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domingo, 8 de outubro de 2023

Brincando de Seduzir

Título no Brasil: Brincando de Seduzir
Título Original: Beautiful Girls
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Ted Demme
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Timothy Hutton, Matt Dillon, Natalie Portman, Mira Sorvino, Rosie O'Donnell, Uma Thurman

Sinopse:
O pianista de jazz Willie Conway (Hutton), residente em Nova York, volta para sua pequena cidade natal, Knights Ridge, em Massachusetts, para uma reunião do ensino médio. A viagem serve tanto para ir ao reencontro aos seus parentes como também para rever seus velhos amigos e amores dos tempos de colégio. É também uma oportunidade única de resolver velhos problemas que ficaram no passado. 

Comentários:
Filme muito legal que capta bem aquele período da vida das pessoas quando os seus planos sobre o futuro não estão dando muito certo e eles precisam rever seus velhos conceitos, analisar novamente suas próprias vidas. O protagonista do filme retorna para sua cidade natal depois de alguns anos tentando uma carreira de pianista em Nova Iorque. Ele basicamente vive de se apresentar em bares pela cidade, algo muito longe de seu antigo sonho de ser um pianista clássico se apresentando em prestigiadas casas de concertos. A cruel realidade é que sua vida não deu muito certo. De volta ao antigo lar, ele reencontra os velhos amigos e antigas paixões dos tempos do ensino médio. A maioria dessas pessoas nunca saiu da cidadezinha onde sempre moraram. Então fica a dúvida, ele deve desistir dos seus sonhos de músico para retomar um velho romance ou voltar para Nova Iorque e tentar mais uma vez dar certo como pianista? Filme muito bom, leve, com um elenco ótimo, com todos ainda bem jovens e bonitos, esbanjando carisma em cena. Enfim, um otimo programa para um fim de noite nostálgico dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de setembro de 2022

Thor: Amor e Trovão

Um ser vivendo em um planeta deserto e hostil, vê sua filha morrer de fome e sede. Imediatamente afunda na mais profunda dor. Não consegue entender a situação. Por que o seu deus não o ajudou naquela hora de extrema aflição? Ao se deparar com a própria divindade materializada em sua frente, ele descobre que o seu deus é um ente arrogante, egocêntrico e que não está nem aí para a sorte daqueles que o adoram. De sua revolta, nasce uma vingança. Ele toma posse de uma espada especial que consegue matar divindades. E parte em busca da vingança contra esses seres celestiais. Será que Thor poderia deter essa matança desenfreada de deuses no universo? Esse é o novo filme do personagem da Marvel, Thor. Poderia ser um excelente filme, pois tem um vilão especial. O Carniceiro dos Deuses causou sensação nos quadrinhos. As edições em que apareceu foram muito bem criticadas pelos especialistas na nona arte. Só que tudo isso virou desperdício nas mãos desse diretor. Incrivelmente, ele quis fazer desse filme uma comédia boba, tola! 

É inacreditável, mas o filme tem um tom totalmente errado de comédia e humor. E também se divide em duas partes bem distintas, como se fosse um bolo de aniversário cortado ao meio. Nas cenas que se concentram no vilão Carniceiro dos Deuses, o ator Christian Bale está muito bem. Concentrado em seu papel e atuando seriamente. Já nas cenas do Thor, tudo o que se encontra é pura palhaçada. Incrível, mas o diretor transformou o Thor em um idiota completo. É inacreditável como um filme como esse conseguiu se tornar tão ruim, com tanto potencial para agradar aos fãs da Marvel! Esse Carniceiro dos Deuses é um ótimo vilão. Deveria ter sido melhor aproveitado. Ao invés disso, o diretor Taika Waititi encheu o filme de piadinhas sem graça. Chega a ser totalmente constrangedor. O resultado de tudo isso é um dos piores filmes desse ano.

Thor: Amor e Trovão (Thor: Love and Thunder, Estados Unidos, 2022) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Taika Waititi / Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christian Bale, Russell Crowe, Idris Elba, Chris Pratt / Sinopse: A aposentadoria de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rainha Valquíria, de Korg e sua ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, como a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam em uma angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança desse vilão para detê-lo antes que seja tarde demais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Lucy in the Sky

Filme baseado em uma história real. Quando começa, logo na primeira cena, encontramos a astronauta Lucy Cola (Natalie Portman) no espaço olhando para nosso planeta. Ela participa de uma missão da NASA como tripulante de um ônibus espacial. Fica completamente extasiada ao ver a imensidão do universo e a beleza da Terra vista do espaço! Um momento de pura contemplação interior! É o auge de sua vida! De volta ao lar, em Houston, Texas, ela precisa voltar para a vida normal. Ela tem um casamento que já caiu no tédio. Sua sobrinha vem morar ao lado dela pois o pai sumiu! Sempre foi um irresponsável! Durante os treinamentos para uma nova viagem espacial na NASA ela acaba se apaixonando por um astronauta mais velho e veterano, Mark Goodwin (Jon Hamm), um sujeito bonitão que está se divorciando da esposa. Lucy sempre foi muito focada na vida profissional e pessoal, deixando tudo muito bem equilibrado e organizado em sua vida, mas começa a se apaixonar de forma desesperada por Mark. A NASA sempre determinou vários protocolos de comportamento que impediam relacionamentos amorosos entre astronautas. Mesmo assim ela continua a se encontrar, às escondidas, com sua nova paixão, ainda que sendo uma mulher casada.

