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sábado, 20 de janeiro de 2024

The Crown - Sexta Temporada

The Crown - Sexta Temporada
Outra série que finalizei nesse fim de semana. Aqui temos o final da sexta temporada e o final da série como um todo. Em relação a The Crown devo dizer que sempre preferi muito mais as primeiras temporadas e isso por uma questão conceitual. Elas traziam a juventude da rainha Elizabeth II, algo que não acompanhei e não vivenciei, bem ao contrário dessas últimas temporadas que já mostram o turbulento relacionamento entre Diana e Charles, a morte da princesa e a comoção mundial, algo que eu acompanhei na TV na época. Então essa sensação de certa familiaridade com os acontecimentos tira um pouco do charme da série. Já sobre a jovem Elizabeth tudo era novidade, tudo era informação histórica, muitas dos quais desconhecia. 

Nessa última temporada vemos os momentos finais de Diana, seu relacionamento conturbado com o filho de um imigrante milionário do Egito e sua morte naquele trágico acidente em Paris. Vemos também os momentos dramáticos de superação da morte da mãe por seus dois filhos e finalmente o casamento de Charles e Camilla Parker Bowles no episódio final. Sobre esse episódio final devo dizer também que a morte de Elizabeth II foi mostrada de uma forma bem poética e lírica, algo que me surpreendeu. Foi bonito, respeitoso e muito delicado. Não esperaria por nada muito diferente dessa série que se notabilizou pela elegância  em seu desenvolvimento. Uma pena que tenha chegado ao seu final. Agora é esperar por outras séries do mesmo tipo. Eu sou fã de carteirinha desse tipo de série. Enfim, baixem as cortinas para a rainha e toque a sua música final de despedida, claro, tudo no bom e velho estilo escocês. 

The Crown - Sexta Temporada (Reino Unido, 2023) Direção: Alex Gabassi, Stephen Daldry, dentre outros / Roteiro: Peter Morgan, Meriel Sheibani-Clare, dentre outros / Elenco: Imelda Staunton, Jonathan Pryce, Dominic West, Ed McVey / Sinopse: Temporada final da série The Crown. A princesa Diana, separada do marido Charles, morre em um acidente em Paris. A Rainha tenta manter a monarquia de pé, enquanto precisa lidar com uma nova crise causada pelo desejo de Charles de se casar com Camilla Parker Bowles. 

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Carrington

Título no Brasil: Carrington, Dias de Paixão
Título Original: Carrington
Ano de Lançamento: 1995
País: Reino Unido
Estúdio: PolyGram Filmed Entertainment
Direção: Christopher Hampton
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Emma Thompson, Jonathan Pryce, Steven Waddington, Samuel West, Rufus Sewell, Penelope Wilton

Sinopse:
Poucos dias antes do começo da primeira guerra mundial, uma pintora chamada Dora Carrington (Emma Thompson) se apaixona pelo escritor Lytton Strachey (Jonathan Pryce). O grande problema é que é um amor que vai ter que superar várias barreiras. Entre elas, o fato dele ser homossexual. Filme com história baseada em fatos históricos reais.

Comentários:
Mais um excelente filme inglês. Baseado em uma história real. O tema é delicado e polêmico e coloca a questão sobre um relacionamento envolvendo uma mulher e um homem homossexual. Poderia haver possibilidade de uma paixão assim dar certo, ou seguir em frente? Ou ficaria tudo no plano do puro platonismo? O filme foi extremamente elogiado em seu lançamento original. A grande interpretação do ator Jonathan Pryce lhe valeu um prêmio especial no prestigiado festival de Cannes. E por falar em talento, coube a Emma Thompson colocar tudo em frente. Ela leu o roteiro original e ficou decidida a levar essa história para o cinema. Se tornou produtora executiva do filme e acabou escalando o seu amigo, o roteirista Christopher Hampton, para a direção. O resultado é excelente, um claro exemplar da elegância e da finesse cultural do cinema britânico de uma forma em geral. É, sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes ingleses produzidos na década de 1990. Especialmente recomendado para cinéfilos de bom e refinado gosto cinematográfico.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

The Crown - Quinta Temporada

Vamos em frente com mais uma temporada de sucesso da série The Crown. Assisti aos três primeiros episódios. Em "Queen Victoria Syndrome" vemos a rainha Elizabeth II sofrendo com baixa popularidade. A imprensa chama essa situação de "Síndrome da Rainha Vitória". Um momento que envolve uma monarca já bem envelhecida e sem muito respaldo popular. De fato, por essa época, a rainha Elizabeth não gozava de grande popularidade entre o povo inglês. E seu filho, Charles, viu nisso uma oportunidade de, quem sabe, assumir o trono. Poderia a rainha Elizabeth abdicar da coroa? Bom, a história provou que não! Ela teria mais pelo menos 30 anos de reinado pela frente. 

