quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bobby

Título no Brasil: Bobby
Título Original: Bobby
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Weinstein Company
Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Emilio Estevez
Elenco: Anthony Hopkins, Demi Moore, Sharon Stone, Laurence Fishburne, Helen Hunt, Joshua Jackson, Ashton Kutcher, Shia LaBeouf, Lindsay Lohan, William H. Macy, Heather Graham, Emilio Estevez, Christian Slater, Elijah Wood
  
Sinopse:
O filme acompanha a história de 22 pessoas no Ambassador Hotel ocorridas no mesmo dia em que o candidato à presidência dos Estados Unidos, Bobby Kennedy, foi assassinado e de como esse evento histórico acabou mudando a vida de cada uma delas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Música Original ("Never Gonna Break My Faith" de Bryan Adams).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. Uma excelente reconstituição histórica, com bom elenco, cheio de estrelas e uma história que por si só já era por demais interessante. Infelizmente o resultado final se mostrou disperso, frio e distante do espectador. Esse tipo de roteiro, ao estilo mosaico, exige um cuidado extra por parte do diretor pois corre-se o risco de, em determinado momento do filme, tudo soar falso e chato, levando o público a simplesmente perder o interesse no meio daquela verdadeira multidão de personagens que ficam poucos minutos na tela. Em "Bobby" isso infelizmente aconteceu. O ator e diretor Emilio Estevez não conseguiu evitar que isso se abatesse sobre sua obra cinematográfica. O resultado é que em pouco mais de 40 minutos de duração o filme já está morto. Tive a oportunidade de assistir no cinema, ao lado do público, sentindo a sua reação. Muitos se levantaram e foram embora, aborrecidos pela falta de foco de seu roteiro. Como eu expliquei, quando há muitos personagens em uma trama, sendo que nenhum deles é suficientemente importante para nos importar, então a tendência é realmente a dispersão completa, tanto do público quanto do próprio filme. Embora tenha sido elogiado por parte da crítica a ponto de alavancar algumas indicações ao Globo de Ouro o fato é que "Bobby" é realmente bem decepcionante.

Pablo Aluísio.

Eddie, o Ídolo Pop

Título no Brasil: Eddie, o Ídolo Pop
Título Original: Eddie and the Cruisers
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Martin Davidson
Roteiro: Martin Davidson, Arlene Davidson
Elenco: Tom Berenger, Michael Paré, Joe Pantoliano
  
Sinopse:
Um jornalista investigativo decide ir atrás das pistas sobre o desaparecimento de um antigo ídolo da música dos anos 60. Líder de um grupo de sucesso chamado Eddie and the Cruisers ele teria simplesmente sumido do mapa, sem deixar vestígios. Estaria ainda vivo e escondido em algum lugar remoto? E seu último álbum gravado e nunca lançado - ainda existiriam as gravações?

Comentários:
Não deixa de ser curioso assistir a um filme como esse. É uma visão da geração dos anos 80 sobre os antigos grupos de rock dos anos 60. Curiosamente o filme é estrelado por Michael Paré que interpreta Eddie Wilson, o cantor desaparecido. Embora não soubesse cantar (ele é dublado em todas as músicas) conseguiu realizar um bom trabalho de atuação. O roteiro apenas adapta uma velha lenda envolvendo a morte de Elvis Presley (sim, muitos ainda acreditam que ele não morreu em 1977) para desenvolver um enredo fantasioso sobre um astro do rock que cansado de tudo resolveu se mandar para viver seus últimos dias de vida em paz, longe de toda a loucura que cerca o mundo musical em geral. A trama fez sucesso e o filme acabou tendo uma continuação em 1989 com o título de "Eddie and the Cruisers II: Eddie Lives!". Esse segundo filme é bem mais melodramático do que esse original. Ambos porém valem a pena pela criatividade de seu enredo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Cão de Guarda

Pouca gente se lembra desse filme menor da filmografia de Jack Nicholson. Aqui ele atua ao lado da beldade Ellen Barkin (uma das atrizes mais sensuais do cinema americano dos últimos anos). O roteiro não agrada muito, soando tudo muito pueril e até bobo para nossa decepção. O enorme talento de Jack Nicholson, uma lenda da sétima arte, nem sempre foi devidamente explorado por Hollywood, como bem podemos provar nesse caso. Talvez por ser assim tão despretensioso acabou sendo esquecido pelo público - nem os fãs de Jack citam o filme mais. Na época que o assisti pela primeira vez não gostei muito, até porque pense bem, além de ser estrelado por Nicholson o filme ainda era dirigido pelo inspirador Bob Rafelson, que curiosamente aqui realizou uma obra sem profundidade, que não marcou e que não tinha nenhum conteúdo mais promissor.

No descartável enredo Jack Nicholson interpreta Eugene Earl Axline, um treinador de cães de guarda que acaba se envolvendo com uma de suas clientes, justamente uma mulher que só lhe traria problemas. Em suma, algo bem sem importância realmente, a típica fita que você levava para casa quando não havia mais nada melhor na locadora para assistir. Só não é perda de tempo completa por causa de Jack, Ellen e Bob. Fora eles, pouca coisa realmente se salva. Uma bola fora na vida de todos esses talentosos profissionais.

O Cão de Guarda (Man Trouble, Estados Unidos, 1992) Direção: Bob Rafelson / Roteiro: Carole Eastman / Elenco: Jack Nicholson, Ellen Barkin, Harry Dean Stanton./ Sinopse: Um treinador de cães se apaixona pela mulher errada, o que vai lhe trazer muitos problemas pessoais.

Pablo Aluísio.

Jamaica Abaixo de Zero

Esse filme assisti pela primeira vez em janeiro de 1995. É uma comédia muito simpática, ao estilo Disney, que mostra a história real de uma equipe esportiva nas Olimpíadas de Inverno. Até aí nada demais, a não ser o fato de que os atletas são jamaicanos!!! É um grupo muito aguerrido que praticamente nunca viu neve na vida - até porque isso seria impossível na caribenha Jamaica, com seu sol eterno e clima quente. Tudo muito divertido e simpático, com elenco carismático liderado pelo excelente comediante John Candy.

Falecido em 1994 esse ator foi um dos melhores de sua geração, tendo estrelado ótimas comédias como as inesquecíveis "Antes Só do que Mal Acompanhado" (ao lado do também maravilhoso Steve Martin) e "Quem Vê Cara Não Vê Coração" (uma comédia levemente dramática que diverte ao mesmo tempo em que emociona). No geral o filme acabou agradando muito e embalado por uma trilha sonora cheia de clássicos de Reggae "Jamaica Abaixo de Zero" acabou arrancando indicações em premiações, para surpresa de muitos. Diversão familiar indicada para todos, mostrando um outro lado dos jamaicanos, algo bem distante do sempre presente estigma clichê Rastafari.

