sexta-feira, 21 de junho de 2024
O Que é Isso, Companheiro?
sábado, 12 de agosto de 2023
Disputa em Família
domingo, 7 de agosto de 2022
Minions 2
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Vítima do Passado
Título Original: Mother Night
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Keith Gordon
Roteiro: Robert B. Weide
Elenco: Nick Nolte, John Goodman, Sheryl Lee, Alan Arkin, Zach Grenier, Richard Zeman
Sinopse:
Durante a II Grande Guerra Mundial um espião americano chamado Howard Campbell (Nick Nolte) é infiltrado na Alemanha para sabotar a propaganda do inimigo nazista. Só que ao mesmo tempo começa a ganhar notoriedade atrás das linhas inimigas, sendo inclusive condecorado pelos líderes da Alemanha. Como ele vai superar essa delicada situação?
Comentários:
Filme interessante mostrando um espião americano que acaba ficando estigmatizado pelo resto da vida por ter atuado na máquina de propaganda do regime nazista. Como ele não pode revelar sua verdadeira identidade, se cria uma situação no mínimo complicada. O ator Nick Nolte combinou muito bem com o papel. Ele tem essa figura forte, incisiva, o que proporciona ótimas cenas dele ao microfone, vociferando e vomitando palavras de ódio como era de praxe dentro da ideologia de Hitler. Só que o grande problema é que ele faz isso muito bem, desvirtuando de muitos modos sua verdadeira missão. Ao invés de sabotar, acaba ajudando os partidários do III Reich. Seria ele na verdade um nazista convicto? E diante disso sua situação fica mais do que dúbia em sua participação na guerra. O filme tem roteiro parcialmente baseado em fatos reais, o que não deixa de ser ainda mais chocante para quem conhece essa história. O nazismo visto de perto pode mesmo contaminar qualquer um.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de junho de 2021
O Método Kominsky
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção é o fato de que os episódios possuem pouco mais de 30 minutos de duração. Ora, quem acompanha séries sabe muito bem que esse formato é geralmente usado em sitcoms, aquelas comédias rápidas com aplausos gravados. Pois bem, foi justamente essa duração a escolhida, porém "O Método Kominsky" não é uma sitcom. Está mais para drama, principalmente no primeiro episódio quando a esposa do agente do personagem de Douglas falece em um hospital. Sim, há alguns diálogos mais mordazes, mais engraçadinhos, mas essa não é em absoluto a tônica da série. Eu gostei do que vi até o momento e pretendo acompanhar a série, para saber onde tudo isso vai terminar. E para quem é fã de Douglas, bom, não haveria nada mais recomendado na atualidade.
O Método Kominsky (The Kominsky Method, Estados Unidos, 2018 - 2020) Direção: Andy Tennant, Beth McCarthy-Miller / Roteiro: Chuck Lorre, Alan J. Higgins / Elenco: Michael Douglas, Alan Arkin, Sarah Baker, Graham Rogers / Sinopse: A série conta a história do velho ator Sandy Kominsky (Douglas). Por causa da idade já não consegue mais os trabalhos de antes. Assim ganha a vida dando aulas de interpretação para jovens aspirantes à carreira de ator. Enquanto isso tenta também reconstruir sua vida pessoal, procurando a mulher certa para viver ao seu lado.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Rocketeer
Título Original: The Rocketeer
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Dave Stevens, Danny Bilson
Elenco: Billy Campbell, Jennifer Connelly, Timothy Dalton, Alan Arkin, Paul Sorvino, Ed Lauter
Sinopse:
Cliff (Billy Campbel) é um jovem piloto que descobre um protótipo de jetpack, um jato que poderia levantar vôo, acoplando em suas costas. Ele então decide combater o crime usando de um disfarce, passando a ser conhecido por todos como Rocketeer. E enquanto vai prendendo todos os vilões, decide investir também no amor de sua vida.
