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domingo, 16 de julho de 2023

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada 
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Westworld - Quarta Temporada (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis, entre outros / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright. / Sinopse: Quarta temporada exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2022

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada
Essa temporada foi exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios. A produção continua sendo realizada pela HBO. Segue basicamente a mesma linha narrativa da temporada anterior, com poucas mudanças. Conforme for assistindo aos episódios irei comentar abaixo. Segue os reviews de cada episódio em detalhes.

Westworld 4.01 - The Auguries
Aqui vai uma pequena dose de sinceridade. Eu quase não retornei para ver essa nova temporada de tão fraca que achei a anterior. A série começou muito bem. As duas temporadas iniciais são praticamente perfeitas, primorosas. Infelizmente, os roteiristas foram perdendo a mão. Os roteiros se perderam na criação de um universo muito amplo e com essa ampliação, tudo ficou fora de foco e sem maior direção. Esse primeiro episódio se passa 7 anos depois do último episódio da temporada anterior. Velhos aliados e velhos inimigos voltam a se encontrar em eventos que parecem ser aleatórios. Eu só espero que a série consiga retomar o nível de qualidade das primeiras temporadas. Não é impossível, mas confesso que pode ser improvável. Vamos esperar pelo melhor. / Westworld 4.01 - The Auguries (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.02 - Well Enough Alone
Os anfitriões estão espalhados por toda a sociedade humana. Inclusive o personagem interpretado pelo ator Ed Harris, não passa de uma anfitrião. O verdadeiro empresário está preso em uma instalação de alta segurança, sendo submetido a torturas diárias. Um aspecto interessante do roteiro desse episódio vem no final, quando eles são transportados para um novo parque de diversões. Ao invés do velho Oeste, esse aqui recria o mundo dos gangsters na década de 1920. Pelo visto, os próximos episódios vão explorar justamente esses tempos de Al Capone para manter o interesse do espectador na série que vem caindo de audiência a cada episódio exibido. Definitivamente não é fácil manter uma série como Westworld nas primeiras posições entre os programas mais vistos. Pelos últimos números tímidos de audiência, provavelmente essa seja a última temporada. Vamos ver no que tudo isso vai resultar. / Westworld 4.02 - Well Enough Alone (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig William Macneill / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.03 - Années Folles
Westworld 4.04 - Generation Loss
Em minha opinião, as coisas não andam muito bem nesta quarta temporada. Os roteiristas andam batendo cabeça em busca de um fio narrativo para seguir. Histórias vão acontecendo de forma aleatória, sem muito foco. Mas ainda se salvam algumas poucas coisas realmente boas, como o pistoleiro, interpretado pelo ator Ed Harris. Ele está de volta e como sempre, pronto para uma boa briga. Já o personagem Caleb Nichols do ator Aaron Paul descobre que entrou em um hiato temporal. No quinto episódio, ele descobre que já se passaram décadas desde que ele tinha consciência do que realmente estava acontecendo. Sua amada família, inclusive, já está toda morta. É um choque para ele, que tenta se reencontrar no meio de tanta confusão. O espectador, não se enganem sobre isso, também anda meio perdido nessa série que parece que perdeu o rumo dos bons roteiros. / Westworld 4.03 - Années Folles / Westworld 4.04 - Generation Loss (Estados Unidos, 2022) Direção: Paul Cameron. 

Westworld 4.06 - Fidelity
Roteiro ainda confuso, mas tentando se encontrar, pena que está nos últimos episódios. Aqui o personagem do Aaron Paul descobre, entre outras coisas, que ele é apenas um das dezenas de cópias que foram feitas dele mesmo. Ele tenta pular de uma altura grande e desccobre que tem duas outras cópias dele lá no chão. Tentaram a mesma saída! Tenso! No final todas as suas cópias são devidamente incineradas, o que nos leva a crer que esse é ponto final de seu personagem na série, afinal só restariam dois episódios para o fim definitivo da história. O resto do episódio achei fraco, sem foco e disperso. Bem cansativo aliás. /  Westworld 4.06 - Fidelity (Estados Unidos, 2022) Direção: Andrew Seklir / Elenco: Aaron Paul, Jeffrey Wright

Westworld - Quarta Temporada - Conclusão Final
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Che: A Guerrilha

Esse é o segundo filme contando a história de Ernesto Che Guevara. O primeiro se chama "Che: O Argentino". "Che: A Guerrilha", como seu próprio nome sugere, mostra o período em que o revolucionário Che Guevara esteve envolvido em uma luta armada na Bolívia. Um aspecto interessante é que o filme assume um tom quase de documentário, com a edição rápida e sequências que lembram realmente o estilo de cineastas documentaristas, ou seja, não parece ser um filme que foi produzido, mas que foi montado com cenas avulsas que lembram mesmo aqueles documentários antigos, dos anos 60, quando cineastas apenas uniam diversas cenas e filmagens diversas para contar um momento histórico importante. O clima é de falta de Esperança nas imagens, o que combina com a história que o filme conta, pois essa guerrilha de Guevara na Bolívia foi muito mal sucedida.

Ele tentou repetir a mesma fórmula que havia sido usada na revolução Cubana, mas fracassou completamente. Um dos pontos centrais nesse fracasso foi a incapacidade de trazer o povo para lutar pela sua causa. O povo humilde que vivia em vilas no interior da Bolívia era formado por pessoas muito simples, que nem sequer entendiam direito os conceitos de revolução, socialismo, comunismo, etc. Era um povo sofrido que não tinha o mesmo nível de consciência política que o povo cubano tinha quando a revolução estourou e tomou conta daquela ilha caribenha. Diante disso Che ficou cercado pelo exército boliviano, que contava inclusive com a ajuda de agentes da CIA, dos Estados Unidos. O resultado foi melancólico, onde ele pagou muito caro por essa revolução que sequer pode ser dita como fracassada, pois na realidade nem chegou a se tornar concreta, ficando apenas no campo dos sonhos e planos dos guerrilheiros.

Che: A Guerrilha (Che: Part Two, Estados Unidos, 2008) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Peter Buchman / Elenco: Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Demián Bichir / Sinopse: O filme conta a história os momentos finais de vida do guerrilheiro Che, quando ele tentou levantar o povo boliviano em uma revolução comunista naquele país.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Carandiru

Título no Brasil: Carandiru
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz

Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.

Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de maio de 2020

Os 33

Título no Brasil: Os 33
Título Original: The 33
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Chile, Espanha
Estúdio: Alcon Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Mikko Alanne, Craig Borten
Elenco: Antonio Banderas, Rodrigo Santoro, Gabriel Byrne, Juliette Binoche, Lou Diamond Phillips, James Brolin

Sinopse:
O filme conta uma história real ocorrida no deserto de Atacama, no Chile. Um grupo de 33 mineradores ficam presos dentro de uma mina de ouro na região. Para resgatar todos eles com vida é montada uma grande operação que vira notícia internacional de grande repercussão.