Jamaica Abaixo de Zero (Cool Runnings, Estados Unidos, 1993) Direção: Jon Turteltaub / Roteiro: Lynn Siefert, Michael Ritchie / Elenco: John Candy, Leon, Doug E. Doug / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme conta a história improvável de uma equipe jamaicana que viaja para o frion intenso para disputar as olimpíadas de inverno.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Jessabelle

Título no Brasil: Jessabelle
Título Original: Jessabelle
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Kevin Greutert
Roteiro: Robert Ben Garant
Elenco: Sarah Snook, Mark Webber, Joelle Carter
  
Sinopse:
Após sofrer um sério acidente de carro, que inclusive se torna fatal para seu marido, uma jovem garota decide se mudar para a casa de seu pai, um homem que na verdade ela pouco conhece e que vive em uma região remota e pantanosa da Louisiana. Impossibilitada de andar, ela encontra velhas fitas VHS gravadas por sua mãe. O conteúdo das fitas a deixa estarrecida, pois sua mãe, que era cartomante, parece ter previsto tudo o que lhe aconteceria no futuro. Afinal o que poderia estar por trás de seu misterioso passado?

Comentários:
Em nenhum momento me pareceu muito original. "Jessabelle" se revelou meio decepcionante porque vinha sendo indicado por boa propaganda boca a boca, em fóruns e grupos de debate na internet, onde todos pareciam afirmar que se tratava realmente de um terror assustador, uma boa novidade dentro do gênero. Sinceramente não vi nada disso. O roteiro procura se aproveitar de velhas fórmulas que já foram bastante testadas e estão atualmente saturadas, inclusive algumas cenas são absurdamente parecidas com outros filmes famosos, em especial "O Chamado" e "A Chave Mestra". A entidade sobrenatural que vem perturbar a protagonista tem o mesmo design da garota do poço do já citado "O Chamado", com cabelos escorridos, molhados e tudo mais. E o que dizer do uso de fitas antigas de VHS que parecem abrir um portão com o mundo espiritual? Claro que você lembrará do outro filme, as coisas são parecidas demais. Para piorar o filme não consegue desenvolver bem uma trama que até parecia promissora, mas que se revela superficial e sem grande originalidade. De bom temos apenas o bom uso dos pântanos da Louisiana, um lugar que não precisa de muitos efeitos especiais para parecer assustador. Além disso a exploração em torno dos cultos de vodu ajudam a passar o tempo. O roteiro apresenta alguns furos de lógica, mas em produções como essa era mesmo de se esperar que algo assim estivesse presente. No geral não me agradou muito, os sustos são escassos e previsíveis e a atriz que protagoniza o filme não me pareceu particularmente talentosa. Um terror que a despeito do que disseram não consegue se sobressair da média do que se costumeiramente se assiste por aí. Além disso, como já escrevi, lhe falta originalidade para ser melhor considerado.

Pablo Aluísio.

Idênticos

Título no Brasil: Idênticos
Título Original: The Identical
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: City of Peace Films
Direção: Dustin Marcellino
Roteiro: Howard Klausner
Elenco: Blake Rayne, Ray Liotta, Ashley Judd
  
Sinopse:
Durante a grande depressão um jovem casal resolve dar um de seus filhos para adoção a um pastor e sua esposa. Os anos passam e esse rapaz acaba descobrindo ter uma semelhança incrível com um cantor de rock que está tomando de assalto todas as paradas de sucesso do país e do mundo. O que ele nem desconfia é que na realidade ele é o irmão gêmeo do famoso superstar. Roteiro que mescla história real com mera ficção, levemente baseado na história do cantor Elvis Presley.

Comentários:
Como se sabe o cantor Elvis Presley (1935 - 1977) teve um irmão gêmeo que morreu poucos minutos após seu nascimento. Seus pais eram pobres trabalhadores do sul dos Estados Unidos e sentiram uma grande tristeza quando isso aconteceu. Uma tragédia familiar que acompanhou o astro por toda a sua vida. Elvis porém sobreviveu e virou uma lenda da música. Nesse roteiro temos uma tentativa de imaginar como seria a vida de Jesse (o irmão de Elvis) se tivesse sobrevivido. E se ao invés de ter falecido ele tivesse sido entregue a um casal de pastores que não conseguiam ter filhos. O roteiro parte basicamente dessa premissa, porém em nenhum momento assume esse aspecto de forma clara ou direta. O nome Elvis é citado apenas indiretamente, mas aspectos de sua biografia estão por toda parte (o jovem cantor de rock, a morte da mãe, a ida para o exército, etc). Os produtores jogaram partes da biografia de Elvis em um liquidificador e depois as misturaram entre os dois irmãos gêmeos que são os protagonistas desse enredo. O resultado é bem mediano, forçado em vários aspectos e com uma produção que não consegue convencer ou empolgar em nenhum momento. 

E para desespero de muitos que irão ver o filme temos que avisar que o pobre "Jesse" acaba virando um cover de seu irmão mais famoso! Depois de ganhar muito dinheiro como imitador, ele finalmente entra em crise pois sonha em vencer como artista sendo ele mesmo, cantando suas próprias composições, o que não acontece. Ficção, fantasia e realidade se mesclam ao longo de todo o filme. Agora o imperdoável mesmo é um aspecto que jamais poderia dar errado em um musical dramático como esse: a música. Musicalmente o filme é completamente desastroso. A trilha sonora não tem um só rock de verdade, apenas canções derivativas que mais parecem músicas arranjadas nos anos 80, tudo soando falso demais para ser levado à sério. Tirando a voz do cover que canta a trilha, que tenta desesperadamente lembrar o verdadeiro Presley, pouca coisa se salva. Apesar de gostar muito da história de Elvis Presley e tudo o mais, não consegui realmente gostar desse filme. Em minha opinião ele é no final das contas bem decepcionante mesmo. Jesse Garon merecia coisa melhor.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

007 Contra o Foguete da Morte

Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Título Original: Moonraker
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists / MGM
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: Christopher Wood
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale
  
Sinopse:
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer. 

Pablo Aluísio.

Busca Implacável 3

Título no Brasil: Busca Implacável 3
Título Original: Taken 3
Ano de Produção: 2014
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Canal+, Ciné+, EuropaCorp
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Liam Neeson, Forest Whitaker, Maggie Grace, Dougray Scott 
  
Sinopse:
Bryan Mills (Liam Neeson) é acusado injustamente de matar sua ex-esposa. Tentando sobreviver a um duro cerco policial ele parte em busca da identidade do verdadeiro criminoso. Suas investigações apontam para o atual marido de sua ex, o pouco confiável Stuart St John (Dougray Scott), sem desprezar também as pistas que parecem ligar a máfia russa liderada pelo gangster Oleg Malankov (Sam Spruell) ao brutal assassinato. O que afinal estaria por trás desse crime?

