sábado, 24 de agosto de 2013
O Fugitivo
Já essa adaptação para o cinema da antiga série cumpre seus objetivos. Embora fosse extremamente complicado adaptar uma estória que durou tantos episódios na TV o resultado final se mostrou bem satisfatório. O diretor do filme, Andrew Davis, optou por valorizar mais a ação do que propriamente os dramas pessoais dos personagens (que era o forte da série). O resultado é um filme ágil, movimentado e bem articulado. Outro ponto alto é o trabalho de Tommy Lee Jones, fazendo o tipo durão e obstinado, estilo de interpretação que iria sedimentar seu caminho para o sucesso anos depois. Já Harrison Ford segue em frente em uma das melhores fases de sua carreira quando conseguiu emplacar vários sucessos de bilheteria em sequência. Enfim, não resta dúvida que "O Fugitivo" é um ótimo entretenimento, com o melhor do cinema de ação do cinema americano da década de 90.
O Fugitivo (The Fugitive, Estados Unidos, 1993) Direção: Andrew Davis / Roteiro: Jeb Stuart, David Twohy / Elenco: Harrison Ford, Tommy Lee Jones, Sela Ward, Julianne Moore / Sinopse: Adaptação para o cinema da famosa série de TV da década de 60, "O Fugitivo". Aqui Harrison Ford interpreta o personagem Dr. Richard Kimble (Harrison Ford), um respeitado cirurgião que é acusado injustamente de matar sua própria esposa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Brigada 49
Como não poderia deixar de ser vários bombeiros reais se uniram aos atores para dar maior veracidade nas cenas de fogo. Uma delas causou até mesmo transtorno na cidade de Baltimore. Acontece que um dos incêndios do filme foi tão bem recriado e encenado que moradores locais chegaram ao ponto de chamar os bombeiros de verdade da cidade, que foram prontamente acionados, chegando no set de filmagens pensando tratar-se de um evento real. Travolta está como sempre em seu modo habitual. Meio sem levar muita coisa à sério, mas sem prejudicar o filme. Ele chegou a improvisar diversas cenas, criando e usando muitos cacos, como na sequência em que bebe em um bar da cidade. Em termos de elenco o destaque vai mesmo para Joaquin Phoenix que se preparou para seu papel, passando mais de um mês fazendo treinamento de fogo com os bombeiros da décima brigada de Baltimore. Enfim, temos aqui um bom entretenimento. Para finalizar quero deixar a dica da série "Chicago Fire" que atualmente está em exibição nos EUA e no Brasil pelos canais a cabo. O mesmo universo dos bombeiros é explorado tal como vemos nesse filme. Dessa forma se o assunto lhe chama a atenção então não deixe de conferir também o seriado do canal ABC.
Brigada 49 (Ladder 49, Estados Unidos, 2004) Direção: Jay Russell / Roteiro: Lewis Colick / Elenco: John Travolta, Joaquin Phoenix, Morris Chestnut, Robert Patrick, Balthazar Getty, Jay Hernandez / Sinopse: A vida e o cotidiano de dois bombeiros da Brigada 49. Suas lutas profissionais e pessoais são mostradas nesse filme realizado em homenagem a esses profissionais que arriscam todos os dias suas vidas em benefício da sociedade.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
O Último Grande Herói
O problema é que "O Último Grande Herói" exigia uma cumplicidade muito grande do público. E os espectadores que sempre foram fãs das fitas de Arnold Schwarzenegger não compraram a idéia de ver um filme em tom de sátira descarada onde o antigo herói de ação tentava tirar onda em cima do mesmo filão que o tornou um astro. Assim o estúdio ficou com uma dinamite nas mãos. Uma produção de quase 100 milhões de dólares, com campanha de marketing agressiva (até ônibus espaciais da Nasa foram alugados para divulgar o filme) que simplesmente foi rejeitado pelo público de forma veemente. O fracasso foi enorme e "Last Action Hero" afundou de forma estrondosa. O prejuízo obviamente respingou feio na credibilidade de Arnold Schwarzenegger, que deixou de ser infalível (e imbatível) nas bilheterias. Já o diretor John McTiernan pagou caro pelo péssimo retorno comercial. Aclamado como um dos melhores cineastas de ação viu sua carreira afundar junto com o filme. Ficou a lição: nunca cuspa no prato que um dia comeu!
O Último Grande Herói (Last Action Hero, Estados Unidos, 1993) Direção: John McTiernan / Roteiro: Zak Penn, Adam Leff / Elenco: Arnold Schwarzenegger, F. Murray Abraham, Anthony Quinn / Sinopse: Um jovem fã de filmes de ação acaba entrando em um mundo paralelo onde passa a viver grandes aventuras ao lado de seu grande ídolo.
Pablo Aluísio.
A Noite dos Arrepios
Os monstros espaciais aqui não se parecem nada com os Aliens da famosa série de Sigourney Weaver. Para falar a verdade mais parecem pequenos vermes, sanguessugas, do que qualquer outra coisa. O diretor de "A Noite dos Arrepios" foi Fred Dekker, nome bem conhecido de quem acompanhou os filmes de terror da época. Ele dirigiria entre outros alguns episódios do ótimo "Contos da Cripta" e em 1993 assumiria a franquia Robocop ao dirigir o terceiro filme da série. Assim fica a dica desse divertido e saudosista "A Noite dos Arrepios", um filme dos anos 80 com as nuances dos antigos filmes de monstros vindos do espaço da década de 50. Mais nostalgia impossível.
A Noite dos Arrepios (Night of the Creeps, Estados Unidos, 1986) Direção: Fred Dekker / Roteiro: Fred Dekker / Elenco: Jason Lively, Tom Atkins, Steve Marshall / Sinopse: Estranhas criaturas vindo do espaço começam a dominar uma pequena cidade americana. Garotas, seus namorados chegaram, só que eles estão mortos!
Pablo Aluísio.
