domingo, 18 de agosto de 2013

O Dia Depois de Amanhã

Mais um exemplar do cinema pipoca fast food de Roland Emmerich. Aqui tudo o que importa são os efeitos digitais de última geração, aliado a um fiapo de roteiro que com bastante verniz pseudocientífica tenta trazer alguma credibilidade ao argumento que só serve como desculpa para um desfile de recriações digitais de um mundo assolado por um inverno global sem limites. O enredo gira em torno dos esforços de um grupo de cientistas que tenta alertar as autoridades de uma nova idade do gelo que se aproxima no planeta Terra. A nova mudança climática obviamente destruirá as principais cidades do mundo, principalmente aquelas localizadas no hemisfério norte. Assim temos cenas e mais cenas de catástrofes mundiais, com as cidades literalmente sendo engolidas por um frio arrasador.

Roland Emmerich não tem jeito mesmo. Ele faz parte de um grupo de novos diretores (nem tão novos é bom frisar) que planejam, executam e montam seus filmes dentro de computadores de última geração. As cenas com atores reais duram poucas semanas, uma vez que o filme acaba sendo produzido mesmo dentro de avançados softwares de última geração. Se é muito eficaz para os estúdios o mesmo não se pode dizer dos resultados artísticos. Tudo soa muito artificial, sem alma, com muito sensacionalismo em cada momento, em cada tragédia. Roland Emmerich não é tão histérico quanto Michael Bay, por exemplo, mas mantém a característica básica dessa linha de diretores que seguem uma cartilha já bem conhecida: toneladas de efeitos especiais e roteiros mínimos. Boas atuações? Diálogos inspirados? Esqueça. Isso aqui meu caro é cinema fast food para ser consumido em salas de shopping center pos adolescentes barulhentos. Não dá para levar à sério um cinema desse estilo.

O Dia Depois de Amanhã (The Day After Tomorrow, Estados Unidos, 2004) Direção: Roland Emmerich /  Roteiro: Roland Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum / Sinopse: O Planeta Terra passa por uma nova era de gelo levando ao colapso o mundo tal como conhecemos.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Pablo:

    Me desculpe o fora do tópico mas eu tinha que te falar algo muito interessante: ontem eu assisti a Vinte Mil Léguas Submarinas no Tele Cine Cult e o que achei muito interessante foi ver um ainda muito jovem Kirk Douglas em um papel coadjuvante em que representa um marinheiro; agora a curiosidade da coisa que ele faz um Marinheiro Popaye perfeito, sem maquiagem nem nada, inclusive melhor que o Popaye do Robin Willians com toda maquiagem e apliques de nos braços no filme do mesmo nome.

    Acho que por isso que o Kirk Douglas, apesar da cara de bandido, deixou de ser coadjuvante e se tornou o grande ator protagonista para sempre.

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  2. Belo filme, tem uma direção de arte excelente. Eu tenho uma foto de James Dean andando por Nova Iorque e atrás dele, na marquise de um cinema, está os nomes garrafais de 20000 léguas submarinas. Acho tão curiosa essa foto. Abraços, Pablo Aluísio.

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  3. Que legal Pablo, eu gostaria de ver essa foto do James Dean.


    Você já notou isso que eu falo do Kirk Douglas?

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  4. Claro, claro, Kirk Douglas sempre foi um ator muito intenso, sempre se entregou completamente em seus filmes. Estou para assistir "A Montanha dos Sete Abutres", um de seus trabalhos mais elogiados. Pablo Aluísio.

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  5. O Dia Depois do Amanhã
    Pablo Aluísio.

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