Não demora muito e Lucy fica completamente obcecada pelo novo amante, que tem fama de mulherengo. E enquanto tenta ser escalada para a próxima viagem espacial, ela descobre que ele tem outra amante. É o gatilho para ela começar a perder completamente sua razão! Muito bom filme. Gostei de praticamente tudo. Elenco afinado, direção segura e um roteiro preciso. Como o título original do filme faz uma referência óbvia a uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, Lucy in the sky with diamonds, ela também está presente na trilha sonora. Enfim, temos aqui uma história que parece de pura ficção, mas que foi verdade, o que não deixa de ser surpreendente.

Lucy in the Sky (Estados Unidos, 2019) Direção: Noah Hawley / Roteiro: Brian C. Brown, Elliott DiGuiseppi / Elenco: Natalie Portman, Jon Hamm, Zazie Beetz, Dan Stevens, Pearl Amanda Dickson, Ellen Burstyn / Sinopse: A história da paixão avassaladora de uma astronauta por um colega durante os preparativos de uma nova viagem espacial da NASA.

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de novembro de 2021

Em Busca da Justiça

Dos filmes recentes de faroeste esse foi um dos que mais me agradaram. E qual é a história que esse filme nos conta? Após conseguir fugir das mãos de um criminoso sádico e violento chamado John Bishop (Ewan McGregor), a jovem Jane (Portman) consegue reconstruir sua vida ao lado de Bill Hammond (Noah Emmerich). Eles recomeçam como rancheiros numa propriedade distante, no meio do deserto. O que ela não poderia esperar era que Bishop conseguiria descobrir onde ela estaria vivendo. Agora ao lado de seus bandoleiros eles retornam para acertar contas com ela e seu marido Bill. Só os mais fortes conseguirão sobreviver. Como eu frisei esse filme é realmente um bom faroeste estrelado pela atriz Natalie Portman. Eu sinceramente não me lembro de ter visto ela em filmes desse gênero antes. O mais interessante é que o filme foi produzido pela própria Natalie ao lado dos irmãos Weinstein, os antigos donos do estúdio Miramax. O resultado é dos melhores. A protagonista é uma jovem que sofreu todos os tipos de abusos psicológicos e sexuais quando caiu na rede da quadrilha de John Bishop (interpretado por Ewan McGregor, ótimo, quase irreconhecível). Ela a forçou trabalhar como prostituta em seu bordel, sob a mira de uma arma. Pior do que isso, sumiu com sua pequena filha. O único que a defendeu foi Bill (Noah Emmerich), antigo membro da gangue de Bishop.

Após uma matança eles conseguem fugir, mas Bishop não perdoa o que ele considera uma traição vil. Para completar o quadro ainda há o veterano de guerra Dan Frost (Joel Edgerton), primeiro marido de Jane. Uma boa pessoa que viu sua esposa ir embora com outro homem. Mesmo magoado, ele resolve ajudar Jane, principalmente agora que o bando de Bishop está prestes a chegar, prontos para tudo. O roteiro é basicamente construído em cima desse momento de tensão com Jane, Dan e Bill encurralados em seu pequeno rancho enquanto Bishop e seus homens partem para a vingança. Para contar o passado de todos os protagonistas o diretor usa de flashbacks, todos muito bem encaixados na estória. Assim o que temos aqui é um faroeste classe A, com excelente elenco e direção de Gavin O'Connor, jovem cineasta que se destacou com "Guerreiro", um bom filme sobre lutas. Esse novo "Jane Got a Gun" é certamente seu melhor trabalho. Se você gosta do gênero faroeste não deixe passar em branco pois o resultado, como escrevi, é realmente muito bom.

Em Busca da Justiça (Jane Got a Gun, Estados Unidos, 2015) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Brian Duffield, Anthony Tambakis / Elenco: Natalie Portman, Ewan McGregor, Joel Edgerton, Noah Emmerich / Sinopse: Jovem mulher e seu marido são encurralados em seu próprio rancho por uma quadrilha de bandidos e criminosos. O líder deles quer se vingar de Jane, a dona do rancho, a qualquer custo.
 
Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Vox Lux

Título no Brasil: Vox Lux - O Preço da Fama
Título Original: Vox Lux
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio:  Bold Films, Killer Films
Direção: Brady Corbet
Roteiro: Brady Corbet, Mona Fastvold
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Jennifer Ehle, Christopher Abbott

Sinopse:
Nesse filme a atriz Natalie Portman interpreta Celeste, uma popstar de sucesso mundial. Quando era apenas uma adolescente ela escapou de um massacre na escola onde estudava. No dia da homenagem às vítimas ela cantou pela primeira vez, ganhando a simpatia de toda uma nação. E a partir daí sua vida nunca mais parou. A música lhe trouxe fama e sucesso, mas também muitos problemas pessoais.

Comentários:
Eu poderia definir esse filme como um "Cisne Negro" popstar. Claro que o primeiro filme citado é uma obra-prima. Esse aqui é no máximo apenas interessante. O filme se divide nitidamente em duas partes distintas. Primeiro se mostra a juventude da protagonista, o drama que ela viveu, os primeiros anos da tentativa de se construir uma carreira, etc. Depois na segunda parte o roteiro dá um grande pulo no tempo e já encontramos a cantora Celeste com trinta e tantos anos, tentando manter a sanidade e o sucesso. Ela se envolveu em inúmeros problemas, inclusive envolvendo bebidas e drogas prescritas, e precisa administrar seu grande sucesso. Vale também um aviso em relação ao desenvolvimento desse filme. Se você for assistir apenas pelo trabalho da atriz Natalie Portman, bom, tenha paciência. Ela só aparece depois de 50 minutos de filme, já na segunda parte, quando ela interpreta a personagem principal afundando em problemas pessoais. E é justamente nessa segunda parte que o filme finalmente cresce. Só achei fraco o final. Deu uma sensação de que Natalie Portman fez esse filme apenas para ter um gostinho de como seria ser uma popstar. Sinceramente falando, esse não é lá um bom motivo para se estar em filme.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de junho de 2018

