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domingo, 26 de março de 2023

Respire Fundo

Título no Brasil: Respire Fundo
Título Original: A Mouthful of Air
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Amy Koppelman
Roteiro: Amy Koppelman
Elenco: Amanda Seyfried, Paul Giamatti, Amy Irving, Olivia Katz, Christian Kutz, Finn Wittrock

Sinopse:
Julie Davis (Amanda Seyfried) é uma jovem mãe que após o nascimento do primeiro filho desenvolve uma grande depressão. E as coisas só pioram quando ela descobre que está novamente grávida, agora de uma filha. Anteriormente ela havia tentado se matar, cortando seus pulsos, e tudo parece voltar. Para piorar, ela tem uma forte resistência em tomar os remédios prescritos, o que pode levar a uma grande tragédia naquela família. 

Comentários:
Esse filme tem uma história de cortar o coração! Lida com temas sensíveis e delicados por si mesmos. O roteiro tem que tratar de maternidade, depressão e suicidio, tudo ao mesmo tempo. Não é fácil. Por essa razão não recomendaria esse filme para todos os tipos de públicos. Há gatilhos psicológicos em sua história, mesmo que eles sejam amenizados o tempo todo pela narrativa que chega a usar elementos infantis, como desenhos animados com personagens coloridos. Só que o tema é tão pesado, o drama que se desenvolve ao redor é tão dramaticamente marcante, que nem isso consegue suavizar o filme como um todo. Em termos de elenco me surpreendi completamente com o trabalho de atuação da atriz Amanda Seyfried. Ela que construiu toda a sua carreira com filmes leves, comédias românticas, aqui interpreta uma personagem tão trágica. Merece todos os elogios. É um ótimo filme, só não espere por um final feliz. 

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de julho de 2021

Scooby! O Filme

A Warner Bros decidiu fazer uma animação digital do Scooby-Doo e sua turma para ser lançada nos cinemas. Ideia certa na época errada. Programada para chegar no mercado em maio de 2020 o filme foi pego em cheio pela pandemia. Com isso a Warner teve diversos problemas para recuperar o investimento. Isso porque não foi uma animação barata, pelo contrário. A boa notícia é que os saudosistas dos desenhos animados da Hanna-Barbera não vão ter do que reclamar. Na tela desfilam diversos personagens que ficaram famosos nas décadas de 1960 e 1970, na era de ouro desse estúdio de animação. O público brasileiro certamente vai adorar rever essas figuras do passado revitalizados pela moderna tecnologia do presente.

Assim essa filme apresenta não apenas os personagens do desenho clássico do Scooby-Doo, que está aí fazendo sucesso desde os anos 60 quando seu primeiro desenho animado chegou nas telas de TV. Aqui temos também o Dick Vigarista (vilão do desenho "Corrida Maluca"), muito bem aproveitado, o Falcão Azul (Da galeria de super-heróis da HB), seu fiel companheiro o Bionicão e até mesmo o Capitão Caverna (quem foi criança e assistia seus desenhos certamente vai lembrar dele). Até criaram uma série de robozinhos, o equivalente aos minions de "Meu Malvado Favorito". Enfim, quem gosta desses personagens certamente não terá do que reclamar.

Scooby! O Filme (Scoob!, Estados Unidos, 2020) Direção: Tony Cervone / Roteiro: Adam Sztykiel, Jack C. Donaldson / Elenco: Will Forte, Mark Wahlberg, Zac Efron, Amanda Seyfried, Jason Isaacs, Gina Rodriguez  / Sinopse: Salsicha e Scooby se tornam os melhores amigos na adolescência. Depois se unem a Velma, Freddie e Daphne para enfrentar o vilão Dick Vigarista que está prestes a abrir um portal para outra dimensão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Você Deveria Ter Partido

Título no Brasil: Você Deveria Ter Partido
Título Original: You Should Have Left
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio:  Blumhouse Productions
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp, Daniel Kehlmann
Elenco: Kevin Bacon, Amanda Seyfried, Avery Tiiu Essex, Colin Blumenau, Lowri Ann Richards, Eli Powers

Sinopse:
Um casal, prestes a entrar numa crise conjugal, decide viajar para o País de Gales para passar um mês de férias. Eles alugam uma casa bem isolada, no alto de uma colina e a partir do momento que entram nela começam a acontecer situações sem explicação, de natureza sobrenatural.

Comentários:
Mais um filme da companhia cinematográfica Blumhouse, especialista em filmes de terror. Aqui tentaram reciclar a velha história das casas mal assombradas. O problema é que esse tipo de filme só funciona bem com velhas mansões vitorianas, com aquele clima gótico que já ganha o jogo antes mesmo de surgir os acontecimentos sobrenaturais. O problema é que a casa desse filme é moderna, com arquitetura sóbria, linhas frias, sem charme, sem maiores atrativos. O roteiro tenta passar por cima disso explicando que no local onde a casa foi construída havia no passado uma velha torre, que lendas diziam ter sido construído pelo Diabo. Mesmo assim a coisa toda não se desenvolve bem. E olha que esse mesmo roteiro até tem boas ideias, como a explicação sobre o passado do personagem de Kevin Bacon e suas falhas como ser humano. Terror psicológico dos bons. Porém muito do suspense se perde por causa do cenário mesmo, que mais parece uma casa de algum yuppie de Nova Iorque. Não, sou da opinião de que filmes com casas com eventos sobrenaturais precisam ter um certo design de coisa antiga, secular e sinistra. Da maneira que fizeram esse filme muito potencial de suspense simplesmente se perdeu.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Mank

