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sábado, 25 de novembro de 2023

O Quinto Elemento

Título no Brasil: O Quinto Elemento
Título Original: The Fifth Element
Ano de Lançamento: 1997
País: França, Reino Unido
Estúdio: Gaumont Films
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Bruce Willis, Gary Oldman, Milla Jovovich, Chris Tucker, Ian Holm, Luke Perry

Sinopse:
Nesse filme, cuja história se passa no ano de 2225, o ator Bruce Willis interpreta um motorista de táxi que se vê envolvido numa grande conspiração envolvendo grandes corporações após ajudar uma jovem que parece estar fugindo, lutando por sua vida a todo custo. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor efeitos sonoros (Mark A. Mangini). 

Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, o que foi o ideal pois esse é um daqueles filmes em que o visual conta muito, ou melhor dizendo, conta tudo! E o que temos aqui é exatamente isso. Um filme visualmente belíssimo, contando cm figurinos extremamente bem elaborados, assinados por renomados estilistas de Paris, cenários futuristas originais e uma produção realmente de encher os olhos. Inclusive a direção de arte dessa ficção é de fato uma das melhores dos últimos 30 anos. Infelizmente o mesmo não se pode dizer de seu roteiro. Aqui o diretor se baseou em uma história original, criada por ele mesmo. É uma variação de velhas mitologias que já bem conhecemos, tudo misturado com uma certa paranoia sobre os avanços da ciência, principalmente em relação ao tema da tecnologia de manipulação genética. Funciona pouco nesse aspecto. Em suma, "O Quinto Elemento" é um filme lindo de se assistir, mas sem muito conteúdo por trás de toda aquela beleza cinematográfica que vemos na tela. 

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de novembro de 2022

Fuga da Morte

Um envelhecido ator Bruce Willis interpreta um velho policial aposentado que vai morar em uma casa no meio de uma reserva florestal. Ele quer paz e sossego para se recuperar da morte de sua esposa de longos anos. Só que os problemas parecem persegui lo aonde ele vai. Nas redondezas uma policial corrupta mata um traficante em uma jogada de corrupção. Ela tenta esconder o corpo do criminoso, mas é vista por uma mulher que ao acaso, fazia uma trilha ali. A saída passa a ser matar essa testemunha de qualquer jeito. E para isso, ela conta com outros policiais corruptos da pequena delegacia da região. Cabendo assim ao tira interpretado por Bruce Wills salvar esta testemunha ao mesmo tempo que buscará a punição desses tiras corruptos. Essa é a premissa básica desse novo filme do antigo astro de filmes de ação. 

Mais um filme B sem orçamento e sem elenco coadjuvante conhecido. Foi feito às pressas para aproveitar o nome de Bruce Willis no cartaz. O ator, infelizmente, entrou nesse padrão de colocar seu nome para aluguel em fitas e produções cada vez mais baratas. Eu até criticava bastante ele por essa decisão na carreira. Isso até descobrir que ele sofre de uma doença grave. E que por isso, tenha aceitado qualquer tipo de trabalho que surja pela frente. Fica óbvio que ele está querendo fazer caixa para os anos que virão. Notei durante o filme que ele não está bem. Seu olhar muitas vezes fica perdido na cena. Ele não consegue falar diálogos curtos, mesmo os mais simples. É tudo fruto dessa doença que está sofrendo. O filme é fraquinho que dá pena. Mas, diante das circunstâncias do ator, temos que entender o que está se passando na realidade.

Fuga da Morte (Out of Death, Estados Unidos, 2021) Direção: Mike Burns / Roteiro: Bill Lawrence / Elenco: Bruce Willis, Jaime King, Lala Kent / Sinopse: Velho policial aposentado tenta salvar a vida de uma testemunha que viu uma transação de corrupção envolvendo uma policial e um traficante de drogas em uma reserva Florestal nos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Meu Vizinho Mafioso 2

Título no Brasil: Meu Vizinho Mafioso 2
Título Original: The Whole Ten Yards
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Howard Deutch
Roteiro: Mitchell Kapner
Elenco: Bruce Willis, Matthew Perry, Natasha Henstridge, Amanda Peet, Kevin Pollak, Frank Collison

Sinopse:
Jimmy (Bruce Willis) é um mafioso aposentado que vê sua paz e tranquilidade abaladas quando é procurado por um velho amigo cuja esposa foi sequestrada por membros da máfia húngara nos Estados Unidos. Sequência do filme "Meu Vizinho Mafioso".