Comentários:
Um bom filme. Eu me recordo desse acontecimento porque foi bastante explorado pela imprensa internacional. Esses mineradores ficaram presos dentro de uma mina após um grande desabamento. O problema é que eles ficaram presos em um lugar que estava abaixo 200 andares da superfície. Para resgatar seria preciso uma operação realmente incrível, de complicada execução. E entre elese e a entrada da mina havia ainda uma imensa rocha, do tamanho do prédio Empire State em Nova Iorque. O elenco é muito bom contando com Antonio Banderas como um dos mineradores, Rodrigo Santoro como o representante do governo chileno na operação e Gabriel Byrne como o engenheiro-chefe que tenta superar todos os problemas técnicos para fazer chegar uma broca no lugar certo onde estavam os trabalhadores da mina. Outro destaque é a presença de Juliette Binoche como a irmã desesperada de um dos mineradores. Em conclusão, um filme bem realizado, com bom elenco e direção que resgata essa história que mobilizou tantas pessoas nessa operação de salvamento.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de outubro de 2018

Simplesmente Amor

São nove estórias de relacionamentos envolvendo os mais diversos personagens. Em uma delas o primeiro-ministro da Inglaterra acaba se apaixonando por uma das funcionárias de seu gabinete. Na outra uma jovem profissional, desenhista gráfica, vê sua vida amorosa ter inúmeros problemas por ter um irmão com problemas mentais. Na seguinte vemos um homem casado se interessando por sua secretária e por aí vai. Uma sucessão de pequenas crônicas amorosas que procura mostra a vida pessoal dos mais diversos tipos. Um retrato de problemas que podem atingir qualquer um, inclusive você

Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Como já sabia de antemão ele apresentava vários problemas, um deles que é bem comum nesse tipo de produção com grande elenco e roteiro fragmentado, é a dispersão de foco. Com dezenas de personagens acaba que nenhum deles tem maior importância. Quando um estúdio resolve unir vários astros em um só filme já sabemos que nenhum deles terá personagens bem desenvolvidos na tela. É algo previsível. Muitos personagens, pouco foco. Além disso nem todo mundo aprecia esse tipo de roteiro ao estilo mosaico, com várias estórias correndo em paralelo ao mesmo tempo. Para muitos é algo que deixa o filme disperso demais. Enfim, "Simplesmente Amor" é isso, um filme prejudicado por suas próprias pretensões exageradas.

Simplesmente Amor (Love Actually, Estados Unidos, Inglaterra, 2003) Direção: Richard Curtis / Roteiro: Richard Curtis / Elenco: Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth, Emma Thompson, Keira Knightley, Alan Rickman, Rodrigo Santoro, Billy Bob Thornton, Rowan Atkinson, Elisha Cuthbert, January Jones, Denise Richards, Claudia Schiffer, Bill Nighy, Martin Freeman, Martine McCutcheon / Sinopse: São nove estórias de amor, mostrando as dificuldades de encontrar o amor de nossas vidas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Premiado pelo BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Bill Nighy).

Pablo Aluísio

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Westworld - Primeira Temporada

Título no Brasil: Westworld 
Título Original: Westworld 
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Jonathan Nolan, Jonny Campbell
Roteiro: Lisa Joy, Jonathan Nolan
Elenco: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright, Rodrigo Santoro
  
Sinopse:
Em um futuro próximo um parque temático é inaugurado. O visitante pode se sentir como um cowboy do velho oeste, interagindo com uma série de androides de última geração que recriam personagens típicos do velho oeste americano. Seu criador e mentor, o Dr. Robert Ford (Anthony Perkins), criou todo aquele universo como uma forma revolucionária de diversão, só que algo começa a dar errado, com os robôs desenvolvendo estranhos comportamentos.

Episódios Comentados:

Westworld 1.01 - The Original
Eu tenho a opinião de que uma boa série deve conquistar o espectador já em seu episódio piloto. E é justamente o que acontece aqui. A HBO resolveu produzir uma série que é baseada em um filme antigo chamado "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", estrelado pelo astro Yul Brynner.  A premissa é basicamente a mesma, só que obviamente remodelada e modernizada. Assim acompanhamos a rotina desse estranho parque onde robôs e andróides convivem com seres humanos (citados como "ricaços idiotas" por um dos personagens) que pagam para viver como se estivessem nos tempos do velho oeste. Até aí tudo bem, nada muito estarrecedor. O problema surge quando algumas dessas máquinas começam a desenvolver comportamentos completamente fora dos padrões. Eles devem seguir sua programação, atuar como se estivessem em um filme, com roteiro pré determinado. A questão é que surgem resquícios de inteligência artificial em alguns modelos, fazendo com que os criadores do parque fiquem intrigados com esses novos excessos, situações não esperadas, que vão surgindo em diversos modelos. O principal deles é Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood), programada para agir como uma típica mocinha de filmes de faroeste. Seu pai sofre um pane emocional quando encontra uma foto estranha em seu curral e a partir daí uma série de eventos começam a surgir por todos os lugares do parque. Nesse episódio piloto temos uma surpresa divertida quando Rodrigo Santoro surge como um fora da lei que entra na cidade para tocar o terror entre os moradores. Seu destino, também fora do script, acaba surpreendendo. Enfim, ótimo primeiro episódio, demonstrando que vem muita coisa boa por aí. Essa série certamente vale a pena acompanhar. Não vá perder. / Westworld 1.01 - The Original (EUA, 2016) Direção: Jonathan Nolan, Jonny Campbell / Roteiro: Lisa Joy, Jonathan Nolan / Elenco: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Rodrigo Santoro.