Comentários:
Inegavelmente bem produzido, afinal não deixava de ser um produto Disney, esse "The Rocketeer" não conseguiu fazer sucesso. Pelo que me lembre não conseguiu sequer espaço no circuito comercial de cinemas no Brasil, sendo lançado diretamente em vídeo. Eu me recordo que assisti justamente assim, alugando o VHS nas locadoras. O que aconteceu para que o resultado comercial não fosse tão bom? Acredito que tenha sido o filme certo, mas na época errada. Nos anos 90 não havia essa febre de filmes com super-heróis. Hoje em dia, mesmo personagens de segunda linha, conseguem algum sucesso comercial, mas em 1991 isso não acontecia. O Rocketeer também era pouco conhecido, praticamente ninguém conhecia esse personagem que usava de uma velha tecnologia para impressionar. Uma espécie de homem a jato ou homem movido a foguete. Quem iria se interessar em suas aventuras naquele começo de anos 90? Além disso o personagem tem suas histórias passadas na era dos antigos seriados de aventuras no cinema, ainda nos tempos das matinês, lá pela década de 1930. Isso rendeu uma bela direção de arte ao filme, mas esse bom gosto vintage não se reverteu em interesse do público. Assim o tal Rocketeer, que mais parecia um foguete antigo, caiu tão rapidamente como havia subido aos céus. Coisas de Hollywood.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de junho de 2019
Dumbo
Além disso Tim Burton acertou também na escolha do elenco. Velhos parceiros do diretor retornam como Michael Keaton, aqui como um empresário inescrupuloso do mundo do entretenimento. Porém há também caras novas como a ótima Eva Green. Ela sempre teve um estilo gótico que combina muito bem com o próprio estilo de Tim Burton. É de se admirar que tenham trabalhado poucas vezes juntos antes! Aqui temos mesmo um elenco perfeitamente adequado ao clima do filme. Até mesmo Colin Farrell surpreende como o sujeito que se apresentava como cowboy no picadeiro e que acaba perdendo seu braço na guerra, voltando para retomar sua vida, agora viúvo e com dois filhos pequenos para criar.
E por falar em picadeiro, circos, etc, esse é um mundo em que Tim Burton se sentiu completamente à vontade. Todos os seus filmes sempre tiveram essa direção de arte muito própria. O mundo de um circo do começo do século XX com aquele misto de decadência e arte combinaram perfeitamente com o modo de ser de Burton. Até mesmo o circo mais moderno para o qual Dumbo vai mantém aquele estilo vintage que traz muito para o filme como um todo. De todas essas novas versões da Disney para seus velhos clássicos esse "Dumbo" foi um dos que mais me agradaram. O roteiro também explora, com muita sensibilidade, a questão da exploração dos animais nos circos. Uma bela mensagem sobre o direito dos animais de viverem livres em seu habitat natural. Enfim temos aqui um excelente filme, simplesmente imperdível para quem aprecia os filmes da Disney.
Dumbo (Estados Unidos, 2019) Direção: Tim Burton / Roteiro: Ehren Kruger, baseado no romance de Helen Aberson / Elenco: Colin Farrell, Michael Keaton, Eva Green, Danny DeVito, Alan Arkin / Sinopse: Em um pequeno circo decadente nasce Dumbo, um elefante com enormes orelhas. Inicialmente dado como esquisito ele surpreende a todos quando mostra que pode voar! O que poderia ser mais atrativo para um circo do que isso? Claro que com o sucesso logo pessoas inescrupulosas chegam para tentar explorar esse novo astro circense.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Despedida em Grande Estilo
O filme é um remake do final dos anos 70. Embora seja um filme de assalto a bancos não espere por nada muito sério ou tenso! (como, por exemplo, "Um Dia de Cão" que é citado no filme, com trechos sendo exibidos na TV). Esse filme na verdade é bem no estilo "family friendly", ou seja, uma produção feita para toda a família, sem violência, sem nada que vá chocar a família tradicional. Em certo sentido é uma comédia leve, que brinca com a idade dos personagens principais e sua estranha decisão de cometer um crime que exigiria muito deles. Algo nada adequado para pessoas de sua idade. O elenco, como se pode perceber, é todo de veteranos. O trio está muito bem, mas há ainda outros destaques. Christopher Lloyd aparece pouco, tem cenas esparsas, mas acaba roubando o show quando surge na tela. Ele está muito engraçado como um velho decrépito. O humor sempre foi mesmo seu forte. Outra surpresa entre os coadjuvantes vem da presença de Ann-Margret, interpretando uma velhinha bem fogosa. Então é isso, um filme para toda a família, sem nenhum tipo de stress. Não é aquele tipo de comédia que fará você vai rolar de rir, mas no final diverte. É um passatempo agradável, em suma.