Comentários:
Recentemente a família do ator Bruce Willis divulgou o fim da carreira do astro de filmes de ação. Ele foi diagnosticado com uma doença que o impede de decorar falas e atuar. Bruce já vinha com a carreira no controle remoto há anos. Na época não se sabia ainda que enfrentava uma grave doença. Agora tudo chega ao fim. Esse filme aqui é um retrato da decadência que vinha se abatendo na filmografia do outrora grande astro dos filmes de ação. É uma comédia das mais banais, uma sequência do primeiro filme que já não era nada bom, bem sem graça. Esse tipo de erro, de participar de filmes bobocas de comédia, parece atingir também outros bons atores como Robert De Niro, pois de vez em quando vemos ele em abacaxis vergonhosos e insignificantes como esse filme. Enfim, um filme completamente descartável, um triste retrato da fase mais decadente de Willis.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Os Sem-Floresta

Título no Brasil: Os Sem-Floresta
Título Original: Over the Hedge
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Tim Johnson, Karey Kirkpatrick
Roteiro: Len Blum, Mike de Seve
Elenco: Bruce Willis, William Shatner, Nick Nolte, Steve Carell, Wanda Sykes, Garry Shandling

Sinopse:
Um grupo de animais da floresta acaba caindo no golpe de um  guaxinim esperto e muito do malandro. Só que isso nem vai ser o pior de tudo. Eles estão prestes a perderem o lugar onde vivem.

Comentários:
Que coisa chata! Os distribuidores nacionais quiseram fazer uma analogia com o Movimento dos Sem Terra no Brasil e saíram com esse título nacional completamente estúpido! Mais um na longa lista de títulos nacionais sem noção. Já em relação a essa animação em si, é bem mais ou menos. Mais uma tentativa do estúdio de Spielberg, o DreamWorks, em acertar na bilheteria. Não foi dessa vez. A animação não foi comercialmente bem e a intenção de criar uma nova franquia cinematográfica só ficou no papel mesmo. Se vale por alguma coisa é pelo roteiro ecologicamente correto. Afinal de contas o mundo deve manter o habitat dos animais, caso contrário eles não terão onde viver. Se tornarão "sem-floresta"! Ah e antes que me esqueça, o protagonista é dublado pelo Bruce Willis que diz ter feito o trabalho para sua filha caçula. Então tudo bem. Está explicado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Fantasmas da Guerra

Bom, no finalzinho da década de 1980 o ator Bruce Willis resolveu que iria investir também em filmes mais dramáticos, que lhe trouxesse mais prestígio como bom ator. Eu costumo dizer que o "Bruno" (seu apelido) passa longe de ser um canastrão. Seu problema foi que ele geralmente arrasava nas bilheterias em filmes de pura ação (Como "Duro de Matar") e assim foi aos poucos ficando estigmatizado como brutamontes e tudo o mais. Como eu acompanhei Bruce Willis desde os tempos da série "A Gata e o Rato" jamais o considerei apenas como um canastrão armado em filmes sem roteiro com muitas explosões. Tanto isso é verdade que poucos se lembram que Bruce Willis foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator justamente pela atuação nessa produção. De maneira em geral o que temos aqui é um drama sobre as marcas deixadas pela Guerra do Vietnã.

O personagem de Willis é um ex-combatente chamado Emmett Smith. Ele convive com sua jovem sobrinha Samantha (Emily Lloyd, sensação adolescente do cinema na época) numa cidadezinha do interior do Kentucky. O pai dela morreu nas selvas vietnamitas e ela quer descobrir tudo sobre ele, mesmo com a resistência de seu tio. Um filme dirigido por Norman Jewison que aposta nas relações humanas e nas dificuldades de se superar diversos traumas em nossas vidas. Um ótimo exemplo de que Bruce Willis sempre foi mais do que apenas seus filmes de ação poderiam levar a crer. Assim deixo essa preciosa dica para conhecer o lado mais dramático de Bruce Willis, algo que nos anos que viriam iria se tornar cada vez mais uma grande raridade!

Fantasmas da Guerra (In Country, Estados Unidos, 1989) Direção: Norman Jewison / Roteiro: Frank Pierson, baseado no livro de Bobbie Ann Mason / Elenco: Emily Lloyd, Bruce Willis, Joan Allen, Kevin Anderson / Sinopse: A história dos traumas e dramas de um ex-combatente da guerra do Vietnã que precisa lidar com a sobrinha adolescente que deseja conhecer mais sobre seu passado na guerra.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A Fogueira das Vaidades

Título no Brasil: A Fogueira das Vaidades
Título Original: The Bonfire of the Vanities
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Tom Hanks, Bruce Willis, Melanie Griffith, Morgan Freeman, Kim Cattrall, Kevin Dunn

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Tom Wolfe, o filme "A Fogueira das Vaidades" conta a história de um choque violento de classes sociais. Depois que sua amante atropela um jovem adolescente negro, um figurão de Wall Street vê sua vida se desfazer sob os holofotes da imprensa sensacionalista