No segundo episódio da temporada "The System" vemos como o casamento entre Diana e Charles estava em frangalhos. Ele praticamente já vivia ao lado de Camilla Parker Bowles. Realmente se relacionava em uma verdadeira união estável. Era a mulher que realmente gostava. O casamento com Diana era apenas uma fachada grotesca. Eles ainda tentam um tipo de reconciliação em uma viagem por ilhas gregas, mas tudo vai logo por água abaixo. Charles já não aguentava ficar muito tempo ao lado dela. Esse era o nível de destruição em que seu casamento se encontrava. 

No terceiro episódio "Mou Mou", vemos como o magnata Mohamed Al Fayed finalmente encontrou a família real da Inglaterra. Ele era do Egito e decidiu comprar o grande hotel Ritz de Londres. Não satisfeito, comprou também a maior loja de departamentos da capital inglesa. O seu filho Dodi Fayed estaria no carro ao lado de Diana na noite em que ela sofreu aquele acidente fatal. Ele tinha se tornado amante da Princesa. E como tudo começou nesse relacionamento? Vamos descobrir os detalhes justamente nesse episódio. Um aspecto curioso nesta quinta temporada é que praticamente todo o elenco foi substituído. Algo natural, já que os personagens envelheceram algumas décadas. Mas não se preocupe com isso. A série continua realmente muito boa.

The Crown - Quinta Temporada (Reino Unido, 2022) Episódios: Queen Victoria Syndrome, The System e Mou Mou / Direção: Jessica Hobbs, Alex Gabassi / Elenco: Imelda Staunton, Jonathan Pryce, Elizabeth Debicki, Dominic West, Salim Daw, Khalid Abdalla / Sinopse: A série conta a história da família real britânica durante o reinado da rainha Elizabeth II.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

De-Lovely

Cole Porter foi um gênio da música, um dos grandes compositores da história dos Estados Unidos. Esse musical é uma grande e bela homenagem para seu maior legado artístico. O filme em si é uma maravilha, com ótima produção, figurinos, direção de arte e reconstituição histórica simplesmente perfeitas. Além disso conta (e isso é o mais importante de tudo) com as belas canções compostas por Cole Porter. Um acerto dos produtores foi contratar cantores e cantoras profissionais para os números musicais. Assim além do ótimo elenco temos Elvis Costello, Alanis Morissette e Diana Krall soltando a voz no belo repertório que forma a trilha sonora do filme. Aliás quem tiver a oportunidade de ainda encontrar essa trilha sonora não deixe de comprar. As músicas de Cole Porter ganharam novas versões, em arranjos belíssimos. Um trabalho musical realmente primoroso, para ter na coleção mesmo. Um item valioso, sem dúvida nenhuma.

O enredo criado pelo roteiro também é um primor. Ele mescla momentos reais da vida do compositor com pura ficção, tudo para encaixar em harmonia as músicas de Porter. Aliás o próprio compositor certa vez disse que a vida não passava de uma grande harmonia. No caso desse filme temos um roteiro que fez jus a esse pensamento pois todos os elementos estão harmonizados em cena. Por fim, a título de curiosidade, deixo aqui registrado que esse foi o último filme que aluguei na minha vida. Infelizmente as locadoras de vídeo já estavam morrendo no Brasil quando o filme foi lançado em DVD.

