Depois que Sean Connery resolveu abandonar de uma vez por todas o personagem do agente secreto James Bond a pergunta mais frequente passou a ser se outro ator conseguiria levar adiante a franquia. Após a saída de Connery houve uma tentativa com o modelo George Lazenby, mas definitivamente o público não gostou (embora o filme estrelado por ele fosse, em si, muito bom). Então eis que em 1973 a MGM apresentou finalmente o nome do novo James Bond, Roger Moore! Para quem conhecia os bastidores da série seu nome não foi exatamente uma novidade. A verdade é que Moore quase foi escolhido no lugar de Sean Connery no passado, mas o carisma do ator escocês falou mais alto. Agora com Connery fora do caminho começaria uma nova era nas aventuras do agente secreto mais famoso da história do cinema. Esse "Live and Let Die" porém não ficou conhecido apenas por ter sido a estreia de Roger Moore.
Dois outros fatos contaram positivamente em seu favor. O primeiro foi a trilha sonora escrita e composta por Paul McCartney. Verdade seja dita, a canção tema é uma das melhores (isso se não for a melhor) de toda a filmografia Bond. Paul conseguiu como poucos capturar a essência do personagem, transformando sua canção em um hit e em um sucesso também de crítica (a ponto de ter sido indicada ao Oscar e ao Grammy). Inclusive até hoje Paul a usa em seu repertório fixo, se tornando um dos pontos altos de seus concertos mundo afora. Outro ponto que chama bastante a atenção do espectador é que nesse filme já surge o humor acentuado em primeiro plano, algo que seria a marca registrada dos filmes com Roger Moore. Claro que por ser uma estréia as coisas ainda andaram um pouco dentro da normalidade, algo que nos filmes seguintes se tornaria um pouco mais exagerado. De qualquer maneira gosto bastante desse filme e acredito que foi um dos mais felizes e bem sucedidos de todos os filmes da série. Com Roger Moore os filmes ganhariam uma nova etapa, retornando o personagem ao topo das bilheterias, para alegria dos fãs de James Bond em todo o mundo.
Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die, Inglaterra, 1973) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Tom Mankiewicz / Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour / Sinopse: O agente secreto James Bond, codinome 007, precisa enfrentar um violento e infame barão internacional das drogas. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original ("Live and Let Die" de Paul McCartney e Linda McCartney).
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2021
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Selvagens Cães de Guerra
A Warner só contratou feras. O primeiro a entrar no projeto foi Richard Burton. Naquela altura de sua vida ele estava precisando de altas somas em dinheiro por causa do divórcio com sua ex-esposa Elizabeth Taylor. Depois de sua entrada na produção as coisas ficaram mais fáceis. O Estúdio contratou o próprio James Bond em pessoa, ou melhor dizendo, o ator que o interpretava na época, o sempre bom Roger Moore. John Wayne foi convidado, mas problemas de saúde o impediram de fazer o filme. Assim a vaga foi preenchida pelo também ótimo Richard Harris. Por fim Stewart Granger e Hardy Krüger completaram a equipe. A direção ficou a cargo do especialista inglês Andrew V. McLaglen, que anos depois iria dirigir outro filme muito parecido com esse, chamado "Os Doze Condenados".
A trama também era bem bolada. Uma multinacional britânica decidia derrubar um ditador cruel na África central. Os executivos da companhia então resolviam contratar um bando de mercenários (veteranos, em sua maioria) na cidade de Londres para enviá-los para salvar o líder da oposição, um político virtuoso e honesto que foi preso por ordens diretas do regime ditatorial que estava no poder. O problema é que ele estava seriamente doente após ficar tantos anos encarcerado. Não seria uma missão isenta de muitas dificuldades operacionais. Mesmo assim os membros da equipe se uniam, dispostos a irem até o final. Para eles uma missão dada seria sempre uma missão cumprida.
E para quem achava que esse tipo de filme não faria mais sucesso, o resultado nas bilheterias foi muito bom. Com excelente elenco formado por atores veteranos, "Selvagens Cães de Guerra" acabou virando um modelo a ser seguido nos anos que viriam. De fato basta pensar no auge dos filmes de ação que iria ocorrer na década seguinte, para entender que essa produção acabou criando mesmo um estilo novo de fazer filmes de guerra, modelo esse que seria seguido por Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger, no auge de suas carreiras. A intenção não era mais reproduzir um evento histórico marcante da Segunda Guerra, mas sim apostar em incríveis cenas de ação e violência como objetivo final do filme. Richard Burton já estava no fim de sua longa carreira, mas conseguiu trazer grande veracidade ao seu personagem do Coronel Faulkner. Na época das filmagens ele também estava enfrentando o drama do alcoolismo, porém conseguiu ser profissional o suficiente para que seus problemas não transparecessem para as cenas. Já Roger Moore estava colhendo os frutos de seu sucesso como James Bond. Com tanta gente boa envolvida não poderia se ter outro resultado. O filme acabou abrindo as portas para o cinema brucutu que iria dominar a indústria cinematográfica nos anos 80.
Selvagens Cães de Guerra (The Wild Geese, Estados Unidos, 1978) Estúdio: Warner Bros / Direção: Andrew V. McLaglen / Roteiro: Reginald Rose, Daniel Carney / Elenco: Richard Burton, Roger Moore, Richard Harris, Stewart Granger / Sinopse: Grupo de mercenários é reunido por uma grande companhia inglesa para derrubar um ditador sanguinário na África que está atrapalhando seus planos na região. A ideia é destituir o ditador do poder, para colocar em seu lugar o líder da oposição, que se encontrava preso em uma masmorra.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de novembro de 2019
A Última Vez Que Vi Paris
Helen Ellswirth (Elizabeth Taylor) é uma americana que vive em Paris ao lado de sua irmã Marion (Donna Reed) e seu pai, James (Walter Pidgeon), um velho espirituoso e excêntrico que apesar de estar na ruína financeira não deixa o jeito de ser típico de milionários generosos. No dia em que Paris é libertada do domínio nazista Helen acaba conhecendo o jovem soldado americano Charles Wills (Van Johnson) e se apaixona por ele. O problema é que Charles, assim como Helen, não tem um tostão. Mesmo assim iniciam um breve romance que logo vira casamento. Charles resolve abandonar o exército e se emprega como correspondente jornalístico em Paris para um jornal europeu. Logo nasce sua primeira filha e ele dá início ao seu sonho de ser um grande escritor. Infelizmente porém seus textos vão sendo recusados um após o outro pelas editoras. Vendo seu sonho fracassar e começando a ter problemas com as bebidas, Charles começa a ver seu sonho Parisiense naufragar. “A Última Vez Que Vi Paris” é um dos clássicos românticos da carreira de Elizabeth Taylor. Aproveitando o cilma romântico de uma das cidades mais famosas e românticas do mundo o filme foi o último de Liz antes de começar as filmagens do grande sucesso de sua carreira, o mitológico Giant (Assim Caminha a Humanidade).