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme, um grande sucesso. Elenco recheado de astros e estrelas de Hollywood, um bom diretor e um livro de sucesso como base do roteiro. Só que ao invés disso "A Fogueira das Vaidades" se tornou um dos grandes fracassos do cinema americano nos anos 90. O que deu errado? Acredito que o problema principal veio do roteiro mal escrito. Perceba que a fina ironia do texto original escrito pelo autor Tom Wolfe simplesmente se perdeu nessa adaptação. Tudo ficou truncado, resultando em um filme realmente ruim de se assistir. Além disso o elenco não pareceu se encaixar bem, nem mesmo Tom Hanks parece bem. Inclusive considero esse seu pior filme. E assim o que era para ser um sucesso, uma obra-prima, afundou de forma absoluta. Pena que um livro tão interessante tenha resultado em um filme tão fraco. E o pior de tudo é que como o filme foi malhado pela crítica e o público não se interessou em assistir, provavelmente não haverá uma tentativa de adaptação do livro mais uma vez para o cinema. Bom material que se perdeu de forma definitiva na sétima arte.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de junho de 2021

A Gata e o Rato

Título no Brasil: A Gata e o Rato
Título Original: Moonlighting
Ano de Produção: 1985 - 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC Circle Films
Direção: Allan Arkush, Peter Werner
Roteiro: Glenn Gordon Caron, Roger Director
Elenco: Cybill Shepherd, Bruce Willis, Allyce Beasley, Curtis Armstrong, Kristine Kauffman, Jonathan Ames

Sinopse:
A série "Moonlighting" contava a história de dois investigadores privados, Maddie Hayes (Cybill Shepher) e  David Addison Jr (Bruce Willis). Juntos eles investigam os mais interessantes e misteriosos casos. Série premiada seis vezes no Primetime Emmy Awards.

Comentários:
Essa foi uma das séries que mais curti nos anos 80. Se a minha memória não está falhando nesse momento, acredito que era exibida nas noites de terça-feira na Rede Globo. Isso em um tempo em que essa emissora exibia com regularidade diversas séries americanas em sua programação. Foi a primeira vez que conheci Bruce Willis. Naquele momento ele não era famoso e nem um astro do cinema. Essa transição só ocorreria algum tempo depois e seria justamente o motivo da série ser cancelada após cinco bem sucedidas temporadas. Como Bruce fez sucesso nos cinemas ele decidiu que não iria mais renovar seu contrato com a ABC. Cybill Shepherd também era um dos bons motivos para assistir a série. Ela era a alma dos episódios. Seu caminho curiosamente foi o extremo oposto de Bruce, afinal ela já tinha uma carreira no cinema quando decidiu ir para a TV. Enfim, mesmo com alguns episódios até bem bobinhos, "A Gata e o Rato" marcou época na TV, tanto nos Estados Unidos como aqui no Brasil.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de março de 2021

Sin City

Título no Brasil: Sin City - A Cidade do Pecado
Título Original: Sin City
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio:  Dimension Films
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, Robert Rodriguez
Elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Jessica Alba, Benicio Del Toro, Alexis Bledel, Rosario Dawson, Michael Clarke Duncan

Sinopse:
Adaptação cinematográfica das histórias em quadrinhos da linha "Sin City". A história se passa no submundo, onde strippers, bandidos e criminosos, convivem em um mundo sombrio e perigoso. O mais importante nessa cidade sufocante é chegar ao fim do dia simplesmente vivo.

Comentários:
A Nona arte encontra a sétima arte. Assim podemos conceituar esse filme "Sin City" que foi um sucesso do cinema quando lançado. E quando digo que as duas expressões artísticas se encontraram, não foi por pura retórica de palavras. O conceito do filme foi justamente passar a impressão ao espectador de que ele estaria vendo literalmente uma história em quadrinhos na tela grande do cinema. A linguagem é basicamente a mesma, os enquadramentos e até mesmo as cores do filme procuram capturar o espírito das comics. Apesar de uma certa estranheza inicial penso que o resultado ficou muito bom, criando uma linguagem única, fruto do encontro dos quadrinhos com os fotogramas de cinema. Celuloide em páginas impressas, se você captar bem o que quiseram fazer nesse filme. Fruto pioneiro de um novo estilo de fazer cinema, só podemos lamentar que seu senso estético não tenha criado maiores frutos. Até tentaram em algumas outras produçoes, mas como a bilheteria não foi das melhores resolveram encerrar por aqui. Enfim, se você gosta de quadrinhos e cinema, poucos filmes lhe seriam mais indicados do que esse.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de março de 2020

10 Minutos

Título no Brasil: 10 Minutos
Título Original: 10 Minutes Gone
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Emmett/Furla/Oasis Films
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Kelvin Mao, Jeff Jingle
Elenco:  Bruce Willis, Michael Chiklis, Meadow Williams, Kyle Schmid, Texas Battle, Swen Temmel

Sinopse:
Um grupo de assaltantes profissionais de banco coloca em prática um novo roubo. Seu objetivo é roubar um artefato que contém em seu interior joias raras, no valor de 30 milhões de dólares. Só que tudo dá errado. Alguém dentro do grupo trai o plano e os diamantes simplesmente desaparecem. Após ter seu irmão assassinado na fuga, Frank (Michael Chiklis) vai atrás dos comparsas para saber o que realmente aconteceu no dia do assalto.