Esse é um filme especialmente indicado para quem gosta de cinema, ou melhor dizendo, para quem gosta da história do cinema. Para esses o filme "Cidadão Kane" é um símbolo, uma espécie de obra de arte que ultrapassou o teste do tempo, sendo considerado por muitos, até hoje, como o melhor filme já realizado. Pois esse "Mank" veio para contar a história da criação de seu roteiro. O protagonista do filme é o próprio roteirista de "Cidadão Kane", o indomável escritor Herman J. Mankiewicz, aqui interpretado por um inspirado Gary Oldman.

Após sofrer um acidente de carro, Mankiewicz ou Mank, para os mais próximos, se refugia em uma casa de fazenda, bem no meio do deserto. Ele precisa cumprir um contrato que assinou antes do acidente, escrevendo um roteiro para o próximo filme do genial Orson Welles. Assim ele procura inspiração em pessoas que conheceu na sua vida pessoal, virando seu alvo principal o magnata da comunicação William Randolph Hearst. Esse milionário, dono de inúmeros jornais, era casado com uma atriz sem muito talento, mas que ele fazia todo o esforço para transformar em uma grande estrela de cinema. Mank viu ali farto material para seu roteiro. Ele iria de certa forma destruir a imagem de Hearst.

Claro que mexer com gente rica e poderosa iria lhe trazer muitos problemas, mas Mank resolveu pagar para ver. O filme então mostra vários flashbacks mostrando a gênesis de seu ressentimento contra o ricaço, ao mesmo tempo que desfilam pela tela nomes importantes da história de Hollywood, como Louis B. Mayer (dono da MGM), Irving Thalberg (lendário produtor de Hollywood) e até David O. Selznick (fundador de estúdios famosos na capital do cinema). É no meio de tudo ainda sobra espaço para explorar a acirrada campanha para governador da Califórnia em 1938, que colocaria Mank contra todos esses figurões da indústria do cinema. Enfim, excelente filme e desde já um dos favoritos ao Oscar desse ano.

Mank (Mank, Estados Unidos, 2020) Direção: David Fincher / Roteiro: David Fincher / Elenco: Gary Oldman, Amanda Seyfried, Lily Collins, Tom Pelphrey, Arliss Howard, Charles Dance, Tom Burke / Sinopse: O filme conta a história do roteirista Herman Mankiewicz (Oldman) que escreveu o roteiro do clássico do cinema "Cidadão Kane". Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (David Fincher), melhor ator (Gary Oldman), melhor atriz coadjuvante (Amanda Seyfried), melhor direção de fotografia (Erik Messerschmidt), melhor som, melhor design de produção, melhor maquiagem e melhor trilha sonora incidental. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - Drama.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de maio de 2020

A Garota da Capa Vermelha

Título no Brasil: A Garota da Capa Vermelha
Título Original: Red Riding Hood
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick
Elenco: Amanda Seyfried, Gary Oldman, Lukas Haas, Shiloh Fernandez, Max Irons

Sinopse:
Numa pequena vila medieval uma série de ataques envolvendo um grande lobo deixa todos apavorados, inclusive a jovem Valerie (Amanda Seyfried) que tem a irmã atacada pela besta. Para enfrentar essa fera os moradores decidem chamar o padre Solomon (Gary Oldman), que é conhecido para combater as forças do mal.

Comentários:
Esse filme é uma adaptação do conto infantil "Chepeuzinho Vermelho" para o cinema. De modo geral todos os personagens do conto também estão aqui, a vovozinha, chapeuzinho e, é claro, o lobo mau, só que esse é um lobisomem feroz que ataca uma vila pequena durante a idade média. É óbvio que o conto original é bem simples, com pouco elementos. Então os roteiristas precisaram inventar coisas novas, pois caso contrário seria impossível fazer um longa-metragem. O filme também não é feito para as crianças, mas sim para um público mais adulto. A estrela principal do filme é a atriz Amanda Seyfried que interpreta a chapeuzinho vermelho, aqui com o nome de Valerie. Com grande olhos azuis ela faz seu trabalho, sem comprometer. O grande atrativo do filme porém é Gary Oldman, como sempre roubando todas as atenções. Ele é o padre, misto de inquisidor e fanático religioso, que chega na vila para enfrentar o lobo. O filme tem bons efeitos especiais, mas o tal lobisomem geralmente aparece nas sombras, não chega a convencer muito. Porém o filme em si é até interessante, vale assisti pelo menos uma vez. No final de tudo é uma diversão até bacaninha.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de setembro de 2018

No Coração da Escuridão

Ethan Hawke interpreta um reverendo que prega numa pequena igreja histórica, uma das mais antigas dos Estados Unidos, construída ainda nos tempos da guerra pela independência do país. São poucos os fiéis, sua vida é solitária e ele tenta se recuperar de uma tragédia familiar. Certo dia, após mais uma celebração religiosa de domingo, ele recebe em seu gabinete a jovem Mary (Amanda Seyfried). Ela está grávida, mas o marido deseja que ela faça um aborto. O sujeito não tem mais esperanças no futuro da humanidade e basicamente não quer ter um filho, colocá-lo no mundo para sofrer. Assim, de conselhos em conselhos, o reverendo vai tentando solucionar o problema familiar de Mary, muito embora ele próprio tenha inúmeros problemas pessoais para superar.