Westworld 1.02 - Chestnut
Maeve Millay (Thandie Newton), a prostituta negra do saloon, começa a ter lembranças de um ataque nativo quando ela perdeu seu próprio escalpo em um banho de sangue. Não era para isso acontecer. Sua programação não traz essa possibilidade. É certamente a prova de que algo está saindo errado com os protótipos que povoam Westworld. Além dela a bela mocinha Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) também está tendo espasmos parecidos. Ela começa a ter consciência de si mesma ao se olhar no espelho. Enquanto isso o cowboy e pistoleiro vestido em negro Ed Harris quer descobrir o que significa o labirinto! É um veterano em Westworld e por isso tem carta branca, mas logo fica claro que ele obviamente está exagerando. Por fim uma dupla de amigos chega em Westworld. Um deles é um sujeito tímido e contido. O outro, alucinado. Sua experiência valerá o ingresso pago? É o que veremos. Eis mais um bom episódio de "Westworld". Nesse aqui pela primeira vez um personagem resolve se revoltar contra os humanos, ao se deparar com o setor de reparos dos seres robóticos. Eles ficam empilhados, mais parecendo uma cena do holocausto. A mesma Maeve ao ver aquela cena tenta reagir, causando todos os tipos de problemas. A inteligência artificial leva ao conhecimento de si mesmo e de sua situação. Para o caos resta apenas um pequeno passo. / Westworld 1.02 - Chestnut (Estados Unidos, 2016) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Westworld 1.03 - The Stray  
Esse é certamente um dos episódios mais explicativos da série. O engenheiro Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se reúne com seu chefe, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) para lhe explicar o que estaria acontecendo. Alguns "anfitriões" (os seres robóticos que habitam Westworld) estariam apresentando comportamentos bem estranhos, fugindo do script, dos roteiros previamente programados para eles. Nesses momentos de surtos eles falavam com uma entidade imaginária chamada Arnold! O Dr. Ford imediatamente liga os pontos. No passado seu sócio, o Dr. Arnold, teria levantado a hipótese de criar uma consciência própria nos programas e aplicativos dos anfitriões. Claro que algo assim, que criaria uma verdadeira inteligência artificial, seria algo bem perigoso. A ideia então foi rejeitada, mas ao que tudo indica o Dr. Arnold deixou algo impresso nos robôs, algo que ele não avisou a ninguém antes de sua morte. Agora os incidentes começam a ocorrer com maior frequência, com destaque para Dolores (Wood) que foge completamente do roteiro da repetitiva estória onde via sua família ser morta para reagir e fugir. Definitivamente algo muito inovador (ou sinistro) está acontecendo no mundo de Westworld. / Westworld 1.03 - The Stray (Estados Unidos, 2016) Direção: Neil Marshall / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. Anthony Hopkins.

Westworld 1.04 - Dissonance Theory
Os "anfitriões" vão ficando cada vez mais cientes de si mesmo. A prostituta de saloon Maeve Millay (Thandie Newton) começa a ter cada vez mais espasmos de lembrança de quando foi levada até os laboratórios de Westworld para conserto. Ela consegue visualizar os homens que encontrou por lá. Sonho e realidade se misturam em sua mente. Ao ver uma jovem garota índia levando um pequeno boneco que se parece com as pessoas que encontrou nas salas de reposição do parque ela tem uma visão mais clara do que está acontecendo. Procurando fugir cada vez mais dos ciclos narrativos suas atitudes fora do padrão começam a chamar a atenção dos programadores da atração. Algo parecido vai acontecendo também com Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Sua programação não a impede mais de ter cada vez mais lembranças traumáticas das mortes de seus parentes na fazenda. Antecedendo tudo o que estaria prestes a acontecer novamente ela se antecipa e consegue fugir. É curioso que no mundo de Westworld os visitantes humanos parecem sempre prontos a agir da pior forma possível, como assassinos e estupradores. Os roteiros obviamente usam esse aspecto para tecer uma sutil crítica contra o lado animalesco do homem. Por fim, outro aspecto a se considerar, vem da segunda participação do ator brasileiro Rodrigo Santoro na série. Ele interpreta o anfitrião Hector Escaton, um pistoleiro vestido de negro que sempre aparece na cidadezinha do velho oeste para tocar o terror. Aqui ele acaba servindo de fonte de informações para Maeve, que está sempre em busca de respostas. / Westworld 1.04 - Dissonance Theory (Estados Unidos, 2016) Direção: Vincenzo Natali / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco:  Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins.

Westworld 1.05 - Contrapasso
Pelo andar da carruagem já sabemos que Dolores Abernathy (interpretada pela linda e elegante Evan Rachel Wood) tem uma espécie de programação especial, implantada por Arnold. Provavelmente um gênesis de inteligência artificial que só se desenvolveu desde que foi implantada pela primeira vez. Dentro de "Westworld" ela já anda com seus próprios passos, bem longe de sua narrativa original. Ela se junta a alguns visitantes humanos e a outros "anfitriões" e acaba indo parar em um vilarejo mexicano cheio de soldados confederados. Lá acaba participando de um ataque a uma carroça da União que supostamente estaria cheia de nitroglicerina, um composto químico altamente explosivo. Outro destaque desse episódio é a cena em que finalmente ficam frente a frente os dois melhores atores do elenco. Sentados em uma mesa, numa vila perdida do velho oeste, Anthony Hopkins e Ed Harris travam os melhores diálogos que já vi até aqui. Dois grandes mestres da arte de atuar em um excelente "duelo" de egos e falsas intenções. Por fim uma revelação para a anfitriã prostituta de saloon Maeve Millay. Ela desperta dentro da sala de concertos e manutenção de "Westworld" e encara essa nova realidade que para muitos de seus semelhantes não passa de uma lenda! / Westworld 1.05 - Contrapasso (Estados Unidos, 2016) Direção: Jonny Campbell / Roteiro:  Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.06 - The Adversary  
Sigo acompanhando "Westworld". A cada novo episódio as coisas vão ficando mais claras. Esse aqui é especialmente revelador. A "anfitriã" Maeve Millay (Thandie Newton) já está criando consciência de si mesma. Ela se deixa enforcar propositalmente por um cliente para retornar ao setor de reparos de Westworld. Uma vez lá trava amizade com um jovem reparador, um oriental que não apenas revela toda a verdade como a leva para um verdadeiro tour pelas instalações. Algo bem surreal e inesperado. Já o engenheiro-chefe Bernard Lowe (Jeffrey Wright) descobre que há uma série de anfitriões sem registros na central de controles. Ele então resolve investigar in loco o que estaria acontecendo e descobre que o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) mantém um verdadeiro santuário de anfitriões originais, da época de fundação do parque. Eles revivem um momento especial de sua infância. Essa porém pode ser apenas uma fachada para algo maior, algo que acaba sendo descoberta por uma das engenheiras, ao descobrir que transmissões via satélite estão sendo enviadas para as máquinas, dando comando de voz de Arnold (o outro fundador de Westworld) a elas. Isso explicaria parcialmente o estranho comportamento de alguns anfitriões. E é justamente por essas respostas que o personagem de Ed Harris tanto procura. Ele acaba se envolvendo numa cilada ao tentar enganar um grupo de soldados da União, algo que acaba em intenso tiroteio. Afinal o que significaria o tal labirinto? De maneira em geral tenho gostado de "Westworld". Há certamente boas ideias aqui. Recentemente a HBO anunciou que a série terá uma segunda temporada. O que posso dizer? Seguramente será muito bem-vinda! / Westworld 1.06 - The Adversary (Estados Unidos, 2016) Direção: Frederick E.O. Toye / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Anthony Hopkins, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.07 - Trompe L'Oeil
Esse episódio é um dos mais reveladores da série. O curioso é que no episódio anterior a atriz Evan Rachel Wood não tinha participado, mas agora ela retorna com sua personagem, a anfitriã Dolores Abernathy. Ela está indo aos confins de Westworld em busca de respostas, já que ela é uma das que apresentam claros sinais de inteligência artificial. Vai ter que lidar com selvagens de uma tribo fantasma e renegados confederados! E por falar em reações inesperadas dos anfitriões, nesse episódio a companhia resolve puxar o tapete do engenheiro Bernard Lowe (Jeffrey Wright) e mais do que isso, eles começam a conspirar para tirar o próprio criador do parque, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins), de Westworld. Ford porém já estava esperando por esse tipo de traição! Ele manteve por anos uma instalação secreta, onde criou novos protótipos de anfitriões, com avanços notáveis. Um deles é justamente Bernard, seu braço direito. Isso mesmo, o engenheiro-chefe é ele mesmo um anfitrião criado especialmente por Ford! Quem poderia imaginar? Pior para a Dra. Theresa Cullen (interpretada pela atriz sueca Sidse Babett Knudsen). Ela acaba entrando em uma armadilha sem saber que está prestes a passar por uma situação literalmente mortal. Enfim, um dos episódios vitais para entender tudo o que acontece em Westworld, um lugar tão selvagem como o velho oeste que procura recriar! / Westworld 1.07 - Trompe L'Oeil (Estados Unidos, 2016) Direção:  Fred Toye / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco:  Evan Rachel Wood, Thandie Newton.

