terça-feira, 24 de setembro de 2024

À Beira do Abismo

Título no Brasil: À Beira do Abismo
Título Original: The Big Sleep
Ano de Lançamento: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Howard Hawks
Roteiro: William Faulkner, Leigh Brackett
Elenco: Humphrey Bogart, Lauren Bacall, John Ridgely, Dorothy Malone, Martha Vickers, Peggy Knudsen

Sinopse:
Philip Marlowe (Bogart) é um detetive particular de Los Angeles que é contratado por uma rica família da cidade para desvendar um caso criminal envolvendo traições, chantagens e assassinatos. E quanto mais ele se aprofunda no mistério, mais esse vai se tornando indecifrável. 

Comentários:
Certa vez um jornalista da velha Hollywood chegou para o ator Humphrey Bogart e lhe perguntou qual era o sentido da história desse filme. Bogart, com o cigarro no canto da boca, nem se abalou, virou para o repórter e respondeu com sinceridade: "Eu não tenho a menor ideia de que se trata aquele filme!". Pois é, nem Bogart, nem o resto do elenco e pasmem, nem os próprios roteiristas. Na realidade esses filmes clássicos de detetive priorizavam muito mais a estética do que a lógica. Por isso muitos deles apresentavam uma trama tão rebuscada, tão enrolada, tão assumidamente confusa, que se chegava a um ponto sem volta, onde nada fazia muito sentido mesmo. O que não significava que não era uma verdadeira aula de cinema. Esse segue nessa linha. Nem tente puxar o fio da meada da história, apenas assista e curta sua estética. E não havia mesmo nenhum ator melhor do que Humphrey Bogart para atuar nesse tipo de produção. Enfim, um dos grandes clássicos de histórias de detetive da Hollywood em sua era dourada. 

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Passar um conto do Raymond Chamdler do livro para o cinema é um desafio hercúleo e gera esses filmes inexpugnáveis. O Arthur Connan Doyle escrevia de uma forma mais simples, mais popular, e por isso o sei Sherlock Holmes é perfeito no.cinema, apesar do ator Robert Dawney Jr. fazer de tudo para desfigurar o personagem.

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  2. Nem tudo que funciona muito bem na literatura funciona bem no cinema. A literatura tem mais espaço para a reflexão, etc. Cinema precisa condensar tudo em 2 horas. Complicado.

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