Bem-vindo aos 40
Apesar da sinopse cheia de drama e problemas esse "Bem-vindo aos 40" investe mesmo é no humor. Muitas vezes aquele tipo de hilariedade que nasce da desgraça alheia, é verdade, mas mesmo assim humor, bem divertido aliás. Como convém aos filmes assinados por Judd Apatow, esse aqui também apela em certos momentos (Piadas sobre flatulência? Confere! Escatologia? Confere!) mas no geral todos esses pecados são cometidos em nome da diversão. O personagem Pete, interpretado pelo ator Paul Rudd, já deu as caras no cinema antes, no filme "Ligeiramente Grávidos". Só que lá o casal era mero coadjuvante do enredo principal e aqui eles ganham muito mais destaque, afinal de contas o filme é todo centralizado neles, nas pequenas tragédias cotidianas e na chatice de um casamento que já deu o que tinha que dar. Por falar em coadjuvantes dois nomes do elenco de apoio no filme ajudam a manter o interesse. O primeiro é John Lithgow como um pai ausente por anos que mal conhece sua filha. Cirurgião rico e famoso ele não leva o menor jeito para relacionamentos familiares. Outro destaque vai para Megan Fox. Ela interpreta uma funcionária de uma lojinha de roupas gostosona (pra variar) que acaba confessando para a patroa que também é garota de programa (mas segundo suas próprias palavras isso não seria prostituição pois ela só faz "no máximo" uns 30 ou 40 programas por ano!). Bem engraçado. Depois de assistir um filme assim você vai entender porque o número de divórcios não pára de crescer lá nos EUA e aqui no Brasil. Como diria o ditado ser casado é como matar um leão todos os dias. Haja paciência!
Bem-vindo aos 40 (This Is 40, Estados Unidos, 2012) Direção: Judd Apatow / Roteiro: Judd Apatow / Elenco: Paul Rudd, Leslie Mann, Megan Fox, John Lithgow, Maude Apatow / Sinopse: Homem chega aos 40 anos cheio de problemas financeiros, familiares e emocionais. Tentando sobreviver a maré ruim ele resolve dar uma festa para si mesmo em seu aniversário.
Pablo Aluísio.
Uma Noite Alucinante
Sim, o diretor entendeu que um pouco de humor negro não faria mal a essa nova produção e assim ele reescreveu e inseriu diversas cenas de puro absurdo gótico para criar uma linha de diálogo mais aberta com o público jovem que iria conferir o novo filme nas telas de cinema. Cenas como um olho voando em direção a boca de um dos personagens ou uma mão decepada com vontade própria ganharam um inédito tom de comédia no filme. Para estrelar o novo Evil Dead Raimi convocou novamente seu parceiro e amigo do primeiro filme, o ator Bruce Campbell. Canastrão assumido, Campbell ajudou muito na nova concepção de Raimi para "Uma Noite Alucinante". A trama era praticamente a mesma do primeiro filme, com algumas modificações. Novamente incautos colocavam as mãos no chamado livro dos mortos liberando demônios das profundezas do inferno. A diferença porém vinha nas cenas absurdamente insanas e na melhor produção, com melhores e mais bem elaborados efeitos especiais. O filme acabou fazendo grande sucesso de bilheteria, se tornando também um campeão de locações no mercado de vídeo depois. Isso acabou abrindo as portas de uma terceira sequência, ainda mais maluca do que essa mas isso é um outra história...
Uma Noite Alucinante (Evil Dead II, Estados Unidos, 1987) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Sam Raimi, Scott Spiegel / Elenco: Bruce Campbell, Sarah Berry, Dan Hicks / Sinopse: Sequência remake do filme "Evil Dead" de 1981. Aqui um jovem desavisado acaba liberando terríveis forças do mal ao colocar as mãos em um livro amaldiçoado perdido em uma cabana isolada no meio da floresta.
Pablo Aluísio.
Velocidade Máxima
Após a morte do motorista o volante é colocado nas mãos de uma passageira comum, Annie Porter (Sandra Bullock), que ao lado do oficial de polícia Jack Traven (Keanu Reeves) tentará manter todos a salvo. Sandra Bullock e Keanu Reeves contracenam praticamente sozinhos o tempo inteiro, dentro do ônibus, passando por diversas situações estressantes, no limite. O veterano Dennis Hopper também acrescenta bastante com sua presença, ora histérica, ora irascível mas que no final se revela bem divertida. "Speed" logo caiu nas graças do público e assim que estreou nos Estados Unidos se tornou imediatamente um campeão de bilheteria. O diretor holandês Jan de Bont foi aclamado como um gênio dos filmes de ação! Tudo de fato corria muito bem para ele, a ponto de dirigir outra fita bem interessante logo após o sucesso desse filme chamado "Twister" sobre um grupo de caçadores de furacões. Infelizmente o cineasta cometeu um grave erro pois aceitou rodar a continuação de "Velocidade Máxima" que se tornaria um dos maiores fracassos comerciais da década! Mas isso falaremos em um outra oportunidade em breve, até lá!
Velocidade Máxima (Speed, Estados Unidos, 1994) Direção: Jan de Bont / Roteiro: Graham Yost / Elenco: Keanu Reeves, Dennis Hopper, Sandra Bullock, Jeff Daniels / Sinopse: Um terrorista resolve instalar uma bomba em um ônibus na cidade de Los Angeles que explodirá assim que o veículo diminuir sua velocidade. Agora, um policial e uma simples passageira farão de tudo para evitar que a situação se transforme em uma grande tragédia.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador
"Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador" tem vários méritos cinematográficos. Em termos de elenco temos uma interpretação brilhante de Leonardo DiCaprio que lhe valeu inclusive indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro. Foi o primeiro filme que chamou a atenção do grande público para seu trabalho. Muitos consideram até hoje seu melhor trabalho de atuação física no cinema. Johnny Depp também está muito bem, curiosamente fazendo um papel bem atípico de sua carreira, a de um jovem comum. Sem maquiagem pesada e sem interpretar um personagem bizarro (tão comum em seus filmes posteriores) Depp mostra seu talento natural. O roteiro também se revela muito delicado, colocando as várias questões humanas envolvidas na trama com rara sensibilidade. O filme fez bastante sucesso no mercado de vídeo na época e hoje, como já foi escrito, merece uma revisão. Um excelente drama mostrando a vida de uma família americana tipicamente interiorana que certamente vai agradar aos mais sensíveis. Se ainda não viu não deixe passar em branco, principalmente se você for um fã dos atores Leonardo DiCaprio e Johnny Depp. Esse é um filme que vale a pena conhecer.
Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador (What's Eating Gilbert Grape, Estados Unidos, 1993) Direção: Lasse Hallström / Roteiro: Peter Hedges / Elenco: Johnny Depp, Leonardo DiCaprio, Juliette Lewis, Mary Steenburgen, John C. Reilly, Darlene Cates, Laura Harrington, Mary Kate Schellhardt / Sinopse: O filme narra a conturbada vida familiar de Gilbert Grape (Depp) que tenta levar uma vida normal em meio a inúmeros problemas familiares.
Pablo Aluísio.
Dexter
Para quem ainda não conhece (acho que poucos) a série "Dexter" conta a estória de um garotinho que viu sua mãe ser morta de forma violenta e bárbara. Resgatado de uma poça de sangue ele é criado como se fosse filho por um policial que esteve envolvido nas investigações daquele crime sanguinário. Logo na infância seu pai adotivo descobre que Dexter tem todas as características que o tornarão no futuro um serial killer. Para evitar que pessoas inocentes venham a se tornar vítimas dele, o ensina uma espécie de código a seguir. Entre eles só eliminar criminosos cruéis que de uma forma ou outra escapem das mãos da justiça. O tempo passa e Dexter se torna perito na Miami Metro Police, local ideal para ele dar vazão a sua irresistível vontade de matar. Lá, entres os inúmeros casos criminais, ele seleciona aqueles que devem pagar com sua vida pelos crimes cometidos. Ao seu lado trabalham sua irmã mais jovem, a desbocada mas competente Debra Morgan (interpretada por Jennifer Carpenter, atriz que foi esposa de Michael C. Hall durante vários anos). Claro que Dexter por ter se tornado um grande sucesso e por ter até o momento oito temporadas sofreu com um certo desgaste ao longo de todo esse tempo mas mesmo em seus mais fracos momentos a série ainda mantém um padrão de qualidade realmente admirável. O personagem principal, apesar de ser um assassino em série, tem um carisma excepcional, o que talvez explique todo esse sucesso de audiência. Em tempos passados provavelmente "Dexter" jamais seria produzido por um canal de TV aberta mas no momento em que vivemos, emissoras como a Showtime não tem esse receio. Sorte para todos nós que somos fãs desse cativante matador.
Dexter (Dexter, Estados Unidos, 2006 - 2013) Direção: John Dahl, Steve Shill, Keith Gordon / Roteiro: Jeff Lindsay, James Manos Jr, Scott Buck / Elenco: Michael C. Hall, Jennifer Carpenter, David Zayas, James Remar, C.S. Lee, Lauren Vélez, Desmond Harrington, Julie Benz / Sinopse: Dexter (Michael C. Hall) é um serial killer que trabalha no Metro Miami Police, onde escolhe suas vítimas pelos crimes que elas cometeram e não foram punidas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada
Embora passe longe de ser fiel aos livros que lhe deram origem, esse último filme da franquia "As Crônicas de Nárnia" é bem realizado, tem um ritmo muito bom e não deixa o clima de aventura mágica cair no marasmo. Como sou da velha geração achei a trama bem parecida com os antigos filmes do marujo Simbad das mil e uma noites. Outra referência, principalmente para o público mais jovem, é a franquia bilionária "Piratas do Caribe", muito embora, em essência esses filmes tenham um simbolismo bem mais forte e presente, fruto da pena talentosa de seu autor, C.S. Lewis. Aliás é bom prestar atenção na cena final do filme pois lá fica bastante clara as reais intenções do autor dos livros, pois Nárnia nada mais é do que uma grande adaptação simbólica dos valores mais caros ao cristianismo. Muitos não conseguem captar esse detalhe mas os estudiosos da obra de Lewis há muito já decifraram toda a simbologia que o escritor quis passar aos mais jovens. Assim assista, se divirta e o mais importante de tudo: saiba ler nas entrelinhas do que verá na tela.
As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader, Estados Unidos, 2010) Direção: Michael Apted / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely, baseados na obra de C.S. Lewis / Elenco: Georgie Henley, Skandar Keynes, Ben Barnes / Sinopse: Após entrar em um quadro de aquarelas representando um navio em alto mar os garotos voltam para a terra mágica de Nárnia, onde viverão grandes aventuras.
Pablo Aluísio.
Quando o Amor Acontece
O interessante nesse "Quando o Amor Acontece" não vem tanto do fato de Bullock estar nesse tipo de produção, afinal é nesse estilo mesmo que ela consegue seus melhores resultados comerciais. O fato que chama a atenção é a direção do ator Forest Whitaker. Ele mostra muito talento em conduzir uma estorinha até banal mas com bastante eficiência. Ao custo de 30 milhões de dólares (orçamento de um filme médio em Hollywood) ele conseguiu entregar um produto honesto, sem nenhuma pretensão, que conseguiu reerguer o prestígio de Sandra Bullock perante os estúdios. Foi também um novo caminho para a atriz que aqui assumiu parte da função de produtora, através de sua própria companhia, a Fortis Films. O resultado é agradável, nada excepcional, mas que no final das contas entrega aquilo que o público (feminino em sua maioria) deseja e espera. Está de bom tamanho.
Quando o Amor Acontece (Hope Floats, Estados Unidos,1998) Direção: Forest Whitaker / Roteiro: Steven Rogers / Elenco: Sandra Bullock, Harry Connick Jr., Gena Rowlands / Sinopse: Após descobrir que seu marido a está traindo com sua melhor amiga, Birdee Pruitt (Bullock) decide voltar para a casa de sua mãe em uma pequena cidadezinha do Texas. Lá tentará reencontrar o amor e um novo caminho para sua vida.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de agosto de 2013
O Dia Depois de Amanhã
Roland Emmerich não tem jeito mesmo. Ele faz parte de um grupo de novos diretores (nem tão novos é bom frisar) que planejam, executam e montam seus filmes dentro de computadores de última geração. As cenas com atores reais duram poucas semanas, uma vez que o filme acaba sendo produzido mesmo dentro de avançados softwares de última geração. Se é muito eficaz para os estúdios o mesmo não se pode dizer dos resultados artísticos. Tudo soa muito artificial, sem alma, com muito sensacionalismo em cada momento, em cada tragédia. Roland Emmerich não é tão histérico quanto Michael Bay, por exemplo, mas mantém a característica básica dessa linha de diretores que seguem uma cartilha já bem conhecida: toneladas de efeitos especiais e roteiros mínimos. Boas atuações? Diálogos inspirados? Esqueça. Isso aqui meu caro é cinema fast food para ser consumido em salas de shopping center pos adolescentes barulhentos. Não dá para levar à sério um cinema desse estilo.
