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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Estranha Obsessão

Título no Brasil: Estranha Obsessão
Título Original: The Fan
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Peter Abrahams, Phoef Sutton
Elenco: Robert De Niro, Wesley Snipes, Ellen Barkin, John Leguizamo, Benicio Del Toro, Patti D'Arbanville

Sinopse:
Nesse thriller de suspense o ator Robert De Niro interpreta Gil Renard, um vendedor fracassado de meia idade. Quando tudo desmorona em sua vida pessoal e profissional ele se volta para o fanatismo que sempre teve pelos esportes, criando uma obsessão em torno de um atleta que passa a ser alvo de sua insanidade doentia. 

Comentários:
Bom filme, com roteiro muito bem desenvolvido em torno da saúde mental do principal personagem, aqui sendo vivido pelo sempre bom Robert De Niro. Ele aliás tem mesmo um longo histórico de intepretação de personagens mentalmente perturbados. Basta lembrar do motorista de táxi de Nova Iorque em "Taxi Driver", um dos grandes clássicos de sua rica filmografia. Aqui ele dá vida a essa outra pessoa que percebe que tudo está desmoronando ao seu redor. Chegando numa determinada idade ele finalmente vê que tudo foi em vão. Assim cria um foco obsessivo e violento com seu fanatismo esportivo e as coisas ruins sobram para um atleta que parecia alheio a tudo isso. Um bom retrato de uma pessoa vazia, que só consegue extravasar suas frustações da pior forma possível, com muito ódio e violência sem freios. A direção é de Tony Scott, irmão de Ridley, que se matou precocemente. Sempre considerei ele um cineasta dos mais talentosos de sua geração em Hollywood. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Sindicato da Violência

Título no Brasil: Sindicato da Violência
Título Original: Act of Vengeance
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: John Mackenzie
Roteiro: Trevor Armbrister, Scott Spencer
Elenco: Charles Bronson, Ellen Barkin, Ellen Burstyn, Wilford Brimley, Hoyt Axton, Robert Schenkkan

Sinopse:
Após a morte de um grupo de trabalhadores, um homem comum chamado Joseph 'Jock' Yablonski (Charles Bronson) decide se candidatar ao cargo de presidente do sindicato da categoria. A partir dessa decisão ousada ele se torna um alvo de sindicalistas corruptos e violentos que não querem perder seu poder.

Comentários:
Nos anos 80 Charles Bronson estava em plena atividade. Seus filmes de ação faziam sucesso e ele tinha se tornado um astro do gênero. Essa produção foi feita diretamente para a TV a cabo, um conceito novo que estava surgindo nos Estados Unidos e que aqui no Brasil ainda era algo muito distante da nossa realidade. Na verdade foi um dos primeiros filmes feitos pela HBO, mostrando que já naquela época o canal tinha força suficiente para bancar seus próprios telefilmes. No Brasil esse "Sindicato da Violência" ficou bem conhecido por ter sido reprisado até com uma certa frequência pela Rede Globo por anos a fio. Eu me lembro bem de ter assistido pela primeira vez no Supercine que exibia filmes inéditos nas noites de sábado. E certamente o filme não decepcionava os fãs do bom e velho Charles Bronson. Com um bom roteiro, explorando corrupção sindical, o filme não deixava a desejar nos quesitos ação e violência. O próprio Bronson encarnava mais uma vez seu personagem típico, a do cara durão que mais cedo ou mais tarde tinha que fazer justiça pelas próprias mãos. Para quem gostava de seu trabalho no cinema não havia nada melhor.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de abril de 2019

Wild Bill - Uma Lenda No Oeste

Cinebiografia de Wild Bill Hickok, um dos mais conhecidos nomes da mitologia do velho oeste americano. Veterano da Guerra Civil americana, condutor de diligências, Xerife, jogador inveterado e pistoleiro de aluguel, Wild Bill foi um dos mais temidos homens de seu tempo. Extremamente hábil no gatilho ele desafiou grandes nomes de sua época.  A vida de Bill foi movimentada desde seus primeiros anos. Aos 18 anos se uniu às tropas do General Lee e foi lutar ao lado do exército da confederação. Lá conheceu e se tornou amigo de Buffalo Bill. Ao sair do exército foi perambular pelo oeste selvagem e se envolveu em vários duelos que ficaram famosos pois foram fartamente noticiados pela imprensa, garantindo sua fama em todo o país.