De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (De-Lovely, Estados Unidos, 2004) Direção: Irwin Winkler / Roteiro: Jay Cocks / Elenco: Kevin Kline, Ashley Judd, Jonathan Pryce, Elvis Costello, Alanis Morissette, Diana Krall / Sinopse: Ajudando na montagem de um musical de palco biográfico baseado em suas músicas, o compositor Cole Porter revê sua vida e carreira ao lado de sua esposa, Linda. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator em comédia ou musical (Kevin Kline) e melhor atriz em comédia ou musical (Ashley Judd).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Evita

Título no Brasil: Evita
Título Original: Evita
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures, Cinergi Pictures
Direção: Alan Parker
Roteiro: Tim Rice, Alan Parker
Elenco: Madonna, Jonathan Pryce, Antonio Banderas, Jimmy Nail, Laura Pallas, María Luján Hidalgo

Sinopse:
O filme é uma adaptação para o cinema do musical de sucesso baseado na vida de Eva Perón. Evita Duarte era uma atriz argentina de cinema B que acabou se casando com o presidente argentino Juan Domingo Perón, se tornando nesse processo a mulher mais amada e odiada da Argentina. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música original ("You Must Love Me" de autoria da dupla Andrew Lloyd Webber e Tim Rice).

Comentários:
Para muitos críticos de cinema esse foi o melhor momento da cantora Madonna na sétima arte. O filme é um musical com linguagem mais tradicional, com a grande maioria das cenas cantadas, o que proporcionou para a cantora ter um momento bem ao estilo Broadway em sua carreira no cinema. O diretor Alan Parker inclusive sempre foi um dos cineastas mais talentosos de sua geração. Pessoalmente sempre foi um dos meus diretores de cinema preferidos. Ele conseguiu arrancar da Madonna, sempre criticada por ser uma "atriz amadora", uma interpretação bem convincente. Parker se esforçou bastante nesse sentido. Valeu a pena toda a paciência no set de filmagens. Além da boa produção, com figurinos e reconstituição de época bem perfeita, o filme ainda contou com a promoção da própria música de Madonna. A canção "Don't Cry for Me Argentina" se tornou um hit mundial, fazendo bonito nas paradas de sucesso, ajudando na divulgação do filme como um todo. Eu pessoalmente achei um filme muito bonito visualmente de se ver, embora deva confessar que o excesso de números musicais também pode soar um pouco cansativo para o público comum. De qualquer forma é uma daquelas obras cinematográficas que conseguem ser bem maiores inclusive do que as personalidades que retratam. Nesse aspecto Evita Peron nunca foi tão bem louvada como aqui. Algo bem longe até de sua verdadeira história real.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de novembro de 2020

O Homem que Matou Dom Quixote

Título no Brasil: O Homem que Matou Dom Quixote
Título Original: The Man Who Killed Don Quixote
Ano de Produção: 2018
País: Espanha, Portugal, França
Estúdio: Alacran Pictures,
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Terry Gilliam, Tony Grisoni
Elenco: Adam Driver, Jonathan Pryce, Joana Ribeiro, Hovik Keuchkerian, Jordi Mollà, José Luis Ferrer

Sinopse:

Cineasta em crise, não consegue encontrar novas ideias para seu novo filme sobre Dom Quixote. Ele então decide voltar para a pequena vila onde rodou um filme de conclusão de curso, quando ainda era bem jovem. E lá reencontra pessoas que atuaram em seu primeiro filme, inclusive um velho sapateiro que agora acredita ser o verdadeiro Dom Quixote. Filme premiado no Goya Awards.

Comentários:
A assinatura visual de Terry Gilliam fica clara desde a primeira cena. Esse é um daqueles diretores que imprimem sua identidade em cada fotograma de seus filmes. Nessa produção ele aceitou um convite para ir trabalhar na Europa. A intenção era realizar um filme que fosse uma homenagem ao famoso livro Dom Quixote. Escrito por Miguel de Cervantes e publicado pela primeira vez em 1605, essa é sem dúvida uma das obras literárias mais influentes da história. O resultado porém não passou nem perto de fazer jus a esse grande legado cultural. Em muitas ocasiões o roteiro derrapa completamente, virando uma comédia bem sem graça. O que salva esse filme do abismo é a atuação do ator Jonathan Pryce. Ele interpreta um velho sapateiro louco que passa a acreditar que é o verdadeiro Dom Quixote. Se o diretor tivesse optado apenas por esse lirismo ao invés de ficar jogando fichas em um humor pouco eficiente, aí sim teríamos um belo filme. Do jeito que ficou, é apenas de mediano para fraco. Uma pena.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Piratas do Caribe: O Baú da Morte

Título no Brasil: Piratas do Caribe - O Baú da Morte
Título Original: Pirates of the Caribbean - Dead Man's Chest
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Bill Nighy, Jonathan Pryce, Jack Davenport

Sinopse:
Jack Sparrow (Johnny Depp) precisa recuperar o coração de Davy Jones para evitar escravizar sua alma. E isso não vai ser fácil já que outros estão na mesma busca, cada um com seu próprio interesse pessoal. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (John Knoll, Hal T. Hickel e equipe). Também indicado nas categorias de melhor mixagem de som e melhor edição de som.

