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sábado, 1 de julho de 2023

Ilusões Perigosas

Título no Brasil: Ilusões Perigosas
Título Original: Haunted
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Lumière Pictures
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: James Herbert
Elenco: Aidan Quinn, Kate Beckinsale, Anthony Andrews, John Gielgud, Anna Massey, Geraldine Somerville

Sinopse:
Um professor cético visita uma remota propriedade britânica para desmascarar alegações de fenômenos psíquicos, mas logo se vê assombrado por um fantasma de seu próprio passado.

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme quando o assisti pela primeira vez nos anos 90. Poderia definir essa produção como um filme de fantasmas, com o sabor dos antigos filmes de terror ingleses, mas com um roteiro mais de acordo com os tempos atuais, os tempos modernos. O personagem principal, um professor cético que tenta desvendar e desmascarar eventos sobrenaturais, é um grande achado dessa roteiro. Interpretado pelo ator Aidan Quinn, ele está realmente no centro dos acontecimentos. Outro destaque é a atriz Kate Beckinsale, que depois iria se consagrar numa longa série de filmes de terror sobre vampiros chamado "Anjos da Noite". Com um elegante fotografia e cenas externas muito bem construídas, essa produção de horror dos anos 90 é um grande achado. Infelizmente, anda meio esquecida nos dias atuais, mas ainda vale muito a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Afundem o Bismarck

Dentro dos planos de dominar completamente a Europa pelo mar, o ditador nazista Adolf Hitler acreditava que era essencial ter a maior e a mais poderosa marinha da II Guerra Mundial. Para isso o líder alemão mandou construir aquele que foi o maior navio de sua esquadra naval. Se tratava do encouraçado Bismarck, um máquina militar jamais vista nos oceanos até aquele momento. A intenção da marinha alemã era dominar o Atlântico Norte, sufocando assim a Inglaterra que por tratar-se de uma ilha ficaria completamente isolada do resto do mundo. A Alemanha já vinha tendo sucesso com seus submarinos, que afundavam qualquer navio que fosse para os portos ingleses, mas era essencial ter também um navio de guerra que funcionasse como líder de toda a marinha do III Reich.

Por essa razão assim que o poderoso Bismarck deixou os portos rumo ao mar aberto, a Real Marinha Britânica colocou imediatamente uma frota em seu encalço. Como o próprio nome do filme sugere a ordem era simples e direta: “Afundem o Bismarck!” Em jogo havia a dominação dos mares europeus em plena Segunda Guerra Mundial. É justamente nisso que o roteiro dessa produção se concentra – na história da caça e enfrentamento da jóia da marinha nazista, com ordens diretas de afundar o Bismarck, antes que ele pudesse dominar todo o cenário da guerra no Oceano Atlântico. Assim foram enviados em direção ao confronto direto com o Bismarck, três navios de guerra da Marinha Real: HMS Prince of Wales, HMS Hood e HMS King George V. O confronto que se seguiu quando esses navios se encontraram com o Bismarck entrou definitivamente para os livros de história como uma das maiores batalhas navais de toda a história.

Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção nesse clássico filme de guerra é sua recriação extremamente fiel dos fatos reais. O tom é praticamente de um documentário, mostrando momento a momento cada detalhe do conflito, tudo realizado com extrema fidelidade. De certa maneira o filme é quase um documentário, mas não chega a ser enquadrado inteiramente nessa categoria porque sua estrutura narrativa tem como elementos principais as cenas envolvendo atores e a dramatização típica de um filme de guerra da época. Porém os personagens são desenvolvidos apenas até um certo ponto. O importante mesmo do roteiro é mostrar o combate naval entre o Bismarck e os navios ingleses em alto-mar. Essas máquinas de guerra, ao final, são os grandes personagens do filme, sendo obviamente o próprio Bismarck a grande estrela do show. Por essa razão, se você gosta e aprecia a história militar da Segunda Grande Guerra Mundial, esse filme chamado  “Afundem o Bismarck” é claramente uma das melhores opções do cinema clássico. Merecia inclusive um remake, com a tecnologia dos dias atuais. De qualquer forma esse filme de guerra é realmente um precioso resgate de todos os acontecimentos históricos da época.

Afundem o Bismarck (Sink the Bismarck!, Estados Unidos, 1960) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Edmund H. North baseado no livro de C.S. Forester / Elenco: Kenneth More, Dana Wynter, Carl Möhner / Sinopse: A Marinha Real Britânica parte em um missão extremamente arriscada e perigosa: afundar o poderoso encouraçado alemão Bismarck, o mais poderoso navio de guerra da Alemanha Nazista. Filme indicado aos prêmios cinematográficos Directors Guild of America e Laurel Awards.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes

Para despistar velhos e novos inimigos o agente inglês James Bond (Sean Connery) forja sua própria morte. Com todos pensando que ele está morto se tornará bem mais fácil descobrir o que há por trás de um estranho acontecimento. Uma nave espacial americana acabou sendo literalmente engolida no espaço durante uma missão por outra nave de origem desconhecida. Os americanos desconfiam dos russos, afinal apenas eles poderiam ter acesso a tal tecnologia. Depois que uma nave soviética acaba sofrendo o mesmo destino a desconfiança então passa a ser dos russos em relação aos americanos, criando uma grave crise internacional. Caberá então a Bond desvendar esse mistério: Quem realmente estaria por trás desses atos de sabotagem espacial?

