoras de vídeos VHS. Esse "Disturbing Behavior" foi uma dessas fitinhas B, totalmente descartáveis, que chegaram ao mercado. O elenco é basicamente formado todos por jovens, muitos deles sem qualquer talento dramático. A única atriz que chegou a se sobressair foi justamente Katie Holmes, mas isso obviamente não por sua participação nesse filmezinho esquecível, mas sim porque ela já fazia sucesso na época na série de sucesso "Dawson's Creek" que curiosamente chegava nas telinhas justamente nesse mesmo ano de lançamento (1998) desse terror adolescente. O mais curioso de tudo é que apesar desse primeiro filme ser uma bomba, Katie Holmes continuou a investir nesse mesmo estilo, aparecendo em filmes de terror teen como "Tentação Fatal" e "O Dom da Premonição". De duas uma, ou só existiam oportunidades para jovens atrizes nesse tipo de horror pop descartável ou ela queria mesmo investir nesse tipo de produção em sua carreira no cinema. As duas opções porém não eram nada boas. Enfim, não há mais muito o que dizer. Esse "Comportamento Suspeito" é apenas produto não reciclável da década de 90. Melhor fazer como todo mundo fez e esquecer esse filme de uma vez por todas. É pura perda de tempo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro

Título no Brasil: Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro
Título Original: Mad Money
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Big City Pictures, Granada Entertainment
Direção: Callie Khouri
Roteiro: Glenn Gers, John Mister
Elenco: Diane Keaton, Queen Latifah, Katie Holmes

Sinopse:
Bridget Cardigan (Diane Keaton) é surpreendida ao saber que está prestes a perder sua confortável vida e casa, quando seu marido é demitido. Ela sai, então, em busca de um emprego. Após ter ficado anos sem trabalhar, ela consegue uma vaga no banco da reserva federal americana. Aos poucos, descobre que tem muito em comum com suas novas companheiras de trabalho.

Comentários:
Definitivamente não deu muito certo esse "Mad Money". A ideia era fazer uma comédia sobre três mulheres que resolvem fazer uma loucura para finalmente mudarem suas vidas de uma vez por todas. Obviamente o marketing da produção se apoiava completamente na presença de Katie Holmes, que de estrelinha de TV passou a celebridade por causa de seu casamento com o galã Tom Cruise. Mas ela não tem vocação para ser uma estrela de primeira grandeza, essa é a simples verdade. Até mesmo a sempre fina e elegante Diane Keaton perde a compostura nesse roteiro vulgar que fica mais adequado para a verve cômica de Queen Latifah, essa sim bem mais á vontade com a proposta do filme em si. Assim o resultado final é bem decepcionante e não vale a pena. Melhor perder tempo lendo as fofocas do casal Holmes / Cruise do que ver esse filme muito fraquinho e sem relevância.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A Dama Dourada

Durante a Segunda Guerra Mundial os nazistas se apropriaram (roubaram mesmo) grandes coleções de arte, fossem elas de museus ou de coleções particulares. A protagonista desse filme, chamada Maria Altmann (Helen Mirren), é uma senhora de família judia que foi morar nos Estados Unidos para sobreviver ao holocausto. Seus familiares que ficaram na Europa foram mortos e seus bens, incluindo preciosos quadros, foram levados pelos alemães. Muitos anos depois ela se une a um jovem advogado, Randy Schoenberg (Ryan Reynolds), para tentar reaver essas pinturas nos tribunais. Inicialmente ela enfrenta uma barreira jurídica enorme pois a grande maioria dessas obras de arte foram parar em museus europeus após o fim da guerra. Até a Suprema Corte dos Estados Unidos se torna um empecilho para ela, que não desiste e vai em frente.

Todos os historiadores sabem que uma das paixões de Hitler era a arte. Artista frustrado na juventude (ele chegou a ser reprovado em um exame de admissão na prestigiada escola de artes de Viena) o líder nazista levou sua obsessão às últimas consequências. O curioso é que tudo deveria ser de acordo com seu gosto pessoal, o que não se enquadrava no estilo preferido de Hitler era considerado arte decadente, degenerada, espúria, que deveria ser banida. Por essa razão assim que ocupava um novo país as tropas do exército alemão eram orientadas a recolher todos os quadros e pinturas para serem levadas à Berlim. E se elas pertencessem a famílias de judeus a expropriação era seguida de punição para os antigos proprietários, sendo eles enviados para campos de concentração imediatamente. Foi o que aconteceu com todos os familiares de Maria Altmann. Vivendo de uma pequena lojinha em Los Angeles ela então decide lutar pelas obras que pertenceram à sua família no passado, entre eles um quadro avaliado em 100 milhões de dólares! O principal tema desse filme é a perenidade da justiça. Essa deve ser buscada, não importando o tempo passado. O filme é assim um belo exemplo de perseverança e luta justamente por esse valor, a justiça. Especialmente indicado para profissionais da área jurídica.