O roteiro foi baseado no famoso livro do escritor F. Scott Fitzgerald (o mesmo autor dos clássicos “O Grande Gatsby”, “Suave é a Noite” e “O Último Magnata”). O enredo é essencialmente construído em torno do amor atribulado dos personagens Helen e Charles. Ela é uma americana que tenta ser feliz ao lado do marido que agora vivencia o desmoronamento de seus sonhos literários. A impossibilidade de realizar seu sonho de tornar-se escritor trará conseqüências trágicas para o casal. Elizabeth Taylor está belíssima em cena. Com seu visual clássico, cabelos negros e olhos azuis, ela impressiona pela bela presença. Van Johnson não convence muito como personagem trágico mas felizmente não compromete. Uma das surpresas do elenco é a excelente atuação de Walter Pidgeon. Suas ironias e tiradas cômicas são realmente muito espirituosas e bem escritas, uma pena que o roteiro não o explore mais.
Outra curiosidade é a presença de um jovem Roger Moore, fazendo um desportista que seduz e tenta conquistar o coração de Helen (Elizabeth Taylor). O jeito sutilmente canastrão que iria usar anos depois na série James Bond já é bem visível aqui em cena. A recepção de "A Última Vez Que Vi Paris" em seu lançamento foi controversa. Alguns críticos acusaram o filme de tentar ser um novo "Casablanca", usando inclusive dos clichês do clássico de Michael Curtiz. Outros focaram seu alvo em Van Johnson, considerado exagerado em cena. Quem se saiu ilesa das resenhas negativas foi justamente Liz Taylor. No mais o filme aproveita bastante a ótima ambientação de Paris, com todos os seus monumentos e pontos turísticos, além da música, sempre presente e evocativa. “A Última Vez Que Vi Paris” é isso, um romance dramático ambientado no pós Guerra em plena cidade luz que naquele momento histórico renascia para nunca mais se apagar.
A Última Vez Que Vi Paris (The Last Time I Saw Paris, EUA, 1954) Direção: Richard Brooks / Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Richard Brooks baseados na obra de F. Scott Fitzgerald / Elenco: Elizabeth Taylor, Van Johnson, Walter Pidgeon, Donna Reed, Roger Moore / Sinopse: Jovem soldado se apaixona por americana que mora em Paris durante as comemorações do dia de libertação da cidade das forças alemãs. Após se casarem ele tenta emplacar uma carreira de escritor de sucesso mas as coisas acabam não indo do jeito que planejava.
Pablo Aluísio.
Outra curiosidade é a presença de um jovem Roger Moore, fazendo um desportista que seduz e tenta conquistar o coração de Helen (Elizabeth Taylor). O jeito sutilmente canastrão que iria usar anos depois na série James Bond já é bem visível aqui em cena. A recepção de "A Última Vez Que Vi Paris" em seu lançamento foi controversa. Alguns críticos acusaram o filme de tentar ser um novo "Casablanca", usando inclusive dos clichês do clássico de Michael Curtiz. Outros focaram seu alvo em Van Johnson, considerado exagerado em cena. Quem se saiu ilesa das resenhas negativas foi justamente Liz Taylor. No mais o filme aproveita bastante a ótima ambientação de Paris, com todos os seus monumentos e pontos turísticos, além da música, sempre presente e evocativa. “A Última Vez Que Vi Paris” é isso, um romance dramático ambientado no pós Guerra em plena cidade luz que naquele momento histórico renascia para nunca mais se apagar.
A Última Vez Que Vi Paris (The Last Time I Saw Paris, EUA, 1954) Direção: Richard Brooks / Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Richard Brooks baseados na obra de F. Scott Fitzgerald / Elenco: Elizabeth Taylor, Van Johnson, Walter Pidgeon, Donna Reed, Roger Moore / Sinopse: Jovem soldado se apaixona por americana que mora em Paris durante as comemorações do dia de libertação da cidade das forças alemãs. Após se casarem ele tenta emplacar uma carreira de escritor de sucesso mas as coisas acabam não indo do jeito que planejava.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
007 - Na Mira dos Assassinos
Esse filme foi marcante por diversos motivos. Em nível pessoal foi o primeiro filme de James Bond que assisti no cinema! Já para a franquia do agente inglês marcou a despedida do ator Roger Moore do personagem que o consagrou durante toda a década de 1970. Ele já estava velho para o papel, só que o estúdio com medo de mudanças o deixou um pouco mais. Nessa produção ela já demonstra que não tinha mais o mesmo pique e vigor dos primeiros filmes. A idade já começava a pesar. Curiosamente isso porém não atrapalhou o filme como um todo, pois até hoje os fãs elogiam "A View to a Kill" com um dos melhores do agente. Algo que poucos poderiam imaginar quando o filme foi lançado nos cinemas.
Pequenos detalhes de produção fizeram diferença. Desde o bom roteiro escrito pela dupla Richard Maibaum e Michael G. Wilson, passando pela direção do veterano diretor John Glen que dirigiu vários filmes de Bond ao longo dos anos. Até a trilha sonora se tornou acima da média, sendo assinada pelo grupo Duran Duran em parceria com o maestro e compositor John Barry. Grace Jones ajudava no elenco de apoio e a trama mantinha o interesse. Praticamente nada faltou mesmo nesse Bond dos anos 80. O enredo girava em torno de um vilão em busca de controlar o novo mundo da tecnologia que nascia (a internet ainda não era uma realidade para todos, mas já existia e o PC começava a ser um item comum nas casas). Enfim, um filme de James Bond que não fica nada a dever aos melhores da série.
007 - Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson, baseados na obra original escrita por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Walken, Grace Jones, Tanya Roberts / Sinopse: O agente James Bond (Roger Moore) precisa destruir os planos de um vilão que deseja se apoderar de uma nova tecnologia que estava para nascer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("A View to a Kill" de Duran Duran e John Barry).
Pablo Aluísio.
Pequenos detalhes de produção fizeram diferença. Desde o bom roteiro escrito pela dupla Richard Maibaum e Michael G. Wilson, passando pela direção do veterano diretor John Glen que dirigiu vários filmes de Bond ao longo dos anos. Até a trilha sonora se tornou acima da média, sendo assinada pelo grupo Duran Duran em parceria com o maestro e compositor John Barry. Grace Jones ajudava no elenco de apoio e a trama mantinha o interesse. Praticamente nada faltou mesmo nesse Bond dos anos 80. O enredo girava em torno de um vilão em busca de controlar o novo mundo da tecnologia que nascia (a internet ainda não era uma realidade para todos, mas já existia e o PC começava a ser um item comum nas casas). Enfim, um filme de James Bond que não fica nada a dever aos melhores da série.