Despedida em Grande Estilo (Going in Style, Estados Unidos, 2017) Direção: Zach Braff / Roteiro: Theodore Melfi, Edward Cannon/ Elenco: Michael Caine, Morgan Freeman, Alan Arkin, Christopher Lloyd, Matt Dillon, Ann-Margret / Sinopse: Três aposentados, sem dinheiro e sem pensão, decidem assaltar um banco, o mesmo que está executando suas casas na justiça. Eles acreditam que não têm mais nada a perder e que na pior das hipóteses teriam uma cama, um plano de saúde e um teto... na prisão! Afinal a vida não está fácil para ninguém...
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de julho de 2017
Fuga de Sobibor
Título no Brasil: Fuga de Sobibor
Título Original: Escape from Sobibor
Ano de Produção: 1987
País: Inglaterra
Estúdio: Zenith Entertainment
Direção: Jack Gold
Roteiro: Thomas 'Toivi' Blatt
Elenco: Alan Arkin, Rutger Hauer, Joanna Pacula, Hartmut Becker, Jack Shepherd, Kurt Raab
Sinopse:
II Guerra Mundial. No campo de extermínio nazista de Sobibor, milhares de judeus são mortos em câmeras de gás. Os que possuem alguma profissão são usados como mão de obra escrava. Mulheres, crianças e idosos são mortos imediatamente. Tudo muda quando um novo grupo de prisioneiros chega. Ele é formado por soldados russos presos na invasão nazista na União Soviética. Liderados pelo tenente Alexander 'Sasha' Pechersky (Rutger Hauer) eles começam a planejar um plano de fuga em massa daquele campo da morte. Filme premiado pelo Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Rutger Hauer) e Melhor Minissérie.
Comentários:
Embora não seja um filme tão antigo assim, "Fuga de Sobibor" possui todos os elementos dos grandes clássicos de guerra do passado. A história é das mais relevantes, tudo baseado em fatos históricos reais. Sobibor foi um dos mais conhecidos campos de concentração da Alemanha nazista. Situada na fronteira da Polônia esse lugar tinha uma peculiaridade própria. Ao invés de servir como um verdadeiro depósito de prisioneiros (como acontecia em Auschwitz), em Sobibor os judeus eram exterminados imediatamente, assim que chegavam no local. Quando desciam dos trens de carga eles eram selecionados, sendo poupados homens com capacidade de trabalho (para servirem de mão de obra escrava) e o resto enviado para a morte instantânea em câmeras de gás. Esse foi seguramente o crime mais bárbaro já cometido na história. Um crime contra a humanidade. O filme tem o grande mérito de mostrar tudo isso, ao mesmo tempo em que conta a aliança formada entre os prisioneiros judeus e um grupo de soldados russos que planejam uma fuga em massa do campo. Historicamente aliás Sobibor foi a primeira (e última) fuga bem sucedida em campos de concentração dominados pelos famigerados SS (a tropa de elite do III Reich).
O roteiro por essa razão se torna empolgante porque somos apresentados ao martírio insano daquelas pessoas e passamos a acompanhar sua luta para fugir daquele inferno. Rutger Hauer, como o tenente russo Sasha, nunca esteve tão bem em cena! Talvez só mesmo em "Blade Runner" ele tenha atuado tão bem como aqui - e acabou sendo merecidamente premiado com um Globo de Ouro por seu trabalho. Mesmo com Hauer em ótimo momento quem acaba mesmo roubando a cena é o ator Alan Arkin. Ele interpreta um homem comum, um judeu que viu toda a sua família ser exterminada nas câmaras de gás e que só sobreviveu por ser sapateiro. E é justamente esse simples trabalhador que se torna o pilar de sustentação moral dos prisioneiros. Dessa maneira temos duas grandes qualidades nessa produção. A primeira é sua função histórica importante, ao resgatar mais esse momento do holocausto, revivendo toda a monstruosidade nazista, como o assassinato a sangue frio de mulheres indefesas e seus bebês. A outra é o fato de ser um dos melhores filmes de guerra já produzidos, com ótimos momentos de ação e suspense. Assim não há outra conclusão. "Fuga de Sobibor" é de fato um grande filme, simplesmente imperdível.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de março de 2017
Um Sinal de Esperança
Título Original: Jakob the Liar
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, França, Hungria
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Peter Kassovitz
Roteiro: Peter Kassovitz
Elenco: Robin Williams, Alan Arkin, Hannah Taylor Gordon, Éva Igó, Kathleen Gati, Bob Balaban
Sinopse:
A história do filme se passa em 1944, na Polônia ocupada por nazistas. A guerra entra em sua fase final e um judeu chamado Jakob (Robin Williams) se torna uma importante fonte de informações para a comunidade judaica aprisionada em um gueto da cidade. Com a censura imposta pelos alemães, a única possibilidade de se saber o que estava acontecendo era um velho rádio usado por Jakob de forma clandestina.