A Dama Dourada (Woman in Gold, Inglaterra, 2015) Direção: Simon Curtis / Roteiro: Alexi Kaye Campbell, E. Randol Schoenberg / Elenco: Helen Mirren, Ryan Reynolds, Katie Holmes, Elizabeth McGovern / Sinopse: Uma senhora judia, dona de uma pequena lojinha em Los Angeles, decide lutar nos tribunais pela propriedade de antigas e valiosas obras de arte que foram roubadas de sua família pelos nazistas durante a II Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Obrigado por Fumar

Título no Brasil: Obrigado por Fumar
Título Original: Thank You for Smoking
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Christopher Buckley
Elenco: Aaron Eckhart, J.K. Simmons, William H. Macy, Robert Duvall, Katie Holmes, Sam Elliott, Rob Lowe, Adam Brody
  
Sinopse:
Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um lobista da indústria do tabaco que não está nem um pouco preocupado com as milhões de mortes causadas pelo fumo todos os anos. Tudo o que interessa a ele é defender o lobby da extremamente bem sucedida máquina industrial do cigarro americano. Para isso ele ignora quaisquer aspectos morais ou éticos daquilo que defende. Sua vida porém vira de cabeça para baixo quando resolve se envolver com a jornalista Heather Holloway (Katie Holmes), que também não está nem aí para valores éticos ou morais, só se envolvendo com ele para descobrir os mais obscuros segredos da indústria no qual trabalha. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Aaron Eckhart).

Comentários:
Excelente comédia de humor negro que havia até agora me passado em branco. Lançado há mais de dez anos ainda não havia assistido. Uma pena. É realmente uma pequena obra prima do gênero. O protagonista (interpretado com maestria pelo ator Aaron Eckhart) é um escroque que defende como lobista a indústria do tabaco. Em torno dele giram os tipos mais incomuns e interessantes. Além da jornalista mau caráter que o leva para a cama apenas para descobrir os podres da indústria de cigarro (papel que coube à gracinha Katie Holmes) ainda há o magnata da indústria do fumo interpretado pelo veterano Robert Duvall, que ironicamente está morrendo de câncer no pulmão. Mesmo assim não larga a mão de ser um verdadeiro canalha cínico e sem sentimentos. Há ainda o executivo estressado (J.K. Simmons, em seu tipo habitual), o senador hipócrita que defende a proibição do comércio de cigarros (William H. Macy, novamente ótimo) e até mesmo o primeiro cowboy, conhecido como o "Homem de Marlboro" (Sam Elliott), que ameaça a indústria, se colocando à disposição de revelar certos segredos para a imprensa. Todos os personagens carregam uma característica em comum: são verdadeiros patifes em busca de um pouco do naco da fortuna gerada pela milionária comercialização de cigarros nos Estados Unidos. Tudo porém é levado em ritmo de humor negro, bem sofisticado, daqueles que fazem você sorrir com uma certa dose de culpa por dentro. Por fim para os cinéfilos um aspecto curioso do roteiro: o lobista Nick sugere ao magnata do tabaco que ele suborne um importante produtor de cinema (vivido por Rob Lowe) para que ele coloque os astros fumando novamente nas telas - algo que era bem comum na era de ouro do cinema americano, durante sua fase clássica. Tudo para que os jovens passem a pensar que fumar seria algo positivo, charmoso, até mesmo glamoroso. Aconteceu no passado e poderia acontecer agora. Realmente não há limites para essa gente.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A Dama Dourada

Título no Brasil: A Dama Dourada
Título Original: Woman in Gold
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Simon Curtis
Roteiro: Alexi Kaye Campbell, E. Randol Schoenberg
Elenco: Helen Mirren, Ryan Reynolds, Katie Holmes, Elizabeth McGovern
  