007 - Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson, baseados na obra original escrita por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Walken, Grace Jones, Tanya Roberts / Sinopse: O agente James Bond (Roger Moore) precisa destruir os planos de um vilão que deseja se apoderar de uma nova tecnologia que estava para nascer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("A View to a Kill" de Duran Duran e John Barry).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro
O serviço secreto inglês descobre que seu agente James Bond (Roger Moore) está na mira de um assassino profissional conhecido como Francisco Scaramanga (Christopher Lee). Suas intenções de liquidar 007 ficam óbvias após ser encontrado uma bala de ouro com o código de Bond impresso nela. Há suspeitas que o mesmo assassino tenha matado friamente o agente 002 numa missão. Para evitar maiores problemas a agência de espionagem resolve assim afastar Bond de seus serviços por um tempo. Livre de cumprir uma agenda de missões, Bond resolve então ir atrás por conta própria de Scaramanga. Como pista usa a própria bala que foi dirigido a ele. Em pouco tempo James Bond segue seu rastro em lugares tão distantes como Beirute, Hong Kong e Macau. O infame assassino profissional usa uma arma de ouro, com calibre próprio. Para Bond essa seria uma pista segura para se chegar até ele.
Esse foi o segundo filme de Roger Moore como James Bond. O primeiro, "Com 007 Viva e Deixe Morrer", foi sucesso de público e crítica. Uma alívio para os produtores que temiam que a franquia chegasse ao fim com a saída de Sean Connery. Esse segundo filme não é tão bom quanto o anterior, mas inegavelmente tem seus méritos. O maior deles talvez seja a presença do ótimo ator Christopher Lee como o vilão Scaramanga. Ele é um tipo bizarro, com uma característica física incomum (tem três mamilos!) e um assistente anão tão perverso quanto o próprio. Esse papel foi interpretado pelo ator Hervé Villechaize (que ficou muito conhecido no Brasil interpretando o personagem Tatu na série "A Ilha da Fantasia", que fez bastante sucesso na TV brasileira durante os anos 70). O roteiro não tem muitos mistérios ou tramas internacionais a se revelar, se resumindo muitas vezes a ser apenas uma disputa de vida ou morte entre Bond e Scaramanga. Esse porém não é um problema exclusivo do filme em si. O livro escrito por Ian Fleming em 1965 também foi criticado por essa razão. Enfim, um bom filme da safra com Roger Moore que com ele se estabeleceria definitivamente como Bond, só deixando a série em meados da década seguinte.
007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man with the Golden Gun, Inglaterra, 1974) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Maibaum, Tom Mankiewicz, baseados no livro escrito por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Lee, Hervé Villechaize, Britt Ekland / Sinopse: O agente inglês James Bond (Roger Moore) passa a ser caçado pelo assassino profissional Francisco Scaramanga (Christopher Lee), dando início a uma disputa de vida e morte entre eles. Filme premiado pelo Saturn Award na categoria Best DVD / Blu-Ray Collection.
Pablo Aluísio.
Esse foi o segundo filme de Roger Moore como James Bond. O primeiro, "Com 007 Viva e Deixe Morrer", foi sucesso de público e crítica. Uma alívio para os produtores que temiam que a franquia chegasse ao fim com a saída de Sean Connery. Esse segundo filme não é tão bom quanto o anterior, mas inegavelmente tem seus méritos. O maior deles talvez seja a presença do ótimo ator Christopher Lee como o vilão Scaramanga. Ele é um tipo bizarro, com uma característica física incomum (tem três mamilos!) e um assistente anão tão perverso quanto o próprio. Esse papel foi interpretado pelo ator Hervé Villechaize (que ficou muito conhecido no Brasil interpretando o personagem Tatu na série "A Ilha da Fantasia", que fez bastante sucesso na TV brasileira durante os anos 70). O roteiro não tem muitos mistérios ou tramas internacionais a se revelar, se resumindo muitas vezes a ser apenas uma disputa de vida ou morte entre Bond e Scaramanga. Esse porém não é um problema exclusivo do filme em si. O livro escrito por Ian Fleming em 1965 também foi criticado por essa razão. Enfim, um bom filme da safra com Roger Moore que com ele se estabeleceria definitivamente como Bond, só deixando a série em meados da década seguinte.
007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man with the Golden Gun, Inglaterra, 1974) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Maibaum, Tom Mankiewicz, baseados no livro escrito por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Lee, Hervé Villechaize, Britt Ekland / Sinopse: O agente inglês James Bond (Roger Moore) passa a ser caçado pelo assassino profissional Francisco Scaramanga (Christopher Lee), dando início a uma disputa de vida e morte entre eles. Filme premiado pelo Saturn Award na categoria Best DVD / Blu-Ray Collection.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de março de 2016
Resgate Suicida
Título no Brasil: Resgate Suicida
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
007 Contra o Foguete da Morte
Depois do enorme sucesso de "Star Wars" lançado em 1977 todos os produtores correram atrás para explorar a nova moda de filmes de ficção, até mesmo os da franquia James Bond. O resultado é esse fraquíssimo "007 Contra o Foguete da Morte", considerado até hoje um dos piores filmes da série. Imagine colocar Bond em ambientes espaciais, em efeitos especiais completamente datados (que, apesar de serem bem ruins, chegaram a concorrer ao Oscar em Melhores Efeitos Especiais) e você entenderá do que se trata. Curiosamente parte do filme se passa em um Rio de Janeiro bem falso, com direito a uma feroz luta entre Bond e o vilão Jaws nos bondinhos do Corcovado. Mais nonsense impossível...
O filme foi dirigido pelo cineasta Lewis Gilbert que já havia trabalhado antes em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (ainda com Sean Connery) e "007 - O Espião Que Me Amava" (já com Moore). Esses foram dois bons filmes da franquia, o que me deixa ainda mais surpreso por ele ter cometido tantos erros nesse terceiro filme. O resultado foi considerado tão ruim que Gilbert foi afastado da série pela MGM. Quase Roger Moore também foi desligado da série, mas acabou sobrevivendo ao desastre, muito por causa da simples falta de opção de outros nomes adequados para estrelar a série. Assim não há outra conclusão a se chegar, nessa mistura de ficção B com James Bond realmente não deu nada certo - e acabou se tornando um dos mais constrangedores de toda a franquia. Bola fora espacial.
007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, Inglaterra, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale / Sinopse: Com o mundo em perigo o agente James Bond (Roger Moore) é designado para descobrir uma extensa rede de uso de armas espaciais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
O filme foi dirigido pelo cineasta Lewis Gilbert que já havia trabalhado antes em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (ainda com Sean Connery) e "007 - O Espião Que Me Amava" (já com Moore). Esses foram dois bons filmes da franquia, o que me deixa ainda mais surpreso por ele ter cometido tantos erros nesse terceiro filme. O resultado foi considerado tão ruim que Gilbert foi afastado da série pela MGM. Quase Roger Moore também foi desligado da série, mas acabou sobrevivendo ao desastre, muito por causa da simples falta de opção de outros nomes adequados para estrelar a série. Assim não há outra conclusão a se chegar, nessa mistura de ficção B com James Bond realmente não deu nada certo - e acabou se tornando um dos mais constrangedores de toda a franquia. Bola fora espacial.
