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domingo, 5 de dezembro de 2021

007 - Permissão para Matar

Nessa aventura o agente secreto James Bond (Timothy Dalton) resolve trabalhar por conta própria, indo em busca de vingança contra um perigoso e sanguinário traficante de drogas internacional, responsável pela morte de um agente da CIA, velho amigo e companheiro de Bond em missões conjuntas realizadas no passado. Um jornada em busca de justiça de fundo bem pessoal por parte do famoso personagem criado por Ian Fleming. Apesar da proposta mais inovadora do roteiro, o fato é que não deu muito certo essa segunda atuação do ator Timothy Dalton como James Bond. A famosa franquia tentava se adaptar aos novos tempos e procurou trilhar um caminho mais realista para as aventuras do agente inglês nas telas. O público porém não comprou a ideia. Com uma bilheteria considerada fraca demais pelo estúdio o resultado morno do ponto de vista comercial selou o destino de Dalton na série. Ele foi demitido e os produtores foram atrás de um novo ator (que acabaria sendo Pierce Brosnan, que finalmente daria certo, conciliando público e crítica em torno de seu nome).

Assim o reinado de Timothy Dalton como James Bond só duraria dois filmes, fato que o colocaria à frente apenas de George Lazenby que realizou apenas um filme como Bond nos anos 1960 (o mal sucedido "007 – À Serviço Secreto De Sua Majestade"). Considero Dalton um bom ator, que segurou bem as pontas nesse momento de transição da franquia durante os anos 1980. Roger Moore estava velho demais para o papel e não havia ninguém ainda disposto a aceitar a responsabilidade de encarnar Bond nas telas. Um fato curioso é que Mel Gibson havia sido convidado para suceder Moore, mas recusou alegando que o personagem era "inglês demais" para seu gosto! Ele não gosta de ingleses, como todos sabemos. Esse filme, como o anterior, é bom, bem produzido e com roteiro bem escrito. Infelizmente os fãs queriam mesmo ver as antigas e fantasiosas estórias envolvendo Bond e não o aceitaram muito bem como alguém de carne e osso. De qualquer forma a direção do veterano John Glen manteve a qualidade do filme acima de qualquer crítica.

007 - Permissão para Matar (Licence to Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1989) Direção: John Glen / Roteiro: Michael G. Wilson, Richard Maibaum / Elenco: Timothy Dalton, Robert Davi, Carey Lowell / Sinopse: Um agente, amigo de James Bond, é assassinado por um perigoso traficante internacional de drogas. Depois desse crime James Bond decide ir atrás de vingança. Filme indicado ao prêmio da Edgar Allan Poe Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

007 Marcado para a Morte

Título no Brasil: 007 Marcado para a Morte
Título Original: The Living Daylights
Ano de Produção: 1987
País: Inglaterra
Estúdio: Eon Productions, MGM
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Timothy Dalton, Maryam d'Abo, Jeroen Krabbé, Joe Don Baker, John Rhys-Davies, Andreas Wisniewski

Sinopse:
James Bond (Timothy Dalton) ajuda um militar russo a deserdar para o Ocidente. Nesse meio tempo acaba descobrindo também um complexo plano de uma organização criminosa envolvida com traficantes internacionais da União Soviética, do bloco comunista. no Leste europeu.

Comentários:
Com a aposentadoria de Roger Moore os produtores foram atrás de um novo ator para a franquia de James Bond nos cinemas. O escolhido acabou sendo Timothy Dalton. Ele não era muito conhecido, poucas pessoas conseguiam se lembrar dele. Infelizmente Dalton acabou fazendo apenas dois filmes como o agente secreto 007. Esse seu primeiro filme até teve uma bilheteria razoável, mas os números do segundo filme não convenceram e ele acabou sendo demitido. Apenas George Lazenby, que havia feito apenas um filme como Bond durante os anos 60, conseguiu superar Dalton no quesito brevidade. Uma pena pois Dalton, em minha opinião, não deixava a desejar como Bond. Ele era bom ator. O que deu errado então? Acredito que Timothy Dalton não tenha agradado ao público que estava acostumado com Roger Moore. Sempre que havia uma troca de um ator que havia ficado por anos interpretando Bond acontecia esse tipo de coisa. Com Sean Connery aconteceu exatamente isso. É uma pena porque esse filme dos anos 80 tinha todos os elementos para agradar aos fãs do agente secreto. Até uma ótima trilha sonora (com o A-ha) encaixava bem com o espírito da época. Tive a oportunidade de assistir no cinema e não me decepcionei. Estava esperando pelo menos uns cinco filmes de Bond com Dalton, mas realmente não deu. Ele acabou sendo substituído por Pierce Brosnan em pouco tempo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

007 - Na Mira dos Assassinos

Esse filme foi marcante por diversos motivos. Em nível pessoal foi o primeiro filme de James Bond que assisti no cinema! Já para a franquia do agente inglês marcou a despedida do ator Roger Moore do personagem que o consagrou durante toda a década de 1970. Ele já estava velho para o papel, só que o estúdio com medo de mudanças o deixou um pouco mais. Nessa produção ela já demonstra que não tinha mais o mesmo pique e vigor dos primeiros filmes. A idade já começava a pesar. Curiosamente isso porém não atrapalhou o filme como um todo, pois até hoje os fãs elogiam "A View to a Kill" com um dos melhores do agente. Algo que poucos poderiam imaginar quando o filme foi lançado nos cinemas.