Sinopse:
O roteiro trata de uma das chagas abertas da Segunda Guerra Mundial, o roubo de obras de artes por tropas da Alemanha Nazista. Como se sabe Hitler era um apaixonado admirador de arte - a ponto inclusive de ter sido um artista frustrado na juventude. Quando a guerra chegou aos países vizinhos da Alemanha ele imediatamente ordenou que as mais maravilhosas obras de arte fossem levadas até o coração do Reich, principalmente as que pertenciam a famílias de judeus ricos. Foi exatamente isso que aconteceu no passado de Maria Altmann (Helen Mirren). Praticamente todos os seus familiares foram mortos no holocausto, sendo a riqueza familiar roubada abertamente pelos nazistas. Agora, muitos anos depois desses acontecimentos, ela tenta recuperar a propriedade de vários quadros que eram de seus pais. Infelizmente acaba esbarrando na inflexibilidade do governo austríaco que começa a lutar nos tribunais pela propriedade definitiva das pinturas, dando início a um longo e penoso processo judicial que acaba se arrastando por anos a fio.

Comentários:
Uma produção demasiadamente interessante que discute através de um caso concreto judicial verídico o direito de propriedade dos bens que foram usurpados (na realidade roubados) pela Alemanha Nazista de Hitler. A protagonista é uma dona de casa humilde que vive de sua pequenina lojinha de roupas em Los Angeles. Ela é uma imigrante austríaca chamada Maria Altmann (Helen Mirren). Durante a ocupação da Áustria por tropas do III Reich ela viu sua vida desmoronar ainda na juventude. Os parentes foram presos e enviados para campos de concentração. O dinheiro, obras de arte e bens em geral de sua família foram todos roubados pelos chacais do nazismo. Agora, já na velhice, ela decide lutar judicialmente por aquilo que entende ser seu de direito, inclusive um famoso quadro cujo valor atual seria estimado em mais de cem milhões de dólares! Para isso ela resolve contratar não um grande escritório de advocacia de Nova Iorque, mas sim os serviços do jovem e inexperiente advogado chamado Randy Schoenberg (Ryan Reynolds). Ele certamente não pode ser considerado um advogado de renome, porém é inteligente, tem fibra e abraça a causa com uma paixão e dedicação fora do normal. A luta de Maria e Randy se torna assim o tema principal do filme. 

Dito isso é bom avisar que de certa maneira "A Dama Dourada" vai agradar mais aos profissionais da área jurídica do que ao público em geral. Isso decorre do fato de que o filme explora um caso judicial cheio de detalhes que acabou dando origem a vários precedentes jurisprudenciais no direito internacional - muitos deles ainda em vigor, principalmente no que se refere ao chamado direito de restituição de obras de artes roubadas pelos nazistas. Certamente por ter esse viés técnico o tema se tornará mais interessante para advogados e profissionais do mundo do direito. Esse aspecto abre outra questão importante. Em filmes de tribunal o elenco precisa estar sempre afiado. Felizmente é o que acontece aqui. O grande destaque, como era de se esperar, vai mesmo para a maravilhosa dama dos palcos e das telas Helen Mirren. Ela consegue imprimir suavidade e garra à sua personagem de uma maneira muito equilibrada e feliz. Contando com seu talento ao lado até mesmo o apenas mediano Ryan Reynolds consegue superar suas já conhecidas deficiências dramáticas. Seu advogado é um misto de doce ingenuidade e sincera capacidade de luta, mesmo diante de tribunais superiores francamente hostis como a Suprema Corte dos Estados Unidos. Apenas Katie Holmes surge muito apagada, mas isso é decorrente de sua própria personagem (a esposa do advogado) do que por qualquer outra coisa. No final ela acaba não fazendo a menor diferença dentro da trama. Então é isso, temos aqui um filme inegavelmente bom, nada extraordinário, mas realmente bom e eficiente, que conta da maneira mais honesta possível a sua relevante história.

