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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

A Ilha da Garganta Cortada

Título no Brasil: A Ilha da Garganta Cortada
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella

Sinopse:
Nos tempos em que os piratas reinavam nos sete mares, uma jovem e destemida mulher assume o controle de um barco e vai até o Caribe com o firme objetivo de encontrar um tesouro escondido na Ilha da Garganta Cortada. Será uma aventura cheia de perigos e situações de risco. 

Comentários:
Quando eu assisti a esse filme pela primeira vez, eu pude perceber que Hollywood havia perdido a mão para fazer bons filmes de piratas. Na era de ouro dos grandes estúdios filmes sobre piratas formavam um estilo cinematográfico dos mais populares. Só que isso havia acontecido nos anos 30, 40 e 50. Depois disso perderam a fórmula dos bons filmes. Essa aventura assim sempre me pareceu muito artificial, nada convincente. Até que houve uma boa produção, com um orçamento que beirou os 100 milhões de dólares, mas as filmagens tiveram problemas. Marido e mulher dividiam as responsabilidades do filme, ele na direção, ela liderando o elenco. Não deu muito certo. Com um roteiro que era reescrito a cada semana de filmagem, esses problemas apareceram na tela. E tudo isso era uma pena pois o filme tinha tudo para dar certo. Não deu, lançado nos cinemas foi fracasso de bilheteria, levando a produtora Carolco à falência. A crítica malhou muito também. E de certa maneira jogou novamente o estilo de filmes de piratas na geladeira por anos a fio. Pois é, nem sempre Hollywood acertava em sua escolhas. 

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de outubro de 2022

Os Renegados

Um famoso ladrão de jóias é contratado por um grupo de jovens para executar um plano ousado. Ele teria que participar do roubo de 20 milhões de dólares em barras de ouro. E isso não é tudo. O ouro pertenceria a um grupo terrorista do Oriente médio. Toda essa fortuna estaria escondida dentro de uma prisão de segurança máxima localizada em um país árabe controlado por uma ditadura sanguinária. Esse ladrão de casaca é interpretado pelo ator Pierce Brosnan. O filme começa até muito bem. Eu costumo dizer que filmes sobre planos de roubos geralmente são bons. Infelizmente, essa é a exceção que confirma a regra. Um filme que começa interessante, mas que rapidamente desaba e afunda. E é bem fácil entender por que isso acontece. 

Em determinado momento o roteiro deixou a execução do plano de roubo em segundo plano, optando por um humor sem graça. Piadinhas constrangedoras surgem a todo momento. E o próprio plano é mal editado. Nunca vi sequências tão ruins de roubo como aqui. Que edição pavorosa! O final também não é nada interessante, muito mal escrito. E essa falta de qualidade vai se expressar até mesmo na atuação de Pierce Brosnan. No começo do filme ele parece empenhado em atuar bem. Algo que depois se transforma em desânimo. Isso vai ficando bem claro para quem assiste. Em suma, temos aqui algo que era potencialmente interessante, mas que foi desperdiçado. Um filme que pode ser definido como ruim no final das contas.

Os Renegados (The Misfits, Estados Unidos, 2021) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Pierce Brosnan, Tim Roth, Nick Cannon / Sinopse: Grupo contrata um famoso ladrão Internacional de joias para executar um ousado plano de roubo no Oriente Médio. O objetivo é colocar as mãos em 20 milhões de dólares em ouro, que pertence a terroristas fundamentalistas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A Hora do Pesadelo 4

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos
Título Original: A Nightmare on Elm Street 4 - The Dream Master
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Wes Craven, William Kotzwinkle
Elenco: Robert Englund, Rodney Eastman, John Beckman, Hope Marie Carlton, Kristen Clayton, Duane Davis

Sinopse:
Freddy Krueger retorna mais uma vez para aterrorizar os sonhos dos Dream Warriors restantes, bem como os de uma jovem que pode ser capaz de derrotá-lo para sempre. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror do ano.