Comentários:
Aqui vai uma pequena confissão que tenho em relação a esses filmes. Eu vi todos, alguns inclusive no cinema, mas na maioria das vezes, puxando apenas pela memória, nao consigo mais diferenciar uns dos outros. Isso em meu ponto de vista significa duas coisas. Primeiro que os filmes são muito parecidos entre si, sem maiores inovações. Segundo, que nunca chegaram a me marcar de nenhuma maneira. São filmes altamente comerciais, o Depp ficou muitas vezes milionário, é uma franquia cinematográfica bilionária... porém, não faria muita diferença se não existissem. Pelo menos no meu caso particular. Se vale por alguma coisa, em termos de cinema, poderia dizer que pelo menos resgataram um velho filão que andava morto e enterrado, a dos filmes de piratas, das aventuras dos sete mares, mesmo que bastante modificados, usando e abusando de efeitos especiais de última geração. De qualquer forma a Disney, produtora do filme, pouco se importou com todos esses detalhes. Essa produção de 200 milhões de dólares faturou mais de 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Esse sim é um grande baú, só que de dinheiro!

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Dois Papas

Achei excelente esse filme. O tema sobre perdão e humanidade caiu muito bem, tudo bem escrito, em um roteiro realmente acima da média. Além disso é um tema dos nossos dias e vai despertar a atenção de muitas pessoas. O filme inclusive já é cotado para ser um campeão de indicações no Oscar, com destaque para o elenco, esse realmente excepcional. O grande Anthony Hopkins, um dos meus atores preferidos de todos os tempos, interpreta o Papa Bento XVI. Quando o encontramos nas primeiras cenas, ele ainda é apenas o cardeal Joseph Ratzinger. O Papa João Paulo II está morto e um conclave é convocado. Na votação duas correntes da igreja se enfrentam, os conservadores e os progressistas, que querem modernizar essa instituição milenar. Nessa primeira eleição Ratzinger se consagra vencedor e se torna o Papa Bento XVI. Só que o segundo lugar no conclave também se destaca. Ele é um cardeal pastoral argentino chamado Jorge Mario Bergoglio (Jonathan Pryce). O caminho deles volta a se cruzar alguns anos depois, no próprio Vaticano. Bergoglio vai até Bento XVI para pedir sua aposentadoria. Se considera cansado após tantos anos de luta dentro da igreja. Jesuíta, acredita que já fez tudo o que poderia fazer. Só que Bento XVI não lhe dá ouvidos. Ambos se aproximam e acabam criando uma bela amizade.

O roteiro do filme se concentra então em uma série de conversas entre eles, tudo também mesclado com cenas de flashback do passado de ambos os religiosos. E aí o roteiro mostra toda a sua força. O filme, que poderia ser considerado de antemão chato e arrastado, jamais cai nessa armadilha. Tudo é feito com talento raro. Os dois grandes atores "duelam" em cena e quem acaba se saindo vencedor é o próprio espectador. Mesmo com a idade já um tanto avançada, Sir Anthony Hopkins brilha como poucos. Ele está perfeito em seu papel e já é considerado um dos fortes candidatos ao Oscar desse ano. Não menos bem se sai Jonathan Pryce, como o carismático, popular e "gente boa" Bergoglio. Um é o aristocrata conservador, homem de tradição, o outro é o homem do povo, popular, sempre com um sorriso no rosto, esbanjando simpatia. O alemão é um estudioso, homem de livros, teórico. O argentino é um homem do povo, que privilegia o lado pastoral, um prático da fé cristã. Do choque dessas duas personalidades tão diferentes nasce um grande filme. É uma obra-prima cinematográfica assinada pelo brasileiro Fernando Meirelles que aqui merece todas os aplausos de pé. A conclusão não poderia ser outra. É um filme realmente maravilhoso,

Dois Papas (The Two Popes, Estados Unidos, Itália, Argentina, 2019) Direção: Fernando Meirelles / Roteiro: Anthony McCarten / Elenco: Anthony Hopkins, Jonathan Pryce, Juan Minujín / Sinopse: O destino de dois membros do clero católico se encontram após a morte do Papa João Paulo II. Ambos estão destinados a também se tornarem Papas. E uma amizade sincera, baseada muitas vezes na diferença de opiniões entre eles, nasce no meio de uma crise enfrentada pela Igreja. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Ator (Jonathan Pryce), Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro (Anthony McCarten).