Comentários:
Luc Besson continua colocando seus ratinhos de laborátorio para dirigir seus roteiros de ação. A bola da vez é do francês Olivier Megaton que já havia dirigido o filme anterior (Taken 2). Em minha opinião essa franquia nunca foi grande coisa. Os roteiros são derivativos, sem maiores novidades. A única diferença aqui é que dessa vez Mills se torna a caça, a presa, ao invés de ser o caçador. A polícia está em seu encalço e tudo parece mesmo confirmar que ele assassinou sua ex-esposa. Sua filha, que foi tão importante nas tramas dos filmes anteriores, cresceu e agora leva sua própria vida. Ela está grávida e curtindo os primeiros anos de casamento quando a morte de sua mãe joga tudo pelos ares. Como "Taken 3" é um filme de ação stricto sensu os fãs certamente não querem perder tempo com dramas familiares. Em termos de cenas de impacto há algumas extremamente bem realizadas, como as costumeiras perseguições nas rodovias de Los Angeles e uma excelente sequência final no aeroporto de Santa Monica onde Mills precisa evitar que um jatinho decole! Tudo muito bem feito. A presença do sempre talentoso Forest Whitaker como o policial Franck Dotzler também ajuda bastante, muito embora ele não seja tão bem aproveitado quanto poderia ser. No final é uma boa fita, diverte e tudo mais, só não espere por surpresas pois "Taken 3" é mais do mesmo do que você já está acostumado a assistir.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O Suspeito da Rua Arlington

Título no Brasil: O Suspeito da Rua Arlington
Título Original: Arlington Road
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Mark Pellington
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Jeff Bridges, Tim Robbins, Joan Cusack
  
Sinopse:
Após a morte de sua esposa, uma agente do FBI, numa operação anti-terrorismo, um professor universitário começa a se tornar obcecado em teorias da conspiração, cada uma mais complexa do que a anterior. Quando novos vizinhos chegam para morar em sua rua ele começa a desconfiar deles! Teria algum fundo de verdade ou seria pura e simples paranóia? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme - Thriller, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Cusack).

Comentários:
Particularmente gosto desse tipo de roteiro. Geralmente temos algumas informações básicas e temos que decifrar se tudo não seria realidade ou apenas maluquice da mente de um determinado personagem. Curiosamente a escolha do elenco foi mais do que acertada. O ator Tim Robbins sempre foi muito engajado politicamente, se envolvendo sempre em campanhas sobre direitos humanos e coisas similares em seu país. Particularmente não gosto muito de suas idéias políticas (ele seria o mais próximo que um americano poderia chegar de ser um esquerdista vermelho), mas respeito suas convicções pessoais (embora as considere na maioria das vezes meras bobagens). Assim quem conhece a personalidade do ator fora das telas acabará gostando bastante da proposta desse filme, pois ele acabou fazendo (de forma inconsciente até) uma caricatura de si mesmo. Vale pela trama, vale pelas boas atuações e pela proposta de deixar o espectador envolvido até os minutos finais. Merecia até mesmo levar um Oscar de roteiro em minha opinião.

Pablo Aluísio.

Máquina Mortífera 4

Os policiais Martin Riggs (Mel Gibson) e Roger Murtaugh (Danny Glover) agora lidam com uma quadrilha chinesa especializada em levar imigrantes ilegais aos Estados Unidos. Quarta e até agora última aventura da franquia Máquina Mortífera, grande sucesso de bilheteria nos cinemas. Alguns detalhes chamam a atenção nesse filme. A primeira é que tudo está muito mais exagerado do que nos filmes anteriores. As explosões, perseguições, tiroteios, tudo parece ter sido elevado à nona potência. As cenas de ação surgem de forma bem gratuita, inclusive a cena inicial com um sujeito com lança chamas destruindo tudo por onde passa em uma rua movimentada de Los Angeles (quem é ele? Por que faz isso? Qual é o seu propósito afinal? Nada é explicado). Mais á frente um carro, dirigido pelos policiais, entra pelas janelas de um edifício e sai pelo outro lado do andar, levado tudo que encontra pela frente sem a menor cerimônia. Ainda há uma tentativa de desenvolver melhor mais a vida familiar do personagem de Mel Gibson (sua namorada está esperando o primeiro filho deles) mas é claro que nada é muito aprofundado. No quesito humor também tudo está mais acentuado. Para elevar ainda mais a quantidade de piadas por metro quadrado escalaram o ator e comediante Chris Rock como um detetive novato cheio de segundas intenções para com Murtaugh. Além disso servindo de bengala o personagem Leo interpretado por Joe Pesci retorna mais uma vez com sua infinidade de “oks” que chegam a dar nos nervos!

Além dos exageros “Máquina Mortífera 4” traz de novidade a presença do astro de filmes de artes marciais de Hong Kong, Jet Li. Esse foi um papel importante para ele nos Estados Unidos pois ajudou a popularizar seu tipo para o grande público americano. Seu personagem é um capanga que anda sempre com um terço a tiracolo. O que parece ser apenas um artefato religioso na verdade é uma arma mortal de estrangulamento. De resto o filme conta com praticamente a mesma equipe dos filmes anteriores, o que acabou criando um clima bem familiar nas filmagens. Na cena final dos créditos isso é deixado bem claro pelo diretor Richard Donner pois ele apresenta sua equipe como se todos fizessem parte de um grande álbum familiar. De certa forma o diretor previa que a franquia se encerraria por aqui (embora haja boatos de que um projeto para um quinto filme circule atualmente nos estúdios). Não sei se uma sequência seria uma boa idéia, até porque já se passou mais de uma década desse último filme e continuações tardias não costumam dar muito certo – vide o último Indiana Jones que parece não ter agradado ninguém. Enfim, se você curtiu os demais filmes da franquia provavelmente não ficará decepcionado com esse. É mais do mesmo, só que um tanto quanto exagerado.

Máquina Mortífera 4 (Lethal Weapon, Estados Unidos, 1998) Direção: Richard Donner / Roteiro: Shane Black, Jonathan Lemkin, Alfred Gough, Miles Millar, Channing Gibson / Elenco: Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Rene Russo, Chris Rock, Jet Li / Sinopse: Os policiais Martin Riggs (Mel Gibson) e Roger Murtaugh (Danny Glover) agora lidam com uma quadrilha chinesa especializada em levar imigrantes ilegais aos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Rei da Paquera

Filme romântico adolescente dos anos 80. Na época os críticos chamavam essa turma de atores de "Bando de fedelhos", uma alcunha inspirada no "Bando de ratos" que era a turma de Frank Sinatra nos anos 60. A história é bem legalzinha, mostrando um jovem que se dá bem com as garotas na escola. Ele logo fica conhecido como o "Rei da Paquera". Depois de namorar com várias delas acaba conhecendo uma ruivinha mais tímida, mais na dela, o que termina virando o jogo. Ele se apaixona por ela e o antigo Rei perde sua majestade. Afinal, fisgado, não conquista mais ninguém.

Molly Ringwald foi uma atriz jovem que fez vários sucessos nessa época. Curiosamente depois que saiu da adolescência e se tornou uma mulher adulta sua carreira no cinema praticamente acabou. Ela funcionava muito bem como garota tímida e ruiva, não muito bonita. Depois que ganhou mais idade perdeu o encanto para os estúdios. Já Robert Downey Jr teve um futuro bem mais promissor. Ele sofreu durante muitos anos de dependência química. Passou por péssimos momentos, mas conseguiu se firmar quando se tornou adulto, tendo uma longa e bem sucedida carreira em Hollywood. Algo que ninguém apostaria quando assistiu a esse filme pela primeira vez.