Jackie

O tempo vai passando e algumas figuras históricas vão caindo no esquecimento. Apenas o cinema com sua mágica consegue trazê-las de volta aos holofotes da mídia em geral. Foi basicamente isso que aconteceu com essa cinebiografia da esposa do presidente John Kennedy. Ele foi assassinado em Dallas, em um dos momentos mais cruciais da história dos Estados Unidos. Enquanto JFK levava tiros certeiros na cabeça, Jackie tentava inutilmente juntar seus miolos que se espalhavam pelo banco e traseira do carro onde estavam. Só isso já bastaria para colocá-la na história, mas a ex-primeira dama teve uma vida pessoal que foi muito além do fato de ter participado de um momento tão trágico e triste como esse.

Na pele da atriz Natalie Portman a protagonista ganha ares ainda mais sutis e elegantes do que a primeira-dama da vida real. Particularmente gostei bastante do filme, inclusive no aspecto narrativo. A história é contada em ritmo de flashback, quando Jackie Kennedy concorda em conceder uma longa entrevista nos jardins de sua casa. É verdade que nem sempre Portman consegue se sair bem em cena, com alguns deslizes na sua caracterização, mas mesmo assim considero seu trabalho acima da média. Para ela foi uma oportunidade incrível de levantar a carreira, pois conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar, algo que estava bem longe de seus planos nesse momento de sua filmografia. Enfim, apesar de ter seus momentos de baixa, "Jackie" acabou se tornando um bom resgate histórico de sua personagem principal. Afinal como esquecer aquele vestido cor-de-rosa, tão característico dos anos 60, manchado todo de sangue? É uma visão que entrou para sempre na iconografia do povo norte-americano.

Jackie (Idem, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Noah Oppenheim / Elenco: Natalie Portman, Peter Sarsgaard, John Hurt, Billy Crudup / Sinopse: Filme baseado em fatos reais. Anos após o assassinato de seu marido, a ex-primeira-dama Jackie Kennedy (Natalie Portman) aceita receber a visita de um jornalista para uma entrevista. Enquanto suas lembranças vão se atropelando em sua memória, ela vai recordando momentos bons e trágicos de sua vida, como a vida na Casa Branca, as aparições públicas na TV, os grandes bailes e, é claro, o dia trágico em que seu marido, o presidente JFK, foi morto em Dallas durante uma parada em carro aberto pelas ruas da cidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Natalie Portman), Melhor Figurino (Madeline Fontaine) e Melhor Música (Mica Levi).

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 5 de março de 2018

Aniquilação

Não é um filme muito fácil de digerir, apesar do roteiro ser até bem simples se formos analisar bem. Tudo começa quando uma professora de biologia descobre que seu marido não morreu como ela havia pensado por um longo período de tempo. Ele tinha desaparecido durante uma missão secreta do governo americano e por isso ela presumia que ele havia sido morto, talvez no Afeganistão ou Iraque. Seu retorno inesperado porém logo é descoberto e o serviço de inteligência o traz de volta para as instalações secretas do exército. Só ai é que a professora interpretada por Natalie Portman descobre toda a verdade. Há uma enorme bolha dimensional, crescendo a cada dia, engolindo tudo ao redor. Os cientistas ainda não conseguiram explicar esse estranho fenômeno na natureza. Todas as expedições militares que foram enviadas para dentro dessa bolha jamais voltaram.

Assim uma nova expedição é formada, dessa vez apenas por mulheres, pesquisadoras. Portman acaba entrando na missão. Assim que ultrapassam a fronteira descobrem que há coisas bem estranhas acontecendo com a fauna e a flora da região. As plantas passam por estranhas mutações e os animais, como crocodilos e ursos, parecem mais monstros e feras disformes do que animais normais. O filme vai criando um certo suspense, enquanto as jovens pesquisadoras tentam chegar em um velho farol, onde tudo pode ter começado. O roteiro, bem escrito em minha opinião, tenta esconder a verdade do espectador até o último momento (a cena final inclusive é bem reveladora do que realmente estaria acontecendo). É um quebra-cabeças para quem for assistir. Como uma das mulheres dizem, não se sabe se a tal bolha é um evento de causa religiosa, alienígena ou apocalíptica. O título "Aniquilação" já deixa entre linhas o que está prestes a acontecer (inclusive aposto que esse filme vai acabar virando uma franquia ou uma nova série). Esse enredo aliás poderia ter sido usado em qualquer filme de ficção dos anos 50, já que seu espírito é bem esse. No mais é outra produção Netflix, que ultimamente tem contratado grandes atores para atuarem em seus filmes. A Natalie Portman é a estrela da vez nesse Sci-fi que se não chega a ser brilhante pelo menos tenta ser o mais fiel possível aos antigos filmes do gênero.

Aniquilação (Annihilation, Estados Unidos, 2018) Direção: Alex Garland / Roteiro: Alex Garland / Elenco: Natalie Portman, Jennifer Jason Leigh, Tessa Thompson / Sinopse: Baseado no livro de ficção escrito por Jeff VanderMeer o filme conta a estória de um estranho evento, quando surge uma bolha dimensional que vai aumentando de tamanho a cada dia. Conhecida como "O Brilho" esse fenômeno começa a mudar o DNA de plantas e animais. Uma expedição é então enviada para dentro do estranho evento, causando mortes e destruição jamais vistos.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Além da Ilusão

A sinopse pode até animar o espectador, mas infelizmente não espere por grande coisa. Na história duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), chegam a Paris com a intenção de ganhar muito dinheiro com a elite local. Elas promovem sessões de espiritismo, conversando com entes queridos falecidos. Inicialmente elas se apresentam com um agente circense em apresentações públicas e depois começam a realizar sessões privadas, particulares. As coisas porém não andam tão bem. A única saída aparece quando um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), se interessa pelas irmãs. Poderia haver alguma forma de ganhar dinheiro com elas no cinema? Não demora muito e um roteiro é escrito, justamente para explorar nas bilheterias os supostos poderes mediúnicos das irmãs americanas, mas tudo acaba saindo do controle rapidamente.

