Steve Martin já foi um dos comediantes mais divertidos do cinema americano, principalmente na década de 80 quando estrelou alguns dos mais engraçados filmes de humor da época. O problema é que a partir da segunda metade dos anos 90 ele começou a declinar, estrelando filmes sem qualquer expressão. Há uma velha máxima em Hollywood que diz que quando se está decadente na carreira a única coisa que sobra para um ator é fazer algum filme com crianças ou cachorros para tentar atrair a atenção do público por pelo menos mais uma vez. Se isso for verdade então Steve Martin certamente está em apuros (e há muito tempo!).
Aqui ele contracena não apenas com uma criança mas 12 delas! O enredo é tipicamente bobinho e mostra as confusões de um casal com 12 filhos (isso mesmo que você leu, doze!) que se muda de um pequeno vilarejo para a cidade grande. Acontece que o marido é treinador de futebol americano e se muda para a big city por ter sido contratado por uma universidade da região. Depois que a mulher viaja a trabalho só resta ao paizão a complicada tarefa de cuidar dos 12 moleques. Bom, uma criança já dá trabalho, imagine então uma dúzia. O roteiro procura tirar proveito justamente disso para fazer rir o espectador. No final das contas é apenas uma comédia de rotina que a despeito de ser bem mais ou menos caiu nas graças do público americano. Bom para o Steve Martin que assim ganhou uma sobrevida na carreira, confirmando de certa forma o velho ditado old school de Hollywood. Ah, e antes que me esqueça: o filme teve uma continuação dois anos depois, por mais inacreditável que isso possa parecer!
Doze é Demais (Cheaper by the Dozen, Estados Unidos, 2003) Direção: Shawn Levy / Roteiro: Frank B. Gilbreth Jr, Ernestine Gilbreth Carey / Elenco: Steve Martin, Bonnie Hunt, Piper Perabo / Sinopse: Paizão tem que cuidar de doze filhos após sua esposa viajar a trabalho.
Pablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirEu já ouvi que se você é ator protagonista e quer se estrepar é só fazer filme com criança ou cachorro.
Sobre ter doze filhos hoje parece estranho. mas consta que minha avó teve 24 filhos! Coitada, não sei como não virou ao avesso.
Antigamente as famílias eram numerosas realmente. Minha avó teve 11 filhos! Era um tempo duro para as mulheres!
ResponderExcluirDe fato, os atores sempre se dão mal ao contracenar com crianças e cachorros porque eles são simplesmente ofuscados, virando meras escadas para a garotada e os amigos caninos. Mas para um ator que está decaindo na carreira pode ser a última salvação já que filmes assim quase nunca desagradam ao povão!
Abraços, Pablo Aluísio.
vide Eddie Murphy e Dr. Dolittle, apesar de eu gostar de filmes com animais e um ou outro filme com criança. Adoro o Steve Martin, mas "Doze é Demais" foi realmente demais pra mim, rs.
ResponderExcluirOutro exemplo bem conhecido de nós, fãs de Elvis?
ResponderExcluir"No Paraíso do Havaí" - Elvis Presley cercado de crianças e cachorros pra todos os lados. Tem até uma musiquinha canina que ele canta na cena do helicóptero... "A Dog´s Life"... Em poucos anos ele entenderia que Hollywood não daria mais certo para ele e voltou aos palcos... ainda bem!
ResponderExcluirBoa lembrança Pablo, essas cenas em No Paraíso no Havaí são muito patéticas e podem competir tranquilamente com a de outro filme desta fase ruim com o Elvis, o Rei do Rock, na traseira de uma caminhão com uma criança cantando, pasmem, Old Macdonald Had a Farm.