Veja que argumento interessante: o que teria acontecido ao mundo se os nazistas tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial? Imagine todas as nações conquistadas vivendo sob o regime alemão, onde a figura mais idolatrada passaria a ser a de Adolf Hitler, considerado um herói e um exemplo para toda a humanidade! Chocante, não é verdade? Pois é basicamente nesse mundo ficcional que esse estranho e perturbador enredo se passa. O curioso é que o espectador fica bem incomodado com as cenas iniciais, mas conforme o filme avança a ideia central começa a parecer absurdamente normal e aceitável. E não foi por outra razão que "Fatherland" acabou sendo recebido com polêmica. Afinal de contas muitos poderiam vir a entender que a produção seria na verdade uma tremenda propaganda neonazista. Ledo engano.
O filme é inteligente o suficiente para escapar desse tipo de armadilha. Feito para a TV, "A Nação do Medo" acabou sendo reconhecido por seus próprios méritos, a ponto de ganhar indicações importantes no Globo de Ouro onde foi indicado ao prêmio de Melhor Minissérie ou Filme realizado especialmente para a TV. Melhor se saiu a atriz Miranda Richardson que acabou levando o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante na mesma premiação. Plenamente merecido, pois ela está ótima em seu papel. Já no "Oscar da TV", o Emmy Awards, a produção acabou sendo premiada por sua bela direção de arte, afinal de contas recriar um mundo nazista nos dias de hoje realmente exigiu muito talento e imaginação. Então é isso, meio esquecido atualmente "A Nação do Mundo" é um filme bem interessante e instigante. Uma obra que merece ser redescoberta.
A Nação do Medo (Fatherland, Estados Unidos, 1994) Direção: Christopher Menaul / Roteiro: Robert Harris, Stanley Weiser/ Elenco: Rutger Hauer, Miranda Richardson, Peter Vaughan / Sinospe: Em um mundo distópico e estranho, os nazistas venceram a II Guerra Mundial, impondo sua ideologia para toda a humanidade. Filme premiado pelo Globo de Ouro e Emmy Awards.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 19 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Sob o Domínio do Medo
Título no Brasil: Sob o Domínio do Medo
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison
Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).
Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison
Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).
Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.
Pablo Aluísio.
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