007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, Inglaterra, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale / Sinopse: Com o mundo em perigo o agente James Bond (Roger Moore) é designado para descobrir uma extensa rede de uso de armas espaciais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Com 007 Viva e Deixe Morrer
Título no Brasil: Com 007 Viva e Deixe Morrer
Título Original: Live and Let Die
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Eon Productions
Direção: Guy Hamilton
Roteiro: Tom Mankiewicz
Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour
Sinopse:
O agente secreto inglês James Bond (Roger Moore) vai até os Estados Unidos para descobrir quem teria matado um agente britânico no país. Suas investigações o levam a procurar entender como funciona uma complexa rede de tráfico de drogas no país. Algo de muito estranho acontece pois um traficante conhecido apenas como Mr. Big está se propondo a vender drogas a um preço absurdamente baixo, a preço de custo praticamente, tudo para destruir a concorrência com quadrilhas rivais. O problema é que Bond nem desconfiaria que essa missão o levaria a um submundo ainda mais sinistro, de magia e vodu. Filme baseado no livro escrito por Ian Fleming.
Comentários:
Com a saída definitiva de Sean Connery da série sobre o agente inglês mais famoso da história do cinema os produtores tiveram que correr atrás de um sucessor. Encontraram o que procuravam na figura do ator Roger Moore. Ele quase havia sido escolhido alguns anos antes, mas acabou perdendo a disputa justamente para Connery. Depois de tantos anos a oportunidade voltou a bater em sua porta e dessa vez Moore estava mais preparado para viver o famoso 007 nos cinemas. Curiosamente ele resolveu também imprimir suas próprias características ao personagem nascendo daí um James Bond mais divertido, irônico e até mesmo bonachão. Esse filme acabou sendo uma grata surpresa pois ao contrário dos que viriam (que iriam exagerar no deboche) esse aqui ainda conseguia manter bem os pés no chão, assumindo uma postura bem humorada, é verdade, mas não galhofeira. O grande destaque além da presença de Roger Moore veio da música tema, uma das mais populares de todos os tempos, que foi composta, gravada e lançada pelo ex-Beatle Paul McCartney. O grupo mais famoso da história do rock havia se separado há apenas 3 anos e Paul estava disposto a mostrar serviço, mostrando que tinha talento suficiente para se destacar como artista solo (algo aliás que ele faria de forma maravilhosamente brilhante nos anos que viriam, sozinho ou com seu grupo The Wings). Além do sucesso de público (o single com a música vendeu milhões de cópias ao redor do mundo) a canção ainda conseguiu a proeza de ser indicado ao Oscar de Melhor Música original. Nada mal para um filme de James Bond estrelado por Roger Moore.
Pablo Aluísio.
Título Original: Live and Let Die
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Eon Productions
Direção: Guy Hamilton
Roteiro: Tom Mankiewicz
Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour
Sinopse:
O agente secreto inglês James Bond (Roger Moore) vai até os Estados Unidos para descobrir quem teria matado um agente britânico no país. Suas investigações o levam a procurar entender como funciona uma complexa rede de tráfico de drogas no país. Algo de muito estranho acontece pois um traficante conhecido apenas como Mr. Big está se propondo a vender drogas a um preço absurdamente baixo, a preço de custo praticamente, tudo para destruir a concorrência com quadrilhas rivais. O problema é que Bond nem desconfiaria que essa missão o levaria a um submundo ainda mais sinistro, de magia e vodu. Filme baseado no livro escrito por Ian Fleming.
Comentários:
Com a saída definitiva de Sean Connery da série sobre o agente inglês mais famoso da história do cinema os produtores tiveram que correr atrás de um sucessor. Encontraram o que procuravam na figura do ator Roger Moore. Ele quase havia sido escolhido alguns anos antes, mas acabou perdendo a disputa justamente para Connery. Depois de tantos anos a oportunidade voltou a bater em sua porta e dessa vez Moore estava mais preparado para viver o famoso 007 nos cinemas. Curiosamente ele resolveu também imprimir suas próprias características ao personagem nascendo daí um James Bond mais divertido, irônico e até mesmo bonachão. Esse filme acabou sendo uma grata surpresa pois ao contrário dos que viriam (que iriam exagerar no deboche) esse aqui ainda conseguia manter bem os pés no chão, assumindo uma postura bem humorada, é verdade, mas não galhofeira. O grande destaque além da presença de Roger Moore veio da música tema, uma das mais populares de todos os tempos, que foi composta, gravada e lançada pelo ex-Beatle Paul McCartney. O grupo mais famoso da história do rock havia se separado há apenas 3 anos e Paul estava disposto a mostrar serviço, mostrando que tinha talento suficiente para se destacar como artista solo (algo aliás que ele faria de forma maravilhosamente brilhante nos anos que viriam, sozinho ou com seu grupo The Wings). Além do sucesso de público (o single com a música vendeu milhões de cópias ao redor do mundo) a canção ainda conseguiu a proeza de ser indicado ao Oscar de Melhor Música original. Nada mal para um filme de James Bond estrelado por Roger Moore.
Pablo Aluísio.
A Cruz dos Executores
Título no Brasil: A Cruz dos Executores
Título Original: Gli Esecutori
Ano de Produção: 1976
País: Itália
Estúdio: Aetos Produzioni Cinematografiche
Direção: Maurizio Lucidi, Guglielmo Garroni
Roteiro: Roberto Leoni, Franco Bucceri
Elenco: Roger Moore, Stacy Keach, Ivo Garrani
Sinopse:
Um chefão mafioso italiano fica furioso quando é acusado de ser o responsável pelo tráfico de heroína para a região de San Francisco. Em vista da falsa acusação ele resolve enviar seu próprio sobrinho, um advogado americano, para investigar a origem da droga e quem seria o responsável pelo tráfico internacional. O advogado então decide pedir ajuda a um velho amigo nessa tarefa, um piloto de corridas com queda para aventuras.
Comentários:
É interessante perceber que enquanto estrelava a franquia 007 James Bond o ator Roger Moore tenha ido até a Europa para rodar essa produção de ação. O diretor Guglielmo Garroni (assinando a fita com o nome americanizado de William Garroni) conseguiu convencer o ator a atravessar o oceano para estrelar esse filme. Não consegui, sendo bem sincero, ver qualquer coisa que justificasse tanto trabalho por parte de Moore. Sim, tudo bem, a produção pode até ser muito movimentada, com bela fotografia e cenas de ação realmente bem feitas, mas isso, de uma maneira em geral, já era encontrado nos filmes de James Bond. Roger Moore fez o filme entre "007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro" e "007 - O Espião Que Me Amava". Para muitos a razão do ator ter estrelado esse action movie italiano foi uma cláusula contratual que o impedia de participar de outros filmes americanos nesse período de sua carreira. Cláusula essa que Moore conseguiria derrubar nos tribunais alguns anos depois. Em um país estrangeiro ele teria maior liberdade de trabalhar em outras produções. Foi o que ocorreu nesse caso. Em termos puramente cinematográficos porém "A Cruz dos Executores" não acrescenta grande coisa em seu currículo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Gli Esecutori
Ano de Produção: 1976
País: Itália
Estúdio: Aetos Produzioni Cinematografiche
Direção: Maurizio Lucidi, Guglielmo Garroni
Roteiro: Roberto Leoni, Franco Bucceri
Elenco: Roger Moore, Stacy Keach, Ivo Garrani
Sinopse:
Um chefão mafioso italiano fica furioso quando é acusado de ser o responsável pelo tráfico de heroína para a região de San Francisco. Em vista da falsa acusação ele resolve enviar seu próprio sobrinho, um advogado americano, para investigar a origem da droga e quem seria o responsável pelo tráfico internacional. O advogado então decide pedir ajuda a um velho amigo nessa tarefa, um piloto de corridas com queda para aventuras.