Um filme que começa bem, mas que conforme vai avançando na história comete alguns erros que quase colocam tudo a perder. Poderia ser apenas um drama sobre um religioso que não consegue lidar nem com seus conflitos pessoais, falhando em ajudar seu rebanho de fiéis  Afinal como alguém assim serviria para aconselhar uma jovem garota e seu marido, um casal cheio de problemas conjugais? O roteiro ainda abre espaço para uma discussão sobre o meio ambiente, tudo turbinado por um final que quase, reafirmo quase, leva a história para um desfecho completamente absurdo. A sorte é que quando tudo vai desandando há uma clara puxada de freio, evitando o pior. Poderia ser péssimo, mas do jeito que terminou se tornou ao menos regular. De uma coisa porém tenho certeza, passa longe de ser um filme comum e banal, mesmo com tantas escolhas erradas.

No Coração da Escuridão (First Reformed, Estados Unidos, 2017) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Paul Schrader / Elenco: Ethan Hawke, Amanda Seyfried, Victoria Hill, Cedric the Entertainer / Sinopse: O reverendo Toller (Hawke) prega numa pequena igreja histórica de sua cidade. Quando é procurado por uma fiel, com problemas conjugais com seu marido, começa a perceber que seus problemas são pequenos demais perante as dificuldades do mundo real das pessoas ao redor. Filme vencedor do Venice Film Festival na categoria Green Drop Award (Paul Schrader).

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de abril de 2016

Cartas Para Julieta

Título no Brasil: Cartas Para Julieta
Título Original: Letters to Juliet
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment, Applehead Pictures
Direção: Gary Winick
Roteiro: Jose Rivera, Tim Sullivan
Elenco: Amanda Seyfried, Gael García Bernal, Vanessa Redgrave

Sinopse:
A jovem garota americana Sophie (Amanda Seyfried) sonha em ser uma escritora. Durante uma viagem de férias na Itália ela toma conhecimento da existência das "cartas de Julieta" e resolve decifrar a história de uma delas, indo atrás de seus protagonistas originais. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de Melhor Atriz (Amanda Seyfried) e Melhor Filme.

Comentários:
Um pequeno filme romântico muito bonito, contando com lindas paisagens de Verona e a Toscana, na Itália, e um enredo docemente leve e carismático. O primeiro ponto que elogiaria é o simples fato de não ser uma comédia romântica - já que de forma em geral esse estilo de filme anda bem saturado. O roteiro se assume como romance puro e isso é um ponto a favor, certamente. Outro aspecto vem do elenco. Amanda Seyfried e seus grandes e impressionantes olhos azuis enche a tela de simpatia, o que contrabalanceia muito bem ao lado da veterana e talentosa Vanessa Redgrave. Eis aqui uma grande profissional, extremamente digna, que soube envelhecer com toda a elegância e charme do mundo. Ela empresta um interesse singular ao filme em si com sua preciosa e delicada atuação. Redgrave tem ótimos diálogos para declamar e uma presença de cena que impressiona. Por fim e não menos importante, aqui vai uma nota triste: esse foi o último trabalho do jovem cineasta Gary Winick. Ele morreu precocemente, com apenas 49 anos de idade em 2011. Deixou como seu último legado esse doce e lírico romance nas telas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de março de 2015

Alpha Dog

Jesse James Hollywood era um traficante extremamente bem sucedido de Los Angeles que para cobrar uma dívida de um cliente problemático resolveu seqüestrar seu irmão mais jovem, um garoto de apenas 15 anos de idade. Após uma série de eventos infelizes o criminoso acabou matando o garoto. Esse crime chocou os Estados Unidos pela crueldade e violência extrema. Procurado pelo FBI (ele foi um dos mais jovens criminosos na lista dos mais procurados da agência federal americana) Jesse James Hollywood resolveu fugir para um país com fama de impunidade e conhecido pelo tratamento leve e penas ridículas para bandidos de seu quilate, isso mesmo, o nosso querido Brasil. Foi aqui em nossa nação que finalmente o FBI colocou as mãos em Jesse. Ele havia se casado com uma brasileira e estava tentando conseguir a cidadania do país tropical onde impera o Samba, o Carnaval e o futebol. A história real terrível acabou inspirando Hollywood (a indústria, não o criminoso) a contar esses fatos. Nasceu assim “Alpha Dog” que trocando o nome dos personagens envolvidos se propõe a contar essa terrível tragédia.