Com uma premissa tão promissora, "Além da Ilusão" acaba ficando pelo meio do caminho. Não é um filme sobre espiritismo e nem charlatanismo, não vai pela linha do terror e falha como drama romântico. No fundo é aquele tipo de roteiro que acaba não indo para lugar nenhum, causando grande frustração no espectador. A atriz Natalie Portman está apagada em uma personagem ruim. Nem a cena de nudez dela vai despertar muito interesse. A atriz Lily-Rose Depp, que é filha de Johnny Depp com a cantora francesa Vanessa Paradis, também não diz a que veio. Com um semblante de tédio e marasmo ela não chama atenção. Para piorar aparece com um estranho visual de sobrancelha cortada, algo que nunca é explicado pelo roteiro do filme. Assim só sobra mesmo um enredo devagar, quase parando. O cinema francês geralmente é dito como chato, arrastado, em contraposição com o cinema americano. Pois bem, essa produção francesa só serve mesmo para confirmar esse velho preconceito.

Além da Ilusão (Planetarium, França, Bélgica, 2016) Direção: Rebecca Zlotowski / Roteiro: Rebecca Zlotowski, Robin Campillo  / Elenco: Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger / Sinopse: Duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), decidem ir até Paris para ganhar dinheiro com supostas sessões de espiritismo e acabam caindo nas graças de um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), que começa a produzir um filme sobre o tema envolvendo a comunicação entre vivos e mortos. Filme indicado ao César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Katia Wyszkop). Também indicado ao Lumiere Awards na categoria de Melhor Música (Robin Coudert).

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de junho de 2017

Cavaleiro de Copas

Em relação aos filmes do diretor Terrence Malick não existe meio termo, ou se gosta muito ou se odeia. Esse cineasta tem um estilo próprio, com seu estilo peculiar de se contar uma história. Praticamente não há diálogos, tudo é levado ao espectador por meio de sensações, momentos, lembranças. O enredo vai assim desfilando na tela sob um ponto de vista bem subjetivo, do próprio protagonista, que está passando por uma crise existencial, com nuances de comportamento depressivo. Aqui o personagem principal atende pelo nome de Rick (Christian Bale). Nunca fica muito claro que tipo de trabalho ele tem nos estúdios de Hollywood (pode ser um ator, um roteirista, etc), só se sabe que ele vive em um mundo de riqueza e celebridades, frequentando suas festas, saindo com mulheres bonitas, etc. O relacionamento dele com elas ocupa grande parte do filme. A maioria sequer tem nome, ficando mais ou menos claro a importância que elas tiveram em sua vida.

E há uma variedade delas. Desde a stripper que ele conhece em um bar, passando por uma elegante e charmosa médica (interpretada por Cate Blanchett), indo até uma mulher que ele chega a pensar ser o verdadeiro amor que ele há muito vinha esperando (aqui em presença carismática de Natalie Portman, que só tem algumas poucas linhas de diálogo em cena). Bale por sua vez passa o filme todo de forma bem passiva, olhar perdido, com as mãos no bolso, como se olhasse para a vida sem se importar muito com o que acontece ao seu redor. Como se trata de uma quase obsessão de Terrence Malick, seu personagem principal também tem problemas de relacionamento com o pai, um sujeito abusivo e verbalmente violento, sempre passando lições de moral aos filhos.  Uma pessoa insuportável, mesmo na velhice.

Não vá esperando por um enredo linear e nem por uma linguagem convencional. Tudo é diferente, como convém aos filmes assinados por Terrence Malick. Ela vai construindo seu filme não através de diálogos, mas sim de imagens. Algumas fazem sentido, outras não. É um tipo de cinema, que como escrevi, vai mais pela vertente sensorial, de suas emoções. Muitos gostam de seu estilo (me incluo nesse grupo), mas não condeno quem acha tudo uma grande chatice sem fim. Vai pela opinião e gosto de cada um. Por outro lado, caso você goste do cinema de Terrence Malick não deixe de conferir, embora esse não possa ser considerado um de seus melhores trabalhos no cinema.

Cavaleiro de Copas (Knight of Cups, Estados Unidos, 2015) Direção: Terrence Malick / Roteiro: Terrence Malick / Elenco: Christian Bale, Cate Blanchett, Natalie Portman, Brian Dennehy, Antonio Banderas, Ben Kingsley, Ryan O'Neal / Sinopse: Em plena crise existencial e com sintomas depressivos, Rick (Bale) não parece mais se importar com o que acontece em sua vida. Imerso em lembranças envolvendo seu pai e as mulheres de sua vida, ele vai vivendo um dia de cada vez, sem muita empolgação por sua própria vida. Filme indicado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de março de 2017

De Amor e Trevas

Título no Brasil: De Amor e Trevas
Título Original: A Tale of Love and Darkness
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Israel
Estúdio: Gesher Fund
Direção: Natalie Portman
Roteiro: Natalie Portman
Elenco: Natalie Portman, Amir Tessler, Gilad Kahana, Tomer Kapon, Shira Haas, Moni Moshonov
  
Sinopse:
O filme é baseado nas memórias de Amos Oz. De origem judaica ele relembra os anos de infância ao lado da mãe Fania Klausner né Mussman (Natalie Portman). Sua família morava em Jerusalém em um momento histórico muito complicado para a comunidade judaica pois o Estado de Israel ainda não havia sido reconhecido pelos organismos internacionais como a ONU. A tensão com os palestinos já estava em alta, o que tornava a vida bem mais complicada do que poderia se imaginar. É o momento em que os judeus construíam sua nação dos escombros da guerra. Filme indicado no Cannes Film Festival na categoria de Melhor Direção (Natalie Portman).

Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal da atriz Natalie Portman. Ela produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro do filme. Nascida em Jerusalém Portman quis homenagear as lutas de seu povo, o povo judeu. A história gira em torno de uma mãe judia durante a década de 1940, quando os sobreviventes do holocausto voltaram para Israel com o firme propósito de fazer daquela terra sua nação. Embora politicamente o roteiro explore as dificuldades de se viver em Israel naquele momento histórico, com a guerra contra o Egito, o filme procura mesmo mostrar o cotidiano de uma família judia, com o pai escritor, a mãe dona de casa e o filho, ainda garotinho, tentando achar seu lugar no mundo. É uma família de classe média baixa, com o pai tentando se manter com a publicação de seus livros, que vendem pouco. A figura central é a da mãe, interpretada por Natalie Portman. Na juventude ela foi uma mulher cheia de sonhos, cheia de esperanças, que aos poucos vão desaparecendo por causa da pobreza, do casamento fracassado (o marido tem amantes) e do cotidiano massacrante do dia a dia. Assim ela acaba entrando em depressão. O problema é que naquela época essa era uma doença não muito bem conhecida pela medicina. Os médicos não sabiam direito como tratar esse mal. A terça parte final do filme explora justamente essa situação, com a mãe judia, que antes era tão vivaz e cheia de vida, definhando aos poucos. É um enredo baseado na tristeza e na depressão. Não é um filme com final feliz, mas tem uma sensibilidade à toda prova. Portman se sai bem melhor do que todos esperavam nessa sua primeira primeira experiência atrás das câmeras. Será que ela irá seguir por esse caminho em sua carreira? Bom, isso só o tempo poderá dizer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Jackie

Título no Brasil: Jackie
Título Original: Jackie
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Pablo Larraín
Roteiro: Noah Oppenheim
Elenco: Natalie Portman, Peter Sarsgaard, John Hurt, Billy Crudup
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Anos após o assassinato de seu marido, a ex-primeira dama Jackie Kennedy (Natalie Portman) aceita receber a visita de um jornalista para uma entrevista. Ela aceita dar uma entrevista em sua própria casa, em Massachusetts. Enquanto suas lembranças vão se atropelando em sua memória ela vai recordando momentos bons e trágicos de sua vida, como a vida na Casa Branca, as aparições públicas na TV, os grandes bailes e, é claro, o dia trágico em que seu marido, o presidente JFK, foi morto em Dallas durante uma parada em carro aberto pelas ruas da cidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Natalie Portman), Melhor Figurino (Madeline Fontaine) e Melhor Música (Mica Levi). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Natalie Portman).

Comentários:
"Jackie" é um filme sobre o luto. Explico. Inicialmente o roteiro mostra Jackie recebendo um jornalista em sua casa. Ela não tem a menor intenção de falar do dia da morte de seu marido JFK. Ela sabe que o jornalista está mesmo em busca dessa informação. Porém antes de qualquer coisa ela procura ter o controle sobre tudo o que será dito e publicado. Aquela seria uma das primeiras entrevistas dela para a imprensa e por isso Jackie Kennedy, que também era uma jornalista de profissão, procura manter tudo sob o seu estrito controle. Só que nem tudo sai como planejado e ela, tomada pela emoção, acaba falando e revelando memórias do dia em que JFK foi assassinado em Dallas. Assim o filme apresenta uma linha narrativa principal - com Jackie e o jornalista em sua casa - e vários flashbacks representando tudo o que ela estava relembrando naquele momento. O interessante é que o roteiro não parece muito disposto a desenvolver outros aspectos que não sejam o sensacionalismo do assassinato, das primeiras reações após a morte do presidente e dos preparativos do funeral. Tanto isso é verdade que há uma cena que até achei de mau gosto quando a cabeça de John literalmente explode após levar o tiro certeiro dado pelo assassino Lee Oswald. Achei desnecessário, explícita demais e um tanto desrespeitosa à memória do presidente. Depois do tiro fatal acompanhamos tudo o que aconteceu depois, com Jackie desnorteada, em estado de choque, sem saber mesmo o que fazer (o que era naturalmente muito compreensível).

Há também uma certa dose de frivolidade na primeira dama quando ela começa a exigir um funeral como o que foi feito para a morte do presidente Lincoln. Aliás é bom que se diga que apesar dos elogios da crítica em geral, não consegui apreciar muito a interpretação da atriz Natalie Portman nesse filme. Achei até que ela soa muito forçada em determinados momentos. Um exemplo disso acontece nas cenas em que Portman interpreta Jackie durante um programa para a TV onde se procurava mostrar o interior da Casa Branca para o povo americano. Ela fala de modo estranho, nada natural, em uma caracterização que pouco lembra a primeira dama, que sempre foi conhecida por ter uma personalidade forte e segura de si mesma. Assim o que temos no final é um longo filme de luto, mostrando basicamente os momentos que antecederam o enterro de JFK. Claro que do ponto de vista de detalhes históricos tudo é mais do que interessante. Ficamos sabendo até mesmo que Jackie se envolveu na escolha do lugar de sepultamento do presidente, dos preparativos do desfile fúnebre, com direito a um cavalo não montado representando a ausência do presidente (apesar dele nunca ter tido um em vida, como bem salienta um dos personagens) e por fim um longo diálogo que ela trava com um padre (interpretado pelo sempre excelente John Hurt, recentemente falecido). É uma ode à dor, ao luto e a um dos momentos mais impactantes da história dos Estados Unidos, tudo visto sob o estrito ponto de vista de Jackie. Se você aprecia esse tipo de espetáculo, digamos, mórbido, certamente vai gostar. De minha parte esperava mesmo por algo mais abrangente sobre a vida da protagonista.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Em Qualquer Outro Lugar