Pequenos detalhes de produção fizeram diferença. Desde o bom roteiro escrito pela dupla Richard Maibaum e Michael G. Wilson, passando pela direção do veterano diretor John Glen que dirigiu vários filmes de Bond ao longo dos anos. Até a trilha sonora se tornou acima da média, sendo assinada pelo grupo Duran Duran em parceria com o maestro e compositor John Barry. Grace Jones ajudava no elenco de apoio e a trama mantinha o interesse. Praticamente nada faltou mesmo nesse Bond dos anos 80. O enredo girava em torno de um vilão em busca de controlar o novo mundo da tecnologia que nascia (a internet ainda não era uma realidade para todos, mas já existia e o PC começava a ser um item comum nas casas). Enfim, um filme de James Bond que não fica nada a dever aos melhores da série.

007 - Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson, baseados na obra original escrita por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Walken, Grace Jones, Tanya Roberts / Sinopse: O agente James Bond (Roger Moore) precisa destruir os planos de um vilão que deseja se apoderar de uma nova tecnologia que estava para nascer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("A View to a Kill" de Duran Duran e John Barry).

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de junho de 2014

007 Contra Octopussy

Título no Brasil: 007 Contra Octopussy
Título Original: Octopussy
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists, MGM
Direção: John Glen
Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum
Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan

Sinopse:
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Codjuvante (Maud Adams).

Comentários:
Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

007 - Somente Para Seus Olhos

Título no Brasil: 007 - Somente Para Seus Olhos
Título Original: For Your Eyes Only
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol

Sinopse:
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only").

Comentários:
Sexto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhorfa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto-paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento

Em 1992 dois filmes foram realizados para celebrar os 500 anos da histórica viagem de Cristovão Colombo para a América. O primeiro e mais bem sucedido foi 1492, estrelado por Gerard Depardieu. O segundo a chegar nos cinemas foi esse "Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento". Se trata de uma produção bem mais modesta, feito com um orçamento mais enxuto e com cenas menos impactantes do que o filme anterior. A intenção era mostrar mais os bastidores da viagem histórica. Assim os grandes personagens que tornaram possível a aventura de Colombo pelos mares ganharam maior visibilidade. O grande destaque vinha mesmo do elenco, com a presença do mito Marlon Brando em cena. O ator aceitou voltar ao trabalho por ter se interessado pelo roteiro desse filme, que se preocupava menos em ser grandioso e mais em desenvolver melhor todos os acontecimentos políticos da história real. Seu personagem era o terrível e cruel Tomas de Torquemada, famoso inquisidor espanhol da época. Brando que sempre foi um ativista liberal viu uma oportunidade de criticar a posição da igreja durante os eventos que desencadearam a descoberta do chamado novo mundo. Ele trabalhou com dedicação e afinco mas ficou profundamente decepcionado com a edição final do filme.

Isso foi causado pelo fato de que inúmeras de suas cenas foram cortadas na sala de edição. O estúdio achou a duração final do filme excessiva e tentando deixá-lo mais comercial cortes foram realizados. Um dos grandes prejudicados foi justamente Brando que viu grande parte de seu trabalho ser descartado sem pena pelos produtores. Tão irritado ficou que imediatamente deu algumas entrevistas afirmando que o filme do jeito que ficou era uma grande porcaria e que o público não deveria perder tempo com ele. Uma tentativa de conciliação foi realizada mas em vão. O filme saiu mutilado e Brando continuou a falar mal da produção (sua raiva foi tão intensa que até mesmo em sua autobiografia o ator não perdeu a oportunidade de falar mal do resultado final da produção). Ele até quis que seu nome fosse removido dos créditos mas não conseguiu. Por fim entendeu, resignado, que teria que aguentar toda a onda de criticas negativas que viriam após seu lançamento. O curioso é que o filme foi produzido pelos mesmos produtores de "Superman", amigos de Brando de longa data. A amizade porém não sobreviveu a "Colombo". Talvez se tivesse sido dirigido por Ridley Scott (a primeira opção do estúdio) o resultado ficasse mais interessante. Do jeito que ficou mais parece um projeto inacabado, com edição realmente mal feita, deixando a trama truncada e mal desenvolvida. Brando certamente tinha razão em suas reclamações.

Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento (Christopher Columbus: The Discovery, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, 1992) Direção: John Glen / Roteiro: Mario Puzo, John Briley / Elenco: Marlon Brando, Tom Selleck, Georges Corraface,  Rachel Ward, Catherine Zeta-Jones, Benicio Del Toro / Sinopse: O filme recria a história do descobrimento do novo mundo por Cristovão Colombo, famoso navegador que procurava um caminho para as índias navegando em direção ao ocidente.

Pablo Aluísio. 

domingo, 15 de abril de 2012

007 Na Mira dos Assassinos

É o último filme de Roger Moore como James Bond. Assistindo realmente chegamos na conclusão que era o fim da linha para Moore. Ele já estava velho demais para bancar o agente inglês (sinais da idade estão em toda parte, até seu pescoço, por exemplo, que mostra claros sinais da passagem do tempo). Além disso ele surge usando um cabelo estranho, de cor nada natural, bem artificial. Roger Moore foi um bom ator para a franquia. Ele nunca se levava muito à sério, seu filmes sempre tinham um lado de chanchada bem diferente dos que foram feitos por Sean Connery que apresentavam uma postura mais séria com o personagem. O roteiro é baseado em um pequeno conto de Ian Fleming publicado em 1960 (praticamente todos seus livros já tinham sido adaptados e por isso tiveram que apelar para pequenos textos deixados pelo autor). Para completar a trama misturaram com outros filmes de James Bond e o resultado de tanta mistura surge em cena. O filme não é ruim, tanto que anos depois o próprio Roger Moore confessou ser esse seu filme preferido com o personagem, mas a sensação de Deja Vu é muito forte.

Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever).

007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.

Pablo Aluísio.