Comentários:
Baseado na novela escrita por Jurek Becker, o filme se concentra em um personagem bem singular, um homem do povo, interpretado por Robin Williams. É de forma em geral um bom filme, valorizado pela sua boa história. Esses guetos que foram criados pelos nazistas, um deles retratado no filme, eram verdadeiras prisões provisórias. Os judeus eram confinados dentro de seus linhas e ficavam em condições sub humanas até o momento em que fossem transportados para campos de extermínio. O gueto mais famoso da história foi o gueto de Varsóvia, mas existiram muitos outros, por toda a Europa. Depois de meses - algumas vezes até anos - limitados a viverem nesses guetos sujos e sem comida, os judeus eram então levados de trem (transportados como gado), para os campos de concentração onde eram finalmente executados sumariamente. Esse é mais um drama pesado na carreira de Robin Williams. Há tentativas tímidas de se fazer um pouco de humor aqui ou acolá, mas como o tema do filme é sobre o holocausto isso é totalmente amenizado. Enfim, um bom filme histórico que merecia inclusive melhor reconhecimento por parte dos festivais de cinema pelo mundo afora, algo que não aconteceu, talvez por puro preconceito por ser uma fita estrelada por um astro do humor de Hollywood.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Matador em Conflito
Título Original: Grosse Pointe Blank
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Buena Vista Pictures
Direção: George Armitage
Roteiro: Tom Jankiewicz
Elenco: John Cusack, Minnie Driver, Dan Aykroyd, Joan Cusack, Alan Arkin, Hank Azaria
Sinopse:
Martin Q. Blank (John Cusack) é convidado para comparecer na reunião de ex-alunos de sua escola. Há mais de dez anos que ele não vê ninguém de sua classe. A ideia parece ser até interessante já que ele tem mesmo que voltar para sua antiga cidade para executar um pequeno serviço. Rever os velhos amigos pode ser divertido. O que nenhum deles sabe é que Martin ganha a vida como assassino profissional.
Comentários:
Esse é certamente um dos melhores filmes da carreira do ator John Cusack. O roteiro é a melhor coisa dessa produção que investe em um divertido humor negro. O protagonista é um bem sucedido homem de negócios no ramo de liquidar pessoas. Isso mesmo, o filme trata com bom humor o fato do personagem de John Cusack ser um assassino de aluguel. Tudo levado em um tom bem mais ameno, inclusive contando como o ótimo Dan Aykroyd no papel de um colega de "profissão" que quer ter em seu curriculum a honra de ter matado o próprio Martin. Assim a trama explora o fato de que Cusack precisa viver em dois mundos separados, a de um sujeito normal, que vai até a reunião de seus velhos amigos dos tempos da escola e a do profissional que mata pessoas por dinheiro, sob encomenda. Outros destaques do elenco contam com a presença da própria irmã de John, a talentosa atriz Joan Cusack, em uma participação muito divertida e Minnie Driver, sempre no papel da garota inteligente que se apaixona pelos homens errados. Esse também é o melhor filme da carreira do diretor George Armitage que infelizmente depois perderia o rumo completamente, encerrando prematuramente sua filmografia com a comédia "O Golpe", estrelada por Owen Wilson e Morgan Freeman.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Os Queridinhos da América
Julia Roberts parece estar se divertindo como nunca, pena que nesse processo ela esqueceu de divertir o público também. Outro aspecto interessante é que ela tentou não manchar sua imagem, assumindo um papel bonitinho, simpático, deixando a antipatia do estrelato (que muitas vezes foi atribuído a ela, Julia Roberts, na vida real) para a atriz Catherine Zeta-Jones (que curiosamente dizem ser uma pessoa muito fácil de se trabalhar, uma profissional séria e equilibrada, bem ao contrário do que se fala muito de Julia Roberts nos bastidores de seus filmes!). Talvez nisso resida toda a ironia dessa produção. A diva antipática surgindo como boazinha em cena e a excelente profissional sendo mostrada como uma estrela boba, deslumbrada com o próprio sucesso! Nessa inversão completa de papéis o espectador fica esperando pela grande graça do filme, que nunca chega. Assim, no final, percebemos que "America's Sweethearts" não consegue atingir nenhum de seus objetivos, não é ácido suficiente com as superficialidades de Hollywood e nem tampouco faz rir de verdade. Um verdadeiro desperdício.