O Dia Depois de Amanhã (The Day After Tomorrow, Estados Unidos, 2004) Direção: Roland Emmerich / Roteiro: Roland Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum / Sinopse: O Planeta Terra passa por uma nova era de gelo levando ao colapso o mundo tal como conhecemos.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de agosto de 2013
Crônicas de uma Loja de Penhores
Esse "Crônicas de uma Loja de Penhores" me surpreendeu de forma bem positiva. O roteiro, usando e abusando do chamado humor negro, mostra um grupo de personagens em momentos chaves de suas vidas. A melhor das três estorias é a do cover de Elvis, interpretado por Brendan Fraser. Ele se sai muito bem interpretando uma verdadeira caricatura do cantor real. Sem tirar sua roupa de palco em nenhum momento ele percebe que as coisas andam muito mal quando não consegue nem trocar um ingresso de sua apresentação por um cafezinho numa pequena lanchonete de beira de estrada. Sua garota também o deixa no meio da estrada, cansada de tantos shows em lugares vagabundos. O fato de todos o confundirem com um mágico ou uma imitação do Liberace torna tudo ainda mais divertido e engraçado. O conto sobre o anel roubado conta com dois bons atores, Matt Dillon (interpretando Richard, o marido em busca de sua esposa desaparecida) e Elijah Wood (como um pervertido que trata as mulheres como objetos em seu grande rancho). Até Paul Walker, conhecido ator de filmes de ação, se sai bem ao fazer um dos viciados chapados que tentam cometer um roubo pra lá de desastrado. Enfim, recomendo sem receios esse filme. É divertido, irônico e mantém a atenção do começo ao fim. Vale realmente a pena.
Crônicas de uma Loja de Penhores (Pawn Shop Chronicles, Estados Unidos, 2013) Direção: Wayne Kramer / Roteiro: Adam Minarovich / Elenco: Paul Walker, Brendan Fraser, Elijah Wood, Matt Dilon, Vincent D'Onofrio / Sinopse: Uma pequena loja de penhores no sul dos EUA se torna o elo de ligação de três contos passados na região.
Pablo Aluísio.
A Letra Escarlate
Um dos méritos de "A Letra Escarlate" é que ele desmistifica uma série de bobagens históricas que foram repetidas durante séculos, se tornando quase verdades absolutas. Sempre se disse, por exemplo, que as primeiras colônias inglesas no novo mundo eram símbolos de harmonia e liberdade. Afinal esses colonos tinham ido ao novo mundo para fugir do absolutismo de seu país, além da sempre severa perseguição religiosa. A verdade porém é que mesmo nesses novos povoados não havia de fato tanta liberdade como se suponha. Pelo contrário. A rigidez moral dos puritanos muitas vezes desembocava em repressão e violência, física ou moral, para quem ousasse ultrapassar certas fronteiras ou limites. Olhando sob um ponto de vista atual existia de fato muito preconceito e discriminação nessa suposta moral puritana que imperava entre os membros mais proeminentes das elites locais. O filme resgata isso de forma muito elucidativa. O diretor foi o talentoso Roland Joffé (de "A Missão" e "Os Gritos do Silêncio"). A produção também é acima da média com uma ótima reconstituição histórica aliada a uma história que diz muito sobre a posição da mulher naqueles anos.
A Letra Escarlate (The Scarlet Letter, Estados Unidos, 1995) Direção: Roland Joffé / Roteiro: Douglas Day Stewart, baseado na novela de Nathaniel Hawthorne / Elenco: Demi Moore, Gary Oldman, Robert Duvall / Sinopse; Jovem mulher fica estigmatizada durante o período colonial americano ao engravidar de um pastor puritano numa colônia isolada no novo mundo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith
"Star Wars - A Vingança dos Sith" também marca a despedida de George Lucas de sua maior criação. Recentemente ele vendeu todos os direitos autorais da saga para os estúdios Disney, dando adeus ao universo de Star Wars. Ao que parece Lucas guardou grande ressentimento das inúmeras críticas que sofreu no lançamento desses novos filmes. Assim resolveu pendurar o sabre de luz. No começo dessa nova franquia ele ainda havia deixado uma certa dúvida se iria filmar algum dia os noves episódios prometidos que havia escrito ainda na década de 1970. Depois que levou bordoadas de todos os lados (inclusive dos mais fanáticos fãs da série) ele anunciou juntamente com o lançamento dessa produção que não iria mais seguir em frente. O próprio Lucas disse que não tinha mais idade e nem saúde para enfrentar mais uma maratona de trabalho como a que esse tipo de filme exigia. No fundo foi uma sábia decisão passar a bola adiante. Agora Star Wars segue em novo projeto, planejado para chegar nas telas em dois anos. Novos roteiristas, novo diretor, novos produtores e até mesmo um novo estúdio. Particularmente estou bem ansioso para saber o que virá daqui em diante, torcendo para que os Jedis voltem a ocupar a posição que sempre tiveram na história do cinema. Que a força esteja com todos os envolvidos na nova trilogia que vem por aí.
Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith, Estados Unidos, 2005) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Ewan McGregor, Natalie Portman, Hayden Christensen, Ian McDiarmid, Samuel L. Jackson, Jimmy Smits, Frank Oz, Anthony Daniels, Christopher Lee / Sinopse: Uma luta de poder se instala dentro da República. De um lado um chanceler com poderes ilimitados, do outro a ordem Jedi e no meio um jogo político entre democracia e ditadura, república ou império.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Deixa Estar
Título no Brasil: Deixa Estar
Título Original: Let It Be
Ano de Produção: 1970
País: Inglaterra
Estúdio: Apple Corps
Direção: Michael Lindsay-Hogg
Roteiro: Michael Lindsay-Hogg, The Beatles
Elenco: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr
Sinopse:
Documentário musical que mostra o grupo britânico The Beatles durante as gravações do álbum "Let It Be". A ideia era registrar o processo de criação do mais famoso grupo de rock da história dentro dos estúdios em Londres. No final o grupo se apresenta ao vivo pela última vez em sua carreira.