O personagem principal aqui vira Johnny Truelove (Emile Hirsch). O enredo é praticamente o mesmo da história real. O resultado é cru, deprimente mas também muito impressionante e revelador para o espectador. O elenco de apoio é todo bom e se dá ao luxo de ostentar antigos astros do passado como Bruce Willis e Sharon Stone como meros coadjuvantes. Até mesmo o cantor pop Justin Timberlake se sai muito bem como um dos membros inconseqüentes da quadrilha de Truelove. Como a história se passa na década de 1990 a trilha sonora é recheada de hits do rap americano da época (um festival de músicas intragáveis). Também mostra a vida de luxos e riquezas dos traficantes naqueles anos. O próprio Truelove vive em uma bela casa, cercado de garotas bonitas, numa eterna festa regada a muitas drogas pesadas e bebidas que são consumidas em grandes quantidades por jovens da classe alta, ricos e perdidos que enriquecem cada vez mais Truelove e seu grupo de criminosos. Não poderia encerrar a resenha sem elogiar o ator Ben Foster. Considero sua atuação aqui como uma das mais viscerais que já vi em filmes recentes. Ele interpreta um viciado que deve um valor substancial ao traficante Truelove que para forçá-lo a pagar a dívida seqüestra e depois mata seu irmão adolescente. Gostei bastante do filme por mostrar a realidade de uma juventude vazia e sem objetivos, encharcada de drogas e criminalidade. Um triste retrato dos jovens americanos, os mesmos que um dia herdarão a mais poderosa nação do planeta! Que Deus nos proteja desses ignóbeis!

Alpha Dog (Alpha Dog, Estados Unidos, 2006) Direção: Nick Cassavetes / Roteiro: Nick Cassavetes / Elenco: Emile Hirsch, Justin Timberlake, Anton Yelchin, Shawn Hatosy, Ben Foster, Sharon Stone, Dominique Swain, Fernando Vargas, Paul Johansson, Olivia Wilde, Lukas Haas, Bruce Willis, Courteney Cox, Amanda Seyfried / Sinopse: Jovem traficante bem sucedido com clientela de filhos da classe alta de Hollywood acaba cometendo um crime bárbaro contra o irmão adolescente de um cliente problemático. O fato o leva a ser um dos mais jovens criminosos a integrar a lista dos dez mais procurados do FBI.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de junho de 2014

Reino Escondido

Título no Brasil: Reino Escondido
Título Original: Epic
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox Animation
Direção: Chris Wedge
Roteiro: James V. Hart, William Joyce
Elenco: Amanda Seyfried, Colin Farrell, Beyoncé Knowles, Josh Hutcherson, Beyoncé Knowles

Sinopse:
Mary Katherine (Amanda Seyfried) é uma garota comum que vai morar com seu pai, um cientista maluco que acredita na existência de uma civilização perdida de pequeninos seres na floresta perto de onde mora. Para sua surpresa ela se vê no meio desses pequenos seres ao esbarrar com uma rainha da natureza que está sendo perseguida por malignas entidades do mal e da poluição. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da Animação, em cinco categorias.

Comentários:
Animação ecológica dos estúdios Fox que custou uma fortuna de 100 milhões de dólares! Foi uma aposta ousada já que não havia nenhum personagem famoso envolvido e o estúdio teria que vender pela primeira vez a ideia desse universo novo para a garotada. A sorte do estúdio é que vivemos a era de ouro do mundo da animação e assim o retorno foi praticamente garantido. Não resta dúvida que é uma produção simpática, muito bem realizada do ponto de vista técnico e com uma boa mensagem ensinando às crianças o valor da preservação da natureza e do meio ambiente. Em um tempo em que se fazem tantas animações sem nenhuma boa intenção por trás, essa aqui pelo menos ensina e traz uma lição importante para os pequeninos. Com visual colorido, personagens simpáticos e muita aventura é uma animação bastante indicada para a garotada entre 10 a 12 anos. Eles certamente vão gostar bastante do resultado final.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mamma Mia!

Título no Brasil: Mamma Mia!
Título Original: Mamma Mia!
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal
Direção: Phyllida Lloyd
Roteiro: Catherine Johnson
Elenco: Amanda Seyfried, Meryl Streep, Stellan Skarsgård, Pierce Brosnan, Colin Firth

Sinopse: 
Ilha de Kalokairi, na Grécia. A jovem Sophie (Amanda Seyfried) nas vésperas de seu casamento resolve convidar três homens de três países diferentes para comparecerem em sua festa. Ela acredita que um deles é o seu pai verdadeiro e deseja desvendar esse mistério. Sua mãe (Streep) terá uma surpresa e tanto ao rever seus amores do passado. Adaptação em ritmo de musical das principais canções do grupo ABBA.