Comentários:
Infelizmente o fato é que Bruce Willis desistiu de sua carreira. Ultimamente ele apenas coloca seu nome para aluguel. Filma duas ou três cenas e nada mais. Seu nome no cartaz dos filmes é apenas um chamariz de bilheteria. É justamente isso que ele voltou a fazer nesse filme. Perceba que praticamente todas as suas cenas são em um mesmo cenário. Provavelmente Willis não levou mais que alguns dias para filmar todas elas. Sobrou para o bom ator Michael Chiklis (da série "The Shield: Acima da Lei) tentar levar o filme nas costas até o fim. Porém sem muito sucesso. Seu maior problema foi ter que contracenar com uma péssima atriz, Meadow Williams, que tentou interpretar uma personagem crucial no filme. Deu tudo errado. Nem a reviravolta final, que deveria ser o grande triunfo do filme, funciona. O que sobra de tantos problemas? Um filme de ação bem genérico, que nem nas cenas de violência e tiroteios convence o espectador. Enfim, esse "10 Minutos" não vai agradar nem mesmo aos fãs de filmes de ação, já que ele consegue ser ruim em praticamente tudo. Pura perda de tempo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Brooklyn

O ator Edward Norton fez praticamente tudo nesse filme. Ele não apenas interpretou o protagonista, como também dirigiu, escreveu o roteiro e produziu o filme! Desnecessário dizer que foi mesmo um projeto mais do que pessoal para ele. E como tem boas relações com todos em Hollywood conseguiu reunir um ótimo elenco, contando com, entre outros, Bruce Willis, Alec Baldwin e Willem Dafoe. E tudo isso para contar uma história de detetive ao velho estilo, como se fosse uma releitura de filmes do passado como "Chinatown", que é obviamente a maior referência cinematográfica dessa produção.

O enredo gira em torno da morte do detetive particular Frank Minna (Bruce Willis). Ele estava envolvido em algo grande, mexendo com gente graúda da administração da cidade de Nova Iorque. Tentando ganhar algum dinheiro com informações confidenciais acabou caindo numa cilada. Frank tinha uma pequena agência onde também trabalhava um de seus protegidos, Lionel Essrog (Edward Norton). Quando Frank morre, Lionel decide ir atrás da verdade.

Como era de esperar o filme tem inúmeras reviravoltas e revelações. No centro de tudo parece haver um sujeito chave, o secretário de obras de Nova Iorque, Moses Randolph (Alec Baldwin). Ele é um sujeito brilhante, muito ambicioso e que tem a visão de transformar a cidade em algo nunca visto no mundo, porém para colocar seus planos em ação ele não mede esforços, passando por cima de todas as pessoas, inclusive do próprio irmão e da filha. O roteiro assim vai desenvolvendo sua trama. O filme é interessante, mas se perde quando tenta seguir os passos dos antigos clássicos do passado, inclusive do tão cultuado cinema noir. Norton falha em não criar o clima adequado. Há uma boa trilha sonora, com muito jazz, mas no final de tudo achei um filme sem o devido charme nostálgico, que aliás deveria ter sido o seu maior triunfo.

Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe (Motherless Brooklyn, Estados Unidos, 2019) Direção: Edward Norton / Roteiro: Edward Norton, baseado no livro escrito por Jonathan Lethem / Elenco: Edward Norton, Bruce Willis, Alec Baldwin, Willem Dafoe, Gugu Mbatha-Raw / Sinopse: O detetive Frank Minna (Bruce Willis) é morto misteriosamente. Seu mais fiel amigo, o também detetive Lionel Essrog (Edward Norton), começa a também investigar o caso e acaba descobrindo que um figurão da política de Nova Iorque, o secretário de obras Moses Randolph (Alec Baldwin) pode estar envolvido. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Trilha Sonora Original (Daniel Pemberton).

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Loucos e Perigosos

Talvez seja a hora de Bruce Willis se aposentar. Até porque se for para continuar trabalhando em filmes como esse, é melhor ir cuidar dos netinhos mesmo. O velho Bruce interpreta um detetive particular que trabalha em Venice Beach. Ele ganha a vida resolvendo pequenos casos, como traições, etc. Até que um traficante de drogas rouba seu cãozinho de estimação. A partir daí o veterano detetive fará de tudo para recuperar o animal. O roteiro não se leva à sério em nenhum momento. Tudo é feito como se fosse uma comédia leve, com algumas cenas de ação aqui e acolá. Nada muito bem feito ou inspirador. Na realidade o filme é tão descartável que não vale a pena nem conferir por curiosidade.