Comentários:
Paul McCartney teve a ideia central desse documentário. Tudo soava muito simples. Intitulado "Get Back" o plano inicial de Paul era filmar os Beatles gravando um álbum dentro dos estúdios e depois a volta triunfal do grupo aos grandes shows ao vivo pelo mundo. O problema é que os Beatles estavam implodindo quando começaram as filmagens. Paul, George e John não conseguiam mais se entender. Brigas, discussões, desconforto, tudo acabou sendo captado de forma involuntária pelos responsáveis do filme. Depois de um começo tenso John e George decidiram que não estavam mais dispostos a realizar a tal turnê mundial que Paul queria. Isso criou um grande atrito pois seria justamente esse o clímax do documentário. Sem saída John sugeriu que todos fossem para o telhado da Apple em Londres e lá fizessem uma apresentação final com quatro ou cinco músicas para fechar o filme. Foi o que fizeram. A polícia londrina apareceu para encerrar o concerto e "Let it Be" (o novo nome dado ao documentário) afundou de uma vez. O que era para ser o registro da volta triunfal dos Beatles se transformou em um triste retrato do grupo se separando. Não deixa de ser histórico e importante para o mundo do rock mas o clima de melancolia incomoda. Mesmo assim seja você beatlemaníaco ou não o fato é que "Deixa Estar" é de fato um item indispensável em qualquer coleção. Simplesmente essencial para os amantes do rock em geral.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
O Poder de Alguns
Duas da tarde em um bairro barra pesada de uma grande cidade qualquer dos Estados Unidos. Várias estórias paralelas vão se desenvolvendo ao mesmo tempo, nesse mesmo horário. Na primeira um garoto resolve tomar uma decisão extrema para conseguir o dinheiro necessário para a compra de um remédio para seu irmão mais jovem, um pequeno bebê. Na segunda uma jovem que trabalha com sua pequena lambreta resolve levar uma perigosa encomenda para entregar a uma mulher desconhecida no meio da rua. Na terceira uma dupla de tiras tenta colocar as mãos em um sujeito que parece ser um terrorista infiltrado na América. Por fim, dois negros fortemente armados saem na caça de uma testemunha vital que em breve estará reconhecendo em um tribunal o principal líder de sua gangue. Passeando por todos os eventos surgem dois moradores de rua, um ex-jornalista e um anão, que acabam servindo de elo para todos os acontecimentos. Na TV o noticiário não consegue parar de mostrar o recente roubo no Vaticano do famoso Santo Sudário, o suposto pano que cobriu o corpo de Jesus após ele ser morto pelos romanos na cruz.
"O Poder de Alguns" tem um roteiro fragmentado, típico dos filmes do saudoso Robert Altman. Várias estórias, independentes entre si, vão se desenvolvendo para no final convergirem para uma mesma situação. É divertido e intrigante acompanhar como tudo vai terminar. O roteiro é bem inteligente e muito bem estruturado. Há vários personagens, tramas acontecendo, mas no final tudo se resume a uma só conexão que liga todos eles. No elenco se destacam a presença de Christopher Walken, como o sem-teto Doke e Christian Slater como Clyde, um policial disfarçado de motorista de Táxi que acaba se envolvendo em uma conspiração completamente surreal. É aquele tipo de produção pequena, sem maiores pretensões, que satisfaz plenamente o espectador. Além disso tem uma linha narrativa esperta e inteligente, que mistura religião e ciência, o que no final das contas acaba mantendo o espectador interessado o tempo todo.
O Poder de Alguns (The Power of Few, Estados Unidos, 2013) Direção: Leone Marucci / Roteiro: Leone Marucci / Elenco: Christopher Walken, Q'orianka Kilcher, Juvenile, Christian Slater, Nicky Whelan / Sinopse: Várias estórias paralelas e independentes convergem para uma só trama, envolvendo religião, ciência e clones!
Pablo Aluísio.
Henrique V
Henry V (ou Henrique V, seguindo a tradição antiga da língua portuguesa em traduzir os nomes dos reis e nobres da Idade Média) foi um monarca real, que governou a Inglaterra de 1413 a 1422. Seu grande feito histórico foi derrotar os franceses (eternos inimigos dos ingleses) em 1415 na batalha de Azincourt. Forjando assim o começo de uma nova era e uma nova dinastia para trono britânico. Considerado um herói em seu país, Shakespeare resolveu escrever uma obra bem dúbia sobre esse monarca, ora o louvando, ora expondo de forma bem sutil seus defeitos pessoais. Essa dubiedade é o grande atrativo da obra original até os dias de hoje. Já Kenneth Branagh procurou pela grandiosidade, dando destaque para toda a pompa daquele período histórico. O resultado final não nega suas origens. Afinal as palavras extremamente bem escritas por Shakespeare não poderiam ser ignoradas no filme. Assim houve quem reclamasse da irregularidade ao longo da película, onde intercalam-se grandes cenas de batalha com pausas para longos monólogos declamados pelos atores. Esse tipo de crítica não prospera, pois é justamente isso que torna o filme realmente grandioso. Assim se você estiver em busca de um pouco de enriquecimento cultural, principalmente em relação a William Shakespeare e sua obra, então Henrique V se torna de fato uma ótima pedida.
Henrique V (Henry V, Inglaterra, 1989) Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Kenneth Branagh baseado na obra de William Shakespeare / Elenco: Kenneth Branagh, Simon Shepherd, Derek Jacobi / Sinopse: Henrique V (Kenneth Branagh), monarca absolutista inglês, enfrenta as terríveis forças francesas em uma batalha decisiva durante a Idade Média.
Pablo Aluísio.
All That Jazz
O filme narra a vida caótica e ocupada de Joe Gideon (Roy Scheider), um grande diretor da Broadway. Muito requisitado ele tenta contrabalancear sua vida profissional entre a Broadway, onde pretende criar o musical definitivo da história e os bastidores do cinema, onde também trabalha em vários projetos, tudo de forma paralela e um pouco atribulada. Ao seu redor, na vida pessoal, circulam sua ex-esposa, sua namorada atual e sua filha, todas com problemas pessoais que direta ou indiretamente afetam a sua vida. Para piorar ainda mais Gideon tem sérios problemas com drogas, o que torna sua existência ainda mais alucinada! Mas não se preocupe muito com isso, afinal "All That Jazz" não é propriamente um drama mas sim um musical ao velho estilo, com muitas danças, números musicais e coreografias mais do que inspiradas. Um filme obrigatória para quem admira o gênero.