Os Queridinhos da América (America's Sweethearts, Estados Unidos, 2001) Direção: Joe Roth / Roteiro: Billy Crystal, Peter Tolan / Elenco: Julia Roberts, John Cusack, Billy Crystal, Catherine Zeta-Jones, Stanley Tucci, Christopher Walken, Alan Arkin / Sinopse: Comédia romântica de sucesso celebrando o estrelismo da atriz Julia Roberts. Filme vencedor do ASCAP Film and Television Music Awards.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de novembro de 2014
Arremesso de Ouro
Esse provavelmente será mais um daqueles filmes americanos sobre beisebol que será ignorado completamente no Brasil. Não tem jeito, tirando os americanos, cubanos e japoneses, ninguém dá muita bola para esse esporte que inclusive está em decadência dentro do próprio EUA, por já não ter tantos admiradores como nos bons e velhos tempos. De fato os mais jovens andam preferindo basquetebol e futebol americano, deixando o beisebol com cara de "esporte para velhos". Se os gringos não andam dando muita bola o que dirá dos brasileiros... Mesmo assim vale a pena conhecer por causa não do esporte em si - que é realmente meio chato - mas pela estória que conta. Como se trata de um produto Disney não vá esperando nada de muito ousado ou revolucionário, pelo contrário, é um filme esteticamente muito convencional que se contenta apenas em contar uma boa estória que foi baseada em fatos reais e nada mais. Para os que adoram séries de TV o interesse certamente virá da presença do ator Jon Hamm, o publicitário Don Draper de "Mad Men". Ele é quem acaba trazendo algum interesse ao enredo, pois sua presença já vale a curiosidade. Pena que a Disney deixou a sutileza e a leveza de lado e resolveu realizar um filme que, na minha forma de ver, tem uma duração excessiva. Mais de duas horas contando a história de dois indianos tentando aprender a jogar beisebol de fato soa como algo cansativo. De qualquer forma faça um esforço e tente assistir, será pelo menos curioso acompanhar a viagem desses dois rapazes da miserável Índia para o país do beisebol.
Arremesso de Ouro / Um Braço de Um Milhão de Dólares (Million Dollar Arm, Estados Unidos, 2014) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: Thomas McCarthy / Elenco: Jon Hamm, Aasif Mandvi, Alan Arkin / Sinopse: Agente esportivo à beira da falência resolve promover um último e desesperado golpe de marketing em sua carreira: trazer dois jovens indianos para se tornarem astros na liga de beisebol americana. Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Havana
Título Original: Havana
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Judith Rascoe
Elenco: Robert Redford, Lena Olin, Alan Arkin
Sinopse:
Jack Weil (Robert Redford) é um jogador profissional americano que chega a Cuba em dezembro de 1958 para organizar uma milionária partida de poker entre figurões locais e turistas endinheirados. O que parece ser um promissor evento porém se torna uma arapuca por causa do instável quadro político do país. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música Original (Dave Grusin). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.