Lidar com um nome tão conhecido do velho oeste pode ser complicado. Felizmente o filme é muito bom, interessante e bem editado. Ao invés de contar cronologicamente a história de Wild Bill o diretor optou por narrar os últimos momentos de vida dele, onde aos poucos sua história é relembrada em diversos flashbacks (em preto e branco, na maioria das vezes). O filme é curto, pouco mais de 90 minutos, o que torna insuficiente para mostrar toda a vida do famoso personagem (que foi de tudo um pouco na vida, desde caçador de búfalos a xerife de cidades perigosas como Deadwood). Talvez apenas uma minissérie conseguiria contar todas as histórias envolvendo Wild Bill.

Tecnicamente muito bem escrito, o roteiro romanceou alguns aspectos da vida do famoso pistoleiro para trazer mais interesse à trama. São pequenas licenças que o roteirista pede para a história real dos fatos, nada muito comprometedor. A mais significativa dessas mudanças foi a relação que os roteiristas criaram entre o assassino de Wild Bill e um amor do passado dele, algo inexistente na vida do famoso pistoleiro. Obviamente que ambos os personagens existiram realmente, mas Jack McCall, o assassino de Bill (que seria enforcado por esse crime) não era filho de Susannah Moore, a antiga namorada de seu passado. Essa foi apenas uma tentativa de trazer mais dramaticidade ao filme.

Jeff Bridges está muito bem no papel e todo o elenco de apoio é acima da média, principalmente Ellen Barkin como Calamity Jane, outra personagem que foi imortalizada pelo cinema em diversos filmes ao longo desses anos. Fazendo às vezes de narrador o filme ainda traz o ótimo John Hurt no papel de um amigo inglês de Wild Bill. Jeff Bridges aliás sempre se sai muito bem em faroestes, não apenas por ter o tipo certo, como também por incorporar trejeitos da época de uma forma muito convincente. Cantor de música country nas horas vagas ele parece mesmo ter um afeto especial por todo esse universo. Enfim, "Wild Bill - Uma Lenda No Oeste" pode até não ser perfeito do ponto de vista histórico, porém é um faroeste acima da média que ajuda a resgatar essa importante figura do passado.

Wild Bill - Uma Lenda No Oeste (Wild Bill, Estados Unidos, 1995) Estúdio: United Artists / Direção: Walter Hill / Roteiro: Thomas Babe, baseado no livro de Peter Dexter / Elenco: Jeff Bridges, Ellen Barkin, John Hurt / Sinopse: o filme conta a história real do pistoleiro Wild Bill que fez fama no velho oeste americano. Filme indicado ao prêmio da National Society of Film Critics Awards na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges). Também indicado na mesma categoria no New York Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de novembro de 2015

Má Companhia

A história gira em torno de uma extensa e complexa rede de corrupção envolvendo agentes da CIA, membros da Suprema Corte e empresários inescrupulosos. O curioso é que cada um deles parece estar prestes a trair o outro a qualquer momento. Nesse jogo de agentes corruptos e corruptores a coisa funciona realmente assim no mundo real pois quando um dos pilares cede (ou seja, vai para a prisão), todo o esquema desmonta rapidamente - basta lembrar o que anda acontecendo atualmente no Brasil com a operação Lava Jato. Se em países como o nosso várias empresas se unem a agentes de estatais para saquear grandes remessas de dinheiro público roubado, aqui a situação envolve também geopolítica internacional. Apesar do tema atraente, temos que reconhecer, infelizmente, que "Bad Company" não consegue se sobressair muito da média do que era produzido naquela época.