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Piratas do Caribe: No Fim do Mundo

Título no Brasil: Piratas do Caribe - No Fim do Mundo
Título Original: Pirates of the Caribbean At World's End
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Jonathan Pryce, Jack Davenport,

Sinopse:
O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) volta aos sete mares, mas precisa sobreviver a uma legião de inimigos que querem vê-lo morto, traído pelas costas. Entre eles está o pirata Hector Barbossa (Geoffrey Rush) que quer colocar as mãos em Sparrow e o governador Weatherby Swann (Pryce) que deseja colocar lei e ordem no Caribe a serviço do Rei.

Comentários:
Não vá perder a conta. Esse foi o terceiro filme da franquia "Piratas do Caribe". O grande sucesso dos filmes anteriores fez com a Disney gastasse a verdadeira fortuna de 300 milhões de dólares para produzir esse blockbuster. Acabou sendo um filme mais caro do que "Titanic" que ostentava até aquele momento o título de filme mais caro da história. Uma verdadeira temeridade, até mesmo para os padrões multimilionários da indústria cinematográfica americana. Por causa desse custo absurdo o filme acabou não sendo tão lucrativo como se esperava, o que fez com que os filmes seguintes já não contassem com um orçamento tão estourado. No geral o filme não tem maiores novidades, é realmente um prato requentado (e não requintado!). Johnny Depp retomou aos maneirismos do Capitão Jack Sparrow, algo que o público em geral parece apreciar bastante. Curiosamente seu jeito de ser foi inspirado - acredite! - no roqueiro Keith Richards dos Rolling Stones. E não é que o próprio músico acabou fazendo uma pontinha divertida no filme como o pai do pirata de Depp! Ironia pouca é bobagem. Então é isso, mais um exemplar perdulário da Disney com esses piratas do cinema que foram inspirados em um brinquedo da Disneylândia. Vai entender a mente desses executivos...

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de dezembro de 2018

O Homem Que Inventou o Natal

Excelente filme. O roteiro foca em um período da vida do escritor Charles Dickens (Dan Stevens) em que ele estava escrevendo um dos maiores clássicos da literatura, o livro "A Christmas Carol" (lançado no Brasil com o título de "Um Conto de Natal"). Sem ideias, atolado em dívidas e precisando urgentemente de dinheiro ele decidiu escrever esse novo livro às pressas. O problema é que livros sobre o natal estavam em baixa. Seus três últimos romances também não tinham vendido bem. Os editores não colocavam fé e ele então resolveu arriscar tudo na publicação de seu novo livro. Bancando a publicação, pagando tudo do próprio bolso e ainda tendo que criar o conto, tudo parecia perdido. O mais brilhante desse roteiro é que o espectador literalmente entra na mente do protagonista, compartilhando com ele as dificuldades de criação, mostrando Dickens interagindo com os próprios personagens do livro, dissecando as origens de muitas das ideias que foram colocadas no enredo de seu conto de natal. O sucesso foi absoluto, se tornando o best-seller mais vendido de toda a sua vida. Um êxito enorme de vendas!

Quem conhece a obra original sabe que o personagem mais importante em suas páginas é um velho industrial, homem seco e ganancioso chamado Scrooge (Christopher Plummer). Ele é visitado por três fantasmas que estão ali para mostrar como sua vida está errada, como a falta de valores em sua vida o condenam ao esquecimento. Assim o velho aos poucos vai mudando seu modo de agir, numa verdadeira renovação, o que seria o próprio espírito do natal. Tudo é magistralmente desenvolvido, com ótima produção e elenco afiado. Um filme adorável onde todos os aspectos parecem bem encaixados, resultando numa excelente dica para esse período de natal. É um dos melhores de sua espécie e se você é fã dos livros de Dickens se torna indispensável.