Comentários:
É interessante perceber que enquanto estrelava a franquia 007 James Bond o ator Roger Moore tenha ido até a Europa para rodar essa produção de ação. O diretor Guglielmo Garroni (assinando a fita com o nome americanizado de William Garroni) conseguiu convencer o ator a atravessar o oceano para estrelar esse filme. Não consegui, sendo bem sincero, ver qualquer coisa que justificasse tanto trabalho por parte de Moore. Sim, tudo bem, a produção pode até ser muito movimentada, com bela fotografia e cenas de ação realmente bem feitas, mas isso, de uma maneira em geral, já era encontrado nos filmes de James Bond. Roger Moore fez o filme entre "007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro" e "007 - O Espião Que Me Amava". Para muitos a razão do ator ter estrelado esse action movie italiano foi uma cláusula contratual que o impedia de participar de outros filmes americanos nesse período de sua carreira. Cláusula essa que Moore conseguiria derrubar nos tribunais alguns anos depois. Em um país estrangeiro ele teria maior liberdade de trabalhar em outras produções. Foi o que ocorreu nesse caso. Em termos puramente cinematográficos porém "A Cruz dos Executores" não acrescenta grande coisa em seu currículo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
007 Contra o Foguete da Morte
Título no Brasil: 007 Contra o Foguete da Morte
Título Original: Moonraker
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists / MGM
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: Christopher Wood
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale
Sinopse:
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moonraker
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists / MGM
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: Christopher Wood
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale
Sinopse:
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer.
Pablo Aluísio.
sábado, 21 de junho de 2014
007 Contra Octopussy
Título no Brasil: 007 Contra Octopussy
Título Original: Octopussy
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists, MGM
Direção: John Glen
Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum
Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan
Sinopse:
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Codjuvante (Maud Adams).
Comentários:
Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco.
Pablo Aluísio.
Título Original: Octopussy
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists, MGM
Direção: John Glen
Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum
Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan
Sinopse:
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Codjuvante (Maud Adams).
Comentários:
Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
007 - Somente Para Seus Olhos
Título no Brasil: 007 - Somente Para Seus Olhos
Título Original: For Your Eyes Only
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol
Sinopse:
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only").
Comentários:
Sexto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhorfa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto-paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore.
Pablo Aluísio.
Título Original: For Your Eyes Only
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol
Sinopse:
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only").
Comentários:
Sexto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhorfa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto-paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de abril de 2012
007 Na Mira dos Assassinos
É o último filme de Roger Moore como James Bond. Assistindo realmente chegamos na conclusão que era o fim da linha para Moore. Ele já estava velho demais para bancar o agente inglês (sinais da idade estão em toda parte, até seu pescoço, por exemplo, que mostra claros sinais da passagem do tempo). Além disso ele surge usando um cabelo estranho, de cor nada natural, bem artificial. Roger Moore foi um bom ator para a franquia. Ele nunca se levava muito à sério, seu filmes sempre tinham um lado de chanchada bem diferente dos que foram feitos por Sean Connery que apresentavam uma postura mais séria com o personagem. O roteiro é baseado em um pequeno conto de Ian Fleming publicado em 1960 (praticamente todos seus livros já tinham sido adaptados e por isso tiveram que apelar para pequenos textos deixados pelo autor). Para completar a trama misturaram com outros filmes de James Bond e o resultado de tanta mistura surge em cena. O filme não é ruim, tanto que anos depois o próprio Roger Moore confessou ser esse seu filme preferido com o personagem, mas a sensação de Deja Vu é muito forte.
Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever).
007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.
Pablo Aluísio.
Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever).
007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Roger Moore e Tony Curtis
Ivanhoé
Roger Moore, o futuro agente 007 James Bond, também interpretou outro herói muito famoso da literatura inglesa: o nobre cavaleiro Sir Wilfred de Ivanhoé, em uma popular série que durou duas temporadas e 39 episódios durante os anos de 1958 e 1959. Para Moore o programa foi extremamente importante pois ajudou o ator a ser mais conhecido do público em geral. Tão boa foi a receptividade que Ivanhoé também passou a ser exibido na TV americana, durante o período vespertino, algo que impulsionou ainda mais a fama de Moore. Curiosamente em 1952 foi produzido um filme americano com o personagem nos cinemas. Dirigido por Robert Thorpe e estrelado por Robert Taylor, essa em uma aventura medieval com muitos combates, duelos e cavalheirismos, típicos da Idade Média. Sobre o filme Roger Moore, com seu típico humor britânico decretou: "Nossa série era bem melhor!". A série de Ivanhoé com Roger Moore foi recentemente lançada em um box com todos os episódios na Europa e Estados Unidos. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Tony Curtis e a pintura
Uma das paixões do ator Tony Curtis era a pintura. Quando não estava atuando em algum filme o astro de Hollywood passava seus dias criando quadros. No começo ele foi prejudicado no mundo das artes justamente por ser um ator famoso. Ninguém queria levar à sério seu talento com os pincéis, porém Curtis ignorou as críticas e continuou a pintar. Com os anos acabou se tornando um bom pintor, ganhando inclusive resenhas elogiosas em revistas especializadas. Também promoveu exposições muito bem sucedidas em Los Angeles, Nova Iorque e Chicago, algo que lhe enchia de orgulho pessoal. Outra função muito importante que a pintura exerceu em sua vida foi que o hobbie também foi utilizado pelo ator como terapia. Nos anos 60 Tony Curtis perdeu o controle sobre seu vício em drogas, em especial a terrível dependência química da heroína. Para superar esse vício avassalador, Curtis começou a pintar cada vez mais e mais, como uma maneira de libertar sua mente. Muitos anos depois ele confessaria durante uma entrevista que a pintura havia literalmente salvado sua vida nesse período tão difícil de seus problemas com drogas pesadas. Sobre a importância das artes plásticas em sua vida Tony Curtis diria: "Salvou a minha vida! Eu amo as pinturas mais do que qualquer outra coisa em minha vida".
Pablo Aluísio.
