domingo, 22 de setembro de 2024
Homeland - Sétima Temporada
sábado, 17 de junho de 2023
A Era dos Gângsteres
sábado, 10 de dezembro de 2022
O Gabinete de Curiosidades
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Poderosa Afrodite
Na verdade essa premiação é um daquelas surpresas complicados de explicar por motivos racionais. Simplesmente aconteceu! Ela é carismática, mas jamais deveria ter sido premiada tão cedo na carreira (com certeza não por essa atuação). Aliás verdade seja dita, pois para ela teria sido muito melhor não ter vencido já que Sorvino acabou se tornando um dos maiores exemplos da "maldição do Oscar", onde atores ou atrizes são premiados precocemente, bem no começo da carreira e depois afundam feio na carreira. Outro exemplo? Cuba Gooding Jr. Muitas vezes o Oscar pode ser o aviso de que tudo acabou, por mais incrível que isso possa parecer.
Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, Estados Unidos, 1995) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Olympia Dukakis / Sinopse: Jornalista investigativo descobre a existência de um garoto com QI acima da média. Seria um gênio precoce. Só que sua mãe é uma mulher bem medíocre em todos os aspectos. Como explicar algo tão desigual? Filme premiado pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Mira Sorvino).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de março de 2017
A Arca de Noé
Título Original: Noah's Ark
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Barnes
Elenco: Jon Voight, Mary Steenburgen, F. Murray Abraham, Carol Kane, Mark Bazeley, Jonathan Cake
Sinopse:
Noé (Jon Voight) é um homem comum, justo e temente a Deus, que recebe uma mensagem divina. Ele deverá construir uma enorme arca para abrigar toda a sua família e casais de todos os animais porque Deus decidiu punir a humanidade com um grande dilúvio que irá dizimar do mundo todos os pecadores e blasfemos que nele habitam. Após receber sua missão Noé começa a árdua tarefa de construir sua arca.
Comentários:
Na verdade se trata de uma minissérie que foi exibida no canal CBS nos Estados Unidos e depois lançada no mercado de vídeo do Brasil em duas fitas VHS. A história é a clássica, tirada das páginas da Bíblia, da forma mais respeitosa e fiel possível. Os produtores optaram por realizar uma obra bem direcionada para o público mais religioso e cristão, sem licenças poéticas que poderiam ofender o espírito de crença dessas pessoas. Em termos de produção não há o que reclamar, tudo é muito bem realizado, inclusive com o uso de computação gráfica para dar veracidade ao enorme barco de madeira construído por Noé e seus filhos. Esse personagem aliás é interpretado pelo ator Jon Voight com bastante convicção. Voight, sempre tão talentoso, se esforçou bastante para realizar um bom trabalho de atuação, embora quem acabe chamando mais a atenção seja F. Murray Abraham como Lot. Esse foi seguramente um dos mais brilhantes atores de sua geração. Sua simples presença em cena já garante o filme como um todo. Então é isso. O que temos aqui é uma boa adaptação feita no final dos anos 90 sobre uma das mais conhecidas e populares histórias do velho testamento. Independente de se crer ou não, podemos garantir que a diversão estará garantida.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.
Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Mutação
Título Original: Mimic
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Donald A. Wollheim, Matthew Robbins
Elenco: Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Jeremy Northam, Alexander Goodwin, Josh Brolin, Charles S. Dutton
Sinopse:
Para deter o avanço de uma epidemia um grupo de cientistas promovem mutações em insetos dentro do laboratório, tudo com o propósito de se testar novas vacinas. Anos depois algumas espécies fogem para a natureza e lá sofrem novas mutações. Assim verdadeiros monstros começam a se desenvolver nos esgotos e subterrâneos de Nova Iorque, causando pânico naqueles que os encontram na escuridão das profundezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Maquiagem. Também indicado na categoria de Melhor Filme de Terror.