O Rei da Paquera (The Pick-up Artist,  Estados Unidos, 1987) Direção: James Toback / Roteiro: James Toback / Elenco:  Molly Ringwald, Robert Downey Jr, Dennis Hopper / Sinopse: O conquistador barato da escola acaba sendo conquistado por uma garota improvável, nada popular entre os demais alunos. Agora ele é que se torna servo da garota com quem passa a namorar. Coisas da paixão.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de janeiro de 2015

De Volta à Lagoa Azul

Título no Brasil: De Volta à Lagoa Azul
Título Original: Return to the Blue Lagoon
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William A. Graham
Roteiro: Henry De Vere Stacpoole, Leslie Stevens
Elenco: Brian Krause, Milla Jovovich, Lisa Pelikan

Sinopse:
Duas crianças são abandonadas e ficam isoladas numa linda ilha no Pacífico Sul. Ao se tornarem adolescentes começam a perceber estranhos sentimentos uma em relação à outra. Não tarda para que o romance entre elas surja com toda a intensidade própria da idade.

Comentários:
Sem dúvida um dos filmes mais oportunistas que se tem notícia. A Columbia não assumiu o filme como um remake e nem como uma continuação - assim é complicado entender do que se trata mesmo esse "De Volta à Lagoa Azul". A premissa é completamente a mesma do famoso sucesso com Brooke Shields no começo dos anos 80. Um filme feito para jovens apaixonados que gostariam de viver um grande amor numa ilha paradisíaca perdida no meio da imensidão do Oceano Pacífico. O problema é que aqui não podemos contar nem mesmo com o carisma do casal de atores do filme original. A modelo Milla Jovovich pela primeira vez chama a atenção no cinema. Mal sabia ela que sua carreira só iria decolar mesmo depois de encontrar zumbis no meio do caminho na franquia de terror "Resident Evil". Se Milla não é grande coisa como atriz imagine seu nulo parceiro, Brian Krause, em cena. Enfim uma refilmagem completamente desnecessária e inútil que, como sempre, só se salva pela linda fotografia que procura tirar todo o proveito da maravilhosa ilha onde tudo foi filmado. Fora isso nada digno de nota.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de janeiro de 2015

O Amor não tem Regras

Título no Brasil: O Amor não tem Regras
Título Original: Leatherheads                 
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Clooney
Roteiro: Duncan Brantley, Rick Reilly
Elenco: George Clooney, Renée Zellweger, John Krasinski

Sinopse:
Dodge Connelly (George Clooney) é um veterano jogador de futebol americano que não está em seus melhores dias. Seu time está decadente, colecionando derrotas e para piorar o único patrocinador resolve dar no pé. Com a equipe à beira da falência Dodge pensa em uma forma de levantar a bola do time fora dos campos. Pensando em um golpe de marketing ele traz para jogar no grupo o herói da primeira guerra mundial Carter Rutherford (John Krasinski). A intenção é chamar a atenção da imprensa em geral. Para cobrir esse golpe publicitário a jornalista Lexie Littleton (Renée Zellweger) é enviada com a missão de descobrir o que de fato está acontecendo.

Comentários:
Não deu muito certo essa tentativa do ator e diretor George Clooney em realizar um filme com sabor dos antigos clássicos. A história passada na década de 1920 não conseguiu atrair o público. A crítica também não gostou, achando o resultado muito artificial e desprovido de maior importância. Penso um pouco diferente. Certamente "Leatherheads" não é nenhuma obra prima mas sua tentativa de fazer algo diferente, que saia do lugar comum do que vemos atualmente nas telas, é por demais válida. Além disso o roteiro ao velho estilo cativa os cinéfilos mais tradicionalistas. Outro aspecto positivo vem da bela produção com ótimos figurinos e uma bela trilha sonora repleta de grandes clássicos da música americana da época. Em relação ao elenco duas constatações. George Clooney como Dodge Connelly está muito bem, ideal em sua caracterização mas sua partner, Renée Zellweger, está completamente fora do tom certo. Verdade seja dita, a Renée é excelente para interpretar mulheres que não se encaixam muito bem em seu meio social (como Bridget Jones, por exemplo) mas para dar vida a mulheres com glamour não dá. Não é a praia dela. Elegância e estilo nascem com a mulher, algumas possuem isso e outras simplesmente não. Assim o que acabamos vendo é um filme irregular, que tem lá seus momentos, mas que também não é o desastre todo que disseram nos jornais na época de seu lançamento. Vale assistir pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

Tudo Que Uma Garota Quer

Título no Brasil: Tudo Que Uma Garota Quer
Título Original: What a Girl Wants
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dennie Gordon
Roteiro: William Douglas-Home
Elenco: Amanda Bynes, Colin Firth, Kelly Preston

Sinopse:
Daphne Reynolds (Amanda Bynes) é uma garota tipicamente americana que só tem um desejo, conhecer seu pai, Henry Dashwood (Colin Firth), um político conservador inglês que nem sabe da existência de sua própria filha. Assim, logo que completa seus 17 anos, Daphne viaja para a Inglaterra para realizar o sonho de encontrar finalmente seu pai. A diferença cultural porém se tornará um empecilho para uma aproximação mais bem sucedida entre eles.

Comentários:
Comédia adolescente que se destaca por ter um elenco de apoio acima da média, afinal de contas não é todo dia que você verá o oscarizado (e ótimo ator) Colin Firth em algo assim. O roteiro tira proveito das diferenças culturais e de costumes entre americanos e ingleses. Como se sabe os americanos acham os ingleses esnobes e formais demais e esses por sua vez consideram os americanos uns caipirões chucros. Curiosamente a atriz adolescente Amanda Bynes anda um bocado sumida, talvez tenha sido vítima de sua própria idade já que ídolos teens tem data de validade vencida. Assim que entram na vida adulta perdem a estrela em suas carreiras, sendo imediatamente substituídos por outros ídolos adolescentes que vão surgindo aos montes. De qualquer forma procure ignorar esse detalhe e assista ao filme para ver Colin Firth e Kelly Preston (a mulher do Travolta) em cena. Afinal de contas a presença do casal de atores se torna a única razão de se ver isso mesmo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As Panteras Detonando

Título no Brasil: As Panteras Detonando
Título Original: Charlie's Angels - Full Throttle
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures Corporation
Direção: McG
Roteiro: Ivan Goff, Ben Roberts
Elenco: Drew Barrymore, Lucy Liu, Cameron Diaz, Bernie Mac, Crispin Glover, Demi Moore, Rodrigo Santoro

Sinopse:
Vários crimes são cometidos envolvendo pessoas inseridas dentro do programa de proteção às testemunhas. Caberá as panteras descobrirem quem vazou os arquivos sigilosos e quem está promovendo as mortes. Inicialmente elas pensam que se trata de algo planejado por Madison Lee (Demi Moore), que já fez parte das Charlie's Angels mas que agora se dedica ao mundo do crime. Será mesmo?

