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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O Operário

Título no Brasil: O Operário
Título Original: The Machinist
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmax Group
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Scott Kosar
Elenco: Christian Bale, Jennifer Jason Leigh, Michael Ironside, Aitana Sánchez-Gijón, John Sharian, Anna Massey

Sinopse:
O operário Trevor Reznik (Christian Bale) começa a ter surtos psiquiátricos. Ele vê pessoas que não existem, começa a desenvolver uma mania de perseguição, espasmos de paranoia e a ouvir vozes. Com a mente em desordem e uma grave insônia, ele começa a ver sua vida desmoronar, tanto no trabalho, como também em sua vida pessoal. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Christian Bale).

Comentários:
Christian Bale surpreendeu nesse filme. Ele perdeu muitos quilos, ficou magérrimo e praticamente desapareceu dentro de seu personagem. Sua dedicação, diria até obsessão, em emagrecer lhe valeu uma indicação ao Oscar, mas também problemas de saúde que até hoje o acompanham. Está praticamente irreconhecível na pele desse personagem, um trabalhador comum, que começa a enlouquecer. Pelo próprio tema o filme tem um clima pesado, praticamente sufocante. A fotografia é toda em tons de cinza, não surgindo cores no caminho desse sofrido homem que submerso em delírios, acaba ficando sabendo sem saber o que é fruto de sua insanidade e o que é real. O roteiro é bem escrito, mas depois de muitos anos assistindo a filmes como esse, devo dizer que matei a charada cedo demais. Fica claro que o personagem de Bale não está bem, que sofre de algum problema mental. Então quando pessoas só aparecem para ele e ninguém mais, fica meio óbvio que se trata de alucinações de sua mente. É um filme tenso, diria nada agradável, mas que como cinema surge tratando de temas relevantes. Se a questão lhe interessa de alguma maneira, não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de julho de 2018

Beirute

Quando o filme começa encontramos o agente diplomático Mason Skiles (Jon Hamm) dando uma animada recepção em sua casa em Beirute. O clima é muito animado. Era o ano de 1972 e a cidade do Oriente Médio era considerada um jardim de tranquilidade naquela região do mundo. Cristãos e muçulmanos viviam bem juntos, havia turismo e muitos hotéis de luxo. Economicamente era uma cidade próspera e bem organizada, mas eis que o fundamentalismo islâmico começou a se espalhar causando terror e mortes por todos os lugares. O próprio Mason acaba vendo a esposa morrer nessa guerra insana. Ele então retorna aos Estados Unidos. Desiludido, com problemas de alcoolismo, ele tenta encontrar um novo sentido na vida.

Até que um dia recebe um estranho convite para dar uma palestra em Beirute. Ele não vai lá desde a morte da esposa, há dez anos. Mesmo assim, por causa da bela oferta em dinheiro, resolve retornar. A velha Beirute que ele conheceu já não existe mais. Tudo o que sobrou foram escombros e destruição. Pior do que isso. Ele descobre que o tal convite da universidade foi apenas uma fachada criada pela CIA que queria seu retorno para participar das negociações de resgate de um agente da embaixada americana que foi sequestrado por terroristas. E assim segue o enredo. No geral gostei dessa nova produção do Netflix. O roteiro poderia ter entrado mais fundo na questão libanesa, mas do jeito que está, valorizando mais as negociações do sequestro, até que prende a atenção. O ator Jon Hamm de "Mad Men" encara um de seus primeiros filmes como protagonista e não se sai mal. Ele tem o jeito certo para esse tipo de produção. Só falta encontrar o roteiro certo para virar, quem sabe, um novo astro de cinema.

Beirute (Beirut, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Tony Gilroy / Elenco: Jon Hamm, Jay Potter, Khalid Benchagra / Sinopse: Mason Skiles (Jon Hamm) é um ex-agente diplomático americano que acaba caindo numa armadilha criada pela CIA. Ele retorna para Beirute, onde trabalhou dez anos antes, para se envolver nas negociações de sequestro de um membro da embaixada dos Estados Unidos. O líder dos terroristas é um velho conhecido seu, tendo trabalhado ao seu lado quando era apenas um jovem rapaz.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Expresso Transiberiano

Título no Brasil: Expresso Transiberiano
Título Original: Transsiberian
Ano de Produção: 2008
País: Espanha, Alemanha, Inglaterra
Estúdio:  Filmax International, Canal+ España
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Brad Anderson, Will Conroy
Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley

Sinopse: 
Uma viagem transcontinental entre a China e Moscou, passando pela gelada e inóspita Sibéria se torna um intrigado caso de suspense e morte após um grupo de americanos descobrirem que um crime foi cometido a bordo.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena não por serem inovadores, obras primas da sétima arte ou por terem grandes roteiros. Alguns filmes valem a pena por causa de aspectos secundários, que em outras produções, chamariam menos a atenção. É o caso desse "Expresso Transiberiano". O roteiro é até interessante mas sem muitas novidades. Também pudera, desde que a grande escritora Agatha Christie escreveu o famoso livro "Murder on the Orient Express" em 1934 esse tipo de trama como a que vemos aqui deixou de ser novidade. O elenco também não traz nada de muito surpreendente, embora conte com bons atores em seu conjunto. O que no final das contas vale mesmo a pena em "Transsiberian" é a fantástica fotografia de uma das regiões mais selvagens e hostis do planeta, exatamente a rota pelo qual o trem passa em todas as suas viagens. Aliás olhando para todo aquele gelo podemos compreender porque os presos políticos do regime comunista da URSS se consideravam praticamente mortos quando eram enviados à Sibéria. É um mar de gelo e neve que não parece ter fim. Definitivamente não é lugar para um ser humano morar. Belo? Certamente mas apenas em filmes como podemos ver aqui, no aconchego do lar. Enfim, não, a película não é uma obra de arte, nem um clássico do cinema mas vai levar você para uma viagem muito interessante pela inferno gelado da Sibéria.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de agosto de 2013