All That Jazz - O Show Deve Continuar (All That Jazz, Estados Unidos,1979) Direção: Bob Fosse / Roteiro: Robert Alan Aurthur, Bob Fosse / Elenco: Roy Scheider, Jessica Lange, Leland Palmer / Sinopse: No meio de vários números musicais o filme narra a vida estressada e caótica de um grande diretor da Broadway. Vencedor dos Oscars de Melhor Trilha Musical, Montagem, Figurino e Direção de Arte.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Círculo de Fogo
A trama explora o surgimento dos tais Kaijus, monstros que começam a aparecer nos oceanos, provenientes de fendas localizadas nas profundezas. Como não poderia deixar de ser eles estão surgindo para obviamente destruir o mundo. Para enfrentar as novas ameaças as nações do mundo se unem para construir os Jaegers, robôs gigantescos com pinta de Transformers que literalmente saem no braço com os Kaijus. Essas grandes máquinas de guerra são pilotadas por duas pessoas que precisam unir suas mentes numa só. Mas esqueça esse tipo de detalhe. Tudo é uma grande desculpa para cenas e mais cenas de lutas e pirotecnia, numa avalanche de efeitos digitais e sonoros de todos os tipos. Confesso que como o filme foi assinado por Guillermo del Toro, esperava bem mais. Até porque já existe a série Transformers do vazio Michael Bay para ocupar esse nicho de mercado. Eu me equivoquei pensando que o diretor iria caprichar mais, criar um clima mais sofisticado e profundo mas nada disso você vai encontrar em "Circulo de Fogo" pois no final das contas tudo se resume a muita pancadaria e efeitos especiais. É um trash de 180 milhões de dólares. Assim em conclusão recomendo o filme para adolescentes até 14 anos no máximo ou então para os trintões e quarentões que queiram matar as saudades de sua infância. Já para o cinéfilo em geral não vejo grandes atrativos. Em suma é isso, "Círculo de Fogo" é uma grande bobagem, divertida para alguns, nostálgica para outros.
Círculo de Fogo (Pacific Rim, Estados Unidos, 2013) Direção: Guillermo del Toro / Roteiro: Travis Beacham, Guillermo del Toro / Elenco: Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikuchi, Ron Perlman / Sinopse: Monstros gigantescos surgem nos oceanos, vindo de fendas localizadas nas profundezas. São os Kaijus. Para combater a ameaça surgem os Jaegers, robôs gigantescos que tentarão salvar o mundo.
Pablo Aluísio.
As Patricinhas de Beverly Hills
De qualquer maneira, deixando essas explicações sociológicas de lado o fato é que "As Patricinhas de Beverly Hills" conseguiu o feito de até hoje ser lembrado. Como não poderia deixar de ser em um filme tão bobinho como esse o enredo gira em torno da adolescente Cher. Ela tem 15 anos, é popular na escola e vive muito bem obrigado, já que seu pai é um bem sucedido advogado de Beverly Hills. Na explosão do sucesso de um novo aparelhinho, o celular, Cher deita e rola com suas amigas entrando e saindo das lojas mais exclusivas de Hollywood (na época usar celular era sinônimo de status e riqueza, ora vejam só!). Tudo parece mudar quando ela se apaixona por Josh (Paul Rudd), enteado de seu pai. Ele é exatamente o oposto de Cher. Um sujeito antenado, estudado, que conhece o "mundo real", bem ao contrário da patricinha Cher. Para conquistá-lo ela então decide mudar de atitude, tudo com o objetivo de impressionar sua nova paixão. Bonitinha a sinopse não? Pois é. Se você ainda não conhece (por ser jovem demais para isso) dê uma olhada para conferir como era a juventude da década de 90. Você vai perceber surpreso como de fato pouca coisa realmente mudou!
As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless, Estados Unidos,1995) Direção: Amy Heckerling / Roteiro: Amy Heckerling / Elenco: Alicia Silverstone, Stacey Dash, Brittany Murphy / Sinopse: Cher (Silverstone) é uma garota mimada e fútil que se apaixona por um cara mais velho, bem mais inteligente e consciente do que ela. Para conquistá-lo ela então decide mudar de atitude, tudo com o objetivo de impressionar sua nova paixão.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de agosto de 2013
O Negociador
Depois de estrelar blockbusters como "A Múmia" o ator Brendan Fraser volta aos cinemas nessa despretensiosa comédia que usa um tema policial sério (a tomada de reféns, assaltos, etc) para fazer um pouco de graça. O resultado como era de se esperar é bem irregular. O filme usa não apenas de humor mas também de um certo dramalhão ao colocar os destinos do sequestrador e do refém no mesmo caminho, apelando por algo que teria acontecido no passado de ambos. "O Negociador" é uma produção britânica que tem sido vendido nos EUA como um filme de ação. Não se trata disso. Claro que há tiroteios e alguns momentos mais agitados mas o filme vai mesmo pelo lado mais leve e sem maiores consequências de uma comédia que pretende ser divertida. Até que com um pouco de boa vontade dá para se divertir, embora o saldo final seja mesmo bem mediano.
O Negociador (Whole Lotta Sole / Stand Off, Inglaterra, 2011) Direção: Terry George / Roteiro: Thomas Gallagher / Elenco: Brendan Fraser, Colm Meaney, Martin McCann / Sinopse: Após um assalto mal sucedido um jovem ladrão invade uma loja de antiguidades tomando todas as pessoas lá dentro como reféns.
Pablo Aluísio.
Chamada de Emergência
Sem parecer exagerado afirmo que os primeiros 60 minutos desse filme são simplesmente perfeitos. Os nervos do espectador ficam a mil, pois a situação mostrada é além de aterrorizante muito agonizante também. O roteiro também se mostra muito eficiente ao mostrar todas as possibilidades de uma situação tão limite. Infelizmente na terça parte final "Chamada de Emergência" decai um pouco mas isso em absoluto não tira os méritos da produção que é uma das mais interessantes que já vi nesse tipo de suspense. Halle Berry defende muito bem seu papel mas quem acaba se sobressaindo mesmo são Abigail Breslin que interpreta a jovem adolescente sequestrada e Michael Eklund como o serial killer Michael Foster. Não é um filme que vá desvendar em minúcias a loucura do psicopata da trama mas dentro de sua proposta de trazer tensão, suspense e terror ao seu público o filme se sai excepcionalmente bem.