Comentários:
"Hoje em dia o ABBA virou hino dos movimentos GLS ao redor do mundo. Isso porém é mais recente, pois na década de 1970 eles invadiram as paradas musicais com seu pop romântico, quase ingênuo, que obviamente bebia diretamente da fonte dançante da Discoteca, então no auge de sua popularidade. Como o grupo acabou muito precocemente e como aquelas músicas marcaram tanto a juventude de muita gente criou-se esse conceito (muito interessante) de transformar tudo em um musical no cinema. O roteiro é muito simples, apenas uma mera desculpa para desfilar na tela os grandes sucessos do ABBA. Para curtir mesmo o filme o espectador terá que entrar no clima sem medo de ser feliz. Segundo a Meryl o filme é o preferido dos filhos dela quando querem zuar da mãe! Pelo visto a garotada achou bem divertido a mãe pagando os micos nas cenas de dança! Mas não importa. O legal é realmente entender o filme como uma doce abobrinha muito divertida. As músicas do ABBA ajudam a entrar nessa onda já que esse grupo ficou imortalizado mesmo pela deliciosas bobagens bregas e piegas que gravou ao longo da carreira. Mais kitsch do que isso impossível.

Pablo Aluísio. 

sábado, 5 de outubro de 2013

Lovelace

Linda (Amanda Seyfried) é uma garota normal, filha de uma dona de casa e um ex-policial. A mãe, muito católica, procura sempre deixar sua filha dentro dos padrões de sua religião. A garota não é rebelde mas se rende aos seus anseios em busca de festas e diversão. Sua vida muda quando conhece Chuck (Peter Sarsgaard), um homem mais velho, viciado em drogas e envolvido no ramo da prostituição. Ele quer fazer dinheiro rápido e a oportunidade surge em Nova Iorque. Um produtor independente e um diretor sem muita experiência decidem rodar aquele que seria um dos primeiros filmes pornográficos nos EUA. Nada de erotismo soft mas sim sexo explícito da pesada. Linda, que adota o nome Lovelace, parece ser a escolha ideal para estrelar esse pornô pioneiro. Chamado de "Garganta Profunda" a produção se tornaria um fenômeno de popularidade, arrecadando algo em torno de 600 milhões de dólares! Já Linda levaria apenas mil dólares por sua participação, o que demonstra que apesar do sucesso foi uma péssima ideia para ela. Depois da explosão comercial do filme Linda virou uma celebridade, se tornando alvo de inúmeras polêmicas. O roteiro explora bastante esse aspecto da vida da atriz. Seu já então marido Chuck nem se importava mais em explorá-la das maneiras mais vis, inclusive a jogando na prostituição pura e simples. Cansada de tudo, ela tenta, de todas as formas, se livrar de sua dominação.

Como se pode ver foi uma vida intensa, que trilhou pelos piores becos do submundo até a volta por cima. Muitos poderiam dizer que essa biografia da atriz nas telas teria um cunho obviamente moralista demais. Não penso assim. "Lovelace" não faz julgamentos, apenas conta a história baseada no ponto de vista de Linda, que contou sua história em uma autobiografia de sucesso. Já olhando sob o aspecto puramente cinematográfico o que podemos concluir dessa produção é que se trata de um filme de narrativa bem convencional, sem maiores surpresas. A atriz Amanda Seyfried que construiu toda a sua carreira em comédias românticas e filmes até, digamos, bobinhos, mostra coragem ao se entregar ao seu papel sem medo. Encara até ousadas cenas de nudez sem problemas. A reconstituição de época também é bem realizada, lembrando inclusive de outros filmes que focaram suas lentes para essa época, começo da década de 1970, quando os primeiros pornôs de divulgação comercial começaram a surgir nos cinemas americanos. 'Lovelace" trata de uma história curiosa, que merece ser conhecida, principalmente por cinéfilos. O conteúdo é, como disse, interessante embora o filme em si seja dos mais convencionais.

Lovelace (Lovelace, Estados Unidos, 2013) Direção: Rob Epstein, Jeffrey Friedman / Roteiro: Andy Bellin / Elenco: Amanda Seyfried, James Franco, Peter Sarsgaard / Sinopse: Cinebiografia da atriz pornô Linda Lovelace que estrelou um dos mais famosos filmes adultos da indústria americana, "Garganta Profunda".

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O Casamento do Ano

Comédias românticas sobre casamentos já estão saturadas mas Hollywood persiste nesse prato requentado. Chega agora aos cinemas mais um filme nesse estilo, o diferencial é o ótimo elenco composto por grandes nomes como Robert De Niro, Susan Sarandon, Diane Keaton e Robin Williams. Pena que tantos atores talentosos não tenham muito com o que trabalhar. O fato é que o roteiro de "O Casamento do Ano" não traz nenhuma novidade. Na estória somos apresentados a uma família bem disfuncional. Os pais, Don (Robert De Niro) e Ellie (Diane Keaton), estão divorciados e o ex-marido vive com sua amante, Bebe (Susan Sarandon). Os três filhos são bem diferentes entre si. Lyla (Katherine Heigl) é uma advogada com o casamento em crise. Ela tenta engravidar há muito tempo mas sem sucesso. Após brigar com o marido chega para o casamento de seu irmão mais jovem, Alejandro (Ben Barnes), que é colombiano de nascimento. Ele foi adotado ainda garoto por seus pais americanos para estudar e crescer na vida. Já o irmão do meio, Jared (Topher Grace), é médico mas tem uma vida sentimental confusa e mal resolvida.