Westworld 1.08 - Trace Decay
A série "Westworld" vai ficando cada vez mais interessante. Nesse episódio o personagem do Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) sai apagando os rastros do crime que ele mandou Bernard Lowe (Jeffrey Wright) cometer. No episódio anterior inclusive o espectador descobriu que Bernard não é uma pessoa comum, mas sim um anfitrião. Isso foi uma surpresa e tanto. Pois bem, já que ele é um robô nada mais simples do que apagar sua memória, só que Ford ignora que apagando essa parte de suas lembranças acabará apagando outra também - o que irá gerar uma desconfiança geral nos demais funcionários de Westworld. Na outra linha narrativa Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) segua sua viagem nos confins do parque. Ela reencontra a velha vila onde viveu uma de suas narrativas. Encontra tudo destruído. O curioso é que sua memória parece intacta. Já a prostituta Maeve Millay (Thandie Newton) já sabe tudo o que acontece em Westworld e ela começa a agir, usando uns membros da manutenção para atender seus interesses. Por fim o episódio revela mais aspectos do personagem do pistoleiro negro (interpretado pelo ótimo Ed Harris). Para quem gosta do personagem vai curtir bastante. É isso, mais uma excelente peça nesse quebra-cabeças chamado Westworld. / Westworld 1.08 - Trace Decay (Estados Unidos, 2016) Direção: Stephen Williams / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Anthony Hopkins, Ed Harris, Rodrigo Santoro, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.09 - The Well-Tempered Clavier
Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu a primeira temporada de "Westworld" ou esse nono episódio em particular recomendo que não siga em frente em sua leitura. Pois bem, um aspecto que sempre chamo a atenção em "Westworld" é que essa série do canal HBO começou muito bem e segue cada vez mais interessante. Não é tão fácil encontrar novas séries que lhe conquistem desde os primeiros momentos. Nesse episódio temos várias revelações. Uma delas, a mais curiosa de todas, é saber que Bernard Lowe (Jeffrey Wright) nada mais é do que uma cópia de Arnold, o antigo sócio do Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins). O público já havia ficado surpreso no episódio anterior ao descobrir que Bernard não era um ser humano, um engenheiro trabalhando na companhia e agora temos essa outra surpresa. Como se sabe Arnold criou uma série de protótipos com I.A. (inteligência artificial) e será justamente esse grupo de androides que darão início a uma verdadeira revolução. Bernard também é dessa série e tenta de todas as formas liquidar com o Dr. Ford, inclusive usando uma anfitriã, mas ele acaba não sendo bem sucedido em seus planos. Outro acontecimento chave esse episódio ocorre quando Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) chega em uma igrejinha de uma cidade do velho oeste. Em seu porão estava instalado o laboratório de Arnold, onde tudo começou. Justamente lá ela descobre enfim tudo o que aconteceu, agora é só sair com vida, pois o pistoleiro negro (Ed Harris) está em seu encalço. Como afirmei antes, esse é um episódio acima da média de uma série que já é muito boa, por seus méritos próprios. / Westworld 1.09 - The Well-Tempered Clavier (Estados Unidos, 2016) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins.

Westworld 1.10 - The Bicameral Mind
Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao episódio final de "Westworld" pare a leitura por aqui. Pois bem, esse último episódio da primeira temporada me surpreendeu em alguns pontos, mas em outros foi menos surpreendente do que eu poderia esperar. Em 90 minutos de duração conseguiu fechar bem essa temporada. A sacada de unir dois personagens que não pareciam ter nada a ver em apenas um, foi realmente bem interessante. O pistoleiro negro interpretado por Ed Harris era um mistério desde o primeiro episódio, até que aqui tudo fica bem claro. Confesso que gostaria de voltar aos primeiros episódios para verificar se essa reviravolta teve mesmo sentido desde o começo. Mesmo assim descobrir o destino de William e o que ele se tornou foi uma surpresa e tanto, não há como negar. O destino do Dr. Ford e sua última história estava meio que delimitado há bastante tempo. Todos sabiam que os anfitriões, mais cedo ou mais tarde, iriam se rebelar contra seus criadores. Dolores sempre foi também uma peça chave. Os roteiristas ligaram assim o destino do Dr. Ford com seu antigo sócio, tendo ambos o mesmo fim... curiosamente sendo executados por Dolores. A explicação sobre o labirinto (algo que parecia maior, mas que era apenas um jogo infantil) também foi muito criativa. O único "porém" que fica daqui para frente é o que acontecerá na próxima temporada (já programada para estrear em 2018). Uma vez que os anfitriões estão rebelados, que massacres já foram cometidos, que agora eles podem fazer mal aos seres humanos, o que sobrará? Provavelmente a próxima temporada seja de pura ação, o que vai esvaziar a série como um todo. Afinal tudo já parece ter sido revelado. De qualquer maneira "Westworld" é uma daquelas séries que você não pode deixar de conferir, mesmo que as expectativas para a segunda temporada não sejam das melhores. / Westworld 1.10 - The Bicameral Mind (Estados Unidos, 2016) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins / Sinopse: Em um futuro próximo, um parque de diversões temáticos esconde um segredo inimaginável.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Ben-Hur

Antes de qualquer coisa é importante ter em mente que não cabe qualquer comparação entre esse filme e o clássico absoluto de 1959. Qualquer comparação nesse sentido seria realmente uma covardia. A diferença em termos de qualidade ou relevância cinematográfica é completamente abissal. O filme de William Wyler segue sendo insuperável. Dito isso vamos nos concentrar aqui apenas em falar sobre essa nova versão cinematográfica do romance épico escrito por Lew Wallace (que foi general do exército americano durante a guerra civil). O livro, como bem sabemos, é uma obra robusta, muito bem escrita, que mescla eventos meramente ficcionais com passagens do Novo Testamento.