Título no Brasil: Em Qualquer Outro Lugar
Título Original: Anywhere But Here
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Wayne Wang
Roteiro: Mona Simpson, Alvin Sargent
Elenco: Susan Sarandon, Natalie Portman, Bonnie Bedelia
  
Sinopse:
Adele August (Susan Sarandon) e sua filha Ann (Natalie Portman) mudam de uma cidade interiorana para a grande cidade, indo morar em um bairro novo, chique, dando origem a uma nova realidade em suas vidas. Para a mãe Adele a mudança significa um novo recomeço em sua vida, com grande potencial de futuro. Já sua filha Ann se sente deslocada, infeliz por ter deixado todos os seus amigos para trás. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Natalie Portman).

Comentários:
Um bom filme com toques de drama (e até humor) sobre as dificuldades de relacionamento entre mãe e filha. O maior interesse para os cinéfilos vem do elenco. É uma dupla muito interessante, formada pela veterana Susan Sarandon e uma ainda bem jovem Natalie Portman, aqui procurando se consolidar na carreira. Não é um exagero dizer que apesar da experiência de Sarandon ela foi superada pela jovem Portman em cena. A garota, mesmo ainda com pouca idade, já demonstrava que tinha um talento nato, diria até mesmo surpreendente. Suas emoções na realidade implodem, quando ela sai de sua vida cotidiana para uma nova realidade, novos costumes, uma nova forma de viver. Tudo valorizado pelo bom trabalho do cineasta oriental Wayne Wang. Importado de Hong Kong ele demonstra ter muito feeling para esse tipo de produção, algo que já havia demonstrado em seu filme mais conhecido, "O Clube da Felicidade e da Sorte", que também se tratava do delicado relacionamento entre mães e filhas. Vale a pena assistir, principalmente por causa do trabalho dessas atrizes, que fazem a diferença.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cold Mountain

"Cold Moutain" narra a estória de duas mulheres que, sozinhas, terão que enfrentar o desafio de sobreviver em um dos períodos mais conturbados da história norte-americana. A Guerra Civil levou todos os homens para o campo de batalha. Para trás ficaram apenas as mulheres, crianças e idosos, tentando levar em frente suas propriedades rurais da melhor forma possível. Ada (Nicole Kidman) é uma dessas mulheres. Ao lado de Ruby (Renée Zellweger) ela tenta tocar a fazenda deixada por seu pai. Não é algo fácil ou simples. Como se não bastassem os efeitos danosos da guerra elas ainda tem que lidar com o clima hostil e a falta de uma melhor infra-estrutura na região, o que torna tudo mais complicado. Ada tem esperanças que seu namorado Inman (Jude Law) volte vivo do front mas tudo se torna incerteza e apreensão. Enquanto o país se destroça a pequena vila de Cold Mountain tenta sobreviver ao caos em volta. "Cold Mountain" é um bom filme mas há alguns aspectos importantes a se considerar. Há um certo artificialismo na condução do roteiro. As situações em cena tentam imitar os grandes épicos clássicos do passado mas o resultado pode ser definido como irregular.

O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.

Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Outra

Título no Brasil: A Outra
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
  
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.

Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Thor - O Mundo Sombrio

Título no Brasil: Thor - O Mundo Sombrio
Título Original: Thor - The Dark World
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios, Walt Disney Studios
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston

Sinopse:
Milhares de anos atrás, uma raça de seres poderosos tentou mergulhar o universo em profundas e eternas trevas, usando uma arma mortal. Os Deuses de Asgard conseguiram deter a ameaça. O líder Malekith porém conseguiu escapar para um dia retornar para sua vingança. Agora Thor (Chris Hemsworth) deverá enfrentar novamente essa terrível ameaça contra a humanidade. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas seguintes categorias: Melhor Filme adaptado de Quadrinhos, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hiddleston), Melhor Figurino, Melhores Efeitos Especiais e Maquiagem.

Comentários:
Ao custo de 170 milhões de dólares esse segundo filme com o personagem Thor acabou se saindo bem melhor do que o primeiro. Talvez a grande diferença venha do fato da Marvel ter trazido um roteirista de HQs, Christopher Yost, para escrever o texto final da produção. Decisão acertada pois assim o filme acabou agradando tanto ao público que não lê muito os quadrinhos como os fãs desse estilo de linguagem. O ator Chris Hemsworth também se mostra mais à vontade no papel de Thor, ao contrário do que deixou transparecer de certa forma no primeiro filme. A insegurança e o nervosismo que eram naturais na primeira aparição aqui deram lugar a mais confiança em sua atuação. O enredo também se mostra muito bom, bem bolado e fiel ao personagem Thor dos quadrinhos, um dos mais interessantes heróis da galeria Marvel. Com tantas peças encaixadas bem, não é de se admirar que o filme tenha conseguido bastante êxito tanto do ponto de vista comercial como pelas boas reações da crítica especializada. O único "porém" de tudo foi o pouco aproveitamento da atriz Natalie Portman em cena, pois esse é um típico caso de intérprete bem maior do que seu personagem. Premiada e aclamada por seu grande talento dramático, Portman não tem muito o que fazer a não ser correr pra lá e pra cá. Esse filme a desperdiça completamente. Talvez ela só esteja no elenco para colher os frutos do imenso sucesso comercial da fita, pois em termos de adição de algo a mais em seu currículo como atriz dramática, não há mesmo nada de muito relevante.