As coisas começam a ficar confusas quando Alejandro convida sua mãe natural, uma colombiana conservadora, católica fervorosa para seu casamento. Com medo da desaprovação dela ele tenta esconder o fato de que seus pais adotivos são divorciados e inventa uma farsa que ainda são casados, o que dará origem a muitas confusões durante sua cerimônia de casamento. São muitos personagens em cena e nenhum deles chega a ser bem desenvolvido. O papel de Robin Williams, como um padre católico beberrão, por exemplo, poderia dar margem a muita cenas divertidas e engraçadas mas infelizmente é outro que segue o caminho do desperdício. Esse é aquele tipo de filme que começa até divertido mas que vai decaindo, decaindo até o espectador finalmente entender que nada mais de interessante vai acontecer. Espero que depois de mais essa comédia insossa sobre casamentos Hollywood finalmente desista de fazer mais filmes desse tipo. Já deu o que tinha que dar.

O Casamento do Ano (The Big Wedding, Estados Unidos, 2013) Direção: Justin Zackham / Roteiro: Justin Zackham, Jean-Stéphane Bron / Elenco: Robert De Niro, Katherine Heigl, Diane Keaton, Amanda Seyfried, Topher Grace, Susan Sarandon, Robin Williams, Ben Barnes / Sinopse: O casamento do jovem Alejandro (Barnes) e sua jovem noiva,  Missy (Amanda Seyfried), se torna uma grande confusão quando se unem na cerimônia sua família adotiva e natural.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Meninas Malvadas

Para muitas pessoas o ensino médio é uma selva. Aqui no Brasil as coisas não são tão feias como nos EUA. Lá realmente o bullying é violento e selvagem, o que talvez explique a onda de violência que assola as escolas daquele país. Ao que tudo indica o jovem americano assimila muito cedo a cultura da violência e selvageria que caracteriza aquela cultura. Tratando o assunto de uma forma menos amena a atriz, roteirista e produtora Tina Fey resolveu colocar no papel algumas das experiências que viveu durante essa fase de sua vida. Não é um retrato autobiográfico mas sim uma comédia adolescente onde ela turbinou, digamos assim, alguns eventos que vivenciou enquanto era uma simples colegial. A estória narra as aventuras do high school de Cady Heron (Lindsay Lohan). Ela passou grande parte de sua vida na África, onde seus pais desenvolviam trabalhos sociais. De volta aos EUA ela é matriculada na escola North Shore, situada numa cidadezinha do Illinois. E é justamente nessa escola que ela vai aprender o que é realmente uma vida selvagem! Claro que se trata de uma metáfora sobre o que se vivencia no colegial americano. Pelo que vemos nos noticiários nada parece ser muito exagerado mesmo. A escola americana parece ser mesmo uma selva!

Tina Fey assim brinca com as semelhanças entre o mundo selvagem e a estrutura social que impera entre os jovens que estudam no ensino médio nos EUA (por lá chamado de High School). Existe é óbvio todos aqueles rótulos que todos recebem logo quando adentram na vida colegial: os populares, os nerds, as rainhas da beleza, os freaks e por aí vai. Além disso há todo um jogo de aparências e falsas amizades que dominam todo o ambiente escolar. No caso do filme entram em choque a simples e simpática Cady (Lohan) e a popular Regina (Rachel McAdams) que pensa mandar em todas as garotas da escola, classificando todas elas de acordo com seus próprios critérios pessoais. Deu para perceber que é uma comédia adolescente com um certo ar pretensioso que beira o estudo sociológico! Mas esqueça esse aspecto, “Meninas Malvadas” apesar de não ser um filme ruim deixa muito a desejar. Longe da qualidade das comédias juvenis da década de 80, em especial aquelas assinadas por John Hughes, o filme naufraga em suas pretensões. Não se torna muito divertido e nem traz muito conteúdo. Na verdade esse projeto muito pessoal de Tina Fey apenas expõe seus defeitos como escritora e observadora das relações humanas. Se vale por alguma coisa é pela presença de Lindsay Lohan, a ruivinha bonitinha que de ídolo teen passou a ser freqüentadora de páginas policiais dos jornais americanos. Rachel McAdams também ajuda a passar o tempo. No saldo final não consegue se tornar marcante e nem um retrato fiel do mundo colegial dos EUA. “Meninas Malvadas” é no final das contas uma boa idéia que ficou pelo meio do caminho.

Meninas Malvadas (Mean Girls, Estados Unidos, 2004) Direção: Mark Waters / Roteiro: Tina Fey / Elenco: Lindsay Lohan, Tina Fey, Lizzy Caplan, Rachel McAdams, Lacey Chabert, Amanda Seyfried / Sinopse: Garota que foi criada na África selvagem acaba indo morar nos EUA com seus pais. Matriculada em uma escola de High School ela logo entenderá qual é a verdadeira selva!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Garota Infernal

Ninguém duvida que Megan Fox seja uma mulher linda, sensual, um símbolo sexual dos nossos dias. Isso não é motivo de controvérsia. O problema é que a moça deveria estar mesmo em uma profissão que explorasse apenas isso, como modelo. Quando ao quesito atuação realmente não há muito também o que discutir. Megan Fox é uma péssima atriz. Ela não consegue falar uma linha de diálogo com eficiência. Em produções como Transformers onde a ação e os efeitos especiais assumem o primeiro plano ninguém percebe muito isso, até porque todos acabam ficando atordoados com as bobeiras de Michael Bay, o problema é quando a moça tem que mostrar serviço em cenas que se apóiam exclusivamente nela e em seu talento. Aí a coisa fica realmente complicada. Esse "Garota Infernal" foi escrita pela roteirista badalada em Hollywood, a ex-stripper e especialista em auto promoção, Diablo Cody. Para quem escreveu roteiros inteligentes e espertos como "Juno" e "Jovens Adultos" esse "Garota Infernal" realmente é muito fraco, derivativo, sem graça.