Comentários:
Nunca foi o típico filme da carreira do diretor Renny Harlin. A praia dele sempre foi outra, de filmes de ação com muita pancadaria e troca de tiros com metralhadoras, mas devo dizer que ele surpreendeu nesse filme da série "A Nightmare on Elm Street". Ele trouxe um visual muito bem produzido, caprichado mesmo, para esse quarto filme. Diria até que é o filme mais diferenciado da franquia. Os efeitos especiais na década de 1980 nem era tão perfeitos, porém ele superou isso com uma direção de arte realmente muito boa, acima da média. A bilheteria também foi considerada top de linha, acima do previsto pelo estúdio New Line. Para um filme que custou pouco mais de 14 milhões de dólares, a soma de 98 milhões arrecadados foi considerada excelente, o que levaria Freddy Krueger a voltar em mais filmes nos anos que viriam. Já o diretor Renny Harlin não quis continuar na série. Ele largou o famoso personagem dos filmes de terror e foi dirigir "Duro de Matar 2" que iria se tornar um dos maiores sucessos de sua carreira.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de março de 2017

Do Fundo do Mar

Título no Brasil: Do Fundo do Mar
Título Original: Deep Blue Sea
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Duncan Kennedy, Donna Powers
Elenco: Samuel L. Jackson, Thomas Jane, Stellan Skarsgård, Saffron Burrows, Jacqueline McKenzie, Michael Rapaport
  
Sinopse:
Procurando pela cura do mal de Alzheimer, um grupo de cientistas começa uma pesquisa em um lugar isolado, distante da civilização. Uma vez lá eles se deparam com um novo tipo de tubarão desconhecido pela ciência. Os animais não são apenas predadores ferozes, mas também apresentam uma inteligência fora do comum, o que piora ainda mais a situação de todos eles. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.

Comentários:
Mais um herdeiro tardio de "Tubarão". É a tal coisa, com os anos 90 vieram também as novas tecnologias de efeitos digitais, que eram inexistentes nos anos anteriores. De repente não havia mais limitações para a imaginação dos roteiros. Basta lembrar de como foi complicado dar veracidade ao Tubarão original de Steven Spielberg para perceber como os novos tempos tinham mudado o cinema. Tudo era possível de se reproduzir nas telas. Assim, com tantas comodidades, não era complicado prever o surgimento de fitas como essa, com toneladas de efeitos criados em computação gráfica. Só que os produtores desse filme esqueceram que por trás de todo bom filme é preciso ter um bom roteiro. Nesse quesito esse "Deep Blue Sea" deixa muito a desejar. Ok, temos que admitir que visualmente o filme é muito bem realizado, mas a estorinha por trás de tudo é muito fraca, fraca demais. Para piorar o que já não era muito bom o diretor Renny Harlin (uma espécie de aprendiz fracassado de Michael Bay) resolveu realizar um filme vazio, que mais parece um videogame. O problema é que os fãs de games não podiam jogar e os cinéfilos não queriam pagar uma entrada de cinema para assistir um game. Só sobrou então o fracasso comercial, merecidamente aliás. Enfim, um filme de tubarões que não chega nem perto do clássico de Spielberg. No fundo não passa de uma bomba no fundo do mar. Esqueça!

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Despertar de um Pesadelo

Título no Brasil: Despertar de um Pesadelo
Título Original: The Long Kiss Goodnight
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Shane Black
Elenco: Geena Davis, Samuel L. Jackson, Yvonne Zima
  
Sinopse:
Samantha Caine (Geena Davis) parece ser uma dona de casa comum, como tantas outras de sua idade. O que a diferencia é das demais é que ela sofre de uma rara amnésia que a impede de lembrar de fatos muito recentes. Samantha também não faz a menor ideia de quem ela realmente é: uma assassina profissional altamente treinada pelo serviço de inteligência dos EUA. Agora ela terá que enfrentar aqueles que desejam sua morte, como parte de uma grande operação de queima de arquivo.

Comentários:
Nem sempre orçamento generoso significa qualidade cinematográfica. Esse filme aqui chamado "The Long Kiss Goodnight" foi considerado uma das produções mais caras daquele ano, com muitas cenas de explosão, efeitos especiais e tudo o mais que o dinheiro pode comprar em Hollywood. Também teve uma campanha de marketing das mais agressivas. Nada disso evitou de ser um enorme fracasso de bilheteria - o filme sempre é colocado em listas dos maiores fracassos dos anos 90. A razão de ser de ter sido tornado uma bomba comercial (e artística) fica claro desde as primeiras cenas. Em poucas palavras: esse roteiro é muito estúpido e idiota. Para piorar ainda mais a atriz principal Geena Davis era casada na época com o diretor Renny Harlin, o que ajudou o filme a se tornar mais insuportável do que já era! Resultado de tantos erros: O filme afundou as carreiras tanto de Geena Davis, a grandalhona que vinha em uma boa maré de sucessos no cinema, e do arrogante Renny Harlin, que depois desse fiasco foi parar na rua da amargura, merecidamente aliás.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Duro de Matar 2