Comentários:
"Charlie's Angels" era um seriado muito simpático da TV americana durante os anos 70 que fez bastante sucesso (inclusive no Brasil). A série contava a estória de três agentes beldades que se envolviam em grandes conspirações de espionagem ao redor do mundo. Era um produto pop certamente mas tinha seu charme - tanto que durou tanto tempo. Confesso que levar a série para o cinema e para as novas gerações me soava como uma boa ideia mas depois de assistir a esses novos remakes mudei drasticamente de opinião. O resultado é muito ruim, vamos convir. Drew Barrymore, que é a produtora e verdadeira "dona" dessa nova franquia, trocou os pés pelas mãos ao realizar um produto barulhento, insano e explosivo, mas sem charme algum. Ao invés de investir na simpatia e beleza do trio de atrizes ela jogou tudo pelo ralo ao colocar as garotas o tempo todo trocando sopapos com vilões cartunescos. Que bobagem! Espero que um dia "Charlie's Angels" retorne mas da maneira certa, não como está aqui. Desperdício completo de tempo e dinheiro. Não vá desperdiçar o seu também conferindo essa bobagem.

Pablo Aluísio.

The Crimson Petal and the White

Título no Brasil: The Crimson Petal and the White
Título Original: The Crimson Petal and the White
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation BBC
Direção: Marc Munden
Roteiro: Lucinda Coxon, baseado na obra de Michel Faber
Elenco: Romola Garai, Chris O'Dowd, Amanda Hale, Gillian Anderson

Sinopse:
A minissérie "The Crimson Petal and the White" é uma adaptação de Lucinda Coxon da obra de Michel Faber em quatro episódios. Divulgada como um thriller psicológico intimista, a história apresenta o lado sombrio, meio gótico, da era vitoriana, onde os personagens vivem sua sexualidade, loucuras, ambições e desejos.

Comentários:
Boa minissérie do canal BBC (garantia de qualidade acima de tudo). Basicamente somos levados a conhecer o lado mais sórdido de Londres durante a época Vitoriana. Nesse ambiente três personagens coexistem: um homem rico mas infeliz no casamento, uma prostituta de vinte e poucos anos e sua mãe que a prostitui e a explora em seu próprio bordel (interpretada por Gillian Anderson, da série "Arquivo X", aqui com pesada maquiagem para parecer uma cafetina mais velha). O momento crucial ocorre logo nos dois primeiros episódios quando um bem situado senhor da sociedade londrina acaba se apaixonando perdidamente pela jovem prostituta. Dentro do rígido padrão daquela sociedade inglesa isso era simplesmente impossível de se consumar pois era inaceitável que um membro da alta sociedade se envolvesse emocionalmente com uma mulher que se dedicasse à prostituição. Impedido de assumir esse amor o nobre acaba entrando em profunda crise existencial. Logo sua vida entra em completo caos. Enfim, recomendo para quem gosta de temas vitorianos, mas aqui com uma pitada bem mais forte de sexo, erotismo e traição.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Duro de Matar 2

Título no Brasil: Duro de Matar 2
Título Original: Die Hard 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Walter Wager, Steven E. de Souza
Elenco: Bruce Willis, William Atherton, Bonnie Bedelia  

Sinopse:
Véspera de Natal. Aeroporto internacional de Washington, D.C. O policial John McClane (Bruce Willis) espera pela chegada do avião de sua esposa quando é surpreendido por um grupo criminoso altamente armado de traficantes internacionais de drogas que exigem a libertação de um importante membro de sua organização criminosa. Caberá a McClane agora assumir o controle da situação.

Comentários:
Era de se esperar que, com o tremendo sucesso de bilheteria do primeiro filme, houvesse continuações (e como todos sabemos ainda nos dias atuais são lançados sequências dessa interminável franquia "Die Hard"!). Pois bem, esse aqui não consegue ser tão bom quanto o primeiro (que considero uma pequena obra prima do gênero ação) mas mesmo assim se torna bem sucedido em manter o interesse do espectador do começo ao fim. Particularmente gosto bastante da trama, que joga com o terror que as pessoas cultivam de viagens de avião e de sequestros dos mesmos por terroristas. Por falar nisso, se formos pensar bem, esse roteiro escrito em 1990 já antecipava coisas que iriam acontecer muitos anos depois, principalmente em 11 de setembro. No caso aviões comerciais usados como armas de terroristas e criminosos internacionais. Bruce Willis ainda está muito jovem e o fã certamente sofrerá um certo impacto ao rever o ator em cena - calvo, mas ainda com muito cabelo! Em termos de ação não há o que reclamar. Muitas cenas bacanas e bem boladas, inclusive uma ótima briga em cima da asa de um Boeing gigantesco. O filme andava sumido da programação da tv a cabo mas ressurge hoje na telinha. Uma ótima oportunidade para rever essa produção que é acima de tudo um excelente entretenimento pipoca.

Pablo Aluísio.

Quebrando Todas as Regras

Título no Brasil: Quebrando Todas as Regras
Título Original: Breaking All the Rules
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmline Productions
Direção: James Orr
Roteiro: Edith Rey
Elenco: Carl Marotte, Thor Bishopric, Carolyn Dunn

Sinopse:
O filme acompanha dois jovens e duas garotas que se apaixonam no verão, em um parque, durante os anos 80. Romance e diversão juvenil para os saudosistas daquela década que deixou saudades em todos que a viveram.

Comentários:
Um filme dos anos 80 que eu não asisti nos anos 80. E isso é curioso porque já naquela década eu era louco por filmes e não deixava passar nada em branco. Via tudo o que eu podia. Mas esse aqui em escapou, só fui ver muitos anos depois na TV a cabo (e não me perguntem a razão de um filme como esse estar sendo exibido em um canal a cabo nos dias de hoje). Enfim, não é lá grande coisa, na verdade é um filme mesmo um tanto obscuro. Vale pelas roupas, pelas músicas da trilha sonora (cheia de sintetizadores, uma praga dos anos 80) e alguns figurinos, cabelos armados, etc. Os anos 80 foram os anos em que me me tornei cinéfilo e por essa razão sempre terei carinho especial por filmes daquela época. Bons tempos.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

E Agora, Meu Amor?

Título no Brasil: E Agora, Meu Amor?
Título Original: Fools Rush In
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Joan Taylor. Katherine Reback
Elenco: Matthew Perry, Salma Hayek, Jon Tenney

Sinopse:
Jovem casal, depois de um encontro casual, descobre que a garota está grávida! Claro, um choque para todos os envolvidos. Então decidem se casar, sem ter a menor ideia do que viria pela frente.

Comentários:
Quando esse filme foi lançado o ator Matthew Perry estava ainda colhendo os frutos da série de grande sucesso "Friends". Olhando para o passado podemos perceber que cada um deles, dos atores e atrizes de "Friends" tiveram sua chance no cinema. Alguns deram certo, outros não, mas os estúdios de cinema estavam sempre procurando por uma brecha para faturar em cima da popularidade da série de TV. Esse filme aqui não fez muito sucesso (tanto que a maioria das pessoas já esqueceram que ele um dia existiu), mas isso também não quer dizer que fosse um filme ruim. Pelo contrário, tem seus pontos positivos. OK, o Matthew Perry não se tornou um astro de cinema e anos depois teria sérios problemas com drogas, mas aqui, pelo menos por um breve período, ele teve sim uma boa experiência com a sétima arte. Pena que sua carreira na tela grande não foi em frente.

Pablo Aluísio. 