A inspiração do filme é aquele tipo de produção que ficou muito popular na década de  80, quando uma moçada era colocada em situações extremas, geralmente com algum psicopata rondando dentro da floresta (se lembrou de Sexta Feira 13 e a Hora do Pesadelo, acertou em cheio). Aqui o argumento ainda apela um pouco para o sobrenatural, fazendo com que a bela Megan Fox seja possuída por uma entidade do mal mas analisando bem não há diferença nenhuma. Todos aqueles colegias estão ali apenas para morrer em cena. Amanda Seyfried divide a tela com Megan mas isso faz pouco diferença. A tentativa de fazer Megan Fox uma estrela com brilho próprio não deu certo. Nem mesmo o esforço da diretora oriental Karyn Kusama (a mesma de Aeon Flux) conseguiu salvar a produção do desastre completo.

Garota Infernal (Jennifer's Body, Estados Unidos, 2009) Direção: Karyn Kusama / Roteiro: Diablo Cody / Elenco: Megan Fox, Amanda Seyfried, Johnny Simmons, Adam Brody, J.K. Simmons, Amy Sedaris, Chris Pratt, Juno Ruddell, Kyle Gallner./ Sinopse: Animadora de torcida é possuída por um demônio secular. Sem entender direito o que se passa sua melhor amiga, Needy Lesnicky (Amanda Seyfried), tenta de todas as formas possíveis ajudar os colegiais a escaparem de suas garras demoníacas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Chloe - O Preço da Traição

Que os americanos são uns dos povos mais moralistas do planeta isso não resta a menor dúvida. Talvez tenha sido sua origem puritana, calvinista, não sei, o que sei é que "Chloe - O Preço da Traição" é uma das maiores provas disso. O enredo gira em torno de uma médica, interpretada por Juliane Moore, que resolve colocar o marido (Liam Neeson) à prova. Ela contrata uma prostituta de luxo, Chloe (Amanda Seyfried) para seduzir o esposo e com isso ter finalmente a prova de sua traição. Não precisa ir muito longe para saber no que isso tudo vai dar. Pois bem, é justamente nos minutos finais que todo o conservadorismo da mentalidade americana vem à tona. Na cabeça dos conservadores qualquer tipo de atitude fora do normal, do convencionalismo (até bobo) da monogamia deve ser punida de forma austera (já tínhamos visto algo parecido com "Atração Fatal" é bom frisar). "Chloe" também tem pretensões de ser um thriller soft erótico mas nesse aspecto não consegui ver nada sensual ou caliente. Até as cenas lésbicas mostradas no filme são assépticas, sem calor, sem tesão. 

A atriz Amanda Seyfield também não ajuda muito. Ela é bonita e tudo mais porém não tem o sex appeal adequado. Pena que Sharon Stone já passou da idade pois tenho certeza que se um personagem desses caísse em suas mãos na época em que era jovem e bonita, "Chloe" facilmente viraria um marco do gênero. Outro problema de "Chloe" é seu ritmo lento, quase parando. Faltou agilidade e esperteza para o diretor Atom Egoyam, pois tudo vai acontecendo em marcha lenta, tornando o filme muito paradão. A fotografia é bonita, o filme é bem realizado mas para o que se propunha faltou realmente sensualidade e erotismo. O que sobra no final das contas é justamente o moralismo de Tio Sam. 

 Chloe - O Preço da Traição (Chloe, Estados Unidos, 2009) Direção: Atom Egoyan / Roteiro: Erin Cressida Wilson, Anne Fontaine / Elenco: Julianne Moore, Amanda Seyfried and Liam Neeson / Sinopse: O enredo gira em torno de uma médica, interpretada por Juliane Moore, que resolve colocar o marido (Liam Neeson) à prova. Ela contrata uma prostituta de luxo, Chloe (Amanda Seyfried) para seduzir o esposo e com isso ter finalmente a prova de sua traição.  