Chamada de Emergência (The Call, Estados Unidos, 2013) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Richard D'Ovidio / Elenco: Halle Berry, Abigail Breslin, Michael Eklund, Morris Chestnut / Sinopse: Um novo serial killer que mata adolescentes acaba abalando psicologicamente uma policial atendente de 911 emergência. Agora, meses depois de um crime cruel, ela se depara com um novo pedido de socorro que ao que tudo indica é de mais uma vítima do mesmo psicopata.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de agosto de 2013
Abaixo de Zero
Em "Abaixo de Zero" o ator interpreta um junkie, um viciado em drogas pesadas numa Los Angeles de muito neon e pó branco! Sua interpretação de seu personagem Julian foi bastante comentada. Afinal ele desfilava talento ao se mostrar sem qualquer estrelismo, sempre em busca da próxima picada que o deixasse ligado até a próxima festa. Um cara vivendo no limite. Muitos vão dizer que interpretar um drogado era algo óbvio para Robert Downey Jr, uma vez que ele próprio era um chapado homérico! Certa vez o ator chegou a invadir uma casa pensando ser a sua própria mas era outra, de uma família vizinha, que muito assustada chamou a polícia, levando Downey em cana novamente! São fatos que recheavam as páginas dos jornais de L.A. De qualquer forma se você estiver em busca de um retrato honesto da juventude mergulhada em drogas na década de 80, nada melhor que esse "Abaixo de Zero", um filme realmente fiel ao cotidiano daqueles jovens que viviam fora da realidade.
Abaixo de Zero (Less Than Zero, Estados Unidos, 1987) Direção: Marek Kanievska / Roteiro: Harley Peyton, baseado no romance de Bret Easton Ellis / Elenco: Andrew McCarthy, Jami Gertz, Robert Downey Jr / Sinopse: Um jovem universitário volta de férias para Los Angeles para encontrar sua ex-namorada e acaba descobrindo que seu melhor amigo está viciado em drogas pesadas.
Pablo Aluísio.
O Incrível Mágico Burt Wonderstone
O papel de James Gandolfini é bem secundário e ele fica completamente ofuscado pelos comediantes. Outra surpresa é ver o astro Jim Carrey em um papel também bem coadjuvante, pois ele nada mais é do que uma escada para os dois Steves, Carell e Buscemi, que parecem muito à vontade encarnando seus personagens. No fundo "O Incrível Mágico Burt Wonderstone" é apenas uma comédia rotineira que tenta de alguma maneira também prestar uma homenagem a esses profissionais tão queridos do mundo do entretenimento. A transformação que Burt passa, indo da fama e glória para a decadência, mostra bem isso. Aos poucos, mesmo arruinado, ele vai redescobrindo o prazer de fazer mágica para encantar adultos e crianças. Não é uma grande comédia, mas também não aborrece. A despedida do grande James Gandolfini poderia ter sido mais marcante porém quem pode saber as surpresas que o destino nos reserva?
O Incrível Mágico Burt Wonderstone (The Incredible Burt Wonderstone, Estados Unidos, 2013) Direção: Don Scardino / Roteiro: Jonathan M. Goldstein, John Francis Daley / Elenco: Steve Carell, Steve Buscemi, Jim Carrey, James Gandolfini, Alan Arkin, Olivia Wilde / Sinopse: Uma dupla famosa de mágicos de Las Vegas começa a entrar em declinio após o surgimento de um novo ilusionista radical.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Doze é Demais
Aqui ele contracena não apenas com uma criança mas 12 delas! O enredo é tipicamente bobinho e mostra as confusões de um casal com 12 filhos (isso mesmo que você leu, doze!) que se muda de um pequeno vilarejo para a cidade grande. Acontece que o marido é treinador de futebol americano e se muda para a big city por ter sido contratado por uma universidade da região. Depois que a mulher viaja a trabalho só resta ao paizão a complicada tarefa de cuidar dos 12 moleques. Bom, uma criança já dá trabalho, imagine então uma dúzia. O roteiro procura tirar proveito justamente disso para fazer rir o espectador. No final das contas é apenas uma comédia de rotina que a despeito de ser bem mais ou menos caiu nas graças do público americano. Bom para o Steve Martin que assim ganhou uma sobrevida na carreira, confirmando de certa forma o velho ditado old school de Hollywood. Ah, e antes que me esqueça: o filme teve uma continuação dois anos depois, por mais inacreditável que isso possa parecer!
Doze é Demais (Cheaper by the Dozen, Estados Unidos, 2003) Direção: Shawn Levy / Roteiro: Frank B. Gilbreth Jr, Ernestine Gilbreth Carey / Elenco: Steve Martin, Bonnie Hunt, Piper Perabo / Sinopse: Paizão tem que cuidar de doze filhos após sua esposa viajar a trabalho.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
O Casamento do Ano
As coisas começam a ficar confusas quando Alejandro convida sua mãe natural, uma colombiana conservadora, católica fervorosa para seu casamento. Com medo da desaprovação dela ele tenta esconder o fato de que seus pais adotivos são divorciados e inventa uma farsa que ainda são casados, o que dará origem a muitas confusões durante sua cerimônia de casamento. São muitos personagens em cena e nenhum deles chega a ser bem desenvolvido. O papel de Robin Williams, como um padre católico beberrão, por exemplo, poderia dar margem a muita cenas divertidas e engraçadas mas infelizmente é outro que segue o caminho do desperdício. Esse é aquele tipo de filme que começa até divertido mas que vai decaindo, decaindo até o espectador finalmente entender que nada mais de interessante vai acontecer. Espero que depois de mais essa comédia insossa sobre casamentos Hollywood finalmente desista de fazer mais filmes desse tipo. Já deu o que tinha que dar.
O Casamento do Ano (The Big Wedding, Estados Unidos, 2013) Direção: Justin Zackham / Roteiro: Justin Zackham, Jean-Stéphane Bron / Elenco: Robert De Niro, Katherine Heigl, Diane Keaton, Amanda Seyfried, Topher Grace, Susan Sarandon, Robin Williams, Ben Barnes / Sinopse: O casamento do jovem Alejandro (Barnes) e sua jovem noiva, Missy (Amanda Seyfried), se torna uma grande confusão quando se unem na cerimônia sua família adotiva e natural.
Pablo Aluísio.