O Homem Que Inventou o Natal (The Man Who Invented Christmas, Canadá, Irlanda, 2017) Direção: Bharat Nalluri / Roteiro: Susan Coyne, Les Standiford, baseados no livro "The Man Who Invented Christmas" de Les Standiford / Elenco: Dan Stevens, Christopher Plummer, Jonathan Pryce, Ger Ryan, Anna Murphy, Miles Jupp / Sinopse: O escritor Charles Dickens (Dan Stevens) passa por um período ruim em sua carreira. Seus últimos livros fracassaram em vendas e as editoras não querem mais publicar seus novos romances. Procurando por inspiração e precisando de dinheiro ele cria um conto de natal, cujo personagem principal seria o famigerado Sr. Scrooge (Christopher Plummer).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A Esposa

Esse filme foi rodado no ano passado, mas a atriz Glenn Close pediu aos produtores que o lançamento fosse adiado alguns meses porque ela ainda tem esperanças de ser indicada ao Oscar por esse trabalho. Penso que Close está muito bem em cena, aliás nunca assisti a nenhuma atuação dela, nem no cinema e nem em séries de TV, que deixasse a desejar. É uma atriz maravilhosa. Vai dar para tentar disputar o Oscar? Só o tempo dirá realmente. Torço por ela, claro, mas sem grandes expectativas. E do que se trata o filme? Ela é a esposa dedicada de um famoso escritor. Já estão na terceira idade, levando uma vida tranquila nos Estados Unidos quando são informados que o marido (em boa atuação de Jonathan Pryce) foi escolhido como o vencedor do prêmio Nobel de literatura daquele ano! Imaginem a alegria de vencer o mais cobiçado prêmio do mundo agora numa fase mais crepuscular da vida... não poderia haver nada melhor.

Só que a felicidade dura pouco. O casal guarda um terrível segredo que começa a ser desvendado por um escritor mais jovem (Slater) que vai escrever uma biografia sobre o premiado. Indo ao passado ele descobriu algo estarrecedor, o que o leva a crer que tudo foi escrito pela esposa e não pelo marido. Ela sempre foi muito mais talentosa do que ele. Só que sem chances no mercado literário decidiu dar a autoria dos livros para o esposo. Agora tudo pode vir a público e logo no momento em que ele ganha o Nobel. Um filme sofisticado, bem conduzido, com uma boa história para contar. Gostei de praticamente tudo. Como já escrevi não sei se terá chances no Oscar, mas isso no final das contas é um mero detalhe. Como cinema de qualidade o filme é irretocável.

A Esposa (The Wife, Estados Unidos, Suécia, 2017) Direção: Björn Runge / Roteiro: Jane Anderson, baseado no romance "The Wife", escrito por Meg Wolitzer / Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Christian Slater, Max Irons, Elizabeth McGovern / Sinopse: Escritor americano famoso e sua esposa vão até Estocolmo na Suécia para receber o cobiçado prêmio Nobel de literatura. Um escritor mais jovem porém vai descobrindo um comprometedor segredo envolvendo o casal e o verdadeiro autor das obras premiadas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

As Irmãs Brontë

Charlotte Brontë (1816 - 1855) foi uma das escritoras mais celebradas da língua inglesa. Ao lado de suas irmãs, ela escreveu romances essenciais tais como "Jane Eyre", "Emma" e "O Morro dos Ventos Uivantes". Esse filme produzido pela BBC conta parte de sua história. As três irmãs viviam em um lugarejo bem isolado ao norte da Inglaterra, nas colinas de Yorkshire, e eram filhas de um pastor anglicano que estava ficando cego com a idade. As três sempre foram muito esforçadas em sua educação, isso em uma época em que as mulheres ainda não tinham acesso completo a escolas formais. As jovens tinham apenas um irmão, que sofria de alcoolismo e  trazia muitos problemas familiares para seu velho pai.

Elas sempre gostaram de estudar e escrever, porém conforme o tempo foi passando elas procuraram uma maneira de ganhar a vida, afinal seu pai já caminhava para o fim e elas perderiam o lugar de morada que pertencia à paróquia local. Inicialmente Charlotte e suas irmãs tentaram a poesia, mas depois perceberam que os livros mais vendidos da época eram romances. Assim as três começaram a elaborar livros nesse estilo, sempre mesclando a pura ficção com parte da história delas mesmas. O resultado foi, como hoje já sabe, maravilhoso, histórico, porém na época elas só queriam vender algumas cópias para sobreviverem, já que eram mulheres solteiras, pobres, sem perspectivas de um futuro melhor.

