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sexta-feira, 15 de março de 2019

Negócio Arriscado

Esse foi um dos primeiros filmes de sucesso da carreira do ator Tom Cruise. Só que não espere por algo muito especial. Na verdade é uma típica comédia dos anos 80. E isso hoje em dia significa tanto coisas boas, interessantes e nostálgicas, como também meio bobinhas, ultrapassadas pelo passar dos anos. Aqui Tom Cruise (bem jovem) interpreta um adolescente cujos pais decidem viajar. E ele fica sozinho em casa. Pronto, já pensou bem no que isso iria causar? Hoje em dia um roteiro desses, com um personagem jovem que praticamente vira um cafetão usando sua a casa dos pais como bordel iria dar o que falar, mas nos anos 80 tudo isso era visto com grande naturalidade. As comédias juvenis tinham mesmo esse tom de picardia.

Pois é, o personagem de Tom Cruise então transforma a casa em praticamente um bordel, com muitas garotas bonitas à disposição. Ele vê tudo não como uma farra inconsequente, mas sim como uma forma de ganhar dinheiro fácil e rápido, afinal sexo vende bem... e tem muitos consumidores interessados no tal produto. Então é isso. Foi uma bom cartão de visitas da carreira do Tom Cruise. Não foi o filme que iria colocar ele no topo das bilheterias, claro, mas serviu para mostrar aos produtores que aquele jovem ator tinha potencial.

Negócio Arriscado (Risky Business. Estados Unidos, 1983) Direção: Paul Brickman / Roteiro: Paul Brickman / Elenco: Tom Cruise, Rebecca De Mornay, Joe Pantoliano / Sinopse: Jovem garotão fica sozinho em casa quando seus pais viajam e decide que quer ganhar dinheiro rápido e fácil. Como? Enchendo a casa com lindas garotas á disposição.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Eu Sou a Fúria

Título no Brasil: Eu Sou a Fúria
Título Original: I Am Wrath
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Yvan Gauthier, Paul Sloan
Elenco: John Travolta, Christopher Meloni, Amanda Schull, Sam Trammell, Paul Sloan, Rebecca De Mornay
  
Sinopse:
Após retornar de uma viagem, ainda no estacionamento do aeroporto, Stanley (Travolta) vê sua esposa ser brutalmente assassinada por um trio de criminosos. Após o funeral ele percebe, desesperado, que a polícia não parece estar muito empenhada em manter o assassino preso. Após fazer seu reconhecimento o sujeito simplesmente é liberado, saindo pela porta da frente da delegacia para responder o processo em liberdade. Stanley fica tão revoltado com a situação de impunidade que resolve agir por conta própria, fazendo justiça com as próprias mãos.

Comentários:
Basta ler a sinopse desse filme para lembrar imediatamente da série policial "Desejo de Matar" onde Charles Bronson interpretava o justiceiro das ruas Paul Kersey. O enredo é praticamente o mesmo, sua esposa é morta e ele parte para a vingança. Assim "Eu Sou a Fúria" é praticamente um remake não assumido. O problema básico é que John Travolta não é Charles Bronson. Ele não fica perfeitamente à vontade nesse tipo de papel e tampouco passa credibilidade ao espectador ao sair pelas ruas de noite com armas de grosso calibre para matar a quadrilha que assassinou sua esposa. Por falar nela quem a interpreta é a atriz Rebecca De Mornay. Há muitos anos que não a tinha visto em filmes e fiquei surpreso com sua atual aparência. Foram tantas as plásticas que ela acabou perdendo suas feições originais, algo realmente surpreendente. Gostava mais de sua visual antigo, mais natural e sensual. No geral é isso. Travolta, ao lado de um amigo dos tempos em que eles atuavam em forças especiais, altamente armados, caçando cada um dos responsáveis pela morte de sua querida mulher. O filme inclusive usa a frase "Não há justiça sem sangue" para mostrar de forma bem clara suas intenções! Há muita violência estilizada nesse filme de ação que pode ser tudo, menos convincente. O diretor Chuck Russell certamente já fez coisas bem melhores como a comédia "O Máskara" e "Queima de Arquivo" (com Arnold Schwarzenegger). Aqui tudo soa banal e repetitivo, sem novidades. Melhor rever os antigos filmes de Charles Bronson que eram bem melhores.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Nunca Fale com Estranhos