Pablo Aluísio

terça-feira, 24 de março de 2015

A Filha do Presidente

Título no Brasil: A Filha do Presidente
Título Original: First Daughter
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Forest Whitaker
Roteiro: Jessica Bendinger, Jerry O'Connell
Elenco: Katie Holmes, Marc Blucas, Amerie Rogers, Michael Keaton

Sinopse:
Samantha Mackenzie (Katie Holmes) é a jovem filha do presidente dos Estados Unidos. Tudo o que ela quer porém é levar uma vida normal, sem todo aquele esquema de segurança ao seu redor. Quando chega a hora de ir para a universidade ela pensa que agora terá uma folga nisso. No fundo ela deseja mesmo é se apaixonar e ter uma vida igual a de toda garota de sua idade. E para sua surpresa ela acaba se apaixonando por um de seus próprios agentes de segurança!

Comentários:
Comédia bobinha, bobinha, estrelada pela (até então) estrelinha adolescente Katie Holmes. Ela na época estava no pico de sua popularidade por causa do seriado (esse realmente bom) "Dawson's Creek"! Para quem não lembra (ou ainda nem era nascido) ela interpretava a jovenzinha Joey Potter que era apaixonada pelo Dawson Leery (James Van Der Beek) que infelizmente a via mais como uma amiga do que qualquer outra coisa (pois é, eles cruzaram a terrível friendzone). O interessante é que "Dawson's Creek" tinha pretensões de ser algo mais complexo do ponto de vista dramático, enquanto que esse filme aqui fazia a linha mais boboquinha. Fico até surpreso da Holmes ter entrado nisso. No geral nada de muito interessante mesmo, a não as presenças do decadente Michael Keaton no elenco e a do ótimo ator Forest Whitaker na direção (o que me faz pensar o que diabos ele estava pensando quando aceitou dirigir essa coisa?).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Batman Begins

Com o último filme da trilogia estreando nas telas resolvi rever as duas primeiras produções da franquia a começar por esse "Batman Begins" que só tinha assistido uma única vez justamente na sua estréia. Lembro que gostei bastante na época mas como já não me recordava muito dos detalhes resolvi reavaliar. Acredito que nessa altura do campeonato ninguém mais duvida da qualidade dessa nova trilogia e todas as suas qualidades já surgem aqui no primeiro filme. O roteiro é muito bem escrito fazendo com que a trama, muito inteligente por sinal, se feche redondinha em si. O argumento consegue contar as origens do herói sem se focar apenas nisso abrindo espaço também para uma boa aventura ao estilo dos quadrinhos com o vilão Espantalho. O que mais caracteriza essa nova releitura de Batman no cinema assinada por Christopher Nolan é o apego com a realidade. Mesmo lidando com um personagem de universo fantástico como Batman o diretor tenta de todas as formas manter sempre um pé na realidade. Essa situação fica mais evidente se lembrarmos de outras encarnações do morcego nas telas de cinema. Não há espaço para a fantasia em excesso, o Batman de Nolan é o mais próximo possível do que seria um universo plausível, longe de exageros ou tramas infanto-juvenis.

Outro ponto forte de "Batman Begins" é seu elenco. A escolha de Christian Bale se mostrou acertada. Ele é notoriamente um ator pouco carismático ou simpático mas que se torna adequado para o personagem Batman pois esse é um sujeito com muitos demônios internos, frustrações e traumas pessoais. Assim o semblante taciturno de Bale acaba caindo como uma luva para o cavaleiro das trevas. Cillian Murphy também surge muito bem como um psiquiatra almofadinha com ar insuportável que acaba utilizando de alucinações induzidas para aumentar seus domínios. Rever os veteranos Morgan Freeman e Michael Caine sempre é um prazer e até a chatinha Katie Holmes surge bem em seu papel. Já Liam Neeson parece não ter esquecido ainda seu personagem Jedi - a todo momento ficamos com a impressão que ele vai sacar um sabre de luz! Em suma, Batman que quase sempre se deu bem nos cinemas aqui ressurge de forma muito satisfatória, em um bom roteiro que discute a diferença entre justiça e vingança de forma muito inteligente e perspicaz. "Batman Begins" é um filme à prova de falhas, bom de sua primeira à última cena, que aliás anuncia o surgimento do Coringa na franquia. Mas essa é uma outra história...