Título no Brasil: Duro de Matar 2
Título Original: Die Hard 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Walter Wager, Steven E. de Souza
Elenco: Bruce Willis, William Atherton, Bonnie Bedelia  

Sinopse:
Véspera de Natal. Aeroporto internacional de Washington, D.C. O policial John McClane (Bruce Willis) espera pela chegada do avião de sua esposa quando é surpreendido por um grupo criminoso altamente armado de traficantes internacionais de drogas que exigem a libertação de um importante membro de sua organização criminosa. Caberá a McClane agora assumir o controle da situação.

Comentários:
Era de se esperar que, com o tremendo sucesso de bilheteria do primeiro filme, houvesse continuações (e como todos sabemos ainda nos dias atuais são lançados sequências dessa interminável franquia "Die Hard"!). Pois bem, esse aqui não consegue ser tão bom quanto o primeiro (que considero uma pequena obra prima do gênero ação) mas mesmo assim se torna bem sucedido em manter o interesse do espectador do começo ao fim. Particularmente gosto bastante da trama, que joga com o terror que as pessoas cultivam de viagens de avião e de sequestros dos mesmos por terroristas. Por falar nisso, se formos pensar bem, esse roteiro escrito em 1990 já antecipava coisas que iriam acontecer muitos anos depois, principalmente em 11 de setembro. No caso aviões comerciais usados como armas de terroristas e criminosos internacionais. Bruce Willis ainda está muito jovem e o fã certamente sofrerá um certo impacto ao rever o ator em cena - calvo, mas ainda com muito cabelo! Em termos de ação não há o que reclamar. Muitas cenas bacanas e bem boladas, inclusive uma ótima briga em cima da asa de um Boeing gigantesco. O filme andava sumido da programação da tv a cabo mas ressurge hoje na telinha. Uma ótima oportunidade para rever essa produção que é acima de tudo um excelente entretenimento pipoca.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A Ilha da Garganta Cortada

Título no Brasil: A Ilha da Garganta Cortada
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner, James Gorman
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella

Sinopse:
Morgan (Geena Davis) é uma aventureira, uma pirata dos mares, que está decidida a encontrar um enorme tesouro enterrado numa ilha do caribe. Para sua missão ser bem sucedida porém ela terá que enfrentar uma fila de rivais mal encarados e dispostos a tudo para colocar suas mãos na fortuna perdida! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria pior direção.

Comentários:
Muitos anos antes de Johnny Depp e a Disney ressuscitarem com grande êxito comercial os filmes de capa e espada com "Piratas do Caribe" houve essa tentativa muito mal sucedida de trazer os velhos bucaneiros dos sete mares de volta para as telas de cinema. O filme era dirigido pelo marido da atriz Geena Davis, o diretor especialista em explosões Renny Harlin, e contava com um bom elenco de apoio. A direção de arte também era bonita e bem feita mas... o roteiro, bobo e derivativo, não conseguiu enganar ninguém. Lançado em pleno verão americano - uma das épocas mais concorridas do circuito comercial - "Cutthroat Island" afundou ruidosamente nas bilheterias, tal como uma nau cheia de piratas fugindo dos navios reais de vossa majestade. O público não comprou a ideia de ir ver um filme novo com sabor das antigas fitas estreladas por Errol Flynn. O péssimo resultado comercial foi um duro golpe para a companhia Carolco que praticamente fechou as portas por causa dos custos não recuperados. No final das contas a única garganta cortada foi mesmo a do estúdio.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de abril de 2014

O Exorcista - O Início

Título no Brasil: Exorcista - O Início
Título Original: Exorcist - The Beginning
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions, Dominion Productions
Direção: Renny Harlin
Roteiro: William Wisher Jr, baseado na obra de William Peter Blatty
Elenco: Stellan Skarsgård, Izabella Scorupco, James D'Arcy

Sinopse:
Uma igreja católica é encontrada nas areias do deserto de uma região inóspita e desconhecida da África. A construção datada do século V intriga os pesquisadores. O Vaticano então envia o jovem Padre Francis para a região e lá ele acaba encontrando Merrin, um outro sacerdote católico que passa por uma profunda crise de fé e que agora se dedica a pesquisas arqueológicas. O que inicialmente parece ser um templo dedicado ao anjo Gabriel acaba se revelando algo mais, um lugar misterioso, de passado tenebroso, que parece esconder sua verdadeira origem diabólica.