Comentários:
Esse filme tive a oportunidade de assistir no cinema, inclusive em uma tradicional sala de minha cidade que hoje em dia já não existe mais (ela foi fechada como centenas de outras salas do mesmo tipo depois que os cinemas migraram para os complexos de shopping center). Deixando esse aspecto nostálgico de lado o que temos aqui é uma nova roupagem para aqueles antigos filmes de insetos gigantes dos anos 50. Esse foi um dos primeiros filmes da carreira do diretor Guillermo del Toro. Na época de seu lançamento ele era praticamente desconhecido do grande público com poucos e inexpressivos títulos em sua filmografia. De qualquer forma diante dos desafios ele até que não se saiu tão mal como era esperado. Na verdade essa produção é uma adaptação de um curta-metragem que procurava resgatar o espírito dos antigos filmes de horror. Com a possibilidade trazida pelos avanços tecnológicos, principalmente no tocante a efeitos digitais, a produção realmente prometia bastante. O problema é que a fotografia ficou extremamente escura, o que prejudicou o resultado final. Quando os tais insetos mutantes gigantes surgem na tela o fazem apenas nas sombras. Quase não se consegue ver as criaturas por essa razão. Em termos de elenco temos duas surpresas. A primeira é a presença da oscarizada Mira Sorvino. Ela definitivamente não convence muito em seu papel. Outra surpresa é a presença do prestigiado F. Murray Abraham! Até hoje me pergunto o que um ator tão conceituado foi fazer em um filme sobre baratas gigantes!!! Enfim, assista se ainda não viu. Não é um grande filme, mas até que se torna uma boa diversão se você não for exigente demais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
O Grande Hotel Budapeste
Título no Brasil: O Grande Hotel Budapeste
Título Original: The Grand Budapest Hotel
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Wes Anderson
Roteiro: Stefan Zweig, Wes Anderson
Elenco: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton
Sinopse:
Em um hotel decadente, que já fora um dos mais luxuosos e requintados do passado, o Sr. Moustafa (F. Murray Abraham) relembra a um escritor como se tornou dono do estabelecimento, desde os anos 1930, quando pisou pela primeira vez no local para um de seus primeiros empregos, de mensageiro. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção, Melhor Ator - Comédia ou Musical (Ralph Fiennes) e Melhor Roteiro. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Filme vencedor do Oscar 2015 nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original (Alexandre Desplat), Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado e Melhor Direção de Arte.
Comentários:
Quem conhece o estilo do diretor Wes Anderson certamente não vai se surpreender muito. Ele tem uma estética toda própria e a utiliza para contar suas histórias incomuns. Por outro lado considerei esse um de seus filmes mais simpáticos e bem realizados. Longe de seus conhecidos exageros o cineasta conseguiu ser fiel à sua forma sui generis de fazer cinema ao mesmo tempo em que conseguiu tornar seu filme bem mais acessível ao grande público. Não há como negar que é um trabalho honesto e muito íntegro em seus objetivos. A direção de arte é um show à parte, com soluções visuais de muito bom gosto. O roteiro também me deixou extremamente satisfeito pois tem ótimos diálogos, principalmente os provenientes do personagem Mr. Gustave (Ralph Fiennes). Um tipo tão pedante que faz rir. Aqui abro um pequeno parêntese para elogiar o surpreendente feeling para comédias por parte de Ralph Fiennes. Ator talentoso que sempre se destacou por dramas pesados em produções requintadas e de estilo, mostra completa desenvoltura com o humor, um lado de sua personalidade que eu ainda desconhecia. Aqui ele dá vida a um grã-fino mordomo que nem pensa duas vezes antes de seduzir senhoras idosas e... ricas! Um canastrão, levemente mal caráter, que acaba ganhando a simpatia do espectador por causa de seu jeito um tanto quanto distante do mundo real.
Outro fato que considero digno de elogios vem da estrutura narrativa de seu enredo. São três saldos temporais, o primeiro mostrando um velho autor ditando suas lembranças de como escreveu o grande livro de sua vida. O segundo, décadas antes, quando esse mesmo escritor conheceu a história do misterioso dono do hotel Budapeste e por fim um novo recuo no tempo explorando os anos 1930 quando esse mesmo homem rico chegou pela primeira vez no grande hotel para trabalhar como um mero mensageiro. Nem preciso dizer que as três linhas narrativas se completam maravilhosamente bem. Por fim e não menos importante temos que elogiar praticamente todo o elenco - e por falar nisso que elenco é esse?! Grandes astros, atores de primeiro time, todos empenhados em fazer o filme dar certo. Alguns só aparecem em breves momentos e outros mal possuem duas linhas de diálogo para falar. Mesmo assim cada um tem sua importância na trama. Enfim, provavelmente seja uma das comédias mais bem produzidas que assisti em minha vida. Wes Anderson não é um diretor para todos os gostos, mas aqui temos que reconhecer que ele chegou muito perto de realizar a sua grande obra prima.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Love, Marilyn
A Marilyn Monroe que surge desses escritos revela uma personalidade complexa e dúbia. Ora escreve como uma garotinha inocente e assustada, ora como uma garota esperta, inteligente e astuta. Não me admira que seja assim. Pessoas que conviveram com Marilyn pessoalmente afirmam que isso era um traço muito claro de seu modo de ser. Ela poderia ir do choro ao ódio, da inocência completa à simulação, em questão de segundos. Além disso era capaz de passar a perna em sujeitos que eram ditos e considerados verdadeiros intelectuais, enquanto que ela, com sua imagem de "loira burra" se mostrava sagaz!