Batman Begins (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer baseados nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Christian Bale, Cillian Murphy, Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Rutger Hauer, Tom Wilkinson, Ken Watanabe / Sinopse: Após testemunhar a morte de seus pais o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) resolve criar um símbolo de luta contra a criminalidade que se alastra em uma Gothan City corrupta e violenta. Esse símbolo passa a ser personificado por Batman, o Cavaleiro das Trevas.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

The Kennedys

Série da TNT que procura reviver o apogeu da família Kennedy na década de 1960. Os Kennedys foram o mais próximo que os Estados Unidos tiveram de ter uma realeza. País republicano desde seus primórdios a nação acabou adotando a família Kennedy como sua versão de família real. E como toda monarquia que se preze a história desses anglo-irlandeses também foi cheia de dramas, tragédias e tristezas. Trazer essa história tão próxima ao povo americano certamente não seria nada fácil. Embora não seja em nenhum momento excepcional "The Kennedys" consegue manter um bom padrão de qualidade. A recriação de época da série está muito bem realizada. O elenco também está adequado, embora com algumas falhas pontuais. Tom Wilkinson interpretando o patriarca Joseph P. Kennedy está excepcional. Já Katie Holmes certamente não tem o porte e a elegância de Jackie Kennedy. Talvez esse seja o ponto mais fraco em termos de atuação. Ainda bem que compensando isso Greg Kinnear surge simplesmente de forma sobrenatural como JFK. Em certas tomadas de câmera ficamos até mesmo impressionados com a semelhança absurda que o ator transparece na tela. Greg consegue até mesmo recriar, com raro brilhantismo, os pequenos maneirismos do presidente, seja ao franzir a testa, seja no olhar de preocupação. Grande trabalho de caracterização. Alguns defeitos da família foram delicadamente varridos para debaixo do tapete como a constrangedora simpatia que Joseph Kennedy nutria pelo nazismo. O lado mais mulherengo de JFK também foi tratado com a máxima discrição possível. Muito provavelmente os produtores temiam algum tipo de processo da família Kennedy que até hoje segue muito influente e poderosa nos EUA.

Por outro lado tiveram coragem suficiente para mostrar a péssima idéia de Joseph em se aproximar da máfia italiana liderada pelo chefão Sam Giancana, líder da cosa nostra de Chicago.  Adivinhem quem fez a ligação entre ambos? Ele mesmo, o cantor Frank Sinatra! Na época das eleições, extremamente preocupado em ganhar na cidade de Chicago de todas as formas, o pai de JFK determinou a Sinatra que ele falasse com o Giancana para que as eleições naquela cidade fossem garantidas de uma forma ou outra  para John Kennedy. Usando da força dos sindicatos, todos corrompidos e corruptos, o jovem JFK acabou tendo ampla maioria lá, o que pavimentou sua escalada rumo à Casa Branca. Depois que foi eleito JFK nomeou seu irmão Bob como procurador geral e ele foi ao encalço de Giancana e cia. Obviamente que tudo foi visto como uma grande traição, por isso que em muitas teorias da conspiração temos a máfia americana como uma das prováveis autoras do assassinato de JFK. O roteiro da série porém preferiu não entrar nesse verdadeiro universo de teorias sobre a morte do presidente, se limitando a mostrar o terrível atentado e os efeitos que esse evento causou na alma da nação. Já para os fãs de Marilyn Monroe a minissérie pode ser um pouco decepcionante. Sua participação é discreta mas pelo menos foi enfocada. Pensei sinceramente que também iriam esconder esse aspecto (um dos mais famosos) da biografia dos Kennedys. Felizmente mostraram, até porque acredito que seria simplesmente impossível ignorar esse romance tão escandaloso da atriz com os dois irmãos. Assim podemos dizer que temos aqui um bom produto, que passa longe de ser o definitivo sobre a história dos Kennedys, mas que termina agradando dentro de suas modestas pretensões. De certa forma ainda é muito apegado à história oficial e por isso não procura levantar muitas polêmicas, preferindo ao invés disso saudar a memória do falecido presidente americano. Mesmo assim vale a pena conhecer.

The Kennedys (The Kennedys, Estados Unidos, 2011) Direção de Jon Cassar / Roteiro de Stephen Kronish e Joel Surnow / Elenco: Greg Kinnear, Barry Pepper, Tom Wilkinson. Katie Holmes / Sinopse: Minissérie que mostra os anos de glória da família Kennedy. Mostrando a chegada de John Kennedy à Casa Branca, a nomeação de seu irmão como procurador geral e os diversos problemas pessoais enfrentados pela família ao longo de todos aqueles anos.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Casamento do Meu Ex