O elenco é muito bom, principalmente pela presença da sensual Ellen Barkin, uma das loiras mais marcantes do cinema americano na década de 1990. Outro destaque vem com o veterano Frank Langella em cena. Depois de um período em que ele ficou afastado das telas, se dedicando principalmente ao teatro em Nova Iorque, onde estrelou grandes adaptações para os palcos consagrados da cidade, ele foi retornando aos poucos para o mercado cinematográfico. Em relação a Langella sempre gosto de dizer que ele foi um dos mais significativos exemplos daquele tipo de ator talentoso que acaba não conseguindo emplacar direito no cinema. Geralmente seu valor suplanta em muito os personagens que costuma interpretar, talvez até por pura falta de oportunidade. Aqui então, nem precisa falar da disparidade entre seu grande valor como ator e seu personagem, um vilão comum de thrillers policiais dos anos 90. Enfim, "Má Companhia" realmente não traz nada de muito relevante e original.

Má Companhia (Bad Company, Estados Unidos, 1995) Direção: Damian Harris / Roteiro: Ross Thomas / Elenco: Ellen Barkin, Laurence Fishburne, Frank Langella / Sinopse: Um intrigante jogo nesse bom filme dos anos 90.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Cão de Guarda

Pouca gente se lembra desse filme menor da filmografia de Jack Nicholson. Aqui ele atua ao lado da beldade Ellen Barkin (uma das atrizes mais sensuais do cinema americano dos últimos anos). O roteiro não agrada muito, soando tudo muito pueril e até bobo para nossa decepção. O enorme talento de Jack Nicholson, uma lenda da sétima arte, nem sempre foi devidamente explorado por Hollywood, como bem podemos provar nesse caso. Talvez por ser assim tão despretensioso acabou sendo esquecido pelo público - nem os fãs de Jack citam o filme mais. Na época que o assisti pela primeira vez não gostei muito, até porque pense bem, além de ser estrelado por Nicholson o filme ainda era dirigido pelo inspirador Bob Rafelson, que curiosamente aqui realizou uma obra sem profundidade, que não marcou e que não tinha nenhum conteúdo mais promissor.

No descartável enredo Jack Nicholson interpreta Eugene Earl Axline, um treinador de cães de guarda que acaba se envolvendo com uma de suas clientes, justamente uma mulher que só lhe traria problemas. Em suma, algo bem sem importância realmente, a típica fita que você levava para casa quando não havia mais nada melhor na locadora para assistir. Só não é perda de tempo completa por causa de Jack, Ellen e Bob. Fora eles, pouca coisa realmente se salva. Uma bola fora na vida de todos esses talentosos profissionais.

O Cão de Guarda (Man Trouble, Estados Unidos, 1992) Direção: Bob Rafelson / Roteiro: Carole Eastman / Elenco: Jack Nicholson, Ellen Barkin, Harry Dean Stanton./ Sinopse: Um treinador de cães se apaixona pela mulher errada, o que vai lhe trazer muitos problemas pessoais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um Rosto Sem Passado

Título no Brasil: Um Rosto Sem Passado
Título Original: Johnny Handsome
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Godey, Ken Friedman
Elenco: Mickey Rourke, Ellen Barkin, Elizabeth McGovern, Morgan Freeman, Forest Whitaker, Lance Henriksen

Sinopse:
Johnny Handsome (Mickey Rourke) é um gangster deformado que planeja um assalto com sua quadrilha nos arredores de Los Angeles. Durante a execução do crime porém ele descobre que foi traído por dois de seus comparsas. Preso, é condenado a uma pesada pena. Atrás das grades é escolhido para fazer parte de um inovador programa de reabilitação, onde o Dr. Steven Fischer (Forest Whitaker) resolve reconstruir sua face. Depois finalmente ganha a liberdade das ruas. Com nova aparência e uma nova oportunidade de trabalho tudo caminha para que Johnny finalmente trilhe o caminho de uma nova vida, mas a pura verdade é que a mente de Johnny ainda está consumida pelo desejo de vingança. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association Awards e Los Angeles Film Critics Association Awards.