Um Duende em Nova York

Título no Brasil: Um Duende em Nova York
Título Original: Elf
Ano de Produção: 2003
País: Estadps Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jon Favreau
Roteiro: David Berenbaum
Elenco: Will Ferrell, James Caan, Bob Newhart

Sinopse:
Durante toda a vida Buddy (Ferrell) pensou ser um Elfo do Papai Noel que morava no pólo norte. Só que ele não é! Sim, ele é um ser humano. Decepcionado e surpreso ele decide ir para Nova Iorque para entender o que seria ser de verdade um homem comum.

Comentários:
Uma coisa é certa: americano gosta de uma breguice de natal como poucos povos no mundo. Essa comédia que mistura fantasia e ícones da época natalina é um subproduto dessa visão um tanto quanto boba dos americanos dessas festas de fim de ano. Ao meu ver pouca coisa se salva. A produção é boa, bem feita, não me entenda mal, mas o resultado é de doer de boboca. Eu até hoje não consegui ver graça no trabalho de Will Ferrell; Acho ele um chato sem salvação, mas tem quem goste. Ele tem público. Só lamento um ator gabaritado como James Caan fazer parte dessa presepada. Ou ele estava precisando de grana ou fazendo para passar os filmes para os netinhos. Das duas uma.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Lua de Fel

Título no Brasil: Lua de Fel
Título Original: Bitter Moon
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos, França, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Columbia Pictures Corporation
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Pascal Bruckner, Roman Polanski
Elenco: Hugh Grant, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner, Peter Coyote
  
Sinopse:
Um casal inglês em viagem de Istambul para a Índia conhece uma bela francesa, Mimi (Emmanuelle Seigner). Aos poucos começa um jogo de sedução envolvendo todos eles, primeiro o marido Nigel (Hugh Grant) e depois a esposa Fiona (Kristin Scott Thomas). Ela porém é casada com um homem bem mais velho, deficiente, chamado Oscar (Peter Coyote) que também parece interessado naquela estranha atração. Aproveitando a situação resolve contar ao casal como conheceu Mimi, muitos anos antes. Filme indicado ao prêmio da Italian National Syndicate of Film Journalists na categoria de Melhor Fotografia.

Comentários:
Mais uma tentativa por parte de Roman Polanski em ser mais aceito, do ponto de vista puramente comercial, dentro do circuito americano. Sem receios digo que aqui o cineasta não abriu mão de seu estilo mais pessoal, algo que havia sido deixado de lado no fraco " Frantic" com Harrison Ford. Com um enredo mais rico do ponto de vista cultural (graças à excelente novela escrita por Pascal Bruckner que deu origem ao roteiro), o filme procura desvendar aspectos mais profundos da sexualidade e da paixão humanas. Os personagens parecem querer sondar a todo o tempo o limite que existe entre a quebra dos valores morais e a lascívia despudorada de uma paixão puramente carnal. O mais curioso vem não da atração que aquele casal convencional sente pela jovem francesa, mas sim do próprio relacionamento dela com um homem mais velho, inválido, mas possuidor de uma mente bem doentia. O jogo que começa instigante logo desanda para tintas mais obscuras de submissão e confronto, indo até mesmo para atos de pura humilhação entre aqueles amantes. Com ecos que muitas vezes me lembrou de "O Último Tango em Paris", Polanski conseguiu realizar uma bela obra sobre a sexualidade e a forma como é encarada pelos lados mais obscuros da mente humana. Um filme para rever sempre que possível, pois aqui o mestre realmente acertou em cheio nas suas pretensões cinematográficas.

Pablo Aluísio.

Batman Begins

Com o último filme da trilogia estreando nas telas resolvi rever as duas primeiras produções da franquia a começar por esse "Batman Begins" que só tinha assistido uma única vez justamente na sua estréia. Lembro que gostei bastante na época mas como já não me recordava muito dos detalhes resolvi reavaliar. Acredito que nessa altura do campeonato ninguém mais duvida da qualidade dessa nova trilogia e todas as suas qualidades já surgem aqui no primeiro filme. O roteiro é muito bem escrito fazendo com que a trama, muito inteligente por sinal, se feche redondinha em si. O argumento consegue contar as origens do herói sem se focar apenas nisso abrindo espaço também para uma boa aventura ao estilo dos quadrinhos com o vilão Espantalho. O que mais caracteriza essa nova releitura de Batman no cinema assinada por Christopher Nolan é o apego com a realidade. Mesmo lidando com um personagem de universo fantástico como Batman o diretor tenta de todas as formas manter sempre um pé na realidade. Essa situação fica mais evidente se lembrarmos de outras encarnações do morcego nas telas de cinema. Não há espaço para a fantasia em excesso, o Batman de Nolan é o mais próximo possível do que seria um universo plausível, longe de exageros ou tramas infanto-juvenis.

Outro ponto forte de "Batman Begins" é seu elenco. A escolha de Christian Bale se mostrou acertada. Ele é notoriamente um ator pouco carismático ou simpático mas que se torna adequado para o personagem Batman pois esse é um sujeito com muitos demônios internos, frustrações e traumas pessoais. Assim o semblante taciturno de Bale acaba caindo como uma luva para o cavaleiro das trevas. Cillian Murphy também surge muito bem como um psiquiatra almofadinha com ar insuportável que acaba utilizando de alucinações induzidas para aumentar seus domínios. Rever os veteranos Morgan Freeman e Michael Caine sempre é um prazer e até a chatinha Katie Holmes surge bem em seu papel. Já Liam Neeson parece não ter esquecido ainda seu personagem Jedi - a todo momento ficamos com a impressão que ele vai sacar um sabre de luz! Em suma, Batman que quase sempre se deu bem nos cinemas aqui ressurge de forma muito satisfatória, em um bom roteiro que discute a diferença entre justiça e vingança de forma muito inteligente e perspicaz. "Batman Begins" é um filme à prova de falhas, bom de sua primeira à última cena, que aliás anuncia o surgimento do Coringa na franquia. Mas essa é uma outra história...

Batman Begins (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer baseados nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Christian Bale, Cillian Murphy, Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Rutger Hauer, Tom Wilkinson, Ken Watanabe / Sinopse: Após testemunhar a morte de seus pais o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) resolve criar um símbolo de luta contra a criminalidade que se alastra em uma Gothan City corrupta e violenta. Esse símbolo passa a ser personificado por Batman, o Cavaleiro das Trevas.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Outra

Título no Brasil: A Outra
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
  
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.

Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.

Busca Frenética

Título no Brasil: Busca Frenética
Título Original: Frantic
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach
Elenco: Harrison Ford, Betty Buckley, Emmanuelle Seigner
  
Sinopse:
O Dr. Richard Walker (Harrison Ford) é um renomado médico americano em Paris que descobre alarmado pela manhã que sua esposa simplesmente desapareceu do hotel onde ambos estão hospedados. Desesperado, Walker ganha as ruas da grande cidade francesa em busca do paradeiro de sua esposa e acaba descobrindo um enorme complô envolvendo intrigas, espionagem, criminosos, drogas e assassinato.