Pablo Aluísio.

 

sábado, 20 de dezembro de 2014

Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones (2002)

Título no Brasil: Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones
Título Original: Star Wars Episode II - Attack of the Clones
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Lucasfilm, Twentieth Century Fox
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Elenco: Hayden Christensen, Natalie Portman, Ewan McGregor, Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Frank Oz, Rose Byrne

Sinopse:
Dez anos depois dos eventos do primeiro episódio, Anakin Skywalker (Hayden Christensen) compartilha um romance proibido com Padmé (Natalie Portman), enquanto Obi-Wan (Ewan McGregor) investiga uma tentativa de assassinato contra um importante senador, descobrindo a existência de um exército de clones. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Não chega a ser tão ruim como o episódio I, mas também não é nenhuma maravilha. Na verdade colocando as cartas na mesa temos que admitir que essa segunda trilogia "Star Wars" no cinema deixou bastante a desejar. Talvez as expectativas tenham chegado nas alturas ou talvez George Lucas tenha mesmo esquecido de escrever boas estórias se confiando apenas nas maravilhas da tecnologia digital. O que podemos afirmar com certeza é que esses novos filmes muitas vezes caíram na mais pura e simples bobagem. Até mesmo personagens cativantes e marcantes como o mestre Yoda perderam a graça. Se na trilogia original ele era um velhinho sábio e cheio de boas lições, aqui ele dá saltos e rodopios no ar enquanto enfrenta seus inimigos (em cenas que muitas vezes se tornam cômicas, tamanho o absurdo das situações sem noção). De bom mesmo apenas momentos proporcionados pelo elenco que de fato é muito bom. Curiosamente muitos atores se queixaram depois da falta de uma boa direção nesse quesito por parte de Lucas. Realmente ele nunca foi um bom diretor de atuação, preferindo se dedicar apenas na sala de montagem e efeitos especiais. Mesmo sendo um omisso no set o elenco conseguiu ainda arrancar alguns dos momentos realmente bons desse filme, com destaque para a bela Natalie Portman e do esforçado Ewan McGregor que conseguiu transformar seu Obi-Wan Kenobi em um personagem mais marcante do que da trilogia original. Péssimo mesmo apenas o medíocre Hayden Christensen como Anakin Skywalker. É de se admirar que com um ator tão fraco se conseguiu levar em frente essa série. De qualquer forma a saga "Star Wars" seguirá em frente breve, esperamos que com melhores resultados.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A Loja Mágica de Brinquedos

Título no Brasil: A Loja Mágica de Brinquedos
Título Original: Mr. Magorium's Wonder Emporium
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Zach Helm
Roteiro: Zach Helm
Elenco: Natalie Portman, Dustin Hoffman, Jason Bateman

Sinopse:
Mr. Edward Magorium (Dustin Hoffman) é um simpático e imaginativo dono de uma secular loja de brinquedos que afirma ter mais de 240 anos de idade! A alegria e a mágica de viver seriam as responsáveis por sua incrível longevidade, mas o tempo passou e ele finalmente decide que irá se aposentar. Assim resolve deixar seu mágico estabelecimento para a doce e meiga jovem Molly (Natalie Portman) que deve levar a magia do lugar em frente a partir de agora.

Comentários:
Não chega a ser um filme ruim, longe disso. Na verdade é uma tentativa de se realizar uma fábula mágica, direcionada principalmente  para as crianças. O elenco é muito bom e conta não apenas com a experiência e talento do grande Dustin Hoffman, que infelizmente tem pago alguns micos em filmes inexpressivos, como também com Natalie Portman, provavelmente a melhor atriz de sua geração. O problema é que infelizmente o roteiro não ajuda. Zach Helm dirigiu e escreveu o roteiro, mas não consegue convencer muito. Na verdade esse foi seu primeiro filme como diretor e sua falta de experiência em conduzir o enredo se torna bem visível e clara. Embora tenha sido o roteirista de outra obra que passeava por um realismo fantástico como em "Mais Estranho que a Ficção", aqui ele não consegue obter o mesmo resultado positivo. De bom mesmo podemos apenas citar a bela direção de arte e os efeitos especiais, discretos e usados de forma correta, como instrumento para se contar a estorinha e não o contrário. No geral é um filme indicado mesmo para a garotada que provavelmente conseguirá se divertir, apesar dos erros que ele apresenta.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de julho de 2014

O Profissional

Título no Brasil: O Profissional
Título Original: Léon
Ano de Produção: 1994
País: França
Estúdio: Gaumont, Les Films du Dauphin
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Jean Reno, Gary Oldman, Natalie Portman

Sinopse:
A jovem garota Mathilda (Natalie Portman) de apenas 12 anos acaba presenciando a morte de sua família em Nova York. Desesperada, ela acaba fugindo para o apartamento ao lado onde clama por refúgio. Lá mora o misterioso Léon (Jean Reno). Ele não interage socialmente com ninguém e procura levar uma vida sem chamar a atenção. O motivo é simples de entender, pois Léon é na realidade um assassino profissional que precisa viver nas sombras para realizar bem seu serviço. Da aproximação entre duas pessoas tão diferentes nasce uma improvável amizade. Filme indicado a sete categorias no César Awards, entre elas Melhor Direção, Ator (Reno) e Fotografia (Thierry Arbogast).