Ok, vamos aos fatos: esse filme é realmente muito fraco. O roteiro dá voltas e voltas e praticamente não chega a lugar nenhum. Basicamente toda a estória se passa nas 48 horas que antecedem o casamento da personagem interpretada pela Anna Paquin. O problema principal desse filme é que os personagens não tem carisma nenhum e o espectador dificilmente vai se identificar ou torcer por qualquer um deles. Lila (Paquin) é chata, aborrecida e passa o filme inteiro agindo feito criança mimada. Laura (Katie Holmes) é indecisa, fraca e se coloca todo o tempo no lugar de "coitadinha". O noivo é sem sal, sem motivação e finalmente Chip (Elijah Wood) é vazio, muito afeminado e mal explicado (não se sabe por exemplo porque ele prestou serviços comunitários).

Fiquei surpreso em ver como o Elijah Wood está envelhecido e jogado para escanteio. Incrível entender como um ator que estrelou uma das franquias mais lucrativas da história aceita fazer um papel tão sem graça e sem importância. Outro problema é que nada de muito importante acontece. Os amigos ficam por ali, ao redor da casa onde vai acontecer o casamento, e falam, falam, falam... ficam pelados, bebem, usam cocaína e nada mais. Ninguém nem transa, para vocês verem como esse pessoal é chatinho. Enfim, se fosse qualificar diria que "The Romantics" é uma imitação baratinha dos filmes do Woody Allen. Não tem o carisma desse diretor e nem os diálogos inspirados que estamos acostumados. Em compensação tem uma das atuações mais medíocres que já vi da Katie Holmes, que não consegue nem ao menos chorar com veracidade (coisa básica que se aprende em escola de teatro do bairro). Que coisa feia senhora Cruise...

O Casamento do Meu Ex (The Romantics, Estados Unidos, 2010) Direção: Galt Niederhoffer / Roteiro: Galt Niederhoffer / Elenco: Katie Holmes, Josh Duhamel, Anna Paquin, Elijah Wood, Malin Akerman, Adam Brody, Jeremy Strong, Rebecca Lawrence, Candice Bergen./ Sinopse: Amigas de faculdade se reúnem novamente para o casamento de uma delas, Lila (Anna Paquin). O problema é que as demais, que estão como dama de honra do casamento são apaixonadas pelo novio, Tom (Josh Duhamel).

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de junho de 2012

Não Tenha Medo do Escuro

Complicado até mesmo dizer o que está errado em "Não Tenha Medo do Escuro", são tantos os equívocos que nem sei por onde começar. O filme conta a estória de um casal (Katie Holmes e Guy Pearce) que compram uma antiga casa há muito abandonada. Não precisa ser muito perspicaz para saber que a casa esconde terríveis segredos em seu passado. Para piorar ainda mais a situação a jovem filha do marido vai morar com o casal a contragosto. Partindo dessa premissa era de se esperar que algo próximo a um terror psicológico seria oferecido ao espectador. Doce ilusão. O roteiro joga qualquer sutileza no lixo e parte para a pura e simples bobagem. O uso exagerado de efeitos digitais também não ajuda. As criaturas que vão surgindo são mal desenhadas, geralmente mostradas fora de foco e para piorar muito derivativas e sem graça. De fato não metem medo nem em criancinha.

Eu achei tudo muito parecido com um filme de horror trash dos anos 80 chamado "O Portão". Tal como lá aqui temos esses pequenos seres demoníacos que vão infernizando a vida de uma família. Os tais "demoninhos" dariam origem a um personagem infantil muito popular nos Estados Unidos: A fada dos dentes. Mas nem adianta ir muito além para tentar explicar o que diabos é essa fada. O que é preciso saber mesmo é que "Não Tenha Medo do Escuro" é terrivelmente ruim e sem sustos. Clichês aos montes e atores sem inspiração. Pensar que o bom Guilhermo Del Toro se envolveu em algo assim me deixa espantado. Enfim, tenha medo da ruindade do filme, não do escuro. rs.

Não Tenha Medo do Escuro (Don't Be Afraid of the Dark, Estados Unidos, 2010) Direção: Troy Nixey /Roteiro: Guillermo del Toro, Matthew Robbins / Elenco: Katie Holmes, Guy Pearce, Bailee Madison, Jack Thompson / Sinopse: Jovem casal muda para uma nova casa onde eventos estranhos começam a acontecer. Imaginação ou manifestação do sobrenatural?

Pablo Aluísio.