O que poucas pessoas sabem é que Marilyn na verdade não era apenas uma leitora voraz mas uma escritora também. Ela tinha sempre ao lado um caderninho ou uma agenda onde escrevia coisas que achava importantes, seja um lembrete sobre algo do dia a dia, seja uma frase inteligente que ouvira. Depois começou a criar o hábito de também escrever seus próprios pensamentos e é justamente em cima deles que o filme foi construído. Também temos que elogiar e louvar o trabalho desses grandes nomes do teatro e cinema americanos que participaram desse documentário. Estão em grande forma. Até a celebridade Lindsay Lohan está bem, vejam só! Enfim, tudo do melhor bom gosto embalado com ótimo conteúdo. Não vá perder!
Love, Marilyn (Idem, EUA, 2012) Direção: Liz Garbus / Roteiro: Liz Garbus / Elenco: F. Murray Abraham, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Glenn Close, Ellen Burstyn, Lindsay Lohan, Ben Foster / Sinopse: Documentário em que atores e atrizes famosos de Hollywood da atualidade contam e dão voz a pensamentos e escritos de Marilyn Monroe.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de novembro de 2014
Scarface
Título Original: Scarface
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Oliver Stone
Elenco: Al Pacino, Michelle Pfeiffer, Steven Bauer, Mary Elizabeth Mastrantonio, F. Murray Abraham, Robert Loggia
Sinopse:
Remake do clássico filme de gangsters da década de 1930. Agora o espectador é convidado a conhecer Tony Montana (Al Pacino), um refugiado cubano que deseja viver intensamente o chamado American Dream. Ele quer vencer e subir na vida na América dos anos 80. Para isso não mede esforços em roubar, matar e traficar o maior número possível de toneladas de cocaína para dentro do mercado americano. Quem cruzar seu caminho será recebido com chumbo quente. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coadjuvante (Steven Bauer) e Melhor Trilha Sonora.
Comentários:
Até hoje é uma obra controvertida, havendo defensores e detratores apaixonados de ambos os lados da balança. Alguns consideram um filme violento, vulgar e ofensivo ao extremo. Outros dizem que "Scarface" é uma obra prima da safra mais inspirada de Brian de Palma. Afinal quem tem a razão? Na verdade essa nova versão do famoso personagem Tony Montana (praticamente uma caricatura de Al Capone) tem seus pontos positivos e negativos. A diferença é que tudo parece ser levado ao extremo, então quando o filme acerta, ele realmente passeia pela perfeição e quando erra, cai facilmente na vulgaridade gratuita. No meio da montanha russa o que podemos afirmar com certeza é que Brian De Palma realizou sua obra mais visceral. O personagem de Al Pacino tem fome de vencer na vida, uma vontade tão ferrenha que ele não pensa duas vezes em passar por cima de todos os valores morais e éticos mais caros para a sociedade. Para Tony Montana não importa perder sua alma, mas sim conquistar o mundo, acima de tudo! E não há caminho mais fácil para isso do que o submundo milionário das drogas! Até hoje certos momentos são lembrados, como a verdadeira montanha de cocaína que voa pelos ares, ou do acesso de fúria de Al atirando com sua metralhadora para todos os lados. De fato você não vai encontrar sutileza por aqui, mas certamente encontrará um filme mais do que instigante. Não há limites para Tony Montana, essa é a mensagem principal.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Love, Marilyn
Título Original: Love, Marilyn
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, França
Estúdio: StudioCanal
Direção: Liz Garbus
Roteiro: Truman Capote, Liz Garbus
Elenco: F. Murray Abraham, Glenn Close, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Ellen Burstyn, Viola Davis, Ben Foster, Lindsay Lohan
Sinopse:
Celebridades de hoje em dia interpretam textos e fragmentos de memórias escritos por pessoas que conheceram Marilyn Monroe, assim como seu recém-descoberto diário pessoal, além de cartas e registros deixados pela atriz. De todas as estrelas da história de Hollywood, ninguém tinha uma mistura mais potente de glamour e tragédia do que Marilyn Monroe. Através de leituras realizadas de seus documentos pessoais, este filme explora a vida e pensamentos íntimos desta grande estrela nesse filme seminal. Seus registros dão uma pista de como ela, com determinação e audácia, conseguiu se transformar na grande estrela de Hollywood. Além disso, através de leituras e entrevistas com seus colegas e conhecidos da época tenta-se revelar e entender os mecanismos que a levaram até sua morte prematura em 1962.