Comentários:
Não considero dos melhores filmes de Luc Besson, mas certamente é dos mais populares, inclusive no Brasil onde fez bela carreira profissional nos cinemas e depois no mercado de vídeo. O cineasta que sempre se notabilizou por realizar filmes intrigantes, com uma concepção visual que fugisse dos padrões mais comerciais do circuito, aqui optou por uma abordagem mais mainstream. Você encontrará pouca coisa de obras anteriores de Besson como o neopunk "Subway" ou o maravilhoso visual de "Imensidão Azul". Na verdade esse filme é uma espécie de irmão mais novo de outro filme do diretor sobre assassinos profissionais, o hoje cultuado "Nikita - Criada Para Matar" de 1990, que inclusive gerou uma popular série de TV nos Estados Unidos. A única diferença mais marcante entre as duas produções é que nessa Luc Besson centrou o foco muito mais no lado humano dos personagens, principalmente na complexa estrutura psicológica do assassino profissional Léon (em ótima interpretação do talentoso ator Jean Reno) e sua aproximação com Mathilda (Portman). Gary Oldman também está ótimo e Natalie Portman, ainda garotinha, já mostrava que tinha talento para dar e vender.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Thor - O Mundo Sombrio

Título no Brasil: Thor - O Mundo Sombrio
Título Original: Thor - The Dark World
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Tom Hiddleston, Stellan Skarsgård, Christopher Eccleston 

Sinopse:
Após os eventos do primeiro filme, Thor (Chris Hemsworth) precisa trazer novamente paz para os nove reinos. Seu irmão Loki (Tom Hiddleston) vai para a prisão e Odin (Anthony Hopkins) decide que fará de Thor o seu próximo Rei. O que todos não percebem é que a agora pacificada Askart está prestes a ser invadida por poderosas forças do mal, entidades milenares que desejam levar todo o universo de volta para a era das sombras.

Comentários:
E a Marvel segue sua trilha de grandes sucessos de bilheteria. Agora é a vez da sequência do personagem Thor, uma adaptação da velha mitologia viking para os dias de hoje pelas mãos do talentoso Stan Lee. Certamente é um tipo de filme que exige uma produção mais requintada do que a dos demais personagens Marvel, isso em razão do fato de Thor viver a maior parte do tempo em seu próprio universo, Askart, e isso significar obviamente ter uma direção de arte própria, com figurinos luxuosos e tudo mais. Assim como aconteceu com a sequência do Capitão América, essa segunda aventura de Thor se mostrou mais bem realizada e com roteiro muito mais redondinho do que o primeiro filme da franquia. Os atores do  filme original retornaram e a trama flui com mais naturalidade. Além disso, como convém a todo bom filme de super-herói, esse aqui conta com vilões bem interessantes, bacanas mesmo, entre eles o tal de Malekith (Christopher Eccleston), que deseja levar o universo de volta às sombras eternas. Chris Hemsworth continua o mesmo bombadão de sempre, um ator não muito expressivo, mas que pelo menos não compromete. Já Natalie Portman não me convenceu muito. Surge abatida, envelhecida (e o problema não é do seu personagem). Parece que a Portman é daquelas mulheres que não se dão muito bem com a maternidade, perdendo um pouco de sua beleza estética após terem filhos. Isso até seria normal, pena que ela própria não parece lá muito empolgada pelo material. Provavelmente retornou ao seu papel apenas por causa do cachê milionário, até porque convenhamos esse tipo de personagem não deve significar muito para ela, principalmente depois de se consagrar em cena no filme "Cisne Negro". Mas isso é de menor importância pois no final "Thor - The Dark World" cumpre aquilo que prometeu, diversão escapista para fãs de personagens em quadrinhos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Um Beijo Roubado

Título no Brasil: Um Beijo Roubado
Título Original: My Blueberry Nights
Ano de Produção: 2007
País: França, China, Hong Kong
Estúdio: StudioCanal
Direção: Kar Wai Wong
Roteiro: Kar Wai Wong, Lawrence Block
Elenco: Norah Jones, Jude Law, Natalie Portman

Sinopse:
Elizabeth (Norah Jones) teve seu coração partido em seu último relacionamento. Para se consolar ela começa a frequentar o restaurante de Jeremy (Jude Law) para conversar e arejar melhor suas ideias. E é lá que ela recomeça a reencontrar a si mesmo, para superar seus problemas emocionais e afetivos, procurando recuperar os rumos de sua vida novamente. Filme indicado a Palma de Ouro em Cannes.

Comentários:
O cinema independente tem muita coisa boa para dar aos cinéfilos. Veja o caso dessa pequena produção que encantou muita gente em seu lançamento. Uma produção franco-oriental que realmente traz algo de novo no combalido circuito comercial. O elenco americano deu a falsa impressão a muitos espectadores de que estavam assistindo um filme americano, uma conclusão equivocada. O que faz diferença nesse sutil drama romântico é realmente a leveza da alma oriental, ministrada pelo ótimo cineasta chinês Kar Wai Wong. O roteiro tem seu próprio ritmo, mais calmo e  contemplativo. Não há nenhum espaço para o ritmo mais frenético das produções Made in USA que todos estão acostumados. Tudo aqui vai acontecendo da forma mais natural possível, sem atropelos. No elenco temos o destaque da estréia da cantora Norah Jones no cinema. Ela deixou claro que nunca foi uma atriz mas que se esforçava para não fazer feio na tela. E não fez! Sua atuação é digna de elogios mesmo. Também contando com os ótimos Jude Law e Natalie Portman como apoio não poderia ser diferente. Assim "My Blueberry Nights" é de fato um filme pequeno, simples e modesto que cativa o espectador logo nos primeiros momentos. Um belo programa para o fim de semana, principalmente se você estiver bem acompanhado.

Pablo Aluísio.