Roger Moore, o futuro agente 007 James Bond, também interpretou outro herói muito famoso da literatura inglesa: o nobre cavaleiro Sir Wilfred de Ivanhoé, em uma popular série que durou duas temporadas e 39 episódios durante os anos de 1958 e 1959. Para Moore o programa foi extremamente importante pois ajudou o ator a ser mais conhecido do público em geral. Tão boa foi a receptividade que Ivanhoé também passou a ser exibido na TV americana, durante o período vespertino, algo que impulsionou ainda mais a fama de Moore. Curiosamente em 1952 foi produzido um filme americano com o personagem nos cinemas. Dirigido por Robert Thorpe e estrelado por Robert Taylor, essa em uma aventura medieval com muitos combates, duelos e cavalheirismos, típicos da Idade Média. Sobre o filme Roger Moore, com seu típico humor britânico decretou: "Nossa série era bem melhor!". A série de Ivanhoé com Roger Moore foi recentemente lançada em um box com todos os episódios na Europa e Estados Unidos. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Tony Curtis e a pintura
Uma das paixões do ator Tony Curtis era a pintura. Quando não estava atuando em algum filme o astro de Hollywood passava seus dias criando quadros. No começo ele foi prejudicado no mundo das artes justamente por ser um ator famoso. Ninguém queria levar à sério seu talento com os pincéis, porém Curtis ignorou as críticas e continuou a pintar. Com os anos acabou se tornando um bom pintor, ganhando inclusive resenhas elogiosas em revistas especializadas. Também promoveu exposições muito bem sucedidas em Los Angeles, Nova Iorque e Chicago, algo que lhe enchia de orgulho pessoal. Outra função muito importante que a pintura exerceu em sua vida foi que o hobbie também foi utilizado pelo ator como terapia. Nos anos 60 Tony Curtis perdeu o controle sobre seu vício em drogas, em especial a terrível dependência química da heroína. Para superar esse vício avassalador, Curtis começou a pintar cada vez mais e mais, como uma maneira de libertar sua mente. Muitos anos depois ele confessaria durante uma entrevista que a pintura havia literalmente salvado sua vida nesse período tão difícil de seus problemas com drogas pesadas. Sobre a importância das artes plásticas em sua vida Tony Curtis diria: "Salvou a minha vida! Eu amo as pinturas mais do que qualquer outra coisa em minha vida".
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
James Bond - Roger Moore
O ator Roger Moore faleceu no último dia 23 de maio em sua casa na Suíça. O ator vinha lutando contra um câncer devastador, descoberto apenas recentemente. Ao longo de sua carreira Moore atuou em muitos filmes e séries, na TV e no cinema. No total foram 95 títulos, demonstrando como foi vasta, rica e interessante sua filmografia. Porém o fato inegável é que Roger Moore sempre será lembrado por seus filmes como James Bond. Ele atuou em sete produções, se tornando assim o ator que mais interpretou James Bond no cinema até hoje! Moore veio para substituir Sean Connery e George Lazenby no papel do famoso agente inglês. Connery era considerado insubstituível nesse quesito, algo que Lazenby sentiu na pele ao ver seu filme como Bond fracassar nas bilheterias. Apenas Roger Moore conseguiu levar em frente a franquia com sucesso após a saída de Sean Connery. Ele segurou o posto durante as décadas de 1970 e 1980. Abaixo segue todos os filmes de Moore como Bond, com seus altos e baixos. É a nossa singela homenagem a Roger Moore e seu legado cinematográfico como Bond.
1. Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)
Depois que Sean Connery resolveu abandonar de uma vez por todas o personagem do agente secreto James Bond a pergunta mais frequente passou a ser se outro ator conseguiria levar adiante a franquia. Após a saída de Connery houve uma tentativa com o modelo George Lazenby, mas definitivamente o público não gostou (embora o filme estrelado por ele fosse, em si, muito bom). Então eis que em 1973 a MGM apresentou finalmente o nome do novo James Bond, Roger Moore! Para quem conhecia os bastidores da série seu nome não foi exatamente uma novidade. A verdade é que Moore quase foi escolhido no lugar de Sean Connery no passado, mas o carisma do ator escocês falou mais alto. Agora com Connery fora do caminho começaria uma nova era nas aventuras do agente secreto mais famoso da história do cinema. Esse "Live and Let Die" porém não ficou conhecido apenas por ter sido a estreia de Roger Moore. Dois outros fatos contaram positivamente em seu favor. O primeiro foi a trilha sonora escrita e composta por Paul McCartney. Verdade seja dita, a canção tema é uma das melhores (isso se não for a melhor) de toda a filmografia Bond. Paul conseguiu como poucos capturar a essência do personagem, transformando sua canção em um hit e em um sucesso também de crítica (a ponto de ter sido indicada ao Oscar e ao Grammy). Inclusive até hoje Paul a usa em seu repertório fixo, se tornando um dos pontos altos de seus concertos mundo afora. Outro ponto que chama bastante a atenção do espectador é que nesse filme já surge o humor acentuado em primeiro plano, algo que seria a marca registrada dos filmes com Roger Moore. Claro que por ser uma estreia as coisas ainda andaram um pouco dentro da normalidade, algo que nos filmes seguintes se tornaria um pouco mais exagerado. De qualquer maneira gosto bastante desse filme e acredito que foi um dos mais felizes e bem sucedidos de todos os filmes da série. Com Roger Moore os filmes ganhariam uma nova etapa, retornando o personagem ao topo das bilheterias, para alegria dos fãs de James Bond em todo o mundo. / Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die, Inglaterra, 1973) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Tom Mankiewicz / Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour.
2. 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (1974)
O serviço secreto inglês descobre que seu agente James Bond (Roger Moore) está na mira de um assassino profissional conhecido como Francisco Scaramanga (Christopher Lee). Suas intenções de liquidar 007 ficam óbvias após ser encontrado uma bala de ouro com o código de Bond impresso nela. Há suspeitas que o mesmo assassino tenha matado friamente o agente 002 numa missão. Para evitar maiores problemas a agência de espionagem resolve assim afastar Bond de seus serviços por um tempo. Livre de cumprir uma agenda de missões, Bond resolve então ir atrás por conta própria de Scaramanga. Como pista usa a própria bala que foi dirigido a ele. Em pouco tempo James Bond segue seu rastro em lugares tão distantes como Beirute, Hong Kong e Macau. O infame assassino profissional usa uma arma de ouro, com calibre próprio. Para Bond essa seria uma pista segura para se chegar até ele. Esse foi o segundo filme de Roger Moore como James Bond. O primeiro, "Com 007 Viva e Deixe Morrer", foi sucesso de público e crítica. Uma alívio para os produtores que temiam que a franquia chegasse ao fim com a saída de Sean Connery. Esse segundo filme não é tão bom quanto o anterior, mas inegavelmente tem seus méritos. O maior deles talvez seja a presença do ótimo ator Christopher Lee como o vilão Scaramanga. Ele é um tipo bizarro, com uma característica física incomum (tem três mamilos!) e um assistente anão tão perverso quanto o próprio. Esse papel foi interpretado pelo ator Hervé Villechaize (que ficou muito conhecido no Brasil interpretando o personagem Tatu na série "A Ilha da Fantasia", que fez bastante sucesso na TV brasileira durante os anos 70). O roteiro não tem muitos mistérios ou tramas internacionais a se revelar, se resumindo muitas vezes a ser apenas uma disputa de vida ou morte entre Bond e Scaramanga. Esse porém não é um problema exclusivo do filme em si. O livro escrito por Ian Fleming em 1965 também foi criticado por essa razão. Enfim, um bom filme da safra com Roger Moore que com ele se estabeleceria definitivamente como Bond, só deixando a série em meados da década seguinte. / 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man with the Golden Gun, Inglaterra, 1974) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Maibaum, Tom Mankiewicz, baseados no livro escrito por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Lee, Hervé Villechaize, Britt Ekland / Sinopse: O agente inglês James Bond (Roger Moore) passa a ser caçado pelo assassino profissional Francisco Scaramanga (Christopher Lee), dando início a uma disputa de vida e morte entre eles. Filme premiado pelo Saturn Award na categoria Best DVD / Blu-Ray Collection.