Comentários:
Nunca entendi porque "Johnny Handsome" não conseguiu ser um sucesso de bilheteria. Talvez o fato da Carolco estar indo à falência justamente naquele ano explique parte de seu fracasso comercial, mas nem isso resolve inteiramente a equação. Com um elenco simplesmente fantástico (leia a ficha técnica acima para conferir), direção correta e precisa de Walter Hill, outro ícone dos anos 80, o filme tinha tudo para dar certo. Na verdade foi extremamente mal lançado (no Brasil então nem se fala, indo diretamente para o mercado de vídeo VHS), caindo inexoravelmente no esquecimento (quase) completo. Uma injustiça pois ainda o considero um pequeno cult movie daquela década. Estrelado pelo mito Mickey Rourke, o filme explorava um personagem que passava por uma radical mudança em seu rosto - algo que me lembrou imediatamente de "O Segundo Rosto", aquele clássico injustiçado com Rock Hudson. Some-se a isso o fato do roteiro ter um paralelo com eventos pessoais da própria vida de Mickey Rourke na época, o que supostamente aumentaria o interesse pela fita. Foi justamente por aqui que todos começaram a perceber estranhas mudanças em sua fisionomia causadas por cirurgias plásticas desastrosas. De galã underground ele passou a ter um semblante esquisito, com bochechas de silicone! Uma mudança que veio para pior. Tudo isso porém não ajudou o filme em praticamente nada. Entre as atrizes destaco o furacão sensual Ellen Barkin, cuja química em cena curiosamente não funcionou muito bem com Rourke. Elizabeth McGovern, uma das estrelas jovens mais bonitas daqueles anos também está no filme. Ela inclusive vem em um momento muito bom na carreira, fazendo sucesso na série "Downton Abbey" onde interpreta a Condessa de Grantham, Cora Crawley. Assim no final de tudo temos que dar o braço a torcer. "Johnny Handsome", infelizmente, é aquele tipo de filme de que você sempre gostou, mas que jamais aconteceu, caindo nas sombras do esquecimento após todos esses anos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Acerto de Contas

Título no Brasil: Acerto de Contas
Título Original: The Big Easy
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Jim McBride
Roteiro: Daniel Petrie Jr.
Elenco: Dennis Quaid, Ellen Barkin, Ned Beatty

Sinopse:
O detetive do departamento de homicídio de New Orleans, Remy McSwain (Dennis Quaid), precisa desvendar uma série de assassinatos violentos supostamente cometidos por uma gangue de criminosos, ao mesmo tempo em que tem que lidar com a bela, sensual mas perigosa Anne Osborne (Ellen Barkin), que trabalha na procuradoria do estado, sempre em busca de tiras corruptos da corporação.

Comentários:
Já que estamos falando do Dennis Quaid essa é uma boa oportunidade para lembrar desse filme policial estrelado pelo ator nos anos 80. Essa é a típica fitinha que fazia sucesso em locadoras de vídeo VHS. Bem realizada, com trama inteligente e esperta e muito clima ao estilo 80´s, cheio de jogo de sombras e linguagem de videoclip. Curiosamente com os anos o filme foi ganhando um imprevisto status cult que se preserva até os dias atuais. Também pudera, Dennis Quaid nunca esteve melhor do que aqui, na pele do detetive Remy McSwain! E o que falar de Ellen Barkin no auge da beleza e sensualidade? Sinceramente em seus bons tempos a Barkin foi uma das mulheres mais sensuais do cinema americano, colocando literalmente fogo nos filmes em que atuava. Ela nunca foi um símbolo de beleza perfeita, mas tinha um olhar de arrasar! A boa direção ficou com o cineasta Jim McBride, que muita gente pensa ser da Irlanda mas que nasceu mesmo em Nova Iorque. Ele voltaria a trabalhar com Quaid logo após em "A Fera do Rock", aquela cinebiografia em ritmo de histórias em quadrinhos sobre o roqueiro veterano Jerry Lee Lewis. Então é isso, o filme já não é tão fácil de achar hoje em dia, mas merece o garimpo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O Despertar de um Homem