Comentários:
Realizando um pequeno revival sobre os anos 1990 chegamos nesse esquecido "Havana". Muito provavelmente tenha sido o último filme em que Robert Redford explorou exclusivamente o seu lado de galã de cinema. Como todos sabemos o tempo passa, a idade chega e de repente os atores que construíram suas carreiras sendo galãs perdem o prazo de validade e são trocados por outros, bem mais jovens. Não é o caso de Robert Redford que em sua longa filmografia soube muito bem construir excelentes atuações, dirigindo e produzido bons filmes, muito embora também tenha usufruído de sua boa aparência, surgindo muitas vezes como mero galã em determinadas películas. Esse "Havana" foi sua despedida nesse tipo de trabalho. O filme é muito bonito, tem ótimas cenas de pôr de sol, com excelente fotografia, mas derrapa ao adotar um mundo que nunca existiu. A Havana onde o personagem de Robert Redford transita é mera peça de ficção. O cenário assim funciona apenas para um enredo ao estilo "Sabrina" e romances do tipo, não muito condizentes com os fatos reais. Além disso fica uma sensação ruim de que os realizadores possuem uma quedinha pela causa de Fidel Castro, o ditador eterno da ilha caribenha. No saldo geral é isso, uma produção com cara de cartão postal e enredo de literatura romântica de bolso. O bom e velho Redford poderia passar sem essa.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Ajuste de Contas
Título Original: Grudge Match
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Segal
Roteiro: Tim Kelleher, Rodney Rothman
Elenco: Robert De Niro, Sylvester Stallone, Kim Basinger, Alan Arkin
Sinopse:
Há trinta anos Henry 'Razor' Sharp (Sylvester Stallone) recusou dar uma revanche para o ex-campeão de boxe Billy 'The Kid' McDonnen (Robert De Niro). Por isso sempre pairou no ar a dúvida sobre quem realmente seria o melhor boxeador, o verdadeiro campeão. O que parecia estar encerrado pelo tempo volta à tona após um jovem agente acreditar na volta da dupla para uma última e decisiva luta, para encerrar de uma vez por todas a rivalidade entre eles. Um verdadeiro ajuste de contas.
Comentários:
Não precisa ir muito longe para entender a realização desse filme. Robert De Niro se consagrou com o clássico "Touro Indomável", onde interpretava com raro brilhantismo um lutador de boxe decadente. Sylvester Stallone também chegou ao pico do sucesso e da fama dando vida ao boxeador Rocky Balboa em uma série de filmes muito bem sucedidos na bilheteria. Assim não é complicado entender porque ambos estão aqui juntos nessa produção que passa longe de pretender ser levada muito à sério. Na verdade tudo parece ser antes de mais nada um revival bem humorado de personagens que fizeram a carreira desses dois atores em um passado distante. Ícones do cinema americano nas décadas de 70 e 80, Stallone e De Niro parecem agora brincar com seu passado, com sua carreira. O roteiro tem muitas referências aos personagens de ambos nos filmes citados. De certa forma é como se quisessem provar ao seu público que podem perfeitamente fazer humor com suas idades e seus passados, tudo feito de forma bem inofensiva e despretensiosa. Certamente os cinéfilos vão curtir bastante a proposta desse "Grudge Match" mas fora isso não há muito o que se celebrar. Certamente é um roteiro bem humorado, onde os astros parecem se divertir como nunca. Quem gosta da dupla central certamente gostará de vê-los juntos na tela. Não há nada de errado nisso. Sempre foram muito carismáticos e continuam assim, mesmo com o passar dos anos. Como puro cinema porém o filme é, devemos admitir, bem fraco. O enredo tem muitos clichês e a trama, que tenta ser uma homenagem ao passado de Bob e Sly, acaba derrapando na própria armadilha, pois não inova em nada, caindo no lugar comum. Vale como diversão para cinéfilos e fãs mas para o público em geral realmente não há nada de muito relevante a se esperar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
O Sucesso a Qualquer Preço
Título Original: Glengarry Glen Ross
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Foley
Roteiro: David Mamet
Elenco: Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Alan Arkin, Ed Harris, Kevin Spacey
Sinopse:
No concorrido mundo corporativo dos Estados Unidos uma empresa visando aumentar suas vendas estipula uma disputa entre seus vendedores. Aquele que vender mais ganhará um carro clássico, o segundo um mero fagueiro e o terceiro será punido com o olho da rua, sendo demitido sem perdão. A competição acaba revelando o pior lado de todos os empregados que a partir daí só pensam em ganhar o automóvel e salvar seu precioso emprego. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator coadjuvante para Al Pacino.