3. 007 - O Espião Que Me Amava (1977)
Nessa terceira aventura de Roger Moore como James Bond, o agente inglês 007, ele precisa desvendar uma grande conspiração internacional envolvendo submarinos nucleares das grandes potências, tramas de espionagem e, é claro, um novo envolvimento amoroso com uma agente russa da temida KGB. Esse filme da franquia oficial acabou ficando conhecido por várias cenas marcantes, porém hoje em dia é mais recordado por trazer a bela atriz Barbara Bach como a Major Anya Amasova, uma agente do serviço secreto soviético. É curioso que em plena guerra fria os filmes de Bond tenham investido em uma Bondgirl vermelha, comunista e assassina. A atriz Barbara Bach na época era casada com o ex-Beatle Ringo Starr, o que não diminuiu os rumores de que ela havia se envolvido com Roger Moore durante as filmagens. Outro aspecto sempre lembrado desse filme foi o fato de aparecer pela primeira vez na franquia o vilão Jaws, interpretado pelo ator (e gigante) Richard Kiel. Ele era bem cartunesco em cena, conseguindo as maiores proezas (como mastigar fios de alta tensão) e fez tanto sucesso que acabou voltando no filme seguinte. Por fim um fato curioso: esse filme de James Bond conseguiu a proeza de ser indicado em três categorias do Oscar, Melhor Direção de Arte (Ken Adam e Peter Lamont), Melhor Trilha Sonora Incidental (Marvin Hamlisch) e Melhor Música original ("Nobody Does It Better", de autoria de Marvin Hamlisch e Carole Bayer Sager). Também arrancou duas indicações ao Globo de Ouro nessas mesmas últimas categorias. Não é de se admirar que com tantas músicas românticas bonitas tenha sido considerado o filme mais romântico de James Bond com Roger Moore. / 007 - O Espião Que Me Amava (Inglaterra, Estados Unidos,1977) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood, Richard Maibaum / Elenco: Roger Moore, Barbara Bach, Curd Jürgens.
4. 007 Contra o Foguete da Morte (1979)
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer. / 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale.
5. 007 - Somente Para Seus Olhos (1981)
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only"). Quinto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhofa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore. / 007 - Somente Para Seus Olhos (Inglaterra, Estados Unidos,1981) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol.
6. 007 Contra Octopussy (1983)
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante (Maud Adams). Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco. / 007 Contra Octopussy (Estados Unidos, 1983) Direção: John Glen / Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum / Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan
7. 007 - Na Mira dos Assassinos (1985)
É o último filme de Roger Moore como James Bond. Assistindo realmente chegamos na conclusão que era o fim da linha para Moore. Ele já estava velho demais para bancar o agente inglês (sinais da idade estão em toda parte, até seu pescoço, por exemplo, que mostra claros sinais da passagem do tempo). Além disso ele surge usando um cabelo estranho, de cor nada natural, bem artificial. Roger Moore foi um bom ator para a franquia. Ele nunca se levava muito à sério, seu filmes sempre tinham um lado de chanchada bem diferente dos que foram feitos por Sean Connery que apresentavam uma postura mais séria com o personagem. O roteiro é baseado em um pequeno conto de Ian Fleming publicado em 1960 (praticamente todos seus livros já tinham sido adaptados e por isso tiveram que apelar para pequenos textos deixados pelo autor). Para completar a trama misturaram com outros filmes de James Bond e o resultado de tanta mistura surge em cena. O filme não é ruim, tanto que anos depois o próprio Roger Moore confessou ser esse seu filme preferido com o personagem, mas a sensação de Deja Vu é muito forte. Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever). / 007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, EUA / UK, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.
Pablo Aluísio.
1. Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)
Depois que Sean Connery resolveu abandonar de uma vez por todas o personagem do agente secreto James Bond a pergunta mais frequente passou a ser se outro ator conseguiria levar adiante a franquia. Após a saída de Connery houve uma tentativa com o modelo George Lazenby, mas definitivamente o público não gostou (embora o filme estrelado por ele fosse, em si, muito bom). Então eis que em 1973 a MGM apresentou finalmente o nome do novo James Bond, Roger Moore! Para quem conhecia os bastidores da série seu nome não foi exatamente uma novidade. A verdade é que Moore quase foi escolhido no lugar de Sean Connery no passado, mas o carisma do ator escocês falou mais alto. Agora com Connery fora do caminho começaria uma nova era nas aventuras do agente secreto mais famoso da história do cinema. Esse "Live and Let Die" porém não ficou conhecido apenas por ter sido a estreia de Roger Moore. Dois outros fatos contaram positivamente em seu favor. O primeiro foi a trilha sonora escrita e composta por Paul McCartney. Verdade seja dita, a canção tema é uma das melhores (isso se não for a melhor) de toda a filmografia Bond. Paul conseguiu como poucos capturar a essência do personagem, transformando sua canção em um hit e em um sucesso também de crítica (a ponto de ter sido indicada ao Oscar e ao Grammy). Inclusive até hoje Paul a usa em seu repertório fixo, se tornando um dos pontos altos de seus concertos mundo afora. Outro ponto que chama bastante a atenção do espectador é que nesse filme já surge o humor acentuado em primeiro plano, algo que seria a marca registrada dos filmes com Roger Moore. Claro que por ser uma estreia as coisas ainda andaram um pouco dentro da normalidade, algo que nos filmes seguintes se tornaria um pouco mais exagerado. De qualquer maneira gosto bastante desse filme e acredito que foi um dos mais felizes e bem sucedidos de todos os filmes da série. Com Roger Moore os filmes ganhariam uma nova etapa, retornando o personagem ao topo das bilheterias, para alegria dos fãs de James Bond em todo o mundo. / Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die, Inglaterra, 1973) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Tom Mankiewicz / Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour.