Título no Brasil: O Despertar de um Homem
Título Original: This Boy's Life                 
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael-Caton Jones
Roteiro:  Robert Getchell, baseado no livro de Tobias Wolff
Elenco: Robert De Niro, Ellen Barkin, Leonardo DiCaprio, Chris Cooper

Sinopse: 
Filme baseado em fatos reais. O enredo se passa nos anos 70. Enquanto cresce e se torna um homem o jovem Toby Wolff (Leonardo DiCaprio) presencia sua mãe Caroline (Ellen Barkin) se envolver com uma série de homens violentos, irascíveis e cafajestes. A situação se torna insustentável o que faz com que ela procure recomeçar sua vida em uma outra cidade. Lá acaba conhecendo um novo namorado, Dwight (Robert De Niro), um sujeito que parece ser um bom partido para ela. Trazendo um pouco de estabilidade em sua conturbada vida amorosa, Caroline acaba tendo que lidar com os atritos entre sua nova paixão e seu filho que não gosta do novo companheiro dela.

Comentários:
Pois é, a Rede Globo parece ter se especializada em passar bons filmes apenas nas madrugadas, quando praticamente ninguém pode assistir. Hoje, por exemplo, teremos esse bom filme sendo exibido às duas da matina! Esse aqui assisti em VHS nos anos 90. É aquele tipo de drama que procura ser o mais pé no chão possível. Nada de espetacular ou absurdo acontece - apenas retrata as dificuldades da vida de um jovem, adolescente, que vê sua mãe errando sempre na escolha de seus namorados. Tudo baseado nas memórias pessoais do escritor Tobias Wolff. Eu me recordo que o filme realmente me tocou quando o vi pela primeira vez. Embora nunca tenha passado por algo semelhante deve ser muito penoso (para não dizer traumatizante) ser criado em uma família desestruturada como a do personagem de Leonardo DiCaprio. Afinal de contas nessa idade o ser humano vai criando seus valores morais, seus padrões familiares e quando não há modelos disso por perto tudo pode ficar ainda mais desesperador. Robert De Niro está realmente inspirado pois seu papel exige uma dualidade de personalidades que ele desenvolve muito bem. Para Caroline ele é um tipo de pessoa, já para seu filho o quadro muda drasticamente. DiCaprio, anos antes de virar ídolo em "Titanic" demonstra uma maturidade em seu trabalho que realmente espanta. Afinal ele era apenas um garoto na época! Por fim a bela Ellen Barkin explode em sensualidade em seu papel, mesmo sendo uma personagem em si dramática e infeliz. Assim tente dar uma de coruja hoje à noite e faça uma forcinha para conferir pois esse "This Boy's Life" realmente vale a pena.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de agosto de 2012

Vítimas de Uma Paixão

Uma série de mortes ligadas a anúncios pessoais em jornais acaba levando o policial Frank Keller (Al Pacino) a uma suspeita muito bonita e sensual, Helen (Ellen Barkin). Não demora muito para o policial se apaixonar por ela. Resolvi rever recentemente "Sea of Love". Fazia tanto tempo que tinha assistido pela última vez que resolvi recordar esse verdadeiro revival da carreira do mito Pacino. O ator aqui está em seu habitat natural interpretando um tira com problemas pessoais (um casamento destruído justamente por um colega de trabalho e um indisfarçável problema com bebidas). Esse tipo de caracterização sempre fica ótima na pele do Al. Ele, como grande ator que é, sabe como poucos fazer esse tipo (muito provavelmente porque cresceu ao redor de tiras assim em Nova Iorque, caras que viviam no limite). Ao seu lado ainda temos o simpático comediante bonachão John Godman, ainda ganhando destaque dentro do cinema na época. A produção na época foi encarada como um retorno de Pacino aos filmes comerciais. Ele havia de certa forma se queimado com o fracasso monumental do filme "Revolução" mas aos poucos foi retomando o rumo do sucesso.