Há cenas claramente constrangedoras. Numa delas o detetive de Willis foge de um grupo barra pesada, tudo no script desse tipo de filme, algo bem clichê, isso se ele não fugisse em cima de um skate, completamente nu, pelas ruas de Venice Beach. Nada engraçado, bem na base da vergonha alheia. O roteiro obviamente tenta criar alguma identidade com o público mais jovem, por isso coloca o sexagenário Willis em situações, digamos, joviais, juvenis! Não funciona. Até mesmo o bom ator John Goodman está deslocado. Ele faz o papel de um pequeno comerciante de Venice que está se divorciando. A ex-mulher vai ficar com tudo, inclusive com sua pequenina loja de materiais esportivos. Agora ruim mesmo, de doer, é a presença do péssimo Jason Momoa como um traficante de drogas da região. Não consigo entender como um ator tão ruim consegue fazer tantos filmes em Hollywood. Depois de destruir Conan, ele deveria ter sumido do mapa. Porém ai está Momoa desfilando sua completa falta de talento. O filme que já não é grande coisa se torna ainda pior com sua presença.

Loucos e Perigosos (Once Upon a Time in Venice, Estados Unidos, 2017) Direção: Mark Cullen / Roteiro: Mark Cullen, Robb Cullen / Elenco: Bruce Willis, John Goodman, Jason Momoa / Sinopse: Velho detetive de Venice Beach fará de tudo para recuperar seu cachorrinho de estimação que vai parar nas mãos de uma gangue de traficantes de drogas da cidade. Ao mesmo tempo tenta dar uma força para seu amigo, que está se divorciando, passando por apuros financeiros.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2019

Assassinato em Hollywood

Título no Brasil: Assassinato em Hollywood
Título Original: Sunset
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Rod Amateau, Blake Edwards
Elenco: Bruce Willis, James Garner, Malcolm McDowell, Mariel Hemingway, Kathleen Quinlan, M. Emmet Walsh

Sinopse:
Tom Mix e Wyatt Earp se unem para solucionar um crime, um assassinato, na Hollywood dos anos 1920. E tudo acontecendo na semana da entrega dos prêmios da academia cinematográfica. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Patricia Norris).

Comentários:
Bruce Willis como o lendário ator e cowboy Tom Mix? Sim, o roteiro prometia bastante pois a premissa era realmente muito interessante, especialmente para quem sempre apreciou a história de Hollywood desde os seus primórdios, ainda nos tempos do cinema mudo. O problema é que o diretor Blake Edwards mais uma vez pesou a mão. Cineasta dado a excessos, principalmente na questão do humor, aqui ele novamente colocou elementos que não cabiam. Essa coisa de muitas vezes cair no pastelão de fato cansou muito em termos de filmografia de Edwards. De positivo não podemos deixar de elogiar a bonita fotografia e a bela reconstituição de época, inclusive contando com uma réplica do espalhafatoso carro de Tom Mix, uma ode ao exagero (e à breguice também!). A produção de fato é impecável, mas com um roteiro meio indeciso o filme deixou um pouco a desejar. Também foi pouco visto pois foi um tremendo fracasso de bilheteria, o primeiro da carreira de Bruce Willis. Pois é, não tem como acertar sempre.

Pablo Aluísio.

Olha Quem Está Falando

Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio:  TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller

Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.

Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Vidro

É o fim de uma trilogia. O primeiro filme foi lançado em 2000. Era "Corpo Fechado" e trazia Bruce Willis interpretado um homem praticamente indestrutível que sobrevivia a um grande desastre de trem. Após isso ele se tornava um vigilante, um tipo de justiceiro nas ruas, defendendo pessoas indefesas do mundo do crime. Depois veio o segundo filme intitulado "Fragmentado" que considero o melhor de todos. Nele o público era apresentado a um homem com sérios problemas, um distúrbio mental que o fazia ter inúmeras personalidades convivendo ao mesmo tempo em sua mente. O filme trazia uma brilhante interpretação do ator James McAvoy. Agora o diretor M. Night Shyamalan procurou fechar o ciclo de todas as estórias contadas nos filmes anteriores. Para isso ele tinha que juntar todos os personagens em um só ambiente e o faz, colocando todos eles numa instituição psiquiátrica, misto de clínica de tratamento e prisão. Uma médica tenta convencer que todos estão com uma rara condição, um problema mental, que faz com que eles acreditem que possuem grandes poderes, tais como os super-heróis dos quadrinhos.

E o filme é basicamente isso. Shyamalan joga o tempo todo em seu roteiro com a seguinte pergunta: essas pessoas são mesmo poderosas, fora do normal, ou são simplesmente loucos que precisam de tratamento? Embora eu tenha gostado do filme, tenha achado OK, penso que o roteiro poderia alcançar alturas maiores, explorar outros aspectos. Na busca por finalizar sua trilogia de todo jeito, Shyamalan simplificou demais seu roteiro. Por exemplo, se você estiver em busca de alguma grande reviravolta, típica da filmografia desse cineasta, pode desistir. O roteiro é bem na média, sem maiores surpresas. É a tal coisa, se viu os filmes anteriores e gostou, vá em frente, assista a esse, até para ter uma conclusão de tudo. Só não espere por algo espetacular.