Comentários:
Alguns filmes merecem uma segunda chance. Esse "Exorcista - O Início" foi tão malhado! Não merecia, pois acho um grande filme, sim, isso mesmo, filmaço! Além de contar os primórdios do diabo de "O Exorcista" o filme ainda conta uma bela história de perda e recuperação da fé em Deus. O padre Merrin perdeu sua fé em Deus por causa de um massacre promovido por nazistas no qual ele foi colocado na péssima posição de escolher quem iria morrer e quem iria viver entre aquelas pessoas inocentes. A crueldade, tão típica do regime nazista, deixa perplexo o religioso que clama pela presença de Deus ali. O oficial nazista então lhe diz uma frase marcante que irá abalar sua fé: "Padre, Deus não está aqui!". Depois disso Merrin vagou pelo mundo em busca de algum sentido para sua vida. Os anos passam. A arqueologia lhe trouxe algumas respostas pois era algo concreto. Então ele acaba aceitando a oferta de ir até um lugar distante na África onde uma Igreja católica de 1.500 anos foi encontrada. Dedicada ao Anjo Gabriel o lugar é completamente sinistro, sem altar, com apenas quatro estátuas enormes de anjos que parecem apontar suas lanças para um lugar central logo abaixo do tomo. É lá que Merrin irá encontrar respostas não apenas para o real significado da construção daquele local, mas também sobre a crise de fé pelo qual passa.

Achei ótimo o uso da lenda dos anjos decaídos (Lúcifer e seus comparsas) nesse roteiro. Foi um fio da meada perspicaz que acabou ligando tudo. A amostragem do passado, com cavaleiros cruzados em grandes massacres também foi muito bem inserida no roteiro. Os dois padres representam os dois lados opostos do sacerdócio, colocando em relevo a figura de um padre jovem e idealista, enviado pelo Vaticano, e a de um veterano, o próprio Merrin que está em uma crise de fé tão profunda que sequer quer mais ser chamado de padre! O filme perde um pouquinho o charme quando Sarah é finalmente possuída pelo demo mas temos que dar um desconto pois como esse foi uma produção comercial era necessário manter o interesse do público jovem. Mesmo assim as cenas do exorcismo propriamente ditas são boas e o final, com o Padre Merrin com a sua fé renovada, se dirigindo aos portões do Vaticano é muito simbólica. Fechou com chave de ouro um filme que merece ser assistido novamente. Já os críticos profissionais, aqueles mesmos que esculhambaram o filme, ora o que eles sabem? São uns bobocas com camisas pretas de bandas de rock capengas. São apenas uns bobocas pop petulantes. Ignore toda essa corja e vá assistir esse "Exorcist: The Beginning" com a mente aberta, sem preconceitos. Garanto que você vai gostar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Hércules

Título no Brasil: Hércules
Título Original: The Legend of Hercules
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Sean Hood, Daniel Giat
Elenco: Kellan Lutz, Liam McIntyre, Liam Garrigan, Gaia Weiss

Sinopse:
Mulher humana, esposa de um tirânico rei, acaba dando a luz a um filho do próprio Zeus. Assim nasce Hércules (Kellan Lutz), um semideus, misto de ser humano com divindade do Olimpo. Dono de uma força sobrenatural Hércules logo se torna vítima das tramas palacianas envolvendo seu meio irmão Iphicles (Liam Garrigan). Enviado para morrer numa campanha no Egito consegue sobreviver como escravo, se tornando gladiador nas areias do Império Romano. Liberto, por atos de bravura e coragem, finalmente consegue voltar para a Grécia onde pretende acertar as contas com todos aqueles que o queriam morto.