O Fantasma
Na coletiva de divulgação do filme o ator Billy Zane (que interpretava o Fantasma) decidiu que era hora de "Sair do armário". Assim ao invés de falar sobre a produção e seus méritos artísticos, o ator decidiu declarar publicamente que era gay e que estava muito feliz por assumir sua opção sexual. Nada contra esse tipo de atitude, que aliás é um ato de honestidade consigo mesmo, mas certamente foi o momento errado. Na estreia do filme todos os jornais só sabiam falar da sexualidade de Zane e a película acabou sendo ofuscada pela sua declaração reveladora. Infelizmente nem todas as pessoas tem consciência social e assim o filme acabou virando uma piada de mau gosto, principalmente nos programas de humor americano. Com isso a bilheteria acabou decepcionando completamente. "O Fantasma", que deveria ser o primeiro de uma longa franquia, não rendeu nada, se tornando um grande fracasso comercial. Obviamente que com o fiasco as pretensões de se realizar mais filmes foi arquivada. Uma pena pois o personagem prometia bastante. Não é uma película acima da média, é fato que deixa bastante a desejar, mas isso era possível de ser melhorado nos filmes seguintes. Algo que agora certamente não mais acontecerá.
O Fantasma (The Phantom, Estados Unidos, 1996) Direção: Simon Wincer / Roteiro: Jeffrey Boam baseado no personagem criado por Lee Falk / Elenco: Billy Zane, Kristy Swanson, Treat Williams / Sinopse: Adaptação dos famosos quadrinhos do personagem "O Fantasma", herói mascarado que luta pelo bem contra terríveis vilões que desejam dominar o mundo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento
Isso foi causado pelo fato de que inúmeras de suas cenas foram cortadas na sala de edição. O estúdio achou a duração final do filme excessiva e tentando deixá-lo mais comercial cortes foram realizados. Um dos grandes prejudicados foi justamente Brando que viu grande parte de seu trabalho ser descartado sem pena pelos produtores. Tão irritado ficou que imediatamente deu algumas entrevistas afirmando que o filme do jeito que ficou era uma grande porcaria e que o público não deveria perder tempo com ele. Uma tentativa de conciliação foi realizada mas em vão. O filme saiu mutilado e Brando continuou a falar mal da produção (sua raiva foi tão intensa que até mesmo em sua autobiografia o ator não perdeu a oportunidade de falar mal do resultado final da produção). Ele até quis que seu nome fosse removido dos créditos mas não conseguiu. Por fim entendeu, resignado, que teria que aguentar toda a onda de criticas negativas que viriam após seu lançamento. O curioso é que o filme foi produzido pelos mesmos produtores de "Superman", amigos de Brando de longa data. A amizade porém não sobreviveu a "Colombo". Talvez se tivesse sido dirigido por Ridley Scott (a primeira opção do estúdio) o resultado ficasse mais interessante. Do jeito que ficou mais parece um projeto inacabado, com edição realmente mal feita, deixando a trama truncada e mal desenvolvida. Brando certamente tinha razão em suas reclamações.
Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento (Christopher Columbus: The Discovery, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, 1992) Direção: John Glen / Roteiro: Mario Puzo, John Briley / Elenco: Marlon Brando, Tom Selleck, Georges Corraface, Rachel Ward, Catherine Zeta-Jones, Benicio Del Toro / Sinopse: O filme recria a história do descobrimento do novo mundo por Cristovão Colombo, famoso navegador que procurava um caminho para as índias navegando em direção ao ocidente.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Waterworld - O Segredo das Águas
Kevin Costner ao invés de reconhecer o erro resolveu acusar os jornalistas de boicote com seu filme, azedando de vez o relacionamento do astro com os principais meios de comunicação. Depois se soube que houve uma edição feita às pressas depois que o filme foi rejeitado em uma exibição teste. Costner que havia mostrado tanto talento ao dirigir "Dança com Lobos" se mostrou vacilante, não confiando em seu próprio juízo de valor. As brigas com o diretor Kevin Reynolds também mostravam bem a falta de foco da produção. Depois do desastre de "Waterworld" Costner perdeu grande parte de sua credibilidade. Amargou o descaso dos grandes estúdios e lutou bastante para recuperar seu prestigio (algo que não conseguiu completamente). Revisto hoje em dia não há como negar os erros. A trama não avança, é boba, derivativa demais de "Mad Max", quase um plágio, só que ao invés de desertos temos água sem fim. O personagem de Costner também não ajuda, é sem carisma, chato e passa o tempo todo contracenando com uma garotinha sem graça. No final não há como negar que é realmente um desastre. Não é de se admirar que tenha afundado de forma tão estrondosa. Mereceu o fracasso.
Waterworld - O Segredo das Águas (Waterworld, Estados Unidos, 1995) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Peter Rader, David Twohy / Elenco: Kevin Costner, Jeanne Tripplehorn, Tina Majorino / Sinopse: A humanidade tenta sobreviver em um mundo pós apocalíptico.
Pablo Aluísio.
O Senhor dos Mares
Como se trata de uma produção holandesa não espere nada de muito "Hollywoodiano" nesse "O Senhor dos Mares". A intenção é realmente contar os terríveis obstáculos que esses marinheiros enfrentaram tais como foram narrados nos escritos deixados pelo escrivão que participou dessa navegação. Obviamente que as condições climáticas desfavoráveis e o clima completamente hostil da região contribuíram e muito para as dificuldades, principalmente quando o navio chegou nas costas da distante e inóspita ilha de Nova Zembla. Localizada no mar do norte que hoje pertence à Rússia, o local possuía uma fauna perigosa e voraz, formada principalmente por grandes ursos polares que habitavam aquela região. Aliás é bom salientar que tais animais acabam sendo responsáveis por algumas das melhores cenas do filme pois na grande lei da natureza o que impera é mesmo a lei do mais forte e um homem, por mais forte e robusto que seja, jamais seria páreo para um animal daquele porte. Em suma, fica a dica desse filme do cinema holandês realmente bem acima da média, "O Senhor dos Mares", que demonstra muito bem que para quem gosta de bom cinema não importa a nacionalidade, mas sim a qualidade cinematográfica da produção. Não deixe de conferir...
O Senhor dos Mares (Nova Zembla, Holanda, 2011) Direção: Reinout Oerlemans / Roteiro: Hugo Heinen, Reinout Oerlemans / Elenco: Doutzen Kroes, Derek de Lint, Robert de Hoog / Sinopse: No século XVI a coroa holandesa resolve mandar uma expedição aos mares do norte para tentar achar uma nova rota em direção às ìndias orientais.
Pablo Aluísio.