Vidro (Glass, Estados Unidos, 2019) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Sarah Paulson / Sinopse: Pessoas com poderes especiais, pelo menos em suas mentes, são confinadas em um hospital-prisão, para que passem por um tratamento psiquiátrico, só que a realidade da situação vai por outro caminho, mostrando outra realidade que poucos esperariam ser possível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O Indomável

Esse é um dos últimos grandes filmes da carreira de Paul Newman. Poderíamos até dizer que foi o último em termos de grande qualidade em atuação. Ele interpreta um sujeito comum, que vive no subúrbio, que vai levando sua vida numa certa calma e tranquilidade. Quando consegue algum trabalho vai para o serviço na construção civil e quando tem algum dinheiro no bolso gasta no bar local. Na verdade seu personagem nunca quis assumir as responsabilidades da vida adulta. Tudo muda quando seu filho e seu neto chegam para uma visita. Ora, logo ele que nunca quis muita coisa com a paternidade, se ver assim logo de cara tendo que ser pai e avô ao mesmo tempo logo se torna um desafio.

É um filme importante porque mostra que Paul Newman, apesar da idade, estava em plena forma. Seu talento continuava intacto. Vale lembrar que em sua carta de despedida da profissão, quando anunciou que iria se aposentar, ele escreveu que não conseguia mais memorizar suas falhas e nem atuar bem, por causa da velhice. Uma ética de trabalho admirável. Isso porém só aconteceria alguns anos depois da realização desse filme, que repito, é um dos últimos grandes trabalhos de sua carreira memorável. Um trabalho aliás tão bom que lhe rendeu uma indicação ao Oscar! Pelo conjunto da obra deveria ter sido premiado.

O Indomável - Assim é Minha Vida (Nobody's Fool, Estados Unidos, 1994) Direção: Robert Benton / Roteiro: Robert Benton / Elenco: Paul Newman, Bruce Willis, Jessica Tandy, Melanie Griffith, Philip Seymour Hoffman, Philip Bosco / Sinopse: Baseado no romance escrito por Richard Russo, o filme conta a história de Sully (Paul Newman), um homem na terceira idade que é surpreendido com a chegada de seu filho e seu neto que deseja conhecê-lo. Agora ele terá que ser pai e avô ao mesmo tempo, algo que sempre deixou em segundo plano na sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman) e Melhor Roteiro Adaptado (Robert Benton). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de novembro de 2018

Air Strike

É uma produção chinesa com Bruce Willis no elenco e tendo como um dos produtores o Mel Gibson. Achou estranho? Coloca estranho nisso. Como se sabe os chineses andam investindo bastante em cinema e oferecendo grandes cachês para astros americanos que acabam realizando filmes como esse. Só que nem pense em ficar muito animado. Essa produção ambientada na II Guerra Mundial mostrando bombardeiros aéreos do Japão sobre a China é muito ruim. Praticamente nada se salva. O roteiro é péssimo, onde até mesmo aspectos rudimentares de narrativa são ignorados. O filme também é tão mal editado que o espectador fica com a impressão de que ele foi todo cortado sem maior critério. As cenas acabam de repente e tudo é contado numa pressa enorme, sem qualquer desenvolvimento dos personagens.

Como é um filme com muitos combates aéreos era de se esperar pelo menos que fossem bem feitos. Só que a computação gráfica é uma lástima. Em muitos momentos ficamos com a impressão de estarmos vendo um videogame comum.Os chineses erram em vários aspectos, mas nesse pelo menos esperava que eles acertassem um pouquinho. Não deu certo. E o Bruce Willis no meio dessa bomba? Obviamente ele está aí só pelo cachê que foi milionário. Ele aparece em uma ou outra cena, apenas colocando seu nome para aluguel. Arranjou até um lugar no elenco para a filha, Rumer Willis, que é péssima! O que me impressiona é ver o Mel Gibson envolvido em uma coisa dessas! Logo ele que como diretor sempre foi muito criterioso. Uma mancha na carreira dele como produtor de cinema. Para finalizar basta apenas dizer que tantos os fãs de Gibson como Willis estão dizendo lá fora, em fóruns de cinema, que esse é o pior filme da carreira deles! Se os próprios fãs dizem isso quem sou eu para discordar?