Comentários:
Pobre Hércules! Até os dias atuais o famoso personagem da mitologia raramente acertou no cinema. Seu nome virou sinônimo de filme ruim durante décadas, principalmente naqueles filmes italianos de baixo orçamento que invadiram os cinemas durante as décadas de 1950 e 60. Pois bem, se depender desse novo filme o semideus vai continuar esperando na eternidade por algo que preste, porque novamente não deu. Infelizmente até tentei gostar dessa produção mas ficou apenas na vontade. O roteiro não avança e os atores são bem ruins. O tal de Kellan Lutz que interpreta o personagem principal é completamente sem expressão. Um brutamontes inexpressivo. Em termos de elenco o único que se salva um pouquinho é Liam McIntyre, que todos os fãs do seriado "Spartacus" irão reconhecer de imediato. Aliás diga-se de passagem as únicas boas cenas desse filme são justamente aquelas em que se copia na cara dura a estética de violência da série. Mas não adianta se empolgar muito porque "Spartacus" é infinadamente superior a essa película que não diz a que veio e nem consegue agradar ninguém, nem mesmo aos que adoram mitologia grega. O resultado é muito fraco, nada digno de um mito tão importante na história da cultura humana como Hércules. Bem decepcionante no final das contas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Exorcista - O Início

Título no Brasil: Exorcista - O Início
Título Original: Exorcist: The Beginning
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Renny Harlin
Roteiro: William Wisher Jr.
Elenco: Stellan Skarsgård, Izabella Scorupco, James D'Arcy

Sinopse: 
No Oeste da África, em um lugar remoto e abandonado por séculos, o padre e arqueólogo Lankester Merrin (Stellan Skarsgård) acaba descobrindo evidências de rituais macabros e satânicos em solo sagrado. Suas descobertas revelarão a presença de um demônio milenar que tentará tomar o controle de seu corpo e espírito.

Comentários:
Como se sabe "O Exorcista" é até hoje considerado um dos maiores filmes de terror já feitos. Um daqueles filmes que marcaram tanto que se tornaram ícones do gênero. Infelizmente nem suas continuações (todas bem fracas) e nem as tentativas de criar algo novo com aquela estória deram certo. Assim a Warner tentou revitalizar a franquia em 2004 com esse "Exorcista - O Início". O que temos aqui é um Prequel, ou seja, o roteiro explora as origens do padre Merrin e seus primeiros contatos com as forças demoníacas que anos depois iriam atingir a jovem garota no filme "O Exorcista". A ideia como se pode perceber era muito boa, além de ser mais do que interessante para os fãs do filme original.

O problema é que a produção desse filme foi muito tumultuada. Diferenças artísticas entre o diretor e o estúdio tornaram tudo muito tenso e desgastante para todos os envolvidos. A primeira versão foi considerada ruim e praticamente tentou-se realizar outro filme mais adequado ao mercado dos dias de hoje. O resultado de tudo isso é uma bela produção, com muito efeitos digitais mas pouco aterrorizante. As cenas em que uma pessoa possuída passeia pelas paredes escuras de uma caverna podem até ser bem realizadas do ponto de vista técnico mas nada assustadoras já que o verdadeiro clima de terror foi substituído por pirotecnias digitais, esfriando o suspense que a fita poderia ter. De bom mesmo apenas a elogiada atuação do ator Stellan Skarsgård que se esforça muito para criar uma complexidade psicológica para seu personagem. Fora isso nada de muito digno de nota. Em termos de "O Exorcista" isso é pouco, muito pouco, temos que convir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Alta Velocidade

Certamente um dos piores filmes de Stallone. Na época o ator não conseguia emplacar nenhum sucesso significativo em sua carreira, assim acabou escrevendo mais uma estória ambientada no mundo dos esportes, mais precisamente da fórmula Indy. O resultado é bem decepcionante. Seu personagem se chama Joe Tanto, um piloto veterano que sofreu um sério acidente no passado mas que agora tenta recuperar o gosto pelo esporte servindo de mestre e mentor para um novato nas pistas. Stallone tenta de todas as formas injetar ação nesse roteiro muito confuso e sem foco. Ao invés de se concentrar nas vitórias e derrotas nas pistas (o que obviamente era de se esperar nesse tipo de produção) o ator injetou absurdas cenas sem nenhum sentido como o famoso "pega" pelas ruas da cidade! Imagine um carro de fórmula Indy à toda velocidade pelas avenidas e vias públicas de sua cidade! Só a tentativa de colocar alguma adrenalina em um filme tão chatinho consegue justificar cenas tão gratuitas como essa.