Comentários:
Um dos filmes mais subestimados da carreira de Al Pacino, o que é de se lamentar já que seu roteiro é um dos mais cínicos e irônicos que o ator já teve o prazer de trabalhar. Não me admira em nada já que estamos falando do grande David Mamet. O texto aqui é baseado em uma de suas peças de teatro o que talvez, apenas talvez, faça com que alguns espectadores torçam o nariz. Como sabemos o cinema hoje em dia é fundamentado em toneladas de efeitos digitais (a maioria deles gratuitos) e ação, o tempo todo, sem parar, como se o público fosse formado por guris com déficit de atenção. Pois bem, se você procura algo assim então é melhor ficar longe de "Glengarry Glen Ross" pois aqui temos o extremo oposto disso. Mamet se apóia na profundidade psicológica de seus personagens, de seu pequenos e grandes deslizes éticos. O cenário é o terrível mundo corporativo americano onde todo tipo de traição, puxada de tapete e jogo sujo é considerado apenas mais uma peça no tabuleiro do sucesso em grandes empresas. Al Pacino, como sempre está ótimo, mas quem rouba o show mesmo é o grande Jack Lemmon. Ele interpreta um personagem que se torna obsoleto dentro do mercado do trabalho. Sua tentativa de se tornar relevante e digno de respeito é maravilhosa. Um dos grandes trabalhos de Lemmon. Assim deixamos mais uma dica de uma pequena obra prima que infelizmente anda bem esquecida. Assista, você não se arrependerá.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de agosto de 2013
O Incrível Mágico Burt Wonderstone
O papel de James Gandolfini é bem secundário e ele fica completamente ofuscado pelos comediantes. Outra surpresa é ver o astro Jim Carrey em um papel também bem coadjuvante, pois ele nada mais é do que uma escada para os dois Steves, Carell e Buscemi, que parecem muito à vontade encarnando seus personagens. No fundo "O Incrível Mágico Burt Wonderstone" é apenas uma comédia rotineira que tenta de alguma maneira também prestar uma homenagem a esses profissionais tão queridos do mundo do entretenimento. A transformação que Burt passa, indo da fama e glória para a decadência, mostra bem isso. Aos poucos, mesmo arruinado, ele vai redescobrindo o prazer de fazer mágica para encantar adultos e crianças. Não é uma grande comédia, mas também não aborrece. A despedida do grande James Gandolfini poderia ter sido mais marcante porém quem pode saber as surpresas que o destino nos reserva?
O Incrível Mágico Burt Wonderstone (The Incredible Burt Wonderstone, Estados Unidos, 2013) Direção: Don Scardino / Roteiro: Jonathan M. Goldstein, John Francis Daley / Elenco: Steve Carell, Steve Buscemi, Jim Carrey, James Gandolfini, Alan Arkin, Olivia Wilde / Sinopse: Uma dupla famosa de mágicos de Las Vegas começa a entrar em declinio após o surgimento de um novo ilusionista radical.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Amigos Inseparáveis
De volta às ruas ele reencontra Doc (Christopher Walken) e Hirsch (Alan Arkin). O problema é que Doc está contratado para liquidar Valentine a mando de um poderoso chefão da máfia local. O mais interessante é que Valentine, bastante experiente, logo toma consciência disso. Afinal são negócios, nada pessoal. Assim ele parte para aqueles que são seus últimos momentos. Aproveitar o pouco tempo que lhe resta de vida. Junto aos colegas acaba se envolvendo em diversas situações, esperando com isso curtir suas últimas horas. “Amigos Inseparáveis” até que começa muito bem, afinal ver um trio de atores tão talentoso é ótimo para qualquer cinéfilo. O problema é que conforme o filme avança ele perde o foco, não mais se decidindo em ser um drama, uma comédia ou um filme policial. A única coisa que parece sobreviver a essa indecisão toda é o carisma imbatível de Al Pacino. Ele realmente parece estar se divertindo como nunca ao lado de Arkin e Walken, o que acaba salvando o filme do desastre completo. É lógico que com um elenco desses “Amigos Inseparáveis” poderia ser muito melhor, quase uma obra prima do cinema, mas não parece ter sido essa a escolha dos realizadores. De qualquer maneira é Pacino – o que já torna o filme obrigatório para qualquer fã de cinema. Afinal bons vinhos nunca devem ser desperdiçados.