2. 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (1974)
O serviço secreto inglês descobre que seu agente James Bond (Roger Moore) está na mira de um assassino profissional conhecido como Francisco Scaramanga (Christopher Lee). Suas intenções de liquidar 007 ficam óbvias após ser encontrado uma bala de ouro com o código de Bond impresso nela. Há suspeitas que o mesmo assassino tenha matado friamente o agente 002 numa missão. Para evitar maiores problemas a agência de espionagem resolve assim afastar Bond de seus serviços por um tempo. Livre de cumprir uma agenda de missões, Bond resolve então ir atrás por conta própria de Scaramanga. Como pista usa a própria bala que foi dirigido a ele. Em pouco tempo James Bond segue seu rastro em lugares tão distantes como Beirute, Hong Kong e Macau. O infame assassino profissional usa uma arma de ouro, com calibre próprio. Para Bond essa seria uma pista segura para se chegar até ele. Esse foi o segundo filme de Roger Moore como James Bond. O primeiro, "Com 007 Viva e Deixe Morrer", foi sucesso de público e crítica. Uma alívio para os produtores que temiam que a franquia chegasse ao fim com a saída de Sean Connery. Esse segundo filme não é tão bom quanto o anterior, mas inegavelmente tem seus méritos. O maior deles talvez seja a presença do ótimo ator Christopher Lee como o vilão Scaramanga. Ele é um tipo bizarro, com uma característica física incomum (tem três mamilos!) e um assistente anão tão perverso quanto o próprio. Esse papel foi interpretado pelo ator Hervé Villechaize (que ficou muito conhecido no Brasil interpretando o personagem Tatu na série "A Ilha da Fantasia", que fez bastante sucesso na TV brasileira durante os anos 70). O roteiro não tem muitos mistérios ou tramas internacionais a se revelar, se resumindo muitas vezes a ser apenas uma disputa de vida ou morte entre Bond e Scaramanga. Esse porém não é um problema exclusivo do filme em si. O livro escrito por Ian Fleming em 1965 também foi criticado por essa razão. Enfim, um bom filme da safra com Roger Moore que com ele se estabeleceria definitivamente como Bond, só deixando a série em meados da década seguinte. / 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man with the Golden Gun, Inglaterra, 1974) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Maibaum, Tom Mankiewicz, baseados no livro escrito por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Lee, Hervé Villechaize, Britt Ekland / Sinopse: O agente inglês James Bond (Roger Moore) passa a ser caçado pelo assassino profissional Francisco Scaramanga (Christopher Lee), dando início a uma disputa de vida e morte entre eles. Filme premiado pelo Saturn Award na categoria Best DVD / Blu-Ray Collection.
3. 007 - O Espião Que Me Amava (1977)
Nessa terceira aventura de Roger Moore como James Bond, o agente inglês 007, ele precisa desvendar uma grande conspiração internacional envolvendo submarinos nucleares das grandes potências, tramas de espionagem e, é claro, um novo envolvimento amoroso com uma agente russa da temida KGB. Esse filme da franquia oficial acabou ficando conhecido por várias cenas marcantes, porém hoje em dia é mais recordado por trazer a bela atriz Barbara Bach como a Major Anya Amasova, uma agente do serviço secreto soviético. É curioso que em plena guerra fria os filmes de Bond tenham investido em uma Bondgirl vermelha, comunista e assassina. A atriz Barbara Bach na época era casada com o ex-Beatle Ringo Starr, o que não diminuiu os rumores de que ela havia se envolvido com Roger Moore durante as filmagens. Outro aspecto sempre lembrado desse filme foi o fato de aparecer pela primeira vez na franquia o vilão Jaws, interpretado pelo ator (e gigante) Richard Kiel. Ele era bem cartunesco em cena, conseguindo as maiores proezas (como mastigar fios de alta tensão) e fez tanto sucesso que acabou voltando no filme seguinte. Por fim um fato curioso: esse filme de James Bond conseguiu a proeza de ser indicado em três categorias do Oscar, Melhor Direção de Arte (Ken Adam e Peter Lamont), Melhor Trilha Sonora Incidental (Marvin Hamlisch) e Melhor Música original ("Nobody Does It Better", de autoria de Marvin Hamlisch e Carole Bayer Sager). Também arrancou duas indicações ao Globo de Ouro nessas mesmas últimas categorias. Não é de se admirar que com tantas músicas românticas bonitas tenha sido considerado o filme mais romântico de James Bond com Roger Moore. / 007 - O Espião Que Me Amava (Inglaterra, Estados Unidos,1977) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood, Richard Maibaum / Elenco: Roger Moore, Barbara Bach, Curd Jürgens.
4. 007 Contra o Foguete da Morte (1979)
O Agente James Bond (Roger Moore) é enviado pelo serviço secreto para investigar um suposto plano internacional envolvendo armas espaciais. No meio das investigações acaba descobrindo que se trata de algo bem maior do que se pensava, um projeto visando dar origem a um verdadeiro genocídio no planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. É uma pena que logo o filme em que James Bond veio ao Brasil seja considerado um dos piores da franquia. A intenção seria modernizar o personagem, o colocando no meio de um enredo que lembrava até mesmo o grande marco de bilheteria da época, "Guerra Nas Estrelas". O problema é que o tiro saiu pela culatra. O enredo não ajuda em nada, os efeitos especiais revistos hoje em dia parecem completamente toscos e sem noção (apesar de terem sido indicados ao Oscar na época) e Roger Moore... bem, ele continuou sendo Roger Moore, fanfarrão até dizer chega, cheio de piadinhas e cenas supostamente cômicas que só estragam o resultado final. Jamais parece levar algo à sério durante todo o filme. De certa forma "Moonraker" serve apenas como uma forma de demonstrar que em plenos anos 70 o personagem perdia cada vez mais força e relevância. De bom mesmo apenas algumas boas sequências de ação, uma delas com o famoso vilão Jaws (interpretado pelo ator Richard Kiel, um grandalhão recentemente falecido) que luta com Bond nos bondinhos do Rio de Janeiro, imagine você! No geral não há muito por onde ir, "007 Contra o Foguete da Morte" é de fato muito ruim mesmo. Pelo jeito o Brasil fez mal a 007, Um James Bond para esquecer. / 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale.
5. 007 - Somente Para Seus Olhos (1981)
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only"). Quinto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhofa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore. / 007 - Somente Para Seus Olhos (Inglaterra, Estados Unidos,1981) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol.
6. 007 Contra Octopussy (1983)
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante (Maud Adams). Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco. / 007 Contra Octopussy (Estados Unidos, 1983) Direção: John Glen / Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum / Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan
7. 007 - Na Mira dos Assassinos (1985)
É o último filme de Roger Moore como James Bond. Assistindo realmente chegamos na conclusão que era o fim da linha para Moore. Ele já estava velho demais para bancar o agente inglês (sinais da idade estão em toda parte, até seu pescoço, por exemplo, que mostra claros sinais da passagem do tempo). Além disso ele surge usando um cabelo estranho, de cor nada natural, bem artificial. Roger Moore foi um bom ator para a franquia. Ele nunca se levava muito à sério, seu filmes sempre tinham um lado de chanchada bem diferente dos que foram feitos por Sean Connery que apresentavam uma postura mais séria com o personagem. O roteiro é baseado em um pequeno conto de Ian Fleming publicado em 1960 (praticamente todos seus livros já tinham sido adaptados e por isso tiveram que apelar para pequenos textos deixados pelo autor). Para completar a trama misturaram com outros filmes de James Bond e o resultado de tanta mistura surge em cena. O filme não é ruim, tanto que anos depois o próprio Roger Moore confessou ser esse seu filme preferido com o personagem, mas a sensação de Deja Vu é muito forte. Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever). / 007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, EUA / UK, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.
Pablo Aluísio.
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