Air Strike (China, 2018) Direção: Xiao Feng / Roteiro: Ping Chen, Tie Dong Zhou / Elenco: Ye Liu, Bruce Willis, Adrien Brody, Rumer Willis, Seung-heon Song / Sinopse: Durante a II Guerra Mundial um militar americano linha dura, o comandante Jack (Willis), lidera e treina um esquadrão de pilotos chineses. Ao mesmo tempo alguns militares da China tentam atravessar o país em um caminhão que carrega algo muito precioso para a resistência.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Operação Resgate

Nesse filme Bruce Willis interpreta um agente da CIA que no passado sofreu uma grande perda. Sua esposa foi morta por criminosos, justamente como um plano de se vingar dele pessoalmente. Seu filho sobrevive e cria um trauma pessoal por não ter salvo a vida da mãe. Os anos passam. O rapaz cresce e decide seguir os passos do pai, também entrando na CIA. Sua chance de mostrar finalmente coragem e bravura surge quando o pai é sequestrado por uma quadrilha do crime organizado. Teria ele capacidade agora de salvar seu pai, superando todos os traumas psicológicos do passado?

Apesar de ter Bruce Willis no elenco esse é um filme bem fraco que deixa a desejar. Na verdade o velho e bom Bruce (mais conhecido como "Bruno" pelos amigos mais próximos) apenas é um chamariz de bilheteria com seu nome e rosto estampados no cartaz. Sua participação é bem pequena e pontual. Assim sobra para o jovem casal Kellan Lutz e Gina Carano segurar o filme quando Bruce Willis não está em cena. A má notícia é que eles não conseguem isso. O filme assim vai se arrastando numa sucessão de cenas de ação sem muita novidade ou originalidade. Fraco em seu resultado final esse "Operação Resgate" falha como boa diversão para os fãs de filmes de ação.

Operação Resgate (Extraction, Canadá, 2015) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Max Adams, Umair Aleem / Elenco: Bruce Willis, Kellan Lutz, Gina Carano / Sinopse: Harry Turner (Lutz) é um agente da CIA novato que deseja provar ao pai, um veterano da agência de inteligência, que ele tem coragem e garra para enfrentar situações perigosas. Quando seu pai Harry (Willis) cai nas mãos de terroristas internacionais que querem uma moderna arma tecnológica para dominar os meios de comunicação do globo, ele vê a grande chance de provar seu valor.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Desejo de Matar

O filme "Desejo de Matar" de 1974 foi um dos maiores sucessos da carreira do ator Charles Bronson. Grande sucesso de bilheteria rendeu várias continuações ao longo dos anos. Agora temos um ramake daquele clássico de ação. No lugar de Bronson entra Bruce Willis. A trama segue basicamente a mesma, com pequenas e pontuais modificações. A profissão do protagonista, por exemplo, mudou. No filme original ele era um arquiteto, agora Willis interpreta um médico. De resto tudo segue na mesma linha. Ele é o pai da família feliz, com uma bela esposa e uma filha estudiosa que está prestes a entrar na universidade. Tudo caminhando muito bem, até que a família se torna vítima da extrema violência que assola Chicago.

Três criminosos invadem a casa, fazendo de reféns mãe e filha. Eles querem dinheiro e joias que estão em um cofre. O assalto foge do controle quando a filha tenta reagir, no meio da confusão as duas são baleadas. O Dr. Paul Kersey (Bruce Willis),  considerado um homem racional e equilibrado, começa a perceber que nem sempre confiar nas forças policiais traz algum resultado. O departamento tem centenas de casos abertos, sem solução. Há poucos investigadores para tantos crimes. Os homens que mataram sua esposa estão soltos, livres para cometer outros assassinatos. Assim ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. Com a posse de uma arma, ele começa a investigar, ir atrás dos criminosos. Quem assistiu a algum filme da série original "Desejo de Matar" sabe bem o que acontece daí para a frente. O roteiro é um dos mais emblemáticos nessa temática de justiceiro das ruas. Aliás foi copiado à exaustão por anos e anos por outras produções ao longo de todo esse tempo.

Apesar da falta de novidades, confesso que gostei do filme. Bruce Willis é uma ótima escolha para substituir Charles Bronson. Isso não apenas pelo fato dele ter estrelado filmes de ação por toda a sua carreira, mas também por convencer plenamente como um homem comum, pai de família, que entende que deverá sujar as mãos para fazer a justiça que tanto espera. Isso não aconteceria caso Stallone estrelasse o filme. Aliás o ator havia acertado com o estúdio que iria estrelar essa fita. Quando a pré produção começou a ser feita era o nome de Stallone que figurava nos cartazes promocionais do filme. Só que o ator, na última hora, resolveu pular fora. Para amigos disse que seria complicado superar Charles Bronson em um filme tão associado a ele. Com isso Bruce Willis foi contratado. Decisão bem certeira, já que o resultado ficou realmente bom. Simples e eficiente esse novo "Desejo de Matar" cumpre o que promete e não desmerece o legado de Charles Bronson.