Basicamente tudo é centrado na relação entre dois amigos de infância (que se consideram praticamente como irmãos), um romano e o outro judeu, cujos destinos vão entrar em choque com os anos. O judeu, Judah Ben-Hur (Jack Huston), acaba sendo erroneamente confundido com um zelote (denominação dada aos rebeldes judeus contra a dominação romana nos tempos de Jesus), durante um atentado ao cônsul Pilatos na Judeia. Preso, ele não consegue sequer proteção de seu velho amigo romano, Messala Severus (Toby Kebbell), que ao contrário disso se mostra implacável para com Judah e sua família. Ele vira escravo por ter cometido o crime de Sedição e vai cumprir sua pena nos navios de guerra de Roma, naquelas infames penas de galés, onde os homens remavam até a morte m porões úmidos e escuros das embarcações de César.

O enredo de Ben-Hur é clássico, muito conhecido por cinéfilos em geral. Aqui não há tantos detalhes, o filme tem uma edição bem mais rápida e ágil e uma narração em off que vai explicando aspectos do roteiro sem que haja a necessidade de se perder muito tempo em mostrar tudo na tela. O problema é que essa opção narrativa torna tudo também muito superficial. Tudo vai acontecendo aos pulos, sem preocupação em envolver muito o espectador com a estória. Particularmente não gostei muito do desenvolvimento do roteiro. Para piorar o elenco principal não é bom. Tanto Huston (como Ben-Hur) como Kebbell (o Messala) não convencem. Eles não são grandes atores e Kebbell está particularmente muito ruim em seu papel, nada convincente, chegando a ser ridículo em certos momentos. Sua falta de talento quebra a espinha dorsal do filme em termos de atuação.

Os dois coadjuvantes mais notórios acabam se saindo bem melhores do que os protagonistas. Morgan Freeman colocou todo o seu prestigio para salvar o filme da irrelevância, mas sem muito resultado. De qualquer maneira ele é um ator especial e traz alguns pontos positivos para o filme. Rodrigo Santoro interpreta um Jesus que não tem muita pinta de Messias, mas sim de um homem comum, com um bom e adequado discurso. Não me convenceu muito como o Nazareno. Por fim, a única coisa realmente boa desse filme é a famosa cena de bigas. É o ponto alto da produção e faz valer o preço do ingresso. Se o filme falha em termos de elenco e roteiro, em termos de edição essa cena é realmente extremamente bem feita. Pena que é um momento isolado em um filme que no geral é inegavelmente bem fraco.

Ben-Hur (Ben-Hur, Estados Unidos, 2016) Direção: Timur Bekmambetov / Roteiro: Keith R. Clarke, baseado na obra de Lew Wallace / Elenco: Jack Huston, Toby Kebbell, Rodrigo Santoro, Nazanin Boniadi / Sinopse: Dois amigos de infância, um judeu e um romano, acabam se tornando inimigos quando um deles é acusado de ser traidor da dominação romana na Judeia. Ben-Hur (Huston) é condenado a escravidão, mas após uma batalha naval consegue sobreviver, voltando para Jerusalém, onde deseja vingança contra seu velho "irmão".

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Golpe Duplo

Título no Brasil: Golpe Duplo
Título Original: Focus
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Argentina
Estúdio: Warner Bros
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Roteiro: Glenn Ficarra, John Requa
Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Rodrigo Santoro
  
Sinopse:
Nicky (Smith) é um sujeito que vive de aplicar golpes nos desavisados. Geralmente usando de grande astúcia e esperteza, ele engana quem cruzar com seu caminho. Assim acaba formando seu próprio grupo de criminosos cujo objetivo é obter a maior quantia possível, seja em furtos, seja com estelionatos. Casualmente acaba conhecendo a linda Jess (Margot Robbie) que deseja aprender seus truques. A relação que começa como mentor e pupila logo vira algo mais, despertando uma grande paixão entre eles, que só cresce entre um novo golpe e outro. Isso porém deve ser deixado em segundo plano na visão de Nicky, uma vez que o mais importante mesmo é manter o foco na próxima jogada ilegal.

Comentários:
Em um primeiro momento parece ser mais um daqueles filmes de ação genéricos que o ator Will Smith vem estrelando nos últimos anos. Assim que começa o filme porém você começa a perceber que existem algumas novidades. Uma delas é uma bem selecionada trilha sonora, cheia de clássicos de rock e da black music. Depois vamos percebendo que o roteiro, apesar de lidar com um casal de vigaristas que vivem de golpes, possui um argumento bem romântico, mais do que poderíamos esperar. Will Smith parece preocupado em trazer uma certa sofisticação e classe para seu personagem, embora ele seja, como já escrevi, um criminoso. A relação amorosa de seu personagem com Jess (Margot Robbie) é outro ponto que chama atenção pelo destaque que ganha ao longo da trama. O que parece ser um flerte habitual acaba ganhando dimensões de grande paixão, amor verdadeiro, por mais estranho que isso possa parecer em um filme como esse. A atriz Margot Robbie é inegavelmente muito bonita e sensual e ganha mais pontos ainda nesse aspecto ao desfilar na tela usando um figurino desenhado por figurões do mundo da moda. O conjunto certamente acaba se tornando um colírio para os nossos olhos. Curiosamente um dos vilões (se é que podemos dividir os personagens entre mocinhos e vilões, já que todos caminham pelo fio da navalha da criminalidade) é interpretado pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro. Ele é dono de uma escuderia de Fórmula 1 que pretende destruir os concorrentes, mas não nas pistas, como era de se imaginar, mas sim usando Nicky (Smith) para lhes passar um aplicativo falso.