Por fim como seu interesse romântico temos em cena a atriz Ellen Barkin, muito charmosa e sensual, aqui esbanjando no visual exagerado tipicamente 80´s (com muito laquê no cabelo e maquiagem pesada). O filme não chega aos pés de outros clássicos policiais da carreira de Al Pacino como o sempre lembrado "Serpico" mas consegue manter o interesse e o suspense durante toda a sua duração. A trilha sonora e os momentos calientes ajudam muito nesse aspecto. Pena que o diretor Harold Becker não tenha feito nada de muito relevante depois desse filme. Digno de nota mesmo apenas sua outra bem sucedida parceria ao lado de Pacino em "City Hall". Muito pouco para quem prometia tanto. De qualquer modo assista "Sea of Love" caso não tenha visto ainda, certamente você não vai se arrepender.

Vítimas de Uma Paixão (Sea Of Love, Estados Unidos, 1989) Direção: Harold Becker / Roteiro: Richard Price / Elenco: Al Pacino, Ellen Barkin, John Goodman, Michael Rooker, Richard Jekins, William Hickey, Samuel L. Jackson. / Sinopse: Uma série de mortes ligadas a anúncios pessoais em jornais acaba levando o policial Frank Keller (Al Pacino) a uma suspeita muito bonita e sensual, Helen (Ellen Barkin). Não demora muito para o policial se apaixonar por ela.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Quando os Jovens se Tornam Adultos

Assisti Diner há muitos anos. Hoje resolvi assistir de novo. Engraçado mas muitas vezes esquecemos os filmes, mesmo quando gostamos deles. É mais ou menos o que aconteceu comigo em relação a esse filme. Nada como uma revisão para refrescar a memória. O elenco é muito bom com vários atores que estavam quase "chegando lá" (todos eles acabariam fazendo uma ou outra coisa marcante em suas carreiras nos anos que viriam). Dentre eles Steve Gutemberg (creditado como o principal ator do elenco e que estrelaria duas franquias de sucesso, Loucademia de Policia e Cocoon), Kevin Bacon (antes de estourar nas bilheterias com Footloose) e até Paul Reisner (que iria fazer sucesso anos depois na série de TV "Louco por Você").

Embora todos eles sejam talentosos o destaque principal do elenco é mesmo Mickey Rourke. Fazendo um jovem que se mete em apuros por dever a um apostador, Mickey rouba literalmente todas as cenas em que aparece. Com nuances à la James Dean, Rourke (na época apenas um jovem promissor vindo do Actors Studio) faz jus ao seu talento de bom ator. O roteiro é centrado em diálogos bem bolados do grupo de amigos que estão numa fase em que não são mais jovens demais e devem decidir o rumo de suas vidas (o título nacional resume bem a situação). Além disso é semi biográfico por parte do diretor Barry Levinson, que aqui narra histórias de sua juventude na sua querida Baltimore. Enfim, é um filme excelente para quem quiser conferir boas atuações, tudo com leveza e um fino bom humor

Quando os Jovens se Tornam Adultos (Diner, Estados Unidos, 1982) Direção: Barry Levinson / Produção: Jerry Weintraub / Roteiro: Barry Levinson / Fotografia: Peter Sova / Trilha Sonora: Bruce Brody, Ivan Kral / Elenco: Steve Guttenberg, Daniel Stern, Mickey Rourke, Kevin Bacon, Tim Daly, Ellen Barkin, Paul Reiser, Kathryn Dowling, Michael Tucker / Sinopse: Cinco amigos na década de 50 em Baltimore passam pelas dificuldades e dramas típicos de suas idades.

Pablo Aluísio.