Desnecessário dizer que o filme é muito bom e por demais interessante, do ponto de vista histórico. O estigma contra mulheres escritoras era tão forte na época que elas precisaram usar pseudônimos masculinos para que suas obras fossem vendidas às grandes editoras de Londres. Dessa maneira, usando o pseudônimo literário de Currer Bell, começaram a vender suas primeiras edições. O curioso é que os romances logo se tornaram grandes sucessos, verdadeiros best-sellers. Todos queriam conhecer o grande mago das letras Currer Bell, mas ele na verdade não existia, os livros eram escritos por essas três irmãs do interior. O filme traz uma cena ótima quando finalmente Charlotte viaja para Londres pela primeira vez e conta toda a verdade para seu editor! Por fim, para fechar com chave de ouro essa bela obra cinematográfica, a última cena traz imagens feitas hoje em dia na verdadeira casa onde moraram as irmãs Brontë. O lugar virou um museu e um ponto de encontro para admiradores de seus romances inesquecíveis.

As Irmãs Brontë (To Walk Invisible: The Bronte Sisters, Inglaterra, 2016) Direção: Sally Wainwright / Roteiro: Sally Wainwright / Elenco: Finn Atkins, Jonathan Pryce, Charlie Murphy, Chloe Pirrie, Adam Nagaitis / Sinopse: O filme conta a história real das três irmãs da família Brontë. Elas sempre tiveram o sonho de se tornarem escritoras. Quando o pai começa a ficar cego, em razão da velhice, elas decidem procurar por editoras de Londres interessadas em seus escritos. Acabaram se tornando escritoras consagradas na história da língua inglesa.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Taboo

Taboo 1.01 - Episode #1.1 Nova série, uma parceria entre o canal inglês BBC e a Scott Free Productions, a produtora do diretor Ridley Scott. A estória se passa nos tempos da guerra de independência dos Estados Unidos. Depois de ser dado como morto durante uma expedição na África, o explorador e aventureiro James Keziah Delaney (Tom Hardy) ressurge em Londres para o funeral de seu pai. O velho trabalhou por anos para a Companhia das Índias orientais e numa dessas viagens ele acabou comprando um vasto território nas colônias americanas, um pedaço de terra que agora ganha especial importância por causa da guerra entre os revolucionários do novo mundo e o império britânico. 

Acontece que com a morte de seu pai, James Delaney acaba herdando tudo. Isso o coloca na mira da companhia que precisa ter em mãos o controle sobre aquela propriedade de qualquer jeito. Essa nova série "Taboo" já me causou boa impressão desde esse primeiro episódio. A reconstituição de época é muito boa e o clima é de puro realismo. O personagem de Tom Hardy é um sujeito que carrega um certo mistério sobre si mesmo. Ninguém sabe ao certo como ele sobreviveu ao naufrágio de seu barco anos atrás, uma tragédia que custou a vida de todos os marinheiros. O que se sabe porém com certeza é que ele é um sujeito durão, casca grossa, que não está nada disposto a abrir mão de sua herança em prol da companhia pelo qual seu pai trabalhou. A Londres que surge nesse episódio também foi muito bem recriada, escura, suja, lotada da pior escória da sociedade. Apenas sujeitos como Delaney conseguiriam sobreviver em tamanha podridão. É sórdido, é cruel, é Taboo, uma nova série para acompanhar com olhos de lince./ Taboo 1.01 - Episode #1.1 (Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC) / Direção: Kristoffer Nyholm / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Leo Bill, Oona Chaplin, Richard Dixon, Edward Fox, Jonathan Pryce, Nicholas Woodeson.