Santoro até que se sai bem, mesmo com um personagem meio vazio e unidimensional que não abre margem a maiores pretensões nesse sentido. De certa maneira não há muito o que falar sobre ele, a ponto inclusive do roteiro não explicar sequer se seu personagem é brasileiro ou argentino (grande parte do segundo ato do filme se passa em Buenos Aires). Por falar nisso o roteiro se divide em dois arcos narrativos bem delimitados. No primeiro, passado nos Estados Unidos, o personagem de Will Smith conhece e se apaixona por Jess (Robbie). Ela é uma loira bonita que vive de dar pequenos golpes, como a do "marido traído". No segundo ato, todo rodado na Argentina, já após uma breve separação, ele a reencontra na terra dos hermanos. Ambos estariam envolvidos mais uma vez em golpes. Por fim e não menos importante é bom salientar que o roteiro traz algumas situações que não consegui digerir, por serem pouco críveis. Entre elas a mais absurda acontece em um jogo de futebol americano, quando Will começa uma insana rodada de apostas com um milionário oriental - só vendo para crer mesmo! Então é isso, "Focus" é um filme de ação certamente, mas Will procura de todas as maneiras injetar um certo grau de sofisticação em cada cena, tal como fazia no passado o grande Steve McQueen em algumas produções de sua filmografia. Funcionou? Em termos. Não é uma maravilha cinematográfica, mas também consegue escapar de ser apenas mais um filme de ação derivativo e sem novidades.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As Panteras Detonando

Título no Brasil: As Panteras Detonando
Título Original: Charlie's Angels - Full Throttle
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures Corporation
Direção: McG
Roteiro: Ivan Goff, Ben Roberts
Elenco: Drew Barrymore, Lucy Liu, Cameron Diaz, Bernie Mac, Crispin Glover, Demi Moore, Rodrigo Santoro

Sinopse:
Vários crimes são cometidos envolvendo pessoas inseridas dentro do programa de proteção às testemunhas. Caberá as panteras descobrirem quem vazou os arquivos sigilosos e quem está promovendo as mortes. Inicialmente elas pensam que se trata de algo planejado por Madison Lee (Demi Moore), que já fez parte das Charlie's Angels mas que agora se dedica ao mundo do crime. Será mesmo?

Comentários:
"Charlie's Angels" era um seriado muito simpático da TV americana durante os anos 70 que fez bastante sucesso (inclusive no Brasil). A série contava a estória de três agentes beldades que se envolviam em grandes conspirações de espionagem ao redor do mundo. Era um produto pop certamente mas tinha seu charme - tanto que durou tanto tempo. Confesso que levar a série para o cinema e para as novas gerações me soava como uma boa ideia mas depois de assistir a esses novos remakes mudei drasticamente de opinião. O resultado é muito ruim, vamos convir. Drew Barrymore, que é a produtora e verdadeira "dona" dessa nova franquia, trocou os pés pelas mãos ao realizar um produto barulhento, insano e explosivo, mas sem charme algum. Ao invés de investir na simpatia e beleza do trio de atrizes ela jogou tudo pelo ralo ao colocar as garotas o tempo todo trocando sopapos com vilões cartunescos. Que bobagem! Espero que um dia "Charlie's Angels" retorne mas da maneira certa, não como está aqui. Desperdício completo de tempo e dinheiro. Não vá desperdiçar o seu também conferindo essa bobagem.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Heleno

Título no Brasil: Heleno
Título Original: Heleno
Ano de Produção: 2011
País: Brasil
Estúdio: Agência Nacional do Cinema (ANCINE)
Direção: José Henrique Fonseca
Roteiro: L.G. Bayão, Felipe Bragança
Elenco: Rodrigo Santoro, Angie Cepeda, Alinne Moraes

Sinopse:
Filme baseado na história real do jogador de futebol do Botafogo e da Seleção Brasileira, Heleno de Freitas (1920 / 1959). Ele brilhou na década de 1940. Bom de bola, metido a galã e conquistador, Heleno virou muito popular e famoso por suas grandes jogadas e conquistas amorosas fora de campo.

Comentários:
Heleno de Freitas é até hoje um desportista querido pelos torcedores do Botafogo e por cronistas esportivos. Virou praticamente um símbolo de uma era que já não existe mais. O filme procura mostrar parte dessa sua trajetória. Infelizmente não há nenhum final feliz para se mostrar. Heleno era dado a farras, inclusive com prostitutas e isso lhe valeu uma grave doença, a sífilis. Uma das consequências dessa enfermidade é a perda da razão e capacidade cognitiva. A doença atinge o cérebro e devasta a saúde do enfermo. Assim o jogador terminou seus dias em um sanatório carioca, abandonado e esquecido. Não é uma produção de encher os olhos, sua falta de orçamento algumas vezes se torna clara, mas mantém aquela velha tradição do cinema brasileiro em mostrar o lado mais áspero da vida de pessoas que caíram de uma forma ou outra em suas vidas. O enredo está mais para tragédia do que para esporte. Mesmo assim o filme não é muito aconselhado a quem não gosta de futebol e sua mitologia de uma forma em geral. Vale como resgate histórico de um personagem meio esquecido de nossos gramados e é só.
 
Pablo Aluísio.

sábado, 23 de novembro de 2013

O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Título no Brasil: O Que Esperar Quando Você Está Esperando
Título Original: What to Expect When You're Expecting
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Kirk Jones
Roteiro: Shauna Cross, Heather Hach
Elenco: Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Rodrigo Santoro, Chris Rock, Ben Falcone, Dennis Quaid.

Sinopse: Cinco casais vivem o momento especial do nascimento de seus filhos. O filme enfoca como cada um enfrenta a proximidade da maternidade, as particularidades e o modo de encarar essa nova realidade. O roteiro procura mostrar como reagem as diversas pessoas nesse momento delicado em todo casamento.