Comentários:
Embora tenha sido realizado em 2012 para celebrar os 50 anos da morte de Marilyn Monroe esse "Love, Marilyn" é um projeto antigo. Ele nasceu originalmente através do grande escritor Truman Capote. Ele queria que atores e atrizes famosas da época interpretassem frases e textos escritos por Marilyn em um documentário para celebrar um ano de sua morte. A ideia inicialmente contou com o apoio e simpatia de astros como Rock Hudson e Richard Widmark mas não foi em frente por questões legais e contratuais. Não havia como reunir tantas estrelas - como as que Capote desejava - em apenas um filme naqueles tempos. A maioria delas tinham assinado contratos de exclusividade que as impediam de participar de um filme como esse. Foi então necessário surgir outra data importante para que o projeto fosse finalmente finalizado. A boa notícia é que contamos agora com um grande time de astros em cena. Talentos como F. Murray Abraham e Glenn Close se unem a celebridades como Lindsay Lohan para darem vozes aos antigos pensamentos e devaneios da falecida atriz. O resultado é excelente. Assim Marilyn Monroe segue sendo celebrada como um dos maiores mitos da história de Hollywood. Pode-se até mesmo contestar esse seu status dentro da mitologia do cinema americano, mas não se pode negar sua influência duradora. 50 anos depois de sua morte Marilyn ainda vive!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
O Último Grande Herói
O problema é que "O Último Grande Herói" exigia uma cumplicidade muito grande do público. E os espectadores que sempre foram fãs das fitas de Arnold Schwarzenegger não compraram a idéia de ver um filme em tom de sátira descarada onde o antigo herói de ação tentava tirar onda em cima do mesmo filão que o tornou um astro. Assim o estúdio ficou com uma dinamite nas mãos. Uma produção de quase 100 milhões de dólares, com campanha de marketing agressiva (até ônibus espaciais da Nasa foram alugados para divulgar o filme) que simplesmente foi rejeitado pelo público de forma veemente. O fracasso foi enorme e "Last Action Hero" afundou de forma estrondosa. O prejuízo obviamente respingou feio na credibilidade de Arnold Schwarzenegger, que deixou de ser infalível (e imbatível) nas bilheterias. Já o diretor John McTiernan pagou caro pelo péssimo retorno comercial. Aclamado como um dos melhores cineastas de ação viu sua carreira afundar junto com o filme. Ficou a lição: nunca cuspa no prato que um dia comeu!
O Último Grande Herói (Last Action Hero, Estados Unidos, 1993) Direção: John McTiernan / Roteiro: Zak Penn, Adam Leff / Elenco: Arnold Schwarzenegger, F. Murray Abraham, Anthony Quinn / Sinopse: Um jovem fã de filmes de ação acaba entrando em um mundo paralelo onde passa a viver grandes aventuras ao lado de seu grande ídolo.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de setembro de 2012
A Ponte de San Luis Rey
Durante a inquisição espanhola no Peru o jovem frei Juniper (Gabriel Byrne) resolve contar em livro a história de cinco pessoas da comunidade que morreram em um acidente na ponte de San Luis Rey. O livro acaba desagradando a Igreja Católica que acaba o acusando de heresia. "A Ponte de San Luis Rey" é um bom exemplo de que nem sempre um grande elenco e um argumento interessante garantem um bom filme. O que mais me chamou atenção aqui é realmente o elenco espetacular em cena. Todos grandes atores, passando por Robert De Niro, F. Murray Abraham, Harvey Keitel e Kathy Bates. Todos são profissionais consagrados. O argumento também é chamativo: a atuação da inquisição espanhola na colônia do Peru durante o século XVII. Tudo levaria a crer que com todos esses ingredientes teríamos certamente um belo filme pela frente. Infelizmente não é isso o que acontece.