O curioso de tudo é que durante o lançamento do filme Stallone afirmou a jornalistas brasileiros que tinha a intenção quando escreveu o roteiro de dar um personagem para o campeão brasileiro Ayrton Senna fazer sua estréia em Hollywood mas que com sua morte resolveu reescrever grande parte do material, tornando tudo muito mais fantasioso, para tentar emplacar um sucesso com o público jovem que ia aos cinemas naquela época. Ao que tudo indica o primeiro esboço era mais pé no chão e realista. Que pena que Stallone tenha mudado de ideia pois sinceramente o tom desse "Alta Velocidade" definitivamente não agradou a ninguém, nem a crítica que malhou impiedosamente e nem o público que deixou as salas de cinemas vazias e depois deixou a fita pegando poeira nas locadoras, sem dó e nem piedade. Pelo resultado do que vemos aqui isso tudo foi mais do que merecido.

Alta Velocidade (Driven, Estados Unidos, 2001) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Sylvester Stallone, Jan Skrentny, Neal Tabachnick / Elenco: Sylvester Stallone, Kip Pardue, Til Schweiger, Burt Reynolds / Sinopse: Corredor veterano das pistas de Fórmula Indy precisa ensinar a jovem novato e ousado os segredos de um campeão nas pistas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Risco Total

Não se sabe bem qual foi a razão mas em determinado momento de sua carreira, após grandes sucessos de bilheteria, Sylvester Stallone resolveu que queria ser um comediante. Ninguém entendeu direito mas como ele vinha de vários sucessos ninguém ousou contestar o ator. O resultado dessa má ideia foi a realização de dois péssimos filmes, “Oscar – Minha Filha Quer Casar” e “Pare, Senão Mamãe Atira!”. Desnecessário dizer que ambos os filmes foram enormes fracassos de público e crítica. Essa por sua vez se sentiu gratificada, após bater em Stallone por anos seguidos agora tinha o público ao seu lado, finalmente. De fato não há como negar que essas comédias são realmente horrendas. Enredos sem graça e Stallone tentando fazer rir de forma constrangedora. Recentemente o ator reconheceu o erro em uma entrevista explicando que seu ego o tinha cegado à realidade. De qualquer modo passada a repercussão negativa de ambos os filmes, Stallone resolveu voltar para sua zona de conforto, a dos filmes de ação e aventura. A solução foi se reunir ao cineasta Renny Harlin, na época em ótimo momento na carreira, para estrelar esse filme que usava e abusava de ótima fotografia, com tomadas maravilhosas de alpinismo e aventura. Era uma volta triunfal ao gênero que sempre o havia consagrado.

As filmagens foram complicadas mas Stallone estava disposto a voltar ao topo (da carreira, não das montanhas onde o filme foi realizado). A produção ficou a cargo da Carolco, a mesma que havia realizado os filmes da série Rambo. Stallone quis realizar ele próprio várias das cenas mas foi convencido a não ir em frente pois nenhuma seguradora do mundo bancaria o filme assim. Ao custo de 65 milhões de dólares as filmagens tiveram início nos famosos estúdios Cinecittà em Roma. Já as cenas externas, onde foram capturadas as melhores sequências de alpinismo, foram realizadas nas Montanhas Rochosas no Colorado e em Dolomites na Itália. O resultado foi muito bom, tanto em termos de bilheteria como de crítica. O filme rendeu mais de 250 milhões apenas no mercado externo e os jornais especializados pouparam Stallone de mais um massacre, elogiando a boa fotografia do filme e o fato dele ser um produto diferente, que fugia dos costumeiros Rambos e Rockys. Em suma, um bom momento na carreira de Sly, que recuperou assim seu prestígio e seu sucesso nos cinemas.

Risco Total (Cliffhanger, EUA, 1993) Direção: Renny Harlin / Roteiro: John Long, Michael France / Elenco: Sylvester Stallone, John Lithgow, Michael Rooker / Sinopse: Um famoso alpinista, Gabe Walker (Sylvester Stallone) é contratado para levar uma equipe de resgate que parte em busca de um grupo desaparecido nas montanhas. Durante a jornada porém Gabe acaba descobrindo que nada é o que aparentava ser.

Pablo Aluísio.