Comentários:
A única parceria entre o diretor Roman Polanski e Harrison Ford. Na verdade a intenção de realizar um filme bem comercial já se mostra bem clara na escolha de Polanski por Ford (naquela altura de sua carreira um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano). Como se sabe Polanski não pode cruzar as fronteiras dos Estados Unidos pois será preso imediatamente, fruto de uma antiga acusação de pedofilia envolvendo seu nome (ele teria tido relações indevidas com uma menor de idade numa festa na mansão de Jack Nicholson). Assim ele só pode rodar seus filmes na Europa. "Frantic" foi rodado nas ruas de Paris, capturando toda a beleza da cidade, resultando em uma bela fotografia. Pena que tirando isso e a beleza da atriz Emmanuelle Seigner (mais uma das musas jovens de Polanski, considerada na época de lançamento do filme "uma nova Brigitte Bardot, que no final das contas não deu em nada) o que resta do filme é um roteiro sem muitas novidades, uma tentativa de realizar um filme americano, com sabor Made in USA, só que rodado na Europa. Sempre considerei o resultado morno demais para ser levado à sério. Na realidade o mais comercial filme de Roman Polanski é também o mais decepcionante em termos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de janeiro de 2015

The Rover - A Caçada

Título no Brasil: The Rover - A Caçada
Título Original: The Rover
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Universal Pictures
Direção: David Michôd
Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scoot McNairy
  
Sinopse:
Dez anos após o colapso da humanidade, o viajante Eric (Guy Pearce) resolve parar para tomar algo em bar de beira de estrada. Enquanto está lá dentro uma quadrilha de assaltantes resolve roubar seu carro para seguir em frente em sua fuga pelos desertos australianos. Para Eric isso não ficará barato. Após colocar as mãos em Rey (Robert Pattinson), irmão mais jovem do líder do bando, ele empreende uma caçada sem tréguas pelos criminosos. Sua sede de justiça acaba beirando a obsessão completa. Filme indicado a cinco categorias do prêmio do Australian Film Institute.

Comentários:
Se eu escrever sobre um filme retratando um mundo pós-apocalíptico onde o enredo se desenrola no deserto implacável da distante e desolada Austrália o que virá em sua mente? Claro que "Mad Max"! Essa nova produção é quase uma releitura de "Mad Max" porém sob um novo ponto de vista e uma nova proposta. Ao invés de mostrar um mundo de ficção onde todos se vestem com figurinos esquisitos, o diretor optou por mostrar os personagens como pessoas normais, com roupas comuns onde nada parece ser muito especial. O que move o principal personagem (interpretado por Guy Pearce) é uma obsessão insana de colocar as mãos nos criminosos que roubaram seu carro durante uma fuga após um assalto mal sucedido. Para isso ele não medirá esforços e encontrará pelo caminho os tipos mais bizarros possíveis, como um anão de circo que trafica armas e uma avó que ganha a vida oferecendo seu jovem neto para se prostituir a pedófilos! Em termos de atuação devo registrar algo interessante. De maneira em geral sempre critiquei o trabalho do ator Robert Pattinson, isso porque ele nunca havia me convencido plenamente, quase sempre realizando um tipo de atuação sem muita convicção, com tiques nervosos a la James Dean. Aqui finalmente encontrei pela frente a primeira boa atuação do rapaz. Ele interpreta um tipo meio retardado, que demonstra desde o começo não ter uma mente muito normal. Pois bem, o fato inegável é que Robert Pattinson está muito bem em sua atuação, chegando ao ponto de surpreender! As fãs adolescentes que adoram seu papel de vampiro Edward Cullen provavelmente não irão gostar de seu trabalho sem nenhum glamour ou apelo sexual, mas isso no final de contas não importa pois a maior luta de Robert hoje em dia é realmente ser levado à sério como ator. Esse foi um primeiro e decisivo passo nessa direção.

Pablo Aluísio.

Um Ato de Liberdade

Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
  
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Agente do Futuro

Título no Brasil: Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
  
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.

Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.

Pablo Aluísio.

De Volta ao Jogo

Título no Brasil: De Volta ao Jogo
Título Original: John Wick
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Chad Stahelski, David Leitch
Roteiro: Derek Kolstad
Elenco: Keanu Reeves, Willem Dafoe, Michael Nyqvist, Alfie Allen, Adrianne Palicki, John Leguizamo 
  
Sinopse:
John Wick (Keanu Reeves) ainda está tentando se recuperar da morte de sua querida esposa. Como último desejo ela acaba deixando de presente para ele uma cadelinha, para ajudar em sua recuperação. A dor emocional é imensa, mas ele tenta seguir em frente. Ao parar em um posto de gasolina para reabastecer seu carro ele é imediatamente intimidado por Iosef Tarasov (Alfie Allen), um filhinho mimado de um poderoso chefão da máfia russa. O que Iosef nem desconfia é que Wick também tem um passado sangrento no mundo do crime. Mexer com ele definitivamente não será uma boa ideia.

Comentários:
Pois é meu amigo, tome muito cuidado com quem você deseja provocar ao dar uma de valentão. Possa ser que seja a pessoa errada. Esse é o mote desse filme de ação muito movimentado estrelado por Keanu Reeves. No começo da trama o espectador é levado a crer que seu personagem é uma pessoa comum, tentando sobreviver a uma crise existencial após a morte prematura de sua esposa. Quando vira alvo de um roubo planejado por um filho de um mafioso russo sua verdadeira identidade se revela. John Wick é na verdade um ex-assassino profissional, um dos melhores do ramo, tendo inclusive trabalhado para a mesma máfia russa no passado. Um especialista em chacinas de inimigos. Agora, roubado e espancado por membros da gangue de Iosef Tarasov, um jovem inconsequente, ele se propõe a voltar ao seu velho trabalho, com a diferença que agora a questão é puramente pessoal. Para tentar salvar seu filho da morte certa, pois Wick não costuma errar seus alvos, o chefão Viggo Tarasov (Michael Nyqvist) decide então contratar outro assassino profissional tão mortal quanto o próprio Wick, o Sr. Marcus (Willem Dafoe). A partir desse ponto o espectador não terá mais descanso, já que as cenas de ação vão se suceder numa sequência intermitente de tiroteios, assassinatos e correria em geral. John Wick até parece um personagem saído de algum filme de ação da década de 1980 pela quantidade de pessoas que mata! No geral é uma boa fita de ação, valorizada por bem ensaiadas cenas de luta corporal. O ator Keanu Reeves, que andava meio gordinho e fora de forma, finalmente recuperou a antiga forma física e não se sai mal nesse papel que exigiu muito dele do ponto de vista físico. "De Volta ao Jogo" não traz um grande roteiro, mas diverte, acima de tudo. Vale a diversão.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Se Eu Ficar

Título no Brasil: Se Eu Ficar
Título Original: If I Stay
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), New Line Cinema
Direção: R.J. Cutler
Roteiro: Shauna Cross, Gayle Forman
Elenco: Chloë Grace Moretz, Mireille Enos, Jamie Blackley
  