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de março de 2012

12 Horas

Jill (Amanda Seyfried) é uma jovem que alega ter sido raptada e quase morta anos atrás por um serial killer de mulheres. O problema básico é que ela tem histórico de doença mental e toma remédios controlados que evitam que tenha alucinações recorrentes. Após sua irmã desaparecer Jill, desesperada, recorre à polícia mas essa não lhe dá crédito pois pensa que ela está na realidade passando por mais uma crise de alucinação e paranóia. "Gone" que ganhou o nada atrativo título de "12 Horas" no Brasil é um thriller de suspense que joga o tempo todo em cima do dilema "realidade vs alucinação" da personagem Jill. Estaria ela realmente apenas alucinando ou lutando contra um serial killer real que não a perdoa por ter fugido de suas garras anos antes? É nesse questionamento que o roteiro se apoia. Funciona? Em termos. Talvez os roteiristas tivessem maior êxito se deixassem para revelar o que realmente estaria acontecendo com Jill apenas nos momentos finais mas infelizmente muito antes disso tudo já é definido de forma a não mais deixar dúvidas no espectador. O efeito surpresa é desmontado cedo demais. O que poderia ser um grande clímax se mostra atenuado em seus efeitos. Um pouquinho de suspense a mais não faria mal ao filme em si. Abriram a caixa de Pandora antes da hora!

O argumento também, por ser batido demais, não cria muitas surpresas aos fãs de thrillers. De certo modo um dos problemas de "Gone" é esse, ele não ousa, não surpreende, é muito formulaico em suas propostas. Provavelmente um diretor mais ousado faria maravilhas com a estória mas não é o que acontece aqui. A impressão que fica é a de que o cineasta Heitor Dhalia que dirigiu o filme apenas quis entregar um produto convencional ao estúdio e nada mais. Se a direção e o roteiro não inovam o elenco também segue no banho maria. Amanda Seyfried até que não compromete com seu papel. Com olhos de mangá (grandes demais para seu rosto na minha opinião) a atriz se não disponibiliza uma grande interpretação pelo menos não leva tudo a perder. Esse "Gone" não vai acrescentar muito em sua filmografia mas pelo menos fica como uma experiência nova já que não me lembro de vê-la em nada parecido com esse filme. Se ela vai se tornar uma estrela nos próximos anos ou se vai desaparecer realmente não sei, de qualquer forma não será "Gone" que a levará ao primeiro time em Hollywood.

12 horas (Gone, Estados Unidos, 2012) Direção: Heitor Dhalia / Roteiro: Allison Burnett / Elenco: Amanda Seyfried, Jennifer Carpenter, Wes Bentley / Sinopse: Jill (Amanda Seyfried) é uma jovem que alega ter sido raptada e quase morta anos atrás por um seriel killer de mulheres. O problema básico é que ela tem histórico de doença mental e toma remédios controlados que evitam que tenha alucinações recorrentes. Após sua irmã desaparecer ela desesperada recorre à polícia mas essa não lhe dá crédito pois pensa que ela está na realidade passando por mais uma crise de alucinação e paranóia.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Preço do Amanhã

Ideias interessantes podem também gerar filmes ruins. O exemplo é esse "O Preço do Amanhã". A premissa é até boa - em um futuro indeterminado as pessoas lutam para ganhar mais tempo em suas vidas. O sistema financeiro desapareceu. Ninguém mais usa dinheiro para comprar coisas ou pagar o aluguel, usam o tempo. Assim se você quiser comprar um carro de luxo não vai dar dinheiro em troca mas 50 anos de sua vida. Pois bem, isso seria interessante em um filme de ficção, o problema é que o desenvolvimento dessa idéia não poderia ser mais banal e clichê. Tudo cheira a Deja Vu em "O Preço do Amanhã". Ao invés de explorar sua própria idéia o diretor e roteirista Andrew Niccol prefere se concentrar numa estória boba, de correria pra lá e pra cá, tiroteios insossos e cenas de ação batidas. Arranjou tempo até para colocar uma estorinha de amor clichezada que não consegue convencer ninguém!

Tirando as devidas proporções isso já havia acontecido com "A Origem". Tanto lá como aqui tínhamos uma premissa bem edificante que acabou sendo desperdiçada em sonolentas cenas bobonas. Eu penso que Hollywood acredita realmente que o público que vai ao cinema hoje em dia é totalmente sem imaginação ou incapaz de encarar roteiros mais intelectualizados. Isso porque eles de certa forma "idiotizam" seus filmes. Ao invés de seguir um caminho inteligente eles priorizam a ação vazia e desproporcional. Após apresentar uma situação que poderia ser considerada até original eles partem para os clichês mais saturados. Há diálogos também muito ruins no roteiro. Numa cena um personagem solta a pérola: "O que é roubado de quem roubou não é roubado" - como é?! Há também uso abusivo de situações bobas e juvenis (como na cena em que Justin mata três capangas e o líder da "máfia do tempo" sem nenhum esforço). Enfim, "O Preço do Amanhã" é mais uma decepção e uma grande bobagem e o pior é que você perderá uma hora e quarenta minutos de sua vida vendo isso! Faça um favor ao seu tempo e não caia nessa armadilha

O Preço do Amanhã (In Time, Estados Unidos, 2011) Direção: Andrew Niccol / Roteiro: Andrew Niccol / Elenco: Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy / Sinopse: Em um futuro indeterminado as pessoas lutam para ganhar mais tempo em suas vidas. O sistema financeiro desapareceu. Ninguém mais usa dinheiro para comprar coisas ou pagar o aluguel, usam o tempo como moeda de troca.

Pablo Aluísio.