A obra não se desenvolve, não progride. Tem sérios problemas de edição e ritmo (em certos momentos a trama parece correr rápida demais, para em outros tudo fluir lentamente, chegando a estagnar). A direção é muito fraca, até mesmo os atores parecem perdidos. Um exemplo é a caracterização do vice rei da Espanha feita pelo grande ator F. Murray Abraham. Ele não consegue achar um tom certo, em algumas cenas o personagem parece um bufão, em outras ele soa dramático e finalmente tenta se tornar charmoso. Isso cansa, principalmente ao espectador. A edição do filme, como eu já citei, é desastrosa. Alguns cortes de cena não tem motivo de ser, as coisas vão acontecendo ao acaso, sem estrutura. Por isso o filme sofre muito com essas rupturas de desenvolvimento. Robert De Niro também está muito irregular. Na maioria das cenas ele parece no piloto automático para só então dar pequenos espasmos de seu talento (como na cena final). Mas tudo muito breve, sem empolgação. Enfim, uma boa idéia e um ótimo elenco totalmente desperdiçados. Um filme que cai no abismo da banalidade (e nem precisou atravessar aquela ponte digna de Indiana Jones para isso).
A Ponte de San Luis Rey (The Bridge of San Luis Rey, Estados Unidos, 2004) Direção: Mary McGuckian / Roteiro: Mary McGuckian baseado na novela de Thornton Wilder / Elenco: Robert De Niro, Kathy Bates, Harvey Keitel, F. Murray Abraham, Gabriel Byrne /Sinopse: Durante a inquisição espanhola no Peru o jovem frei Juniper (Gabriel Byrne) resolve contar em livro a história de cinco pessoas da comunidade que morreram em um acidente na ponte de San Luis Rey. O livro acaba desagradando a Igreja Católica que acaba o acusando de heresia.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Amadeus
O calcanhar de Aquiles de "Amadeus" porém é quando analisamos o filme sob o ponto de vista histórico. Salieri foi alçado a um vilão sem alma, em conflito com Deus e querendo a todo custo prejudicar o jovem gênio da música, Mozart. Isso não condiz com a verdade dos fatos. Historiadores já derrubaram quase todas as premissas que foram utilizadas no filme, o que é até fácil de entender pois era necessário criar uma dramaticidade maior em torno da vida de Mozart para que o filme se tornasse mais atraente ao grande público. Não haveria como captar a atenção do espectador sem a existência de um antagonista â altura do mito de Wolfgang. Infelizmente esse papel coube a Salieri, em estupenda interpretação de F. Murray Abraham (que inclusive levou o Oscar de melhor ator para casa justamente por esse filme).
Na verdade histórica Salieri era um grande compositor também, tinha um status maior que Mozart em vida e possuía uma reputação de grande artista por onde passava. Não existe qualquer fonte histórica que coloque Salieri como um compositor invejoso da obra de Mozart, muito pelo contrário. Alguns historiadores afirmam que o fato real era justamente o oposto do que foi mostrado no filme pois Mozart teria inveja do cargo e do status que Salieri ostentava na corte imperial. Outra inverdade é a afirmação de que a obra de Salieri estaria esquecida. Seu legado como grande compositor é respeitado e valorizado nos principais centros de ensino musical. Ele é considerado um dos grandes de sua época. Em vista de tudo isso é importante enfatizar que definitivamente ele não era um medíocre como retratado no filme. Para se ter apenas uma pequena ideia de sua importância e talento basta apenas dizer que foi mestre de Beethoven e Liszt. Um maestro dessa envergadura jamais poderia ser considerado um medíocre, vamos convir. Apesar de tudo isso "Amadeus" ainda é uma obra monumental. Mesmo que distorcido do ponto de vista histórico não deixa de ser um filme magnífico onde praticamente tudo funciona. Tão genial quanto o próprio personagem retratado.
Amadeus (Amadeus, Estados Unidos, 1984) Direção de Milos Forman / Roteiro: Peter Shaffer / Elenco: Tom Hulce, F. Murray Abraham, Jefrey Jones / Sinopse: Wolfgang Amadeus Mozart (Tom Hulce) é um genial compositor que chega a Viena para compor o quadro de músicos patrocinados pelo Imperador do Sacro Império Romano- Germânico, José II. Na corte conhece e se torna amigo de Antonio Salieri (F. Murray Abraham), o compositor oficial imperial, que começa a ficar incomodado com o extremo talento musical do jovem recém chegado.
Pablo Aluísio.