Sinopse:
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é filha de um casal que no passado teve até mesmo uma banda de punk rock. Ela ama música, mas nada referente à barulheira que seus pais adoram. Mia é apaixonada mesmo pela riqueza da música clássica e se dedica todos os dias a aprender violoncelo. Quando chega a oportunidade de entrar para uma das mais prestigiadas escolas de música erudita dos Estados Unidos, a Juilliard School em Nova Iorque, ela fica em dúvida se deve seguir em frente com seus sonhos ou ficar em Portland ao lado da família e seu namorado roqueiro. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Um bom romance juvenil com toques espiritualistas em seu roteiro (não convém contar muito sobre isso para não estragar a surpresa do espectador). No geral o roteiro gira em torno da vida de Mia, uma garota normal, talvez um pouco tímida e reservada, que adora estudar música clássica. Enquanto os jovens de sua idade estão ouvindo rap e pauleiras em geral, ela está disciplinamente trancada em seu quarto praticando seu instrumento do coração, o violoncelo. Seus pais são do tipo moderninho, mas ela prefere fazer o estilo mais careta e conservador. Seu jeito de ser é abalado quando ela conhece um garoto roqueiro de sua escola que tem uma banda e sonha um dia ser um popstar. O enredo assim vai se desenvolvendo, mostrando em flashbacks o romance adolescente, seus primeiros problemas e o complicado jogo do amor nessa fase da vida, mas não é só isso que o filme procura explorar. Há uma linha narrativa que se passa ao largo dessa história de amor, mostrando ou pelo menos tentando mostrar, que o tempo segue em frente e muitas vezes eventos inesperados podem colocar tudo a perder em questão de segundos. Com esse filme Chloë Grace Moretz parece confirmar seu status de jovem atriz mais promissora de Hollywood. Realmente ela tem surpreendido pelas escolhas certas, mostrando uma segurança em cena digna de profissionais experientes. Se não cair na vala comum das celebridades de tablóides poderá certamente ter um brilhante futuro pela frente. O tempo dirá.

Pablo Aluísio.

O Homem da Máscara de Ferro

Título no Brasil: O Homem da Máscara de Ferro
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
  
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).

Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Contagem Regressiva

Título no Brasil: Contagem Regressiva
Título Original: Blown Away
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: John Rice, Joe Batteer
Elenco: Jeff Bridges, Tommy Lee Jones, Suzy Amis
  
Sinopse:
James 'Jimmy' Dove (Jeff Bridges) trabalha para o esquadrão anti-bombas em Boston. Como é um veterano experiente sempre é designado para os casos mais complicados. Depois de vários anos na ativa decide que irá se dedicar apenas ao ensino de novatos na força policial. Quando seu ex-parceiro é morto por causa de uma explosão de uma bomba terrorista, Jimmy decide ir atrás dos verdadeiros responsáveis pelo atentado criminoso. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão (Tommy Lee Jones) e Melhor Sequência de Ação.

Comentários:
Em meus velhos registros de filmes assistidos acabei dando uma nota muito boa a essa produção quando a assisti pela primeira vez, há 20 anos. Uma nota merecida pois "Blown Away" é uma prova de que o cinema americano também consegue realizar muito bem fitas de pura ação com inteligência e boas atuações. Conforme a trama vai avançando o personagem de Jeff Bridges descobre que um velho fantasma de seu passado pode ser o responsável pelos bem arquitetados atentados à bomba que estão acontecendo. O diretor Stephen Hopkins resolveu inovar na trilha sonora, trazendo uma série de compositores clássicos para trazer uma certa exuberância (alguns diriam "lirismo") às explosões gigantescas que vão surgindo em sucessivos ataques terroristas. Tommy Lee Jones parece muito à vontade em seu papel de vilão, um piromaníaco com ideias anarquistas sem muito sentido. No fundo ele deseja mesmo é explodir a sociedade contemporânea e seus valores distorcidos. Uma diversão garantida, com ótimas cenas e uma dupla de atores que duelando em cena mantém o interesse até o fim. 

Pablo Aluísio.

Patch Adams

Título no Brasil: Patch Adams - O Amor é Contagioso
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).

Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Identidade

Título no Brasil: Identidade
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.

Pablo Aluísio.

Stargate

Título no Brasil: Stargate
Título Original: Stargate
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Kurt Russell, James Spader, Jaye Davidson
  
Sinopse:
Um aparelho de teletransporte interestelar, encontrado nas areias escaldantes do Egito, leva todos os que nele entram a um estranho universo, em outra dimensão, a um planeta com seres humanos que se assemelham aos antigos egípcios e que adoram o deus Rá, na verdade uma entidade extraterrestre com poderes especiais. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção. Também indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Talvez seja o único filme assinado por Roland Emmerich que realmente valha a pena. Lançado há vinte anos no Brasil, "Stargate" era uma ficção que apostava alto na imaginação e na criatividade. Criando um elo direto entre civilizações extraterrestes e o antigo Egito, o roteiro realmente era muito original. Hoje em dia de forma curiosa o público em geral associa "Stargate" não tanto a esse longa-metragem, mas sim à série que durou longas dez temporadas (de 1997 até 2007). Confesso que esse seriado nunca me cativou, não acompanhei e os poucos episódios que assisti não me deixaram impressionado. Como eu já escrevi, bom mesmo é esse filme que acabou dando origem a tudo. Com um elenco muito bom, protagonizado pela dupla Kurt Russell e James Spader (antes de ficar careca e mais cool), o roteiro procurava explorar um universo todo próprio. Em termos de efeitos especiais não havia o que reclamar, principalmente quando tínhamos em cena antigos deuses da religião do Egito antigo disparando lasers de suas lanças históricas! Realmente tudo muito divertido e inovador. Longe dos excessos que iriam macular sua carreira nos anos que viriam, Roland Emmerich conseguiu acertar a mão, lidando com um argumento bem criado e bem desenvolvido. Assim deixamos a dica do verdadeiro "Stargate" que anda bem esquecido atualmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Anjos da Noite - A Evolução

Título no Brasil: Anjos da Noite - A Evolução
Título Original: Underworld - Evolution
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Danny McBride, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy
  
Sinopse:
"Underworld: Evolution" continua a saga da guerra entre os vampiros e os lobisomens. O enredo volta no tempo para mostrar os primórdios da antiga rivalidade entre as duas tribos que deram origem às criaturas que tentam se destruir na atualidade. Assim a vampira Selene (Kate Beckinsale) e o híbrido Michael (Scott Speedman) tentam desvendar os segredos de suas linhagens. Filme indicado a cinco categorias no Fangoria Chainsaw Awards. Também indicado nos prêmios MTV Movie Awards e Scream Awards.

Comentários:
Eu assisti ao primeiro filme com reservas. Apesar de gostar bastante de filmes sobre vampiros em geral essa franquia Underworld nunca esteve entre as minhas preferidas. Em minha forma de entender são filmes bastante influenciados pela cultura game e pelo universo Matrix, embora poucos realmente parem para pensar sobre isso. O ritmo é sempre frenético, com muitas cenas de ação (bem elaboradas, é verdade, mas também vazias e destituídas de emoção). Os pontos realmente interessantes se resumem na bonita direção de arte (bebendo de fontes ao estilo vintage futurista) e o elenco. Kate Beckinsale é uma atriz versátil, que pula de filmes pop como esse diretamente para dramas mais bem elaborados. É uma mulher bonita, ao estilo clássica, que consegue manter os olhos do espectador interessados no que se passa na tela. O enredo em si não muda muito em relação ao filme original, seguindo a linha mais pop e comic. Mesmo assim, para não perder a franquia de vista, compensa ao menos uma visita.

Pablo Aluísio.