Dra. Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga forense que acaba se apaixonando pelo homem errado, Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito que ela na verdade não conhece muito bem. Mal sabe que na verdade está se relacionando com um perigoso serial killer. Lida assim a sinopse de "Never Talk to Strangers" pode até parecer muito banal e sem novidades, mas para surpresa geral é sim um filme que tem lá seus bons momentos. Na década de 1990 muitos filmes de suspense como esse foram lançados visando muito mais o mercado de vídeo (sim, com aquelas fitas VHS, lembra?) do que propriamente as salas de cinema. As produções eram mais modestas e os roteiros primavam por situações clichês, muitas vezes reciclando tramas de antigas fitas do cinema noir da década de 1940. Aliás a própria concepção de se realizar filmes baratos, com enredos enxutos, mas bem boladas, primando o suspense, era uma característica daquela velha estética cinematográfica.

O grande atrativo desse filme em si vem do elenco. O estúdio apostou em  Rebecca De Mornay e Antonio Banderas. Ela vinha em uma boa fase na carreira, principalmente depois das boas bilheterias de filmes como "A Mão Que Balança o Berço" e "Culpado Como o Pecado". A TriStar Pictures apostou que ela poderia ser uma das futuras estrelas de Hollywood, mas isso de fato nunca aconteceu. Depois desse filme ela foi perdendo papéis importantes e meio que caiu no esquecimento. Algo mais corriqueiro de se acontecer do que se pensa. Já Banderas teve um destino mais bem sucedido, um futuro melhor. Ele conseguiu emplacar uma carreira consistente nos Estados Unidos e se também não virou um astro pelo menos conseguiu uma certa regularidade. Assim deixo a dica desse suspense dos anos 90 que anda bem esquecido.

Nunca Fale com Estranhos (Never Talk to Strangers, EUA, Canadá, Alemanha, 1995) Direção: Peter Hall / Roteiro: Lewis A. Green, Jordan Rush / Elenco: Rebecca De Mornay, Antonio Banderas, Dennis Miller / Sinopse: Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga da polícia que acaba se apaixonando pelo homem errado,  Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito perturbado que não admite ser deixado para trás.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Identidade

Título no Brasil: Identidade
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Expresso Para o Inferno

Título no Brasil: Expresso Para o Inferno
Título Original: Runaway Train
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Andrey Konchalovskiy
Roteiro: Djordje Milicevic, Paul Zindel
Elenco: Jon Voight, Eric Roberts, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Dois prisioneiros, Manny (Jon Voight) e Buck (Eric Roberts), decidem fugir de uma prisão de segurança máxima no Alasca. Após conseguirem passar pelos muros do local precisam enfrentar e sobreviver na inóspita região gelada e hostil, eternamente coberta de neve. Sua esperança é entrar em um trem que está partindo de lá, mas a viagem certamente será das mais perigosas. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator (Jon Voight), Melhor Ator Coadjuvante (Eric Roberts) e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Jon Voight).

Comentários:
Mais um pequeno clássico da era do VHS. Muitas pessoas acusam a produtora Cannon de só ter produzido fitinhas de ação sem muita relevância em termos de arte cinematográfica. Ora, essa é uma visão muito simplista. Basta lembrar desse "Runaway Train". O filme conta com um excelente elenco - além do inspirado Jon Voight em uma de suas melhores atuações o espectador ainda tem a bela e exótica Rebecca De Mornay, ela que iria nos anos seguintes ter uma ótima fase na carreira estrelando suspenses de boa qualidade como por exemplo "A Mão Que Balança o Berço" e "Louca Obsessão". Outra presença que não pode ser ignorada é a do diretor russo Andrey Konchalovskiy. Ele imprime um ritmo sufocante ao espectador, o que acentua o tom de suspense e tensão da fita que ainda se aproveita maravilhosamente bem da natureza gelada e hostil do Alaska, onde o filme foi rodado. Por fim uma curiosidade: o filme era um dos preferidos do ator Marlon Brando, que não cansou de elogiar a produção em sua autobiografia chamada "Canções Que Minha Mãe Me Ensinou".

Pablo Aluísio.