Comentários:
Bobagem, acima de tudo. Filmes sobre um grupo de casais esperando o nascimento de seus respectivos filhos provavelmente só interessará para as mulheres que estiverem grávidas (nem seus maridos vão querer ver isso, acredito). Tudo muito açucarado, bobinho ao extremo, beirando o insuportável. A tal maternidade nunca foi tão chata no cinema como aqui! Provavelmente não me enquadro no público alvo que esse filme quis atingir porque o achei simplesmente um xarope sem fim! Para piorar temos no elenco a Cameron Diaz que até hoje não me convenceu que é uma atriz de verdade. È bonita, parece ser simpática, mas é só isso mesmo. Ela é uma uma modelo loira que agrada aos olhos. Tive pena do Dennis Quaid também... ele não está bem no filme. Enfim, uma comédia romântica que não me agradou.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Último Desafio

Alegrai-vos fãs dos filmes de ação. Arnold Schwarzenegger está de volta! Depois de esporádicas aparições na série “Os Mercenários”, o ator austríaco, ícone da década de 80, volta com força total. Como todos sabem Schwarzenegger tinha se afastado do mundo do cinema para se dedicar a uma bem sucedida carreira política. Depois do fim de seu mandato como governador da Califórnia e diante da impossibilidade de concorrer à Casa Branca por ser um americano naturalizado (apenas americanos natos podem se tornar presidente naquele país) ele resolveu deixar a política de lado, decidindo voltar ao cinema definitivamente. A boa noticia é que sua volta se dá em um bom filme, realmente divertido, que não vai decepcionar aos fãs de sua filmografia. Aqui Arnold Schwarzenegger interpreta o xerife Ray Owens. Após longos anos na polícia de Los Angeles, no Departamento de Narcóticos, ele decide trilhar um caminho mais calmo e sossegado se tornando o homem da lei de uma sonolenta e pacata cidadezinha na fronteira do México com os Estados Unidos. Como nada acontece de muito grave no local o xerife é assessorado por apenas três auxiliares. A maioria da população já é idosa e a cidade proporciona o clima de sossego ideal para uma aposentadoria tranquila.

As coisas começam a mudar quando um perigoso chefão de um cartel mexicano consegue escapar numa fuga espetacular do FBI que o escoltava para o corredor da morte. Rico e poderoso ele consegue despistar os federais e ruma em um carro possante para a fronteira dos Estados Unidos com o México. O problema é que bem no meio do caminho está justamente a pequena cidadezinha onde o personagem de Arnold Schwarzenegger é o xerife. Já deu para imaginar o que vem por aí não é mesmo? Determinado a impedir que o fugitivo passe para o lado mexicano Schwarzenegger e seu grupo pegam a estrada, no objetivo de capturar o foragido. Para os fãs de filmes como “Comando Para Matar” ou “Jogo Bruto” não haverá do que reclamar, “O Último Desafio” é bem movimentado, com excelentes cenas de ação e principalmente perseguições alucinadas pelas estradas poeirentas do deserto americano. Outro ponto a favor dessa produção é que ela em vários momentos resolve homenagear a mitologia dos filmes de western, afinal Arnold Schwarzenegger é um xerife da fronteira, tema sempre presente e recorrente em diversos faroestes antigos. Some-se a isso o excelente elenco de apoio (Forest Whitaker como o agente líder do FBI, Johnny Knoxville como um caipira biruta, colecionador de armas de guerra, Rodrigo Santoro como o único preso da cadeia local e Eduardo Noriega como o chefão fugitivo) e você terá um ótimo produto em mãos. “O Ùltimo Desafio” é divertido, movimentado, bem realizado, com doses certas de bom humor e cenas de ação de boa adrenalina. Um filme que vai deixar muito fã do velho e bom Schwarzenegger gratificado.

O Último Desafio (The Last Stand, Estados Unidos, 2013) Direção: Jee-woon Kim / Roteiro: Andrew Knauer / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Forest Whitaker, Eduardo Noriega, Johnny Knoxville, Rodrigo Santoro,  Harry Dean Stanton, Luis Guzmán, Genesis Rodriguez / Sinopse: Xerife de uma pequena e pacata cidadezinha na fronteira dos Estados Unidos com o México se vê na incumbência de prender um foragido extremamente perigoso que conta com o apoio de seu poderoso e rico cartel de drogas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Hemingway & Gellhorn

Ernest Hemingway (1899 – 1961) foi um dos maiores escritores da literatura americana. Embora fosse brilhante com as letras era um sujeito complicado de se viver. Sempre envolvido em brigas, caçadas, mulheres e bebidas, acabou criando uma mítica em torno de si mesmo e suas aventuras. Esteve presente em vários conflitos armados e foi justamente em um deles, na guerra civil espanhola, que se apaixonou por Martha Gellhorn, uma jornalista que atuava como correspondente de guerra. Enquanto o general Franco dizimava seus opositores (formados principalmente por voluntários que foram lutar pela democracia na Espanha), Hemingway e Gellhorn se apaixonavam perdidamente. E é justamente essa a história central dessa boa produção do canal HBO. Com Clive Owen e Nicole Kidman interpretando os personagens centrais o filme tenta captar aspectos da genialidade de Ernest Hemingway, ao mesmo tempo em que destrincha seu romance com Martha Gellhorn. É uma obra que exige fôlego do espectador pois tem mais de duas horas e meia de duração mas no final não decepciona, embora tenha alguns pequenos problemas.

Antes de mais nada é importante chamar a atenção para o fato de ser uma produção televisiva o que obviamente significa ter um orçamento bem mais modesto do que de um filme para o cinema. Aqui os produtores resolveram inserir os personagens principais dentro de cenas reais da época, tudo realizado de forma digital. Funciona? Em alguns momentos sim, em outros não. Claro que esse tipo de decisão foi feita para deixar o orçamento mais enxuto, pois seria bem complicado (e caro) reproduzir cenas da guerra civil da Espanha e da invasão da China pelo Japão (lugares onde o casal passa parte de sua história). Assim sempre que há necessidade da inclusão de alguma cena mostrando esses eventos históricos se utiliza dessa artimanha. Nicole Kidman está, como sempre, maravilhosa. Para os fãs de seu “talento natural” fica o aviso de que há boas seqüências sensuais dela ao lado do ator Clive Owen. Na mais marcante delas os dois se entrelaçam nus em um quartel de hotel em Madrid enquanto a cidade é bombardeada por forças leais a Franco. Por falar em  Clive Owen tenho algumas observações a fazer em relação ao seu trabalho. O seu Ernest Hemingway não me agradou completamente. Além de não serem fisicamente parecidos, Owen muitas vezes cai na caricatura ao retratar um escritor machista, porcalhão e nada ético. De uma maneira ou outra, mesmo com todas essas reservas, ainda vale a pena assistir ao filme, nem que seja para ter uma noção didática sobre a guerra civil espanhola e o nascimento da grande obra literária “Por Quem Os Sinos Dobram”. Fica a recomendação então.

Hemingway & Gellhorn (Idem, Estados Unidos, 2012) Direção: Philip Kaufman / Roteiro: Jerry Stahl, Barbara Turner / Elenco: Nicole Kidman, Clive Owen, David Strathairn, Rodrigo Santoro, Peter Coyote / Sinopse: O filme narra a história de amor entre a jornalista e corresponde de guerra Martha Gellhorn (Nicole Kidman) e o escritor Ernest Hemingway (Clive Owen).