Taboo 1.02 - Episode #1.2
Por fim assisti também a mais um episódio de "Taboo". Essa série se passa na época da guerra de independência dos Estados Unidos. Ingleses e colonos brigam pelas terras da América. James Keziah Delaney (Tom Hardy) herda terras importantes de seu pai. Uma propriedade na fronteira que a Companhia das Índias Ocidentais cobiça. Já que ele não quer vender aquele lugar a solução encontrada é a velha execução na calada da noite. Na última cena Delaney é atacado por um desconhecido e leva uma facada, mas antes consegue também cortar a garganta de seu opositor. O sangue acaba jorrando. Eram tempos bem brutais...  / Taboo 1.02 - Episode #1.2 (Estados Unidos, 2017) Direção: Kristoffer Nyholm / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Leo Bill, Jessie Buckley.

Taboo 1.06 - Episode #1.6
A série "Taboo" vai ficando cada vez mais violenta a cada novo episódio. Como se viu nos episódios anteriores o quase insano James Keziah Delaney (Tom Hardy) resolveu fabricar pólvora numa velha propriedade nos arredores de Londres. Isso era algo proibido pela coroa na época. Delaney porém não quer saber disso. Ele quer levantar dinheiro, vendendo a pólvora para os republicanos, ao mesmo tempo em que lucra para investir na sua nova expedição com seu barco recentemente comprado em um leilão. A Londres vitoriana que surge em "Taboo" passa longe dos cartões postais. Tudo é muito sórdido, sujo, escuro pela poluição das primeiras fábricas ao redor da cidade. Além disso há muita violência e morte pelos becos e ruelas miseráveis da cidade grande. Tom Hardy, que produz e atua na série parece adorar seu personagem, principalmente pelo seu lado místico e sombrio. Nesse episódio inclusive há uma curiosa cena quando ele tem visões de sua própria mãe morta - uma espécie de alma enviada do inferno que tenta afogá-lo nas águas sujas do pântano. Não é definitivamente algo para os mais fracos! / Taboo 1.06 - Episode #1.6 (Inglaterra, 2016)  Direção: Anders Engström / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco:  Tom Hardy, Leo Bill, Jessie Buckley.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

007 - O Amanhã Nunca Morre

Título no Brasil: 007 - O Amanhã Nunca Morre
Título Original: Tomorrow Never Dies
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Eon Productions, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Bruce Feirstein
Elenco: Pierce Brosnan, Jonathan Pryce, Teri Hatcher, Judi Dench, Michelle Yeoh, Samantha Bond
  
Sinopse:
Elliot Carver (Jonathan Pryce) é um mago das empresas de telecomunicações, dono de um milionário complexo de mídia, que deseja induzir China e Inglaterra rumo a um conflito nuclear, enquanto domina os direitos de exclusividade de exibição do conflito internacional. Para deter seus planos destrutivos, o serviço secreto de sua majestade envia o agente James Bond (Pierce Brosnan), codinome 007, para investigar e parar os planos megalomaníacos do empresário alucinado. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor canção original ("Tomorrow Never Dies" de Sheryl Crow e Mitchell Froom).

Comentários:
Esse foi o segundo filme do ator Pierce Brosnan interpretando o agente secreto James Bond. O primeiro filme foi muito bem, tanto em termos de crítica como de público. Assim a sequência novamente estrelada por Brosnan era algo natural de acontecer. Nesse segundo filme os produtores contrataram Anthony Hopkins para interpretar o vilão do filme, porém com três dias de filmagens o ator abandonou o projeto. Ele alegou que o roteiro ainda não estava pronto e que em seu contrato havia uma cláusula que exigia que tudo estivesse pronto assim que ele começasse a trabalhar. A MGM não quis brigar com Hopkins na justiça e promoveu uma quebra contratual amigável. Com sua substituição as filmagens seguiram em frente. A produção não economizou nos gastos e uma BMW novinha foi destruída para dar credibilidade a uma das principais cenas de ação do filme. Outro fato digno de nota foi a contratação do diretor canadense Roger Spottiswoode. Especialista em filmes de ação (ele havia dirigido antes boas fitas do gênero como "Sob Fogo Cerrado", "Atirando Para Matar" e "Air America - Loucos Pelo Perigo" com Mel Gibson) ele realmente rodou um filme muito eficiente em termos de cenas de ação e violência. No geral é mais um bom filme da série, resgatando inclusive certos elementos dos primeiros filmes de Bond, ainda na época em que as produções eram estreladas por Sean Connery. O enredo original porém não foi escrito pelo autor Ian Fleming, mas sim pelo escritor Raymond Benson em 1997, no mesmo ano em que esse filme foi lançado.

Pablo Aluísio.