Seguindo pistas o famoso agente britânico acaba indo parar no Japão para onde parece ter sido enviadas as espaçonaves - mas em que lugar exatamente será preciso começar as investigações? Com a ajuda do serviço secreto nipônico, James finalmente chega em um rico industrial que parece estar a serviço de uma organização maior, mais rica, poderosa e organizada. Estaria a Spectre por trás de tudo o que anda acontecendo? Muitas perguntas sem respostas. Apenas James Bond poderia desvendar essa rede de eventos inexplicáveis.

Quinto e penúltimo filme de James Bond com Sean Connery. Por essa época o ator já havia decidido abandonar o personagem - e só retornaria depois em 1971 no fraco "007 - Os Diamantes São Eternos" porque o cachê que lhe ofereceram era realmente irrecusável. Essa produção aqui tem algumas características bem próprias. Ao contrário dos filmes anteriores que apresentavam locações em diversas partes do mundo, em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" a trama praticamente se passa toda apenas no Japão. Há maravilhosas tomadas aéreas de regiões vulcânicas onde a Spectre acaba montando um enorme quartel general sob comando de um dos vilões mais conhecidos da saga, o sinistro Blofeld (aqui interpretado pelo ator  Donald Pleasence). Esse antagonista de Bond, sempre com um gatinho branco no colo, foi inclusive o mesmo vilão usado no último filme lançado recentemente com Daniel Craig. É um megalomaníaco que sempre constrói instalações gigantescas em lugares remotos e isolados.

Nesse filme aqui ele deseja jogar russos contra americanos e vice versa, causando a terceira guerra mundial. A trama assim soa até meio juvenil para os dias de hoje (afinal quem ganharia algo com uma guerra nuclear entre Estados Unidos e Rússia que inexoravelmente levaria o planeta para uma destruição global?), mas mesmo assim diverte bastante. Como todo filme da série o filme também traz aspectos daquela velha fórmula que tanto conhecemos. Bond dorme com o maior número de mulheres possível (até as vilãs) e de quebra participa de cenas espetaculares de ação. Numa delas enfrenta quatro helicópteros inimigos pilotando uma pequena aeronave portátil, mas cheia de dispositivos de armas letais. Em outro momento Bond enfrenta um enorme grupo de inimigos no caís de Tóquio. Some-se a isso ninjas, uma trilha sonora cantada por Nancy Sinatra e você terá mais um dos mais populares filmes de 007 na década de 1960. Diversão garantida para todos os gostos.

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice, Inglaterra, Estados Unidos, 1967) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Harold Jack Bloom, Roald Dahl, baseados na obra de Ian Fleming / Elenco: / Sinopse: Sean Connery, Donald Pleasence, Tetsurô Tanba, Akiko Wakabayashi, Teru Shimada, Mie Ham / Sinopse: O agente inglês James Bond (Sean Connery) é enviado para desvendar o mistério do sumiço de naves espaciais americanas e russas. O governo britânico precisa evitar que as tensões entre União Soviética e Estados Unidos se agravem ainda mais, porém para isso precisa descobrir antes o que realmente estaria acontecendo e que tipo de organização estaria por trás dos desaparecimentos.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

007 Contra o Foguete da Morte

Depois do enorme sucesso de "Star Wars" lançado em 1977 todos os produtores correram atrás para explorar a nova moda de filmes de ficção, até mesmo os da franquia James Bond. O resultado é esse fraquíssimo "007 Contra o Foguete da Morte", considerado até hoje um dos piores filmes da série. Imagine colocar Bond em ambientes espaciais, em efeitos especiais completamente datados (que, apesar de serem bem ruins, chegaram a concorrer ao Oscar em Melhores Efeitos Especiais) e você entenderá do que se trata. Curiosamente parte do filme se passa em um Rio de Janeiro bem falso, com direito a uma feroz luta entre Bond e o vilão Jaws nos bondinhos do Corcovado. Mais nonsense impossível...

O filme foi dirigido pelo cineasta Lewis Gilbert que já havia trabalhado antes em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (ainda com Sean Connery) e "007 - O Espião Que Me Amava" (já com Moore). Esses foram dois bons filmes da franquia, o que me deixa ainda mais surpreso por ele ter cometido tantos erros nesse terceiro filme. O resultado foi considerado tão ruim que Gilbert foi afastado da série pela MGM. Quase Roger Moore também foi desligado da série, mas acabou sobrevivendo ao desastre, muito por causa da simples falta de opção de outros nomes adequados para estrelar a série. Assim não há outra conclusão a se chegar, nessa mistura de ficção B com James Bond realmente não deu nada certo - e acabou se tornando um dos mais constrangedores de toda a franquia. Bola fora espacial.

007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, Inglaterra, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale / Sinopse: Com o mundo em perigo o agente James Bond (Roger Moore) é designado para descobrir uma extensa rede de uso de armas espaciais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

007 Contra o Foguete da Morte

Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Título Original: Moonraker
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists / MGM
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: Christopher Wood
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale
  
Sinopse:
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer. 

Pablo Aluísio.