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

300

Algumas coisas são importantes você saber de antemão sobre 300. Primeiro é que essa não é uma tentativa de reviver os antigos épicos do passado. Nunca foi a proposta de seus realizadores ter uma visão baseada em filmes como Ben-Hur ou até mesmo Alexandre, o Grade (me refiro ao original e não ao filme de Oliver Stone). Outra observação importante a fazer é que 300 não é uma produção que tenha como objetivo ser historicamente correta. Na realidade esse filme é uma adaptação de quadrinhos e como tal é pura cultura pop em movimento. Provavelmente seja a melhor adaptação de uma Graphic Novel jamais realizada, só ficando ombro a ombro com Sin City que também é extremamente bem realizado. Desse modo o que vemos em cena é puro estilo baseado na arte gráfica da publicação original. Muitos que foram assistir 300 não levaram essas questões em consideração e por isso não gostaram muito do resultado final. Acharam uma linguagem inovadora mas cansativa. De certa forma para gostar de 300 você também tem que gostar de quadrinhos caso contrário vai ficar complicado se inserir dentro do universo que é mostrado na tela.

A trama se passa no ano 480 a.c. O supremo Imperador da Pérsia, Xerxes (interpretado com afetação por Rodrigo Santoro), decide enviar seu poderoso e até aquele momento invencível exército para dominar e arrasar a Grécia, naquele momento um conjunto de Cidades- Estados independentes entre si, Muitas cidades resolvem sucumbir à terrível ameaça que vem do Oriente mas a cidade grega de Esparta, conhecida por possuir os melhores guerreiros de toda a Grécia resolve enfrentar Xerxes e suas legiões. São selecionados assim 300 dos mais virtuosos combatentes Espartanos. Resolvem lutar usando de um ponto geográfico muito específico que lhes dá grande vantagem estratégica. A partir daí a batalha épica tem seu começo. Como não poderia deixar de ser esse roteiro lida muito bem com honra, garra e persistência, louvando aquele sentimento nobre de nunca desistir, de lutar até o fim, morrendo de pé se necessário. Zack Snyder aqui dá uma boa amostra de seu estilo diferenciado, arrebatador. Junte a isso o excelente material de Frank Miller no qual o filme é baseado e assim temos  um dos melhores filmes de aventura dos últimos tempos. Provavelmente depois você vai se pegar gritando: "Espartaaaaaaaaaaaa..." em algum momento decisivo de sua vida.

300 (300, Estados Unidos, 2007) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad, Michael B. Gordon baseado na obra de  Frank Miller e Lynn Varley / Elenco:  Gerard Butler, Vincent Regan, Lena Headey, David Wenham, Michael Fassbender, Rodrigo Santoro, Tom Wisdom, Andrew Tiernan, Dominic West, Andrew Pleavin./ Sinopse: Trezentos dos maiores guerreiros de Esparta resolve enfrentar o magnífico exército de Xerxes, imperador da Pérsia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Golpista do Ano

Finalmente assisti. Até agora não consegui entender as verdadeiras intenções de seus realizadores. O filme é diferente, não se assume nem como comédia e nem como drama. Também coloca como centro do roteiro um casal de gays presidiários que vivem de dar golpes em outras pessoas. O personagem de Jim Carrey é particularmente doentio, um mentiroso incontrolável que usa de suas falsas identidades para se dar bem na vida. Já Ewan McGregor vai deixar muito fã de "Star Wars" embaraçado, pois interpreta o companheiro de Jim, um homossexual de bom coração que o conhece na cadeia. Para completar temos o brasileiro Rodrigo Santoro fazendo o primeiro namorado de Carrey.

Pessoas sensíveis demais podem se sentir ofendidas com o filme. Há cenas de violência, fraude, falsidade ideológica etc. O personagem de Jim Carrey me lembrou bastante o que Leonardo Di Caprio interpretou em "Prenda Me Se For Capaz". O problema é que é difícil simpatizar com o golpista de Carrey. Ao contrário do filme de Spielberg, aqui temos poucos motivos para torcer pelo personagem principal. Nos Estados Unidos o filme foi boicotado por certos setores por causa de seu tema ofensivo. Os personagens principais são criminosos e não se arrependem pelo que fazem. Moralmente realmente a produção deixa a desejar, não pelo fato de serem homossexuais mas pelo fato de serem criminosos sem culpa. Enfim, um filme complicado que provavelmente não vai cair no gosto dos fãs de Jim Carrey.

O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris, Estados Unidos, 2008) Direção: Glenn Ficarra, John Requa / Roteiro: Glenn Ficarra, John Requa / Elenco: Jim Carrey, Ewan McGregor, Rodrigo Santoro, Leslie Mann, Jessica Heap, Michael Wozniak, Tony Bentley, Nicholas Alexander, Michael Beasley, Marcus Lyle Brown. / Sinopse: Um casal de gays vive de dar golpes em pessoas honestas. Com o dinheiro fazem viagens, compram roupas caras e se divertem.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Recém-Formada

Com a crise na economia americana sem solução o cinema vai aos poucos absorvendo aquela realidade até mesmo nos mais improváveis gêneros, como por exemplo a comédia romântica. É justamente isso o que acontece aqui nesse "Recém-Formada", que retrata uma realidade mais presente entre os jovens americanos: após se formarem na universidade não conseguem arranjar empregos dentro do mercado de trabalho. Assim acompanhamos as tentativas de Ryden Malby (Alexis Bledel) em alcançar um lugar ao sol. O filme tem no elenco várias estrelinhas dos seriados americanos, como a própria Alexis (de Gilmore Girls), Zach Gilford (de Friday Night Lights) e Jane Lynch (a treinadora de Glee). 

Para completar o elenco a produção chamou o sumido Michael Keaton (repetindo todos os seus maneirismos como comediante que conhecemos) e Rodrigo Santoro (como um vizinho brasileiro que não consegue fugir dos estereótipos, como os de Latin Lover e praticante de "soccer"). O resultado final é apenas regular - pois apesar do tema "desempregada com canudo" ser promissor o roteiro não arrisca e nem alcança maiores horizontes, preferindo ficar ali no banho maria das comediazinhas românticas americanas. Se for sua praia arrisque.  

Recém-Formada (Post Grad, Estados Unidos, 2009) Direção: Vicky Jenson / Roteiro: Kelly Fremon / Elenco: Alexis Bledel, Zach Gilford, Rodrigo Santoro, Jane Lynch, Fred Armisen, Michael Keaton, Craig Robinson, Bobby Coleman, Carol Burnett./ Sinopse: Garota recém-formada encontra uma série de dificuldades para conseguir seu primeiro emprego. A crise por que passa a economia norte-americana torna sua situação ainda mais complicada.  

Pablo Aluísio.