Chamada de Emergência

Se você estiver em busca de um bom thriller de suspense então "Chamada de Emergência" pode ser uma boa opção. A atriz Halle Berry interpreta Jordan Turner, uma policial que trabalha no serviço de emergência 911 em uma grande cidade americana. Sua função é atender os pedidos de socorro da população e enviar imediatamente uma equipe policial para o local da chamada. Sua vida começa a mudar quando ela recebe a aterrorizante chamada de uma adolescente de 16 anos. Ela está sozinha em casa que acaba de ser invadida por um estranho. Tentando ajudar Jordan acaba cometendo um grande erro de conduta e procedimento, levando a pobre garota à morte. Arrasada, começa a tomar antidepressivos para superar o trauma. Seis meses depois ela acaba recebendo outra chamada muito parecida com a anterior. Uma outra jovem é sequestrada ao sair de um shopping e está presa no porta-malas do carro de um homem desconhecido. Ao que tudo indica é o mesmo psicopata que atacou a primeira jovem. Agora Jordan enfrentará o maior desafio de sua carreira profissional e tentará de todas as formas salvar a vida da adolescente.

Sem parecer exagerado afirmo que os primeiros 60 minutos desse filme são simplesmente perfeitos. Os nervos do espectador ficam a mil, pois a situação mostrada é além de aterrorizante muito agonizante também. O roteiro também se mostra muito eficiente ao mostrar todas as possibilidades de uma situação tão limite. Infelizmente na terça parte final "Chamada de Emergência" decai um pouco mas isso em absoluto não tira os méritos da produção que é uma das mais interessantes que já vi nesse tipo de suspense. Halle Berry defende muito bem seu papel mas quem acaba se sobressaindo mesmo são Abigail Breslin que interpreta a jovem adolescente sequestrada e Michael Eklund como o serial killer Michael Foster. Não é um filme que vá desvendar em minúcias a loucura do psicopata da trama mas dentro de sua proposta de trazer tensão, suspense e terror ao seu público o filme se sai excepcionalmente bem.

Chamada de Emergência (The Call, Estados Unidos, 2013) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Richard D'Ovidio / Elenco: Halle Berry, Abigail Breslin,  Michael Eklund, Morris Chestnut / Sinopse: Um novo serial killer que mata adolescentes acaba abalando psicologicamente uma policial atendente de 911 emergência. Agora, meses depois de um crime cruel, ela se depara com um novo pedido de socorro que ao que tudo indica é de mais uma vítima do mesmo psicopata.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de abril de 2012

Mistério na Rua 7

Numa Detroit abandonada, onde a população praticamente está desaparecida, um jovem luta para sobreviver com o pouco de luz que lhe resta pois a escuridão significa morte certa. Não adianta pegar apenas uma premissa simples para fazer um filme inteiro em cima dela sem nem ao menos desenvolvê-la. É isso que acontece nesse "Mistério na Rua 7". A tal premissa é a seguinte: todas as pessoas simplesmente começam a sumir após um pane que deixa toda uma cidade na escuridão completa. Essas pessoas que somem nas sombras deixam para trás apenas suas roupas pelo chão e simplesmente desaparecem sem deixar rastros. Só sobram cinco delas para tentar entender o que está acontecendo: um jornalista (o sempre inexpressivo Hayden Christensen), um projetista de cinema (John Leguizamo, péssimo), uma enfermeira, um garoto afro americano e uma garotinha misteriosa.

E é isso. Não existe mais nada no argumento do filme. Nada é explicado, nada é esclarecido, as tais sombras na escuridão fazem sons estranhos mas nunca aparecem, o Christensen corre pra lá e pra cá com lanternas penduradas no pescoço (sim, as sombras não conseguem devorar a luz e pelo que entendi atores canastrões também, o que talvez explique a sobrevivência desse sujeito). Com 40 minutos de filme a paciência acaba e você fica torcendo para que esses chatos morram logo de uma vez para você não ficar mais nessa encheção de salsicha. Enfim, filme fraco, suspense capenga e atuações medíocres. O filme só vale mesmo pela ironia: nele acompanhamos a carreira do Hayden Christensen sendo engolida literalmente pelo buraco negro! Tomara que agora ele suma de uma vez por todas! Amém!

Mistério na Rua 7 (Vanishing on 7th Street, Estados Unidos, 2010) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Anthony Jaswinski / Elenco: Hayden Christensen, Thandie Newton, John Leguizamo / Sinopse: Numa Detroit abandonada, onde a população praticamente está desaparecida, um jovem luta para sobreviver com o pouco de luz que lhe resta pois a escuridão significa morte certa.

Pablo Aluísio.