Amigos Inseparáveis (Stand Up Guys, Estados Unidos, 2012) Direção: Fisher Stevens / Roteiro: Noah Haidle / Elenco: Al Pacino, Christopher Walken, Alan Arkin, Julianna Margulies, Katheryn Winnick, Vanessa Ferlito / Sinopse: Após sair da prisão por onde esteve por 28 anos, Valentine (Al Pacino) reencontra seus velhos amigos de criminalidade. O que parecia ser apenas um encontro amigável porém logo se revela um complicado acerto de contas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Argo
Nesse ponto surge o plano do agente Tony Mendez (Ben Affleck), A CIA tinha consciência que agentes deveriam entrar no Irã para resgatar essas pessoas mas sem conflito. Deveria ser realmente um serviço limpo, sem mortes, de inteligência. Após vários planos que logo se mostravam falhos, Mendez sugeriu um no mínimo ousado e inusitado. Entrar no Irã disfarçados como membros de uma equipe de cinema. Assim eles estariam no país em busca de locações para as filmagens de uma ficção científica típica da década de 70 chamada “Argo”. Para parecer real a CIA realmente teria que armar toda uma encenação ainda nos EUA usando a imprensa para divulgar “Argo”. Dessa forma não levantariam suspeitas de que tudo não passava de um plano de resgate da agência. Um roteiro vagabundo foi adquirido, atores contratados e até mesmo uma conferência de imprensa montada. No comando dessa operação apenas Mendez (Affleck), um especialista em maquiagem chamado John Chambers (John Goodman) e um produtor veterano, Lester Siegel (Alan Arkin) sabiam da verdade, da realidade dos fatos. Embora o enredo pareça muito fantasioso o fato é que tudo aconteceu mesmo de verdade, foi uma história real. Essa operação muito criativa só foi reconhecida pela CIA muitos anos depois. Inclusive nos créditos finais surge a narração do próprio presidente americano da época, Jimmy Carter, explicando os eventos e agradecendo ao verdadeiro agente Tony Mendez pelo seu trabalho.
“Argo” é o segundo candidato ao Oscar de Melhor filme desse ano cujo enredo gira em torno de uma operação secreta da CIA. O primeiro foi o polêmico “A Hora Mais Escura”. Ambos tem semelhanças entre si, pelo próprio contexto em que se passa a estória mas “Argo” se mostra superior em vários aspectos. Curiosamente o ator Kyle Chandler está em ambos os filmes fazendo o mesmo tipo de personagem, um diretor da agência de inteligência americana. Aqui em “Argo” outro destaque do elenco é o excelente ator da série “Breaking Bad”, Bryan Cranston. Quem acompanhou a série sabe de seu inegável talento. Aqui seu personagem não é muito presente em cena mas se destaca por estar no centro de controle da operação em Washington. “Argo” é um projeto pessoal de Ben Affleck. Durante anos ele foi considerado apenas mais um canastrão em Hollywood mas depois que passou a dirigir filmes foi surpreendendo cada vez mais. Certamente o talento que lhe falta como intérprete foi compensado pela sua habilidade em dirigir bem. Recentemente inclusive levou o Globo de Ouro de melhor direção justamente por esse filme. Além disso a produção foi agraciada pelo mesmo prêmio como melhor filme (Drama) do ano. Será que desbancará “Lincoln” na noite do Oscar, levando a mais cobiçada estatueta do cinema? Há grandes possibilidades disso realmente acontecer. “Argo” certamente poderá sair consagrado na noite de premiação da Academia. Só nos restar esperar.
Argo (Argo, Estados Unidos, 2012) Direção: Ben Affleck / Roteiro: Chris Terrio / Elenco: Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman, Kyle Chandler, Alan Arkin, Victor Garber / Sinopse: Um agente da CIA elabora um plano ousado para resgatar um pequeno grupo de diplomatas americanos que precisam sair do Irã o mais rapidamente possível. Ele se disfarça de produtor de cinema, fingindo estar procurando locações para seu novo filme de ficção chamado “Argo”, para assim retirar os americanos do país. Vencedor do SAG Award de Melhor Elenco.
Pablo Aluísio.