Desejo de Matar (Death Wish, Estados Unidos, 2018) Direção: Eli Roth / Roteiro: Joe Carnahan, baseado no romance policial escrito por Brian Garfield / Elenco: Bruce Willis, Dean Norris, Elisabeth Shue, Vincent D'Onofrio / Sinopse: Após sua esposa ser morta em um assalto em sua casa, o médico e pacata pai de família Dr. Paul Kersey (Bruce Willis) começa a perceber que os criminosos ficaram soltos. A polícia de Chicago tem centenas de casos em aberto, sem solução. Falta investigadores e infra estrutura. Assim ele decide fazer justiça com as próprias mãos, indo atrás dos assassinos para eliminar um a um os bandidos.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A Guerra de Hart

Esse filme foi uma pausa para Bruce Willis. Ele deu um tempo nos filmes de ação ao estilo pura porrada, para estrelar algo mais sofisticado, com um roteiro melhor, mais intelectualizado. Ele interpreta um Coronel americano em um campo de prisioneiros dos alemães durante a II Guerra Mundial. Quando um militar negro é acusado de assassinato de um colega de farda ele passa a desempenhar o papel de advogado desse sujeito. Ele não é um advogado de fato, quando a guerra explodiu era apenas um estudante do 2º ano de Direito, mas acaba aceitando o encargo. Bruce Willis então deixa as interpretações fáceis de sua carreira de lado para encarar um papel mais complexo, mais bem construído. O fato de tudo se passar na guerra torna ainda mais interessante o filme como um todo.

"Hart's War" como se vê parte de uma boa premissa, um enredo interessante. Tem um bom elenco de apoio que conta, dentre outros, com um jovem Colin Farrell, ainda no começo da carreira e tentando se encontrar na profissão de ator. Dito isso também encontramos problemas. Um tribunal do jurí, mesmo feito nas circunstâncias do filme, em uma situação excepcional e fora do comum, jamais poderia ser encarado como algo que estivesse sob controle de um estudante de Direito de segundo ano. É inverossímil. Não haveria conhecimento jurídico para entrar numa situação dessas, seria mesmo um desastre. De qualquer maneira se você conseguir ignorar essa falha de lógica pode ser que ainda vá se divertir. Interessante lembrar também que não foram poucos os que acusaram o filme na época de seu lançamento de ser lento e em muitos aspectos chato. Quem diria que um dia alguém iria reclamar de lentidão em um filme estrelado por Bruce Willis, o rei da metralhadora dos filmes de ação...

A Guerra de Hart (Hart's War, Estados Unidos, 2002) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Billy Ray, baseado na novela escrita por John Katzenbach / Elenco: Bruce Willis, Colin Farrell, Terrence Howard / Sinopse: O Coronel William A. McNamara (Bruce Willis), um militar de formação ainda muito restrita de Direito, acaba aceitando a incumbência de defender um jovem negro acusado de assassinato. Filme premiado no Shanghai International Film Festival na categoria de Melhor Ator (Colin Farrell).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Duas Vidas

Não sei exatamente a razão, mas em determinado momento todos esses atores brutamontes de filmes de ação dos anos 80 tentaram emplacar filmes de comédia ou infantis. Na maioria das vezes o resultado foi medonho - filmes ruins demais para serem levados em consideração. Assim seguindo essa tendência meio idiota o Bruce Willis também tentou emplacar seu filme infantil. E foi na Disney que ele tentou, imagine você. É justamente disso que se trata esse "Duas Vidas". Imagine um homem de 40 anos que se encontra com si mesmo aos 8 anos de idade! Parece mais divertido do que realmente é, porém foi justamente essa ideia que o roteiro desse filme tentou desenvolver.

Bruce Willis interpreta esse cara que precisa lidar com as dificuldades da vida adulta e que de repente se vê na frente dele mesmo, só que aos 8 anos! Gordinho, inseguro, indefeso, precisando sobreviver ao mundo da escola (o que nem sempre é fácil), assim era o Willis quando era apenas um garoto. Agora o adulto precisa dar conselhos à criança, mas no fundo acaba descobrindo que o menino tem mais a ensinar ao homem do que vice versa. O filme até tem seus momentos, algumas situações são criativas, mas o rótulo Disney também impôs limitações. Com a desculpa de ser um produto meramente family friendly a coisa toda ficou pelo meio do caminho, sem coragem de ir até as últimas consequências. Enfim, inofensivo demais para fazer alguma diferença.

Duas Vidas (The Kid, Estados Unidos, 2000) Direção: Jon Turteltaub / Roteiro: Audrey Wells / Elenco: Bruce Willis, Spencer Breslin, Emily Mortimer, Lily Tomlin / Sinopse:  Homem adulto encontra criança que é ele mesmo, com oito anos de idade. O choque inicial logo se dissipa e assim o mais velho tenta ensinar coisas ao mais jovem, para que ele não venha a sofrer as mesmas coisas ruins que passou ao longo de sua vida.

Pablo Aluísio.